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Estado de tensão cisalhante. Treliça de Mörsch. Modelos I e II para cálculo no Estado Limite
Último. Dimensionamento das armaduras transversais das peças estruturais.
PROPÓSITO
É essencial para a formação de um engenheiro civil conhecer as tensões cisalhantes e os
modelos de cálculo utilizados para o dimensionamento das armaduras transversais dos
elementos estruturais em concreto armado, em construções de pequeno, médio ou grande
porte.
PREPARAÇÃO
Antes de iniciar o estudo deste conteúdo, tenha em mãos uma calculadora científica ou use a
calculadora de seu smartphone/computador.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
MÓDULO 3
MÓDULO 4
Em nosso material, unidades de medida e números são escritos juntos (ex.: 25km) por
questões de tecnologia e didáticas. No entanto, o Inmetro estabelece que deve existir um
espaço entre o número e a unidade (ex.: 25 km). Logo, os relatórios técnicos e demais
materiais escritos por você devem seguir o padrão internacional de separação dos números e
das unidades.
MÓDULO 1
Normal de flexão
(σ)
(M )
.
Cisalhante
(τ )
(V )
A Imagem 1(a) apresenta uma viga biapoiada clássica com carregamento uniformemente
distribuído
(q)
e comprimento
(L)
Imagem 1 – (a) Viga biapoiada com carregamento uniforme, seus diagramas de (b) esforço
cortante e (c) momento fletor
Os esforços internos dessa viga são o esforço cortante e o momento fletor, cujos diagramas
estão representados nas imagens 1 (b) e (c), respectivamente. Observa-se que o momento
fletor é máximo
2
q. L
( )
8
no meio do vão, onde o cortante é nulo. Isso ocorre porque a função do esforço cortante é a
derivada da função do momento fletor. Para a viga em questão, o esforço cortante máximo
ocorre em seus apoios, e o valor é
q. L
ATENÇÃO
Nos tópicos seguintes, veremos como se relacionam as tensões normais e cisalhantes em uma
viga, a fim de obter as tensões principais no elemento. O foco de nosso estudo será o
dimensionamento de elementos submetidos ao cisalhamento.
(σ)
(τ )
, respectivamente:
M
σ = ⋅ y
I
V ⋅ Q
τ =
t ⋅ I
Sendo:
′
A
dx
No estudo de tensões, vamos considerar uma viga biapoada com seção retangular de altura
(h)
e base
(b)
, com carregamento distribuído uniformemente. Conforme mostra a Imagem 1, a viga vai estar
submetida à ação do momento fletor e do esforço cortante. Consequentemente, teremos
tensão normal de flexão
(σ)
(τ )
. Nessa situação, para uma seção qualquer da viga, a distribuição de tensões ocorre como
ilustra a Imagem 3.
ymá x,C
ymá x,T
Ao contrário da tensão normal, a tensão cisalhante apresenta valores nulos nas extremidades e
máximo na linha neutra (Imagem 3). Para uma seção com esforço cortante negativo, têm-se
apenas tensões cisalhantes negativas.
Para vigas com outras situações de carregamento, podem ocorrer seções com momentos
negativos. Nesse caso, acima da linha neutra, teremos tensões normais de flexão de tração e,
abaixo da linha neutra, tensões de compressão.
ATENÇÃO
O momento de inércia
(I )
e o momento estático
(Q)
(A)
igual a
b ⋅ h
3
b ⋅ h
I =
12
2
b h
2
Q = ( − y )
2 4
V
τma
ˊx = 1, 5 ⋅
A
TENSÕES PRINCIPAIS
(θ)
e, desse modo, determinar as tensões atuantes no plano dado por esse ângulo, por meio do
equilíbrio estático, realizando o somatório de forças obtidos pelo esquema obtido na Imagem 5.
Da resistência dos materiais, sabemos que as tensões normais principais – ou seja, seus
valores máximo e mínimo – ocorrem quando a tensão cisalhante é nula. Com isso, podemos
determinar as tensões principais para o estado plano de tensões (
σ1
σ2
2
σx + σy σx − σy
2
σ1,2 = ± √( ) + τxy
2 2
Sendo
σ1
σ2
2 ⋅ τxy
tan 2θ =
σx − σy
Na Imagem 6, temos uma viga engastada com carga pontual aplicada em sua extremidade
livre. A Imagem 6 (b) mostra o corte a-a dessa viga, com os pontos de 1 a 5, cujos planos de
tensões e as tensões principais de cada ponto são apresentados na Imagem 7. Na Imagem 6
(c), tem-se representado a distribuição de tensões atuantes na seção do corte a-a.
Imagem 6 – (a) Viga engastata com carga pontual (b) corte da seção a-a (c) distribuição de
tensões
Na Imagem 7, podemos observar que, nos pontos extremos 1 e 5, só atua a tensão normal,
sendo, no ponto 1, a tensão normal de tração e, no ponto 5, a tensão normal de compressão.
Como a tensão cisalhante não atua nesses pontos, a tensão normal de flexão já é a tensão
principal.
O ponto 3 da Imagem 6 (b) está posicionado sobre a linha neutra, de modo que, nesse ponto,
não atua tensão normal, apenas tensões cisalhantes, como ilustra a Imagem 7. Em situações
como a do ponto 3, as tensões principais ocorrem no plano
θ = 45°
TRELIÇA DE MÖRSCH
Como vimos, em geral, as vigas são solicitadas ao momento fletor e ao esforço cortante. A
armadura longitudinal tem a função de resistir às tensões de flexão, e a armadura transversal,
de resistir ao cisalhamento. A ruptura ocorre por formação de fissuras inclinadas causadas
pelos efeitos combinados de momento fletor e esforço cortante.
Ritter e Mörsch propuseram uma analogia entre a viga fissurada e a treliça. Nessa analogia, o
banzo superior representa o cordão de concreto comprimido, o banzo inferior representa a
armadura longitudinal de flexão
(As )
(Asw )
As hipóteses básicas consideradas para a analogia foram: fissuras (bielas de compressão) com
inclinação de 45°, banzos paralelos, treliça isostática (sem engastamento nos nós) e armadura
de cisalhamento (estribos) com inclinação entre 45° e 90°.
(σ1 )
(Asw )
(σ2 )
será resistida pelo concreto comprimido localizado entre as fissuras (bielas de concreto).
SAIBA MAIS
A ABNT NBR 6118:2014 admite dois métodos de cálculo para verificação do cisalhamento:
Para resistir aos esforços de cisalhamento, podemos utilizar armaduras no formato de estribos
(que serão vistos no módulo 4) e barras dobradas. Nos módulos seguintes, serão apresentados
os modelos de cálculo admitidos pela norma, considerando os estribos como armadura
cisalhante.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
MÓDULO 2
Formular o dimensionamento de elementos de concreto armado submetidos ao
cisalhamento por meio do modelo I no Estado Limite Último
A FORMULAÇÃO E EXEMPLO DE
APLICAÇÃO DO MODELO I
θ = 45°
(Vc )
Sendo
VSd
VSd = 1, 4 ⋅ (VG + VQ )
Onde
VG
VQ
VRd2
é a força cortante de cálculo máxima resistida por compressão diagonal das bielas de concreto.
B) DIMENSIONAMENTO DA ARMADURA
TRANSVERSAL
VSd ≤ VRd3 = Vc + Vsw
Sendo
VRd3
a força cortante de cálculo máxima resistida pela diagonal tracionada,
Vc
Vsw
Para obter as formulações que levam às verificações solicitadas pela norma, iremos considerar
a Treliça de Mörsch da Imagem 10, na qual o banzo superior e as diagonais comprimidas estão
em azul; e o banzo inferior e as diagonais tracionadas, em vermelho. As setas indicam as
forças internas referentes aos cortes a-a e b-b.
Os estribos verticais apresentam execução mais fácil. São elementos independentes, de modo
que podem ser melhor distribuídos e ter um diâmetro menor do que as barras longitudinais, o
que favorece a aderência e a fissuração. Além disso, auxiliam na montagem da armadura
longitudinal e podem resistir sozinhos a todo o esforço cortante. Também auxiliam na
distribuição de tensões de tração produzidas pela transmissão de esforços entre concreto e
aço
Fc
Fs
C = b ⋅ (z ⋅ cos θ) ⋅ ν ⋅ fcd
Nesse caso, o coeficiente de redução da resistência do concreto fissurado por força cortante
(ν)
é dado por:
fck
ν = 0, 6 ⋅ (1 − ) , sendo fck em M P a
250
+
∑ Fy ↑ = 0 : VRd2 − C ⋅ sin θ = 0
θ = 45°
, temos que:
Para a formulação de cálculo da armadura transversal, iremos utilizar o corte b-b da Imagem
10, que está representado na Imagem 12.
Do esquema da Imagem 12, podemos realizar o somatório das forças verticais. Com isso,
temos:
+
∑ Fy ↑ = 0 : VSd − Vsw − Vc = 0 → Vsw = VSd − Vc
Onde
Vc
, para o modelo I de cálculo, é dado por:
Vc = 0
Para elementos submetidos à flexão simples e flexo-tração, com a linha neutra cortando a
seção:
Sendo
fctd
fctk
fctd =
1, 4
Em que
fctk
fctk = 0, 7 ⋅ fctm
Onde
fctm
2/3
fctm = 0, 3 ⋅ f
ck
Sendo assim,
Asw
Vsw = z ⋅ ⋅ fywd ⋅ cot θ
s
Asw
Vsw = 0, 9 ⋅ d ⋅ ⋅ fywd ⋅ cot θ
s
Onde
fywd
fywk
fywd =
1, 15
Sendo
fywk
fywk = 500 M P a
fywk = 600 M P a
Teremos:
(Vd − Vc ) ⋅ s
Asw =
0, 9 ⋅ d ⋅ fywd ⋅ cot θ
θ = 45°
(Vd − Vc ) ⋅ s
Asw =
0, 9 ⋅ d ⋅ fywd
Onde
s
é o espaçamento longitudinal entre estribos, sendo utilizado igual a 100cm para obter
Asw
em
2
cm /m
Asw
Asw
ρsw,α
α = 90°
volume de a ço 1, 11 ⋅ Vsw
ρsw,90 = =
volume de concreto b ⋅ d ⋅ fywd
α = 90°
α = 45°
, verifica-se que as taxas são iguais, de modo que o custo é o mesmo. No entanto, a barra
dobrada apresenta uma série de desvantagens, como:
Execução mais difícil, utilizada junto aos estribos, podendo resistir a, no máximo, 60% do
Esforço Cortante.
Com o avanço das pesquisas experimentais utilizando o modelo I, verificou-se que os cálculos
realizados com esse modelo conduziam a uma armadura transversal exagerada. Isso significa
que a tensão real atuante na armadura é menor do que a obtida nos cálculos. Os
pesquisadores atribuíram essa diferença a alguns fatores, como:
Nas regiões com maior força cortante, a inclinação das fissuras é menor do que 45°. No
modelo I, admite-se que a inclinação das fissuras seja de 45°.
Uma parte do esforço cortante é absorvido na região do concreto comprimido, por conta
dos esforços de flexão.
O Modelo I: treliça clássica de Ritter e Mörsch é um modelo mais simplificado, que garante
valores mais conservadores para área de armadura transversal
(Asw )
TENSÕES NO MODELO I
As tensões, por definição matemática, são força dividida pela área. A seguir, apresentamos as
tensões envolvidas na formulação do ELU-V para o modelo I:
(τc )
(Vc )
Vc
τc =
b ⋅ d
(τSd )
– é a tensão que corresponde à força cortante solicitante de cálculo que atua na seção
(VSd )
vSd
τSd =
b ⋅ d
(τSw )
– é a tensão que corresponde à força cortante de cálculo resistida pela armadura transversal
(VSw )
VSw
τSw =
b ⋅ d
(τRd2 )
– é a tensão que corresponde à força cortante de cálculo máxima resistida por compressão
diagonal das bielas de concreto
(VRd2 )
VRd2
τRd2 = = 0, 45 ⋅ v ⋅ fcd
b ⋅ d
As formulações de dimensionamento para o ELU-V podem ser obtidas por meio das tensões. A
verificação do esmagamento das bielas de concreto pode ser realizada pela comparação:
τSd ≤ τRd2
h = 50cm
e base
b = 15cm
fck = 30M P a
EXEMPLO A
Verifique se ocorre o esmagamento das bielas de concreto e determine a área de aço da
armadura transversal a ser utilizada nos vãos 1 e 3.
SOLUÇÃO
• Verificação do esmagamento das bielas de concreto
Temos:
fck 30
v = 0, 6 ⋅ (1 − ) = 0, 6 ⋅ (1 − ) = 0, 528
250 250
Considerando
d = 0, 9 ⋅ h
, temos:
3, 0
VRd2 = 0, 45 ⋅ b ⋅ d ⋅ v ⋅ fcd = 0, 45 ⋅ 15 ⋅ 0, 9 ⋅ 50 ⋅ 0, 528 ⋅ = 343, 67kN
1, 4
, OK!
Temos:
2/3 2/3
fctm = 0, 3 ⋅ f = 0, 3 ⋅ 30 = 0, 2896M P a
ck
fctk 2, 0272
fctd = = = 1, 448M P a
1, 4 1, 4
Considerando
d = 0, 9 ⋅ h
, temos:
(VSd − Vc ) ⋅ s (141 − 58, 64) ⋅ 100
2
Asw = = = 4, 68cm /m
50
0, 9 ⋅ d ⋅ fywd
0, 9 ⋅ 0, 9 ⋅ 50 ⋅
1,15
EXEMPLO B
SOLUÇÃO
• Verificação do esmagamento das bielas de concreto
fck 30
v = 0, 6 ⋅ (1 − ) = 0, 6 ⋅ (1 − ) = 0, 528
250 250
Considerando
d = 0, 9 ⋅ h
, temos:
3, 0
VRd2 = 0, 45 ⋅ b ⋅ d ⋅ v ⋅ fcd = 0, 45 ⋅ 15 ⋅ 0, 9 ⋅ 50 ⋅ 0, 528 ⋅ = 343, 7kN
1, 4
, OK!
2/3 2/3
fctm = 0, 3 ⋅ f = 0, 3 ⋅ 30 = 0, 2896M P a
ck
fctk 2, 0272
fctd = = = 1, 448M P a
1, 4 1, 4
Considerando
d = 0, 9 ⋅ h
, temos:
Altura:
h = 50cm
Base:
b = 14cm
Concreto:
fck = 25M P a
Aço: CA-50
2
Asw = 5, 40cm /m
Com essas informações, vamos determinar o esforço cortante máximo que essa viga suporta,
calculado pelo engenheiro.
SOLUÇÃO
2/3 2/3
fctm = 0, 3 ⋅ f = 0, 3 ⋅ 25 = 2, 565M P a
ck
fctk 1, 7955
fctd = = = 1, 282M P a
1, 4 1, 4
Considerando
d = 0, 9 ⋅ h
, temos:
50
5, 40 ⋅ 0, 9 ⋅ 0, 9 ⋅ 50 ⋅
1,15
VSd = + 48, 46 = 143, 55kN
100
(Vs )
VSd 143, 55
Vs = = = 102, 54kN
γ 1, 4
VERIFICANDO O APRENDIZADO
MÓDULO 3
SAIBA MAIS
Na ABNT NBR 6118:2014, o Modelo II: treliça generalizada de Mösch admite bielas com
inclinação de
30° ≤ θ ≥ 45°
(Vc )
(VSd )
.
Além disso, deve-se fazer as seguintes verificações para o dimensionamento no Estado Limite
Último à Força Cortante (ELU-V):
Para obter as formulações que levam às verificações solicitadas pela norma, iremos considerar
novamente a Treliça de Mörsch da Imagem 10, na qual o banzo superior e as diagonais
comprimidas estão em azul, e o banzo inferior e as diagonais tracionadas em vermelho.
Imagem 10 – Treliça de Mörsch com representação dos cortes e forças internas
As setas indicam as forças internas referentes aos cortes a-a e b-b. Na formulação utilizada
neste conteúdo, iremos considerar os estribos na posição vertical, ou seja, com ângulo de 90°.
Sendo
Fc
Fs
C
a força de compressão das bielas de concreto, que é dada por:
C = b ⋅ (z ⋅ cos θ) ⋅ ν\cdotf
cd
(ν)
é dado por:
fck
v = 0, 6 ⋅ (1 − ) , sendo fck em M P a
250
Do esquema da Imagem 11, podemos realizar o somatório das forças verticais, de modo que:
+
∑ Fy ↑ = 0 : VRd2 − C ⋅ sin θ = 0
No modelo II temos:
30° ≤ θ ≥ 45°
Para a formulação de cálculo da armadura transversal, iremos utilizar o corte b-b da Imagem
10, que está representado na Imagem 12.
Imagem 12 – Corte b-b da treliça de Mörsch
Do esquema da Imagem 12, podemos realizar o somatório das forças verticais, de modo que:
+
∑ Fy ↑ = 0 : Vd − Vsw − Vc = 0 → Vsw = Vd − Vc
Onde
Vc
Vc = 0
Para elementos submetidos à flexão simples e flexo tração com a linha neutra cortando a
seção, iremos considerar a seguinte formulação
V0 = 0, 6 ⋅ b ⋅ d ⋅ fctd
Vc = V0 , se : VSd ≤ V0
VRd2 − VSd
Vc = ( ) ⋅ V0 , se : VSd > V0
VRd2 − V0
Sendo
fctd
fctk
fctd =
1, 4
Em que,
fctk
fctk = 0, 7 ⋅ fctm
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Onde
fctm
2/3
fctm = 0, 3 ⋅ f
ck
Sendo assim,
Asw
Vsw = z ⋅ ⋅ fywd ⋅ cot θ
s
Asw
Vsw = 0, 9 ⋅ d ⋅ ⋅ fywd ⋅ cot θ
s
Logo,
(Vd − Vc ) ⋅ s
Asw =
0, 9 ⋅ d ⋅ fywd ⋅ cot θ
Onde
é o espaçamento longitudinal entre estribos, sendo utilizado igual a 100cm para obter
Asw
em
2
cm /m
Asw
Asw
ρsw,α
α = 90°
volume de a ço 1, 11 ⋅ Vsw
ρsw,90 = =
volume de concreto b ⋅ d ⋅ fywd ⋅ cot θ
θ = 30°
TENSÕES NO MODELO II
Já sabemos que as tensões, por definição matemática, são força dividida pela área. Neste
tópico, serão apresentadas as tensões envolvidas na formulação do ELU-V para o Modelo II.
(τc )
(Vc )
(τSd )
é a tensão que corresponde à força cortante solicitante de cálculo que atua na seção
(VSd )
VSd
τSd =
b ⋅ d
(τSw )
é a tensão que corresponde à força cortante de cálculo resistida pela armadura transversal
(VSw )
VSw
τSw =
b ⋅ d
(τRd2 )
é a tensão que corresponde à força cortante de cálculo máxima resistida por compressão
diagonal das bielas de concreto
(VRd2 )
VRd2
τRd2 = = 0, 45 ⋅ v ⋅ fcd ⋅ sin 2θ
b ⋅ d
τSd ≤ τRd2
τSw ≥ τSd − τc
Asw
(θ = 45°)
(θ = 30°)
θ = 30°
, no modelo II.
h = 50cm
e base
b = 15cm
fck = 30M P a
, e o aço será o CA-50.
EXEMPLO A
SOLUÇÃO
• Verificação do Esmagamento das bielas de concreto
Temos
fck 30
v = 0, 6 ⋅ (1 − ) = 0, 6 ⋅ (1 − ) = 0, 528
250 250
Considerando
d = 0, 9 ⋅ h
, temos:
3, 0
VRd2 = 0, 45 ⋅ b ⋅ d ⋅ v ⋅ fcd ⋅ sin 2θ = 0, 45 ⋅ 15 ⋅ 0, 9 ⋅ 50 ⋅ 0, 528 ⋅ ⋅ sin 60 = 297, 65kN
1, 4
, OK!
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Temos:
2/3 2/3
fctm = 0, 3 ⋅ f = 0, 3 ⋅ 30 = 0, 2896M P a
ck
fctk 2, 0272
fctd = = = 1, 448M P a
1, 4 1, 4
Como
VSd > V0
, pois
Vc
é dado por:
Vc = 38, 43kN
Considerando
d = 0, 9 ⋅ h
, temos:
Asw
3, 36cm /m²
4, 68cm /m²
. Desse modo, utilizando-se o modelo de cálculo I, obteve-se uma taxa de armadura de cerca
de 39% maior do que utilizando-se o modelo de cálculo II com
θ = 30°
(VRd2 )
EXEMPLO B
SOLUÇÃO
• Verificação do Esmagamento das bielas de concreto
Temos:
fck 30
v = 0, 6 ⋅ (1 − ) = 0, 6 ⋅ (1 − ) = 0, 528
250 250
Considerando
d = 0, 9 ⋅ h
, temos:
3, 0
VRd2 = 0, 45 ⋅ b ⋅ d ⋅v ⋅ fcd ⋅ sin 2θ = 0, 45 ⋅ 15 ⋅ 0, 9 ⋅ 50 ⋅ 0, 528 ⋅ ⋅ sin 60 = 297, 65kN
1, 4
, OK!
Temos:
2/3 2/3
fctm = 0, 3 ⋅ f = 0, 3 ⋅ 30 = 0, 2896M P a
ck
fctk 2, 0272
fctd = = = 1, 448M P a
1, 4 1, 4
Como:
VSd > V0
, pois:
Vc
é dado por:
Vc = 50, 95kN
Considerando
d = 0, 9 ⋅ h
, temos:
(VSd − Vc ) ⋅ s (90 − 50, 95) ⋅ 100
2
Asw = = = 1, 28cm /m
50
0, 9 ⋅ d ⋅ fywd ⋅ cot θ
0, 9 ⋅ 0, 9 ⋅ 50 ⋅ ⋅ cot 30
1,15
Asw
VRd2
Altura:
h = 50cm
Base:
b = 14cm
Concreto:
fck = 25M P a
Aço: CA-50
Com essas informações, determine o esforço cortante máximo que essa viga suporta.
SOLUÇÃO
Calculando:
2/3 2/3
fctm = 0, 3 ⋅ f = 0, 3 ⋅ 25 = 2, 565M P a
ck
fctk 1, 7955
fctd = = = 1, 282M P a
1, 4 1, 4
Considerando
d = 0, 9 ⋅ h
, temos:
fck 25
v = 0, 6 ⋅ (1 − ) = 0, 6 ⋅ (1 − ) = 0, 54
250 250
2, 5
VRd2 = 0, 45 ⋅ b ⋅ d ⋅ v ⋅ fcd ⋅ sin 2θ = 0, 45 ⋅ 14 ⋅ 0, 9 ⋅ 50 ⋅ 0, 54 ⋅ ⋅ sin 60 = 236, 75kN
1, 4
Vamos considerar:
VSd > V0
, e calcular
Vc
como:
(Vs )
Vd 179, 50
Vs = = = 128, 21kN
γ 1, 4
VERIFICANDO O APRENDIZADO
MÓDULO 4
(Asw,mín )
é área mínima que pode ser adotada no dimensionamento da armadura. Ou seja, nos cálculos
de
ASw
ASw < A
Sw,m n í
Asw,mín
, que, segundo a ABNT NBR 6118:2014, pode ser obtida pela equação:
fctm
Asw,min = 0, 2 ⋅ b ⋅ s ⋅
fywk
Além da área de aço de armadura transversal mínima, também pode-se calcular a taxa mínima
de armadura transversal
(ρ )
í
w,m n
Asw,min
ρw,min =
b ⋅ s
ESTRIBOS
Os estribos, utilizados para resistir ao cisalhamento, podem ser utilizados fechados ou abertos.
Segundo a ABNT NBR 6118:2014, os estribos precisam ter um ramo horizontal que envolvam
as barras da armadura longitudinal de tração, que é a região de apoio das bielas de concreto, e
precisam ser ancorados na extremidade oposta.
ATENÇÃO
Se a extremidade estiver em região tracionada, o estribo deverá ter o ramo horizontal fechado
ou completado por barra adicional.
A Imagem 14 mostra como os estribos vêm identificados no projeto estrutural de uma viga. Na
parte superior da viga V8, tem-se a informação: N3 c/12, 28
5. Lê-se da seguinte forma: na posição N3, têm-se estribos com diâmetro de 5mm, espaçados
a cada 12cm; no comprimento da viga entre o pilar P11 e o pilar P4, serão necessárias 28
peças desse estribo que está representado no corte A. Nesse corte, temos a posição do estribo
na seção transversal e as medidas de cada ramo (22cm para os ramos verticais e 9cm para os
ramos horizontais). O comprimento total de uma peça desse estribo, que é fechado, é de 77cm,
já incluso as dobras.
Imagem 14 – Identificação da armadura transversal (estribos) no projeto de uma viga
Na Imagem 15, são apresentados os principais tipos de estribos. Os estribos simples fechado e
aberto possuem dois ramos; o estribo duplo fechado possui quatro ramos, e o estribo triplo
fechado que possui 6 ramos. Os ramos são obtidos fazendo-se um corte horizontal no estribo.
A quantidade de barras “cortadas” é a quantidade de ramos do estribo.
O espaçamento
(s)
Asw ⋅ d ⋅ fywd
s =
1, 10 ⋅ VSd
b
5mm < ϕt <
10
. Para barras lisas, o diâmetro não pode ser superior a 12mm. Já em caso de estribos
formados por telas soldadas, o diâmetro mínimo pode ser reduzido para 4,2mm, desde que
tomados os cuidados contra a corrosão. O ângulo de inclinação das armaduras transversais
em relação ao eixo do elemento estrutural
(α)
deve estar entre 45° e 90°. No entanto, devido à facilidade de montagem, na maioria dos
projetos, os estribos são posicionados na vertical com
α = 90°
(smá x )
e o espaçamento transversal
(s
t,m áx)
sm á x
Já o
st,má x
, medido entre ramos sucessivos de estribos, não poderá exceder os seguintes valores:
sm á x
st,má x
s
m áx
st,má x
CARGAS PRÓXIMAS AOS APOIOS
Ensaios experimentais com medição da tensão nos estribos mostraram que o modelo de treliça
desenvolvido para as vigas é efetivamente válido após uma pequena distância dos apoios.
Muito próximo aos apoios, os estribos apresentam tensão menor do que no restante da viga.
Em função dessa redução da tensão, na região próxima aos apoios diretos (carga e reação de
apoio aplicadas em faces opostas do elemento estrutural, comprimindo-o), a ABNT NBR
6118:2014 permite uma pequena redução da força cortante para o dimensionamento da
armadura transversal. Segundo a norma, é permitido:
Considerar a força cortante oriunda de carga distribuída, no trecho entre o apoio e a seção
situada à distância
d/2
d/2
da face do apoio).
a/(2.d)
VSd
VRd2
, tanto do modelo I quanto do modelo II. Também não se aplica para apoios indiretos, nem para
forças cortantes provenientes de cabos inclinados de protensão.
SAIBA MAIS
Em geral, essa redução do esforço cortante não é muito utilizada pelos projetistas, pois pode
gerar uma alteração no espaçamento dos estribos em uma região pequena, o que pode não
ser viável na prática. A economia de aço é pequena e, por vezes, não se justifica pela
dificuldade na montagem.
EXEMPLOS DE APLICAÇÃO
Agora, iremos resolver um exemplo completo de cálculo da armadura transversal para uma
viga. Primeiramente, será resolvido pelo modelo I e, em seguida, pelo modelo II refinado
(θ = 30°)
A viga e o seu diagrama de esforço cortante obtido por meio de esforços solicitantes são
ilustrados na Imagem 19. Sua seção transversal é apresentada na Imagem 20. Essa viga será
concretada com concreto com resistência característica de compressão
defck = 25M P a
Solução
Para os vãos 1 e 3:
Vs = 132, 6kN
Para o vão 2:
Vs = 92, 3kN
Para os vãos 1 e 3
Para o vão 2
Teremos:
fck 25
v = 0, 6 ⋅ (1 − ) = 0, 6 ⋅ (1 − ) = 0, 54
250 250
2, 5
VRd2 = 0, 45 ⋅ b ⋅ d ⋅ v ⋅ fcd = 0, 45 ⋅ 20 ⋅ 0, 9 ⋅ 55 ⋅ 0, 54 ⋅ = 429, 59kN
1, 4
, OK!
2/3 2/3
fctm = 0, 3 ⋅ f = 0, 3 ⋅ 25 = 2, 565M P a
ck
fctk 1, 795
fctd = = = 1, 282M P a
1, 4 1, 4
fctm 0, 2565
2
Asw,min = 0, 2 ⋅ b ⋅ s ⋅ = 0, 2 ⋅ 20 ⋅ 100 ⋅ = 2, 052cm /m
fywk 50
Como
, adota-se:
2
Asw = 5, 09cm /m
ϕt = 6, 3 mm
, teremos:
2 2
π ⋅ ϕ π ⋅ 0, 63
t 2
Asw,ϕt = = Asw,6 ⋅ 3 = = 0, 31cm
4 4
2
Asw,2⋅6⋅3 = 2 ⋅ Asw,6⋅3 = 2 ⋅ 0, 31 = 0, 62cm
Asw 5, 09
n = = = 8, 2 = 9 estribos
Asw,2⋅ 6 ⋅3 0, 62
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
100
s = = 11, 11cm; ser á adotado : s = 11cm
9
VSd 185, 64
= = 0, 43
VRd2 429, 59
Calculando:
smá x = 30cm
. Como
, OK!
Calculando:
st,má x = 33cm
. Considerando o cobrimento lateral da armadura (c) igual a 2,5cm, teremos:
st = b − 2 ⋅ c − ϕt = 20 − 2 ⋅ 2, 5 − 0, 5 = 14, 5cm
Como
, OK!
Logo, para esta situação, nos vãos 1 e 3, a armadura transversal será data por:
Teremos:
fck 25
v = 0, 6 ⋅ (1 − ) = 0, 6 ⋅ (1 − ) = 0, 54
250 250
2, 5
VRd2 = 0, 45 ⋅ b ⋅ d ⋅ v ⋅ fcd = 0, 45 ⋅ 20 ⋅ 0, 9 ⋅ 55 ⋅ 0, 54 ⋅ = 429, 59kN
1, 4
, OK!
Teremos:
2/3 2/3
fctm = 0, 3 ⋅ f = 0, 3 ⋅ 25 = 2, 565M P a
ck
fctk 1, 795
fctd = = = 1, 282M P a
1, 4 1, 4
Vc = 0, 6 ⋅ b ⋅ d ⋅ fctd = 0, 6 ⋅ 20 ⋅ 0, 9 ⋅ 55 ⋅ 0, 1282 = 76, 15kN
fctm 0, 2565
2
Asw,min = 0, 2 ⋅ b ⋅ s ⋅ = 0, 2 ⋅ 20 ⋅ 100 ⋅ = 2, 052 cm /m
fywk 50
Como
, adota-se:
2
Asw = 2, 47cm /m
ϕt = 5, 0 mm
, teremos:
2 2
π ⋅ ϕ π ⋅ 0, 50
t 2
Asw,ϕ = = Asw,5⋅0 = = 0, 2cm
t
4 4
2
Asw,2⋅5⋅0 = 2 ⋅ Asw,5⋅0 = 2 ⋅ 0, 2 = 0, 4 cm
Asw 2, 47
n = = = 6, 2 = 7 estribos
Asw , 2 ⋅ 5 ⋅ 0 0, 40
100
s = = 14, 29cm
7
;\ será\ adoptado:\
s = 14cm
VSd 129, 22
= = 0, 30
VRd2 429, 59
Calculando:
s
m áx = 0, 6 ⋅ 55 = 33cm > 30cm
smá x = 30cm
. Como
, OK!
Calculando:
s
t,m áx = 0, 6 ⋅ 55 = 33cm < 35cm
s
t,m áx = 33cm
st = b − 2 ⋅ c − ϕt = 20 − 2 ⋅ 2, 5 − 0, 5 = 14, 5cm
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Como
, OK!
Logo, para esta situação, no vão 2, a armadura transversal será data por:
Teremos:
fck 25
v = 0, 6 ⋅ (1 − ) = 0, 6 ⋅ (1 − ) = 0, 54
250 250
2, 5
VRd2 = 0, 45 ⋅ b ⋅ d ⋅ v ⋅ fcd ⋅ sin 2θ = 0, 45 ⋅ 20 ⋅ 55 ⋅ 0, 54 ⋅ ⋅ sin 60 = 413, 37kN
1, 4
, OK!
Teremos:
2/3 2/3
fctm = 0, 3 ⋅ f = 0, 3 ⋅ 25 = 2, 565M P a
ck
fctk 1, 795
fctd = = = 1, 282M P a
1, 4 1, 4
fctk 1, 795
fctd = = = 1, 282M P a
1, 4 1, 4
Como:
VSd > V0
, pois:
Vc
é dado por:
Vc = 58, 59kN
fctm 0, 2565
2
Asw,min = 0, 2 ⋅ b. s. = 0, 2 ⋅ 20 ⋅ 100 ⋅ = 2, 052cm /m
fywk 50
Como
, adota-se:
2
Asw = 3, 41cm /m
ϕt = 6, 3mm
, teremos:
2 2
π ⋅ ϕ π ⋅ 0, 63
t 2
Asw,ϕ = = Asw,6⋅3 = = 0, 31cm
t
4 4
A quantidade de estribos
(n)
Asw 3, 41
n = = = 5, 5 = 6 estribos
Asw,2⋅6⋅3 0, 62
100
s = = 16, 67cm; {ser á adotado : s = 16cm
6
VSd 185, 64
= = 0, 45
VRd2 413, 37
Calculando:
smá x = 30cm
. Como
, OK!
Calculando:
s
t,m áx = 33cm
(c)
st = b − 2 ⋅ c − ϕt = 20 − 2 ⋅ 2, 5 − 0, 5 = 14, 5 cm
Como:
, OK!
Logo, para esta situação, nos vãos 1 e 3, a armadura transversal será data por:
6,3 mm a cada 16 cm
Teremos:
fck 25
v = 0, 6 ⋅ (1 − ) = 0, 6 ⋅ (1 − ) = 0, 54
250 250
2, 5
VRd2 = 0, 45 ⋅ b ⋅ d ⋅ v ⋅ fcd ⋅ sin 2θ = 0, 45 ⋅ 20 ⋅ 55 ⋅ 0, 54 ⋅ ⋅ sin 60 = 413, 37kN
1, 4
VSd ≤ VRd2 → 129, 22kN < 413, 37kN
, OK!
Teremos:
2/3 2/3
fctm = 0, 3 ⋅ f = 0, 3 ⋅ 25 = 2, 565M P a
ck
fctk 1, 795
fctd = = = 1, 282M P a
1, 4 1, 4
Como:
VSd > V0
, pois:
Vc
é dado por:
Vc = 73, 2kN
fctm 0, 2565
2
Asw,min = 0, 2 ⋅ b ⋅ s ⋅ = 0, 2 ⋅ 20 ⋅ 100 ⋅ = 2, 05cm /m
fywk 50
Como
Asw > Asw,mín
, adota-se:
2
Asw = 2, 05cm /m
ϕt = 5, 0mm
, teremos:
2 2
π ⋅ ϕ π ⋅ 0, 50
t 2
Asw,ϕ = = Asw,5⋅0 = = 0, 2cm
t
4 4
2
Asw,2⋅5⋅0 = 2 ⋅ Asw,5⋅0 = 2 ⋅ 0, 2 = 0, 4cm
A quantidade de estribos
(n)
Asw 2, 05
n = = = 5, 13 = 6 estribos
Asw,2⋅5⋅0 0, 4
100
s = = 16, 67cm; ser á adotado : s = 16cm
6
VSd 129, 22
= = 0, 31
VRd2 413, 37
Calculando:
smá x = 30cm
. Como
, OK!
Calculando:
s
t,m áx = 0, 6 ⋅ 55 = 33cm < 35cm
s
t,m áx = 33cm
st = b − 2 ⋅ c − ϕt = 20 − 2 ⋅ 2, 5 − 0, 5 = 14, 5cm
Como
, OK!
Logo, para esta situação, no vão 2, a armadura transversal será dada por:
VERIFICANDO O APRENDIZADO
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como vimos, o dimensionamento da área de aço necessária para armaduras transversal de
elementos submetidas ao cisalhamento faz parte do dia a dia do engenheiro estrutural. Saber
dimensionar a partir de um projeto novo e, além disso, proporcionar soluções para projetos já
realizados ou em andamento faz parte do escopo do engenheiro calculista.
PODCAST
Agora, a especialista Larissa Camporez Araújo encerra nosso estudo falando sobre os
principais tópicos abordados.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT. NBR 6118 – Projeto de
estruturas de concreto – procedimento. Rio de Janeiro, 2014.
HIBBELER, R. C. Resistência dos materiais. 7. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010.
CONTEUDISTA
Larissa Camporez Araújo