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MOLAS

Prof.: Carlos Felipe Ribeiro


Mathias da Cruz
TIPOS DE MOLAS
▪ Molas de compressão: São molas helicoidais que se comprimem quando uma força é aplicada a elas. Elas
são amplamente utilizadas em aplicações industriais, como em suspensões de veículos, estofados e
máquinas.

▪ Molas de tração: Também conhecidas como molas de extensão, são molas helicoidais que se esticam quando
uma força é aplicada a elas. Elas são frequentemente encontradas em aplicações como portas de garagem,
trampolins e brinquedos.

▪ Molas de torção: São molas helicoidais que se deformam quando uma força de torção é aplicada a elas. Elas
são comumente usadas em aplicações como relógios, fechaduras e dispositivos de controle de válvulas.

▪ Molas de prato: São molas planas em forma de disco que fornecem uma força constante quando são
comprimidas. Elas são frequentemente utilizadas em embreagens, freios e válvulas.

▪ Molas de lâmina: São feitas de várias lâminas de metal sobrepostas, proporcionando flexibilidade e
resistência. Elas são comumente usadas em suspensões de veículos pesados, como caminhões e ônibus.
Mola de compressão Mola de tração Molas de torção

Molas de prato Molas de lâmina ou


feixe de molas
BARRA DE TORÇÃO
▪ A barra de torção é considerada a forma mais simples de uma
mola, onde o seu dimensionamento é obtido basicamente pelo
estudo de torção em eixos de seção circular.
BARRA DE TORÇÃO
DIMENSIONAMENTO
▪ As equações para o cálculo da tensão básica, do deslocamento angular e da rigidez da mola são:

Tensão cisalhante Ângulo de torção Rigidez da mola

𝜋 𝑑4
▪ Para uma barra de seção transversal circular maciça de diâmetro d, já que 𝐽 = , essas equações
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ficam:

▪ O módulo de elasticidade transversal pode ser dado por:


𝐸
𝐺=
2(1 + 𝑣)
MOLAS HELICOIDAIS
▪ Quando falamos de molas helicoidais, quer dizer que vamos trabalhar com molas
de compressão e tração. As molas de torção também podem ter um formato
helicoidal, mas por enquanto não será o nosso foco.

𝑃𝑎𝑟𝑡𝑒 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑛𝑎
= 𝑡𝑜𝑟çã𝑜 + 𝑐𝑜𝑟𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒

8𝐹𝐷 4𝐹
=
𝜋𝐷3 𝜋𝐷 2
PARA MOLAS DE ARAME REDONDO MACIÇO:
𝐹𝐷
𝑇=
2

▪ a tensão cisalhante devido à torção é: ,Em que D é o diâmetro médio da


espira.
𝜋𝐷3
𝐽=
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▪ A parte interna da mola, no entanto, está sujeita a duas outras componentes adicionais de tensão
cisalhante, devido à tensão cortante (força F) e ao efeito da curvatura:

Esse efeito de curvatura é


maior para pequenos valores
do índice de mola C, definido
como a relação entre o
diâmetro médio da espira e o
diâmetro do arame:
𝐷
𝐶=
𝑑
TENSÕES EM MOLAS HELICOIDAIS

• Índice da mola:

o centro das duas

• Fator de correção da tesão de cisalhamento:


EFEITO DE CURVATURA
• As equações de tensão de cisalhamento anteriores se baseiam no fio reto, sendo
que a curvatura do fio aumenta a tensão no lado interno da mola, mas a decresce
apenas ligeiramente o ado externo;
• O fator de curvatura é encontrado por meio de:

Fator Wahl

Fator Bergstrasser

• A mais utilizada é a segunda equação.

• Fator de correção da curvatura é dado por:


DEFLEXÃO DE MOLAS HELICOIDAIS

• Onde:
• N = N a – número de espiras ativas.

• Razão de mola, também chamada de constante, escala ou graduação da mola:


Ábaco para relação/determinação
do índice por fatores (cerreção ou
Wahl)
▪ Qual tensão de cisalhamento a ser admitida no projeto de mola?

▪ Para limitar a menos de 2 % as deformações permanentes nas molas helicoidais sob compressão, as
tensões calculadas (normalmente com a força F correspondente ao comprimento “sólido”) devem ser:
Valores mínimos de resistência à tração para arames de mola.

Su
▪ Configurações de extremidade:

Comprimento sólido

𝐿𝑓 = 𝐿𝑆 + 𝛿𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
Comprimento livre

Recomenda-se que a mola


sujeita a carga máxima não
esteja no comprimento sólido.
Recomendando um curso
adicional de 10% da
deformação máxima de
trabalho.
▪ Então, assim fica a análise do comprimento da mola:

δ
𝛿𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
Δδ
0,1. 𝛿
MOLAS DE COMPRESSÃO
▪ Existem 4 tipos principais de molas de compressão que são utilizadas:

▪ Molas com extremidades planas tem um helicoide ininterrupto, ou seja, as extremidades são as
mesmas se uma mola cumprida tivesse sido cortada em seções;
▪ Molas com extremidades planas esquadradas ou fechadas é obtida deformando-se as
extremidades a um ângulo de hélice de 0º
▪ A tabela mostra como o tipo de extremidade utilizada afeta o número de espirais e comprimento de
mola
FLAMBAGEM DAS MOLAS
▪ A flambagem das molas é um fenômeno que ocorre quando uma mola é submetida a uma carga
compressiva axial, resultando em uma instabilidade que pode levar ao colapso da mola. Esse colapso
pode ocorrer devido a um desvio lateral da mola, fazendo com que ela perca sua capacidade de
suportar a carga.

▪ Para evitar a flambagem das molas, é importante considerar fatores como o projeto adequado da
mola, o material utilizado, a geometria da mola e a carga aplicada. Além disso, o uso de suportes
adequados e a aplicação de limites de carga também podem ajudar a prevenir a flambagem.
▪ Se a flambagem for caracterizada, mudar os
parâmetros e refazer os cálculos;

▪ Para se prevenir contra uma eventual flambagem,


pode-se utilizar um cilindro guia (externo ou
interno);

▪ A folga recomendada é de 0,1D;


𝐷 + 𝑑 + 0,1𝐷 = 0,9𝐷 − 𝑑
𝐷+𝑑

Mola Mola
𝐷−𝑑

𝐷 + 𝑑 + 0,1𝐷 𝐷
Cilindro guia externo Cilindro guia interno
MOLAS HELICOIDAIS DE EXTENSÃO
▪ O equacionamento para molas de compressão também é aplicável para molas de extensão,
porém com algumas diferenças.

▪ Não há sobrecarga de parada quando atingir o comprimento sólido. Ou seja, a mola


pode ser deformada plasticamente quando instalada, por exemplo.

▪ Por isso se prefere as molas de compressão quando a falha pode levar a algum
problema de segurança.

▪ Para as espiras pressionadas uma contra as outras, recomenda-se uma tração inicial tal que
a tensão seja:
Molas de extensão com gancho na extremidade:
EXEMPLO 1:
Revisão da aula de Polias e correias.

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