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SISTEMAS ESTRUTURAIS II
10º semestre / Engª Civil
Sorocaba/SP
Revisão agosto, 2017
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1 VIGAS ALAVANCAS
1.1 Conceito
(𝑎−𝑎𝑜 )
𝑒= ; onde 𝑎𝑜 é a dimensão da seção transversal do pilar perpendicular à divisa
2
𝑅1 + 𝑅2 = 𝑁𝑘 (∑ 𝐹𝑣 = 0)
−𝑁𝑘 . 𝑒 − 𝑅2 . 𝑙 = 0 (∑ 𝑀𝐴 = 0)
𝑁𝑘 .𝑒
𝑅2 = − 𝑙
O sinal negativo significa que esta reação no apoio direito é de tração, ou seja,
tende a “levantar” ou “arrancar” a peça de fundação da direita. O “desprezo” da
atuação da carga p teve o propósito de demonstrar esse “arrancamento”. Em alguns
poucos casos, quando o valor de p for muito grande, 𝑅2 não será negativo.
Quanto a esta tendência de arrancamento, podemos comentar que a força
normal de compressão atuante nessa sapata (devido a seu peso próprio e ao pilar
nela apoiado) deve no mínimo ser igual à R2 , para que a tendência de arrancamento
não se efetive.
A reação no apoio esquerdo será:
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𝑁𝑘 .𝑒 𝑒
𝑅1 − = 𝑁𝑘 ⇒ 𝑅1 = 𝑁𝑘 . (1 + 𝑙 )
𝑙
É claro que, com a consideração de p (que sempre deve ser feita), o diagrama
de V passa a se constituir de segmentos de retas inclinadas e o diagrama de M terá
arcos de parábola quadráticos.
Com base nestes diagramas de esforços solicitantes, adota-se uma seção
transversal compatível com a força cortante e o momento fletor críticos. Esta seção
poderá ou não repetir-se ao longo de toda a V.A., ou seja, esta última poderá ou não
ser prismática. Como os esforços solicitantes à direita do apoio da esquerda são
consideravelmente menores que à esquerda do mesmo, a solução empregando-se
seção variável é interessante na maior parte das vezes.
De posse da seção transversal adotada, dimensionamos as armaduras
longitudinal de tração (armadura NEGATIVA) e transversal de cisalhamento
(ESTRIBOS), segundo os processos já estudados na disciplina “Concreto Armado”.
Cabe notar que a armadura de tração é negativa em toda a extensão da V.A. porque
o diagrama de momento fletor acusa tração na face superior da viga ao longo de toda
ela.
A armadura longitudinal inferior (POSITIVA) presta-se somente à limitação da
fissuração na parte de baixo da viga, além de, é claro, servir à amarração dos estribos,
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na maioria dos casos. Quando ocorrer valor de p tão elevado que gere diagrama de
M com trecho positivo, isso demandará armadura positiva de tração.
Podemos ter também vigas-alavanca interligando 2 (duas) sapatas excêntricas,
conforme esquematizado a seguir, juntamente com os diagramas de esforços
solicitantes decorrentes:
O que de mais importante deve ser observado no caso de viga alavanca que
interliga blocos de estacas é que a disposição dessas deve seguir alguns preceitos
básicos, como exposto a seguir:
5
Resolução:
45 tf
0,65 m A 4,35 m
R1 R2
reações de apoio:
7
F V 0
45 R2 R1
M A 0
45 x0,65 R2 x 4,35 0
45 x0,65
R2 R2 6,72tf
4,35
45 6,72 R1 R1 51,72tf
20 75
2
bd 2
kc 2,747 unidades em kN e cm
M d 1,4 29250
Para fck = 25 MPa, aço CA-50A, consultamos a tabela de kc/ks e obtemos o valor de
ks
Assim:
k c 2,747
fck 25 MPa k s 0,027
aço CA50 A
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1 BASTOS, P.S.S. Dimensionamento de vigas de concreto armado à força cortante. Disciplina 2123 – Estruturas de Concreto
II. Bauru/SP, Departamento Engenharia Civil, Faculdade de Engenharia - Universidade Estadual Paulista (UNESP), abr/2015,
74p. Disponível em (1/09/15): http://wwwp.feb.unesp.br/pbastos/pag_concreto2.htm
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Vk = 45tf = 450kN
Com d = 75, e da Tabela 2 (linha para concreto C25) determina-se a força cortante
máxima que a viga pode resistir:
𝑉𝑠𝑑
𝐴𝑠𝑤 = 2,55 × − 0,20 × 𝑏𝑤 (𝑐𝑚2 /𝑚)
𝑑
630
𝐴𝑠𝑤 = 2,55 × − 0,20 × 20
75
𝐴𝑠𝑤 = 17,42𝑐𝑚2 /𝑚
A armadura mínima, a ser aplicada nos trechos da viga onde a força cortante
solicitante é menor que a força cortante correspondente à armadura mínima, é:
20 × 𝑓𝑐𝑡,𝑚
𝐴𝑠𝑤,𝑚í𝑛 = × 𝑏𝑤 (𝑐𝑚2 /𝑚)
𝑓𝑦𝑤𝑘
3 3
𝑓𝑐𝑡,𝑚 = 0,3 × √𝑓𝑐𝑘 2 (𝑀𝑃𝑎) → 0,3 × √252 = 2,56𝑀𝑃𝑎 = 0,256𝑘𝑁/𝑐𝑚2
20 × 0,256
𝐴𝑠𝑤,𝑚í𝑛 = × 20 = 2,048 (𝑐𝑚2 /𝑚)
50
11
𝑏𝑤
5𝑚𝑚 ≤ ∅𝑡 ≤
10
Espaçamento mínimo e máximo entre os estribos dos estribos:
𝑠 ≥ ∅𝑣𝑖𝑏𝑟 + 1𝑐𝑚
A fim de evitar que uma fissura não seja interceptada por pelo menos um estribo, os
estribos não devem ter um espaçamento maior que um valor máximo, estabelecido
conforme as seguintes condições (NBR 6118, 18.3.3.2):
Para Vsd=630kN e VRd2 = 645 kN, tem-se a situação de VSd > 0,67x645, portanto
smáx=0,3d = 0,3x75 = 22,5 (cm) e ainda smáx ≤ 20 (cm)
Para:
Já a armadura positiva (barras próximas à face inferior da V.A.), por não estar
tracionada em seção alguma ao longo da viga, poderá ser constituída de 2 barras de
10 mm. Esta armadura tem função apenas de porta-estribos e de limitação de
fissuração.
Como a V.A. tem altura superior a 60 cm, faz-se necessário o emprego de armadura
de pele contra fissuração. Tal armadura, também pela NB6118, deverá ser assim
definida:
𝐴𝑠𝑝𝑒𝑙𝑒 = 0,05% 𝑏𝑤. ℎ/𝑓𝑎𝑐𝑒 = 0,05%𝑥20𝑥80 = 0,8 𝑐𝑚2 /𝑓𝑎𝑐𝑒 3 Ø 6,3 𝑚𝑚/𝑓𝑎𝑐𝑒.
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5) Representação da armadura
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Resolução:
𝑅1 = 𝑅2 = 0,5𝑥(0,525𝑥7,7 + 2𝑥70)
𝑅1 = 𝑅2 = 72,02 𝑡𝑓
𝑏. 𝑑 2 30𝑥652
𝑘𝑐 = = = 3,69
𝑀𝑑 1,4𝑥24.530
Com este valor de 𝑘𝑐 , os materiais sugeridos (concreto fck = 30 MPa e aço CA-50A)
e de posse de uma tabela de dimensionamento à flexão normal simples (Tabela 1),
encontramos o valor 𝑘𝑠 o que nos permite determinar a área de aço da armadura de
flexão necessária à absorção deste momento fletor crítico.
𝑘𝑠 . 𝑀𝑑 0,025𝑥1,4𝑥24.530
𝐴𝑠 = = = 13,2 𝑐𝑚²
𝑑 65
3 ∅ 25 𝑚𝑚 (14,73 𝑐𝑚2 ) ← 𝐸𝑆𝐶𝑂𝐿𝐻𝐼𝐷𝑂
{ 𝑜𝑢
5 ∅ 20𝑚𝑚 (15,7 𝑐𝑚2 )
Da Tabela 2:
982,52
𝐴𝑠𝑤 = 2,55 × − 0,22 × 30 = 31,9𝑐𝑚2 /𝑚
65
Adotando-se estribos de 2 ramos:
Estes estribos são capazes de resistir ao esforço cortante de 70,18 tf, que ocorre ao
longo do “balanço” da V.A.
20 × 𝑓𝑐𝑡,𝑚
𝐴𝑠𝑤,𝑚í𝑛 = × 𝑏𝑤 (𝑐𝑚2 /𝑚)
𝑓𝑦𝑤𝑘
3 3
𝑓𝑐𝑡,𝑚 = 0,3 × √𝑓𝑐𝑘 2 (𝑀𝑃𝑎) → 0,3 × √302 = 2,89𝑀𝑃𝑎 = 0,289𝑘𝑁/𝑐𝑚2
20 × 0,289
𝐴𝑠𝑤,𝑚í𝑛 = × 30 = 3,468 (𝑐𝑚2 /𝑚)
50
Já a armadura positiva (barras próximas à face inferior da V.A.), por não estar
tracionada em seção alguma ao longo da viga, poderá ser constituída de 3 barras de
12.5 mm. Esta armadura tem função apenas de porta-estribos.
Como nossa V.A. tem altura maior do que 60 cm, faz-se necessário o emprego de
armadura de pele, para proteção da porção média da viga contra fissuração. Tal
armadura, também pela NB-1, deverá ser assim definida:
5) Representação da armadura
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