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PROJETO E SIMULAÇÃO DE ELEMENTOS DE UMA PONTE ROLANTE

Rodrigo Ribeiro Alves, rodrigoribeiroalves2@hotmail.com 1


Murilo Virgílio de Pádua, murilopadua82@hotmail.com 1
Adriel Magalhães Souza, adrielmagalhaes2@gmail.com 1
Antônio Carlos Marangoni, toninmarangoni@gmail.com 1
Fernando Ferreira Del Monte, delmonte.fernando@yahoo.com.br 1
Mamoru Carlos Yamada, yamada@unifran.br 1
Renato de Camargo Bortholin, bortholin@gmail.com 1
1
Universidade de Franca, UNIFRAN, Av. Dr. Armando Salles Oliveira, 201 - Pq. Universitário - Franca –SP

Resumo: O objetivo deste trabalho foi projetar uma ponte rolante com capacidade de carga de 5 toneladas, a partir
dos conceitos existentes em resistência dos matérias e se utilizando da norma específica para máquinas de elevação, e
fazer algumas simulações em elementos finitos a fim de testar a exequibilidade do projeto. O resultado obtido foi
satisfatório visto que, apesar de algumas simplificações, foi possível propor uma ponte rolante e simular alguns
elementos dela, garantindo que as tensões e deformações estejam sempre abaixo do limite máximo admitido.

Palavras-chave: ponte rolante, máquina de transportar carga.

1. INTRODUÇÃO
De acordo com Budynas (2011), elaborar um projeto consiste na formulação de um plano para resolver um
problema ou uma necessidade. Segundo Ashby (2012), o projeto consiste de várias etapas, que necessitam de diversas
decisões acerca de seus materiais e processos de fabricação. “O que implica (Norton, 2013) aos projetistas trabalharem
arduamente para colocar seu conhecimento em estática, dinâmica, mecânica dos sólidos e dos fluidos, processos de
fabricação, resistência dos materiais para a prevenção e análise de possíveis falhas.”

Segundo Norton (2013), além da habilidade, criatividade e experiência do projetista são necessários
conhecimentos técnicos e princípios básicos para a elaboração do projeto. As ferramentas matemáticas, computacionais,
estatísticas e desenhos, são combinadas para realizar um projeto seguro, confiável e funcional, independente de quem
criou ou utiliza.

Segundo Collins (2013), em uma máquina bem projetada todos os seus conjuntos funcionam corretamente,
com segurança e sem falhas durante o tempo de vida projetado.

A ponte rolante é um conjunto de máquinas com a finalidade de transportar cargas pesadas em uma
determinada área e que requer grande confiabilidade durante sua operação. O conjunto com uma capacidade máxima de
5 toneladas, acionado eletricamente, sendo utilizada para fins de transporte de cargas em temperatura ambiente. Os
principais equipamentos que fazem parte das máquinas de elevação são: guindaste, ponte rolante, elevador e guincho. O
mesmo é regulamentado através da norma da ABNT NBR 8400 (Cálculo de Equipamentos para Elevação e
Movimentação de Carga), que rege o projeto e a construção de máquinas de elevação de 1984.

O objetivo deste trabalho é comparar os resultados obtidos através dos cálculos analíticos com os obtidos na
simulação utilizando análise por elementos finitos.

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
VIII Congresso Nacional de E ngenharia Mecânica, 10 a 15 de a gosto de 2014, Uberlândia - Minas Gerais

Para compreendermos o comportamento dos elementos da estrutura necessitamos de conhecimento básico


sobre as variáveis e as possíveis alterações durante o projeto. Para isso se faz necessário algumas leis da física, como:

2.1. Lei de Hooke

Segundo Callister (2012), “O grau que uma estrutura se deforma depende da magnitude da tensão imposta”.
Para a maioria dos metais, a tensão e a deformação são proporcionais entre si segundo a relação mostrada na equação
(1):

σ=E.ε (1)

Essa relação é conhecida como Lei de Hooke, e a constante de proporcionalidade E (com unidade em GPa) é o módulo
de elasticidade, ou módulo de “Young.”

Para Callister (2012), existe uma região onde a tensão e a deformação são proporcionais, essa região é
chamada de deformação elástica (a deformação elástica não é permanente, o que significa que quando a carga aplicada é
liberada, a peça retorna à sua forma original); a Fig. 1, da tensão em função da deformação, resulta em uma relação
linear (região elástica). A inclinação desse segmento linear corresponde ao módulo de elasticidade (E). O módulo de
elasticidade é um importante parâmetro de projeto empregado para calcular deflexões elásticas.

Figura 1: Diagrama tensão-deformação

Este diagrama representa os principais pontos de um gráfico de tensão-deformação, iremos focar somente na
região elástica (onde a Lei de Hooke é válida). O autor Collins (2013) cita que se as forças aplicadas não produzem
tensões que excedem o limite de escoamento do material, a deflexão elástica e sua deformação são completamente
recuperáveis.
A Lei de Hooke também é válida para o estado triaxial de tensões, que pode ser considerado como a
superposição de três estados de tensão uniaxial analisados separadamente. As deformações são colocadas da seguinte
forma, conforme equações (2):

(2)

Para o caso do corpo ser submetido a esforços de cisalhamento as relações são descritas nas equações (3):

(3)

Em um material isotrópico, o módulo G está relacionado a E e ao coeficiente de Poisson () da seguinte


maneira:
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(4)

Onde as constantes elásticas são:

E = módulo de elasticidade (descreve a resposta ao carregamento sob tração ou compressão).

 = coeficiente de Poisson (é o negativo da razão entre a deformação lateral e a deformação axial)(Equação


(5)).

G = módulo de cisalhamento (descreve a resposta ao carregamento de cisalhamento).

(5)

2.2. Teoria da Energia de Distorção de von Mises-Hencky

Segundo Norton (2013), na maioria dos casos os materiais dúcteis e isotrópicos falha a partir de tensões de
cisalhamento e os materiais frágeis por tensões normais. Quando as deformações e distorções forem grandes o
suficientes em uma peça, a mesma pode não funcionar corretamente.

De acordo com da Budynas, (2011), a teoria da energia de distorção (DE) originou-se da observação de que
materiais dúcteis tensionados hidrostaticamente exibiam resistências de escoamento acima dos valores dados pelo
ensaio de tração simples. Consequentemente foi postulado que o escoamento estava relacionado de alguma maneira à
distorção angular do elemento tensionado.

Budynas, (2011) afirma: que a teoria da distorção diz que o escoamento ocorre quando a energia de
deformação por distorção em uma unidade de volume alcança ou excede a energia de deformação por distorção por
unidade de volume no escoamento sob tração ou compressão simples do mesmo material, conforme Fig. 2.

1º elemento 2º elemento 3º elemento


Figura 2. Energias de dilatação e distorção num elemento

1º elemento: A unidade de volume sujeita a um estado de tensão triaxial qualquer. 2º elemento: o estado de
tensão mostrado é de tensão hidrostática devido às tensões atuando em cada uma das mesmas direções principais que as
do 1º elemento. A fórmula para a tensão média é mostrada na equação (6):

(6)

Assim, o 2º elemento passa por mudança pura de volume, isto é, sem distorção angular. Se considerarmos a
tensão no 2º elemento como uma componente das 3 primeiras, essa componente pode ser delas subtraídas, resultando no
estado de tensão mostrado no 3º elemento da figura. Esse elemento está sujeito à distorção angular pura, isto é,
nenhuma mudança de volume.
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Após dedução chega-se a equação (07) para a tensão equivalente, também chamada de tensão de von Mises:

(7)

De acordo com Beer (1995), um componente estrutural está em segurança enquanto o maior valor de energia a
que está submetido não ultrapassar a energia necessária para provocar escoamento no material.

A energia de distorção por unidade de volume em um material isotrópico e estado plano de tensões pode ser
calculada conforme a equação (8) a seguir:

Ud = 1/6G (σa2 - σaσb+ σb2) (8)

Sendo σa e σb as tensões principais e G o módulo de elasticidade transversal do material.

O material, conforme o critério da máxima energia de distorção estará seguro enquanto σa2 - σaσb+ σb2<σe2
ou, graficamente analisando na Fig. 3, o ponto de coordenadas σa e σb cair dentro da área indicada pela equação σa2 -
σaσb+ σb2 = σe2 que é a equação da elipse.

Figura 3. Representação gráfica de um ponto na iminência de escoar

Este critério é utilizado pelo software (Solidworks® 2013) na análise por elementos finitos para gerar um
gráfico, em escala de cores, para representar os locais com maior e menor concentração de tensão na estrutura.

3. ANÁLISE DA ESTRUTURA

Segundo Budynas (2011), o engenheiro possui inúmeras ferramentas e recursos disponíveis para auxiliar na
solução de problemas de projeto, contando com programas computacionais de análise e simulação de componentes
mecânicos.

De acordo com Ashby (2012), as ferramentas permitem a modelagem e otimização do projeto, facilitando a
visualização e a criação de protótipos.

3.1. Análise por Elementos Finitos

O autor Budynas (2011) cita que o método dos elementos finitos (MEF) divide a estrutura em pequenas, porém
finitas e bem definidas subestruturas elásticas (elementos). Por meio de funções polinomiais, juntamente com operações
matriciais, o comportamento elástico contínuo de cada elemento é desenvolvido em termos das propriedades
geométricas e de material do elemento.

Os nós do elemento são suas entidades governantes fundamentais onde as propriedades elásticas do elemento
eventualmente são estabelecidas, as condições de contorno são atribuídas e as forças são finalmente aplicadas. Um nó
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possui graus de liberdade. Assim que cada elemento no interior de uma estrutura tiver sido definido localmente na
forma matricial, os elementos são amarrados globalmente por seus nós comuns em uma matriz do sistema global.

A rede de elementos e nós que discretiza uma região é conhecida por malha. A densidade da malha aumenta à
medida que forem colocados mais elementos no interior de uma determinada região. Refinamento de malha é quando a
malha é alterada de uma análise de um modelo para a análise seguinte visando à melhores resultados.

3.2. Materiais e Métodos

De acordo com Ashby (2012), alguns parâmetros podem ser ajustados para otimizar o objetivo, o projetista é
livre para variar dimensões que não são limitadas por requisitos de projeto e, mais importante é livre para escolher o
material para o componente.

A metodologia utilizada para atingir os objetivos propostos estão apresentadas abaixo, em ordem de
desenvolvimento:

- Definição dos materiais a serem utilizados, se baseando sempre na estrutura mais simples possível;

- Definições de projeto como: altura, comprimento, velocidade de trabalho, cargas, entre outras;

- Cálculos, a partir da teoria da elasticidade e simplificações propostas, para determinação dos esforços
envolvidos;

- Definição dos parâmetros da análise por elementos finitos;

- Comparativo dos resultados obtidos;

Para o material da viga foi usado o aço referente à norma NBR 7007 grau AR350, tendo 350 MPa de limite ao
escoamento. Para o material das rodas foi utilizado o aço SAE 1020 e para os mancais o aço SAE 1045.

A ponte rolante contém os seguintes parâmetros: carga máxima a ser transportada de 5 toneladas, tendo 8 m de
vão livre, com 6 m de altura e 30 m de comprimento do galpão. De acordo com a norma NBR 8400 a ponte rolante tem:
uma velocidade de elevação de 6 m/min, velocidade de translação do carro de 38 m/min e a velocidade de translação da
ponte de 60 m/min.

Considerando que a ponte seja submetida ao seu máximo carregamento, ou seja, içada os seus 6 metros com
uma carga de 5.000 kg, tem-se ainda a massa dos componentes para o carro de içamento, que é respectivamente de 655
kg, portanto a viga será solicitada com 5655 kg, ou seja, 55475,4 N. Quando se tem a carga total levantada as rodas da
ponte sofrem esforços diferentes conforme Fig. 4.

Figura 4. Representação dos esforços nas rodas da ponte rolante

Sabe-se que a tensão máxima devida á flexão ocorre no centro da viga. Tensões de tração na mesa superior e
tensões de compressão na mesa inferior. Efetuando o cálculo do momento fletor e assim proceder para as tensões. Para
melhorar o resultado, considerando o peso próprio da viga como sendo uma carga distribuída valendo 7721,45 N/m.

 Parâmetros e fórmulas utilizadas para o calculo analítico:


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flexão = (9)

Onde M = momento fletor e W = módulo de flexão do material.

adm = (10)

Onde esco = tensão de escoamento do material e C.S. = coeficiente de segurança (segundo a norma NBR 8400
para partes estruturais temos C.S. = 1,5).

flexão = (11)

Onde M = momento fletor, C = distância de aplicação da força (com relação ao centróide) e Ix = momento
retangular de inércia em x (Ix = 66.301,43 mm4).

flexão = (12)

Onde M = momento fletor, C = distância de aplicação da força (com relação ao centróide) e Iy = momento
retangular de inércia em y (Iy = 625.711,68 mm4).

 Parâmetros utilizados na simulação:

Foi utilizada uma malha, conforme Fig. 5 (a) baseada em curvatura, pois, para a análise têm-se elementos de
formas curvas como são os casos das rodas, eixos e outros elementos. A fixação foi determinada através do apoio da
viga sobre o carro de translação longitudinal da ponte, porém não foi aqui ressaltado devido à dificuldade de o software
desenvolver a análise, no software foi determinado como geometria fixa, conforme Fig. 5 (b). Encontraram-se as cargas
sobre as rodas [Fig. 5 (c)] através de cálculos e com o auxílio de dados referente a massa da viga por metro (kg/m), com
isso foi atribuído valores, para as rodas usamos forças perpendiculares ao plano superior e aplicamos uma carga
distribuída em toda viga, representando assim seu próprio peso.

Figura 5: (a) Tipo de malha que foi gerada com suas respectivas descriminações; (b) Geometria de
fixação da viga; (c) Parâmetros de forças impostas sobre a viga.
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4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Após todas as definições foram realizadas os cálculos e as discussões dos resultados.

 Calculo analítico:

Utilizando as fórmulas das Eq. (9) e Eq. (10) temos:

flexão =  flexão =  flexão = 79,91 MPa

adm =  adm =  adm = 233,33 MPa

Como pode-se notar a tensão de flexão está bem abaixo da tensão admissível, no entanto a carga está em cima
das abas da viga I e para isso verificamos a tensão de flexão na aba. Utilizando as fórmulas das Eq. (11) e Eq. (12)
temos:

flexão =  flexão =  flexão x = 200,62 MPa

flexão =  flexão =  flexão y = 59,81 MPa

Para o dimensionamento manual da viga pode-se dizer concluído, porém este trabalho se faz uso de algumas
simulações em elementos finitos para verificar a confiabilidade dos cálculos.

 Simulação com elementos finitos:

Para realizar o estudo primeiro precisa-se gerar a malha para que o software possa calcular os valores em cada
nó gerado, visando melhores resultados a malha gerada Fig. 5 têm 180.072 nós, 95.491 elementos e 16 pontos
jacobianos. O tamanho mínimo dos elementos da viga é de 18,6583 mm, para poder diminuir um pouco mais o tamanho
deles nas rodas aplica-se um controle de malha apenas nelas, assim o tamanho dos elementos passou a ser 17,2762 mm.

Figura 5: Malha gerada pelo software

Através da Fig. 6 pode-se visualizar a posição das forças (setas roxas) e a posição dos pontos de fixação (setas
verdes). Com esta simulação é possivel de se verificar os pontos de maiores tensões na viga.
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Figura 6. Representação dos esforços na viga I

Analisando a parte em que ocorreu a flexão (Fig. 7), a tensão de von Mises foi de aproximadamente 57 MPa,
no entanto quando se usa a tensão principal no sentido do plano tem-se o valor de aproximadamente 70 MPa.

Figura 7: Representação das tensões de von Mises na viga

A Fig. 8 mostra a tensão gerada entre as rodas e a viga que é de aproximadamente 75,5 MPa.

Figura 8: Representação das tensões de von Mises nas rodas.

Como podem ser analisadas na Fig. 9, as tensões geradas pelos esforços aplicados sobre as rodas foram de 82,8
MPa e 65,3 MPa, diferente do que se era esperado, pois fazendo-se os cálculos analiticamente não se foi feita as
considerações que a roda de maior carregamento estaria deslocando a viga elasticamente e automaticamente as rodas
que anteriormente estavam sendo menos solicitadas passou a ter solicitações maiores, portanto, a força foi distribuída
mais igualmente para os quatro pontos.

Figura 9: Demonstração de como a roda de maior carregamento está deslocando a viga elasticamente

Para o dimensionamento analítico e simulação fui utilizado uma distribuição diferente das tensões, nos cálculos
não havia sido considerado que a maior tensão gerada se localizaria nas extremidades, ou seja, onde estão os apoios,
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uma explicação para localização dessa tensão é, pois devido à força aplicada multiplicada pelo comprimento temos um
momento (M=F.d) e devido à fixação não permitir que ocorra movimento da base tem-se a tensão gerada na Fig. 10 (a).
Encontrou-se que a tensão de Von Mises 185,9 MPa, porém quando se usa a tensão principal, conforme Fig. 10 (b)
encontra-se o valor de 194,4 MPa, que nesse caso é a pior.

Figura 10: (a) Representação das tensões de Von Mises na viga I e (b) a tensão principal

Como pode ser visto na Fig. 11 o deslocamento máximo dessa viga foi de 4,59 mm, a tensão de escoamento do
material ocorre quando temos 0,2% de deslocamento, ou seja, esta viga poderia deslocar até 17,00 mm.

Figura 11: Representação em escala de cores do descolamento da viga

5. CONCLUSÃO

A metodologia utilizada pelos autores se mostrou eficiente, sendo possível calcular analiticamente os esforços
envolvidos bem como executar a simulação dos elementos. A partir desta metodologia, foi possível estabelecer um
comparativo entre os dois resultados e observar vantagens e desvantagens de maneira muito simples e eficiente.
Os cálculos manuais se mostraram mais restritos à determinadas áreas de estudo, pois os carregamentos
estudados foram pontuais gerando assim tensões pontuais. Já o software utilizado é programado para efetuar uma
interpolação de dados em determinado intervalo delimitado pelo usuário. Sendo assim, a solução computacional
mostrou outros pontos de solicitações que não foram detectados pelos cálculos manuais evidenciando um melhor
resultado quando se utiliza o software.
Por se tratar de um projeto de grande escala, o custo da fabricação do mesmo apenas para estudos se torna
inviável e a utilização de softwares de simulação se torna indicado, pois minimiza custo e tempo de desenvolvimento de
projeto, assim se aproximando do real, porém não descartando a produção de protótipos e seus devidos testes.

6. REFERÊNCIAS

Ashby, M. F., 2012, “Seleção de Materiais no Projeto Mecânico”, Elsevier, 4ª edição, Rio de Janeiro, Brasil, páginas: 2,
18, 19 e 34.
VIII Congresso Nacional de E ngenharia Mecânica, 10 a 15 de a gosto de 2014, Uberlândia - Minas Gerais

Beer, Ferdinand Pierre, E. Russell Johnston, Jr., 1995, “Resistência dos Materiais”, Pearson Makron Books, 3ª edição,
São Paulo, páginas: 637,638 e 639

Budynas, Richard G., Nisbett, Keith J., 2011, “Elementos de Máquinas de Shigley: Projeto de Engenharia Mecânica”,
AMGH Editora Ltda, 8ª edição, Brasil, páginas: 30, 31, 34, 82, 232, 239, 240, 241, 961 e 968.

Callister, William D., 2012, “Ciência e Engenharia de Materiais: uma Introdução”, LTC, Rio de Janeiro, Brasil,
Páginas: 2, 134 e 337.

Collins, Jack A., 2013, “Projeto Mecânico de Elementos de Máquinas: Uma Perspectiva de Prevenção de Falha”, LTC,
4ª edição, Rio de Janeiro, Brasil, Páginas: 10, 11, 24, 177, 180 e 181.

Norton, Robert L., 2013, “Projeto de Máquinas: uma Abordagem Integrada, Bookman, 4ª edição, Porto Alegre, Brasil,
Páginas: 4, 33, 34, 246, 247, 248 e 249.

7. RESPONSABILIDADE AUTORAL

Os autores são os únicos responsáveis pelo conteúdo deste trabalho.

DESIGN AND SIMULATION OF ELEMENTS OF A BRIDGE CRANE

Rodrigo Ribeiro Alves, rodrigoribeiroalves2@hotmail.com 1


Murilo Virgílio de Pádua, murilopadua82@hotmail.com 1
Adriel Magalhães Souza, adrielmagalhaes2@gmail.com 1
Antonio Carlos Marangoni, toninmarangoni@gmail.com 1
Fernando Ferreira Del Monte, delmonte.fernando@yahoo.com.br 1
Mamoru Carlos Yamada, yamada@unifran.br 1
Renato de Camargo Bortholin, bortholin@gmail.com 1
1
Universidade de Franca, UNIFRAN, Av. Dr. Armando Salles Oliveira, 201 - Pq. Universitário - Franca –SP

Abstract: The aim of this paper was to design an overhead crane with a load capacity of 5 tons parting from the
strength of the materials’ concepts and using the specific standard for lifting machinery, also doing some finite element
simulations in order to test the feasibility of the project. The result was satisfactory, despite some simplifications,
because it was possible to propose a crane and simulate some elements of it, always ensuring that the stresses and
strains are below the maximum admissible limit.

Keywords: overhead crane, machine to carry load.

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