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Laboratório de Estrutura da Matéria

Relatório 3 - Experimento da Razão Carga e Massa

Filipe Ferreira Paulo


201510058

Professor: Dr. Ricardo Souza da Silva

Resumo

Neste experimento será observado que é possı́vel provar experimentalmente a razão carga-
massa do elétron através de um método similar ao de Thomson.

Introdução o campo elétrico ao qual está submetido e R


o raio de curvatura.
Em 1987 na Universidade de Cambrid- É utilizado uma bobina de Helmholtz
ge mais precisamente no Cavendish Labora- que tem a função de gerar campos magnéti-
tory. J. J. Thomson através de uma monta- cos perpendiculares à propagação do campo
gem experimental, hoje comumente chamado elétrico do elétron. Sendo perpendiculares os
de tubo de raios catódicos, foi capaz de deter- campos cruzados podemos discorrer que atra-
minar uma grandeza fı́sica intrı́nseca ao elé- vés da equação
tron. A razão Carga-Massa, o fator crucial
para a descoberta do elétron no final século eB 2 2
U= R (2)
XIX como uma partı́cula elementar de carga 2m
negativa e possuı́do massa bem definida. mas também temos para calcular o campo
No experimento o feixe de elétrons de magnético
massa Me e carga e tem seu deslocamento
proveniente de um potencial do qual se des-   32
4 µIN
loca em um campo magnético B. Consequen- B= (3)
5 R
temente o elétron irá sofrer a interação de
uma força perpendicular à sua velocidade e obtendo assim o valor do campo magnético,
ao campo magnético. O que faz com que os onde N é o número de espiras das bobinas,
elétrons mudem sua direção de propagação I é a corrente que circunda nas espiras, R é
descrevendo um movimento circular. Pelas o raio médio das bobinas de Helmholtz e µ
leis de Newton podemos descrever da seguinte a constante de permeabilidade magnética no
forma vácuo (1.26 × 10−6 H ), resultando em B =
2 m
~ = me v
F~ = e~v × B 7.58 × 10−4 I
R
fazendo-se as simplificações chegamos a Objetivos
e v 1.602 × 10−19
= = (1)   Determinar a relação carga-massa
me BR 9.11 × 10−31 e
do elétron através do estudo do com-
me
e portamento de elétrons na presença de cam-
= 1.7585 × 1011
me pos eletromagnéticos estacionários.
onde e é a carga elementar do elétron, me a
massa do elétron, v a velocidade do elétron B Metodologia

1
Materiais Utilizados Para I = 7.20A e
Tubo de raios catódicos U (V ) R(cm) me

Bobina de Helmholtz 420 10 1.5391 × 1011


Cabos diversos 350 9 1.5834 × 1011
Fonte de Alimentação 280 8 1.6032 × 1011
220 7 1.6453 × 1011
Tabela 1: Materiais utilizados no experimento
160 6 1.6287 × 1011

Os materiais utilizados para a realiza- Tabela 3: A tabela apresenta o raio de difração e


a razão carga massa em função da energia potencial
ção deste experimento foram: variável.

Resultados e Discussões Para U = 200V e


I(A) R(cm) me
Foi aplicada uma tensão de aquecimen- 6.30 0.8376 × 1011
10
to e esperando aproximadamente um minuto 6.45 1.0100 × 1011
9
antes de ligar. Pois assim a temperatura da 6.75 1.2215 × 1011
8
espiral de aquecimento se estabiliza auxili- 7.05 1.5275 × 1011
7
ando na conservação do equipamento. Au- 7.50 1.9544 × 1011
6
mentamos lentamente a tensão anódica até a
tensão máxima variando a tensão de Wehnelt Tabela 4: A tabela apresenta o raio de difração e
a razão carga massa em função da corrente elétrica
no intuito de obter um feixe fino de elétrons variável.
bem definido. Doravante elevamos a tensão
das bobinas de Helmholtz até 2880V . Para U = 300V e
I(A) R(cm) me
Para I = 6.75A e 6.75 10 1.1726 × 1011
U (V ) R(cm) m e
6.90 9 1.4162 × 1011
300 10 1.1726 × 1011 7.20 8 1.7177 × 1011
11
250 9 1.2046 × 10 7.65 7 2.1116 × 1011
11
220 8 1.3437 × 10 8.25 6 2.6651 × 1011
180 7 1.4359 × 1011
140 6 1.1520 × 1011 Tabela 5: A tabela apresenta o raio de difração e
a razão carga massa em função da corrente elétrica
variável.
Tabela 2: A tabela apresenta o raio de difração e
a razão carga massa em função da energia potencial
variável.
O que dá uma média de 1, 8166 × 1011
representando 103, 30% do valor de referên-
O que dá uma média de 1.2617 × 1011
cia.
representando mais de 75% do valor de refe-
rência.
Conclusão
Para uma corrente alterada temos.
O que dá uma média de 1.6000 × 1011 Pudemos observar que os valores espe-
representando mais de 90% do valor de refe- rados para a razão carga-massa ficaram den-
rência. tro de um limite aceitável. Importante frizar
Agora invertemos as contas e passa- que o experimento não é de fácil realização,
mos a manter a enegia potêncial fixa e a cor- pecando muito em precisão na hora de medir
rente variando. o raio da esfera, uma forma de medir melhor
O que dá uma média de 1.3102 × 1011 essa grandeza tão fundamental certamente te-
representando mais de 75% do valor de refe- ria impactos positivos nos resultados obtidos.
rência.
Novamente realizamos o mesmo expe- Referências
rimento com outro valor para a tensão.

2
EISBERG, Robert; RESNICK, Robert.
Fı́sica quântica. Rio de Janeiro: Editora Cam-
pus, 1979.
GRIFFITHS, David Jeffrey; FREITAS,
Lara. Mecânica quântica. Pearson Prentice
Hall, 2011.
SILVA, R. S. de. Apostila de Fı́sica
Exerimental: Laborátorio de estrutura da ma-
téria. [S. l. : s. n.]

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