Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
C URITIBA -PR
Prof. Dr. C.A. Dartora
Roteiro do Capı́tulo:
• Materiais Isolantes
• Piezo e Ferroeletricidade
• Polarizabilidade Atômica
Materiais Isolantes
1
∇ · e = η, (1)
ε0
∇ · b = 0, (2)
∂b
∇×e = − , (3)
∂t
∂e
∇ × b = µ0j + µ0ε0 , (4)
∂t
(5)
Z
A(x,t) = ha(x,t)i = f (x − x0)a(x0,t)dV 0 , (6)
V0
Z
E(x,t) = he(x,t)i = f (x − x0)e(x0,t)dV 0 , (7)
ZV 0
B(x,t) = hb(x,t)i = f (x − x0)b(x0,t)dV 0 . (8)
V0
Z
h∇ · e(x,t)i = f (x − x0)∇0 · e(x0,t)dV 0 =
ZV 0 Z
∇0 · [ f (x − x0)e(x0,t)]dV 0 − ∇0[ f (x − x0)] · e(x0,t)dV 0 =
I Z
[ f (x − x0)e(x0,t)] · da0 − ∇0[ f (x − x0)] · e(x0,t)dV 0 , (9)
a(V 0 )
Mostra-se que:
h∇ · b = 0i
⇒ ∇·B = 0 ,
∂b ∂B
∇×e = − ⇒ ∇×E = − .
∂t ∂t
07 - Propriedades Dielétricas de Isolantes 10/58
Prof. Dr. C.A. Dartora
Z
δ3(x − x0)dV 0 = 1 (13)
Z V0
f (x )δ (x − x0)dV 0 = f (x)
0 3
(14)
V0
pe = Qd (15)
Z
!
hηi = f (x − x0) ∑ q i δ 3 0
(x − x i ) + Qn 3 0
∑ j δ (x − xn − dn j ) dV 0
V0 i nj
(17)
Z
P=∑ f (x − x0)pne j δ3(x0 − xn) (20)
nj V0
de modo que:
hηi = ρ − ∇ · P , (21)
1 ρ−∇·P
∇·e = η ⇒ ∇·E = ,
ε0 ε0
ou ∇ · D = ρ, sendo D = ε0E + P
∂e ∂E
∇ × b = µ0j + µ0ε0 ⇒ ∇ × B = µ0 hji + µ0ε0
∂t ∂t
j = ηivi
onde ηi é a densidade de carga da i-ésima carga e vi é a velocidade
instantânea dessa carga, podemos escrever:
A magnetização macroscópica:
* +
M= ∑ mnδ(x − xn) , (24)
n
∂P
hji = J + ∇ × M + . (26)
∂t
e finalmente
∂P ∂E
∇ × B = µ0 J + ∇ × M + + µ0ε0
∂t ∂t
07 - Propriedades Dielétricas de Isolantes 18/58
Prof. Dr. C.A. Dartora
∇ · D = ρ, (27)
∇ · B = 0, (28)
∂B
∇×E = − , (29)
∂t
∂D
∇×H = J+ , (30)
∂t
juntamente com as denominadas relações constitutivas
D = ε0E + P , *B = µ0(H + M) ,+ (31)
nj 3
P = ∑ e δ (x − xn) ,
p (32)
* nj +
3
M = ∑ mn j δ (x − xn) , (33)
nj
07 - Propriedades Dielétricas de Isolantes 19/58
Prof. Dr. C.A. Dartora
2 m
md̈ = qE − mω0d − ḋ ,
τ
onde mτ ḋ é o termo dissipativo e devemos também incluir um termo
de mola mω20d que se opõem ao campo elétrico, pois este tende a
separar as cargas. Multiplicando a equação acima por q e dividindo
tudo por m temos:
d 2pe q2 2 1 dpe
2
= E − ω0pe − . (34)
dt m τ dt
07 - Propriedades Dielétricas de Isolantes 22/58
Prof. Dr. C.A. Dartora
~Γ = d × F1 = pe × E . (35)
Ue = −pe · E . (36)
Eloc = E − EP , (37)
sendo que
1
∇ · EP = − ∇ · P .
ε0
1
EP = − P . (38)
3ε0
α
pe ⇒= αEloc ⇒ P = Eloc (39)
υ
D = εE = ε0E + P
chegamos a:
α α P
P = Eloc = E+ = (εr − 1)ε0E
υ υ 3ε0
07 - Propriedades Dielétricas de Isolantes 28/58
Prof. Dr. C.A. Dartora
1 + 3ε2α0υ
εr = . (42)
1 − 3εα0υ
⇒ Definindo a susceptibilidade dielétrica na forma P = ε0χeE, é
fácil mostrar que χe = εr − 1, ou ainda:
α
ε0υ
χe = . (43)
1 − 3εα0υ
07 - Propriedades Dielétricas de Isolantes 29/58
Prof. Dr. C.A. Dartora
Polarizabilidade Atômica α:
⇒ Mede a formação de momento de dipolo elétrico no átomo,
quando um campo elétrico é aplicado:
Ĥdip = Ze ∑ rn · E , (44)
n
d 2 pe q2 2 1 dpe
2
= Eloc − ω0pe − .
dt m τ dt
Z 2e2/m
pe = 2 2
Eloc
ω0 − ω − iω/τ
07 - Propriedades Dielétricas de Isolantes 33/58
Prof. Dr. C.A. Dartora
Z 2e2/m
α= 2 (45)
ω0 − ω2 − iω/τ
⇒ No limite de baixas frequências ω << ω0 e no caso ideal e sem
dissipação (τ → ∞) tem-se
Z 2e2
α= 2
.
mω0
Na ressonância α diverge, desde que τ → ∞.
⇒ Já para ω → ∞ vemos que α = 0: as oscilações de carga para
gerar momento de dipolo no átomo não conseguem acompanhar a
rápida oscilação do campo, resultando em momento nulo. Tem-se
que cuidar esse caso, pois a Mecânica Clássica certamente falha,
devido à alta energia do fóton incidente.
07 - Propriedades Dielétricas de Isolantes 34/58
Prof. Dr. C.A. Dartora
|ψi = ∑ CPΠnlmσ|nlmσi ,
CP
pe = −Zehψ| ∑ rn|ψi → 0 .
n
Ĥdip = Ze ∑ rn · E ,
n
0 hm|Ĥde|ni
|n i = |ni + ∑ |mi + ... , (46)
m6=n εn − εm
0 hm|r · E|ni
|n i = |ni + Ze ∑ |mi + ... , (47)
m6=n εn − εm
hm|r · E|ni hn|r · E|mi
pe = Ze ∑ hn|r|mi + hm|r|ni + O(E2)
m6=n εn − εm εn − εm
(48)
pe = −Zehψ| ∑ rn|ψi 6= 0 .
n
1 −βpeE cos θ
ρ= e .
Z
O valor médio da projeção do momento de dipolo elétrico na direção
do campo, ou seja, do valor pe cos θ será dado por:
R1 −βµB cos θ
−1 d(cos θ) cos θe
hpei = pe R1 (49)
−βµB cos θ
−1 d(cos θ)e
07 - Propriedades Dielétricas de Isolantes 40/58
Prof. Dr. C.A. Dartora
1
L (x) = coth(x) − . (51)
x
⇒ Para a temperatura T muito alta, β → 0 e podemos expandir
a função de Langevin em séries de Taylor:
x
L (x)|x<<1 ≈ .
3
07 - Propriedades Dielétricas de Isolantes 41/58
Prof. Dr. C.A. Dartora
np2e
P(E) = E, (52)
3kBT
np2e
χLang = , (53)
3ε0kBT
nµ2
χe = , (54)
3kBε0(T − Tc)
k
i(kn·r−ωt)
E = E0 e , H= n×E , (55)
ωµ
onde E0 é um vetor complexo constante, que indica a magnitude e
polarização da onda e n̂ é o vetor unitário na direção de propagação
da onda e r = (x, y, z);
; ω é a frequência angular da onda e k é o número de onda, dado
por:
√
k = ω µεc = β + iα , (56)
; β é a constante de fase;
; α é a constante de atenuação;
07 - Propriedades Dielétricas de Isolantes 44/58
Prof. Dr. C.A. Dartora
σ
εc = ε + i , (57)
ω
r sr
µε σ 2
α=ω 1+ −1 (58)
2 ωε
r sr
µε σ 2
β=ω 1+ +1 (59)
2 ωε
εc σ ω2p
= εr + i = 1+ 2 2
, (60)
ε0 ωε0 ω0 − ω − iων
σ a condutividade do material,
r
εc
n(ω) = (61)
ε0
εc σ ω2p ω2p
= εr + i ≈ 1+ 2 2
+ iπ [δ(ω − ω0) + δ(ω + ω0)] .
ε0 ωε0 ω0 − ω 2ω
(63)
; Em ω = ω0, um meio dielétrico de poucas perdas tem compor-
tamento de um condutor, com alta condutividade efetiva.
; Longe das ressonâncias do material obtém-se a equação de
Sellmeier (se o material tem várias frequências de ressonância ωr ,
somam-se sobre elas):
2
2
ω p
n (ω) = 1 + ∑ 2 2
r ω r − ω
07 - Propriedades Dielétricas de Isolantes 49/58
Prof. Dr. C.A. Dartora
Refletividade e Absorção
εc
= ε1 + iε2 , (64)
ε0
ω2p(ω20 − ω2)
ε1 = 1 + 2 2 2 2 2
, (65)
(ω0 − ω ) + ω ν
σ ω2pων
ε2 = = 2 2 2 2 2
, (66)
ωε0 (ω0 − ω ) + ω ν
ε0ω2pω2ν
σ = ωε0ε2 = 2 (67)
(ω0 − ω2)2 + ω2ν2
Sre f l |Ere f l |2
R= = 2
.
Sinc |Einc|
2
n−1 (n1 − 1)2 + n22
R= = 2 2
. (70)
n+1 (n1 + 1) + n2
1 1
Pdis = σε0|Einc| = ωε0ε2|Einc|2 = ωε0n1n2|Einc|2 .
2
(71)
2 2
Pdis 1
A= = ωε0ε2 . (72)
|Einc| 2
Relações de Kramers-Kronig
⇒ A causalidade implica uma relação entre a parte real e imaginária
da permissividade complexa εc/ε0 = ε1 + iε2, denominadas relações
de Kramers-Kronig, dadas abaixo:
1 ∞ ε2(ω0) 0
Z
ε1(ω) = 1 + P 0
dω (73)
π −∞ ω − ω
1 [ε1(ω0) − 1] 0
∞
Z
ε2(ω) = − P 0
dω (74)
π −∞ ω −ω
onde P acima denota parte principal da integral(eliminando-se as
singularidades onde o valor da integral diverge).
⇒ Elas implicam que a medida da absortividade varrendo o espec-
tro de frequências, diretamente associada a ε2, permite calcular a
parte real da permissividade dielétrica do meio.
07 - Propriedades Dielétricas de Isolantes 57/58
Prof. Dr. C.A. Dartora