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Compensação Angular para Proteção Diferencial de Transformadores

Bruno Gonçalves, Odirlei H. Moser


WEG Equipamentos Elétricos S.A. (WEL)
Av. Prefeito Waldemar Grubba, 3300, CEP 89256-900
01 de Março de 2018, Jaraguá do Sul/SC, Brasil

Resumo – Este artigo apresenta os conceitos envolvidos no defasamento zig-zag, sempre minúsculas. O número representa as horas do
angular em transformadores de potência. O objetivo é explicar a origem
relógio, ou seja, cada hora representa 30°, conforme pode ser
do defasamento angular e seu impacto na proteção diferencial, além de
visto na figura 1.
apresentar as soluções encontradas nos relés digitais.

I. INTRODUÇÃO

O conceito básico da proteção diferencial é que a soma das


correntes que entram no equipamento protegido deve ser
igual à soma das correntes que saem. Entretanto, quando o
objeto protegido é um transformador, sua ligação pode
resultar num deslocamento angular e interferir nesta soma. A
solução para estes casos é aplicar uma compensação angular
para deixar as correntes dos dois lados do enrolamento com a
mesma magnitude e em fase. Este artigo irá abordar os Fig. 1 – Deslocamento angular e diagrama de ligações Dy5. [1]
métodos para identificar e corrigir o deslocamento angular,
bem como erros de conexão nos transformadores de corrente O enrolamento secundário (X2) está 5 horas deslocado do
ou no relé de proteção. enrolamento primário (H2), ou seja, 5 x 30° = 150°. Portanto,
para conhecermos o deslocamento em graus a partir dessa
II. DESLOCAMENTO ANGULAR
nomenclatura devemos calcular:
O deslocamento angular em transformadores trifásicos
origina-se do seu tipo de ligação e nos indica em quantos Deslocamento angular = número de horas x 30°
graus os fasores de tensão (consequentemente os de corrente)
do enrolamento secundário estão deslocados em relação ao Além das duas letras principais e o número, a
enrolamento primário. A norma brasileira ABNT NBR 5356- nomenclatura pode conter uma letra n adicional, minúscula
1:2007 nomeia os tipos de ligação para transformadores ou maiúscula, para indicar que o ponto neutro é acessível, ex:
trifásicos da seguinte forma: Dyn5.
Uma lista com os principais tipos de ligação para
Dy5 transformadores trifásicos é encontrada na norma NBR 5356-
1 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
A primeira letra, que deve ser sempre maiúscula, é TÉCNICAS, 2007, p. 26 e 27).
referente à ligação do enrolamento primário (maior tensão),
podendo ser D para ligações em delta, Y para ligações A. Porque é Necessário Fazer a Compensação Angular?
estrela, ou Z para zig-zag. A letra seguinte é referente à
Tomando como exemplo um transformador com conexão
ligação do enrolamento secundário (menor tensão), podendo
delta-estrela, com os TCs em ambos os enrolamentos
ser d para ligações em delta, y para ligações estrela, ou z para
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conectados em estrela e com rotação de fase ABC, como eram conectados em estrela e os TCs do lado estrela em delta,
mostrado na figura 2, as correntes do enrolamento secundário conforme figura 3.
estarão 30° atrasadas em relação às correntes do enrolamento
primário.

Fig. 3 – Compensação Angular nos TCs, ABC, Dyn1. [3]

Assim, as correntes medidas pelo relé de proteção para o


enrolamento do lado primário eram:
Fig. 2 – Transformador Delta-Estrela, ABC, Dyn1. [2]

𝐼𝐴 −𝐼𝐵
Neste caso, as correntes medidas pelo relé de proteção para 𝐼𝐴𝑊1 =
𝑅𝑇𝐶1
o enrolamento do lado primário serão: 𝐼𝐵 −𝐼𝐶
𝐼𝐵𝑊1 =
𝑅𝑇𝐶1
𝐼𝐶 −𝐼𝐴
𝐼𝐴 −𝐼𝐵 𝐼𝐶𝑊1 =
𝑅𝑇𝐶1
𝐼𝐴𝑊1 =
𝑅𝑇𝐶1
𝐼𝐵 −𝐼𝐶
𝐼𝐵𝑊1 =
𝑅𝑇𝐶1 Enquanto para o enrolamento do lado secundário:
𝐼𝐶 −𝐼𝐴
𝐼𝐶𝑊1 =
𝑅𝑇𝐶1
1
𝐼𝐴𝑊2 = . (𝐼𝑎 − 𝐼𝑏 )
𝑅𝑇𝐶2
Já para o enrolamento do lado secundário: 1
𝐼𝐵𝑊2 = . (𝐼𝑏 − 𝐼𝑐 )
𝑅𝑇𝐶2
1
𝐼𝑎 𝐼𝐶𝑊2 = . (𝐼𝑐 − 𝐼𝑎 )
𝑅𝑇𝐶2
𝐼𝐴𝑊2 =
𝑅𝑇𝐶2
𝐼𝑏
𝐼𝐵𝑊2 =
𝑅𝑇𝐶2 Observando as equações acima, podemos concluir que os
𝐼𝑐
𝐼𝐶𝑊2 = valores medidos pelo relé eram exatamente os mesmos, pois
𝑅𝑇𝐶2
a ligação dos TCs compensava o deslocamento angular do
Observando as equações acima, podemos concluir que os transformador.
valores medidos pelo relé não serão os mesmos, provocando Atualmente com o uso dos relés digitais, este tipo de
uma atuação indevida da proteção diferencial. compensação não se faz mais necessária, pois os mesmos
possuem ferramentas para fazer a compensação
matematicamente. Apesar de cada fabricante possuir um
A. Métodos Para Compensação Angular
algoritmo próprio para fazer a compensação angular
Na era dos relés eletromecânicos, a compensação angular
internamente no relé, neste artigo será mostrado o método
era feita fisicamente através da ligação dos TCs. No caso do
utilizado pela fabricante SEL, porém o conceito pode ser
exemplo de um transformador Dyn1, os TCs do lado delta
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aplicado para qualquer outro relé, independente do fabricante,


pois todos são muito semelhantes.
Destacamos o circuito mostrado na figura 2, que pode ter o
deslocamento angular compensado matematicamente.
Aplicando-se uma matriz de compensação no enrolamento
secundário, temos:

𝐼𝑎𝐶𝑜𝑚𝑝 1 −1 0 𝐼𝑎
1
[𝐼𝑏𝐶𝑜𝑚𝑝 ] = [0 1 −1] . [𝐼𝑏 ]
√3
𝐼𝑐𝐶𝑜𝑚𝑝 −1 0 1 𝐼𝑐
𝐼𝑎𝐶𝑜𝑚𝑝 𝐼𝑎 − 𝐼𝑏
1
[𝐼𝑏𝐶𝑜𝑚𝑝 ] = [ 𝐼𝑏 − 𝐼𝑐 ]
√3
𝐼𝑐𝐶𝑜𝑚𝑝 𝐼𝑐 − 𝐼𝑎

Com isso, obtêm-se o mesmo resultado que uma ligação


delta nos TCs, como vemos a seguir:

1 1
𝐼𝐴𝑊2 = . (𝐼𝑎 − 𝐼𝑏 )
𝑅𝑇𝐶2 √3
1 1
𝐼𝐵𝑊2 = . (𝐼𝑏 − 𝐼𝑐 )
𝑅𝑇𝐶2 √3
1 1
𝐼𝐶𝑊2 = . (𝐼𝑐 − 𝐼𝑎 )
𝑅𝑇𝐶2 √3

Além disso, é necessário dividir os termos por raiz de 3 Fig. 4 – Placa de Identificação do Transformador – Ydn1.
para compensar a magnitude das correntes, condição que nos
relés eletromecânicos era corrigida através da relação dos Caso o transformador não possua placa nem folha de

TCs. dados, é possível descobrir qual o deslocamento angular


através das medições do relé, como demonstrado no diagrama
III. COMPENSANDO O DESLOCAMENTO NO RELÉ fasorial apresentado na figura 5.
A. Verificando os Dados do Transformador

O procedimento para fazer a compensação angular no relé


se inicia coletando os dados do transformador para a
identificação do tipo de ligação, verificando a ligação dos
TCs e o sentido de rotação das fases.
A figura 4 apresenta a placa de identificação de um
transformador com ligação YNd1.
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Sendo assim, o deslocamento real destes fasores é de 30°,


conforme ilustrado na figura 8, e é este deslocamento que
deve ser compensado.

Fig. 8 – Deslocamento Angular Entre os Fasores IAW1 e IAW2. [2]

A. Escolhendo a Matriz de Compensação

Usamos como exemplo o transformador da figura 4, cujos


TCs estão ligados ao relé conforme o diagrama da figura 7.
Adotamos o enrolamento primário como referência, e
Fig. 5 – Diagrama Fasorial Transformador – Ynd1. escolhemos a matriz 0 ou 12, que não causam nenhum
defasamento angular. Devemos escolher a matriz 0 se a
Neste diagrama, vemos o vetor IAW1 em 100° e o vetor ligação do transformador for delta, ou então se os TCs
IAW2 em 250°, ou seja, estão defasados em 150°, conforme estiverem ligados em delta. Caso o transformador e os TCs
ilustrado na figura 6. estiverem ligados em estrela, devemos escolher a matiz 12
para eliminar a componente de sequência 0. Para o caso que
estamos estudando, adotaremos a matriz 12. A funcionalidade
desta matriz será discutida no capítulo IV.
A compensação angular será feita no enrolamento
Fig. 6 – Deslocamento Angular Entre os Fasores IAW1 e IAW2. [2]
secundário, que para o caso estudado é de 30°. Então
Porém, temos que levar em consideração que a inversão de devemos escolher a matriz correspondente de acordo com a
polaridade na ligação dos TCs provoca um deslocamento de figura 9.
180° no ângulo das correntes. A figura 7 ilustra essa
condição.

Fig. 7 – Inversão de Polaridade dos TCs. [3]

Fig. 9 – Gráfico Auxiliar para Escolha das Matrizes. [3]


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Neste caso, escolheremos a matriz 1. A figura 10 mostra o IaComp 1∠0


[IbComp] = [1∠ − 120]
resultado, com os vetores rotacionando 30° no sentido anti-
IcComp 1∠120
horário.

Podemos ver através do equacionamento a seguir que as


matrizes escolhidas corrigiram o deslocamento.

𝐼𝐴𝐶𝑜𝑚𝑝 IaComp 1∠0


[𝐼𝐵𝐶𝑜𝑚𝑝] = [IbComp] = [1∠ − 120]
𝐼𝐶𝐶𝑜𝑚𝑝 IcComp 1∠120

IV. COMPONENTE DE SEQUÊNCIA ZERO

Fig. 10 – Rotação dos Vetores do Enrolamento 2. [3] Quando aplicamos a proteção diferencial em um
transformador, a componente de sequência zero é um
O equacionamento dessa configuração para o enrolamento inconveniente que deve ser tratado, isso porque faltas à terra
1 fica da seguinte forma: do lado da conexão estrela de um transformador podem
causar uma atuação indevida. A figura 11 ilustra essa
𝐼𝐴 1∠0
𝐼𝐴𝑊1 = = situação.
𝑅𝑇𝐶1 𝑅𝑇𝐶1
𝐼𝐵 1∠−120
𝐼𝐵𝑊1 = =
𝑅𝑇𝐶1 𝑅𝑇𝐶1
𝐼𝐶 1∠120
𝐼𝐶𝑊1 = =
𝑅𝑇𝐶1 𝑅𝑇𝐶1

𝐼𝐴𝐶𝑜𝑚𝑝 2 −1 −1 1∠0
1
[𝐼𝐵𝐶𝑜𝑚𝑝] = [−1 2 −1] . [1∠ − 120]
3
𝐼𝐶𝐶𝑜𝑚𝑝 −1 −1 2 1∠120 Fig. 11 – Falta à Terra Fora da Zona de Proteção. [4]
𝐼𝐴𝐶𝑜𝑚𝑝 3∠0
1
[𝐼𝐵𝐶𝑜𝑚𝑝] = [3∠ − 120] No lado do enrolamento do transformador conectado em
3
𝐼𝐶𝐶𝑜𝑚𝑝 3∠120 delta, a componente de sequência zero (Ia0) é filtrada dentro
𝐼𝐴𝐶𝑜𝑚𝑝 1∠0
da ligação, como é possível observar a seguir ao analisar a
[𝐼𝐵𝐶𝑜𝑚𝑝] = [1∠ − 120]
𝐼𝐶𝐶𝑜𝑚𝑝 1∠120 corrente Iac em termos de componentes simétricas.
A corrente trifásica decomposta em termos de
Como esperado, não há nenhum deslocamento nas fases. componentes simétricas fica da seguinte forma:
Para o enrolamento 2, as equações são as seguintes:
Ia = Ia0 + Ia1 + Ia2
Ia −Ib 1∠30
IAW2 = = Ib = Ib0 + Ib1 + Ib2
RTC2 RTC2
Ib −Ic 1∠−90 Ic = Ic0 + Ic1 + Ic2
IBW2 = =
RTC2 RTC2
Ic−Ia 1∠150
ICW2 = = Colocando em termos da corrente Ic e aplicando o operador
RTC2 RTC2

IaComp 1 −1 0 1∠ − 30 “a”, temos:


1
[IbComp] = [0 1 −1] . [1∠ − 150]
√3
IcComp −1 0 1 1∠90
IaComp 1,73∠0 Ia = Ia0 + Ia1 + Ia2
1
[IbComp ]= [1,73∠ − 120] Ib = Ia0 + a². Ia1 + a. Ia2
√3
IcComp 1,73∠120
Ic = Ia0 + a. Ia1 + a². Ia2
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Onde, com a matriz 1 com o enrolamento de baixa de tensão, ou


a = 𝑒 𝑗120 seja, não foi anulado a componente de sequência zero no
a² = 𝑒 𝑗240 enrolamento conectado em estrela.
As figuras 12, 13 e 14, mostram as correntes dos
A corrente de linha Iac numa conexão delta é a corrente da enrolamentos e os fasores de uma das fases na pré-falta.
fase “a” menos a corrente da fase “c”. Vemos assim, nas Como esperado, os fasores estão defasados em 150°.
equações a seguir, que a componente de sequência zero foi
removida, permanecendo somente correntes de sequência
positiva e negativa.

Iac = Ia − I𝑐 = (Ia0 + Ia1 + Ia2 ) − (Ia0 + a. Ia1 + a². Ia2 )


Iac = Ia1 . (1 − a) + Ia2 . (1 − a²)

Esta mesma condição não ocorre no enrolamento Fig. 12 – Correntes do Enrolamento 1 – Pré-Falta.
conectado em estrela. Entretanto, nos relés digitais podemos
fazer a remoção de sequencia zero matematicamente,
aplicando uma matriz de compensação denominada “matriz
12”, conforme equações a seguir. Subtraindo a componente
de sequência zero da corrente da fase A, temos:

IAcomp = IC − I0
Fig. 13 – Correntes do Enrolamento 2 – Pré-Falta.
1
Sabemos que, I0 = (IA + IB + IC ).
3

1
ICcomp = [IC − (IA + IB + IC )]
3
1
ICcomp = (3. IC − IA − IB − IC )
3
1
ICcomp = (−IA − IB − 2. IC )
3

Fazendo isso para todas as fases, obtemos esta matriz,


conforme abaixo: Fig. 14 – Fasores – Pré-Falta.

𝐼𝐴𝐶𝑜𝑚𝑝 As figuras 15, 16 e 17, mostram as correntes dos


2 −1 −1 𝐼𝐴
1
[𝐼𝐵𝐶𝑜𝑚𝑝] =
3
[−1 2 −1] . [𝐼𝐵 ] enrolamentos e os fasores de uma das fases durante a falta.
𝐼𝐶𝐶𝑜𝑚𝑝 −1 −1 2 𝐼𝐶
Na figura 18, vemos a atuação da proteção 87 devido ao
desbalanço das fases provocado por um curto-circuito
A. Exemplo de Atuação Indevida por Sequência Zero monofásico. Observando os fasores da figura 17, constatamos
Vamos analisar uma oscilografia de um caso ocorrido com que as correntes estão defasadas de 180°, o que caracteriza
o transformador mostrado na figura 2. Neste caso, o relé foi uma falta fora da zona de proteção.
ajustado com a matriz 0 para o enrolamento de alta tensão e
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Portanto, a atuação da proteção diferencial foi de maneira montagem do painel, seja na fiação ou mesmo na montagem
indevida. Isto ocorreu justamente devido a não eliminação da dos TCs, e erros na parametrização do relé. Neste capítulos
componente de sequência zero. será apresentado alguns erros comuns e suas soluções.

A. Sentido de Rotação das Fases

Quando analisamos os vetores do relé e encontramos


valores de sequência negativa como mostrado na figura 19, é
um indicativo de que a rotação das fases está invertida.

Fig. 15 – Correntes do Enrolamento 1 – Durante a Falta.

Fig. 19 – Fasores – Rotação das Fases Invertida.

Fig. 16 – Correntes do Enrolamento 2 – Durante a Falta.


As causas para este problema podem ser um erro na
parametrização do relé, ou uma inversão física dos cabos de
medição de corrente ou tensão.
Neste caso, a sugestão é que primeiro seja verificado se o
relé está parametrizado corretamente, ou seja, com o sentido
de rotação das fases conforme o sistema elétrico em questão.
Tendo feito essa verificação e o problema persistir, deverá ser
feito a checagem dos cabos de medição.

Fig. 17 – Fasores – Durante a Falta.


B. Fechamento Estrela dos TCs

Outro problema bastante comum é a inversão do


fechamento estrela dos TCs. Os manuais dos relés de
proteção indicam que deve ser feita a inversão da polaridade
dos TCs, conforme mostrado anteriormente na figura 7,
porém em muitos casos esse detalhe acaba passando
despercebido por quem elabora o projeto. Esse problema
Fig. 18 – Atuação da Proteção 87. pode ser facilmente identificado analisando o projeto.
Entretanto, também pode ocorrer a inversão do TCs
V. ERROS COMUNS E SOLUÇÕES durante o processo de montagem do painel.

Quando aplicamos uma proteção diferencial, é comum


encontrarmos alguns erros na concepção do projeto, na
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Uma boa maneira de identificar esse problema é através da A não compensação deste defasamento ou a configuração
analise das medições das correntes diferencias. A figura 20 errônea do relé de proteção ou ainda erros na concepção do
apresenta um exemplo dessa medição num relé SEL-787. projeto, tem como consequência a atuação indevida da
proteção diferencial.
Por fim, a maior parte dos problemas encontrados na
aplicação da proteção diferencial pode ser corrigida através
da configuração do relé.

REFERÊNCIAS

[1] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.


NBR 5356-1: Transformadores de Potência - Parte 1:
Generalidades. Rio de Janeiro, p. 25. 2007.
[2] M. Lanier e J. Gregory, “Determining the Correct TRCON
Fig. 20 – Medição das Correntes Diferenciais. [5] Setting in the SEL-587 Relay When Applied to Delta-Wye
Power Transformers”, Guia de Aplicação SEL (AG2000-01),
Quando os TCs estão conectados com o fechamento estrela
2010. Disponível em: http://www.selinc.com.
virados para o mesmo lado, ou seja, os dois para a esquerda [3] R. Cardoso, “Compensação Angular e Remoção da
ou os dois para a direita, a corrente de operação estará com 2 Componente de Sequência Zero na Proteção Diferencial”, Guia
pu da corrente passante pelo dispositivo protegido. de Aplicação SEL (AG2011-26-PT). Disponível em:
http://www.selinc.com.
III. CONCLUSÃO
[4] IEEE Power Engineering Society. IEEE Std C37.91-2008:
Quando aplicamos a proteção diferencial em um IEEE Guide for Protecting Power Transformers. New York, p.

transformador, temos que nos atentar se a ligação dos seus 30. 2008.
[5] SCHWEITZER ENGINEERING LABORATORIES INC.,
enrolamentos provoca algum defasamento angular. Este
SEL-787 - Transformer Protection Relay, 2017, p. 616.
defasamento pode ser tratado e compensado fisicamente ou
Disponível em: http://www.selinc.com.
matematicamente através de software nos relés digitais.

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