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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO / CAMPUS – BALSAS.

BACHARELADO INTERDISCIPLINAR EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA.


DISCIPLINA: FÍSICA EXPERIMENTAL II

RELATÓRIO DE FÍSICA EXPERIMENTAL II


TRANSIENTES ELÉTRICOS: CIRCUITO RL

Balsas, MA

2021

1
Thiago de Sousa Batista. Matrícula: 2018044205

RELATÓRIO DE FÍSICA EXPERIMENTAL II


TRANSIENTES ELÉTRICOS: CIRCUITO RL

Relatório submetido a disciplina de física


experimental II, como título de obtenção da nota do
experimento realizado do devido título citado no
escopo do trabalho.

Orientador: Alyson Bruno Fonseca.

Balsas, MA

2021
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SUMÁRIO

1. introducão ............................................................................................................. 4

2. objetivo ................................................................................................................. 9

3. Parte experimental ................................................................................................ 9

3.1 equipamentos ................................................................................................. 9

3.2 procedimentos experimentais ........................................................................ 9

circuito 1. ............................................................................................................... 10

circuito 2. ............................................................................................................... 12

circuito 3. ............................................................................................................... 12

circuito 4. ............................................................................................................... 14

circuito 5. ............................................................................................................... 16

4. conclusão............................................................................................................ 19

5. referencial bibliográficos. .................................................................................... 19

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1. INTRODUCÃO
O indutor é o dual do capacitor, isto é, o que vale para a tensão de um é
aplicável à corrente do outro, e vice-versa. Assim como capacitores e resistores,
podem ser caracterizados sob definições geral como fixos e variáveis. O símbolo para
um indutor fixo com núcleos de ar é apresentado na figura 1(a), para um indutor com
núcleos ferromagnético na figura 1(b), para uma bobina com derivação na figura 1(c)
e para um indutor variável na figura 1(d) (BOYLESTAD, 2012, p. 395).
Figura 1. Símbolos de indutores.

Fonte: Modificação de de Boylestad (2012, p. 395).

Os indutores fixos são produzidos em todos os formatos e tamanhos,


entretanto, o tamanho de um indutor é determinado fundamentalmente pelo tipo de
construção, pelo núcleo e pela especificação da corrente.
Os indutores variáveis possibilitam a modificação de sua indutância, onde
modifica-se girando-se a fenda na extremidade do núcleo para movê-lo para dentro e
para fora da unidade. Quanto mais dentro está o núcleo, maior é a participação do
material ferromagnético no circuito magnético, e mais altos são a intensidade do
campo magnético e a indutância.
Figura 2. Tipos de indutores.

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Fonte: BOYLESTAD (ed. 12, 2012, p.397)

Vamos examinar alguns exemplos do comportamento de indutores em


circuitos. Um efeito já está claro: um indutor inserido em um circuito torna difícil a
ocorrência de variações bruscas de corrente em virtude dos efeitos associados à fem
autoinduzida. Um circuito com apenas um resistor e um indutor, e possivelmente uma
fonte de alimentação, é conhecido como circuito R-L. O indutor torna difícil a
ocorrência de variações bruscas de corrente, o que pode ser útil quando se deseja
manter uma corrente constante em um circuito alimentado por uma fem que possui
flutuações. O resistor R pode ser um elemento separado do circuito ou a resistência
do enrolamento da própria bobina; todo indutor real sempre possui alguma resistência,
a menos que ele seja feito com um fio supercondutor. Fechando a chave S1 indicada,
podemos conectar a combinação R-L a uma fonte com fem Ԑ constante. (Supomos
que a fonte possua resistência interna desprezível, de modo que a voltagem nos
terminais da fonte seja igual a Ԑ.)
Figura 3. Um circuito R-L.

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Fonte: Modificação de Sear & Zemansky (2016, p. 355).

Suponha que, inicialmente, as duas chaves estejam abertas e, em um dado


instante T= 0, fechamos a chave S1. A corrente não poderia variar repentinamente de
zero até seu valor final, porque di/dt e a fem induzida seriam infinitas. Em vez disso, a
corrente começa a aumentar com uma taxa que depende do valor de L existente no
circuito.
Seja i a corrente para um dado instante t depois que fechamos a chave S1 e seja
di/dt sua taxa de variação no instante considerado. As diferenças de potencial vab
(através do resistor) e vbc (através do indutor) nesse instante são dadas por
𝑑𝑖
𝑉𝑎𝑏 = 𝑖𝑅 𝑒 𝑉𝑐𝑑 = 𝐿 (1)
𝑑𝑡
Note que, se a corrente está no sentido indicado na Figura 3 e está crescendo, então
vab e vbc são positivos e a possui um potencial maior que b, que, por sua vez, possui um
potencial maior que c. Aplicamos a lei das malhas de Kirchhoff, começando no terminal
negativo e percorrendo a malha no sentido anti-horário:
𝑑𝑖
Ԑ − 𝑖𝑅 − 𝐿 =0 (2)
𝑑𝑡
Explicitando di/dt, verificamos que a taxa de aumento da corrente é
𝑑𝑖 Ԑ − 𝑖𝑅 Ԑ 𝑅
= = − 𝑖 (3)
𝑑𝑡 𝐿 𝐿 𝐿

6
No instante inicial em que a chave S1 é fechada, i =0 e a queda de potencial através
de R é igual a zero. A taxa inicial de aumento da corrente é
𝑑𝑖 Ԑ
( )= (4)
𝑑𝑡 𝐿
Quanto maior a indutância L, mais lentamente a corrente aumenta. À medida que a
corrente aumenta, o termo (R/L)i na Equação 3 também aumenta, e a taxa de aumento
da corrente dada pela Equação 3 torna-se cada vez menor. Isso significa que a
corrente se aproxima de um valor estacionário final I. Quando a corrente atinge esse
valor, sua taxa de aumento é igual a zero. A corrente final I não depende da indutância
L; ela seria a mesma caso a resistência R estivesse conectada sozinha à mesma fonte
com fem Ԑ.
Figura 4. Gráfico de i versus t para o aumento da corrente em um circuito
R-L com uma fem em série. A corrente final é I = E/R; depois de uma
constante de tempo t, a corrente é igual a 1 - 1/e desse valor.

Fonte: Modificação de Sear & Zemansky (2016, p. 356).

O gráfico na Figura 4 indica o comportamento da corrente em função do tempo. Para


deduzirmos a equação dessa curva (isto é, uma expressão da corrente em função do
tempo), procedemos de modo análogo ao usado durante a carga de um capacitor na.
Inicialmente, separamos as variáveis e escrevemos a Equação 3 do seguinte modo:

7
𝑑𝑖 𝑅
= − 𝑑𝑡 (5)
Ԑ 𝐿
𝑖 − (𝑅 )

A variável i está no membro esquerdo, separada da variável t, que está no membro


direito. A seguir, integramos ambos os membros, trocando as variáveis para i' e t', de
modo que possamos usar i e t como os limites superiores das integrais. (O limite
inferior de ambas as integrais é igual a zero, correspondendo a uma corrente zero no
instante inicial t =0.) Obtemos
𝑖 𝑡
𝑑𝑖´ 𝑅
∫ = −∫ 𝑑𝑡´
Ԑ 𝐿
0 𝑖´ − (𝑅 ) 0

Ԑ
𝑖 − (𝑅 ) 𝑅
ln ( )=− 𝑡 (6)
−Ԑ/𝑅 𝐿

Suponha agora que a chave S1 no circuito da Figura 3 tenha permanecido fechada


durante certo tempo e que a corrente tenha atingido um valor final I0. Damos uma
nova partida ao cronômetro para definir o instante inicial no momento em que
fechamos a chave S2 para t =0, eliminando a bateria do circuito. (Nesse mesmo
instante, devemos abrir, simultaneamente, a chave S1 para proteger a bateria.) A
corrente através de R e de L não se anula instantaneamente, porém diminui até zero
lentamente, como indica a Figura 5. Para usar a lei das malhas de Kirchhoff, basta
omitir o termo E da Equação 4. Desafiamos você a repetir as etapas que fizemos
anteriormente e mostrar que a corrente i varia com o tempo de acordo com a
expressão
𝑖 = 𝐼𝑜𝑒 −(𝑅/𝐿)𝑡 (7)

Figura 5. Gráfico de i versus t para a diminuição da corrente em um circuito


R-L. Após uma constante de tempo t, a corrente é 1/e de seu valor inicial.

8
Fonte: Modificação de Sear & Zemansky (2016, p. 357).

em que I0 é a corrente inicial para t= 0. A constante de tempo t = L/R é o tempo


necessário para que a corrente diminua para 1/e, ou cerca de 37% do valor inicial.
Para um tempo igual a 2t, a corrente se reduziu a 13,5%; para 5t, se reduziu a 0,67%,
e para 10t, a 0,0045%.

2. OBJETIVO
A finalidade desta experiência é conhecer os diversos tipos de indutores, o seu papel
em um circuito elétrico, entender como funciona um circuito R-L utilizando indutores.

3. PARTE EXPERIMENTAL

3.1 EQUIPAMENTOS
• Kit de construção de circuito AC-DC
• Wolfran Alpha

3.2 PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS

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CIRCUITO 1.

Ao construir um circuito no simulador kit de construção AC-DC com L=10H, onde está
apresentando na figura 6. No circuito criado contém um indutor e está inicialmente
1)descarregado, ou seja, sem campo magnético no seu interior. Entretanto, quando
temos um indutor com correte elétrica está energizado, a energia armazena no indutor
é dado por Um=LI2. Dessa forma, a lei de Faraday diz respeito, se o campo magnético
dentro do indutor sofrer variações brusca a tensão gerada é muito alta, pois a variação
do fluxo magnético dՓ/dt é muito alta. Ao analisamos o circuito criado no simulador
podemos notar que a luz
Figura 6. Circuito 1 construído no simulador.

Ilustrado por: Thiago de Sousa Batista.

2)Quando fechamos o interruptor notou-se que o brilho da lâmpada é mediano, onde


está apresentado na figura 7 logo abaixo.
Figura 7. Circuito com lâmpada.

10
Ilustrado por: Thiago de Sousa Batista.

3)A partir do brilho da lâmpada podemos concluir os cálculos utilizando o L/R, onde
encontramos:
10
Ƭ=
10
Ƭ = 1𝑠
Notou-se que a luz da lâmpada começa constante, onde tende a aumentar, portanto,
a luz da lâmpada atingi picos de tensão, onde irá aumentar a luz ou diminuir.

4)Repetiu-se o mesmo circuito com uma indutância de 50H. Ao mudar a indutância


notamos que a luz da lâmpada diminui drasticamente. Desse modo, calculando o valor
de L/R teremos:
50
Ƭ=
10
Ƭ = 5𝑠
A velocidade da luz para um indutor de 50H tem uma velocidade de propagação de
5s.
Construiu-se o circuito 2 com duas lâmpadas de 10Ω e um L=10Ω, onde está
apresentado na figura 8 logo abaixo.

11
CIRCUITO 2.
Figura 8. Circuito 2 com duas lâmpadas em paralelo.

Ilustrado por: Thiago de Sousa Batista.

Notou-se que quando o indutor está inicialmente descarregando o brilho das lâmpadas
oscilam. Dessa forma, a lâmpada que está em paralelo com o indutor acende
rapidamente e com um brilho forte, já a lâmpada que está em serie com o indutor,
acende lentamente e com um brilho enfraquecido.

Ao notamos os brilhos das lâmpadas, percebe-se que a lâmpada que está em paralelo
com o indutor aumenta o brilho rapidamente, entretanto, a lâmpada que está em serie
com o indutor apresenta um brilho mais fraco, onde se propagou mais lentamente.

CIRCUITO 3.
No circuito da figura 6 permite observar as curvas de carga e descarga do indutor.
Adicione os medidores necessários e esboce os gráficos de i x t (ou brilho da lâmpada)
e VL x t (tensão no indutor).
Figura 9. Circuito 3.

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Ilustrado por: Thiago de Sousa Batista.

Para a descarga do indutor criou-se uma tabela com 4 valores tais como, tensão,
tempo, corrente e ln. A tabela 1 está apresentando os valores encontrado no
experimento da figura 9.
Tabela 1. Valores do circuito 3.
tempo tensão corrente ln
5,01 3,61 0,65 -1
10,03 1,34 0,81 -2
15,00 0,498 0,94 -3
20,04 0,182 0,98 -4

Logo após criamos dois gráficos, um para o ln x tempo e a sua best fit.

Gráfico 1. Ln x tempo.

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Ilustrado por: Thiago de Sousa Batista.

Desse modo, calculou-se a regressão linear para obter uma melhor precisão, onde
está apresentando no gráfico 2 logo abaixo.

Gráfico 2. Regressão linear.

Ilustrado por: Thiago de Sousa Batista.

CIRCUITO 4.

Montou-se um circuito com duas lâmpadas e um indutor de 10H. Na figura 10 está


apresentado o circuito 4.
Figura 10. Circuito 4.

14
Ilustrado por: Thiago de Sousa Batista.

Com o indutor inicialmente descarregado apenas uma lâmpada permaneceu acesa,


com isso, a segunda lâmpada acendeu uma vez e logo em seguida apagou. Na figura
11 está apresentado esse processo.
Figura 11. Uma lâmpada acesa.

Ilustrado por: Thiago de Sousa Batista.

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O valor de LR fornece uma indicação da velocidade com a qual a corrente cresce até
atingir seu valor final. Matematicamente:
𝐿
Ʈ=
𝑅
Ao descarregar o indutor, percebe-se que a luz da lâmpada vai aumentando
gradativamente, ou seja, começa com uma velocidade menor e depois vai
aumentando até seu estado estacionário.
Calculando, portanto, a constante de tempo do circuito:
50
Ʈ=
10
Ʈ = 1𝑠
Com isso, nota-se que a velocidade de propagação da luz para esse caso se dá em
uma velocidade de 5s.

CIRCUITO 5.

No circuito 5 montou-se um circuito com 1 bateria = 10v, 2 chaves, 1 resistor = 10Ω,


capacitor = 0,05F e L=10H. Na figura 12 está apresentando o circuito 5.
Figura 12. Circuito 5.

Ilustrado por: Thiago de Sousa Batista.

No segundo passo manteve-se a chave da direita aberta e fechou-se a chave da


esquerda.
Figura 13. Chave direita aberta.

16
Ilustrado por: Thiago de Sousa Batista.

No terceiro passo fechou-se a chave da direita e abriu-se a da esquerda, onde


observou-se que a tenção atingi picos ao descarregar. Quando ela descarrega por
completo começará a carregar novamente, se deixamos ele carregar por completo,
irá descarregar novamente.
Figura 14. Chave da esquerda aberta.

Ilustrado por: Thiago de Sousa Batista.

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Para o quarto passo supusemos um novo valor para o indutor, onde notou-se que
estava mais lento.
Figura 15. Valor variante de L.

Ilustrado por: Thiago de Sousa Batista.

Para o quinto passo supusemos um novo valor para o capacitor, onde resultou numa
alta taxa de armazenamento no capacitor. Ao analisamos o gráfico é notório que o
gráfico tem uma quebra quando está descarregando, onde tende a ficar constante.
Figura 16. Variável do capacitor.

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Ilustrado por: Thiago de Sousa Batista.
Para o sexto passo inseriu-se uma lambada perto da bombina do indutor. Com isso,
ocorreu que a lâmpada demorou bastante para acender e logo após ela se apagou.

4. CONCLUSÃO.
A finalidade desta experiencia é esclarecer e introduzir o modo de criar circuitos R-L.
Portanto, com este experimento foi possível entender mais, onde criou-se 5 circuitos
diversos com o objetivo de exercitar a mente, com isso, foi possível esclarecer os
circuitos R-L e tópicos sobre indutores.

5. REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICOS.
BOYLESTAD, R. L. Introdução à análise de circuito. Ed. 12. São Paulo: Pearson, 2012.
SEARS & ZEMANSKY; YOUNG, H. D.; FREEDMAN, R. A. Física 3: eletromagnetismo. São Paulo:
Pearson, 2016.

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