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FIBER OPTIC TRAINING

ROV
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Sumário
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................... 4
AS VANTAGENS DA FIBRA ÓPTICA .................................................................................................... 5
A COMPOSIÇÃO DA FIBRA ÓPTICA ................................................................................................... 6
MODELOS DE FIBRA ÓPTICA ............................................................................................................... 7
CARACTERÍSTICAS E TERMINOLOGIA ............................................................................................. 9
ATENUAÇÕES ........................................................................................................................................ 10
Atenuação intrínseca .......................................................................................................................... 10
Atenuação extrínseca ......................................................................................................................... 10
APLICAÇÕES NO ROV .......................................................................................................................... 12
PREPARAÇÃO PARA A TERMINAÇÃO ........................................................................................... 13
SEGURANÇA NA FIBRA ÓPTICA ....................................................................................................... 14
TERMINAÇÃO ......................................................................................................................................... 16

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INTRODUÇÃO
A fibra óptica já foi incorporada em quase todos os umbilicais dos ROVs
de Intervenção (work class). Ademais, alguns cabos de convés agora usam a
fibra óptica para a transmissão dos sinais de telemetria. Do ponto de vista de
treinamento, o entendimento da natureza da fibra óptica e de como é
incorporada aos nossos sistemas é de suma importância. O técnico deve ser
capaz de identificar, construir as terminações e testar as linhas de fibra óptica
para que possa efetivamente manter o link de telemetria do sistema. Este
módulo está baseado nestes requisitos, e deve fornecer ao técnico o
conhecimento necessário para resolver qualquer contingência que possa surgir
em relação à área de fibra óptica do seu sistema.

O QUÊ É A FIBRA ÓPTICA?

Colocado da maneira mais simples, a fibra óptica consiste de um cabo


manufaturado (linha) usado para transportar pacotes (strings) de dados de um
ponto a outro na forma de luz (e não sinal elétrico). Um sistema básico de
comunicação por fibra óptica é composto de três componentes principais: um
dispositivo de transmissão, um cabo de fibra óptica e um módulo receptor. O
dispositivo de transmissão é um gerador de sinais de luz. Por si só, o cabo de
fibra óptica é um componente passivo, isto é, não gera qualquer transmissão
ativa até que seja acionado pelo módulo transmissor. O cabo de fibra é
simplesmente o meio de conexão entre o transmissor e o receptor. O módulo
receptor é o ponto de destinação para as informações da origem. Os sinais de
luz recebidos pelo módulo são distribuídos às respectivas fontes ou são
convertidos de volta em sinais elétricos (como é o caso dos nossos
equipamentos).

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AS VANTAGENS DA FIBRA ÓPTICA

Desempenho
Bandas mais largas e maior capacidade para transmissão de dados
Menor atenuação do sinal

Ruído elétrico

Imune à Interferência Eletromagnética (EMI) e à Interferência da Freqüência de


Rádio (RFI)
Sem linha cruzada
Taxa menor de erro de bit

Isolamento elétrico
Sem a necessidade de uma terra em comum
Livre de curtos-circuitos e de faíscas

Tamanho e Peso
Redução enorme em peso e tamanho

Proteção contra o Ambiente


Resistente à corrosão, às variações de temperatura e água.

Confiabilidade
Altamente confiável em quase todas as aplicações
Vida útil estendida dos componentes

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A COMPOSIÇÃO DA FIBRA ÓPTICA

O cabo de fibra óptica consiste de três componentes principais:

Revestimento – Esta é uma barreira que protege a fibra de vidro. A maioria


dos revestimentos é composta de produtos acrílicos ou elastômeros.

Blindagem – Conhecida como Blindagem Óptica, este componente consiste


de uma camada de vidro de sílica pura aplicada em volta do núcleo de fibra.
A blindagem é composta de um vidro de maior densidade em relação ao do
núcleo, assegurando que o sinal de luz fique confinado dentro do núcleo.

Núcleo – Composto de vidro de sílica, com aditivo de germânio, sem qualquer


imperfeição. O diâmetro pode não passar do tamanho de um fio de cabelo.

Em alguns casos, vários cabos de fibra são acomodados dentro de um tubo de


PVC, protegido por uma camada protetora e revestido de uma capa externa de
material plástico ou de PVC. Além desta proteção, as seis fibras existentes
dentro do umbilical do ROV ainda contam com a proteção adicional da
blindagem GIPS.

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MODELOS DE FIBRA ÓPTICA


Dois tipos de cabos de fibra óptica são facilmente encontrados no mercado,
cada um projetado para uma aplicação distinta. A fibra do tipo Monomodal
(Single Mode) é usada nos sistemas de ROV.

Single mode – (SM) Estas fibras transmitem somente um modo ou string de


luz de cada vez. Por causa da qualidade, eficiência e velocidade do sinal, são
usadas para as transmissões de longas distâncias. O diâmetro do núcleo de
vidro de uma fibra single mode pode chegar a quase um quarto do da fibra
múlti mode

Múlti Mode – (MM) Este tipo de fibra óptica transmite modos múltiplos de
dados simultaneamente. As fibras múlti mode são menos caras, porém são
menos eficientes nas transmissões de maior distância, sendo a fibra de
preferência para as aplicações que envolvem a transmissão de um volume
grande de dados por curtas distâncias, como é o caso dos cabos das Redes de
Áreas Locais (LAN).

O QUE ACONTECE COM O SINAL DE LUZ

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CARACTERÍSTICAS E TERMINOLOGIA
Conforme mencionado acima, a fibra óptica usa a luz para transportar os
sinais. A luz que pode ser vista a olho nu é considerada como sendo do
espectro visível, e, dentro deste espectro, o comprimento da onda pode ser
descrito como a cor da luz. A transmissão óptica usa um comprimento de onda
que é invisível ao olho humano. Tipicamente, as transmissões usam a faixa de
850-nanômetros.

INFORMAÇÕES IMPORTANTES

NUNCA OLHE PARA A EXTREMIDADE DE UMA FIBRA


A MESMA PODE ESTAR TRANSMITINDO. A LUZ DO LASER
PODE SER INVISÍVEL E PODE CAUSAR LESÕES
IRREVERSÍVEIS AOS OLHOS.

As fibras transmitem através de uma determinada Frequência, o que equivale


à velocidade da modulação, isto é, o número de pulsos por segundo emitido
pela fonte de luz. Um pulso por segundo equivale a 1Hz. Porém, nas
transmissões por fibra, a unidade de medição adotada normalmente é a
Megahertz (MHz), ou milhões de pulsos por segundo.
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ATENUAÇÕES
É a perda de potência óptica de acordo com a distância percorrida pelo sinal
de luz emitido pelo transmissor. Este valor é medido em decibéis (dB). Maior
que seja o valor de dB, maior que fica a atenuação ou perda de sinal a partir do
ponto de partida ou chegada. A atenuação pode ser classificada em duas
categorias: Intrínseca ou Extrínseca.

Atenuação intrínseca
Indica a existência de um problema na própria fibra, tal como a dispersão da
luz por causa de uma impureza no vidro do núcleo. A absorção é outra falha
intrínseca do núcleo de vidro, que ocorre quando o sinal de luz é, em algum
grau, absorvido pelas impurezas naturais do vidro e, então, convertido em
energia, na forma de vibração.

Atenuação extrínseca
Pode ser resultado de duas situações: a macro dobra e/ou a micro dobra.
Macro dobra acontece quando a dobra extrema de uma linha de fibra causa
tensão na seção dobrada, afetando as propriedades refrativas da luz naquela
área e ocasionando a perda do sinal óptico. Para evitar este problema, existem
raios máximos de dobra aplicáveis a todas as fibras. Via de regra, o raio de
dobra de fibras mono modais, não-blindadas, não deve ser menor que 1-1/2
polegadas, ou 10 vezes o diâmetro externo (OD) do cabo. Para os cabos
blindados, o raio não deve ser menor que 15 vezes o OD do cabo.

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Micro dobra causa uma distorção em pequena escala e ocorre, tipicamente,


onde uma pressão localizada é aplicada ao cabo, ex. onde o Ty-wrap está
muito apertado. As causas podem ser diversas: temperatura extrema, algo
sólido encostado no cabo, um objeto pesado colocado em cima do cabo etc. O
problema é sempre localizado e, na maioria dos casos, pode ser identificado
numa inspeção visual.

A dispersão resulta do “espalhamento” da luz conforme passa pelo núcleo da


fibra. Na medida em que os pulsos vão ficando mais distorcidos, aumenta a
dificuldade enfrentada pelo receptor na interpretação do sinal original. Este tipo
de problema é causado pela multiplicidade de comprimentos de onda
transmitida a velocidades distintas e, predominantemente, ocorre nas fibras
multimodais.
A Largura da Banda indica o volume de dados que pode ser eficientemente
transmitido através da fibra, de maneira a ser facilmente interpretado pelo
módulo receptor. A largura da banda é medida em MHz.
O Cone de Aceitação é o ângulo máximo permissível com o qual o feixe de luz
pode ser introduzido no núcleo da fibra e ainda garantir a manutenção da
qualidade do sinal. Como o cone de aceitação da fibra monomodal é muito
restrito, qualquer desvio ocorrido dentro de uma conexão pode ocasionar
alguma perda de sinal.
A Perda Aceitável pode ser encontrada numa tabela de valores representando
a perda de sinal calculada para os cabos de fibra dos tipos mono e múlti modo.
A nossa expectativa é de uma perda menor que 0,5Db através dos conectores.

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APLICAÇÕES NO ROV

Atualmente, usamos a fibra na maioria dos nossos umbilicais como meio


de transmissão dos sinais de telemetria, de vídeo e de sonar entre os
equipamentos submarinos e a superfície. A pesar de existirem 6/12 fibras
dentro do umbilical, somente duas são usadas simultaneamente. A maioria das
nossas fibras tem um diâmetro de 2,4 ou 3,0mm, e este fato ganha importância
na hora de escolher as arruelas e as bandas prensáveis a serem usadas na
execução de reterminações. Estamos começando a usar o equipamento da
Focal para converter os sinais elétricos em sinais óticos, dentro da PDU, antes
de transmiti-los pelo convés, através de um cabo de fibra, até os terminais das
caixas de junção estacionária e giratória, onde passa para o umbilical.

Dois modelos de conector podem ser usados na execução das


terminações ou conexões das fibras single mode: os tipos ST ou FC. O
conector ST é usado na grande maioria dos casos. Este conector é do tipo
cam-lock, que precisa ser alinhado com o conector de fibras (o BCR) antes de
executar a conexão. Nunca tente forçar o acoplamento destes conectores: se
forem usados da maneira correta, a simples inserção e um giro devem ser
suficientes. O conector FC é mais usado com os equipamentos da Math
Associates, encontrados nos sistemas mais antigos. Este tipo de conector deve
ser “rosqueado” até conseguir o perfeito acoplamento. Também possui uma
pequena chaveta que deve ser alinhada com um rasgo no conector de fibra.

CONECTOR ST CONECTOR FC

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PREPARAÇÃO PARA A TERMINAÇÃO

Uma das fases mais críticas da execução de uma reterminação do umbilical é


a instalação do conector de fibra óptica. Um entendimento dos passos do
processo, e dos materiais a serem usados, aumentará, em muito, a
possibilidade de uma reterminação rápida e bem sucedida.
O primeiro passo é descobrir o tamanho da fibra usada no umbilical.

O processo requer os seguintes materiais


Óculos de segurança e luvas de couro
Uma caixa contendo o Conector ST ou FC Hotmelt
Pinças para o corte diagonal e para a remoção da camada de isolamento
Pacote contendo panos para limpar a fibra e álcool
Bandas prensáveis do tamanho apropriado e ferramenta de aplicação
Filme para polimento
Disco de borracha e adaptador de conector usado para o polimento da ponta
do conector
Forno para a cura da fibra ótica
Ferramenta para crimpagem,
Caneta para clivagem
Microscópio x100 para examinar a fibra óptica
Tampa de plástico para o conector
Ferramentas de decapagem, tesouras Kevlar, instruções e um vídeo de
treinamento.

Kit de conversão inclui todos os componentes requeridos para converter o kit


de terminação epóxi para Hotmelt.
Kit de expansão LC necessário para terminar conectores LC Hotmelt.
Recipiente pequeno (descartável) para a coleta do núcleo riscado e a
blindagem recortada.
Garrafa pequena de água para uso no polimento.

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SEGURANÇA NA FIBRA ÓPTICA


O aspecto de segurança de maior gravidade em relação à fibra óptica é o
manuseio e a disposição final dos pedaços de fibra de vidro gerados pelo corte,
pela reterminação ou pela quebra acidental da fibra. Sempre use os óculos de
segurança com proteção lateral, e o uso de luvas de couro pode ser de alguma
valia. Trate os pedaços de fibra óptica como se fossem estilhaços de vidro
comum. Estas lascas de vidro podem, facilmente, provocar cortes ou se
alojarem debaixo da pele.

Os usuários de lentes de contato não devem tocar nos olho antes de lavar,
repetidas vezes, as mãos.

Mantenha todo tipo de alimento e/ou bebida fora da área de trabalho. Se forem
ingeridas, as partículas de fibra podem causar hemorragias internas.

Tome todas as medidas possíveis para minimizar a presença de partículas de


fibra nas suas roupas. Tais partículas podem, posteriormente, ser passadas
para os alimentos ou bebidas, ou serem ingeridas de outra maneira.

Se estiver trabalhando com sistemas de fibra óptica, não toque nos olho antes
de lavar, repetidas vezes, as mãos.

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Nunca olhe diretamente na extremidade dos cabos de fibra até


determinar que não esteja transmitindo nenhum sinal de luz.
Use um medidor de tensão óptica para confirmar que a fibra
está “desenergizada”.

Ao usar laser óptico, mire a fibra com o olhar desviado em, pelo menos 6
polegadas, para determinar se a luz visível está presente.

Trabalhe em lugares ventilados.

SEMPRE DESCARTE OS RESTOS DE FIBRA DE MANEIRA ADEQUADA E


COM MUITO CUIDADO!
De preferência, use um recipiente especial para “detritos pontudos”: se não
tiver um recipiente deste tipo, guarde os restos de fibra num copo de papel
descartável. Tome todos os cuidados para manter os restos longe das suas
roupas e evitar que caiam no chão.
Ao terminar o serviço, limpe a sua área de trabalho com muito cuidado.
Em resumo, a terminação da fibra óptica é uma atividade perigosa, se
tomarmos os devidos cuidados.
O técnico deve estar plenamente informado dos perigos associados com o
trabalho com estes pedacinhos de vidro e deve estar preparado para manuseá-
los adequadamente, usando os devidos EPI’s. Se tiver qualquer dúvida procure
orientação e nunca toque no núcleo de vidro com as mãos.

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TERMINAÇÃO

CONECTOR DE FIBRA ÓPTICA ST

HOT MELT 3M

CONECTOR- ST (Straight Connector)

• A terminação de uma fibra deve ser feita por um técnico treinado ou


acompanhado por técnico experiente.
• Certifique que todo material para realizar a terminação do conector esteja
disponível.
• Limpe e isole a sua área de trabalho
• Este procedimento se refere especificamente à terminação de um conector ST
• É imprescindível a utilização de óculos de segurança todo tempo.

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Inicie a operação passando o aliviador de tensão ”bota”, revestindo a fibra,


começando com a extremidade mais fina.

Ligue o forno e prepara o conector ST para aquecer por aproximadamente


60 a 90 segundos, isso pode variar de acordo com o local que esteja
trabalhando, ou seja, mais ou menos arejado.

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Remover o revestimento para expor o núcleo de vidro, com o alicate


apropriado do KIT.
Remova o revestimento em pequenas partes evitando assim a quebra da
fibra.
Utilize a régua de procedimento de decapagem ( conforme ilustração).

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Corte o kevlar conforme figura abaixo e espalhe o mesmo circulando o


núcleo da fibra. Siga o template para determinar o tamanho ideal de sobra do
kevlar.
Usando o álcool e um pano liso, ou os panos próprios para a limpeza de
fibra, retire, com cuidado, todos os resíduos da seção exposta de fibra.

Antes de passar o núcleo de fibra por dentro do conector, certifique que


todo resíduo foi removido. Tome muito cuidado: a fibra é muito frágil e pode se
quebrar facilmente se for forçada para dentro do conector. Se o conector
oferece qualquer resistência, descarte-o e pegue outro.

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Espere por aproximadamente 05 (cinco) minutos antes de prosseguir com a


operação, confira que uma ponta da fibra se estende da extremidade do
conector, nunca coloque a ponta do dedo na extremidade da fibra.

Durante o processo de corte da extremidade da fibra em excesso, o técnico


deve estar atento ao manuseá-los e não retirar forçosamente, pois pode afetar
o corte e a reterminação pode ser prejudicada.

Remova a fibra em excesso até que a ponta da mesma esteja rente com o topo
do conector.
Use um pequeno recipiente descartável para descartar os restos do núcleo.

Estas lascas de vidro são muito perigosas e devem ser tratadas / dispostas
com cuidado.

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Antes de iniciar o polimento, passe a lixa suavemente na extremidade da fibra


com movimentos circulares por aproximadamente 10 (dez) segundos, limpe a
base, Insira a fibra no adaptador de polimento, e pingue algumas gotas de
água, coloque a lixa e inicie o polimentos com movimento em forma de oito.

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Aplique o polimento durante aproximadamente 60 segundos, verifique se o


aspecto da fibra parece bom, limpe a ponta do conector com panos limpos
umedecido com álcool, inspecione a fibra usando o microscópio de 100x e
instale a tampa de proteção

A imagem acima representa o que veremos no microscópio de uma fibra


reterminada corretamente.
Se o aspecto da fibra parece bom, limpe a ponta do conector com panos limpos
umedecidos com álcool e instale a tampa de proteção.

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TERMINAÇÃO

CONECTOR DE FIBRA ÓPTICA ST


UNICAM CORNING

Neste processo de terminação não há necessidade de epóxi, forno de


cura, polimento ou eletricidade nem mesmo de uma estação de trabalho.

Esse processo de terminação pode levar menos de um minuto quando o


colaborador é treinado, com baixo custo e excede os requisitos de
desempenho de conexão da norma de padronização TIA/EIA-568-B.

Tudo que você tem que fazer é decapar o cabo, clivar a fibra e crimpar o
conector, tudo com um processo simples e rápido.

Installation Guide for the TKT UNICAM-PFC Tool Kit

Com o TKT UNICAM-PFC Tool, você pode terminar fibras ópticas em


menos de um minuto. Essa tecnologia para fazer as terminações de fibra óptica
é um processo mecânico rápida, limpo e simples. Apenas algumas ferramentas
e treinamento para um resultado de alto padrão.

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Preparar a Ferramenta
A Ferramenta é projetada para ser usada com a mão esquerda.

Abra a tampa

1: Certifique-se que os componentes estão na posição inicial.


Caso não:
• Deslize o acoplador VFL retornando-o em direção a dobradiça da tampa
até que ele trave.
• Verifique se o botão LOAD está liberado e a base do conector em seu fim
de curso.
• Pressione o botão de reset para por a chave na posição inicial.

2: Instale o adaptador de ferrolho correto.


• 2,5 milímetros para SC e ST ® conectores compatíveis
• 1,25 milímetros para conectores LC

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Interruptor On – Off

1: Localize interruptor no canto superior esquerdo do equipamento.


2: Mova o interruptor para a posição ON. O equipamento está ligado, o LED
aceso indica o acionamento da ferramenta.
• Substitua as baterias caso o LED esteja piscando, oscilando ou não
acenda.

Verifique a Posição do Cam


O cam do conector deve girar levemente, verifique se o conector do cam está
aberto. Aberto é quando a chave do cam está a 90 graus:

• conectores SC - do código de data quando se está virado para cima


• conectores LC - da trava voltada para cima
• conectores ST® compatíveis - do rótulo de "UP" moldado no adaptador de
carga.

NOTA:Se o cam não estiver na posição aberta, o conector não irá encaixar
corretamente na ferramenta de instalação.

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Prepare conector para carregá-lo


1: Retire a capa de proteção traseira.
2: Retire a capa de proteção do ferrolho (transparente) e inspecione
visualmente o conector, verifique se ele apresenta algum dano.
3: Deixe o adaptador de carregamento preto nos conectores LC e ST® retire-
os somente após a terminação.

Carregar o Crimpador com o Conector

1: Pressione o botão LOAD para que a base do conector se afaste da chave.

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2: Coloque o conector no equipamento com a marca de orientação para cima,


inserindo primeiro o tubo guia na chave.

NOTA:
Certifique-se de que o cam esteja completamente encaixado na chave e o tubo
guia esteja dentro das garras de crimpagem.

O alargamento do tubo guia deve estar visível atrás das garras de crimpagem.

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3: Lentamente solte o botão LOAD enquanto ele leva o conector para o berço do
conector. Certifique-se que o conector está firmemente assentado no berço.

4: Deslize o acoplador VFL para baixo até que o adaptador de ferrolho esteja
assentado no conector.

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5: Feche a tampa e controle o LED de falha.


• Se o LED de falha permanecer apagado, não há erro na instalação.

6: Deixe a ferramenta de lado (em pé) para preparar a fibra a ser conectada.

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PREPARAÇÃO DA FIBRA

Inserir a bota na fibra com cuidado para não quebra-la.


• Use o protetor 1.6, 2.0, ou 2,9 milímetros para cabos revestidos.

• Para conectores LC, coloque também a trava (trigger) após colocar o


protetor.

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1: Usando a régua e marcador permanente, medir e marcar 40 mm da extremidade


da fibra tamponada.

2: Para expor o vidro, remova a seção de 40 milímetros de revestimento em


duas etapas usando o decapador.

• Para a capa de 900 microns, utilize o furo maior.


• Para a casca de 250 microns, use o furo menor.

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3: Para conectores SC e ST compatíveis, medir e colocar uma marca visual


adicional de 11 milímetros sobre a capa. Para conectores LC, medir e marcar
adicional de 9 milímetros na capa.

Procedimento de Clivagem
1: Pressione a trava superior no clivador para a abertura do mesmo, mantenha
pressionado e abra.

2: Certifique que os correspondentes adaptadores estão de acordo com o tipo


de revestimento de fibra à ser clivado, após fechar o clivador.

- Fan Out

- 250µm

-900µm

-2.9mm

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3: Colocar a fibra na fenda de modo que:

• A capa ou revestimento estejam alinhados com a marca de alinhamento.


• A fibra esteja na guia.

OBS: Para o corte de fibras com revestimento Fan Out e 250µm deverá ser
utilizado um adaptador duplo “carrinho” em um adaptador guia.

4: Pressione botões “preto” e “vermelho” ao mesmo tempo para abrir as pinças.

5:Posicione o “carrinho” sobre o adaptador guia e empurre lentamente de


forma que a fibra penetre no clivador e saia na parte superior do mesmo.

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6: Solte os botões “preto” e “vermelho” totalmente e posteriormente


pressionado somente o botão “vermelho” para o correto alinhamento da fibra
no interior do clivador.

7: Pressione o botão superior para clivar a fibra.

OBS: Não é necessário uso de muita força para clivar a fibra.

8: Pressione o botão “preto” e remova o adaptador com a fibra cortada.

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9: Abra a trava do adaptador e remova a fibra e use a régua para confirmar a


medida de 12,5mm da ponta da fibra até o início do revestimento.

10: Continue segurando a fibra evitando colocá-la sobre bancadas ou suportes,


também não é necessária realizar a limpeza da fibra clivada.

FIBRAS DE 2,9mm e 900µm

1: Fibras com revestimento 900µm e 2.9mm o procedimento de clivagem utiliza


somente o adaptador duplo correspondente (preto) acoplado do clivador.

2: Pressione botões “preto” e “vermelho” ao mesmo tempo para abrir as pinças.

3: Empurre a fibra lentamente de forma que a fibra penetre no clivador e saia


na parte superior do mesmo até forme uma pequena dobra na parte inferior.

4: Mantenha a fibra pressionada e Solte os botões “preto” e “vermelho”


totalmente.

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5: Pressione o botão superior para clivar a fibra.

6: Mantenha a fibra pressionada sobre o adaptador e aperte o botão “preto”


para liberá-la.

7: Retire a fibra e use a régua para confirmar a medida de 10mm da ponta da


fibra até o início do revestimento.

8: Retire a sobra da fibra na parte superior apertando o botão “vermelho” e


realizando o descarte em recipiente adequado.
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TERMINAÇÃO DO CONECTOR
Processo de Terminação

1: Operar o equipamento sempre com a mão direita.

2: Inserir uma fibra clivada na parte de trás do tubo de entrada. Insira a fibra até
sentir a fibra chegar no batente. A marca visual da a fibra deve estar dentro de
2 mm a partir do tubo de entrada.

OBS: A tampa deve estar fechada para que o sistema funcione.

3: Verifique os LEDs de terminação.

Se o LED verde está aceso, a terminação foi bem sucedida. Vá para passo 4.
A luz verde garante terminação correta do conector. No entanto, não é um
substituto para o teste do sistema.

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Se o LED vermelho acender, a terminação não foi bem-sucedida.


Pressione o botão Reset e retire a fibra.

Repita o processo de rescisão a partir do passo 2.


Não pressione o botão de RESET antes de remover o conector da ferramenta.
Se o LED vermelho continuar aceso depois de duas tentativas de terminação
pressione o botão reset e remova a fibra. Repita os passos a partir da
preparação da fibra.

4: Se o LED estiver verde prossiga com a terminação mantendo a pressão


interna suficiente para criar uma ligeira curva na fibra, aperte o botão CAM
”azul” até travar.

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5: Solte fibra e gire o botão Crimp 180 graus para qualquer direção.

Pode haver uma ligeira resistência ao girar o botão; isso é normal.


Não gire o botão de crimpagem antes de ter certeza que a fibra esta na posição
correta.

6: Abra a tampa e deslize suavemente o acoplador VFL de volta para a sua


posição inicial.O acoplador não deve mover-se livremente.

7: Pressione levemente o botão LOAD para remover o conector. Levante o


mesmo em linha reta e libere o botão LOAD.

8: Pressione o botão de reset para deixar a ferramenta pronta para o próximo


conector.
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OBS.: Se a tampa estiver fechada sem um conector carregado, o LED de erro


piscará. Esta é uma indicação de que não há nenhum conector no
equipamento. Com um conector carregado corretamente e a tampa fechada, o
LED para de piscar.

9: Com a instalação terminada, pressione o botão Reset, deslize o interruptor


de alimentação para a posição OFF, garantindo que o acoplador VFL esteja na
posição inicial. Feche a tampa e retorne o equipamento para o kit de
ferramentas.

OBS.: Não pressione o botão RESET antes de remover o conector da


ferramenta!

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EQUIPAMENTOS UTILIZADOS PARA TESTE DA


FIBRA OPTICA

OTDR

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Aplicação do OTDR no ROV

. O reflectômetro óptico no domínio do tempo (OTDR-Optical Time Domain


Reflectometer) é o instrumento mais usado atualmente para testes de
atenuação em fibras ópticas. O OTDR pode medir: atenuação na emenda,
atenuação total em distâncias específicas (trechos de fibra), reflectância,
distância à falha ou à emenda e o comprimento da fibra em teste, com
comprimentos de ondas determinados (850, 1300, 1310, 1330 e 1550 nm).

O uso do OTDR (Optical Time-Domain Reflectometer), agiliza e auxilia o


trabalho das equipes ROV na implantação, operação e manutenção de fibras
ópticas. Um OTDR pode testar diversos aspectos de uma fibra óptica, como
serão descritos abaixo. Inicialmente descreveremos o principio de
funcionamento destes instrumentos.

PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DO OTDR

O diodo laser do OTDR é um conversor elétrico-óptico (E/O) acionado


por um gerador de pulsos. O pulso de luz é acoplado numa fibra em teste via
um acoplador direcional óptico. As reflexões geradas pelo retroespalhamento e
pela reflexão de Fresnel retornam ao acoplador direcional e são encaminhadas
para o fotodiodo, do tipo avalanche (APD), que converterá o sinal óptico em um
sinal elétrico (O/E). O sinal elétrico é amplificado e enviado para um
microprocessador que calcula o atraso de propagação e a atenuação percebida
pelo APD. A tela do OTDR apresenta os resultados num formato gráfico que
permite a caracterização do estado da fibra. Os parâmetros reconhecidos pelo
OTDR são: o tempo em que o pulso é enviado na fibra, sua largura de pulso e
a velocidade com que ele viaja pela fibra óptica. O tempo que o pulso de luz
gasta para viajar pela fibra, se refletir e voltar para o detector do OTDR pode
ser medido precisamente.

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Figura x: Curva típica de um OTDR

A curva obtida na figura acima mostra o nível de luz retroespalhada e


picos de reflexão devido às reflexões de Fresnel em um conector, em uma
emenda mecânica e em uma fissura.

Aparecem também descontinuidades devido a emenda por fusão ou


curvatura acentuada da fibra. É também mensurável a atenuação na fibra
através da inclinação da curva. É importante observar que, caso não haja um
conector na outra extremidade da fibra em teste, pode não existir o pulso no
final da fibra, Nesta situação haveria uma brusca descontinuidade do sinal,
evidenciando-se o aparecimento do ruído. Com base neste ruído, pode-se
determinar o alcance dinâmico do OTDR.

O OTDR mede a potência da luz proveniente da cada espalhamento e


também o tempo que essa luz levou para percorrer a fibra desde a sua injeção
na mesma, até o ponto de espalhamento e o seu retorno à extremidade da
fibra.

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ALCANCE DINÂMICO (DR – DYNAMIC RANGE)

Uma das formas de se definir alcance dinâmico é a diferença de nível de


retroespalhamento no início da fibra e o nível de ruído onde a relação
sinal/ruído é igual a 1, medido em dB (decibéis). O alcance dinâmico
determina o comprimento máximo de fibra possível de ser medido pelo
OTDR, considerando-se a atenuação na fibra, nas emendas e nas conexões.
Deve-se também considerar que maior o comprimento da fibra, mais o sinal
retroespalhado se aproxima do ruído, aumentando a margem de erro das
medidas e fazendo com que pequenos eventos sejam dificilmente detectados.
Para se medir uma perda de emenda com valor de precisão de 0,1 dB
(decibéis), necessita-se de uma relação sinal ruído de aproximadamente 6,5 dB
(decibéis) acima do nível de pico do ruído. Para um valor de precisão de 0,05
Db , necessita-se de uma relação sinal ruído de aproximadamente 8dB acima
do nível de pico de ruído, que por sua vez está a aproximadamente 2,3 dB
acima do nível médio de ruído (SNR=1) Signal-to-noise ratio.

Figura y: Método de aferição de alcance dinâmico (DR) para SNR=1

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Os OTDRs enviam pulsos repetidamente para a fibra. São tiradas médias dos
resultados para que o ruído aleatório do receptor seja suavizado no tempo. Na
tela do OTDR, o nível de ruído será reduzido com o tempo. Quanto maior o
tempo, maior será o alcance dinâmico. As maiores melhorias do sinal ocorrem
no primeiro minuto. A maioria dos OTDRs têm suas faixas dinâmicas
especificadas após três minutos de medição, de acordo com a Bellcore TR-
TSY-000196.

ZONA MORTA

A zona morta é definida como a distância entre o início de um evento e o


ponto onde um evento consecutivo pode ser detectado. A zona morta é
também conhecida como resolução entre dois pontos, pois determina o
espaçamento mínimo que pode ser medido entre dois eventos. Na curva do
OTDR existem trechos “cegos” que ocorrem devido a eventos reflexivos, que
saturam o receptor do OTDR. Estes trecho s “cegos” têm a duração igual à
soma da largura do pulso óptico mais o tempo que o receptor demora para
recuperar-se da reflexão. Existem dois tipos de zona morta: zona morta de
evento e zona morta de atenuação, como descritos a seguir:

MEDIDAS DE ATENUAÇÃO EM EMENDAS

Para a aceitação de emendas o valor analisado é a média aritmética


entre as medidas de sentidos. A medição nos dois sentidos faz-se obrigatória.
O valor da medida de atenuação que é apresentado pelo OTDR é resultante
das diferenças observadas na curva do OTDR antes e após a emenda. Esta
curva é gerada pelo sinal retroespalhado e este não varia apenas de acordo
com o nível do sinal incidente, mas também com o coeficiente de
retroespalhamento dos trechos de fibras em análise. Se houver diferenças
entre estes coeficientes o valor medido pelo OTDR não será a perda real da
emenda. Entretanto, quando realizamos a medida nos dois sentidos e
calculamos a média aritmética, estas diferenças se cancelam e o valor obtido é
o valor médio, real, da atenuação na emenda.

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EMENDA COM GANHO

Freqüentemente é verificado um ganho como resultado da análise de uma


emenda, como mostrado na figura abaixo. A explicação para este ganho é que
a fibra que está após a emenda está retroespalhando mais luz do que a fibra
que está antes da emenda. Isto pode ocorrer mesmo que haja perda na
emenda. Quando faz-se a medida em sentido contrário, inverte-se a situação
do sinal retroespalhado e média aritmética das duas medidas deverá sempre
ser uma atenuação, pois uma emenda é um elemento passivo e nunca irá
amplificar a luz que está sendo transmitida. Entretanto a imprecisão do OTDR e
a falta de cuidado do operador, na inserção dos dados no OTDR, pode resultar
em uma conclusão de que a emenda está amplificando o sinal.Vale ainda
ressaltar que sempre que houver um ganho no OTDR é porque existe uma
emenda neste local, pois, com certeza, temos duas fibras diferentes nos
trechos antes e depois do evento.

ANÁLISE DOS RESULTADOS MEDIDOS EM CAMPO:


ESTUDO DE CASOS
Nos enlaces analisados em campo, todas as emendas são por
conectores ST.

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▪ Fibra amarela
▪ Fibra azul
▪ Fibra vermelha
▪ Fibra verde
▪ Fibra preta
▪ Fibra branca

Informações na Saída do OTDR

Informações típicas de um OTDR são:

▪ atenuação total na fibra em teste (dB)


▪ atenuação por distância (dB/Km)
▪ atenuação de inserção num conector óptico (dB)
▪ atenuação de retorno num conector óptico (dB)

▪ atenuação em uma emenda (dB)


▪ comprimento absoluto de uma fibra (m ou Km)
▪ inclinação (bending) macro/micro
▪ defeitos na fibra

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Fibra Óptica sob teste no OTDR

▪ (A figura a) apresenta a curva do OTDR medida a partir do lado A para o


lado B na qual uma atenuação pode ser observada.
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▪ (A figura b) é no sentido de B para A e apresenta um “ganho”.

De maneira geral, o operador do OTDR deve sempre se lembrar que o


parâmetro mais significativo na configuração de um OTDR é a largura do pulso
que será utilizada no teste. Sendo assim, na grande maioria dos casos, a
escolha correta da largura de pulso será suficiente para solucionar o problema.
Como regra básica, para enlaces longos são utilizados pulsos maiores e para
enlaces curtos são utilizados pulsos menores, entretanto, quando existe um
problema em um ponto específico do enlace, o operador do OTDR precisa se
lembrar de desprezar o resto do enlace e escolher a largura de pulso adequada
para o evento em questão.

Medidor de Potência Óptica

POWER METER

Esse equipamento eletrônico mede a potência da luz transmitida em


uma fibra, mediante a comparação do sinal óptico emitido com o sinal óptico
recebido. Compreendem as medidas de atenuação nos links ópticos em
determinados comprimentos de onda, 850 nm para fibras multímodo e 1330 e
1550 nm para fibras monomodo, cujo objetivo é determinar quanto de potência
óptica é perdida em um determinado link.

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Portable TL 510 Optical Power Meter with TL 512 Optical Light Source

Medidor de potência óptica TL-510 com conector FC & SC.

O POWER METER deverá ser calibrado previamente através do uso de


um cordão óptico de referência e de uma fonte de luz que deverá ser a mesma
à ser utilizada na medição do link. Com isto, pode-se determinar a atenuação
através das diferenças de potência medidas na calibração e no link óptico. Este
método é denominado Inserção e é comumente utilizado para medições de
redes de dados.

TESTE DE ATENUAÇÃO ABSOLUTA

Compreendem as medidas de atenuação nos links ópticos em


determinados comprimentos de onda, 850nm para fibras multímodo e 1.330nm
e 1550nm para fibras monomodo, cujo objetivos é determinar quanto de
potência óptica é perdida em um determinado enlace. Esses testes são
executados por meio dos equipamentos denominados medidores de potência
(Powe Meter ) que funcionam pela injeção de luz de uma fonte luminosa em
uma extremidade de um enlace ótico e na outra extremidade, a luz proveniente
do enlace óptico é medida com medidor de potência. No caso, o medidor de
potência deve ser calibrado previamente através do uso de um cordão óptico e

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referência e de uma fonte de luz, que deverá ser a mesma a ser utilizada na
medição do enlace. Com isso, pode-se determinar a atenuação pela diferença
de potência medidas na calibração e no enlace óptico.

Especificações de emendas ópticas

As emendas de fibras ópticas, sejam mecânicas, seja por fusão, não


podem exceder o valor máximo de atenuação de 0,3 dB, quando medido de
acordo com a as normas EIA/TIA-455-59 ( em campo).

Especificações de conectores ópticos

Os conectores ópticos não poderão apresentar atenuação superiores a


1,0 dB para cada par de conectores, pela norma EIA/TIA-455-34. Esse valor de
atenuação é apresentado para pares de conectores porque esses estão
sempre aos pares.

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LASER FIBER OPTIC

VIEW SCOPE (200 X)

RED LASER FIBER OPTIC CABLE TESTER (Range: 10-12Km)

UM BREVE RESUMO SOBRE FIBRA OPTICA

No conceito mais simples a fibra ótica é um cabo de núcleo de vidro


usado para transferir os dados, em forma de luz, do transmissor ao módulo
receptor, e estes três componentes compõem o sistema de transferência de
dados através da fibra ótica: um transmissor que gera e emite um sinal de
dados em forma de luz, o cabo de fibra, composto de três partes principais (o
núcleo interno,o revestimento e a camisa ou capa externa); e o módulo
receptor que interpreta os dados e os encaminha às suas devidas destinações.
Algumas das vantagens associadas ao uso de fibra no umbilical do ROV
incluem: a banda mais larga, capaz de transmitir os dados por distâncias
maiores, a ausência de problemas com a EMI ou a RFI, a ausência de faíscas
ou curtos-circuitos, a alta resistência contra a corrosão, as variações de
temperatura e a infiltração de água e, finalmente, a sua alta confiabilidade. E
estes são somente alguns dos motivos que, amplamente, justificam o uso da
fibra ótica.

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Existem dois tipos principais de cabo de fibra ótica; o monomodal e o


multimodal. O cabo monomodal transmite somente uma string de dados de
cada vez. Este tipo de cabo é usado para as transmissões de longa distância
por causa da alta qualidade do sinal e da alta velocidade de transmissão. O
cabo multimodal é usado para transmitir vários strings de dados através de
distâncias menores, onde o efeito de atenuação do sinal é menor. Entre as
características e terminologias com as quais o técnico deve estar familiarizado,
incluem-se: o comprimento da onda, a frequência, a atenuação, a absorção, as
macro dobras, as micro dobras, a dispersão, a largura da banda e a aceitação
de perda de fibra. Antes de iniciar a terminação de um conector, o técnico
precisa se familiarizar com os respectivos procedimentos e cuidados. Sempre
use os óculos de segurança durante os trabalhos envolvendo a fibra ótica, e

NUNCA olhe diretamente para a fibra se a mesma estiver ligada a um


transmissor.

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Referências Bibliográficas

3M Telecommunication
1. Termination Procedure

2. Site: www.ifi.unicamp.br/foton/site/port/intro.htm

3. Site: www.projetoderedes.com.br

4. Site: www.clubedohardaware.com.br/371

5. Livro: “Projetos de Redes Locais com Cabeamento Estruturado”, Paulo


Coelho, 2003.

6. Site: www.projetoresredes.kit.net

7. Site: www.lucalm.hpg.ig.com.br/emendas

8. Site www.itweb.com.br/solutions/telecom/fibra_optica/

9. TE CONNECTIVITY / AMP

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