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FACULDADE DE ENGENHARIA
FACULDADE DE ENGENHARIA
ISOLANTES
DISCENTES :
OBJETIVOS...................................................................................................................................II
Objetivo Geral.................................................................................................................................II
Objetivos Específicos......................................................................................................................II
MATERIAIS ISOLANTES.............................................................................................................1
ISOLADORES................................................................................................................................2
3. TIPOS DE ISOLADORES..........................................................................................................3
4. ANÁLISE COMPARATIVA....................................................................................................17
Conclusão......................................................................................................................................20
Introdução
A energia elétrica até chegar ao consumidor, percorre diversas etapas, após a geração, esta
precisa ser transmitida, e são as linhas de transmissão que realizam este processo, em sua
maioria, as linhas são aéreas, e utilizam o ar que circundam os condutores e os isoladores
elétricos como isolantes do sistema. A crescente demanda por energia elétrica é correspondente
ao avanço tecnológico e do crescimento populacional, novos materiais têm sido implementados
na sociedade, como na transmissão e distribuição da energia elétrica, com a finalidade de suprir o
aumento do consumo.
Tendo em vista que os isoladores de tensão estão presentes em ambos os sistemas, a utilização
destes dispositivos tem sofrido enorme expansão, assim, muitas novas práticas têm sido
desenvolvidas por parte das fábricas, fornecedores de matériasprimas,
concessionárias, centros de pesquisas e universidades, pois visam a maior confiabilidade dos
sistemas energéticos.
Diversos fatores externos podem influenciar no desempenho da suportabilidade elétrica dos
isoladores nas linhas de transmissão, como a chuva, neblina, o vento e a ação da poluição
depositada sobre os isoladores (XAVIER, 2017). Determinadas regiões do país possuem maior
grau de severidade quanto ao nível de poluição na aplicação de materiais dielétricos em sistemas
de alta tensão, decorrente do ambiente em que são instalados.
Os isoladores quando montados em conjunto compõem uma cadeia, e são componentes
fundamentais nos sistemas elétricos de transmissão e distribuição. As cadeias localizam se entre
elementos condutores (como cabos e barramentos) e a estrutura de suporte, ao mesmo tempo em
que servem para isolar eletricamente elementos com diferentes potenciais. Normalmente
inúmeras falhas ocorrem nas cadeias das linhas de transmissão, e quando a falha provoca danos
aos isoladores, deve-se substituílos o mais breve possível, de modo a voltar às condições normais
do projeto das cadeias, porém estas estão sujeitas a problemas que podem gerar perda nos índices
de confiabilidade do sistema e grande tempo é dispensado para a manutenção, problemas como
os atos de vandalismo, corrosão nas ferragens e a poluição dos isoladores. Quando se atinge um
grau de poluição intenso, tem-se uma condição favorável para gerar um arco elétrico com
energia considerável para provocar a falha do isolador e o resultante desligamento da linha de
transmissão.
I
OBJETIVOS
Objetivo Geral
Apresentar uma análise teórica do uso dos isoladores elétricos em linhas de transmissão e
subestações de acordo com a região em que são aplicados, considerando o material dielétrico
utilizado em sua fabricação.
Objetivos Específicos
Para atender ao objetivo geral neste trabalho de conclusão de curso de especialização os
seguintes objetivos específicos serão abordados:
Realizar uma análise detalhada dos isoladores elétricos de vidro, porcelana e polimérico
aplicados em linhas de transmissão e subestações;
Indicar as características e funcionalidades dos isoladores elétricos;
Avaliar os diferentes critérios de antipoluição dos isoladores elétricos para
diferentes ambientes;
Classificar os isoladores elétricos em função dos aspectos ambientais e do
material dielétrico.
II
2. MATERIAIS ISOLANTES
A proposta aqui apresentada trata dos principais materiais isolantes aplicados em linhas de
transmissão de energia, suas principais características, bem como as formas de utilização, se dão
início nesse tópico com a revisão bibliográfica.
Dentre os principais tipos de materiais dielétricos que compõem os isoladores, equipamentos
elétricos construídos a partir de materiais isolantes, estão a porcelana vitrificada, o vidro
temperado e os compostos poliméricos.
Explica-se que, materiais isolantes, também chamados dielétricos, são aqueles materiais capazes
de oferecer resistência considerável à passagem de corrente elétrica através de sua estrutura.
Ao ser imerso numa região na qual há presença de um campo elétrico, o material isolante sofre
um fenômeno físico denominada polarização o qual consiste em “um deslocamento reversível
dos centros das cargas positivas e negativas na direção do campo elétrico externo aplicado.”
Como se pode verificar na figura 1.
Como é possível observar, na região central do material isolante da figura acima apresentada,
percebe-se um espaço não preenchido de cargas, estas encontram-se atraídas justamente pelos
polos gerados devido à presença de um campo elétrico. As grandezas físicas que mensuram a
capacidade de um material ou meio impedirem a passagem de corrente elétrica em seu interior e
superfície são, respectivamente, a rigidez dielétrica e a resistência superficial de descarga.
É evidente que os dielétricos possuem um limite de resistência à passagem de corrente e quando
este limite é ultrapassado, o material sofrerá uma modificação geralmente irreversível de suas
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propriedades isolantes, e até mesmo das mecânicas na forma de ruptura dielétrica, deformação
permanente, modificação estrutural, entre outras. A seguir, serão detalhados os isoladores, suas
características e formas de utilização.
2.1. ISOLADORES
Os equipamentos elétricos construídos a partir de materiais isolantes, são chamados de
isoladores. Dentre os principais tipos de materiais dielétricos que compõem os isoladores, estão a
porcelana vitrificada, o vidro temperado e os compostos poliméricos. O uso e dimensão das
cadeias de isoladores deve satisfazer diversas condições como aplicação, tensão de operação,
condições ambientais e aplicação em que serão instalados.
Equipamentos como isoladores são essenciais na estrutura de linhas de transmissão aéreas. Por
mais que apresentem um custo relativamente baixo quando comparado com o custo total das
linhas de transmissão de energia elétrica, os isolantes possuem função crucial no que se diz
respeito a confiabilidade do sistema elétrico instalado, sendo responsáveis por uma grande
porcentagem de defeitos nos circuitos de tensão elevada.
Os isolantes também possuem função mecânica de suporte e fixação quando instalados nas
linhas de transmissão de energia elétrica. É feita a instalação de isolantes suportando as linhas de
transmissão de energia elétrica e as estruturas de apoio, isolamento elétrico entre os condutores e
as partes ligadas à terra. Este fator é crucial na definição do tipo de material e design de um
componente isolante.
Por serem os componentes mais vulneráveis das linhas e redes elétricas de distribuição, os
isoladores são alvos de vandalismo e depredação. Assim, as concessionárias têm investido em
campanhas de conscientização com o objetivo de dar fim as ações humanas que danificam os
isoladores, pois, estes eventos provocam interrupções da energia elétrica e possuem alto custo de
manutenção corretiva.
Sobre sua função mecânica de suporte e sustentação, os isoladores são submetidos à esforços
mecânicos de três tipos:
forças verticais, causadas pelo próprio peso dos condutores;
forças horizontais axiais no sentido dos eixos longitudinais das linhas, para que os
condutores se mantenham suspensos sobre o solo;
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forças horizontais transversais, com sentido perpendicular aos eixos longitudinais das
linhas, causadas pela pressão do vento sobre os cabos.
Sendo assim, caracteriza-se por distância de escoamento a menor distância ou a soma das
distâncias ao longo do contorno da superfície externa do corpo isolante do isolador, entre as
partes condutoras que normalmente são submetidas à uma tensão de operação do sistema,
conforme ilustrado na figura acima. A distância de escoamento é um requisito de projeto que
deve ser especificado e atendido.
3. TIPOS DE ISOLADORES
Neste capítulo o objetivo principal é apresentar os tipos de isoladores, suas características e
principais aplicabilidades, a pesquisa se deu através de fontes apresentadas na Internet, em sites
confiáveis, bem como trabalhos realizados por pesquisadores da área. Conceituando, analisando
os principais aspectos, a fim de cumprir com os objetivos determinados.
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Atualmente, dentre os principais tipos de isoladores existentes comercialmente, destacam-se os
de vidro, cerâmicos e poliméricos. Estes tipos de isoladores destacam-se por suas características
mecânicas e elétricas propícias, baixo custo de matéria-prima, processo de fabricação
simplificado e elevada rigidez dielétrica.
Os isoladores elétricos são dispositivos utilizados em linhas de transmissão de energia elétrica e
redes de distribuição elétrica. Sua finalidade é garantir o isolamento dos condutores entre as
fases e a terra, bem como garantir sustentabilidade e fixação à esforços mecânicos. Sendo assim,
os isoladores requerem elevada robustez elétrica e mecânica .
Outro fator crucial para os isoladores é a natureza do material isolante. A sua condutividade será
tanto menor quanto menos polar for o material isolante, enquanto a sua condutividade superficial
será tanto menor quanto mais liso for o acabamento superficial e limpa a superfície.
Devido a sua utilização os isoladores de vidro temperado são equipamentos que entregam alta
confiabilidade de operação. Além de apresentar resistência ao clima e poluição, esses isoladores
de vidro protegem eletricamente a linha de transmissão da parte não energizada e ajudam na
sustentação mecânica de cabos aéreos.
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Figura 5: Cadeia de isoladores de vidro.
Consequentemente, o fato de ser facilmente molhado, o isolador de vidro acaba por apresentar
alguns desgastes e falhas. Detectar esses defeitos antes que ocorram falhas durante trabalhos de
manutenção é fundamental, principalmente pelas falhas serem relacionadas a defeitos elétricos
que causam interrupções na alimentação elétrica. Quanto as falhas devido à queda de linha, não
ocorre com frequência. “Das três categorias de isoladores utilizados em sistemas de alta tensão
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(porcelana, vidro e poliméricos), a detecção de defeitos em isoladores de vidro é a mais simples
de obter”.
o vidro é forte a danos por radiação ultravioleta, possui grande resistência à compressão e
fragmenta quando comprometido, esta simplifica o reconhecimento de peças danificadas. As
desvantagens desse tipo de isolador são o peso elevado e sua alta atratividade ao vandalismo.
Quanto ao vandalismo, os isoladores de vidro são muito frágeis e suscetíveis a tais atos. A fratura
dos isoladores ocorre de forma a se estilhaçarem completamente e quando ocorre o vandalismo
com os isoladores em cadeia, pode acontecer a descargas do tipo contornamento e levar a um
defeito permanente.
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Figura 7: Isolador concha-bola e suas partes constituintes.
Como visto na figura acima, é apresentado uma parte daquilo que é conhecido como cadeia de
isoladores, ou seja, vários isoladores são acoplados mecanicamente, de tal forma que, seja
possível maior capacidade de isolamento elétrico entre a parte carregada eletricamente e a parte
não condutora da linha de transmissão.
O isolador de vidro temperado do tipo disco aerodinâmico, devido a sua forma minimiza o
acúmulo de resíduos principalmente na parte inferior. Seu perfil é aberto e maximiza o fluxo de
ar, permitindo que o vento realize a “autolimpeza” reduzindo assim sua contaminação por
resíduos (TEXPI). A figura 8 demonstra o formato desse isolador:
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Além desse modelo, a Texpi também apresenta o isolador de vidro temperado tipo disco
antipoluição. Esses isoladores apresentam saias inferiores bem profundas, resultando em
distâncias de escoamento bem maiores do que os de disco normal. Ideal para ambientes com
excesso de poluição. A figura 9 demonstra como é a um isolador de vidro temperado tipo disco
antipoluição.
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Existem três fatores cruciais para prever o desempenho de porcelanas empregadas em sistemas
elétricos, a umidade do ar, a temperatura e a espessura do material.
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esses danos são visíveis e por isso os que não são detectáveis, quando aplicados corre o risco de
apresentar problemas.
Quanto a descargas do tipo contornamento “em isoladores de porcelana ou de vidro a ruptura do
espigão do isolador, junto à linha, dá-se instantaneamente se a corrente for superior a 50 kA e
durar mais de 10 ciclos”.
Diferente do que ocorre com os isoladores polímeros, os isoladores cerâmicos podem apresentar
resistência variada de acordo com o tipo de material utilizado. Os cerâmicos são mais resistentes
a químicos e descargas parciais, no entanto são quebradiços e facilmente contaminados pela
poluição.
Quanto a ação de vandalismo, os isoladores de porcelana são mais frágeis e se comparados aos
poliméricos, por exemplo, os danos serão maiores por tiros em isoladores de porcelana.
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O isolador pino é predominantemente usado em redes de distribuição rural e urbana primária de
média tensão, apresentando menor frequência e por isso sendo utilizados em linhas de
subtransmissão de alta tensão até 72kV.
Os isoladores de pino podem ser fabricados em porcelana vitrificada ou vidro temperado. A
aparência dos isoladores de pino, de vidro e de porcelana é semelhante, tanto no tipo monocorpo
como no multicorpo. Os isoladores de pino fabricados em vidro são limitados geralmente a 25
kV. As dimensões dos isoladores de vidro são normalmente inferiores às dos isoladores de
porcelana para a mesma tensão nominal.
Assim como o isolador pino, o isolador pilar é em sua maioria utilizado em redes de distribuição
urbana e rural primária, redes essas que são de média tensão de até 38kV e pode ser utilizado em
linhas de subtransmissão, que são de alta tensão até 72kV, mas não é comum.
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O isolador do tipo pilar é predominantemente utilizado em redes de distribuição rural e urbana de
média tensão e com menor frequência utilizado em linhas de subtransmissão. Abaixo a figura 17
demonstra como é o isolador do tipo pilar:
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Eles apresentam em sua superfície um material hidrofóbico que torna impossível a ocorrência de
fuga de corrente, o que os torna melhores que os isoladores de porcelana. Enquanto os isoladores
de porcelana e de vidro são facilmente molháveis (hidrofílicos), os materiais poliméricos
resistem à formação de um filme de água em sua superfície, isto é, são hidrofóbicos.
Compreende-se com isso que “originariamente, os isoladores poliméricos foram
desenvolvidos para resolver alguns problemas apresentados pelos antigos isoladores
cerâmicos, principalmente devido ao elevado peso e sua fragilidade ao vandalismo”. Dessa
forma, os isoladores poliméricos apresentam algumas vantagens a mais em relação aos
isoladores cerâmicos, além do fácil manuseio, tempo de fabricação, fácil instalação e
resistência.
São as terminações dos isoladores não cerâmicos que são feitos de alumínio seja moldado,
forjado ou maquinado e as suas ligações são feitas de várias maneiras para que possa se ter uma
resistência mecânica e uma boa ligação.
Compreende-se com isso que “originariamente, os isoladores poliméricos foram
desenvolvidos para resolver alguns problemas apresentados pelos antigos isoladores
cerâmicos, principalmente devido ao elevado peso e sua fragilidade ao vandalismo”. Dessa
forma, os isoladores poliméricos apresentam algumas vantagens a mais em relação aos
isoladores cerâmicos, além do fácil manuseio, tempo de fabricação, fácil instalação e
resistência.
Com o passar dos anos e o aprimoramento do material, os isoladores poliméricos passaram a ser
utilizados em todos os níveis de tensão, porém para inferiores a 230kV ela apresenta mais
aplicação e para tensões superiores não são tão utilizados.
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Naturalmente, os isoladores em linhas de transmissão de energia elétrica ficam sujeitos a vários
tipos de cargas e desgastes por degradação ou fraturas. Quanto ao desgaste dos isoladores
poliméricos, seja por ordem natural ou vandalismo, esse tipo de isolador pode suportar alguns
atos como tiros, falhas elétricas ou mecânicas, entretanto a fibra de vidro fica exposta podendo
provocar fraturas por fragilização. Infelizmente não é muito fácil detectar os defeitos provocados
nesse tipo de isolador, pois uma fratura nesse isolador pode ser acompanhada por queda da linha
de tensão e por isso é necessário fazer regularmente em inspeções prevenindo assim quedas de
linhas.
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Figura 22: Isolador polimérico do tipo pilar.
4. ANÁLISE COMPARATIVA
Este capítulo objetiva apresentar um comparativo entre os tipos de isoladores e conforme estudos
realizados, observou-se que o desempenho das linhas de transmissão de energia elétrica está
diretamente atrelado ao comportamento dos isoladores presentes na estrutura, visto que, os
isolantes possuem a função de sustentar os cabos e mantê-los eletricamente isolados.
De acordo com estudos realizados, Brito (2018) reforça que um ponto importante a ser ressaltado
é que os isoladores são instalados em linhas aéreas através de cadeias de isoladores, sendo o
número de isoladores por cadeia determinado pela tensão da linha da rede e o conjunto de
isoladores deve suportar tensões maiores que a tensão normal de operação, além de suportar
surtos de manobra e eventos atmosféricos.
Corroborando com o exposto, nota-se também que os isoladores poliméricos apresentam o
melhor desenvolvimento quanto a níveis de poluição, se mostrando muito mais resistentes do que
os de vidro e porcelana, além de também apresentar uma maior resistência a vandalismos.
Quando comparado os isoladores poliméricos com os isoladores de vidro e porcelana, é
perceptível que os isoladores cerâmicos possuem uma maior resistência a rupturas mecânicas.
No entanto, o que traz desvantagem para o isolador cerâmico, no caso o de porcelana, é referente
ao seu peso, pois devido a composição de seu material torna-o muito mais pesado do que o
isolador polimérico. O isolador polimérico, além de ser muito mais leve, ele também apresenta
uma vantagem quanto ao seu armazenamento e transporte.
Tratando-se da manutenção dos isoladores observa-se que os isoladores de vidro proporcionam
uma melhor visualização devido ao fato de estilhaçarem quando apresentam falhas ou algum
sinal de vandalismo. Esse é outro fato que não pontua o isolador de porcelana, visto que quando
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acontece trincos seus defeitos não são muitas vezes visíveis e suas possíveis rachaduras e falhas
se tornam imperceptíveis.
Comparando em termos de isoladores de vidro e os isoladores de porcelana, com os isoladores
poliméricos quanto a sua manutenção, eles apresentam uma certa dificuldade, pois precisa
mobilizar uma equipe para a sua manutenção devido ao fato de suas falhas não serem
identificadas, no entanto ele ganha um ponto positivo tratando de sua fácil instalação e devido ao
seu pouco peso.
No comparativo de Queirós (2013) são expostas algumas diferenças estruturais entre os
isoladores cerâmicos e os poliméricos, podendo observar que de maneira geral os isoladores
cerâmicos são mais vulneráveis a danos por impacto devido ao seu material dielétrico ser mais
quebradiço, porém são mais resistentes a ataques químicos e descargas elétricas, em especial o
isolador de porcelana, visto que o de vidro é suscetível a ataques por conta dessas descargas o
que ocasiona perdas em seu desempenho dielétrico.
A figura 24 ilustra o gráfico a seguir, sobre o aumento de perdas de desempenho dielétrico,
representadas por Tg, do vidro de sódio em função do aumento da temperatura, em graus celsius.
Outro ponto destacado pelo autor Queirós (2013), é que na realização de testes de
envelhecimento acelerado em isoladores cerâmicos, foi observado uma taxa de falha de 15 a 30
vezes maior em caso de nevoeiro com partículas de sal, em comparação com nevoeiro livre de
contaminantes.
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Os isoladores cerâmicos, tem então, uma degradação menor quando comparados com os
isoladores poliméricos. No entanto, tal atributo não o torna mais fiável, já que a sua falha
compromete a estabilidade das linhas de transmissão (QUEIRÓS, 2013).
Ao longo dos anos, os isoladores poliméricos foram ganhando vantagens em relação aos demais
isoladores, pois conforme explica Queirós (2013), foram realizadas diversas experiências que
tornaram capaz de ajustar alguns problemas que ele apresentava, além de serem amplamente
utilizados em linhas de teste. As vantagens adquiridas são tanto operacionais como econômicas,
quando comparados com os isoladores cerâmicos. Além de sua resistência para condições
climáticas e concentração elevada de poluição natural ou de atividade humana. Na questão
operacional, a sua constituição química de revestimento traz pontos positivos para esses
isoladores, além de seus materiais serem orgânicos o que permite a degradação e o fato de seu
revestimento ser de borracha ajuda na reciclagem e reutilização para outros fins (QUEIRÓS,
2013).
No entanto, os isoladores cerâmicos, em especial o de porcelana, apresenta uma vantagem que os
poliméricos não têm, sua flexibilidade de comprimento, o que faz com que eles sejam facilmente
ajustados ao tamanho das cadeias de isoladores das linhas de transmissão de energia. Possuem
também linhas de fugas externas que aumenta a distância que a corrente de fugas tem que
percorrer, além de sua longa duração devido ao material inorgânico utilizado em sua
composição, que faz com que ele não desgaste nem envelheça ao longo dos anos, mantendo suas
características dielétricas (QUEIRÓS, 2013).
Os autores Lima, Silva e Dantas (2017) relatam que os isoladores poliméricos são amplamente
utilizados na Europa, América do Norte e Austrália, devido ao fato de diminuição dos custos dos
projetos de linhas de transmissão de energia elétrica. Devido ao seu desempenho ser o muito
positivo sob contaminação quando comparado aos demais isoladores, além de sua fácil
instalação, os isoladores poliméricos vêm amplamente sendo utilizados nas linhas de
transmissão, subestação e rede de distribuição. Dentre suas qualidades, está a hidrofobicidade
tanto a névoa e a chuva, peso inferior quando comparado aos demais isoladores, sem alterar suas
dimensões e proporcionando o aumento da sua capacidade de transmissão das torres e baixo
custo.
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De forma resumida, apresenta-se abaixo a figura 25 em forma de quadro com as vantagens e
desvantagens de cada isolador, sendo desenvolvida pelo autor Lima, Silva e Dantas (2017).
Conclusão
Este trabalho apresentou os tipos de isoladores elétricos em linhas de transmissão e subestações
disponíveis no mercado, como especificálos e dimensionálos considerandose
ass regiões que sofrem mais severamente com o efeito da poluição ambiente. Com uma série de
vantagens e desvantagens que os isoladores constituídos por cada dielétrico apresentam, foi
apontada a criticidade que as falhas em isoladores causam em todos os níveis, desde as paradas
para equipes de manutenção, como para as transmissoras e distribuidoras que ficam passíveis a
sofrerem penalidades, até por fim a falta de fornecimento de energia para a população.
Foram apresentados os diversos parâmetros a serem considerados durante o dimensionamento e
seleção dos mesmos, e a complexidade que este processo envolve, pois diversas características
ambientais devem ser levantadas, medidas por certos períodos de tempo e os dados quando
obtidos, serem tratados. Diferentemente do que é visto durante rotinas práticas de campo, em que
são poucos os fatores relevados, e assim
correndo sério risco das consequências apresentadas surgirem no sistema elétrico.
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Referências
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