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RESISTÊNCIA I

CP 04 – CARGA AXIAL

Prof. Eng. MSc Fabiano Moreira


jfam.91@outlook.com
OBJETIVOS
• Discutiremos como determinar a deformação de elementos
carregados axialmente;
• Desenvolveremos um método para determinar as reações
nos apoios quando tais reações não poderem ser
determinadas estritamente pelas equações de equilíbrio;
• Também discutiremos uma análise dos efeitos da tensão
térmica.

2
CONTEUDO:
1. Princípio de Saint-Venant;
2. Deformação elástica de um elemento submetido a
carga axial;
3. Princípio da superposição;
4. Elemento com carga axial estaticamente
indeterminado;
5. Método de análise de forças para elementos carregados
axialmente;
6. Tensão térmica;

3
PRINCÍPIO DE SAINT-VENANT
Nas aulas anteriores desenvolvemos:
Conceito de tensão → meio para medir a distribuição
de força no interior de um corpo.
Conceito de deformação → meio para medir a
deformação geométrica de um corpo.
Mostrou-se que a relação entre tensão e deformação
depende do tipo de material.
Se o material se comportar de maneira linear elástica, a
lei de Hooke será aplicável.

4
PRINCÍPIO DE SAINT-VENANT
Como a deformação está relacionada com a tensão, podemos
afirmar, no caso da barra, que a tensão será distribuida mais
uniformemente por toda a área da seção transversal se um
corte for feito em uma seção distante do ponto onde a carga
externa é aplicada:

5
PRINCÍPIO DE SAINT-VENANT
Em outras palavras a seção c-c, está longe o suficiente
do ponto de aplicação de P, de tal modo que a deformação
localizada provocada por P seja desprezível.

Como regra geral, a distância mínima da seção c-c em


relação à extremidade da barra é igual à maior dimensão da
seção transversal carregada.

Neste caso, a seção c-c deve está


localizada a uma distância no mínimo
igual à largura.
𝜎𝑚𝑎𝑥 = 1,02 𝜎𝑚𝑒𝑑
6
PRINCÍPIO DE SAINT-VENANT
Elemetos que não se comportam dessa maneira, ou
seja, que não seguem essa regra geral:
• Elementos estruturais de paredes finas submetidos a
carregamentos que provocam grandes deflexões podem
criar tensões e deformações localizadas que têm influência a
uma distância considerável do ponto de aplicação de carga.
• Vigas-Paredes.

7
PRINCÍPIO DE SAINT-VENANT
Agora observe como o apoio impede redução da
largura da barra, consequência do efeito de Poisson:

8
PRINCÍPIO DE SAINT-VENANT
Neste caso, a distribuição de tensão no apoio também
se nivelará e se tornará uniforme em toda a seção transversal a
uma curta distância do apoio; e mais, a amplitude da força
resultante criada por essa distribuição de tensão deve ser
também igual a P.

O fato de a tensão e a deformação comportarem-se


dessa maneira é denominado princípio de Saint-Venant, visto
que foi observado pela primeira vez pelo cientista francês
Barré de Saint-Venant, em 1855.

9
PRINCÍPIO DE SAINT-VENANT
Definição: a tensão e a deformação produzidas em
pontos de um corpo suficientemente distantes da região de
aplicação da carga serão iguais à tensão e à deformação
produzidas por quaisquer carregamentos aplicados que
tenham a mesma resultante estaticamente equivalente e sejam
aplicadas ao corpo dentro da mesma região.

10
DEFORMAÇÃO ELÁSTICA DE UM
ELEMENTO SUBMETIDO A CARGA AXIAL
Usando a lei de Hooke e as definições de tensão e deformação,
desenvolve-se uma equação que pode ser usada para
determinar a deformação elástica de um elemento submetido a
cargas axiais. Carga e área de seção transversal constantes:

𝜎𝐿
𝛿 = 𝜖𝐿 𝛿=
𝐸 𝐿
𝜎 𝛿= 𝑃
𝑃 𝐴𝐸
𝜖= 𝜎=
𝐸 𝐴 11
DEFORMAÇÃO ELÁSTICA DE UM
ELEMENTO SUBMETIDO A CARGA AXIAL
Usando o método das seções, isolamos um elemento
diferencial da barra de comprimento arbitrário dx e área de
seção transversal A(x) em uma posição arbitrária x:

𝑃 𝑥 𝑑𝑥
𝑑𝛿 =
𝐴(𝑥)𝐸
12
DEFORMAÇÃO ELÁSTICA DE UM
ELEMENTO SUBMETIDO A CARGA AXIAL
Usando a lei de Hooke e as definições de tensão e deformação,
desenvolve-se uma equação que pode ser usada para
determinar a deformação elástica de um elemento submetido a
cargas axiais:
𝑑𝛿 = 𝜖 . 𝑑𝑥 𝜖 = 𝜎/𝐸
𝑃 𝑑𝑥 𝜎
𝜎= 𝑑𝛿 = . 𝑑𝑥
𝐴 𝐸
𝑃 𝑥 𝐿
𝑑𝛿 𝑃 𝑥 𝑃 𝑥 𝑑𝑥
𝜖= 𝑑𝛿 = . 𝑑𝑥 𝛿 = න
𝑑𝑥 𝐴 𝑥 𝐴 𝑥 𝐸 0 𝐴 𝑥 𝐸
𝜎 = 𝐸𝜖

13
DEFORMAÇÃO ELÁSTICA DE UM
ELEMENTO SUBMETIDO A CARGA AXIAL
Se a barra for submetida a várias forças axiais diferentes, ou se
a área da seção transversal ou o módulo de elasticidade mudar
repentinamente de uma região para outra, a equação poderá ser
aplicada a cada seguimento da barra onde todas essas
quantidades são constantes:

𝑖=1
𝑃𝑖 𝐿𝑖
𝛿=෍
𝐴𝑖 𝐸𝑖
𝑖=𝑛

14
DEFORMAÇÃO ELÁSTICA DE UM
ELEMENTO SUBMETIDO A CARGA AXIAL
Conversão de sinais: para aplicar a equação anterior, temos de
desenvolver uma convensão de sinal para a força axial interna
e o deslocamento de uma extremidade da barra em relação à
outra extremidade:

15
Exemplo: resolução

5𝑘𝑁 7𝑘𝑁

3𝑘𝑁

16
Exemplo: resolução

𝑃𝐴𝐵 . 𝐿𝐴𝐵 +5𝑘𝑁 . 𝐿𝐴𝐵 𝑃𝐵𝐶 . 𝐿𝐵𝐶 −3𝑘𝑁 . 𝐿𝐵𝐶


𝛿𝐴𝐵 = = 𝛿𝐵𝐶 = =
𝐴. 𝐸 𝐴. 𝐸 𝐴. 𝐸 𝐴. 𝐸
𝑃𝐶𝐷 . 𝐿𝐶𝐷 −7𝑘𝑁 . 𝐿𝐶𝐷
𝛿𝐶𝐷 = =
𝐴. 𝐸 𝐴. 𝐸

+5𝑘𝑁 . 𝐿𝐴𝐵 −3𝑘𝑁 . 𝐿𝐵𝐶 −7𝑘𝑁 . 𝐿𝐶𝐷


𝛿= + +
𝐴. 𝐸 𝐴. 𝐸 𝐴. 𝐸
1
𝛿= (5𝑘𝑁 . 𝐿𝐴𝐵 − 3𝑘𝑁 . 𝐿𝐵𝐶 − 7𝑘𝑁 . 𝐿𝐶𝐷 )
𝐴. 𝐸 17
EXERCÍCIO 1

A barra de aço A-36 ( 𝐸𝑎ç𝑜 = 210 𝐺𝑃𝑎 )


mostrado na figura é composto por dois
seguimentos, AB e BD, com áreas de seção
transversal 𝐴𝐴𝐵 = 600 𝑚𝑚² e 𝐴𝐵𝐷 =
1200 𝑚𝑚² , respectivamente. Determine o
deslocamento vertical da extremindade A em
relação a D e o deslocamento de B em relação
a C.

18
Cargas internas nos seguimentos:

75𝑘𝑁 75𝑘𝑁

45𝑘𝑁
35𝑘𝑁
45𝑘𝑁

35𝑘𝑁 19
EXERCÍCIO 1

+75 103 𝑁 . 1000𝑚𝑚


𝛿𝐴𝐵 = = +0,60𝑚𝑚
210 103 𝑁
600 𝑚𝑚² 75𝑘𝑁
𝑚𝑚2

+35 103 𝑁 . 750𝑚𝑚


𝛿𝐵𝐶 = = +0,10𝑚𝑚
210 103 𝑁
1200 𝑚𝑚².
𝑚𝑚2

−45 103 𝑁 . 500𝑚𝑚


𝛿𝐶𝐷 = 3 = −0,09𝑚𝑚
210 10 𝑁
1200 𝑚𝑚².
𝑚𝑚2
45𝑘𝑁
35𝑘𝑁
𝛿𝐴𝐷 = +0,60𝑚𝑚 + 0,10𝑚𝑚 − 0,09𝑚𝑚

𝛿𝐴𝐷 = +0,61𝑚𝑚
20
EXERCÍCIO 2
O conjunto mostrado na figura abaixo é composto por um tubo
de alumínio AB com área de seção transversal de 400 mm².
Uma barra de aço com 10 mm de diâmetro está acoplada a um
colar rígido e passa pelo tubo. Se uma carga de tração de 80
kN for aplicada à barra, determine o deslocamento da
extremidade C da barra. Considere 𝐸𝑎ç𝑜 = 200 𝐺𝑃𝑎 e 𝐸𝑎𝑙 =
70 𝐺𝑃𝑎.

21
EXERCÍCIO 2: Resolução

+80 103 𝑁 . 600𝑚𝑚 𝛿𝐴𝐶 = | + 3,06𝑚𝑚| + | − 1,14𝑚𝑚|


𝛿𝑎ç𝑜 = = +3,06𝑚𝑚
102 200 103 𝑁
𝜋. 𝑚𝑚²
4 𝑚𝑚2
𝛿𝐴𝐶 = 4,20𝑚𝑚
−80 103 𝑁 . 400𝑚𝑚
𝛿𝑎𝑙𝑢𝑚 = = −1,14𝑚𝑚
70 103 𝑁
400 𝑚𝑚².
𝑚𝑚2

22
EXERCÍCIO 3
A barra tem área de seção transversal de 1800 mm² e E =
250GPa. Determine o deslocamento da extremindade A da
barra quando submetida ao carregamento distribuido.

23
Determinando deslocamento 𝛿
1
𝑤 = 500 𝑥 3 𝑘𝑁/𝑚
𝑑𝑥
1,5𝑚
𝑃 𝑥 𝑑𝑥 𝑃 𝑥 𝑑𝑥
𝑑𝛿 = ⇒𝛿= න
𝐴.𝐸 𝐴 .𝐸
0

𝑑𝛿 𝑑𝑥 1,5𝑚 4
375 𝑥 3 𝑘𝑁 𝑑𝑥
𝛿= න
𝐴 .𝐸
𝑃(𝑥) 𝑃(𝑥) 0

7
375 1,5 3 𝑘𝑁. 𝑚
𝛿=
7 2 2
1 3 .1800𝑚𝑚 .250𝑘𝑁/𝑚𝑚
𝑑𝑥 𝑤 = 500 𝑥 3 𝑘𝑁/𝑚 7
375 1,5 3. 𝑚
𝑃(𝑥) 𝛿=
7
3 .1800 .250
𝛿 = 0,92(10−3 )𝑚 = 0,92𝑚𝑚
Determinando a força interna P(x)
𝑥′ 𝑑𝑥′
1
′ 3
𝑑𝑥′ 1
𝑤𝐿 = 500 𝑥 𝑘𝑁/𝑚 𝑤𝑅 = 500 ′ 3
𝑥 𝑘𝑁/𝑚
𝑃(𝑥)
𝑑𝑃(𝑥)

1
′ 3
500 𝑥 𝑘𝑁
𝑑𝑃(𝑥) = . 𝑑𝑥′
𝑚

1 4
𝑥 ′
500 𝑥 3 𝑘𝑁 500 𝑥 3 𝑘𝑁 4
𝑃 𝑥 =න . 𝑑𝑥 ′ = 𝑚 = 375 𝑥 3 𝑘𝑁
𝑚 4
3 𝑚
0
ELEMENTO COM CARGA AXIAL
ESTATICAMENTE INDETERMINADO
Quando uma barra está presa somente em uma
extremidade e é submetida a uma força axial, aquação de
equilíbrio da força aplicada ao longo do eixo da barra é
suficiente para determinar a reação no suporte fixo.

Problema estaticamente determinado


26
ELEMENTO COM CARGA AXIAL
ESTATICAMENTE INDETERMINADO
Se a barra estiver fixa em ambas as extremidades, então
aparecem duas reações axiais desconhecidas:

Problema estaticamente indeterminado.

Número de reações maior que o número de


equações de equilibrio.

Uma equação adcional deve ser estabecida.

27
Desenvolvimento algébrico
𝐹𝐴 Condição de equilíbrio

+ ෍ Fy = 0 ⇒ 𝐹𝐴 + 𝐹𝐵 − 𝑃 = 0

𝐹𝐴 + 𝐹𝐵 = 𝑃 ⇒ 𝐹𝐵 = 𝑃 − 𝐹𝐴

Condição de compatibilidade
𝐹𝐴 𝐹𝐴 𝐹𝐴

+𝐹𝐴 𝐿𝐴𝐶
+ 𝛿𝐴𝐶 =
𝐴 .𝐸
𝐹𝐴
𝑃
𝐹𝐵
−𝐹𝐵 𝐿𝐵𝐶
− 𝛿𝐵𝐶 =
𝐴 .𝐸

𝐹𝐵 𝐹𝐵
𝐹𝐵 𝐹𝐵 28
Desenvolvimento algébrico
𝐹𝐴 Condição de equilíbrio
+ ෍ Fy = 0 ⇒ 𝐹𝐴 + 𝐹𝐵 − 𝑃 = 0
𝐹𝐴 + 𝐹𝐵 = 𝑃 ⇒ 𝐹𝐵 = 𝑃 − 𝐹𝐴
𝐿𝐵𝐶 𝐿𝐴𝐶
𝐹𝐵 = 𝑃 − 𝑃 . ⇒ 𝐹𝐵 = 𝑃
𝐿 𝐿

Condição de compatibilidade
𝛿𝐴𝐵 = 𝛿𝐴𝐶 + 𝛿𝐵𝐶 = 0

+𝐹𝐴 𝐿𝐴𝐶 −𝐹𝐵 𝐿𝐵𝐶


+ =0
𝐴 .𝐸 𝐴 .𝐸
𝐹𝐴 𝐿𝐴𝐶 𝑃 − 𝐹𝐴 𝐿𝐵𝐶
= ⇒ 𝐹𝐴 𝐿𝐴𝐶 + 𝐿𝐵𝐶 = 𝑃 . 𝐿𝐵𝐶
𝐴.𝐸 𝐴 .𝐸
𝐿𝐵𝐶
𝐹𝐵 𝐹𝐴 . 𝐿 = 𝑃 . 𝐿𝐵𝐶 ⇒ 𝐹𝐴 = 𝑃 . 29
𝐿
Condição de equilíbrio
𝐹𝐴 + ෍ Fy = 0 ⇒ 𝐹𝐴 + 𝐹𝐵 − 300𝑘𝑁 − 600𝑘𝑁 = 0

𝐹𝐴 + 𝐹𝐵 = 900𝑘𝑁

+𝐹𝐴 . 𝐿𝐴𝐷
𝐹𝐴𝐷 = +𝐹𝐴 𝛿𝐴𝐷 =
𝐴1 . 𝐸
𝐹𝐷𝐶 = +𝐹𝐴 − 300𝑘𝑁 + 𝐹𝐴 − 300𝑘𝑁 . 𝐿𝐷𝐶
𝛿𝐷𝐶 =
𝐴1 . 𝐸
𝐹𝐶𝐾 = +𝐹𝐴 − 300𝑘𝑁
+ 𝐹𝐴 − 300𝑘𝑁 . 𝐿𝐶𝐾
𝛿𝐶𝐾 =
𝐹𝐾𝐵 = −𝐹𝐵 𝐴2 . 𝐸

−𝐹𝐵 . 𝐿𝐾𝐵
𝛿𝐾𝐵 =
𝐴2 . 𝐸
𝐹𝐵
𝛿𝐴𝐷 + 𝛿𝐷𝐶 + 𝛿𝐶𝐾 + 𝛿𝐾𝐵 = 0
30
Condição de equilíbrio
𝐹𝐴 + ෍ Fy = 0 ⇒ 𝐹𝐴 + 𝐹𝐵 − 300𝑘𝑁 − 600𝑘𝑁 = 0

𝐹𝐴 + 𝐹𝐵 = 900𝑘𝑁

𝛿𝐴𝐷 + 𝛿𝐷𝐶 + 𝛿𝐶𝐾 + 𝛿𝐾𝐵 = 0


+𝐹𝐴 . 𝐿𝐴𝐷 + 𝐹𝐴 − 300𝑘𝑁 . 𝐿𝐷𝐶 + 𝐹𝐴 − 300𝑘𝑁 . 𝐿𝐶𝐾 −𝐹𝐵 . 𝐿𝐾𝐵
+ + + =0
𝐴1 . 𝐸 𝐴1 . 𝐸 𝐴2 . 𝐸 𝐴2 . 𝐸

+𝐹𝐴 + 𝐹𝐴 − 300𝑘𝑁 + 𝐹𝐴 − 300𝑘𝑁 −𝐹𝐵


+ + + =0
𝐴1 𝐴1 𝐴2 𝐴2

𝐹𝐵 = 900𝑘𝑁 − 𝐹𝐴

150𝑘𝑁𝐴2 + 600𝑘𝑁𝐴1
𝐹𝐴 =
𝐹𝐵 𝐴1 + 𝐴2

31
ELEMENTO COM CARGA AXIAL
ESTATICAMENTE INDETERMINADO
Exemplo de aplicação na engenharia estrutural:

32
MÉTODO DE ANÁLISE DE FORÇA PARA
ELEMENTOS CARREGADOS AXIALMENTE
Também se pode resolver problemas estaticamente
indeterminado escrevendo a equação de compatibilidade
levando em consideração a superposição das forças que agem
no diagrama de corpo livre (método também conhecido como
método de análise de flexibilidade)

33
PRINCÍPIO DA SUPERPOSIÇÃO
É usado para determinar a tensão ou o deslocamento
em um ponto de um elemento quando este estiver sujeito a um
carregamento complicado.

A tensão ou o deslocamento resultante no ponto pode


ser determinado se antes se determinar a tensão ou o
deslocamento causado por cada componente de carga agindo
separadamente sobre o elemento.

A tensão ou deslocamento resultante é, então, a soma


algébrica das contribuições causadas por cada uma das
componentes das cargas.
34
PRINCÍPIO DA SUPERPOSIÇÃO

35
PRINCÍPIO DA SUPERPOSIÇÃO
Para aplicar o princípio da superposição as duas
condições a seguir devem ser válidas:
1. A carga deve estar relacionada linearmente com a tensão
ou o deslocamento a ser determinado.
𝑃 𝑃𝐿
𝜎= e 𝛿=
𝐴 𝐴𝐸

2. A carga não deve provocar mudanças significativas na


geometria ou configuração original do elemento.

36
MÉTODO DE ANÁLISE DE FORÇA PARA
ELEMENTOS CARREGADOS AXIALMENTE

= = +

𝛿=0
𝐹𝐵 +𝑃. 𝐿𝐴𝐶
𝛿𝑃 = −𝐹𝐵 . 𝐿
𝐴. 𝐸 𝛿𝐵 =
𝐴. 𝐸
+𝑃. 𝐿𝐴𝐶 −𝐹𝐵 . 𝐿
𝛿 = 𝛿𝑃 + 𝛿𝐵 = + =0
𝐴. 𝐸 𝐴. 𝐸 37
MÉTODO DE ANÁLISE DE FORÇA PARA
ELEMENTOS CARREGADOS AXIALMENTE

+𝑃. 𝐿𝐴𝐶 𝐹𝐵 . 𝐿 𝐹𝐴 = 𝑃 − 𝐹𝐵
=
𝐴. 𝐸 𝐴. 𝐸
𝐿𝐴𝐶
𝐹𝐴 = 𝑃 − 𝑃.
𝑃. 𝐿𝐴𝐶 = 𝐹𝐵 . 𝐿 𝐿
𝐿𝐵𝐶
𝐿𝐴𝐶 𝐹𝐴 = 𝑃.
𝐹𝐵 = 𝑃. 𝐿
𝐿

38
EXERCÍCIO 4
A haste de aço mostrada na figura tem diâmetro de 5 mm e
está presa à parede fixa em A. Antes de ser carregada, há uma
folga de 1 mm entre a parede em B’ e a haste. Determine as
reações em A e B’ se a haste for submetida a uma força axial P
= 20 kN como mostra a figura. Despreze o tamanho do colar
em C. Considere 𝐸𝑎ç𝑜 = 200 𝐺𝑃𝑎.

39
Verificar se a força P provoca um deslocamento maior que 1mm

𝐹𝑖 . 𝐿𝑖 𝐹𝐴𝐶 . 𝐿𝐴𝐶 𝐹𝐵𝐶 . 𝐿𝐵𝐶


𝛿𝐴𝐵 =෍ = +
𝐸𝑖 . 𝐴𝑖 𝐸 .𝐴 𝐸 .𝐴
Resultado:
+20 103 𝑁 . 400𝑚𝑚 A força P provoca um deslocamento
𝛿𝐴𝐵 =
52 maior que 1mm, portanto, a barra
𝜋 . 𝑚𝑚2 . 200 103 𝑁/𝑚𝑚²
4 encosta na parede B’ e o problema
passa a ser estaticamente
40𝑚𝑚 . 4 indeterminado
𝛿𝐴𝐵 = 2
= +2,04𝑚𝑚 > 1𝑚𝑚
𝜋 .5 .

40
Resolver o problema como estaticamente indeterminado usando a
compatibilização de deslocamento.

Equação de compatibilidade:
𝐹𝐴 𝐹𝐵 𝐹𝐴𝐶 . 𝐿𝐴𝐶 𝐹𝐵𝐶 . 𝐿𝐵𝐶
𝛿𝐴𝐵 = + = 1𝑚𝑚
𝐸 .𝐴 𝐸 .𝐴
+𝐹𝐴 . 𝐿𝐴𝐶 − 𝐹𝐵 . 𝐿𝐵𝐶
= 1𝑚𝑚
𝐹𝐴𝐶 = +𝐹𝐴 𝐹𝐶𝐵 = −𝐹𝐵 𝐸 .𝐴
+𝐹𝐴 . 𝐿𝐴𝐶 − (𝑃 − 𝐹𝐴 ). 𝐿𝐵𝐶
= 1𝑚𝑚
𝐸 .𝐴
equação de equilíbrio
𝐹𝐴 + 𝐹𝐵 = 𝑃 +𝐹𝐴 . 𝐿𝐴𝐶 − 𝑃. 𝐿𝐵𝐶 + 𝐹𝐴 . 𝐿𝐵𝐶
= 1𝑚𝑚
𝐹𝐵 = 𝑃 − 𝐹𝐴 𝐸 .𝐴
𝐸 . 𝐴 . 1 𝑚𝑚 + 𝑃. 𝐿𝐵𝐶
𝐹𝐵 = 20𝑘𝑁 − 16,6𝑘𝑁 𝐹𝐴 =
𝐿
52
𝐹𝐵 = 3,4𝑘𝑁 200𝐺𝑃𝑎 . 𝜋 . 4 𝑚𝑚2 . 1𝑚𝑚 + 20𝑘𝑁. 800𝑚𝑚
𝐹𝐴 =
1200𝑚𝑚

𝐹𝐴 = 16,6𝑘𝑁 41
Resolver o problema como estaticamente indeterminado usando o método
da superposição.

𝛿𝐴𝐵,1 + 𝛿𝐴𝐵,2 = 1𝑚𝑚


−𝐹𝐵 . 𝐿
2,04𝑚𝑚 + = 1𝑚𝑚
𝐸 .𝐴
=

𝐹𝐴 𝛿𝐵 = 1𝑚𝑚
2,04𝑚𝑚 − 1𝑚𝑚
𝐹𝐵 𝐹𝐵 = 𝐸 . 𝐴
𝐿
𝐹𝐵 = 3,4𝑘𝑁
=

𝑃
𝛿𝐴𝐵,1 = +2,04𝑚𝑚 𝐹𝐴 = 𝐹𝐴−1 + 𝐹𝐴−2

𝐹𝐴 = 20𝑘𝑁 − 3,4𝑘𝑁
+

𝐹𝐴 = 16,6𝑘𝑁
𝐹𝐵
𝐹𝐵 −𝐹𝐵 . 𝐿
𝛿𝐴𝐵,2 =
𝐸 .𝐴
42
TENSÃO TÉRMICA
Uma mudança na temperatura pode provocar alterações
nas dimensões de uma material.
Se T aumenta, então δ também aumenta e vice-versa
Essa relação normalmente é linear.
Para materiais homogênio e isotrópico, estudos
experimentais demonstram que:
𝛿𝑇 = 𝛼∆𝑇𝐿
onde:

43
TENSÃO TÉRMICA
• 𝛼 = coeficiente linear de expansão térmica.
Unidade: [1/°C(Celsius) ou [1/°K(Kelvin) no SI].
• ∆𝑇 = Variação de temperatura do elemento.
• 𝐿 = comprimento inicial do elemento.
• 𝛿𝑇 = variação no comprimento do elemento

44
TENSÃO TÉRMICA
Se a mudança na temperatura ocorrer em todo o comprimento
do elemento, isto é ∆𝑇 = ∆𝑇(x), ou se 𝛿 mudar ao longo do
comprimento, a mudança no comprimento do elemento será:

𝑥 𝑑𝑥

𝑑𝛿𝑇 = 𝛼∆𝑇 𝑥 𝑑𝑥

𝐿
𝛿𝑇 = න 𝛼∆𝑇 𝑥 𝑑𝑥
0

Elementos estaticamente inderterminados podem ser


restringidos por apoios, o que produz tensões térmicas que
devem ser consideradas no projeto. 45
EXERCÍCIO 5
A barra de aço (𝐸𝑎ç𝑜 = 200 𝐺𝑃𝑎) mostrada na figura está
restringida para caber exatamente entre os dois suportes fixos
quando 𝑇𝑖 = 30°𝐶. Se a temperatura aumentar até 𝑇𝑓 = 60°𝐶,
determine a tensão térmica normal média desenvolvida na
barra. Dado: 𝛼𝑎ç𝑜 = 12(10−6 /°𝐶)

10 𝑚𝑚

1𝑚 10 𝑚𝑚

46
Resolução pelo método da superposição:
7,2𝑘𝑁
𝐹𝐴

1𝑚 = 1𝑚 = 1𝑚 + 1𝑚

𝛿=0
𝐹𝐵 𝛿𝑇 = 𝛼∆𝑇𝐿 𝐹𝐵
−𝐹𝐵 .𝐿
𝛿𝑇 = 12
10−6
60 − 30 °𝐶 . 1𝑚 𝛿𝐹 = 𝐸 .𝐴
𝐹𝐴 = 𝐹𝐴−𝑇 + 𝐹𝐴−𝐹 °𝐶
−𝐹 .1𝑚
𝛿𝑇 = 0,00036𝑚 𝛿𝐹 = 200 𝐺𝑁/𝑚𝐵2.0,0001𝑚²
𝐹𝐴 = 0 + 7,2𝑘𝑁
−𝐹𝐵 .1𝑚
𝛿 = 𝛿𝑇 + 𝛿𝐹 = 0 0,00036𝑚 + =0
𝐹𝐴 = +7,2𝑘𝑁 200 𝐺𝑁/𝑚2 .0,0001𝑚²

7,2𝑘𝑁 7,2𝑘𝑁 = 𝐹𝐵
𝜎𝑇 = = 72𝑀𝑃𝑎
0,01𝑚 . 0,01𝑚 47
EXERCÍCIO 5
𝐹𝑇 𝛼∆𝑇𝐴𝐸 10−6
𝜎𝑇 = = = 𝛼∆𝑇𝐸 = 12 30°𝐶 . 200 103 𝑀𝑃𝑎 𝐹𝐴
𝐴 𝐴 °𝐶
𝜎𝑇 = 12 10−6 30. 200 103 𝑀𝑃𝑎 = 72𝑀𝑃𝑎

+ ෍ Fy = 0 ⇒ 𝐹𝐴 + 𝐹𝐵 = 0 ⇒ 𝐹𝐴 = 𝐹𝐵 = 𝐹𝑇

𝛿𝐴𝐵 = 0 ⇒ 𝛿𝑇 + 𝛿𝐹 = 0

1𝑚
−𝐹𝑇 𝐿 −𝐹𝑇
𝛼∆𝑇𝐿 + = 0 ⇒ 𝛼∆𝑇 + =0
𝐴𝐸 𝐴𝐸
𝐹𝑇 = 𝛼∆𝑇𝐴𝐸

10−6
𝐹𝑇 = 12 30°𝐶 . 100𝑚𝑚2 . 200 𝑘𝑁/𝑚𝑚²
°𝐶

𝐹𝑇 = 12 10−6 30. 100.200 𝑘𝑁 ⇒ 𝐹𝑇 = 7,2𝑘𝑁 𝐹𝐵


48
EXERCÍCIO 6
O poste abaixo tem diâmetro de 60 mm. Se estiver sujeito a uma carga de
20 kN e o solo proporcionar resistência ao atrito w = 4 kN/m
uniformemente distribuída ao longo de seus lados, determine a força F na
parte inferior do poste necessária para haver equilíbrio. Calcule também
qual é o deslocamento da parte superior do poste, A, em relação à sua parte
inferior, B. Despreze o peso do poste.
Dados:
E = 13,1 GPa

𝐹 + 𝑤 .𝐿 = 𝑃
𝐹 + 4𝑘𝑁/𝑚 . 2𝑚 = 20𝑘𝑁
𝐹 = 20𝑘𝑁 − 8𝑘𝑁 = 12𝑘𝑁

49
Resolução:
Para haver equilíbrio é necessário que a força de 20 kN seja resistida pelo e
pela ponta do poste:

𝑁 + 𝑤 𝑦 − 20𝑘𝑁 = 0
𝑁(𝑦) = 20𝑘𝑁 − 𝑤 𝑦
4𝑘𝑁 𝑁(𝑦)
𝑁(𝑦) = 20𝑘𝑁 − 𝑦
𝑚 𝑤 = 4𝑘𝑁/𝑚
𝑑𝐹 = 𝑤(𝑦). 𝑑𝑦
𝑦

𝐹 = න 𝑤. 𝑑𝑦
20𝑘𝑁 0
4𝑘𝑁
𝐹 = 𝑤. 𝑦 = 𝑦
𝑚
− 𝑁(𝑦) = 20𝑘𝑁 − 𝐹
4𝑘𝑁
𝑁(𝑦) = 20𝑘𝑁 − 𝑦
𝑚
12𝑘𝑁
Resolução:

4𝑘𝑁
− 20𝑘𝑁 −
𝑁 𝑦 𝑑𝑦 𝑚 .𝑦
𝑑𝛿 = = 𝑑𝑦 =
𝐴𝐸 𝐴𝐸
𝐿
4𝑘𝑁 4𝑘𝑁 𝑦 2
𝐿 − 20𝑘𝑁 −
𝑚 .𝑦 − 20𝑘𝑁 . 𝑦 − 𝑚 . 2
𝛿=න 𝑑𝑦 =
0 𝐴𝐸 𝐴𝐸 0

4𝑘𝑁 𝐿2
−20𝑘𝑁. 𝐿 + 𝑚 . 2
𝛿=
𝐸 .𝐴
𝑑𝑦
4𝑘𝑁 22 𝑚2
−20𝑘𝑁. 2𝑚 + 𝑚 . 2
𝛿=
𝜋 602 𝑚𝑚2
4𝑘𝑁 13,1𝐺𝑃𝑎 .
− 20𝑘𝑁 − 4
𝑑𝛿 𝑚 .𝑦
=𝜖 𝑦 =
𝑑𝑦 𝐴𝐸 −40 + 8
𝛿= 2 𝑚 = −8,64 10−4 𝑚 = −0,864𝑚𝑚
𝜋 60
13,1. 4
51
EXERCÍCIO 7
A coluna é de concreto de alta resistência e reforçada com quatro hastes de
aço A36 (Es = 200 GPa) Se for submetida a uma força axial de 800 kN,
determine o diâmetro exigido para cada haste de modo que 1/4 da carga
seja suportada pelo aço e 3/4, pelo concreto (Ec=25 GPa).

∅2 𝐴𝑠
𝜋. =
4 4

𝐴𝑠
∅=
𝜋

3600𝑚𝑚2
∅= = 33,85𝑚𝑚
𝜋

52
Resolução:
O valor da carga no aço e no concreto:
3
𝐹𝑐 = . 800𝑘𝑁 = 600𝑘𝑁
4
1
𝐹𝑠 = . 800𝑘𝑁 = 200𝑘𝑁
4

O deslocamento 𝛿𝑐 deve ser igual ao deslocamento 𝛿𝑠 :


𝛿𝑐 = 𝐹𝑐 . 𝐿 /(𝐸𝑐 . 𝐴𝑐 ) 𝐹𝑐 . 𝐿 /(𝐸𝑐 . 𝐴𝑐 ) = 𝐹𝑠 . 𝐿 /(𝐸𝑠 . 𝐴𝑠 )
𝐹𝑐 𝐹𝑠
𝛿𝑠 = 𝐹𝑠 . 𝐿 /(𝐸𝑠 . 𝐴𝑠 ) =
𝐸𝑐 𝐴𝑡 − 𝐴𝑠 𝐸𝑠 . 𝐴𝑠
𝐹𝑐 . 𝐸𝑠 . 𝐴𝑠 = 𝐹𝑠 . 𝐸𝑐 𝐴𝑡 − 𝐴𝑠
𝐴𝑠 (𝐹𝑐 . 𝐸𝑠 + 𝐹𝑠 . 𝐸𝑐 ) = 𝐹𝑠 . 𝐸𝑐 . 𝐴𝑡
𝐴𝑡 = 𝐴𝑐 + 𝐴 𝑠 )
𝐴𝑠 = 𝐹𝑠 . 𝐸𝑐 . 𝐴𝑡 / 𝐹𝑠 . 𝐸𝑐 + 𝐹𝑐 . 𝐸𝑠
𝐴𝑐 = 𝐴𝑡 − 𝐴𝑠
200𝑘𝑁. 25𝐺𝑃𝑎 . 90000𝑚𝑚2
𝐴𝑠 = = 3600𝑚𝑚2
200𝑘𝑁 .25𝐺𝑃𝑎 + 600𝑘𝑁 .200𝐺𝑃𝑎 53
EXERCÍCIO 8
Duas barras feitas de material diferentes são acopladas e
instaladas entre duas paredes quando a temperatura é T1 =
150°C. Determine a força exercida nos apoios (rígidos) quando
a temperatura for T2 = 20°C.

54
Método da compatibilidade
O somatório de forças na horizontal é
igual a zero:
𝐹𝑠 𝐹𝑙 −𝐹𝑠 + 𝐹𝑙 = 0
𝐹𝑙 = 𝐹𝑠 = 𝐹

O deslocamento entre os apoios deve ser igual a zero: 𝛿𝑠 + 𝛿𝑙 = 0


𝐹𝑠 . 𝐿𝑠 𝐹𝑙 . 𝐿𝑙
𝐹𝑠 𝐹𝑠 𝛿𝑠 = + 𝛼𝑠 . ∆𝑇 . 𝐿𝑠 𝛿𝑙 = + 𝛼𝑙 . ∆𝑇 . 𝐿𝑙
𝐴𝑠 . 𝐸𝑠 𝐴𝑙 . 𝐸𝑙
𝐹. 𝐿 𝐹. 𝐿
+ 𝛼𝑠 . ∆𝑇 . L + + 𝛼𝑙 . ∆𝑇 . 𝐿 = 0
𝐴𝑠 . 𝐸𝑠 𝐴𝑙 . 𝐸𝑙
𝐹𝑙 𝐹𝑙 (𝛼𝑙 + 𝛼𝑠 ) ∆𝑇
𝐹=−
1 1
+
𝐴𝑠 . 𝐸𝑠 𝐴𝑙 . 𝐸𝑙

55
Método da compatibilidade

∆𝑇 𝛼𝑠 + 𝛼𝑙
𝐹=−
1 1
+
𝐴𝑠 . 𝐸𝑠 𝐴𝑙 . 𝐸𝑙

20 − 150 12 + 21 10−6
𝐹=−
1 1 1
+
200 . 200 450 . 100 𝑚𝑚2 𝐺𝑃𝑎

−130 . 33 . 10−6
𝐹=− 𝑘𝑁
1 1
40000 + 45000

4290 . 10−3
𝐹= 𝑁 = 90.85 𝑘𝑁
4,722 . 10−5

56
Pela superposição

𝐹𝑆

𝛿=0
∆𝑇 = 20°𝐶 − 150°𝐶 = −130°𝐶 57
Pela superposição
𝛿𝑡 = 𝛼𝑠 . ∆𝑇 . L + 𝛼𝑙 . ∆𝑇 . 𝐿

𝛿𝑡 = 𝛼𝑠 + 𝛼𝑙 . ∆𝑇 . L

𝛿𝑡
= 12 + 21 10−6 . (20 − 150). L

𝛿𝑡 = −4,29 . 10−3 . L

𝛿𝑇
∆𝑇 = 20°𝐶 − 150°𝐶 = −130°𝐶
𝛿𝐹
+

𝐹𝑠

𝐹𝑠 . 𝐿 𝐹𝑠 . 𝐿 4,29 .10−3
𝛿𝐹 = + ⇒ 𝐹𝑠 = 𝑘𝑁 = 90.85 𝑘𝑁
𝐴𝑠 . 𝐸𝑠 𝐴𝑙 . 𝐸𝑙 1 1
+
200 . 200 450 . 100
58
EXERCÍCIO 9
As três barras de aço A-36
(𝐸𝑎ç𝑜 = 200 𝐺𝑃𝑎)
mostradas na figura estão
conectadas por pinos a um
elemento rígido. Se a carga
aplicada ao elemento for 15
kN, determine a força
desenvolvida em cada barra.
Cada uma das barras AB e
EF tem área de seção
transversal de 25 mm² e a
barra CD tem área de seção
transversal de 15 mm² .
59
EXERCÍCIO 9

60
EXERCÍCIO 10
A barra rígida mostrada na figura está presa à parte superior dos três postes
feitos de aço e alumínio. Cada um dos postes tem comprimento de 250 mm
quando não há nenhuma carga aplicada à barra e a temperatura é 𝑇𝑖 =
20°𝐶. Determine a força suportada por cada poste se a barra for submetida
a um carregamento distribuido uniformemente de 150 kN/m e a
temperatura aumentar ate 𝑇𝑓 = 80°𝐶.
Dados:
𝛼𝑎ç𝑜 = 12(10−6 /°𝐶)
𝛼𝑎𝑙𝑢 = 23(10−6 /°𝐶)

Equações de equilíbrio
𝐹𝑠−𝑒 = 𝐹𝑠−𝑑
602
2 . 𝐹𝑠−𝑑 + 𝐹𝑎 = 90𝑘𝑁 𝐴𝑎 = 𝜋 . 4
= 2827,431𝑚𝑚2
402
𝐹𝑠−𝑑 . 0,6𝑚 + 𝐹𝑎 0,3𝑚 = 27𝑘𝑁. 𝑚 𝐴𝑠 = 𝜋 . 4 = 1256,636𝑚𝑚2 61
Impomos que o deslocamento nas três barras sejam iguais pela
simetria do problema.
𝛿𝑠−𝑒 = 𝛿𝑠−𝑑 = 𝛿𝑎

𝐹𝑠−𝑒 . 𝐿
𝛿𝑠−𝑒 = + 𝛼𝑠 . ∆𝑇 . 𝐿
𝐸𝑠 . 𝐴𝑠
𝐹𝑠−𝑑 . 𝐿
𝛿𝑠−𝑑 = + 𝛼𝑠 . ∆𝑇 . 𝐿
𝐸𝑠 . 𝐴𝑠
𝐹𝑎 . 𝐿
𝛿𝑎 = + 𝛼𝑎 . ∆𝑇 . 𝐿
𝐹𝑠−𝑒 𝐹𝑎 𝐹𝑠−𝑑 𝐸𝑎 . 𝐴𝑎

𝛿𝑠−𝑒 = 𝛿𝑠−𝑑
𝐹𝑠−𝑒 . 𝐿 𝐹 .𝐿
𝐹𝑠−𝑒 . 𝐿 𝐹𝑠−𝑑 . 𝐿 + 𝛼𝑠 . ∆𝑇 . 𝐿 = 𝐸 𝑎 .𝐴 + 𝛼𝑎 . ∆𝑇 . 𝐿
+ 𝛼𝑠 . ∆𝑇 . 𝐿 = + 𝛼𝑠 . ∆𝑇 . 𝐿 𝐸𝑠 .𝐴𝑠 𝑎 𝑎
𝐸𝑠 .𝐴𝑠 𝐸𝑠 .𝐴𝑠
𝐹𝑠−𝑒 𝐹𝑎
𝐹𝑠−𝑒 = 𝐹𝑠−𝑑 −𝐸 = +𝛼𝑎 . ∆𝑇 − 𝛼𝑠 . ∆𝑇
𝐸𝑠 .𝐴𝑠 𝑎 .𝐴𝑎

𝐹𝑠−𝑒 + 𝐹𝑠−𝑑 + 𝐹𝑎 = 90𝑘𝑁


62
A solução passa pela resolução do seguinte sistema de equações.

𝐹𝑠−𝑒 𝐹𝑎
− = +𝛼𝑎 . ∆𝑇 − 𝛼𝑠 . ∆𝑇
𝐸𝑠 .𝐴𝑠 𝐸𝑎 .𝐴𝑎

2𝐹𝑠−𝑒 + 𝐹𝑎 = 90𝑘𝑁
𝐹𝑠−𝑒 + 𝐹𝑠−𝑑 + 𝐹𝑎 = 90𝑘𝑁
𝐹𝑎 = 90𝑘𝑁 − 2𝐹𝑠−𝑒
𝐹𝑠−𝑒 = 𝐹𝑠−𝑑

𝐹𝑠−𝑒 90𝑘𝑁−2𝐹𝑠−𝑒
− = +𝛼𝑎 . ∆𝑇 − 𝛼𝑠 . ∆𝑇
𝐸𝑠 .𝐴𝑠 𝐸𝑎 .𝐴𝑎

𝐹𝑠−𝑒 90𝑘𝑁 2𝐹𝑠−𝑒


−𝐸 +𝐸 = ∆𝑇 𝛼𝑎 − 𝛼𝑠
𝐸𝑠 .𝐴𝑠 𝑎 .𝐴𝑎 𝑎 .𝐴𝑎
90𝑘𝑁
𝐹𝑠−𝑒 2𝐹𝑠−𝑒 90𝑘𝑁 ∆𝑇 𝛼𝑎 −𝛼𝑠 +𝐸 .𝐴
𝐸𝑠 .𝐴𝑠
+ 𝐸𝑎 .𝐴𝑎
= ∆𝑇 𝛼𝑎 − 𝛼𝑠 + 𝐸𝑎 .𝐴𝑎
𝐹𝑠−𝑒 = 𝑎 𝑎
𝐸𝑎 .𝐴𝑎 +2 .𝐸𝑠 .𝐴𝑠
𝐸𝑠 .𝐴𝑠 .𝐸𝑎 .𝐴𝑎
𝐸𝑎 .𝐴𝑎 𝐹𝑠−𝑒 𝐸 .𝐴 2𝐹𝑠−𝑒 90𝑘𝑁
+ 𝐸𝑠 .𝐴𝑠 𝐸 = ∆𝑇 𝛼𝑎 − 𝛼𝑠 + 𝐸
𝐸𝑎 .𝐴𝑎 𝐸𝑠 .𝐴𝑠 𝑠 𝑠 𝑎 .𝐴𝑎 𝑎 .𝐴𝑎

𝐸𝑎 .𝐴𝑎 +2 .𝐸𝑠 .𝐴𝑠 90𝑘𝑁


𝐹𝑠−𝑒 = ∆𝑇 𝛼𝑎 − 𝛼𝑠 + 𝐸 63
𝐸𝑠 .𝐴𝑠 .𝐸𝑎 .𝐴𝑎 𝑎 .𝐴𝑎
A solução passa pela resolução do seguinte sistema de equações.

90𝑘𝑁
60. 12 − 23 10−6 +
70𝐺𝑃𝑎 . 2827,431𝑚𝑚2
𝐹𝑠−𝑒 =
70𝐺𝑃𝑎. 2827,431𝑚𝑚2 + 2 . 200𝐺𝑃𝑎 . 1256,636𝑚𝑚2
200𝐺𝑃𝑎 .1256,636𝑚𝑚2 . 70𝐺𝑃𝑎 . 2827,431𝑚𝑚2

90
60. 12 − 23 10−6 + 70. 2827,431
𝐹𝑠−𝑒 = 𝑘𝑁
70.2827,431 + 2 . 200. 1256,636
200.1256,636.70. 2827,431

60. 11 . 10−6 + 4,547 . 10−4


𝐹𝑠−𝑒 = 𝑘𝑁
700574,57
4.974 . 1010

55,445 . 106
𝐹𝑠−𝑒 = 𝑘𝑁 = 79,14𝑘𝑁
700574,57
64

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