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CONCRETO

TMCC
Prof°Rutielle e JJ
DEFINIÇÃO
Concreto é basicamente o resultado da mistura de cimento, água, pedra e
areia, sendo que o cimento ao ser hidratado pela água, forma uma pasta resistente
e aderente aos fragmentos de agregados (pedra e areia), formando um bloco
monolítico.
No preparo do concreto, um ponto de atenção é o cuidado que se deve ter
com a qualidade e a quantidade da água utilizada, pois ela é a responsável por
ativar a reação química que transforma o cimento em uma pasta aglomerante. Se
sua quantidade for pouca, a reação não ocorrerá por completo e se for superior à
ideal, a resistência diminuirá em função dos poros que ocorrerão quando este
excesso evaporar.
DEFINIÇÃO
A relação entre o peso da água e do cimento utilizados na dosagem, é
chamada de fator água/cimento (a/c).
O concreto deve ter uma boa distribuição granulométrica a fim de
preencher todos os vazios, pois a porosidade por sua vez tem influência na
permeabilidade e na resistência das estruturas de concreto.
A proporção entre todos os materiais que fazem parte do concreto é
também conhecida por dosagem ou traço, sendo que podemos obter concretos
com características especiais, ao acrescentarmos à mistura, aditivos, isopor,
pigmentos, fibras ou outros tipos de adições. Cada material a ser utilizado na
dosagem deve ser analisado previamente em laboratório (conforme normas da
ABNT), a fim de verificar a qualidade e para se obter os dados necessários à
elaboração do traço (massa específica, granulometria, etc.).
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FABRICAÇÃO
O concreto é classificado como estrutural e não estrutural. O primeiro é
utilizado na estrutura de uma construção, quando se faz necessário oferecer
resistência suficiente para manter uma edificação em pé. O segundo, como por
exemplo o concreto magro, é utilizado em partes não estruturais do edifício,
possuindo uma menor resistência.
Para se obter um ótimo resultado, o concreto deve seguir um padrão na
escolha de seus produtos. Além de cuidados em sua produção. Vejamos:
• Utilizar cimento de boa qualidade;
• Utilizar pedra e areia limpas: sem argila, barro, materiais orgânicos e grãos que
esfarelem;
• Umedecer as pedras quando expostas a uma grande insolação;
FABRICAÇÃO
• Utilizar água limpa e boa para beber;
• Utilizar água em quantidade exata: o excesso diminui a resistência e a falta de
água cria buracos na mistura;
• Estar atento durante a mistura, o transporte, o lançamento, o adensamento e na
cura do concreto.
Logo após ser produzido, o concreto vira uma massa para ser moldada. Sua
trabalhabilidade faz com que ele seja um dos materiais preferidos dos arquitetos e
engenheiros. A consistência é um dos principais fatores que influenciam na
trabalhabilidade do produto final.
FABRICAÇÃO
Sem contar a resistência, que vai sendo adquirida à medida que o tempo
passa e a mistura vai endurecendo.
Essa mistura deve ter uma boa distribuição granulométrica a fim de
preencher todos os vazios, pois a porosidade tem influência na permeabilidade e
na resistência das estruturas de concreto.
Por conta do aumento da complexidade das estruturas nos dias atuais,
houve uma necessidade no aumento das exigências com o resultado final do
concreto. A evolução do concreto comum gerou vários outros tipos de mistura. Cada
uma delas com suas características.
TIPOS DE CONCRETO
Concreto convencional
Como o próprio nome sugere, trata-se do tipo de concreto mais utilizado
nas obras. É aquele lançado nas fôrmas por método convencional, utilizando
carrinho de mão, grua, caçamba, balde, entre outros.
O concreto convencional pode ser usinado ou feito na própria construção
com ajuda de uma betoneira. É utilizado em obras civis, industriais e em peças pré-
moldadas.
TIPOS DE CONCRETO
Concreto bombeável
Assim como o convencional, o concreto bombeável é muito utilizado em
obras civis, além de possuir também características semelhantes e as mesmas
vantagens em sua utilização. Sua diferença é a maior fluidez, justamente para que
seja possível o seu bombeamento. Além de alcançar distâncias maiores em sua
aplicação.
Para atingir esta fluidez, aumenta-se a quantidade de água ou a
incorporação de aditivos químicos que promovam a maior trabalhabilidade e
diminui-se a granulometria do agregado graúdo.
Concreto leve
TIPOS DE CONCRETO
Concreto bombeável
Como o próprio nome sugere, o concreto leve tem densidade menor que o
convencional. Isso ocorre devido a substituição dos agregados convencionais por
agregados leves, como argila expandida, vermiculita, isopor ou EVA. Ou ainda pela
incorporação de bolhas de ar no concreto.
Existem, basicamente, dois tipos de concreto leve. Um deles é o estrutural,
em que a brita é substituída por argila expandida. O outro vem com ar incorporado,
usado para preenchimentos e para vedação de paredes, painéis e divisórias. Suas
vantagens são: redução de peso próprio e isolante termo-acústico.
TIPOS DE CONCRETO
Concreto pesado
A característica principal desse tipo de concreto é a sua alta densidade,
obtida com a utilização de agregados especiais, como a hematita, a magnetita e a
barita. Isso faz com que tal tipo de mistura ganhe maior resistência mecânica,
durabilidade e proteção contra radiações.
Suas aplicações mais frequentes são em contrapesos de estruturas
pesadas, como gasodutos, por exemplo. Além de salas de raio X, hospitais e usinas
que tenham algum tipo de radiação.
TIPOS DE CONCRETO
Concreto projetado
Por conta de o nosso relevo demandar muitas obras de contenção, esse é
um tipo de concreto muito utilizado no Brasil. Ele possui uma fluidez ainda maior
que o bombeável, com aditivos que elevam sua aderência ao substrato.
É aplicado com máquinas de pressão que lançam um jato de concreto
projetado sobre as superfícies. Geralmente, são utilizados em encostas para evitar
deslizamentos, túneis, etc
TIPOS DE CONCRETO
Concreto autoadensável
Apontado como a principal inovação tecnológica do século passado, o
concreto autoadensável tem como características a fluidez e a resistência à
segregação, diferenciando-se de outros materiais que queiram imitá-lo. Outra
propriedade importante do produto é a habilidade passante. No autoadensável,
mesmo muito fluido os agregados e a pasta de cimento não segregam.
Um concreto auto adensável típico possui espalhamento mínimo de 550
mm, podendo ser lançado e adensado sem vibração. Ele é muito utilizado em
concretagens submersas e fábricas de pré-moldados.
TIPOS DE CONCRETO
Concreto submerso
Este tipo de concreto é aplicado na presença de água, como alguns
tubulões, barragens, estruturas submersas no mar ou em água doce, estruturas de
contenção ou em meio à lama bentonítica, como é o caso das paredes diafragma.
No ambiente marinho, ele deve estar preparado para sofrer uma série de
agressões ao longo do seu tempo de vida. O uso de sílica ativa é uma saída
importante, cujo objetivo é diminuir a permeabilidade do material.
TIPOS DE CONCRETO
Concreto pré-moldado e pré-fabricado
Trata-se de uma estrutura cujos elementos estruturais, como pilares, vigas,
lajes e outros, são moldados e adquirem certo grau de resistência antes do seu
posicionamento definitivo na estrutura. Estas estruturas podem ser adquiridas
junto a empresas especializadas ou moldadas no próprio canteiro da obra para
serem montadas no momento oportuno.
Já o concreto pré-fabricado, que também é definido por um material
confeccionado externamente, mas de forma industrial, atende a padrões mais
rigorosos de controle de qualidade, sendo avaliado em várias etapas de sua
fabricação, além de armazenamento, transporte e utilização final.
O QUE É A CURA DO CONCRETO?
A cura do concreto é a técnica que visa à hidratação do concreto com o
objetivo de diminuir os efeitos da evaporação prematura da água na estrutura
concretada. E, como consequência, o surgimento de fissuras e trincas.
Hidratação é a reação entre cimento e água que dá origem às
características de pega e endurecimento. Vale ressaltar que a água, que é de suma
importância na hidratação do cimento, pode evaporar por meio da ação do sol, do
vento e da baixa umidade do ar.
Os possíveis surgimentos de fissuras na obra, que acontecem por conta
dessa rápida evaporação da água durante o processo de endurecimento do
concreto, aparecem por retração. E, também, devido à porosidade e
permeabilidade encontrada na mistura.
O QUE É A CURA DO CONCRETO?
Quando feita com cuidado e respeitando os passos necessários, a cura do
concreto é sinônimo de sucesso. Isso significa um aumento de 30% na resistência
do concreto. Além, é claro, da diminuição das chances de ocorrerem as tais
fissuras e trincas nas estruturas de edificações.
Vale ressaltar que é por meio dessa hidratação que acontece a reação
química que forma os silicatos de cálcio hidratados. Basicamente, são alguns dos
responsáveis pelas boas propriedades físicas e mecânicas do concreto em estado
endurecido.
É importante ter em mente, também, que mesmo durante o inverno é
preciso estar atento ao processo descrito da cura do concreto. Isso porque, além de
baixas temperaturas, na estação, há condições de ventos fortes e baixa umidade
do ar.
OS TIPOS DE CURA DO CONCRETO
Cura úmida
A cura úmida do concreto é a maneira tradicional, por assim dizer, de se
aplicar a técnica. Esse tipo é encontrado mais facilmente nas obras mais comuns
do dia a dia, como nas lajes de residências. A técnica trata de manter a superfície
do concreto com água, justamente para conservar a umidade esperada.
O ideal é providenciar uma câmara para o desenvolvimento da cura com
equipamentos para nebulizar a água sobre os blocos, sendo que não deve haver
gotejamento de água para evitar cavitação.
OS TIPOS DE CURA DO CONCRETO
Cura úmida
O uso de uma manta geotêxtil também contribui para a cura úmida. O
geotêxtil retém a água nos vazios capilares, impedindo a evaporação. Porém, cede
progressivamente a água necessária à cura do concreto.
A grande vantagem da manta é oferecer redução da frequência de
molhagem da superfície do concreto. E, mesmo assim, garantir a cessão
progressiva da quantidade de água necessária para a hidratação do cimento.
OS TIPOS DE CURA DO CONCRETO
Cura química
Já na cura química aplica-se uma película sobre a superfície do concreto
fresco (em até 12 horas do lançamento) com objetivo de impedir a evaporação da
água. Essa película tem como material constituinte parafinas, ceras ou resinas
acrílicas.
Para os especialistas, a cura química possui vantagens financeiras e de
logística. Ela permite poupar na mão de obra necessária para manter a superfície
do concreto úmida nos primeiros sete dias, além de ser ambientalmente
sustentável. Mas, mesmo assim, o mercado brasileiro ainda utiliza pouco essa
opção.
OS TIPOS DE CURA DO CONCRETO
Cura térmica
O objetivo da cura térmica é acelerar o processo de cura do concreto a fim
de se obter uma resistência mecânica mínima desejada em um curto período de
tempo. O que consiste em submeter a peça de concreto a altas temperaturas de
forma programada. Tal método é bastante utilizado em empresas que trabalham
com concreto pré-moldado.
Isso ocorre porque a redução do tempo de cura permite a utilização das
fôrmas, leitos de protensão e equipamentos de cura a intervalos mais frequentes, o
que reduz as áreas de estocagem. E também permite colocar peças em serviço em
um período menor do que se fosse utilizada a cura convencional.
A IMPORTANCIA DE UMA BOA
CURA
O processo tem como papel fundamental evitar fissuras de retração e
trincas nas estruturas de uma obra – o que acontecerá se o concreto não for
hidratado corretamente –, evitando que a estrutura perca água para o ambiente
rapidamente.
Portanto, uma boa cura apresentará ganho de resistência mecânica das
estruturas. Aliás, alguns testes de laboratório mostram que concretos expostos a
ambientes secos chegam a perder 50% de resistência à compressão quando
comparados com aqueles que passaram pelo processo de cura.
Outro benefício apresentado pela boa cura do concreto é a proteção contra
os ataques de agentes externos, o que aumenta a durabilidade da estrutura, visto
que o concreto se encontra mais impermeável. Assim, a vida útil só irá aumentar.
A IMPORTANCIA DE UMA BOA
CURA
Uma boa cura, além de prevenir contra possíveis anomalias, melhorará
ainda o acabamento. E, por consequência, a aparência das peças de concreto,
principalmente quando se trata de estruturas de concreto aparente.
É importante que os engenheiros responsáveis pelas obras tenham em
mente que, no verão, é necessário evitar que uma laje seja feita por volta do meio
dia. A busca por períodos menos quentes é mais sensata. O mesmo vale para o
inverno mais rigoroso, quando as temperaturas chegam a ficar negativas.
A IMPORTANCIA DE UMA BOA
CURA
Isso porque a água contida no concreto pode congelar, interrompendo o
processo de endurecimento e provocando um aumento de volume. A partir desse
cenário, são criadas tensões internas na massa do concreto, ocasionando a
separação dos materiais componentes.
Nessas condições citadas, mesmo que a hidratação não seja interrompida,
o ganho de resistência mecânica é bastante retardado e deve ser previsto nas
fases posteriores à concretagem.
O TEMPO DE CURA DO CONCRETO
O tempo de cura do concreto é muito subjetivo. Ou seja, não há uma regra a
ser seguida, mas, sim, situações baseadas de acordo com cada necessidade,
condições climáticas e ambientais e o tipo da obra em si.
Aliás, a temperatura e a variação do clima são situações que influenciam
diretamente na cura do concreto e devem fazer parte das preocupações em uma
obra. Em termos de Brasil, há uma enorme variação climática ao longo de todo o
território, que muda de região para região.
A norma brasileira recomenda que a cura do concreto seja feita pelo menos
por sete dias, estendendo-se a até 14 dias, se for o caso. A temperatura para isso
deve estar acima de 10ºC. Vale destacar que o prazo de 14 dias está ligado mais à
utilização de cimentos comuns com endurecimento mais lento.
O TEMPO DE
CURA DO
CONCRETO

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