Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
∑
n
Ij = 0 (lei dos nós)
j=1
Consideremos o segundo desenho da figura acima e presteamos atenção ao nó b. Suponha que
uma corrente I1 saia da fonte e, quando chega em b, ela se subdivide em duas, por exemplo, I2 e
I3 . Pela lei de Kirchhoff das correntes, convencionamos que, quando uma corrente chega em um
nó, o sinal dela é positivo; quando ela parte de um nó, o sinal é negativo, de modo tal que
∑
3
Ij = I1 − I2 − I3 = 0 ⇔ I1 = I2 + I3
j=1
Note que uma relação semelhante pode ser obtida no nó e: neste caso, I2 e I3 estão chegando em
e (sinais positivos) e I1 está saindo de e (sinal negativo), de modo tal que a relação I1 = I2 + I3
permanece válida.
A lei de Kirchhoff das correntes se baseia no princı́pio de conservação de carga [1]. A
quantidade de cargas em movimento que passam por um nı́ não se altera. Um nó não armazena
cargas.
Vamos agora estabelecer a segunda lei de Kirchhoff.
Lei de Kirchhoff das tensões ou lei das malhas: A soma algébrica das tensões
ao logo de qualquer laço (ou malha) é nula.
∑
n
Vj = 0 (lei das malhas)
j=1
Para aplicarmos a lei das malhas, precisamos convencionar um sentido para percorrer a malha
[2]. Vamos considerar a primeira figura acima, e vamos supor que a lâmpada (sı́mbolo ⊗) tem
uma resistência R0 . Se percorrermos a malha no sentido horário, a → b → c → a, temos o
mesmo sentido que o da corrente I fornecida pela fonte. Neste caso, quando passamos pela fonte
do polo negativo para o polo positivo, somamos a tensão da fonte; já os resistores e a lâmpanda,
neste sentido, promovem uma queda de tensão devida à oposição à corrente I que componentes
resistivos fornecem. Neste caso, então, pela lei das malhas, temos
∑
3
Vj = Vca + Vab + Vbc
j=1
= V0 − VR1 − VR0
= V0 − IR1 − IR0 = 0;
na primeira linha, escrevemos as tensões em termos dos ramos. Por exemplo, o ramo c − a é onde
a fonte V0 se encontra, por isso chamamos a tensão de Vca .
Considere agora o laço a → b → e → a do segundo circuito da figura, mas vamos percorrê-lo no
sentido anti-horário, ou seja a → e → b → a. Sabemos que a corrente I1 que percorre o circuito em
V0 tem o “sentido horário” até o nó b. Neste caso, a lei de Kirhhoff das tensões nos fornece
∑
Vj = Vae + Veb + Vba = −V0 + I3 R3 + I1 R1 = 0;
j
temos uma equação e duas incógnitas, a saber I1 e I3 . Vamos agora percorrer o laço b → e → d →
c → b também no sentido anti-horário; estamos percorrendo o sentido contrário ao da corrente,
logo, todas as tensões nos resistores devem aparecer com o sinal positivo:
∑
Vj = Vbe + Ved + Vdc + Vcb = I3 R3 + I2 R5 + I2 R4 + I2 R2 = 0.
j
Agora, temos um sistema com três equações e três incógnitas – as três equações acima, para
as correntes I1 , I2 e I3 . Porém, este é um sistema possı́vel e indeterminado, ou seja, admite
infinitas soluções [3]. E isto acontece porque, na realidade, como uma das correntes é escrita em
termos das outras, não podemos encontrá-las de maneira separada. Resolver esta inconsistência é
simples. Consideramos todas as associações de resistores possı́veis e, neste caso, com a resistência
equivalente, conseguimos determinar qual a corrente que sai da fonte, I0 , já que é ela que alimenta
todo o circuito. Para encontrar I2 e I3 , utilizamos outro fato importante da lei de Kirchhoff das
tensões: a tensão entre os terminais Vbe é a mesma, independentemente do caminho que você
escolher para sair de b até e [3]. Assim,
2. Objetivos:
Mostrar a validade da lei de Kirchhoff das correntes ou lei dos nós;
Mostrar a validade da lei de Kirchhoff das tensões ou lei das malhas;
Caracterizar circuitos elétricos por completo, encontrando todas as correntes e tensões.
3. Materiais utilizados:
Resistores diversos;
Quadro eletrônico vertical;
Multı́metros;
Fontes de alimentação com tensão constante;
Conectores com pontes elétricas e cabos.
4. Descrição do experimento:
Para esta prática, montaremos dois circuitos diferentes, ilustrados a seguir.
7. Conclusões:
Conclua o relatório com base nos objetivos e nos resultados obtidos.
Referências bibliográficas:
[1] IRWIN, J. D.; NELMS, R. M., Análise básica para circuitos para engenharia, 10a.
Edição. São Paulo: LTC. Disponı́vel em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/978-85-216-2320-5/pageid/0.
Último acesso: 04/05/2022
[2] YOUNG, H. D.; FRIEDMAN, R. A., Fı́sica 3, Sears e Zemansky: eletromagne-
tismo, 14a. Edição, São Paulo: Pearson Educacional, 2015.
[3] CAPUANO, F. G.; MARINO, M. A. M. Laboratório de eletricidade e eletrônica:
teoria e prática, 24a. Edição, São Paulo: Érica - Saraiva, 2007. Disponı́vel em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788536519777/pageid/0