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Turma: FEA0207
SUMÁRIO
1.0 - Introdução 3
2.0 - Fluxo de Cisalhamento 3
3.0 - Tensão de Cisalhamento 4
4.0 - Aplicação em exercícios 7
5.0 - Considerações Finais 9
6.0 - Referências Bibliográficas 10
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Lista de Figuras
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1.0 - Introdução
Conforme dito, a torção tem aplicação em tubos de paredes finas, que possuem um
formato não circular e são vazados, tendo espessuras variadas “t” em suas paredes. O Fluxo
de cisalhamento presente neste tubos age de maneira um pouco diferente, neste caso o objeto
que sofre torção acaba criando duas tensões de cisalhamentos, sendo uma em cada
extremidade do seu comprimento em relação ao torque. As forças de cisalhamento indicada
por “τa” e “τb” mostradas na figura 2, considerando as laterais de espessuras constantes “t”,
as forças “F” que agem sobre elas, são explicadas pelas equações 1 e 2.
𝑑𝐹𝑎 = τ𝑎(𝑡𝑎 𝑑𝑥 ) (Eq. 1)
3
Vale mencionar que mesmo tendo as espessuras diferentes as tensões de cisalhamento
podem ser comparadas, uma vez que ambas agem nas laterais longitudinais do objeto em
questão. O equilíbrio de força exige que essas cargas sejam de valor igual, para que
mantenha-se o momento de inércia sendo nulo, pois deste modo as somatórias de força nas
direções opostas são iguais, de modo temos que “τ” expressa a tensão de cisalhamento e o “t”
a espessura variada da parede, mostrado na equação 3:
τ𝑎. 𝑡𝑎 = τ𝑏. 𝑡𝑏 (Eq. 3)
da parede fina, portanto é formado um fluxo de cisalhamento “𝑞”, que pode ser descrito
conforme mostra a equação 4.
𝑞 = τ𝑚é𝑑𝑡 (Eq. 4)
Uma outra tensão que atua nos tubos de paredes finas é a tensão de cisalhamento
média, esta tensão é executada na área sombreada da figura 3, mostrada abaixo. Podemos
relacionar esta tensão com o torque “𝑇”, tendo em vista que o torque gerado pela tensão de
cisalhamento em torno do ponto.
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Figura 3- Área atuante da tensão de cisalhamento.
Conforme foi dito anteriormente faremos uma relação entre o torque “T” aplicado em
um secção vazada e o fluxo de cisalhamento “q” que sua parede sofre. Selecionando um
pequeno elemento da seção da parede obtém-se de comprimento “ds” e tendo em mente a
área do elemento como 𝑑𝐴 = 𝑡 𝑑𝑠, teremos a intensidade da força de cisalhamento “dF”
que atua no elemento, expresso na equação 5.
𝑑𝐹 = 𝑇 𝑑𝐴
𝑑𝐹 = 𝑇(𝑡 𝑑𝑠)
𝑑𝐹 = (𝑇𝑡) 𝑑𝑠
𝑑𝐹 = 𝑞 𝑑𝑠 (Eq. 5)
Para obter este momento basta multiplicar a equação 5 pela distância perpendicular
(braço de alavanca), denominada “p” do ponto 0 até à linha de ação de “dF”, assim obtendo:
5
𝑑𝑀0 = 𝑝𝑑𝐹
Sendo “Am” a área média contida na linha de centro da espessura do tubo. Feito o
cálculo para a parte infinitesimal, resta integrar as partes para obter-se as medidas do torque T
completo na peça, resultando na seguinte equação 7, onde temos :
𝑇 = ∮ 𝑑𝑀0
𝑇 = ∮ 𝑞(𝑑𝐴𝑚) (Eq.7)
τ𝑚é𝑑 =
𝑇 (Eq. 8)
2𝑡𝐴 𝑚
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O ângulo de torção de um elemento de parede fina de comprimento qualquer “L” é
dado pelos métodos de energia de modo expresso na seguinte equação 9.
𝑇𝐿 𝑑𝑠 (Eq.9)
θ= 2 .∮ 𝑡
4𝐴𝑚𝐺
Na equação acima (9) a integral se refere a toda área de seção transversal do tubo, “𝐺”
é o módulo de cisalhamento.
Exercício 1: Determine o torque “T” que pode ser aplicado ao tubo retangular se a
tensão de cisalhamento média não pode ultrapassar 84 MPa. Despreze as concentrações de
tensão nos cantos. As dimensões médias do tubo são mostradas na figura.
𝐴𝑚 = 0, 05. 0, 1
2
𝐴𝑚 = 0, 005 𝑚
Agora que achamos a área média basta utilizar a equação 8 para determinar o “T”.
𝑇
𝑇𝑚é𝑑 = 2𝑡𝐴 𝑚
7
6 𝑇
84 * 10 = 2*0,003*0,005
𝑇 = 2520 𝑁𝑚
𝑏 = 21, 46 𝑚𝑚
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5.0 - Considerações Finais
Portanto, nos tubos de paredes finais temos as tensões atuando de duas maneiras. A
primeira delas conforme foi abordado foi o fluxo de cisalhamento, que em suma é a torção
que converte-se em duas formando cisalhamento em cada extremidade. Já a segunda é a
tensão de cisalhamento média a qual representa a extensão onde esta tensão é executada. Vale
ressaltar que este tipo de tensão relaciona-se com o torque. Os tubos de parede fina tem
diversas aplicações, seja na construção civil ou na mecânica, são usados principalmente na
área de transportes.
De acordo com o presente trabalho a torção em tubos de paredes finas teve como
resultado a equação 8, onde o torque é igual ao fluxo de cisalhamento multiplicado por duas
vezes a área média. Destaca que mesmo tendo as espessuras dos tubos diferentes, as tensões
de cisalhamento podem ser comparadas, pois ambas agem nas laterais longitudinais do corpo.
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6.0 - Referências Bibliográficas
ARGENTA, A. L. D. P. Resistência dos materiais 1: Barras sob efeitos térmicos. [S. l.], 6
jul. 2022. Disponível em:
file:///C:/Users/Wesley/Desktop/Laiane/Faculdade/ReMa/Aulas/Aula_05_-_Solicitacao_axial
_-_Torcao.pdf. Acesso em: 12 ago. 2022.
BEER, F. P., RUSSEL, E., Mecânica dos Materiais, 5ª Edição: Editora Artmed, 2011.
Silva Filho, Júlio Jerônimo Holtz; Velasco, Marta de Souza Lima; Sánchez Filho, Emil de
Souza. Reforço à Torção de Vigas de Concreto Armado com Compósitos de Fibras de
Carbono. Rio de Janeiro, 2007. 280p. Tese de Doutorado - Departamento de Engenharia
Civil, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Disponível em:
http://livros01.livrosgratis.com.br/cp053686.pdf. Acesso em: 13 ago. 2022.
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