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COORDENAÇÃO DE ENGENHARIA CIVIL

SISTEMAS ESTRUTURAIS II
10º semestre / Engª Civil

Prof. Me. Fábio Usuda


Prof. Sérgio Carneiro

Sorocaba/SP
Revisão agosto, 2017
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1 VIGAS ALAVANCAS

1.1 Conceito

Denomina-se viga-alavanca (VA) à viga que equilibra peças de fundação


excêntricas; por este motivo é também denominada viga de equilíbrio. As peças de
fundação equilibradas por uma VA podem ser sapatas ou blocos de estacas, que
serão chamados sapatas ou blocos alavancados.
A ocorrência mais frequente de peças de fundação excêntricas é sua situação
junto a divisas de terrenos, podendo, entretanto, ocorrer em virtude de alguma
interferência no solo (matacão, caixa d’água enterrada ou outra).

1.2 Viga-alavanca associada à sapata excêntrica

Observe-se o esquema abaixo, que representa uma VA interligando uma


sapata excêntrica à outra, isolada.

Na figura acima, 𝑙 é a distância entre os centros de gravidade das bases das


duas sapatas e será a distância entre os 2 apoios do modelo teórico da viga-alavanca.
2

Já 𝑒 é a excentricidade da força normal advinda do pilar de divisa, em relação


ao CG da base da sapata excêntrica e será a extensão do balanço da VA. A partir
desse desenho, fica claro que:

(𝑎−𝑎𝑜 )
𝑒= ; onde 𝑎𝑜 é a dimensão da seção transversal do pilar perpendicular à divisa
2

Podemos representar nossa V.A. com as cargas (ativas e reativas) nela


atuantes da seguinte forma:

Nesta figura, 𝑝 (que é uniforme quando a VA é prismática) é o peso próprio da


V.A. acrescido do peso da alvenaria que nela se apoia, quando for o caso, e Nk é a
ação do pilar de divisa sobre a V.A.
Através das equações de equilíbrio da estática, podemos calcular as reações
de apoio R1 e R2, desprezando a atuação da carga p, como segue:

𝑅1 + 𝑅2 = 𝑁𝑘 (∑ 𝐹𝑣 = 0)

−𝑁𝑘 . 𝑒 − 𝑅2 . 𝑙 = 0 (∑ 𝑀𝐴 = 0)

Sendo o ponto A correspondente ao apoio esquerdo da V.A. Daí vem:

𝑁𝑘 .𝑒
𝑅2 = − 𝑙

O sinal negativo significa que esta reação no apoio direito é de tração, ou seja,
tende a “levantar” ou “arrancar” a peça de fundação da direita. O “desprezo” da
atuação da carga p teve o propósito de demonstrar esse “arrancamento”. Em alguns
poucos casos, quando o valor de p for muito grande, 𝑅2 não será negativo.
Quanto a esta tendência de arrancamento, podemos comentar que a força
normal de compressão atuante nessa sapata (devido a seu peso próprio e ao pilar
nela apoiado) deve no mínimo ser igual à R2 , para que a tendência de arrancamento
não se efetive.
A reação no apoio esquerdo será:
3

𝑁𝑘 .𝑒 𝑒
𝑅1 − = 𝑁𝑘 ⇒ 𝑅1 = 𝑁𝑘 . (1 + 𝑙 )
𝑙

O sinal positivo significa que R1 é de compressão, sempre.


Com as reações de apoio assim calculadas, se desprezarmos a atuação da
carga distribuída, teremos o seguinte esquema estático e os correspondentes
diagramas de esforços solicitantes:

É claro que, com a consideração de p (que sempre deve ser feita), o diagrama
de V passa a se constituir de segmentos de retas inclinadas e o diagrama de M terá
arcos de parábola quadráticos.
Com base nestes diagramas de esforços solicitantes, adota-se uma seção
transversal compatível com a força cortante e o momento fletor críticos. Esta seção
poderá ou não repetir-se ao longo de toda a V.A., ou seja, esta última poderá ou não
ser prismática. Como os esforços solicitantes à direita do apoio da esquerda são
consideravelmente menores que à esquerda do mesmo, a solução empregando-se
seção variável é interessante na maior parte das vezes.
De posse da seção transversal adotada, dimensionamos as armaduras
longitudinal de tração (armadura NEGATIVA) e transversal de cisalhamento
(ESTRIBOS), segundo os processos já estudados na disciplina “Concreto Armado”.
Cabe notar que a armadura de tração é negativa em toda a extensão da V.A. porque
o diagrama de momento fletor acusa tração na face superior da viga ao longo de toda
ela.
A armadura longitudinal inferior (POSITIVA) presta-se somente à limitação da
fissuração na parte de baixo da viga, além de, é claro, servir à amarração dos estribos,
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na maioria dos casos. Quando ocorrer valor de p tão elevado que gere diagrama de
M com trecho positivo, isso demandará armadura positiva de tração.
Podemos ter também vigas-alavanca interligando 2 (duas) sapatas excêntricas,
conforme esquematizado a seguir, juntamente com os diagramas de esforços
solicitantes decorrentes:

Na figura acima Nk1 e Nk2 são diferentes e as excentricidades iguais.


Eventualmente podemos ter todas as variáveis diferentes (ou iguais) entre si, o que
conduziria a diagramas de esforços solicitantes diferentes, em relação aos
apresentados. Da mesma forma que para uma viga alavanca que interliga uma sapata
excêntrica a uma centrada, determinamos as armaduras de tração e de cisalhamento
a partir dos esforços críticos extraídos desses diagramas. As demais observações
feitas para o 1º caso são também aplicáveis aqui.

1.3 Viga-alavanca associada a bloco de estacas

O que de mais importante deve ser observado no caso de viga alavanca que
interliga blocos de estacas é que a disposição dessas deve seguir alguns preceitos
básicos, como exposto a seguir:
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A) Para blocos de estacas situados próximos a uma única linha de divisa, as


estacas deverão estar alinhadas e paralelas à divisa, como abaixo:

Tal disposição visa reduzir a excentricidade do pilar de divisa em relação ao


CG do grupo de estacas.
B) Para blocos de estacas situados próximos a duas linhas de divisas, ou seja
para blocos de pilares de cantos, as estacas devem estar dispostas segundo
alinhamento aproximadamente perpendicular à bissetriz do ângulo formado pelas
duas divisas; por conseguinte o pilar ficará posicionado única e exclusivamente sobre
a extremidade da viga alavanca, já que o bloco de coroamento não abrangerá o canto
do terreno, como representado a seguir:

No desenho acima, l e e são respectivamente o vão e o balanço da V.A.


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1.4 Exemplo de Dimensionamento de VA interligando uma sapata excêntrica à


outra isolada

Dimensionar e detalhar a viga alavanca representada:

Dados: Nk = 45 tf; concreto fck = 25 MPa; aço CA50A.

Resolução:

Da figura obtemos 𝑒 = 0,5𝑥(1,50 − 0,20) = 0,65 𝑚.

1) Esquema estático e esforços solicitantes

45 tf

0,65 m A 4,35 m

R1 R2

Das equações fundamentais de equilíbrio da estática, determinamos os valores das

reações de apoio:
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F V 0
45  R2  R1
M A 0
 45 x0,65  R2 x 4,35  0
45 x0,65
R2   R2  6,72tf 
4,35
45  6,72  R1  R1  51,72tf 

Estas reações conduzem aos seguintes diagramas de esforços solicitantes, desde


que desprezada a atuação da carga distribuída devido ao pp da VA:

2) Dimensionamento da armadura longitudinal (de tração)

Adotaremos inicialmente seção retangular 20 cm x 80 cm e d,útil = 75cm

M k  29,25tf  m  2.925tf  cm  29.250 kN  cm

Com este valor de Mk e de posse de uma tabela de dimensionamento de concreto


armado à flexão normal simples, determinamos a área de aço da armadura
longitudinal de tração necessária à absorção deste momento fletor máximo.

Na tabela temos o coeficiente kc dado por:

20  75 
2
bd 2
kc    2,747 unidades em kN e cm
M d 1,4  29250

Para fck = 25 MPa, aço CA-50A, consultamos a tabela de kc/ks e obtemos o valor de
ks

Desta forma adotaremos ks = 0,027

Assim:

k c  2,747 

fck  25 MPa  k s  0,027
aço CA50 A 
8
9

O valor de ks encontrado permite-nos calcular a área de aço da armadura negativa,


assim:

k s  M d 0,027 1,4  29.250


As    14,74cm2  5 20 mm
d 75

3) Armadura Transversal para Força Cortante

Como a seção transversal da viga é retangular, a indicação de Leonhardt e Mönnig


(1982) é de que o ângulo de inclinação das diagonais de compressão aproxima-se de
30º. Portanto, a armadura transversal pode ser dimensionada com o Modelo de
Cálculo II, com  = 30º. No entanto, por simplicidade e a favor da segurança, será
adotado o Modelo de Cálculo I ( fixo em 45º), pois a armadura resultante será maior
do que aquela do Modelo de Cálculo II com  = 30º.

A resolução da viga à força cortante será feita mediante as equações simplificadas


desenvolvidas por BASTOS (2015)1 apresentadas na Tabela 2:

1 BASTOS, P.S.S. Dimensionamento de vigas de concreto armado à força cortante. Disciplina 2123 – Estruturas de Concreto
II. Bauru/SP, Departamento Engenharia Civil, Faculdade de Engenharia - Universidade Estadual Paulista (UNESP), abr/2015,
74p. Disponível em (1/09/15): http://wwwp.feb.unesp.br/pbastos/pag_concreto2.htm
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A força cortante que atua na viga no apoio é:

Vk = 45tf = 450kN

VSd = f . Vk = 1,4 . 450 = 630 kN

a) Verificação das diagonais de compressão

Com d = 75, e da Tabela 2 (linha para concreto C25) determina-se a força cortante
máxima que a viga pode resistir:

VRd2 = 0,43.bw .d = 0,43 .20 . 75 = 645 kN

VSd = 630 ≤ VRd2 = 645 kN → ok! não ocorrerá esmagamento do


concreto nas bielas comprimidas.

b) Cálculo da armadura transversal

Da Tabela 2 (concreto C25), a equação para determinar a força cortante


correspondente à armadura mínima é:

VSd ,mín= 0,117 . bw . d = 0,117 . 20 . 75 = 175,5 kN

VSd = 630 kN > VSd ,mín = 175,5 kN  portanto, deve-se calcular a


armadura transversal, pois será maior que
Asw,mín

Da equação para Asw na Tabela 2 (concreto C25) tem-se:

𝑉𝑠𝑑
𝐴𝑠𝑤 = 2,55 × − 0,20 × 𝑏𝑤 (𝑐𝑚2 /𝑚)
𝑑
630
𝐴𝑠𝑤 = 2,55 × − 0,20 × 20
75
𝐴𝑠𝑤 = 17,42𝑐𝑚2 /𝑚

A armadura mínima, a ser aplicada nos trechos da viga onde a força cortante
solicitante é menor que a força cortante correspondente à armadura mínima, é:

20 × 𝑓𝑐𝑡,𝑚
𝐴𝑠𝑤,𝑚í𝑛 = × 𝑏𝑤 (𝑐𝑚2 /𝑚)
𝑓𝑦𝑤𝑘

3 3
𝑓𝑐𝑡,𝑚 = 0,3 × √𝑓𝑐𝑘 2 (𝑀𝑃𝑎) → 0,3 × √252 = 2,56𝑀𝑃𝑎 = 0,256𝑘𝑁/𝑐𝑚2

20 × 0,256
𝐴𝑠𝑤,𝑚í𝑛 = × 20 = 2,048 (𝑐𝑚2 /𝑚)
50
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Diâmetro e espaçamento do estribo:

As prescrições para o diâmetro do estribo (Øt) são (NBR 6118, 18.3.3.2):

𝑏𝑤
5𝑚𝑚 ≤ ∅𝑡 ≤
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Espaçamento mínimo e máximo entre os estribos dos estribos:

“O espaçamento mínimo entre estribos, medido segundo o eixo longitudinal do


elemento estrutural, deve ser suficiente para permitir a passagem do vibrador,
garantindo um bom adensamento da massa.” (NBR 6118, 18.3.3.2). Adotando-se uma
folga de 1 cm para a passagem da agulha do vibrador, o espaçamento mínimo fica:

𝑠 ≥ ∅𝑣𝑖𝑏𝑟 + 1𝑐𝑚

A fim de evitar que uma fissura não seja interceptada por pelo menos um estribo, os
estribos não devem ter um espaçamento maior que um valor máximo, estabelecido
conforme as seguintes condições (NBR 6118, 18.3.3.2):

≤ 0,67 𝑉𝑅𝑑2 → 𝑠𝑚á𝑥 = 0,6𝑑 ≤ 30𝑐𝑚


𝑉𝑆𝑑 {
> 0,67 𝑉𝑅𝑑2 → 𝑠𝑚á𝑥 = 0,3𝑑 ≤ 20𝑐𝑚

Para Vsd=630kN e VRd2 = 645 kN, tem-se a situação de VSd > 0,67x645, portanto
smáx=0,3d = 0,3x75 = 22,5 (cm) e ainda smáx ≤ 20 (cm)

Para:

𝐴𝑠𝑤 = 17,42 (𝑐𝑚2 /𝑚)

𝐴𝑠𝑤,𝑚í𝑛 = 2,048 (𝑐𝑚2 /𝑚)

e o diâmetro de 10,0mm com estribos de 2 ramos teremos para

Asw = Ø10,0 c/9cm e

Asw,min = Ø5,0 c/18cm

Já a armadura positiva (barras próximas à face inferior da V.A.), por não estar
tracionada em seção alguma ao longo da viga, poderá ser constituída de 2 barras de
10 mm. Esta armadura tem função apenas de porta-estribos e de limitação de
fissuração.

Como a V.A. tem altura superior a 60 cm, faz-se necessário o emprego de armadura
de pele contra fissuração. Tal armadura, também pela NB6118, deverá ser assim
definida:

𝐴𝑠𝑝𝑒𝑙𝑒 = 0,05% 𝑏𝑤. ℎ/𝑓𝑎𝑐𝑒 = 0,05%𝑥20𝑥80 = 0,8 𝑐𝑚2 /𝑓𝑎𝑐𝑒  3 Ø 6,3 𝑚𝑚/𝑓𝑎𝑐𝑒.
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5) Representação da armadura
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1.5 Exemplo de Dimensionamento de VA interligando duas sapatas


excêntricas

Dimensionar e detalhar uma viga alavanca para interligar as 2 sapatas


representadas abaixo.

Dados: concreto fck = 30 MPa; aço CA50A.

Resolução:

Da figura obtemos 𝑒 = 0,5𝑥(1,00 − 0,30) = 0,35 𝑚.

1) Esquema estático e esforços solicitantes


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Das equações fundamentais de equilíbrio da estática, determinamos os valores das


reações de apoio:

𝑅1 = 𝑅2 = 0,5𝑥(0,525𝑥7,7 + 2𝑥70)

𝑅1 = 𝑅2 = 72,02 𝑡𝑓

A carga uniforme distribuída (peso próprio) foi determinada por:

𝑔 = á𝑟𝑒𝑎 (𝑚2 ). 𝛾𝐶𝐴 (𝑡𝑓/𝑚³)

𝑔 = 0,3𝑥0,70𝑥2,5 = 0,525 𝑡𝑓/𝑚

2) Dimensionamento das armaduras de flexão

𝑀𝑘𝑚𝑎𝑥 = 24,53 𝑡𝑓. 𝑚 = 2.453 𝑡𝑓. 𝑐𝑚 = 24.530𝑘𝑁. 𝑐𝑚

𝑏. 𝑑 2 30𝑥652
𝑘𝑐 = = = 3,69
𝑀𝑑 1,4𝑥24.530

Com este valor de 𝑘𝑐 , os materiais sugeridos (concreto fck = 30 MPa e aço CA-50A)
e de posse de uma tabela de dimensionamento à flexão normal simples (Tabela 1),
encontramos o valor 𝑘𝑠 o que nos permite determinar a área de aço da armadura de
flexão necessária à absorção deste momento fletor crítico.

𝑘𝑠 . 𝑀𝑑 0,025𝑥1,4𝑥24.530
𝐴𝑠 = = = 13,2 𝑐𝑚²
𝑑 65
3 ∅ 25 𝑚𝑚 (14,73 𝑐𝑚2 ) ← 𝐸𝑆𝐶𝑂𝐿𝐻𝐼𝐷𝑂
{ 𝑜𝑢
5 ∅ 20𝑚𝑚 (15,7 𝑐𝑚2 )

3) Dimensionamento da armadura de cisalhamento (estribos)

3.1) Nos Balanços (𝑽𝒌𝒎𝒂𝒙 = 𝟕𝟎, 𝟏𝟖 𝒕𝒇 = 𝟕𝟎𝟏, 𝟖𝒌𝑵)

Da Tabela 2:

VSd = 1,4x701,8 = 982,52kN ≤ VRd2 = 994,5 kN → ok! não ocorrerá


esmagamento do concreto nas bielas comprimidas.

VRd2 = 0,51x30x65 = 994,5kN

VSd,min = 0,132x30x65 = 257,4kN


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982,52
𝐴𝑠𝑤 = 2,55 × − 0,22 × 30 = 31,9𝑐𝑚2 /𝑚
65
Adotando-se estribos de 2 ramos:

𝑒𝑠𝑡𝑟𝑖𝑏𝑜𝑠 ∅12.5 𝑚𝑚 𝑐𝑎𝑑𝑎 7.5 𝑐𝑚

Estes estribos são capazes de resistir ao esforço cortante de 70,18 tf, que ocorre ao
longo do “balanço” da V.A.

3.2) No vão central (𝑽𝒌𝒎𝒂𝒙 = 𝟏, 𝟖𝟒 𝒕𝒇)

No vão da mesma, a força cortante é de apenas 1,84tf. Em toda esta região,


fatalmente a armadura transversal a ser adotada poderá ser a mínima:

20 × 𝑓𝑐𝑡,𝑚
𝐴𝑠𝑤,𝑚í𝑛 = × 𝑏𝑤 (𝑐𝑚2 /𝑚)
𝑓𝑦𝑤𝑘

3 3
𝑓𝑐𝑡,𝑚 = 0,3 × √𝑓𝑐𝑘 2 (𝑀𝑃𝑎) → 0,3 × √302 = 2,89𝑀𝑃𝑎 = 0,289𝑘𝑁/𝑐𝑚2

20 × 0,289
𝐴𝑠𝑤,𝑚í𝑛 = × 30 = 3,468 (𝑐𝑚2 /𝑚)
50

Já a armadura positiva (barras próximas à face inferior da V.A.), por não estar
tracionada em seção alguma ao longo da viga, poderá ser constituída de 3 barras de
12.5 mm. Esta armadura tem função apenas de porta-estribos.

Como nossa V.A. tem altura maior do que 60 cm, faz-se necessário o emprego de
armadura de pele, para proteção da porção média da viga contra fissuração. Tal
armadura, também pela NB-1, deverá ser assim definida:

𝐴𝑠𝑝𝑒𝑙𝑒 = 0,05% . 𝑏𝑤 . ℎ /𝑓𝑎𝑐𝑒 = 0,05%𝑥30𝑥70 = 1,05𝑐𝑚2 /𝑓𝑎𝑐𝑒  4 Ø6,3 𝑚𝑚


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5) Representação da armadura
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1.6 Exercícios Propostos

1) Determinar a seção e dimensionar à flexão com armadura simples, cisalhamento


e detalhar uma V.A. para a situação apresentada.
 Dados: Concreto fck = 25 MPa; aço CA 50A.
 Sob o pilar de divisa com uma carga de Nk = 45 tf haverá um bloco de 60x150
(cm) de estacas do tipo “Strauss” com diâmetro de 30cm. Este bloco está
disposto paralelo à divisa do terreno, de modo a resultar a menor excentricidade
do pilar em relação ao bloco.
 Desconsidere o peso próprio da viga.

2) Para viga alavanca, pede-se:


 represente-a por seu esquema estático e carregamentos;
 trace os diagramas de momentos fletores e forças cortantes;
 Dimensione a armadura longitudinal e transversal para a seção de 30x80 (cm).
 Dados: carga uniforme distribuída sobre a viga-alavanca além de seu peso
próprio: 1,5 tf/m; fck = 35 MPa; aço CA-50A; ; d = 0,9xh (cm).

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