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Escola Politécnica
DRE: 116178139
Novembro
2022
Sumário
I. Introdução 3
II. Entendendo Forças Cortantes e Momento Fletor 4
III. Entendendo Tensões em Vigas 10
IV. Conclusão 20
I. Introdução
Este resumo tem base nos conceitos trabalhados durante a primeira parte da
disciplina. Estes conceitos estão apresentados em quatro tópicos:
𝐿−𝐿0 (1)
ϵ= 𝐿0
.
σ = 𝐸 × ϵ. (2)
II. Entendendo Forças Cortantes e Momento Fletor
Figura 1a: Força Interna Cortante. Figura 1b: Força Interna Normal.
Estas forças são dependentes da carga sobre o corpo e o apoio em que ele está.
A carga sobre vigas pode ser representada das mais diversas maneiras de acordo
com o desejado. Podendo ser uma única ou combinação entre força pontual, distribuída
ou momento centrado.
As vigas podem ter diversos tipos de apoios: Suporte pontual, que permite apenas
a rotação. Suporte deslizante, que permite movimento em um eixo e rotação. Suporte
completamente fixado, que não permite movimento algum. Cada suporte possui as
reações correspondentes a suas restrições.
Figura 3a: Diversos Apoios de Vigas Figura 3b: Diversas Cargas sobre Vigas
Para o cálculo das forças internas neste caso, é necessário o uso das equações de
equilíbrio e que a viga esteja sobre regime isostático. Ou seja, o número de equações de
equilíbrio devem ser iguais ao número de reações.
A convenção de sinais abordada neste caso é: Positiva para carga apontando para
baixo. A força cortante à esquerda apontando para baixo corresponde a valores
positivos, enquanto à direita deverá apontar para cima para ser considerada também
positiva. O sinal para o momento fletor considera a compressão da parte inferior com
tração da parte superior da viga como negativa e a compressão da parte superior com
tração da parte inferior como positiva.
Figura 4a: Convenção de Sinal Positivo Figura 4b: Convenção de Sinal Momento
Os Diagramas de esforço cortante e de momento fletor podem ser construídos
analisando as reações e carga sobre a viga como o demonstrado na figura a seguir:
Figura 7a: Diagrama Esforço Interno Carga Figura 7b: Diagrama Esforço Interno Carga
Simples e Carga Contínua. Contínua e Momento Aplicado.
Podemos ainda prever o comportamento de deformação da viga a partir do
diagrama de momentos fletores apresentado na figura 7b, melhor demonstrado a seguir:
Com a uma carga aplicada sobre a viga um curvamento ocorre causando estresse
na estrutura interna que pode ser representada pela força cortante agindo verticalmente e
o momento fletor originado das forças normais como descrito anteriormente. A Figura 2
demonstra a representação destas forças internas no geral, contudo existem casos
particulares a serem analisados dado a importância de projetar as vigas para
determinadas cargas.
O caso de flexão pura, no qual a força cortante em certa região da viga é nulo,
possui seu momento fletor constante neste intervalo como demonstrado a seguir:
Figura 9a: Flexão Pura em toda viga. Figura 9b: Região de Flexão Pura.
Com a flexão pura as fibras da viga se comportam comprimindo uma região
enquanto traciona a outra. Existe uma região entre a zona de compressão e zona de
tração chamada de superfície neutra que passa pelo centróide da viga.
Essa superfície neutra pode ser chamada de eixo neutro na vista plana e ajuda a
analisar o comportamento das fibras da viga. Utilizando um outro eixo para comparação
e distanciadas entre si a uma distância “y”, aplicando uma flexão pura na viga pode ser
visto as fibras flexionando em um arco de círculo perfeito centrado em “O". Enquanto
no eixo neutro o tamanho se mantém, o trecho referido tem alterações.
𝐴𝐵 = 𝑅 · θ (3)
𝐶𝐷 = (𝑅 + 𝑦) · θ (4)
ϵ =
(𝐶𝐷−𝐴𝐵)
=
𝑦 (5)
𝐴𝐵 𝑅
σ=
𝐸𝑦 (6)
𝑅
𝐸
(7)
𝑀= 𝑅
∫ 𝑦²𝑑𝐴,
𝐴
𝑀=
𝐸𝐼
, (8)
𝑅
A análise desta equação diz que conforme a distância “y” do eixo neutro aumenta,
a tensão flexora aumenta linearmente e o aumento do momento de inércia é capaz de
reduzir a tensão flexora. Isso demonstra que podemos analisar 𝑆 = 𝐼/𝑦𝑚𝑎𝑥 como um
módulo de seção que nos ajuda a determinar o ponto de máxima tensão na viga,
ocorrendo o mais distante do eixo neutro possível.
Na maioria dos casos, não haverá flexão pura e teremos também uma força
cortante agindo na seção transversal da viga, contudo esta normalmente não afeta de
maneira significativa a tensão flexora da viga, assim podemos considerar a fórmula de
tensão flexora para flexão pura para casos mais gerais.
A força cortante, adotada pela letra “V”, é resultante da tensão cisalhante que
ocorre na seção transversal da viga, chamada denotada por “τ”. Para manter o equilíbrio
da viga, a tensão cisalhante possui também componentes horizontais ao longo da viga
como demonstra a imagem com seccionamentos da viga.
Figura 13a: Tensões cisalhantes. Figura 13b: Tensões Cisalhantes pela Viga
Figura 14: Comportamento Segmentar da Viga (à esquerda sem cola, à direita com cola).
A tensão horizontal responsável por esta ação “colante” necessita ser maior do
que a força cisalhante aplicada para manter este comportamento conjunto, contudo se
aplicado um momento puro, não haverá estas forças cisalhantes não promovendo
tendência de deslizamento entre os segmentos. Esse comportamento descreve a razão
pela qual há rompimento em suportes de madeira quando aplicada cargas em suas
pontas e geralmente ocorrem próximos do eixo neutro da viga.
Figura 15: Viga de madeira sofrendo rompimento
τ(𝑥, 𝑦) =
𝑉(𝑥)𝑄(𝑦) (10)
𝐼𝑏(𝑦)
Este utiliza a noção descrita na figura 13. Consideramos para a seção “I” como o
momento de inércia de segunda ordem constante, “b(y)” sendo o tamanho variável
ortogonal ao eixo y e a seção de corte, “Q(y)” o momento de inércia de primeira ordem
que segue o comportamento da posição desejada na seção e “V(x)” a força cortante
agindo de acordo com a posição do seccionamento da viga ao longo do eixo x.
Q(y) define a região que desejamos encontrar a tensão cisalhante no corte da viga.
Figura 16a: Corte da Viga Figura 16b: Tensão Cisalhante a uma
distância “y” do eixo neutro.
ℎ
𝑄 = 𝑏( 2 − 𝑦) · (𝑦 + (
ℎ/2−𝑦
) (11)
2
O estudo de vigas e seus esforços internos nos conduz a partir de uma simples
carga e resultantes(devido aos apoios da viga) para o comportamento mais complexo e
funcional de seus estados. O estudo isostático desempenha uma função importante na
análise de estruturas mecânicas e se vê mais completo com o uso dos diagramas de
esforços internos e de sua distribuição pela viga.