Você está na página 1de 15

A`Politecnica

Universidade Politécnica

ESEUNA

Escola Superior de Estudos Universitários de Nampula

Licenciatura em Engenharia Informática e Telecomunicações

Propagação e Radiação

Tema: Fibra Óptica.

Nampula, Outubro de 2020


Discentes:

- Araujo Ernesto

- Erick Sérgio de Ascensão F. Sumane.

- Samir Said Salum

Tema: Fibra Óptica.

- Introdução Teorica;

- Fabrico de Fibra Óptica;

- Ângulo Crítico e Abertura Numérica (Propagação da luz por meio de Fibra);

- Mecanismo de Propagação da Luz;

- Motivações para o emprego da Fibra Óptica nos Sistemas de Comunicações.

Trabalho de carácter avaliativo, a


ser entregue na disciplina de
Propagação e Radiação.

Docente:

Eng°. Diamantino Amisse

Nampula, Outubro de 2020


Índice

Introdução .................................................................................................................................. 1

Problematização ......................................................................................................................... 1

1. Objectivos ........................................................................................................................... 1

1.2. Objectivo Geral: .......................................................................................................... 1

1.3. Objectivos Específicos: ............................................................................................... 1

2. Fibra Óptica ........................................................................................................................ 2

2.1 . Fundamentação Teórica ................................................................................................ 2

2.2. Fabrico de Fibra Óptica ................................................................................................... 3

2.2.1. Deposição de Sílica Dopada ..................................................................................... 3

2.2.2. Puxamento da Fibra Óptica ...................................................................................... 5

2.3. Ângulo Crítico e Abertura Numérica (Propagação da luz por meio de Fibra) ........... 6

2.3.1. Ângulo Crítico ..................................................................................................... 6

2.3.2. Abertura Numérica............................................................................................... 7

2.4. Mecanismo de Propagação da Luz .............................................................................. 8

2.4.1. Multimodo............................................................................................................ 8

2.4.2. Monomodo ........................................................................................................... 9

2.5. Motivações para o emprego da Fibra Óptica nos Sistemas de Comunicações ........... 9

Conclusão................................................................................................................................. 11

Referência Bibliografia ............................................................................................................ 12


Introdução
A Fibra Óptica é um elemento monofilar de estrutura cristalina, condutor de luz, que
transporta informação sob forma de energia luminosa.

Fabricação das fibras opticas consistem em duas etapas: Obtenção da Preforma e Puxamento
da Fibra Óptica.

Existe uma situação limite para a refração onde um raio incidente com um determinado ângulo
menor que 90°, conhecido como Ângulo Crítico 𝛉𝐜 e O valor de NA é indicado pelos índices
de refração do núcleo e da casca que e designado como a abertura numérica.

É também de extrema importância abordar sobre como as fibras se propagam no ar tecnologia


atual suporta dois modos multimodo e monomodo.

e alem de abordar dos detalhes técnicos também do impacto na sociedade no uso de fibra
opticas, isto é, grande largura de banda, baixa atenuação , menos peso e menos custos.

Problematização
Oque é e como funciona a Fibras Óptica nos Sistemas de Telecomunicações?

1. Objectivos
1.2. Objectivo Geral:
Estudar a teoria estabelecida para a transmissão através da Fibra Óptica.

1.3. Objectivos Específicos:


• Definir e caracterizar a Fibra Óptica;
• Explicar as técnicas de fabrico da Fibra Óptica;
• Explicar como funciona o Ângulo Crítico e a Abertura Numérica;
• Mencionar e Explicar os Mecanismos de Propagação da Luz em Fibras Ópticas
• Mencionar e explicar as Motivações para o emprego da Fibra Óptica nos Sistemas de
Comunicações.

1
2. Fibra Óptica
2.1. Fundamentação Teórica
Segundo SADIKU (2000: pág. 580-582), na metade da decada de 1970, foi reconhecido que a
tecnologia baseada em condutores de cobre seria inadequada para o desenvolvimento de
sistemas de comunicações futuros. Em vista disto, a industria de telecomunicações investiu
pesadamente na pesquisa de fibras opticas. A fibras opticas são uma alternativa atraente ás
linhas de transmissão com fios, como o par trançado e o cabo coxial. As fibras opticas têm as
seguintes vantagens sobre o cobre: A largura de banda, Atenuação, Segurança, Custo;

Segundo MEDEIROS (2007: pág. 80-81), A Fibra Óptica é um elemento monofilar de


estrutura cristalina, condutor de luz, que transporta informação sob forma de energia luminosa.
É também chamada guia de Luz. Possui alto índice de refração e a luz, ao se propagar na fibra,
sofre atenuação e dispersão.

Segundo ULABY (2007: pág. 313), Por meio de reflexões internas totais, conforme indicado
na figura abaixo, a luz pode ser guiada através de uma haste fina dielétrica feita de vidro ou
plástico transparente, conhecida como Fibra Óptica. Como a luz se propaga de forma
confinada dentro da haste, a única perda de potencia é derivada a reflexões nas extremidades
de entrada e saída da fibraà absorção pelo material desta (porque não é um dielétrico perfeito).
A fibra óptica é útil para transmissão de sinais de banda larga e para uma ampla faixa de
aplicações de imagem.

Uma Fibra Óptica é um guia de onda dielétrico que opera em frequências ópticas. As
frequência opticas estão na ordem de 100THz.

Conforme mostrado na figura 1, uma fibra optica consiste de três seções cilíndricas
concêntricas: o núcleo, a casca e a jaqueta. O núcleo consiste de um ou mais filamentos de
vidro e plástico. A Casca é a camada de vidro ou de plástico que envolve o núcleo, que pode
ter o índice de refração com variação degrau ou gradual. No núcleo com variação degrau, o
índice de refração é uniforme, mas sofre uma variação abrupta na interface núcleo-casca,
enquanto que o núcleo com variação graduas tem um índice de refração que varia com a
distância radial apartir do centro da fibra. A jaqueta envolve uma fibra ou um feixe de fibras.
Ela é feita de plástico ou de outro material usado para proteger as fibras contra humidade,
esmagamento, etc.

2
Figura 1: Caracteristicas da Fibra Óptica (pág. 581). Fonte: SADIKU, Matthew N. O. (2000);
Elements Of Eletromagnetics; 3rd Edition; Bookman.

2.2. Fabrico de Fibra Óptica


Segundo AMAZONAS (2005: pág.188 – 190), Existem varias técnicas de fabricação de fibras
ópticas.

De uma maneira geral, as técnicas de fabricação de fibras ópticas consistem em duas etapas:
Obtenção da Preforma e Puxamento da Fibra Óptica.

2.2.1. Deposição de Sílica Dopada


Segundo AMAZONAS (2005: pág.188 – 190), Os processos de fabricação mais utilizados
envolvem a construção de uma preforma, pela deposição em fase vapor dos gases componentes.
Esse processo é chamado, na literatura, de diversos nomes:

• Deposição de Sílica Dopada, ou em inglês, Doped Deposited Silica (DDS);


• Deposição Química em Fase Vapor, ou em inglês, Chemical Vapor Deposition (CVD);
• Oxidação em Fase Vapor, ou em inglês, Vapor Phase Oxidation (VPO).

A Sílica pura é utilizada como uma base, e pequenas quantidades dopardes, como 𝐺𝑒𝑂2 ,𝐵2 𝑂3
e 𝑃2 𝑂5, são adicionadas para produzir pequenas variações de índice de refração que são
necessárias.

A preforma cilíndrica resultante tem a variação de índice de rafração desejada. mas a área de
sua seção transversal é, muitas vezes, maior que da fibra acabada. Uma preforma típica tem
1𝑚 de comprimento e 2𝑐𝑚 de diâmetro, aproximadamente. Fibras continuas de alguns
quilómetros de comprimento podem ser puxadas a partir de preformas desse tamanho

2.2.1.1. Processo de Deposição Interna

A deposição interna está ilustrada na Figura 2. Seus diferentes são:

3
• Deposição Química em Fase vapor Interna, ou em inglês, Interna Chemical Vapor
Deposition (ICVD)
• Deposição Química em Fase Vapor Modificada, ou em inglês, Modified Chemical
Vapor Deposition (MCVD)
• Deposição em fase Vapor Interna, ou em Inglês, Inside Vapor Deposition (IVD)

Figura 2. Deposição de Vapor Químico modificada (pág. 189). Fonte: AMAZONAS, José
Alberto de Almeira (2005); Projecto de Sistemas de Comunicações Ópticas; 1ª Edição;
Editora Manole.

Nesse processo, vapores químicos são depositados dentro de um tubo de vidro que gira. Uma
chama se move ao longo do tubo, fundindo o material depositado para formar um filme vítreo
transparente. Camada após camada é depositada, à medida que a chama atravessa,
repetidamente, o comprimento do tubo. De 30 a 100 camadas são tipicamente depositadas.
Mudando a concentração dos dopantes, o índice de refração pode ser mudado camada a
camada, criando um perfil de índice gradual. Essa técnica permite obter um controle bastante
acurado do perfil de índice de refração.

Após ter sido completada a deposição da Sílica dopada, a temperatura do tubo é elevada
substancialmente. Esse aumento de temperatura produz tensões superficiais nas paredes interna
e externa do tubo. As tensões na parede externa são mais fortes, e isso faz com que o tubo se
feche sobre si mesmo, produzindo um bastão de vidro. Essa etapa é chamada de colapso
térmico do tubo. Esse bastão é a preforma sólida, que será transformada em fibra óptica pelo
processo de puxamento.

Taxas de fabricação mais elevadas podem ser obtidas pelo processo Plasma-enhanced
Chemical Vapor Deposition (PCVD), mostrado na na figura abaixo. O plasma, uma região de
gases ionizados eletricamente aquecidos, aumenta a taxa de reação química dentro do tubo. A
deposição acontece mais rapidamente que com o MCVD convencional.

4
Figura 3. Plasma-enhanced MCVD. Fonte: AMAZONAS, José Alberto de Almeira
(2005); Projecto de Sistemas de Comunicações Ópticas; 1ª Edição; Editora Manole.

2.2.2. Puxamento da Fibra Óptica


Segundo AMAZONAS (2005: pág.191 – 193) As preformas são transformadas em fibras
ópticas pelo processo de puxamento, realizado em estruturas como a mostrada na Figura 4.

A proforma é fixada a um alimentador de precisão, que a introduz em um forno, com uma


velocidade apropriada. O processo de puxarnento é projetado para produzir fibras com uma
variação de diâmetro tão pequena quanto possível. O controle preciso do diâmetro também é
necessário para fabricar fibras compatíveis com os conectores de precisão, projetados para
pequenas perdas de conexão. Durante o puxamento, o diâmetro é monito-rado continuamente,
por exemplo, por um micrómetro a laser.

Como mostrado na Figura 4, uma cobertura primária é aplicada à fibra imediatamente após ela
ter sido puxada e medida. A cobertura é um revestimento necessário para proteger a fibra contra
umidade e abrasão. Um material adequado ao revestimento é o silicone.

A fibra óptica ao sair da torre de puxamento, vai ser submetida a um primeiro teste, chamado
proof test, que utiliza a montagem mostrada na Figura 5. Nesse teste, o objetivo é transferir a
fibra óptica de seu carretel original, para um novo carretel, atravessando um sistema de três
polias, tal que, na polia central é aplicado um peso conhecido. Assim sendo, durante a
transferência, a fibra óptica é submetida a um esforço mecânico, que fará com que ela se rompa
em pontos frágeis.

A fibra óptica original, cujo comprimento pode estar na faixa de 50 km, produzirá vários
segmentos de comprimento bem menor, usualmente distribuídos segundo uma função de
densidade de probabilidade gaussiana, com valor médio em torno de 4 a 6 km.

5
Os parâmetros do proof test são definidos por normas internacionais, e garantem que os
segmentos que passaram pelo teste tenham um tempo de vida de 25 anos, isto é, as
características ópticas e mecânicas das fibras não sofrerão alteração significativa durante o
intervalo de tempo mencionado.

Figura 4. Puxamento e Revestimento de Fibras Ópticas (pág. 192); e Figura 5: Esquema de


três polias para realização do proof test (pág. 193); respectivamentre. Fonte: AMAZONAS,
José Albertode Almeira (2005); Projecto de Sistemas de Comunicações Ópticas; 1ª Edição;
Editora Manole.

2.3. Ângulo Crítico e Abertura Numérica (Propagação da luz por meio de Fibra)
2.3.1. Ângulo Crítico
Segundo TRONCO e DE AVILA(2007: pág. 10-110, Nesse caso, existe uma situação limite
para a refração onde um raio incidente com um determinado ângulo menor que 90°, conhecido
como Ângulo Crítico 𝛉𝐜 , implicando num raio refratado que se propaga paralelamente à
superfície entre os dois meios dielétricos. Então de acordo com a lei de Snell:

𝑛2
sin 𝜃𝑐 =
𝑛1
Qualquer raio incidente com um ângulo superior ao ângulo crítico não será mais refratado, mas
refletido totalmente. Esse efeito de reflexão interna total é o mecanismo básico de propagação
da luz em fibras ópticas.

6
2.3.2. Abertura Numérica
Segundo SADIKU (2000: pág. 582-584), Este é o mais importante de uma fibra óptica. O valor
de NA é indicado pelos índices de refração do núcleo e da casca. Por definição o índice de
refração 𝑛 de um material é definido como:

1
𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑎 𝑛𝑢𝑙 𝑛𝑜 𝑣á𝑐𝑢𝑜 𝑐 √𝜇𝑜 𝜀𝑜
𝑛= = =
𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑎 𝑙𝑢𝑧 𝑛𝑜 𝑚𝑒𝑖𝑜 𝑢𝑚 1
√𝜇𝑚 𝜀𝑚

𝜀
Como 𝜇𝑚 = 𝜇𝑜 na maior parte dos casos práticos: 𝑛 = √ 𝜀𝑚 = √𝜀𝑟
𝑜

O que indica que o índice de refração é, essencialmente, a raiz quadrada da constante dielétrica.
Tenha em mente que, 𝜀𝑟 pode ser complexo. Para alguns meios comuns o valor de 𝑛 é 𝑛 = 1
para o ar, 𝑛 = 1,33 para a água e 𝑛 = 1,5 para o vidro.

Quando a luz passa de um meio 1 para um meio 2, a lei de Snell deve ser satisfeita, isto é,

𝑛1 sin 𝜃1 = 𝑛2 sin 𝜃2

onde 𝜃1 é o angulo de incidência do meio 1 e 𝜃2 é o angulo de transmissão para o meio 2. O


fenómeno de relexão totalocorre quando 𝜃2 = 90°, o que resulta em

𝑛2
𝜃1 = 𝜃𝑐 = sin−1
𝑛1

Onde 𝜃𝑐 é o angulo crítico para a reflexão interna total. Note que a equação acima é valida
somente se 𝑛1 > 𝑛2 pois o valor de sin 𝜃𝑐 deve semor ou igual a 1 ( 𝜃𝑐 ≤ 1).

Uma outra maneira de ver a capacidade de transmissão da luz por uma fibra é a medida do
angulo de aceitação 𝜃𝑎 , que é o máximo angulo de incidência da luz na fibra no qual os raios
de luz serão guiados. Sabemos que este angulo máximo ocorre quando 𝜃𝑐 , é o angulo crítico,
satisfazendo, portanto, a condição para haver a reflexão interna total. Assim, para uma fibra
com variação do índice de refração degrau.

𝐴𝑁 = sin 𝜃𝑎 = 𝑛1 sin 𝜃𝑐 = √𝑛1 2 − 𝑛2 2

Onde 𝑛1 é o índice de refração do núcleo e 𝑛2 é o índice de refração da casca, conforme


mostrado na figura abaixo. Como a maior parte das fibras são feitas de sílica, 𝑛1 = 1,48. Os

7
valores típicos de AN ocorrem entre 0,19 e 0,25. Quando maior a abertura numérica, maior é
a capacidade da fibra de captar energia de uma fonte luminosa.

𝑉2
𝑁=
2

Figura 5: Abertura numérica e ângulo de aceitação (pág. 583). SADIKU, Matthew N. O.


(2000); Elements Of Eletromagnetics; 3rd Edition; Bookman.

Quando uma fibra propaga simultaneamente muitos modos ela é chamada de fibra multimodo
com índice degrau. O volume modal 𝑉 é dado por:

𝜋𝑑
𝑉= √𝑛1 2 − 𝑛2 2
𝜆

onde 𝑑 é o diâmetro do núcleo e 𝜆 é o comprimento de onda da fonte luminosa.

2.4. Mecanismo de Propagação da Luz


De acordo com FOROUZAN (2007: Pág. 198-199), A tecnologia atual suporta dois modos
(multimodo e monomodo) para a propagação da luz ao longo de canais ópticos, cada um dos
quais exigindo fibras ópticas com características físicas diferentes. O multimodo pode ser
implementado de duas formas: índice degrau e índice gradual

2.4.1. Multimodo
Segundo FOROUZAN (2007: Pág. 199), Multimodo é assim chamado, pois os múltiplos fluxos
de uma fonte de luz se deslocam ao longo do núcleo usando caminhos diferentes. A
movimentação do fluxo dentro do cabo depende da estrutura do núcleo, conforme mostrado na
Figura abaixo.

Na fibra multimodo com índice degrau, a densidade do núcleo permanece constante do


centro para as bordas. Um fluxo de luz se desloca por essa densidade constante em linha reta
até atingir a interface do núcleo e a casca. Na interface, há uma mudança abrupta em virtude
da densidade menor; isso altera o ângulo de movimentação do fluxo. O termo índice degrau

8
referese à abruptude dessa mudança, que contribui para a distorção do sinal à medida que ele
trafega pela fibra.
Um segundo tipo de fibra, chamado fibra multimodo com índice gradual, diminui essa
distorção do sinal através do cabo. A palavra índice gradual aqui se refere ao índice de refração
que está relacionado com a densidade. Uma fibra com índice gradual, portanto, é uma fibra
com densidades variáveis. A densidade é mais alta no centro do núcleo e diminui gradualmente
em sua borda. A Figura abaixo mostra o impacto dessa densidade variável na propagação dos
fluxos de luz.
2.4.2. Monomodo
Segundo FOROUZAN (2007: Pág. 199-200), O modo monomodo utiliza fibras de índice
degrau e uma fonte de luz extremamente focalizada que limita os fluxos a um pequeno intervalo
de ângulos, todos próximos da horizontal. A fibra monomodo é fabricada com um diâmetro
de núcleo muito menor que a da fibra multimodo e com densidade substancialmente menor
(índice de refração). A diminuição na densidade resulta em um ângulo crítico próximo de 90º,
que faz que a propagação dos fluxos ocorra praticamente na horizontal. Nesse caso, a
propagação de fluxos diferentes é praticamente idêntica e os retardos são desprezíveis. Todos
os fluxos chegam “juntos” no destino e podem ser recombinados com pequena distorção do
sinal (ver Figura 5).

Figura 5: Ilustração da propagação da luz em cada modo (pág. 200). FOROUZAN, Behrouz
A.; with Collaboration FEGAN, Sophia Chung (2007); Data Communications and
Networking; 4th Edition; The McGraw-Hill Companies, Inc; New York.
2.5. Motivações para o emprego da Fibra Óptica nos Sistemas de Comunicações
Segundo AGRAWAL (2010: pág. 221), A maior motivação para o uso de fibras ópticas é a
grande largura de banda oferecida por sistemas de comunicação por fibra óptica.

9
Segundo PIRES (1999: pág. 38), Desde o fim dos anos setenta que as fibras ópticas se tornaram
um dos meios de transmissão mais importantes para os Sistemas de Telecomunicações de
média e longa distância, tendo vindo também a ganhar alguma relevância na curta distância.
Uma grande percentagem do tráfego das redes de troncas e junção é transportado usando meios
ópticos. Apresenta-se, em seguida, algumas das razões que explicam o porquê do enorme
sucesso das fibras ópticas:
• Baixa atenuação: as perdas de transmissão introduzidas pelas fibras ópticas são muito
reduzidas quando comparadas, quer com os pares simétricos, quer com os cabos
coaxiais.
• Largura de banda elevada: a fibra óptica tem capacidade para transmitir sinais de
frequências muito mais elevadas do que o cabo coaxial. A largura de banda de
transmissão disponível também depende do tipo de fibra, sendo a fibra monomodal a
que apresenta maior capacidade (cerca de 25 000 GHz só na terceira janela de
transmissão).
• Dimensões e peso reduzidos: a fibra óptica é mais leve e tem um diâmetro mais
reduzido do que qualquer outro meio de transmissão metálico. Comparando um cabo
coaxial com 18 pares coaxiais, com um cabo óptico com 18 fibras, o cabo óptico ocupa
uma secção que é 1/10 da do cabo coaxial e o seu peso é cerca de 1/30. Assim, os ductos
usados pelas empresas de telecomunicações podem acomodar cerca de 10 cabos
ópticos, no mesmo espaço onde acomodavam um cabo coaxial.
• Imunidade a interferências electromagnéticas: como o material base das fibras
ópticas é o vidro de sílica (SiO2) e este não conduz electricidade, a fibra óptica é imune
às interferências electromagnéticas induzidas por fontes exteriores (Ex. cabos de alta
tensão, rádios, descargas atmosféricas, etc.), como também é imune à diafonia
originada pela presença de outras fibras.
• Custo reduzido: o cobre é um recurso muito limitado, enquanto a matéria-prima usada
no fabrico das fibras de vidro (sílica, SiO2) é um dos materiais mais abundantes na
natureza. Actualmente, as fibras ópticas já são mais baratas do que os meios de cobre.
Além disso, como a atenuação da fibra, assim como a dispersão, são muito inferiores
às dos meios de cobre, os sistemas de transmissão óptica requerem um número muito
menor de repetidores, conduzindo a uma redução muito significativa do preço total do
sistema.

10
Conclusão
A partir deste trabalho e possível perceber como as Telecomunicações evoluíram muito com a
invenção e desenvolvimento das fibras óptica Pois as fibras opticas na maioria dos casos
passaram a substituir os cabos metálicos com isso possibilitou um aumento considerável na
transmissão de dados em altas velocidade e transmissão de dados.

Alem disso foi possível intender como e feita a fabricação das fibras opticas como a mesma se
propaga e qual e o impacto na socidade da fibra optica.

11
Referências Bibliograficas
AGRAWAL, Govind P. (2010); Fiber-optic Communication Systems; 4th Edition; Hoboken;
New Jersey; Tradução: SOUZA, José Rodolfo (2014); Sistemas de Comunicação por Fibra
Óptica; Tradução da 4ª edição; Elsevier Editora Ltda; Rio de Janeiro - Brasil.

AMAZONAS, José Alberto de Almeira (2005); Projecto de Sistemas de Comunicações


Ópticas; 1ª Edição; Editora Manole.

FOROUZAN, Behrouz A.; with Collaboration FEGAN, Sophia Chung (2007); Data
Communications and Networking; 4th Edition; The McGraw-Hill Companies, Inc; New York;
Tradução: GRIESI, Ariovaldo (2010); Comunicação de Dados e Redes de Computadores; 4a
Edição; AMGH; Porto Alegre - Brasil.
MEDEIROS, Júlio Cesar de Oliveira (2007); Princípios de Telecomunicações: Teoria e
Prática; 2ª Edição; Editora Érica Ltda; São Paulo - Brasil.

SADIKU, Matthew N. O. (2000); Elements Of Eletromagnetics; 3rd Edition; Bookman.

PIRES, João J. O. (1999); Sistemas de Telecomunicações I; Instituto Superior Técnico;


Departamento de Engenharia Electrotécnica e Computadores; Portugal.

TRONCO, Tania Regina; e DE AVILA, Luis Fernando (2007); Fundamentos de


Comunicações Ópticas; 1ª Edição.
ULABY, Fawwaz T. (2007); Eletromagnetismo para Engenheiros; Bookman; Tradução: José
Lucimar de Nascimento; Porto Alegre - Brasil.

12

Você também pode gostar