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CENTRO UNIVERSITÁRIO AUGUSTO MOTTA

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA

Vitor de Lima Alves – 211104805

APS 2
MOLAS - Fundamentos do Projeto de Componentes deMáquinas - Robert C.
Juvinall & Kurt M. Marshek

RJ –2023
As molas são componentes elásticos que exercem forças, ou torques, absorvendo
energia. São usualmente fabricadas em metal, porém este não é o único material de
fabricação disponível, visto que plásticossão utilizados quando as cargas são baixas.

BARRAS DE TORÇÃO

Sendo possivelmente a forma mais simples de mola, as barras de torção são


usualmente aplicadas como molas de suspensão de veículos e como molas de
contrabalanço no capuz e porta-malas também de veículos.

𝑻𝒓
• Tensão básica: 𝛕 = ;
𝑱
𝑻𝑳
• Deslocamento angular: 𝜃 = ;
𝑱𝑮
𝑱𝑮
• Rigidez da mola: 𝐊 = ;
𝑳
𝑬
• Módulo de cisalhamento transversal: 𝐆 = ;
𝟐(𝟏+𝒗)

Para uma barra de seção transversal circular maciça de diâmetro d, essas equações ficam
da seguinte forma:

𝟏𝟔𝑻
• Tensão básica: 𝛕 = ;
𝝅𝒅³
𝟑𝟐𝑻𝑳
• Deslocamento angular: 𝜃 = ;
𝝅𝒅𝟒𝑮
𝝅𝒅𝟒𝑮
• Rigidez da mola: 𝐊 =
𝟑𝟐𝑳
EQUAÇÕES DA TENSÃO E DO DESLOCAMENTO OCORRENTES NAS
MOLAS HELICOIDAS

Uma mola helicoidal, que estão sujeitas a forças de compressão e de tração. As


extremidades das espiras são enroladas com passo nulo, e em seguida retificadas até
ficarem planas, ou contornando as extremidades, fazendo com que a pressão aplicada seja
distribuída uniformemente, admitindo que uma força externa F é aplicada ao longo do
eixo da espira de cada uma dessas molas.
Designa-se D como diâmetro médio de espira e d como diâmetro do fio. Partindo
do equilíbrio a porção cortada teria uma força direta de cisalhamento F e uma torção T =
FD / 2.A tensão de cisalhamento de torção resultante (𝛕) no fio pode ser computada pela
multiplicação entre a torção e o raio do fio, dividido pelo momento de inércia polar. Já a
tensão de cisalhamento máxima (𝛕𝒎𝒂𝒙) é obtida pela superposição da tensão de
cisalhamento direto e da tensão de cisalhamento de torção.

𝐅𝐃
• Torção: 𝐓 =
𝟐
𝐝
• Raio do fio: 𝐫 =
𝟐
𝛑𝐝𝟐
• Área: 𝐀 =
𝟒
𝛑𝐝𝟒
• Inércia polar: 𝐉 =
𝟑𝟐
𝑻𝒓 𝟏𝟔𝑻 𝟖𝑭𝑫
→ 𝛕= = =
𝑱 𝝅𝒅³ 𝝅𝒅³
→ 𝛕 =
𝑻𝒓 𝑭 𝟖𝑭𝑫
+
𝟒𝑭
𝒎𝒂𝒙 +𝑨= 𝝅𝒅2
𝑱 𝝅𝒅3
𝐃
• Índice de mola C (uma medida de curvatura da espiral): 𝐂 =
𝐝
𝟏,𝟐𝟑(𝟎,𝟓
• Fator de correção de tensão de cisalhamento (Ks): 𝑲𝒔 = 𝟏 + 𝑪
𝟎,𝟓
→ Após a ocorrência de escoamento com carga estática: 𝑲𝒔 = 𝟏 + 𝑪

A equação da tensão baseia-se em o fio ser reto, contudo, a curvatura do fio


aumenta a tensão no lado interno da mola, mas diminui ligeiramente no lado externo, o
que é bastante importante quando se fala em fadiga, pois as cargas são mais baixas e não
existe oportunidade para o escoamento localizado. Para o carregamento estático,
normalmente essas tensões podem ser ignoradas por conta do enrijecimento de
deformação com a primeira aplicação de carga.

• 8𝐹𝐷 1,23𝐹 8𝐹𝐷 1,23(0,5) 𝟖𝑭𝑫


𝛕= + ∴𝛕= + [1 +
𝜋𝑑³ 𝜋𝑑2/4 𝜋𝑑³ 𝐶
] ∴ 𝛕 = 𝑲𝒔 𝝅𝒅³

Suponha que Ks na equação da tensão seja substituído por outro K, que corrige
para a curvatura e cisalhamento direto, onde esse fator pode ser dado pelas seguintes
equações:

• Fator de Wahl: 𝑲 = 𝟒𝑪−𝟏 + 𝟏,𝟐𝟑(𝟎,𝟓)


𝒘 𝟒𝑪−𝟒 𝑪
𝟒𝑪+𝟐
• Fator de Bergstrasser: 𝑲𝑩 = 𝟒𝑪−𝟑
• Fator de correção de curvatura:𝑲 = 𝑲𝑩 = 𝟐𝑪(𝟒𝑪+𝟐)
𝑪 𝑲𝑺 (𝟒𝑪−𝟑)(𝟐𝑪+𝟏)
𝟖𝑭𝑫 𝟖𝑭
• Para carregamentos por fadiga: 𝛕 = 𝑲𝒘 𝝅𝒅³ = 𝑪𝑲 𝒘 𝝅𝒅²

→ Correção devida apenas ao cisalhamento.


𝟖𝑭𝑫 𝟖𝑭
• Para carregamentos estáticos: 𝛕 = 𝑲𝒔 𝝅𝒅³ = 𝑪𝑲 𝒔 𝝅𝒅²
Correção devido ao cisalhamento e à curvatura.

Ao se efetuar o tratamento prévio das tensões em molas helicoidais, pode-se


admitir que dois fatores podem ser desprezados, sendo eles:

1. Excentricidade da carga: Raramente é haver distribuição das cargas sobre a


extremidades da mola, de maneira que a resultante coincida com o eixo
geométricoda mola. Qualquer excentricidade introduz flexão e altera o braço de momento
de torção, fazendo com que as tensões em um dos lados da mola sejam superiores às
estabelecidas anteriormente.

2. Carregamento axial: Além da geração de uma tensão de cisalhamento


transversal, uma pequena componente da força F provoca a compressão axial do
arame da mola.

ANÁLISE DAS TENSÕES E DA RESISTÊNCIA DAS MOLAS HELICOIDAS


SOB COMPRESSÃO – CARREGAMENTO ESTÁTICO

O custo relativo e a resistência à tração mínima dos materiais dos arames de molas
estão sendo fornecidos pela imagem e tabela acima. Pode-se observar que existe uma
tendência de que os arames com menor diâmetro possuírem resistência maior, para o
arame duro trefilado essa tendência é maior, por conta do tratamento de endurecimento
(têmpera) associado à trefilação se estende por um percentual maior da seção transversal.
Alguns pontos devem ser observados na elaboração de um projeto com molas,
sendo eles:

CONFIGURAÇÕES DAS EXTREMIDADES DAS MOLAS HELICOIDAS SOB


COMPRESSÃO

• Ls: comprimento sólido


• Nt: número total de voltas
• N: número de espiras ativas

ANÁLISE DE FLAMBAGEM DAS MOLAS HELICOIDAS SOB COMPRESSÃO

As molas helicoidais carregadas sob compressão axial, estão sujeitas a


flambagem, que é o encurvamento que acontece em peças esbeltas, principalmente
quando a relação entre o comprimento livre e o diâmetro médio é alta, na figura abaixo
está representado um gráfico que relaciona o comprimento livre e o diâmetro médio.
Caso a flambagem seja caracterizada, a solução mais viável seria o “reprojeto”
da mola. Para prevenir contra uma eventual flambagem, coloca-se interna ou
externamente um cilindro-guia com uma pequena folga.

PROCEDIMENTO DE PROJETO DAS MOLAS HELICOIDAS SOB


COMPRESSÃO – CARREGAMENTO ESTÁTICO

Os dois requisitos básicos mais importantes para o projeto de uma mola helicoidal,
são os níveis de tensão aceitável e a rigidez elástica desejável. Visando a diminuição do
peso, das dimensões e custo, as molas são projetadas para um maior nível de tensão, não
resultando em deformação permanente, onde se considera a tensão antes da rigidez.

Molas estão sempre sujeitas a carregamento de fadiga. Para melhorar a resistência


à fadiga das molas carregadas dinamicamente, jateamento de esferas pode ser usado. Ele
pode aumentar a resistência à fadiga por torção em 20% ou mais. As componentes
correspondentes de resistência para vida infinita foram encontradas sendo:

• Sem jateamento de esfera: 𝑺𝒔𝒂 = 𝟑𝟓 𝒌𝒑𝒔𝒊 (𝟐𝟒𝟏 𝑴𝑷𝒂) 𝑺𝒔𝒎 = 𝟓𝟓 𝒌𝒑𝒔𝒊 (𝟑𝟕𝟗 𝑴𝑷𝒂)
• Com jateamento de esfera: 𝑺𝒔𝒂 = 𝟓𝟕, 𝟓 𝒌𝒑𝒔𝒊 (𝟑𝟗𝟖 𝑴𝑷𝒂) 𝑺𝒔𝒎 = 𝟕𝟕, 𝟓 𝒌𝒑𝒔𝒊 (𝟓𝟑𝟒 𝑴𝑷𝒂)

As molas helicoidais, por outro lado, nunca são usadas como molas de compressão
e molas de extensão. De fato, elas são geralmente montadas com uma pré-carga, de modo
que a carga de trabalho é adicional. A pior condição, então, ocorre quando não existe pré-
carga, isto é, quando 𝛕𝒎𝒊𝒏 = 𝟎.
MOLAS HELICOIDAS DE EXTENSÃO

As molas de extensão diferem das de compressão na transmissão de carregamento


de tração, no fato de requererem alguns meios para transferir a carga desde o suporte até
o corpo da mola, e por terem o corpo comprimido com uma tração inicial. A transferência
de carga pode ser feita com uma cunha roscada ou um gancho giratório; ambos
acrescentam ao custo do produto acabado. As tensões no corpo da mola de extensão são
tratadas da mesma maneira que nas molas de compressão. Ao projetar uma mola com
uma extremidade de gancho, flexão e torção no gancho devem ser incluídas na análise.

MOLAS EM LÂMINAS

Dentre os vários tipos de molas, são as que realizam o máximo auto


amortecimento devido ao atrito, portanto são muito utilizadas em amortecedores de
veículos. Este tipo de mola é tipicamente construído de um ou mais tiras planas e finas
de aço flexíveis, que são unidas em conjunto de modo a funcionar como uma unidade
única.

MOLAS DE TORÇÃO

As molas de torção são basicamente de dois tipos: helicoidais e espirais, onde a


tensão preponderante em todas as molas de torção é a de flexão, com um momento fletor
Fa sendo aplicado a cada uma das extremidades do arame. A análise das tensões atuantes
em vigas curvas, é aplicável a esse tipo de mola. A maior tensão atua na superfície interna
do arame e é igual a: : 𝝈 = 𝑲𝒕𝑴𝑪/𝒍.

𝝅𝒅𝟑
• Arame circular: 𝒍 = → 𝝈 = 𝟑𝟐𝑭𝒂 𝑲
𝒄 𝟑𝟐 𝒍 𝒍,𝒄𝒊𝒓𝒄
𝝅𝒅𝟑
𝒃𝒉²
• Arame circular: 𝒍 = → 𝝈 = 𝟔𝑭𝒂
𝑲𝒍,𝒓𝒆𝒕
𝒄 𝟔 𝒍 𝝅𝒃𝒉²

MOLAS DIVERSAS

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