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UNISUAM

Engenharia Elétrica

ELETRICIDADE BÁSICA

CIRCUITOS ELÉTRICOS C.C.

Prof. Cláudio M. N. A. Pereira


claudio.mna.pereira@gmail.com
Introdução
 Corrente convencional x Corrente eletrônica
Introdução
 Sentido da corrente convencional na fonte e no resistor
Circuitos em Série
 Caminho único para a corrente.
 Não há ramificações.
 A corrente é a mesma para todos os componentes.
Circuitos em Série
 Dois elementos estão em série se:
 Possuem somente um terminal em comum (isto é, um terminal
de um está conectado somente a um terminal do outro) e o
ponto comum entre os dois elementos não está conectado a
outro elemento percorrido por corrente.

 Um ramo do circuito é qualquer parte do circuito que


possui um ou mais elementos em série.
Circuitos em Série
Circuitos em Série
Resistência Equivalente
(Req) ou
Resistência Total (RT)

V = V1 + V2 + V3

Lei de Ohm: V = Req.I

Req.I = R1.I + R2.I + R3.I

Req = R1 + R2 + R3
Circuitos em Série
Potência fornecida

A cada resistor:

Pela fonte:
Circuitos em Série
Fontes de tensão em série
 Soma-se as fontes de mesma polaridade e subtrai-se
as de polaridade contrária
Circuitos em Série
Fontes de tensão em série

 Exemplos 1, 2 e 3 (pg. 20 a 23)


Lei de Kirchhoff para Tensões: LKT

 A lei de Kirchhoff para tensões (LKT) afirma que soma


algébrica das elevações e quedas de tensão em uma
malha fechada é zero.

 Uma malha fechada é qualquer caminho contínuo que,


ao ser percorrido em um sentido a partir de um ponto,
retorna ao mesmo ponto vindo do sentido oposto, sem
deixar o circuito.
Lei de Kirchhoff para Tensões: LKT

Aplicando LKT:

U – U1 – U2 = 0
Lei de Kirchhoff para Tensões: LKT

 Não é necessário que o circuito seja percorrido por uma


corrente.

Aplicando LKT:

12 – Ux – 8 = 0

Ux = 4V
Regra do divisor de tensão
 A tensão é dividida proporcionalmente entre os
resistores de um circuito série.
Regra do divisor de tensão
 Determine a tensão U1 para o circuito mostrado a
seguir, utilizando a regra do divisor de tensão. .
Regra do divisor de tensão
 Determine a tensão U1 para o circuito mostrado a
seguir, utilizando a regra do divisor de tensão. .
Tensão entre 2 pontos

 Determine Uab para a figura abaixo.

Uab = Ua – Ub = -4V
Tensão entre 2 pontos

 Determine Ua para a figura abaixo.


Tensão entre 2 pontos

 Determine Ua para a figura abaixo.

Uab = Ua – Ub
Ua = Uab + Ub
Ua = 9V
Tensão entre 2 pontos

 Determine Ub, Uc e Uac para a figura abaixo.


Tensão entre 2 pontos

 Determine Ub, Uc e Uac para a figura abaixo.

Uab = Ua – Ub
Ub = Ua – Uab = 10 – 4 = 6V

Ubc = Ub – Uc
Uc = Ub – Ubc = 6 – 20 = -14V

Uac = Ua – Uc = 10 – (-14) = 24V


Resistência interna de uma fonte de
tensão
Resistência interna de uma fonte de
tensão

 Fonte ideal: Rint = 0 ohm


Resistência interna de uma fonte de
tensão
 Determinação da resistência interna

 Aplicando LKT:
Resistência interna de uma fonte de
tensão
 Exemplo: Antes que a carga seja conectada, a tensão de saída da
fonte mostrada na figura (a) está ajustada para 40 V. Quando uma
carga de 500 Ω é conectada, com mostra a figura (b), a tensão de
saída cai para 36 V. O que aconteceu ao restante da tensão e qual
a resistência interna da fonte?
Resistência interna de uma fonte de
tensão
 Exemplo: Antes que a carga seja conectada, a tensão de saída da
fonte mostrada na figura (a) está ajustada para 40 V. Quando uma
carga de 500 Ω é conectada, com mostra a figura (b), a tensão de
saída cai para 36 V. O que aconteceu ao restante da tensão e qual
a resistência interna da fonte?

Resposta:

4V é a queda de tensão em Rint


Regulação de tensão
 É a variação percentual da tensão quando a fonte alimenta
uma dada carga
Regulação de tensão
 Exemplo: Calcule a regulação de tensão de uma fonte
com U = 24V e Rint = 0,1 ohm, alimentando uma carga
de 5 ohms.
Regulação de tensão
 Exemplo: Calcule a regulação de tensão de uma fonte
com U = 24V e Rint = 0,1 ohm, alimentando uma carga
de 5 ohms.
Circuitos em paralelo
 Elementos conectados em paralelo possuem 2 pontos
em comum.
Circuitos em paralelo

 Os elementos 1 e 2 estão em paralelo.


 A combinação (1 e 2) está em série com o elemento 3
Circuitos em paralelo

 Os elementos 1 e 2 estão em série.


 A combinação (1 e 2) está em paralelo com o elemento
3
Circuitos em paralelo
Circuitos em paralelo
Potência
Circuitos em paralelo
Resistência Equivalente
Circuitos em paralelo
Resistência Equivalente

 Exemplo 1: Calcule a resistência equivalente de um


circuito com 2 resistores em paralelo, sendo um deles
de 10 ohms e o outro de 20 ohms.
Circuitos em paralelo
Resistência Equivalente

 1/Req = 1/10 + 1/20

 1/Req = 0,1 + 0,05 = 0,15

 Req = 6,67 ohms


Circuitos em paralelo
Resistência Equivalente

 Exemplo 2: Calcule a resistência equivalente de um


circuito com 3 resistores de 30 ohms em paralelo.

 Exemplo 3: Calcule a resistência equivalente de um


circuito com 5 resistores de 30 ohms em paralelo.
Circuitos em paralelo
Resistência Equivalente

 Exemplo 2: Calcule a resistência equivalente de um


circuito com 3 resistores de 30 ohms em paralelo.
Resp: 10 ohms

 Exemplo 3: Calcule a resistência equivalente de um


circuito com 5 resistores de 30 ohms em paralelo.
Resp: 6 ohms
Circuitos em paralelo
Resistência Equivalente

 Para n resistores iguais em paralelo tem-se:


Circuitos em paralelo
Condutância Equivalente
Circuitos em paralelo
Exercícios
Circuitos em paralelo
Exercícios
Circuitos em paralelo
Exercícios

A RT varia pouco
Circuitos em paralelo
Exercícios
Circuitos em paralelo
Exercícios

A RT varia muito e fica menor do


Resistor pequeno
Circuitos em paralelo
Exercícios

Fazer exemplos 7 e 8 da apostila


Lei de Kirchhoff para Corrente:
LKC
 A lei de Kirchhoff para corrente (LKC) afirma que “a soma
algébrica das correntes que entram e saem de um nó é
igual a zero”. Em outras palavras, a “soma das corrente que
entram em um nó tem de ser igual à soma das correntes que
deixam este nó”.

I1 + I4 = I2 + I3
Lei de Kirchhoff para Corrente:
LKC

I1 = I2 + I3
Lei de Kirchhoff para Corrente:
LKC
Exemplo
Determine I3 e I4 na figura abaixo
Lei de Kirchhoff para Corrente:
LKC
Exemplo
Determine I3 e I4 na figura abaixo

I3 = I1 + I2 => I3 = 5A
I4 = I3 + I5 => I4 = 6A
Lei de Kirchhoff para Corrente:
LKC
Exemplo
Determine I1, I3, I4 e I5 na figura abaixo
Lei de Kirchhoff para Corrente:
LKC
Exemplo
Determine I1, I3, I4 e I5 na figura abaixo

I = I1 + I2 => I1 = 1A I3 = I1 = 1A
I4 = I2 = 4A I5 = I3 + I4 = 5A
Lei de Kirchhoff para Corrente:
LKC
Exemplo
Determine I3, I4, I6 e I7 na figura abaixo

I3 = 2A
I4 = 4A
I6 = 2A
I7 = 10A
Lei de Kirchhoff para Corrente:
LKC
Exemplo
Determine I3, I4, I6 e I7 na figura abaixo

I3 = 2A
I4 = 4A
I6 = 2A
I7 = 10A
Divisor de Corrente
Divisor de Corrente
Circuitos em Série-Paralelo
 Apresenta elementos em série e em paralelo
Circuitos em Série-Paralelo
 1) No circuito abaixo, determine:
 (a) A resistência equivalente.
 (b) A corrente elétrica IT , I1 e I2.
 (c) A queda de tensão em cada resistor.
 (d) A potência dissipada em cada resistor.
Curto circuito

RAB = 22 ohms

RAB = 11 ohms
Curto circuito

???????????
Curto circuito

RAB = 11 || 11 || 11 = 11/3 ohms


Curto circuito
Calcule RAB
Curto circuito
RAB = 10 ohms
Curto circuito
Calcule RAB
Curto circuito
RAB = 2 ohms
Aplicando as Leis de Kirchhoff

 Chama-se nó o ponto no qual a corrente elétrica se divide.


 Os trechos de circuitos entre dois nós consecutivos são
denominados ramos.
 Qualquer conjunto de ramos formando um percurso
fechado recebe o nome de malha.
Aplicando as Leis de Kirchhoff

 Lei de Kirchhoff das Correntes (LKC):


A soma algébrica das correntes que entram e saem
de um nó é igual zero.

 Lei de Kirchhoff das Tensões (LKT):


A soma algébrica das elevações e quedas de tensão
em uma malha é igual a zero.
Aplicando as Leis de Kirchhoff
 Exemplo 1: Determine as intensidades e os sentidos das
correntes em todos os ramos.
Aplicando as Leis de Kirchhoff
 Passo 1: Adota-se os sentidos das correntes

I1 I3
I2
Aplicando as Leis de Kirchhoff
 Passo 2: Aplicando LKC tem-se
I1 + I2 = I3 (1)

 OBS: Temos 1 equação e 2 incógnitas. Falta 2 equações

I1 I3
I2
Aplicando as Leis de Kirchhoff
 Passo 3: Aplicando LKT, percorrendo as malhas no sentido
indicado, tem-se
10 – 2.I1 + 3.I2 – 13 = 0 (2)
13 – 3.I2 + 14 – 4.I3 – 3,5 – 1.I3 = 0 (3)
OBS: Fontes percorridas do negativo para o positivo (LKT) são somadas.
Caso contrário, subtraídas. Quedas de tensão em resistores onde o sentido da
corrente é o mesmo do LKT são subtraídas. Caso contrário, são somadas.

I1 I3
I2
LKT LKT
Aplicando as Leis de Kirchhoff
 Passo 4: Resolver o sistema

I1 + I2 = I3 (1)
– 2.I1 + 3.I2 = 3 (2)
3.I2 + 5.I3 = 23,5 (3)

Subst. (1) em (3), tem-se:

– 2.I1 + 3.I2 = 3 (x10)


5.I1 + 8.I2 = 23,5 (x4)
Aplicando as Leis de Kirchhoff
 Passo 4: Resolver o sistema

– 20.I1 + 30.I2 = 30
+20.I1 + 32.I2 = 94

62.I2 = 124 => I2 = 2A

Subst. I2 em (2) => I1 = 1,5A

E finalmente, I1 e I2 em (1) => I3 = 3,5A


O Capacitor
 É um elemento constituído por dois condutores separados por um material
isolante (dielétrico).
 O capacitor armazena energia e pode devolvê-la mais tarde ao circuito.

Armadura
metálica

Isolante

Armadura
metálica
O Capacitor
 É um elemento constituído por dois condutores separados por um material
isolante (dielétrico).
 O capacitor armazena energia e pode devolvê-la mais tarde ao circuito.

Armadura
metálica

+
10V Isolante
-

Armadura
metálica
O Capacitor
 É um elemento constituído por dois condutores separados por um material
isolante (dielétrico).
 O capacitor armazena energia e pode devolvê-la mais tarde ao circuito.

Armadura
metálica

+ +
10V 10V Isolante
- -

Armadura
metálica
O Capacitor
 É um elemento constituído por dois condutores separados por um material
isolante (dielétrico).
 O capacitor armazena energia e pode devolvê-la mais tarde ao circuito.

Armadura
metálica

+ +
10V 10V Isolante
- -

Armadura
metálica
O Capacitor

10V

-
O Capacitor

Formação de
10V campo elétrico

-
O Capacitor

Formação de
10V campo elétrico

- - - - - - - - -
Elétrons são atraídos pelo
campo elétrico
O Capacitor

Elétrons são repelidos


+
++++ ++++
Formação de
10V campo elétrico

- - - - - - - - -
Elétrons são atraídos
O Capacitor

Elétrons são repelidos


+
++++ ++++
Formação de
10V campo elétrico

- - - - - - - - -
Elétrons são atraídos
Capacitância
 É uma medida da quantidade de carga que o capacitor
pode armazenar em suas placas, em outras palavras, é a
sua capacidade de armazenamento de carga elétrica.

 Depende apenas da geometria das placas e não da sua


carga ou da diferença de potencial.

 Unidade: farad (F)

Um capacitor possui uma capacitância de 1 farad se uma


carga de 1 coulomb for depositada em suas placas por uma
diferença de potencia de 1 volt entre elas.
Capacitância
  𝑞
𝐶=
𝑈

 Onde:
- C é a capacitância, em farads (F).
- q é a carga elétrica, em coulombs (C).
- U é a tensão elétrica entre os terminais do capacitor, em
volts (V).
Permissividade
 E
  uma medida da facilidade com que o dielétrico
“permite” o estabelecimento de linhas de campo no seu
interior.

 Quanto maior o valor da permissividade, maior a


quantidade de cargas depositadas nas placas.

 Permissividade do vácuo: 8,85 x 10-12 F/m.

 Permissividade relativa: = /
Permissividade relativa

Dielétrico

Vácuo 1,0

Ar 1,0006

Teflon 2,0

Borracha 3,0

Porcelana 6,0

Vidro 7,5

Cerâmica 7500,0
Capacitor de placas paralelas
  
 
𝐴
𝐶=𝜀
𝐷

 Onde:
C = capacitância, em farad (F).
= permissividade ou constante dielétrica do material
isolante, em farad/metro (F/m).
A = área da placa, em metros quadrados (m2).
d = distância entre as placas, em metros (m).
Capacitor cilíndrico
  
 
𝐿
𝐶=2 π 𝜀
ln ⁡(𝑏 /𝑎)

 Onde:
C = capacitância, em farad (F).
= permissividade ou constante dielétrica
do material isolante, em farad/metro
(F/m).
L = comprimento do capacitor, em metros (m).
a = raio do cilindro menor, em metros (m).
b = raio do cilindro maior, em metros (m).
Capacitor esférico
  
 
𝑎𝑏
𝐶 =4 π 𝜀
b −a

 Onde:
C = capacitância, em farad (F).
= permissividade ou constante dielétrica do material
isolante, em farad/metro (F/m).
a = raio da esfera menor, em metros (m).
b = raio do esfera maior, em metros (m).
Capacitância de uma esfera
isolada
  
 b -> ∞
 
𝐶=4 π 𝜀 𝑅

 Onde:
C = capacitância, em farad (F).
= permissividade ou constante dielétrica do material
isolante, em farad/metro (F/m).
R = raio da esfera, em metros (m).
Capacitor Eletrolítico
 Adequado para altos valores de capacitância (da
ordem de micro ou milifarads)

 Possui polaridade
Rigidez dielétrica
 Para cada dielétrico existe um valor de campo elétrico
que, se aplicado ao dielétrico, quebrará ligações
moleculares internas, permitindo a passagem de
corrente.

 A tensão por unidade de comprimento (intensidade do


campo elétrico) necessária para que haja uma
condução em um dielétrico é uma indicação de sua
rigidez dielétrica e é denominada tensão de ruptura.

 Quando a ruptura ocorre, o capacitor passa a ter


características muito semelhantes às de um condutor.
Corrente de fuga
 O caso ideal é quando o fluxo de elétrons ocorre em
um dielétrico apenas quando a tensão de ruptura é
alcançada.

 Na realidade, existem elétrons livres em todos os


dielétricos devido a elementos de impureza do material.

 Quando é aplicada uma tensão entre as placas de um


capacitor, uma corrente de fuga, devido aos elétrons
livres, flui de uma placa para outra.

 O valor é, em geral pequeno e pode ser desprezado.


Corrente de fuga
 Este efeito é representado por um resistor em paralelo
com o capacitor, como mostra a figura 6(a), cujo valor
é, tipicamente, maior que 100 MΩ
Corrente de fuga
 Capacitores do tipo eletrolítico têm correntes de fuga
relativamente altas. Quando carregados e depois
desconectados do circuito, esses capacitores perdem a
carga num tempo na ordem de segundos devido ao
fluxo de cargas (corrente de fuga) de uma placa para a
outra.
Capacitores em série

Cargas iguais:
QT = Q1 = Q2 = Q3

Tensões diferentes:
U = U1 + U2 + U3

   
+ +
Capacitores em paralelo

Cargas diferentes:
QT = Q1 + Q2 + Q3

Tensões iguais:
U = U1 = U2 = U3

CT.U = C1.U + C2.U + C3.U

 
+ C3
Exemplo 1
Para o circuito abaixo, determine:
(a) A capacitância total.
(b) A carga elétrica em cada capacitor.
(c) A tensão entre os terminais de cada capacitor.
Exemplo 1
(a)
1/CT = 1/C1 + 1/C2 + 1/C3 => CT = 8 μF

(b)
QT = Q1 = Q2 = Q3 = CT.U = 8x10-6 x 60 = 480 μC

(c)
U1 = Q1/C1 = 2,4V
U2 = Q2/C2 = 9,6V
U3 = Q3/C3 = 48V
Exemplo 2
(Para o circuito abaixo, determine:
(a) A capacitância total.
(b) A carga elétrica em cada capacitor.
(c) A carga total.
Exemplo 2
(a)

CT = C1 + C2 + C3 = 2060 μF

(b)
Q1 = UxC1 = 38,4mC
Q2 = UxC2 = 2,88mC
Q3 = UxC3 = 57,6 mC

(c)
QT = CT x U = 98,88 mC

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