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FLEXÃO SIMPLES E

FLEXÃO COMPOSTA

RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS -


ANTES,
PORÉM, UM
POUCO
SOBRE: AS
PROPRIEDA
DES
GEOMÉTRIC
AS DAS
FIGURAS
Propriedades
• O dimensionamento e a verificação da capacidade
resistente de barras, como de qualquer elemento
estrutural dependem de grandezas chamadas tensões, as
quais se distribuem ao longo das seções transversais de
um corpo.
• Daí vem a necessidade de se conhecer claramente as
características ou propriedades das figuras geométricas
que formam essas seções transversais
Propriedades
• A Figura abaixo ilustra uma barra reta de seção
transversal constante, chamada barra prismática. O lado
da barra que contém o comprimento (L) e a altura (h) é
chamado de seção longitudinal e o que contém a largura
(b) e a altura (h) é chamado de seção transversal.
Propriedades
As principais propriedades geométricas de figuras planas
são:
→Área (A)
→Centro de gravidade (CG)
→Momento de Inércia (I)
→Momento estático (M)
→Módulo de resistência (W)
→Raio de giração (i)
Centro de Gravidade
Centro de Gravidade
Momento de Inércia
• Em mecânica, o momento de inércia, ou momento de
inércia de massa, expressa o grau de dificuldade em se
alterar o estado de movimento de um corpo em rotação.
Momento Estático
• Define-se Momento Estático de um elemento de
superfície como o produto da área do elemento pela
distância que o separa de um eixo de referência.
• Momento Estático de uma superfície plana é definido
como a somatória de todos os momentos estáticos dos
elementos de superfície que formam a superfície
total.
Módulo de Resistência
• O Módulo de Resistência à Flexão é a
característica geométrica da seção de uma viga
que se opõe à flexão.
Características Geométricas de
algumas figuras conhecidas
Flexão Simples
• O esforço de flexão simples é normalmente resultante da
ação de carregamentos transversais que tendem a curvar
o corpo e que geram uma distribuição de tensões
aproximadamente lineares no seu interior.

• Essa distribuição alterna entre tensões de tração e


compressão na mesma seção transversal.
Flexão Simples
Flexão Simples
• Isso ocorre desde que a seção transversal do corpo seja
simétrica em relação ao plano de aplicação do
carregamento transversal (plano de solicitação).
• A resultante dessa distribuição é um binário de forças de
igual intensidade, mas de sentidos opostos, conhecido
como momento fletor.
Flexão Simples
• A convenção de sinais adotada considera positivo o
momento quando a barra é flexionada de forma que a
concavidade fique voltada para cima, caso contrário,
considera negativo.
Flexão Simples
• A tensão normal atuante máxima, também denominada
tensão de flexão, é determinada em relação à fibra mais
distante da seção transversal, através da relação entre o
produto do momento fletor atuante e a distância entre a
linha neutra e a fibra, e o momento de inércia
(baricentro) da secção.
Flexão Simples
Flexão Simples
Exercício
Flexão Composta
• A flexão composta é a ação combinada de força
normal e momentos fletores.
• Na prática, a flexão composta ocorre
frequentemente em pilares, em vigas protendidas,
em muros de arrimo, etc.
• O estudo da flexão composta deve ser feito com
todas as cargas reduzidas ao centroide da seção
transversal.
Flexão Composta
A face ① está sendo
𝑵 𝑴
𝝈= ± “puxada” pelo momento
𝑨 𝑾 fletor, ou seja, está na
N
direção oposta a força
normal. Desta forma
M
temos:
① ②

𝝈𝟏T

C 𝝈𝟐
Flexão Composta
A face ② está sendo
𝑵 𝑴
𝝈= ± “empurrada” pelo
𝑨 𝑾 momento fletor, ou seja,
N
está na mesma direção
da força normal. Desta
M
forma temos:
① ②

𝝈𝟏T

C 𝝈𝟐
Flexão Composta - Exemplos
1. Calcular as tensões (σ) que atuam
na seção do pilar, sabendo que a
mesma está sujeita uma força normal
centrada (N) de 45 tf e um momento
fletor (M) de 5 tf.m e que sua seção é
de 20 cm X 45 cm. Os resultados
deves ser expressos em kgf/cm².
Flexão Composta - Exemplos
Os dados fornecidos precisam possuir as mesmas
unidades, para que possamos realizar os cálculos. Por
isso, fique muito atento as transformações de unidade.

Como e já possuímos os valores de N e M


precisamos encontrar os valores de A e W.
Flexão Composta - Exemplos
Substituindo todos os valores na equação original
temos:

O giro provocado pelo momento fletor “aperta” a face


① e “estica” a face ②, ou seja, o pilar está sendo
comprimido na face ① na mesma direção que a força
normal; e tracionado na face ②, o que significa que
está na direção oposta a força normal. Por isso temos:
(compressão)
(tração)
Flexão Composta - Exemplos

Gráfico

𝝈𝟏=𝟏𝟐𝟒𝒌𝒈𝒇/𝒄𝒎² C

T
𝝈𝟐=−𝟐𝟒𝒌𝒈𝒇/𝒄𝒎²
Flexão Composta - Exemplos
2. Calcular as tensões (σ) que atuam
na seção do pilar, sabendo que a
mesma está sujeita uma força normal
centrada (N) de 30 tf e um momento
fletor (M) de 6 tf.m e que sua seção é
de 30 cm X 60 cm. Os resultados
deves ser expressos em kgf/cm².
Flexão Composta - Exemplos
Resultados: Gráfico

① ②

(compressão)
(tração)
𝝈𝟏=𝟓𝟎𝒌𝒈𝒇/𝒄𝒎² C

T
𝝈𝟐=−𝟏𝟔,𝒌𝒈𝒇/𝒄𝒎²
Flexão Composta - Exemplos
3. Calcular as tensões (σ) que atuam
na seção do pilar, sabendo que a
mesma está sujeita uma força normal
centrada (N) de 35 tf e um momento
fletor (M) de 8 tf.m e que sua seção é
de 20 cm X 50 cm. Os resultados
deves ser expressos em kgf/cm².
Flexão Composta - Exemplos
Resultados: Gráfico

① ②

(tração)
(compressão)

𝝈𝟏=−𝟔𝟏𝒌𝒈𝒇/𝒄𝒎² T
C
𝝈𝟐=𝟏𝟑𝒌𝒈𝒇/𝒄𝒎²
Flexão Composta - Exemplos
4. O pórtico da figura está
submetido a duas cargas P1,
aplicada no ponto A, e P2, aplicada
no ponto B. Calcular as tensões na
seção de engastamento da estrutura,
sabendo que as dimensões do pilar
são de 12 cm x 50 cm.
Demais dados:
Flexão Composta - Exemplos
Uma vez que a análise das tensões
corresponde apenas a seção de
engastamento da estrutura, ou seja, a base
do pilar, devemos reduzir todas as cargas
ao centroide do mesmo.
Para tanto, devemos encontrar a força
normal total e o momento fletor total em
relação ao centro do pilar.
Flexão Composta - Exemplos
Se fizermos um esquema da estrutura teremos:
P2

P1

A B
L

Com o esquema acima podemos


determinar os valores da força normal e do
momento fletor.
Flexão Composta - Exemplos
Calculando a força normal (N) e o momento fletor (M),
P2 lembre-se que os resultados das tensões devem ser
dadas em kgf/cm², logo, não deixe de adequar as
P1 unidades.

A B
L
Flexão Composta - Exemplos
O giro provocado pelo momento fletor Gráfico
“aperta” a face ① e “estica” a face ②, ou
seja, o pilar está sendo comprimido na face
① na mesma direção que a força normal; e ① ②
tracionado na face ②, o que significa que
está na direção oposta a força normal. Por
isso temos:

(compressão)
𝝈𝟏=𝟐𝟒𝟎𝒌𝒈𝒇/𝒄𝒎² C

T
𝝈𝟐=−𝟏𝟔𝟎𝒌𝒈𝒇/𝒄𝒎²
(tração)
Flexão Composta - Exemplos
5. O pórtico da figura está
submetido a duas cargas P1,
aplicada no ponto A, e P2, aplicada
no ponto B. Calcular as tensões na
seção de engastamento da estrutura,
sabendo que as dimensões do pilar
são de 16 cm x 40 cm.
Demais dados:
Flexão Composta - Exemplos
Resultados: Gráfico

① ②

(compressão)
(tração)
𝝈𝟏=𝟑𝟎𝟔𝒌𝒈𝒇/𝒄𝒎² C

T
𝝈𝟐=−𝟐𝟓𝟔𝒌𝒈𝒇/𝒄𝒎²
Flexão Composta - Exemplos
6. O pórtico da figura está
submetido a duas cargas P1,
aplicada no ponto A, e P2, aplicada
no ponto B. Calcular as tensões na
seção de engastamento da estrutura,
sabendo que as dimensões do pilar
são de 20 cm x 80 cm.
Demais dados:
Flexão Composta - Exemplos
Resultados: Gráfico

① ②

(tração)
(compressão)

𝝈𝟏=−𝟏𝟐𝟔,𝟓𝒌𝒈𝒇/𝒄𝒎² T
C
𝝈𝟐=𝟏𝟕𝟑,𝟓𝒌𝒈𝒇/𝒄𝒎²

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