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Teoria das Estruturas Mecânicas

Aula 02 – Revisão de Tensão & Flexão

Curso: Engenharia Mecânica


❑ Descrição Teórica do Conceito de Tensão #Hibbler, cap01, pág. 14 à 25

A força e o momento que agem em um ponto específico da área secionada de um corpo representam
os efeitos resultantes da distribuição de forças que agem sobre a área secionada (Figura 1). Para se
obter essa distribuição da carga interna é necessário a formulação do conceito de tensão.

#Consideraremos que o material é


contínuo, isto é, possui continuidade
ou distribuição uniforme de matéria
sem vazios, em vez de ser composto
por um número finito de moléculas ou
átomos distintos.

Além disso, o material deve ser coeso,


o que significa que todas as suas
Fig. 01 Corte feito em um sólido qualquer - parte da esquerda; porção porções estão muito bem interligadas,
da área selecionada – parte direita sem trincas ou separações
02
02
❑ Tensão Normal σ (perpendiculares): é a intensidade da
força normal, por unidade de área, que atua no sentido da
normal externa a seção. É associada ao carregamento que
provoca a aproximação ou o afastamento de moléculas que
constituem o sólido e pode ser obtida pela expressão:

❑ Tensão de Cisalhamento 𝝉 (tangenciais) : é a intensidade da


força cortante, por unidade de área, que atua no sentido do
plano seção. É o resultado de um carregamento que provoca
um deslizamento relativo de moléculas que constituem o
sólido e pode ser obtida pela expressão:

03
02
❑ Estado Geral de Tensão: Podemos "cortar"
um elemento cúbico de volume de material
que representa o estado de tensão que age
em torno do ponto escolhido no corpo. O
estado de tensão é caracterizado por três
componentes que agem em cada face do
elemento e descrevem o estado de tensão
no ponto somente para o elemento
orientado ao longo dos eixos x, y, z.

➢ UNIDADES de componentes de tensão. No Sistema Internacional de Unidades de Medidas, ou


Sistema SI, os valores da tensão normal e da tensão de cisalhamento são especificadas nas
unidades básicas de newtons por metro quadrado (𝑁Τ𝑚2 ). Essa unidade, denominada 1 pascal (1
Pa = 1 𝑁Τ𝑚2 ), é muito pequena, e, em trabalhos de engenharia, são usados prefixos como quilo
Pascal, mega Pascal ou giga Pascal de tensão maiores, mais realistas.*

#O SI “não permite” prefixos no denominador


de uma fração, portanto é melhor usar a
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02
unidade equivalente
1𝑘𝑔𝑓 Τ𝑚𝑚2 = 9,81 𝑁Τ𝑚𝑚2 = 9,81 𝑀𝑃𝑎
❑ Tensão normal média em uma barra com carga axial

▪ Quando uma barra prismática (seções transversais são iguais) é feita de


material homogêneo e é submetida a uma força axial que age no centroide
da área da seção transversal, então o material no interior da barra é
submetido somente à tensão normal. Admite-se que esta tensão é
uniforme ou média na área da seção transversal
▪ A equação 𝜎𝑁 = 𝑁Τ𝐴 fornece a tensão média na área da seção transversal de um elemento
quando a seção é submetida a uma força normal resultante interna N. Para elementos com carga
axial, a aplicação dessa equação exige as etapas descritas a seguir.

➢ Procedimento de Análise
Carga Interna
▪ Selecione o elemento perpendicular a seu eixo longitudinal no ponto onde a tensão normal
deve ser determinada e use o diagrama de corpo livre e as equações de forças necessárias para
obter a força axial interna N na seção.

05
02 #Os procedimentos de Análise para o cálculo das tensões de cisalhamento são praticamente os mesmos, guardada
a observação da força geradora (Cortante) dessas tensões.
Tensão normal média

▪ Determine a área da seção transversal do elemento


na seção analisada e calcule a tensão normal média A análise aplica-se a
▪ 𝜎𝑁 = 𝑁Τ𝐴 . elementos sujeitos a tensão
ou compressão.
▪ Sugerimos que a ação de 𝜎𝑁 seja mostrada sobre um
pequeno elemento de volume do material localizado
em um ponto na seção onde a tensão é calculada.
Para isso, em primeiro lugar, desenhe 𝜎𝑁 na face do
elemento coincidente com a área secionada A.

▪ Aqui, 𝜎𝑁 age na mesma direção que a força interna


N, uma vez que todas as tensões normais na seção
transversal agem nessa direção para desenvolverem
essa resultante. A tensão normal 𝜎𝑁 que age na face
oposta do elemento pode ser desenhada em sua
direção adequada. Como convenção de sinais, P será
positiva se causar tração no elemento e
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02 negativa se causar compressão.
❑ Exemplo 01: A barra mostrada tem área de seção transversal quadrada com
40 mm de altura e largura. Se uma força axial de 800 N for aplicada ao longo
do eixo que passa pelo centroide da área da seção transversal da barra,
determine a tensão normal média e a tensão de cisalhamento média que
agem no material ao longo de:

(a) plano de seção a-a e (b) plano de seção b-b.

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02
Parte (b) Carga interna
𝑷
Se a barra for secionada ao longo de b-b, o
diagrama de corpo livre do segmento
esquerdo é mostrado a seguir. Neste caso, a
força normal (N) e a força de cisalhamento
(V) agem na área secionada.

Não existe nenhuma tensão de


cisalhamento na seção, visto que a
força de cisalhamento na seção é
zero.
08
02
A utilização dos eixos x, y resulta

ÁREAS da seção b-b

Neste caso, a área secionada tem


Resolvendo largura 40 mm e altura calculada
equações para x e y, de 40 mm/sen 60° = 46,19 mm.
temos:

Tensões médias seção b-b

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02
❑ Exemplo 02: A escora de madeira mostrada está suspensa por uma haste de
aço de 10 mm de diâmetro que está presa na parede. Considerando que a
escora suporta uma carga vertical de 5 kN, calcule a tensão de cisalhamento
média na haste na parede e ao longo dos dois planos sombreados da escora,
um dos quais é indicado como abcd.

Cisalhamento interno
DCL haste: ela resiste à
força de cisalhamento de 5
kN no local em que está
presa à parede.

DCL do segmento secionado da


escora que está em contato com a
haste. Aqui, a força de
cisalhamento que age ao longo de
cada plano sombreado é 2,5 kN.
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02
Cálculo da Tensão de
cisalhamento média

Para a haste, Para a escora,

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02
❑ Exercício 01: Uma placa é fixada a
uma base de madeira por meio de
três parafusos de diâmetro 22mm,
conforme mostra a Figura. Calcular a
tensão média de cisalhamento nos Resp: 105, 2 MPa
parafusos para uma carga P=120 kN.

❑ Exercício 02: A coluna está sujeita a


uma força axial de 8 kN aplicada no
centroide da área da seção
transversal. Determine a tensão
normal média que age na seção a-
a. Mostre como fica essa Resp: 1,82 𝑀𝑃𝑎
distribuição de tensão sobre a
seção transversal da área.
12
02
❑ Exercício 03: O eixo está sujeito à força axial de 30 kN. Se ele passar pelo
orifício de 53 mm de diâmetro no apoio fixo A, determine a tensão no
mancal que age sobre o colar C. Determine também a tensão de
cisalhamento média que age ao longo da superfície interna do colar no
ponto onde ele está acoplado ao eixo de 52 mm de diâmetro.

Resp: 𝜎𝑚𝑎𝑛𝑐𝑎𝑙 = 48,3 𝑀𝑃𝑎 𝑒 𝜏𝑚é𝑑𝑖𝑜 = 18,4 𝑀𝑃𝑎

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02
Sugestão de Vídeos

✓ Resistência dos Materiais - Definição de esforços solicitantes (22:53 min)


https://www.youtube.com/watch?v=1XODnxJnd_A

✓ Introdução a Resistência dos Materiais TENSÃO (10:34 min)


https://www.youtube.com/watch?v=Lvp9Cf5K4aA

✓ Tensão Normal (31:07 min)


https://www.youtube.com/watch?v=ycN0DyslRtY

✓ Tensão de Cisalhamento (19:12 min)


https://www.youtube.com/watch?v=rowHl3gSkkk

✓ TENSÃO DE CISALHAMENTO RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS EXERCÍCIO 1 (14:09


min)
https://www.youtube.com/watch?v=cBcRTxq4MY4
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02
❑ Deformação linear: Ensaiando-se um corpo de prova à tração, com forças
axiais gradualmente crescentes e medindo-se os acréscimos sofridos pelo
comprimento inicial, pode-se obter a deformação linear, como apresentado
no esquema a seguir. Onde:
ε é a deformação linear (adimensional);
Δ𝐿 ΔL é o acréscimo do comprimento do corpo de prova
𝜀= devido à aplicação da carga (m);
𝐿 L é o comprimento inicial do corpo de prova (m).

❑ Diagrama tensão x deformação: Pode-


se então medir os diversos ΔL
correspondentes aos acréscimos da
carga axial aplicada à barra e realizar o
ensaio até a ruptura do corpo de prova.
Considerando a área A da seção Fig. 02- O diagrama tensão x deformação varia muito
transversal inicial do corpo de prova, a de material para material e, dependendo da
tensão normal σ pode ser determinada temperatura do corpo de prova ou da velocidade de
para qualquer valor do carregamento P. crescimento da carga podem ocorrer resultados
15
02
diferentes para um mesmo material.
❑ Diagrama tensão x deformação: Analisando-se os diagramas tensão x
deformação de vários grupos de materiais é possível distinguir algumas
características comuns que nos levam a dividir os materiais em duas
importantes categorias: materiais dúcteis e materiais frágeis.
▪ Materiais dúcteis e frágeis: Material dúctil é aquele que apresenta grandes deformações antes de se
romper (aço e alumínio, por exemplo), enquanto que o frágil é aquele que se deforma relativamente pouco
antes de se romper (ferro fundido e concreto, por exemplo).

❑ Lei de Hooke: Para os materiais dúcteis, observa-se que a função que relaciona a tensão X
deformação, no trecho OP, é linear. Logo, o trecho OP do diagrama é representado por:
Onde:
σ é a tensão normal (N/m2);
E é o módulo de elasticidade (ou de Young) do material (N/m2)
e representa a tangente do ângulo que a reta OP forma com o
𝜎 = 𝐸𝜀 eixo ε e é tabelado;
ε é a deformação linear (adimensional).

0
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02 ∗ 𝑬 = 𝟐𝟏. 𝟎𝟎𝟎 𝒌𝒈𝒇Τ𝒎𝒎𝟐 ≡ 𝟐𝟎𝟔. 𝟎𝟏𝟎 𝑵Τ𝒎𝟐 ≡ 𝟐𝟎𝟔. 𝟎𝟏𝟎 𝑴𝑷𝒂 Para todos os AÇOS
❑ Propriedades mecânicas: A análise dos diagramas tensão X deformação
permite caracterizar diversas propriedades do material:
▪ Limite de proporcionalidade: A tensão correspondente ao ponto P
recebe o nome de limite de proporcionalidade e representa o valor
máximo da tensão abaixo da qual o material obedece a Lei de Hooke.
Para um material frágil, não existe limite de proporcionalidade (o
diagrama não apresenta parte reta).
▪ Limite de elasticidade: Muito próximo a P, existe um ponto na curva
tensão x deformação ao qual corresponde o limite de elasticidade;
representa a tensão máxima que pode ser aplicada à barra sem que
apareçam deformações residuais ou permanentes após a retirada
integral da carga externa. Para muitos materiais, os valores dos P
limites de elasticidade e proporcionalidade são praticamente iguais,
sendo usados como sinônimos.
▪ Região elástica: O trecho da curva compreendido entre a origem e o 0
limite de proporcionalidade recebe o nome de região elástica.
▪ Região plástica: O trecho da curva entre o limite de
proporcionalidade e o ponto de ruptura do material; é chamado de
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região plástica.
▪ Limite de escoamento: A tensão correspondente
ao ponto Y tem o nome de limite de escoamento. A
partir deste ponto, aumentam as deformações sem
que se altere praticamente o valor da tensão.
Quando se atinge o limite de escoamento, diz-se
que o material passa a escoar-se.

▪ Limite de resistência: (ou resistência à tração) A


tensão correspondente ao ponto U recebe o nome
de limite de resistência.

▪ Limite de ruptura: A tensão correspondente ao


ponto R recebe o nome de limite de ruptura (ocorre 0
a ruptura do corpo de prova).

➢ Tensão admissível: Obtém-se a tensão admissível dividindo-se a tensão correspondente ao limite de


resistência ou a tensão correspondente ao limite de escoamento por um número, maior do que a
unidade (𝑛 > 1), denominado coeficiente de segurança. A fixação do coeficiente de segurança é feita
nas normas de cálculo ou, às vezes, pelo próprio calculista, baseado em experiência própria.
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02 𝜎𝑎𝑑𝑚 = 𝜎𝑟𝑒𝑠 Τ𝑛 𝑜𝑢 𝜎𝑎𝑑𝑚 = 𝜎𝑒𝑠𝑐 Τ𝑛
❑ Coeficiente de Segurança n: A definição física do coeficiente ou fator de
segurança é dada pela expressão: 𝑅𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 Real 𝑑𝑜 𝑀𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙
𝑛= >1
𝑅𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝐸𝑥𝑖𝑔𝑖𝑑𝑎

❖ No projeto de aviões é comum falar de margem de segurança (ms) ao invés de


coeficiente de segurança. , sendo dada por: 𝑚𝑎𝑟𝑔𝑒𝑚 𝑑𝑒 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑟𝑎𝑛ç𝑎 = 𝑛 − 1

▪ Alguns valores de Coeficientes de Segurança para Aços Especiais

19
02
https://www.youtube.com/watch?v=4jjHM4voZ-g

20
02
➢ Exemplos no Projeto de Acoplamentos: Adotando-se premissas
simplificadoras em relação ao comportamento do material, as equações
para as tensões médias Normal e de Cisalhamento podem ser usadas para
projetar um acoplamento simples ou um e elemento mecânico.

Em particular, se um elemento estiver submetido a uma força


normal em uma seção, a área de seção exigida é determinada por:

Por outro lado, se a seção estiver sujeita a uma força de


cisalhamento, então a área de seção exigida é:

Relação fundamental
∆𝐿 𝑙𝑓 − 𝑙0
𝜀= = 𝜎 = 𝐸𝜀
21
02
𝐿 𝑙0
❑ Exemplo 03: A barra AB da figura é sustentada por uma haste de aço AC de
20 mm de diâmetro e um bloco de alumínio com área de seção transversal
de 1.800 𝑚𝑚2 . Os pinos de 18 mm de diâmetro em A e C estão submetidos
a cisalhamento simples. Se as tensões de ruptura do aço e do alumínio
forem dadas respectivamente por 𝜎𝑎ç𝑜 = 680 𝑀𝑃𝑎 e 𝜎𝑎𝑙 𝑟𝑢𝑝 =
𝑟𝑢𝑝
70 𝑀𝑃𝑎 , e a tensão de ruptura de cisalhamento para cada pino for 𝜏𝑟𝑢𝑝 =
900 𝑀𝑃𝑎. Determine a maior carga P que pode ser aplicada à barra. Aplique
um fator de segurança 𝑛 = 2.
O equacionamento geral para a tensão admissível em função do
coeficiente de segurança envolvem as tensões de resistência e de
Escoamento normalmente.

𝜎𝑎𝑑𝑚 = 𝜎𝑟𝑒𝑠 Τ𝑛 𝑜𝑢 𝜎𝑎𝑑𝑚 = 𝜎𝑒𝑠𝑐 Τ𝑛

Contudo neste problema as especificações dizem


respeito às tensões de ruptura, e as equações são
readequadas para esta especificação.
𝜎𝑟𝑢𝑝
𝜎𝑎𝑑𝑚 =
22
02 𝑛
Dessa forma, as tensões admissíveis são calculadas como a seguir:

680 70 900
𝜎𝑎ç𝑜 = = 340 𝑀𝑃𝑎 𝜎𝑎𝑙 𝑎𝑑𝑚 = = 35 𝑀𝑃𝑎 𝜏𝑎𝑑𝑚 = = 450 𝑀𝑃𝑎
𝑎𝑑𝑚 2 2 2

DCL da Barra AB
1,25 . 𝑃 − 2,0 𝐹𝐴𝐶 = 0 (1)

2,0 . 𝐹𝐵 − 0,75 𝑃 = 0 (2)

Com o valor de 𝐹𝐴𝐶 substituído


na equação (1), temos:
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02
𝐹𝐵 = 𝜎𝑎𝑑𝑚 𝐴𝐵 = 35 × 106 1.800 × 10−6 = 63𝑘𝑁

Com o valor de 𝐹𝐵 substituído


na equação (2), temos:

Com o valor de 𝐹𝐴𝐶 substituído


na equação (1), temos:

Conclusão

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02
Exercício 04: A manivela está presa ao eixo A por uma chaveta de largura d e
comprimento 25 mm. Se o eixo for fixo e uma força vertical de 200 N for aplicada
perpendicularmente ao cabo, determine a dimensão d se a tensão de cisalhamento
admissível para a chaveta for 𝜏𝑎𝑑𝑚 = 35 𝑀𝑃𝑎.

Resp: d = 5,71 mm

Exercício 05: A junta está presa por dois parafusos. Determine o diâmetro exigido
para os parafusos se a tensão de ruptura por cisalhamento para os parafusos for
𝜎𝑟𝑢𝑝 = 350 𝑀𝑃𝑎. Utilize um fator de segurança para cisalhamento 𝑛 = 2,5.

Resp: d = 13,5 mm

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02
Sugestão de Vídeos

✓ Princípio de Saint-Venant - Carga Axial - Resi dos mat (12:15 min)


https://www.youtube.com/watch?v=zp83uPcmZu0

✓ Comportamento Tensão-Deformação (15:29 min)


https://www.youtube.com/watch?v=tkp-Vk2OW9E

✓ Interpretação do gráfico tensão-deformação (11:43 min)


https://www.youtube.com/watch?v=xvr_x0K1o1w

✓ Ensaio de Tração - Corpo Cilindrico (03:30 min)


https://www.youtube.com/watch?v=wgoU-UJpj90
✓ Tensão Admissível - Exercício | Resistência dos Materiais (06:18 min)
https://www.youtube.com/watch?v=tnz3jjJnYqs

✓ Tensão Admissível e Fator de Segurança - Exercício (09:47 min)


https://www.youtube.com/watch?v=sMb9Wb8dND0

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02 ✓ Tensão admissível-Cisalhamento admissível Exercício -HIBBELER (08:45 min)
https://www.youtube.com/watch?v=xOYtRsDOMjE
❑ Cálculo da Tensão Normais em Vigas sob FLEXÃO: Para o cálculo das
tensões normais serão estudadas vigas horizontais sujeitas a flexão pura e
reta admitindo-se deformações elásticas e proporcionais, sendo válida
portanto a lei de Hooke 𝜎𝑥 = 𝐸𝜀𝑥 . #Hibbeler cap06 Flexão, pág. 201 à 209.

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02
Convenção de sinais dos esforços solicitantes: Sistemas Planos
Esforço Solicitante
Sinal positivo + Sinal Negativo −

Força Normal Tração Compressão

Gira o trecho da barra em Gira o trecho da barra em


Força Cortante que atua no sentido que atua no sentido anti-
horário horário

Traciona as fibras Traciona as fibras


Momento Fletor
inferiores da barra superiores da barra

Os sinais dos esforços


solicitantes devem ser
considerados ao se traçar
seus diagramas.
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02
❑ Formulação da Tensão Normal da Viga Sob Flexão

𝑀𝑓 = 𝑒 × 𝑅𝑒 = 𝑑 × 𝑅𝑑
𝑀𝑓𝑙𝑒𝑡𝑜𝑟 = 𝑀𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑛𝑜

▪ Hipóteses de Navier
(i) Existem tensões desde 𝜎− 𝑎 𝜎+ ,
Então há um ponto onde 𝜎 = 0 (Linha Neutra que
se dá no centro de gravidade da seção da viga);

(ii) A tensão varia linearmente, 𝜎 = 𝑘𝑦,



desde 𝑦 = 0 até 𝑦𝑚𝑎𝑥 = (neste caso).
2
29
02
Equilíbrio: 𝑀𝑓𝑒𝑥𝑡𝑒𝑟𝑛𝑜 = 𝑀𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑛𝑜

𝑀𝑓𝑒𝑥𝑡 = න 𝑦𝜎𝑑𝑆 = න 𝑦 𝑘𝑦 𝑑𝑆 = 𝑘 න 𝑦 2 𝑑𝑆
𝑆 𝑆 𝑆

𝑀𝑓𝑒𝑥𝑡
𝑙𝑜𝑔𝑜, 𝑀𝑓𝑒𝑥𝑡 = 𝑘. 𝐼𝑥 ∴ 𝑘=
𝐼𝑥

𝜎 𝑀𝑓𝑒𝑥𝑡
𝑐𝑜𝑚𝑜 𝜎 = 𝑘𝑦 ⇒ =
𝑦 𝐼𝑥

𝑀𝑓𝑒𝑥𝑡
𝑐𝑜𝑛𝑐𝑙𝑢𝑠ã𝑜 𝜎 = 𝑦
𝐼𝑥

A tensão varia desde 𝝈 = 𝟎, 𝐧𝐚 𝐋𝐢𝐧𝐡𝐚 𝐍𝐞𝐮𝐭𝐫𝐚, 𝐚𝐭é 𝝈𝒎𝒂𝒙 , na 𝑴𝒇


𝝈𝒎𝒂𝒙 = 𝒚𝒎𝒂𝒙
superfície externa da viga, onde 𝒚 = 𝒚𝒎𝒂𝒙 . 𝑰𝒙

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02
❑ Fórmulas da Flexão
𝑴𝒇
Caso A: Se necessário o cálculo da tensão de flexão máxima, use 𝝈𝒎𝒂𝒙 = 𝒚𝒎𝒂𝒙
𝑰𝒙
𝜎𝑚𝑎𝑥 : tensão normal máxima no elemento, que ocorre em um ponto na área da seção transversal mais
afastado do eixo neutro;
M : momento interno resultante, determinado pelo método das seções (dado no diagr. Esf. Solicitantes) e
pelas equações de equilíbrio e calculado em torno do eixo neutro da seção transversal;
I : momento de inércia da área da seção transversal calculada em torno do eixo neutro;
y : distância perpendicular do eixo neutro a um ponto mais afastado do eixo neutro, onde 𝜎𝑚𝑎𝑥 age.

𝑀𝑓𝑚𝑎𝑥 𝑀𝑓𝑚𝑎𝑥 #Obs: Em muitos casos pode-se comparar a


𝜎+ = 𝑦𝑠 𝜎− = 𝑦𝑖 tensão mx com a tensão admissível com uso de
𝐼𝑥0 𝐼𝑥0 tabelas para o parâmetro módulo de resistência
e tensões de escoamento/ruptura. Tabelas
fornecidas em aulas anteriores e
complementação anexa nesta aula.
𝑀𝑓 𝜎𝑒𝑠𝑐
𝜎𝑚𝑎𝑥 = ≤ 𝜎𝑎𝑑𝑚 =
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02 𝑊𝑓 𝑛
Caso B: A tensão que age em uma direção tal que a
força que ela cria no ponto contribui para o momento
em torno do eixo neutro (dado pela regra da mão
direita) e que está na mesma direção do momento
interno (vide figuras a seguir).

Especifique a distância y, medida perpendicularmente à linha 𝑀


Neutra, até o ponto onde a tensão normal deve ser determinada. 𝜎=− 𝑦
𝐼
Então aplique a equação do caso B
#Observe que o sinal negativo é necessário, já que está de acordo com os eixos x, y e z definidos. Pela regra da mão
direita, M é positivo ao longo do eixo +z, y é positivo para cima e, portanto, 𝜎 deve ser negativa (compressão), uma vez
que age na direção negativa de x.

✓ regra da mão direita: dedos em curva na direção da seta do momento indicado e


32
02
dedão apontando o eixo de aplicação deste momento)
https://www.youtube.com/watch?v=g4vjT0wDF5g
Exercício 6.56 e 6.57 Hibbeler, cap. 06 pág 211

33
02
❑ Exercício 06 (Hibbeler-cap 06):
Determine a maior tensão de
flexão desenvolvida no
elemento se ele for submetido
a um momento fletor interno
M = 40 kN · m.

❑ Exercício 07 (Hibbeler-cap
06): Se o eixo no dispositivo a
seguir tiver diâmetro de 100
mm, determine a tensão de
flexão máxima absoluta no
eixo.

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02
Sugestão de Vídeos

✓ Flexão - Fórmula Da Flexão (13:17 min)


https://www.youtube.com/watch?v=1SfD2batcSk

✓ Resistência dos Materiais II - Tensões normais na flexão (22:24 min)


https://www.youtube.com/watch?v=TF4jaxJC8XE

✓ Resistência dos Materiais: Calculo de Flexão e Cisalhamento (22:10 min)


https://www.youtube.com/watch?v=l6EvJYRDjBo

✓ FLEXÃO CARGA DISTRIBUÍDA RETANGULAR EXERCÍCIO 1 (14:21 min)


https://www.youtube.com/watch?v=z6tduKBA1_A

35
02
... Link para a BIBLIOGRAFIA BÁSICA:

https://drive.google.com/drive/folders/1T15tmdgPCzGEAYQVdEh9GrmxZVydHOSQ?usp=sharing

36
02

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