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Curso Fibra Óptica


CONCEITOS BÁSICOS SOBRE A TECNOLOGIA DE FIBRAS ÓPTICAS

RODOLFO MENUZZO
RODRIGO MATOS
BELVER INSTRUMENTOS
V2.0
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Sumário

1. Introdução

2. Características das Fibras Ópticas


Sobre a luz
Como a fibra é fabricada
Tipos de Fibra Óptica
Atenuação
Espalhamento de Reyleight
Tipos de Dispersão

3. Cuidados e Testes na Fibra Óptica


Conectores Ópticos
Inspeção e Limpeza de Conectores Ópticos
Testes de Atenuação em Enlaces Ópticos
Como testar uma rede óptica usando um OTDR
Medidas em Cabos Ribbon e MPO
Emendas por Fusão, Single Fiber e Ribbon
Medidas de Taxas de Transmissão

4. Conclusão e Referências

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1. Introdução

A fibra óptica é uma tecnologia de transmissão de dados que utiliza a luz para
transportar informações de um ponto a outro através de cabos de fibra óptica. Em
comparação com outros meios de transmissão, como o cobre, a fibra óptica oferece
vantagens significativas, como maior largura de banda, menor perda de sinal,
imunidade a interferências eletromagnéticas e maior alcance.
Graças a essas características, a fibra óptica se tornou uma opção popular para a
transmissão de dados em redes de telecomunicações, data centers, empresas e
outras aplicações. Além disso, a tecnologia também é usada em muitas outras
áreas, como medicina, sensores e sistemas de segurança.
A fibra óptica é uma tecnologia em constante evolução e, com o avanço da
tecnologia, espera-se que a largura de banda e a eficiência aumentem ainda mais,
tornando-a ainda mais essencial para as comunicações modernas.

SOBRE A LUZ
- Uma onda eletromagnética visível ao olho humano.
- Porém, ela se estende a uma faixa muito mais ampla.

FIGURA 1: ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO

Este ebook aborda os principais conceitos sobre as características físicas de construção das
fibras ópticas, incluindo as os principais tipos de fibra e suas principais especificações que
limitam a capacidade de transmissão. Também são abordados os principais cuidados e os testes
necessários para garantir uma boa instalação e manutenção de uma rede óptica.

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2. Características da Fibra Óptica

MAS, O QUE É A LUZ?


A luz, na forma como a conhecemos, é uma onda eletromagnética para a qual o
olho humano é sensível. As ondas eletromagnéticas se estendem a uma faixa muito
mais ampla, que contém desde as ondas de rádio, as microondas, o infravermelho,
a luz visível, os raios ultravioleta, os raios X, até mesmo a radiação gama.
A FIGURA 1 mostra um resumo do espectro eletromagnético e sua utilização.
De forma geral, os vários tipos de ondas eletromagnéticas diferem quanto ao
comprimento de onda, fato esse que modifica o valor da frequência, e também da
forma com que elas são produzidas e captadas, ou seja, de qual fonte elas se
originam e quais instrumentos são utilizados para que se possa captá-las. No
entanto, todas elas possuem a mesma velocidade, ou seja, C = 3,0 x 108m/s. A luz
visível ocupa uma reduzida região espectral que vai de 380nm (violeta) até 780nm
(vermelho). Nas telecomunicações por fibra óptica se utilizam os comprimentos de
onda do infravermelho desde 800 até 1650nm, sendo que os valores mais utilizados
são 850, 1310 e 1550nm.

E A FIBRA... O QUE É UMA FIBRA ÓPTICA?


Um guia de onda.
Composta por núcleo, casca e um revestimento de proteção.

FIGURA 2: MODELO FÍSICO DE UMA FIBRA ÓPTICA.

Fibras ópticas são guias de transmissão de energia luminosa injetada entre o


emissor de luz (Laser ou LED) e o fotodetector.

Como mostrado na FIGURA 2, as fibras ópticas são constituídas por um arranjo


coaxial de dois vidros, no qual a parte central (núcleo) possui um índice de refração
ligeiramente maior que o da parte externa (casca).

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Núcleo
A região central na fibra óptica, por onde a luz passa, é chamada de núcleo. O
núcleo é a menor e mais frágil parte da fibra, usualmente é feito de vidro, embora
algumas vezes possa ser feito de plástico. O vidro utilizado no núcleo possui
impurezas como germânio e fósforo para aumentar o índice de refração em relação
à casca. Usualmente em telecomunicações o diâmetro do núcleo pode ser de 9, 50
ou 62,5 µm. Fibras ópticas plásticas podem ter núcleos de até 1000 µm.

Casca
Cercando e protegendo o núcleo se encontra a casca. Com um índice de refração
aproximadamente 1% inferior ao do núcleo, contribui para a propagação da
potência luminosa na fibra. A diferença entre os índices de refração da casca e do
núcleo que possibilita o efeito de reflexão total, e consequentemente a propagação
do feixe luminoso no interior da fibra. Em telecomunicações as fibras possuem uma
casca com diâmetro de aproximadamente 125µm.

Revestimento
Ao redor da casca, ainda há um revestimento feito de material acrílico e plástico,
como forma de proteger a fibra contra danos mecânicos e contra intempéries que
possam danificar a fibra. O revestimento é somente para proteção e não contribui
na propagação da luz. O diâmetro do revestimento acrílico usual em
telecomunicações é tipicamente de 250µm.

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Como é fabricada a fibra?

A primeira etapa na produção da fibra óptica é a construção da pré-forma, que é


um bastão de vidro com dimensões muito maiores que a fibra, porém com
estrutura de núcleo e casca nas mesmas proporções.
Existem alguns métodos de fabricação de pré-formas, sendo o método MCVD
(Modificated Chemical Vapour Deposition) o amplamente utilizado.

O processo MCVD consiste na deposição de material (gases tais como SiCl4, O2,
e/ou GeCl4, entre outros), em finas camadas, no interior de um tubo de sílica pura
(SiO2). O tubo de sílica é o que fará o papel de casca da fibra óptica, enquanto que
os materiais que são depositados farão o papel do núcleo da fibra. O tubo de sílica
é colocado na posição horizontal num torno que o mantém girando em torno de seu
eixo. No interior do tubo são injetados gases de altíssima pureza em concentrações
controladas. Um maçarico, de chama de hidrogênio ou plasma, percorre ao longo
do tubo no sentido longitudinal elevando a temperatura no interior do tubo acima
de 1500ºC.

Os gases, quando atingem a região de alta temperatura, reagem com o oxigênio


(gás de arraste) formando óxidos como SiO2, GeO2, etc. Ocorre então a deposição
de partículas submicrométricas no interior do tubo. Estas partículas sofrem e efeito
de sinterização nessa alta temperatura e finalmente formarão o núcleo da fibra.

A cada passagem do maçarico na extensão do tubo, deposita-se uma camada de 5 a


10 µm e esse processo repete-se até que o núcleo tenha dimensões apropriadas.
São depositados também óxidos de P2O5, que possui a função de variar o índice de
refração da sílica pura (SiO2). Após a deposição das camadas é efetuado o
colapsamento do tubo (estrangulamento) para torná-lo um bastão sólido e maciço o
qual é denominado pré-forma. Isso é feito elevando-se a temperatura do queimador
entorno de 2000ºC, e o tubo fecha-se por tensões superficiais.

Por esse processo, obtêm-se fibras de boa qualidade porque a reação que ocorre
no interior do tubo não tem contato com o meio externo, dessa maneira evita-se a
deposição de impurezas, especialmente a hidroxila (OH-). Com esse processo, é
possível fabricar fibras do tipo multimodo e monomodo com índices degrau e
gradual.

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A segunda etapa consiste no puxamento, onde a pré-forma é aquecida ao ponto


de derretimento e esticada, ou puxada, para dar origem à fibra óptica.
A pré-forma é presa em uma estrutura vertical chamada torre de puxamento e
aquecida a temperatura aproximada de 2000oC. O diâmetro da fibra é controlado
por retro-alimentação, tendo em consideração a equação da continuidade, a qual
relaciona a velocidade de entrada da pré-forma no forno, a velocidade de
bobinamento da fibra, e o diâmetro da pré-forma e o diâmetro da fibra, tudo isto
utilizando um computador com software específico.

Índice de refração
A luz viaja a diferentes velocidades em diferentes materiais. Um número
adimensional chamado índice de refração, caracteriza os diferentes meios pelo
qual a luz viaja, e é dado por:
n=C/v

Onde C é a velocidade da luz no vácuo e v a velocidade de um dado comprimento


de onda no material.

A TABELA 01 ilustra o valor do índice de refração de alguns materiais.

Porém quando nos referimos à propagação em fibras ópticas, utilizamos o termo


índice de refração de grupo, isto porque na transmissão em fibras são utilizados
diversos comprimentos de onda, cada um apresentando uma velocidade diferente,
portanto devemos considerar a velocidade de todo o grupo de comprimentos de
onda.

TABELA 1

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Lei de Snell
Para entendermos como ocorre o guiamento da luz na fibra óptica, precisaremos
inicialmente entender a Lei de Snell e a refração.
Toda a vez que a luz atravessa meios com índice de refração diferentes, ocorre uma
mudança na sua trajetória, ela refrata, de acordo com a lei:

n1*senθ1 = n2*senθ2

Onde n1 é o índice de refração do meio 1, n2 o índice do meio 2, θ1 o ângulo


incidente e θ2 o ângulo refletido.

A FIGURA 3 ilustra a luz passando de um meio com índice de refração maior para
um de menor índice. A interface entre esses meios é representada pela linha
horizontal, e a normal pela linha tracejada perpendicular a interface entre os meios.
O ângulo de incidência representa o ângulo formado entre o raio incidente e a
normal, e o ângulo refratado entre o raio refratado e a normal.

FIGURA 3: ILUSTRAÇÃO DA REFRAÇÃO

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Como n1 e n2 são valores constantes se modifico o ângulo de incidência, o ângulo


refratado também modifica.
Aumentando o ângulo de incidência θ1 verificamos que acima de um determinado
valor, chamado de ângulo critico θc, a luz não mais atravessa para o outro meio ela
é refletida para o mesmo meio da luz incidente, ilustrado na figura 4. Chamamos
este fenômeno de Reflexão Total.

O guiamento da luz nas fibras ocorre por reflexão interna total. Isso significa que
quando um raio de luz entra na fibra ele é refletido devido à interface com alto
índice de refração do núcleo e ao baixo índice de refração da casca.

FIGURA 4: REFLEXÃO TOTAL, QUE OCORRE NA INTERFACE NÚCLEO-CASCA DA FIBRA ÓPTICA

A reflexão total interna ocorre apenas para raios que penetrem na fibra com
ângulos maiores que o ângulo crítico ( ∅c ; sen(∅C) = n2/n1), para ângulos menores
o raio incidente é refratado, fazendo com que parte da potência incidente sai da
fibra pela casca.

Onde:
∅c é o ângulo crítico de incidência
∅C é o ângulo de refração correspondente ao ângulo de incidência de ∅c
n1 é o índice de refração do meio incidente (onde a luz está vindo)
n2 é o índice de refração do meio refratado (onde a luz está passando)

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Tipos de Fibra Óptica

Fibra Multimodo: Permite o guiamento de vários modos de propagação. Núcleo com


diâmetro de 50/62.5 µm.

Fibra Monomodo: Permite o guiamento de apenas um modo de propagação. Núcleo


com diâmetro de 9 µm.

FIGURA 5: TIPOS DE FIBRA ÓPTICA

Diferenças entre fibras multimodo e monomodo


A propagação da luz ao longo da fibra é diferente se esta é monomodo ou
multimodo, como podemos verificar no slide a esquerda.
Fibras multimodo de índice degrau geralmente possuem um núcleo de 50 µm, com
uma mudança de índice de refração abrupta. Neste caso há propagação de
diferentes modos (caminhos). Fibras multimodo degrau possuem um efeito não
desejado causado pela diferença de caminho (observe no slide que a luz que
percorre a fibra pelo centro percorre um caminho menor que a luz que percorre o
caminho em zig-zag), este efeito se chama dispersão modal, discutiremos este
efeito nos próximos slides. Fibras multimodo de índice gradual geralmente
possuem um núcleo de 62,5 ou 50 µm, com uma mudança de índice de refração
gradual, com propagação de diferentes modos (caminhos).

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Fibras multímodo gradual tem o problema da dispersão modal parcialmente


corrigido, pois elas consistem de muitas camadas de vidro concêntricas com o
índice de refração diminuindo de acordo com a distância do centro da fibra, isso
garante que a luz que percorre a fibra próxima a extremidade terá uma velocidade
maior, diminuindo assim a dispersão (modal) da luz. Devido a essa característica de
dispersão, fibras multimodo são usualmente utilizadas com baixas taxas e a
distâncias curtas, para evitar o efeito da dispersão.
Atualmente são produzidas fibras multímodos 50/125 µm otimizadas para 10Gb/s,
nas categorias OM3 e OM4.
Por outro lado, as fibras monomodo possuem um núcleo com diâmetro em torno de
9 µm, com o índice de refração do núcleo ligeiramente superior ao da casca.
Em fibras monomodo o efeito da dispersão modal é muito menor comparado com
da fibra multimodo, isto é, porque toda a luz passar por somente um caminho. Este
tipo de fibra é ideal para altas taxas e longas distâncias. A atenuação de uma fibra
monomodo é inferior ao de uma fibra multimodo. Exemplo, em 1310nm, a
atenuação da fibra monomodo é 0,38dB/km, mas de uma fibra multimodo é
0,60dB/km.

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Tipos de Atenuação da Fibra

A atenuação é um dos parâmetros mais importantes numa fibra óptica, pois é um


dos parâmetros que determina a distância máxima em que um pulso pode ser
transmitido sem a necessidade de amplificação. Atenuação é a medida da perda de
potência do sinal óptico durante a propagação na fibra. Se Po é a potência na
entrada de uma fibra óptica, a potência transmitida PT é dada por:

Onde α é atenuação e L é o comprimento da fibra óptica. A Atenuação da fibra é


definida em unidades de dB/km pelo uso da relação:

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A atenuação é influenciada por perdas intrínsecas devido ao tipo de material


do qual a fibra é constituída e outras perdas resultante de contaminações
externas na produção da fibra. Fazem parte das perdas intrínsecas a absorção
UV da cauda de Urbach, o espalhamento Rayleigh, e absorção infravermelha.

Espalhamento Rayleigh
O espalhamento Rayleigh é um efeito linear causado por defeitos de natureza
aleatória na estrutura cristalina do material da fibra durante a fabricação. Esses
defeitos provocam variações na densidade do material em distâncias muito pequenas
quando comparadas com o comprimento de onda da luz transmitida provocando
irradiação da potência do feixe luminoso. Essa não uniformidade faz com que os
raios da luz sejam parcialmente espalhados enquanto viajam na fibra. Espalhamento
Rayleigh representa o principal fator de atenuação, e é dado em dB/km por:
α_R = C_R / λ^4

Onde a constante C_R encontra-se na faixa entre 0,7-0,9 dB/(km.μm^4) , dependendo


da composição química da fibra, e no comprimento de onda λ próximo de 1,55μm.

Absorção no infravermelho
Na região do infravermelho a absorção é causada pela vibração da ligação entre o
átomo de sílica e oxigênio. A interação entre a vibração da ligação e o campo
eletromagnético do sinal transmitido causa essa absorção intrínseca.

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Íons de OH
Outro fator de atenuação da luz são os íons de OH presentes na composição
química da fibra. Essa impureza absorve a luz e dissipa-se em forma de calor.
Apesar do processo fundamental de absorção dos íons OH ocorrer no comprimento
de onda de 2700nm (fora da janela de comunicações ópticas), ela gera os chamados
“overtones” ou harmônicos de absorção, os quais ocorrem em torno de 1680, 1380,
1250, 950, 880, 810 e 720 nm, provocando picos de absorção para essas regiões. Os
processos atuais de produção de fibra já conseguem praticamente eliminar esse
fator.

DISPERSÃO

Dispersão é o alargamento do pulso de luz enquanto ele se propaga ao longo da


fibra, destruindo ou degradando o pulso por sobrepô-lo, como mostram as figuras
abaixo. Este efeito fica mais evidente quanto maior for a distância de propagação.
Para prevenir danos causados por dispersão, é necessário manter separado os
pulsos, o suficiente para se assegurar que eles não se sobreponham, este fator limita
a capacidade de transmissão de bits. Os tipos de dispersão numa fibra óptica são:
Dispersão modal (principalmente em fibras multimodo)
Dispersão do material (em fibras monomodo)
Dispersão do guia de onda (em fibras monomodo)
Dispersão cromática (e a soma da dispersão do material com a dispersão do guia
de onda)

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Dispersão modal

Dispersão modal resulta do fato da luz viajar diferentes caminhos (ou modos),
através da fibra. O número de caminhos da luz pode ser determinado pelo
diâmetro do núcleo da fibra, o índice de refração da casca e do núcleo, e do
comprimento de onda da luz propagante.
O modo (caminho) pode ser em linha reta, ou pode realizar curvas, resultado da
reflexão toda vez que a luz encontra a diferença de índice de refração na
interface entre casca e núcleo. Dependendo do caminho que a luz percorrer, ela
passará pela fibra mais rapidamente que outros. A diferença no tempo de
viagem pode resultar em sobreposição.
A dispersão modal é medida em nanosegundos por quilômetro (ns/km). Por
exemplo isso significa que se uma fibra tem uma dispersão modal de 15ns/km,
ao percorrer 1km de fibra o pulso que viajou no centro da fibra vai chegar15ns
antes em relação ao pulso que viajou em zig-zag ao longo da fibra.

Dispersão do Material

Dispersão do material é o resultado do fato de diferentes comprimentos de onda


viajarem a diferentes velocidades ao longo da fibra. Fontes geram luz em
diferentes comprimentos de onda, chamada de largura espectral da fonte (a luz
emitida por um LED possui uma largura espectral de 20 a 170 nm, enquanto uma
excelente fonte laser pode possuir largura espectral de 1 ou 3 nm), cada
comprimento irá viajar a uma velocidade diferente.
Na fibra, o feixe de luz que se propaga com um comprimento de onda menor é
mais lento e começam a ficar para trás, causando o alargamento do pulso. Se a
distância percorrida pela luz na fibra for longa, o feixe mais lento pode se
sobrepor ao feixe más rápido (de maior comprimento de onda), podendo
degradar ou até mesmo destruir o sinal. Porém devido a desenvolvimento de
fontes com uma largura espectral estreita, a dispersão do material é
insignificante quando comparada à dispersão modal. A dispersão do material só
é um problema quando o feixe de luz se propaga por longas distâncias. Na
prática a dispersão do material é medida em picosegundo por nanômetro por
quilômetro (ps/nm/km).

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Dispersão do Guia

A dispersão do guia é muito importante em fibras monomodo devido ao


diâmetro de campo modal, como vimos anteriormente a luz se propaga em
maior proporção no núcleo, porém uma pequena parcela da luz se propaga na
casca, que possui um índice de refração menor, portanto uma velocidade maior,
causando o alargamento do pulso.

FIGURA 6: DISPERSÃO DO GUIA

Dispersão Cromática

Dispersão cromática é a soma da dispersão do material e dispersão do guia.


Modificando a geometria da fibra, podemos modificar o diâmetro de campo
modal da fibra e assim variar o valor da dispersão do guia. Como a dispersão
cromática é diretamente proporcional a ela, podemos assim produzir vários tipos
de perfis de dispersão. A FIGURA 7 abaixo ilustra a dispersão cromática:

FIGURA 7: DISPERSÃO CROMÁTICA

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3. Cuidados e Testes na Fibra Óptica

CONECTORES ÓPTICOS

Conectores ópticos são de fundamental importância em redes de comunicação


óptica, eles são constituídos basicamente da ponteira e do corpo do conector.

FIGURA 6: COMPONENTES DOS CONECTORES

O corpo do conector pode ser constituído de material plástico ou metálico. A


ponteira precisa ser forte para aguentar muitos ciclos de conexão sem encurvar ou
quebrar.
Quando falamos sobre conectores precisamos definir dois parâmetros importantes,
o tipo de conector definido pelo adaptador do equipamento ou pelo cordão anterior
(SC, FC, LC, ST entre outros) e o tipo de polimento da ponteira (Flat, PC, APC).
A cor do corpo do conector ajuda a visualizar o tipo de polimento, não há uma regra
geral mas para os conectores mais utilizados SC e LC em fibras monomodo, temos
que o corpo azul é utilizado em ponteiras com polimento PC, e o corpo verde é
utilizado em polimento APC.

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Conectores com polimento PC (UPC)

Possuem a terminação da ponteira esfericamente convexa com a fibra no ponto


mais alto, eles são amplamente utilizados em sistemas de transmissão por
possuírem baixa perda de retorno e de inserção. O contato físico na conexão de
dois conectores PC, ocorre devido à aplicação de uma força compressiva que o
adaptador que os une, exerce sobre os conectores. Essa compressão deforma a
extremidade da ponteira, garantindo assim o contato preciso, diminuindo assim
a reflexão de Fresnel.

Conectores com polimento APC

São atualmente os conectores padrões em telecomunicações. O ângulo da


ponteira produzido no polimento reduz a reflexão, isto ocorre porque o ângulo
no qual a luz é refletida na extremidade da fibra¸ é maior que o ângulo de
aceitação da fibra, fazendo assim com que a luz refletida seja refratada para fora
e não volte pela própria fibra, como demonstrado no slide a direita .
Devido a esse ângulo no polimento dos conectores APC, eles apresentam uma
perda de retorno muito baixa comparada aos conectores PC. Enquanto
conectores PC na interface com o ar apresentam -14,7DB de retorno devido à
reflexão de Fresnel no ar de conectores APC apresentam -50dB. Já na conexão
entre conectores do tipo PC ocorre uma reflexão de -30dB, enquanto conectores
do tipo APC apresentam -60dB de reflexão.

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INSPEÇÃO E LIMPEZA EM CONECTORES ÓPTICOS

Uma inspeção adequada pode ajudar na detecção


das causas de falhas mais comuns, e também mais
fáceis de evitar: faces de conectores ópticos
danificados e com sujeira acumulada.

Os danos podem ser causados por rebarbas, riscos,


trincas no núcleo da fibra e na sujeira acumulada
entre duas extremidades de conectores ópticos.

Resíduos como gordura ou sujeira deixados no núcleo podem


danificar as faces dos conectores ópticos quando unidos
durante o processo de conexão.

As fontes de contaminação estão em todo lugar, seja no


toque de um dedo ou no contato com o tecido de roupas,
além das partículas de pó encontradas em suspensão no ar.
Os terminais estão sujeitos à mesma contaminação, mas
costumam ser negligenciados. A união de um conector limpo
com um terminal sujo não só contamina esse conector, como
também pode causar danos ou falhas na fibra.

Mesmo as capas protetoras dos conectores e conjuntos


disponíveis no mercado podem provocar contaminação, em
função da natureza do processo de produção e dos materiais.
Assume-se, em geral, que uma rápida verificação visual das
faces de extremidade é suficiente para garantir a limpeza.

Os núcleos dessas fibras são extremamente pequenos –


variando aproximadamente entre 9 e 62,5 μm. Para se
encontrar defeitos ou sujeiras nas faces dos conectores é
necessário a ajuda de um microscópio.

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Existem vários tipos de microscópios para inspeção de fibras ópticas:

Problemas gerados por um conector danificado ou sujo:

Aumento Perda óptica: perda na intensidade do sinal


Aumento da Reflectância: quantidade de luz que retorna ao emissor
Danifica o outro conector: o encaixe e desencaixe podem danificar ambos conectores
Danifica Instrumento de Teste: o encaixe do conector sujo pode danificar a saída do
instrumento de teste
Compromete Banda: obviamente, todos esses problemas acima podem comprometer a
capacidade de banda

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Como saber se o conector está bom?

Exames e medições – Inspeção visual automatizada da face do conector de fibra


óptica
Usando um microscópio é possível inspecionar a face de um conector e
classificá-lo por essa norma
Alguns microscópios permitem a configuração dos limites aceitáveis:
IEC 61300-3-35 MM
IEC 61300-3-35 SM RL>=45dB
IEC 61300-3-35 SM RL>=26dB
IEC 61300-3-35 SM APC

Exemplos de telas de medições com microscópios ópticos:

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Limpeza de Conectores Ópticos

Na prática, conectores ópticos sujos podem


acrescentar mais de 1 dB de perda óptica
por conexão, muitas vezes até mais. Isso
pode comprometer o projeto da rede óptica
indicando uma FALHA no teste de
atenuação do enlace.

O hábito da limpeza dos conectores deve


ser frequente quando se manipula fibra e
conexões ópticas. Várias receitas são
usadas para esta limpeza, desde álcool
isopropílico, passando por limpadores
secos, úmidos e até a famosa limpeza
usando a própria na camiseta.

Assim sendo, é importante escolher com critério os


métodos e ferramentas de limpeza, além de evitar os
maus hábitos comuns. O erro mais comum talvez seja
empregar ar comprimido para limpar conectores ou
portas ópticas. Embora seja útil para remover
grandes partículas de pó, é ineficiente no caso de
óleos, resíduos ou diminutas partículas com carga
estática, que também contribuem para causar falhas.

O mesmo problema ocorre ao se utilizar mangas de


camisa ou panos “limpos” para limpar os conectores;
de fato, a carga estática e os fiapos deixados por
esses materiais irão provavelmente aumentar a
contaminação ao invés de reduzi-la. Mesmo o álcool
isopropílico, que tem sido visto historicamente como
um solvente aceitável, já provou ser inferior às
soluções especialmente formuladas. A incapacidade
desse álcool de dissolver compostos não iônicos,
como lubrificantes de puxamento de cabos ou géis de
proteção, além de um processo de evaporação que
deixam resíduos, tornam preferíveis os solventes
específicos.
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Os tipos de recursos de limpeza variam em complexidade e preço, de simples


limpadores a dispositivos que incorporam ultrassom com água. A ferramenta
escolhida irá depender a necessidade e do orçamento. Para a maioria dos trabalhos
e projetos de cabeamento, porém, será suficiente a combinação de limpadores
isentos de fiapos e hastes revestidas, molhadas em solventes específicos – agora
encontradas em kits para inspeção, certificação e limpeza de fibras.

Limpeza de um conector óptico usando um limpador tipo "Caneta"

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TESTES DE ATENUAÇÃO EM ENLACES ÓPTICOS

Deve-se realizar continuamente o teste de


verificação de fibras (incluindo inspeção e
limpeza da terminação) como um procedimento
operacional regular. Durante todo o processo de
instalação de cabos e antes da certificação, a
perda nos segmentos de cabeamento deve ser
medida, para garantir a qualidade do trabalho de
instalação. Em geral, esse tipo de teste é
realizado com um conjunto de teste formado por
um OLTS (Optical Loss Test Set), basicamente um
conjunto contendo um Medidor de Potência
Conjunto OLTS: Medidor de
Óptica e uma Fonte de Luz. Potência e Fonte de Luz (podem
ser unidades separadas ou
estarem integradas)

As ferramentas para o teste de verificação de fibras são relativamente de baixo custo. Estas
ferramentas servem também para diagnosticar e resolver problemas nos enlaces com defeito.
Uma rápida inspeção da perda “ponta a ponta” no enlace pode fornecer uma indicação de que
o cabo de fibra óptica está com uma perda óptica acima do aceitável.

O OLTS determina a perda de luz total em um enlace de fibra, empregando uma fonte de luz
com potência (dBm) conhecida em uma ponta da fibra e um medidor de potência na outra.
Mas antes que o teste seja realizado, como descrito anteriormente, um nível de potência de
referência a partir da fonte é medido e registrado, a fim de estabelecer uma base para se
calcular a perda de potência. Uma vez estabelecida essa referência, o medidor e a fonte de luz
são acoplados em lados opostos do enlace de fibra a ser testado.

A fonte emite uma luz contínua no comprimento de onda selecionado. No outro extremo, o
medidor de potência mede o nível de potência óptica recebida e o compara com o nível de
potência de referência, para calcular a perda total de luz. Se essa perda total estiver dentro
dos parâmetros especificados para enlaces sob teste, o teste é considerado como PASSA.

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Medida de Perda de um enlace, feita por uma Fonte de Luz de um lado e um Medidor de
Potência de outro. Após ser feita a referência do cordão de teste, conecta-se os instrumentos
em cada ponta e assim se verifica quanto de potência sai do transmissor e quanto de potência
chega ao receptor.

Os conjuntos de teste OLTS atualmente armazenam os resultados e emitem relatórios para


facilitar o trabalho do técnico. Os resultados podem ser armazenados na nuvem e os
relatórios podem ser configurados para emitir um laudo tipo PASSA/FALHA.

Embora conveniente, a verificação básica da perda ”ponta a ponta” com um conjunto OLTS
não especifica onde estão as áreas problemáticas, apenas sabemos que EXISTE um ou mais
problemas. Mesmo nos casos em que a perda encontra-se dentro do limite especificado, esse
instrumento não fornece qualquer alerta ou indicação sobre o LOCAL provável de um defeito
ou problema. Em outras palavras, mesmo que todo o enlace seja aprovado no teste, é possível
que emendas ou conexões individuais desse enlace não estejam em conformidade com as
especificações do setor.

Este fato pode gerar um problema no futuro, quando vários conectores sujos podem ser
agrupados - causando uma falha maior. Para isto, uma outra ferramenta, conhecida como
OTDR (Refletômetro Óptico no Domínio do Tempo) é a mais adequada para se apontar locais
(conexões) que exibem perda ou reflectância elevada.

O OTDR é muito popular no Brasil, em especial nas redes de telecom, mas dentro do
Datacenter, além da função de localização de falhas, ele faz a Certificação da Rede, colocando
sua rede dentro dos padrões e normas internacionais para cabeamento estruturado.

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COMO TESTAR UMA REDE ÓPTICA USANDO UM OTDR

As normas TIA 568C.0 TSB 140 e ISO 14763-3 recomendam o teste com OTDR como um
procedimento complementar, para assegurar que a qualidade das instalações de fibra atenda
às especificações dos componentes. Essas normas não estabelecem limites de PASSA/FALHA
para tal teste; elas recomendam que sejam levados em conta os requisitos genéricos de
cabeamento para os componentes e os critérios de projeto da tarefa específica. Pode-se
utilizar o OTDR como testador a partir de uma só extremidade ou também de forma
bidirecional, se desejado.

Até algum tempo atrás, os OTDRs eram equipamentos de laboratório, difíceis de operar e
inviáveis para uso em campo. Eram grandes, pesados e complexos demais para técnicos
inexperientes, pois era difícil compreender os resultados e gráficos após a realização dos
testes. Hoje em dia, porém, muitos dos novos OTDRs são pequenos, leves e fáceis de usar.
Técnicos menos experientes podem agora fazer diagnósticos como um especialista, no
entanto é muito importante entender alguns conceitos relativos a este instrumento:

Operação básica: todo OTDR mede a perda, a refletância e localiza eventos ao longo da
rede. Ele envia pulsos de luz LASER por uma fibra e utiliza um sensível fotodetector para
captar as reflexões e traça-las graficamente ao longo do tempo. Por isso o nome
REFLECTÔMETRO no domínio do tempo;

Curva ou Gráfico do OTDR: durante o teste com OTDR uma curva de reflectância e perda é
montada ao longo do tempo, formando um “traço” gráfico da fibra. Técnicos experientes
podem interpretar o gráfico. Na Figura abaixo, por exemplo, um olho experiente é capaz
de perceber que uma conexão está exibindo uma perda excessiva.

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Software de Análise e Geração de Relatórios: os OTDRs atuais incluem um software


sofisticado, que automatiza a análise da curva e a configuração dos parâmetros de teste.
Normalmente estes softwares ficam em “nuvem” e permitem a exportação/importação
dos resultados do OTDR de campo, para este software centralizado;

Zona morta: como o nome diz é o comprimento de fibra que não pode ser detectado ou
medido pelo OTDR após um evento reflexivo. É possível descrevê-la também como a
distância que segue um evento refletivo, até que se possa detectar uma outra reflexão
seguida. Todos os OTDRs possuem zonas mortas e para minimizar ou anular esta
característica intrínseca pode ser utilizado uma fibra de lançamento adequada, de forma a
medir a primeira conexão do enlace. Esta fibra de lançamento nada mais é que uma
bobina de alguns metros (100m, 500m) colocada na saída do OTDR, onde via software é
configurado para que o OTDR desconsidere este lance de fibra e inicie a medida a partir
do fim desta bobina;

Faixa ou range dinâmico: determina o comprimento de fibra que pode ser testada, pois
está relacionada a potência do LASER. Quanto maior a faixa dinâmica, mais longa pode ser
a fibra sob teste. OTDRs comerciais podem ter várias faixas dinâmicas, partindo de 20dB,
36dB, 40dB e até 50dB para enlaces de longas distâncias. Com o aumento da faixa
dinâmica, porém, o pulso do OTDR torna-se mais largo e mais potente, tendo como
consequência o aumento da zona morta.

Abaixo, um OTDR medindo um enlace de aproximadamente 200km:

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Configuração do OTDR para fins de certificação:

A Certificação em uma rede de Cabeamento em fibra óptica é dividida em Tier 1 e Tier 2, e


para isto se utilizam instrumentos e ferramentas distintas.

Basicamente as diferenças entre elas são:

Tier 1

Normalmente chamado de OLTS (Optical Loss Test Set)


Usa uma fonte de luz e um power meter
Reporta a diferença entre a potência de entrada e a de saída em dB
Testadores duplex (duas fibras) podem também medir o comprimento

Tier 2

Nessa modalidade se utiliza o OTDR - Optical Time Domain Reflectometer (Reflectômetro


Óptico no Domínio do Tempo)
Injeta uma série de pulsos de luz em uma fibra e mede a reflexão que retorna à porta do
OTDR, traçando assim um gráfico no domínio do tempo
Teste feito a partir de apenas uma extremidade, mas pode ser feito em ambos os sentidos
Estima a perda com base na mudança do espalhamento entre eventos.

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Resumo da Certificação

Os traços do OTDR caracterizam os componentes individuais de um enlace de fibra:


conectores, emendas e outros eventos de perda. A certificação completa compara os
dados com as especificações de tais eventos, para determinar se são aceitáveis.
Ela é crítica porque identifica falhas que podem ser invisíveis à certificação básica.
Fornece evidências indicando que cada componente de um sistema de cabeamento com
fibras ópticas está adequadamente instalado.

Falhas comuns em cabeamentos de fibra óptica

Baixa potência, instabilidade no sinal, falhas em conexões, desestabilizam a transmissão


óptica. As conexões de fibra óptica envolvem a passagem de luz de um núcleo de fibra a
outro.

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Para minimizar a perda de potência do sinal, é


preciso ter uma boa combinação entre duas
terminações de fibra, ou seja, núcleo com núcleo.

Conexões de fibra contaminadas: a principal causa


de falha nas fibras resulta da higiene deficiente em
conectores, como falamos anteriormente sobre a
importância da limpeza. Poeira, impressões digitais e
outras contaminações oleosas provocam perda
excessiva e danos permanentes nas faces dos
conectores.

Excesso de conexões em um enlace: embora simples,


é importante considerar a perda máxima permitida
(conforme a norma de aplicação desejada) e a perda
típica para cada tipo de conector durante o processo
de projeto. Mesmo que os conectores sejam
terminados de forma apropriada, a perda poderá
exceder as especificações se houver muitos deles em
um canal.

Desalinhamento dos núcleos: a melhor forma de se


obter bom alinhamento consiste em fundir as duas
fibras utilizando máquinas de emenda precisas.
Porém as conexões mecânicas são largamente
utilizadas. Existem muitos tipos de conectores
disponíveis no mercado, todos eles oferecendo
vantagens e desvantagens. As especificações típicas
de perda são uma boa indicação de sua capacidade
de alinhar as fibras.

Conectores de baixa qualidade ou terminações defeituosas. Conectores de boa qualidade


apresentam tolerâncias rigorosas, de modo a manter um alinhamento preciso.

O gerenciamento de cabos, o projeto do sistema ou cabos danificados também causam falhas


nos sistemas de cabeamento com fibra. Embora as fibras apresentem uma elevada resistência
à tração, são suscetíveis a esmagamentos e quebras em caso de abuso.

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Dobras e curvaturas: pequenas e grandes dobras causadas por amarrações apertadas de


cabos ou violações do raio de curvatura resultam em perdas excessivas e inesperadas.
Quebras: a luz deixará de propagar-se por um local em que o vidro foi esmagado ou rachado
em uma fibra óptica.

Dispersão modal causada pelas limitações de distância em fibras multimodo faz com que os
vários modos de luz viagem em velocidades diferentes dentro da fibra, causando uma
distorção no sinal recebido.

Reflexões provocadas por um excesso de conectores altamente refletivos, gerando um maior


erro de bits decorrente de uma elevada perda de retorno.

Fundamentos e Dicas de Troubleshooting

Mantenha a instalação limpa: Conexões sujas constituem a principal causa de falha em


conexões e dos problemas de teste. Limpe as fibras sempre que for conectá-las. É possível
verificar se a fibras estão limpas por meio de um instrumento como o Microscópio:
A poeira bloqueia a transmissão de luz
A oleosidade dos dedos reduz a transmissão de luz
A sujeira nos conectores de fibras espalha-se para outras conexões
Faces de extremidade contaminadas dificultam os testes
Lembre-se de inspecionar os terminais dos equipamentos, já que esses terminais (em
roteadores, switches, NICs) também ficam sujos

Adote a configuração de teste correta: um padrão de teste de acordo com as especificações


garantirá resultados mais precisos, consistentes, compreensíveis e repetíveis.
Mantenha esses cordões limpos e troque-os sempre que mostrarem sinais de desgaste.
Escolha limites de teste que sejam apropriados tanto para as normas genéricas de
cabeamento quanto para as normas de aplicação.

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MEDIDAS EM CABOS RIBBON E MPO

Para aumentar a capacidade de transmissão e reduzir o espaço físico dentro dos Datacenters,
começaram a serem utilizados cabos onde várias fibras são acomodadas lado a lado,
formando o equivalente a um “flat cable”, muito utilizado no interior de equipamentos
eletrônicos. Esses cabos são denominados Ribbon.

Os cabos MPO (Multi-fiber Push On) são conectores que podem oferecer transmissão de alto
desempenho de até 4, 8, 12, 24 e mais fibras.
As fibras para envio e recebimento são codificadas por cores, vermelho e verde,
respectivamente.

A conexão feita por cabos MPO é feita através de adaptadores.


A característica é que eles possuem gênero macho e fêmea. A diferença é basicamente na
parte de entrada da ponta do cabo. O macho possui pinos na ponta. Os conectores fêmea
possuem buracos. É importante destacar que sempre que ocorrer uma conexão, deverá ser
na ordem MPO macho com o MPO fêmea

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Nota: o cabo MTP (Multi-fiber Termination Push-on) usa um conector MPO designado para
melhor desempenho mecânico e óptico, portanto está em total conformidade com todos os
padrões de conectores MPO.

As medidas em Cabos Ribbon são feitas da mesma forma comparadas ao single fiber,
utilizando também OTDRs para este teste. Porém alguns OTDRs possuem acessórios como
uma Chave Óptica controlada, que permite sequenciar o teste de cada fibra
automaticamente. O OTDR então testaria de forma sequencial as 12 fibras, armazenando o
resultado de cada medição.

Um exemplo de configuração de teste de cabo Ribbon com conectores MPO segue abaixo:

Nota: veja que o OTDR controla a Chave Óptica, e esta, comuta fibra por fibra, permitindo o
teste automatizado de todas as fibras

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MÁQUINAS DE EMENDAS DE FIBRA ÓPTICA POR FUSÃO

Dentro do universo das Telecomunicações, muitas vezes se faz necessário o uso de conexões
e emendas para as fibras ópticas. Estas conexões podem ser feitas por:
Emenda por fusão: nesse caso utiliza-se uma Máquina de Fusão de Fibra Óptica;
Conector Óptico: nesse caso são utilizados conectores e de forma mecânica fazem com
que as fibras se “encostem” umas nas outras, permitindo a passagem da luz.

O que é uma emenda?


Emenda óptica é o processo pelo qual se fundem duas fibras, numa temperatura aproximada
de 2000oC. Esta alta temperatura é produzida numa região de plasma devido à descarga
elétrica de dois eletrodos que possui uma maquina de emenda.
A fusão possui diversas vantagens em relação a outras interconexões, como conectorização,
emenda mecânica ou acoplamento no espaço livre, isso porque emendas por fusão possui um
tamanho compacto, não muito maior que o tamanho da fibra e a perda de potência e reflexão
são menores do que em outros tipos de conexões.
Ao fazermos uma emenda ocorre uma perda da luz incidente devido à reflexão, irradiação e
acoplamento à casca. Podemos caracterizar a perda como extrínseca e intrínseca:
Perda extrínseca: ocorre devido a imperfeições na emenda, normalmente elas ocorrem
por desalinhamento geométrico ou deformações na junção;
Perda intrínseca: ocorre na emenda de fibras diferentes devido às características de cada
fibra.

O procedimento de é realizado em 4 (quatro) etapas:

1. Decapagem: utilize emenda sempre ferramentas de decapagem apropriadas (alicate e


stripper) para o tamanho das camadas protetoras. Antes de passar para a próxima etapa,
certifique-se que toda a camada de acrilato foi retirada, pedaços de acrilato podem danificar a
lamina do clivador, além de prejudicar a emenda.

DECAPADOR DE FIBRA ÓPTICA

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2. Limpeza: antes da clivagem limpe bem a fibra com um lenço embebido em álcool. A
máquina de emenda tem uma forte sensibilidade à sujeira, além disso, vapor de partículas
que estejam na fibra no momento da emenda podem danificar a maquina ou produzir bolhas
na emenda.

3. Clivagem: o sucesso do processo de clivagem é crucial para um bom resultado da emenda.


Para uma boa clivagem você deve usar um clivador de precisão. Clivadores de precisão
funcionam do seguinte modo, inicialmente com a lâmina ele produz uma pequena falha, em
seguida com a aplicação de uma tensão essa falha se abre produzindo as pontas clivadas.A
primeira tarefa que a maquina de emenda executa é a identificação da fibra, ângulo de
clivagem e em seguida o alinhamento das fibras. O alinhamento é baseado na imagem das
fibras gerada por uma lente objetiva de um microscópio (aumento aproximado de 600 vezes)
e uma câmera digital que faz com que um microprocessador ative os posicionadores da
maquina para o alinhamento.

CLIVADOR DE FIBRA ÓPTICA


Tem como objetivo "cortar" a fibra a
exatos 90 graus, para permitir que as
superfícies de ambos os lados se
encostem perfeitamente antes do arco
voltaico ser aplicado pela Máquina de
Fusão

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4. A Emenda

A emenda da fibra requer uma temperatura de aproximadamente 2000ºC. Para isso é lançado
uma descarga elétrica cruzando os dois eletrodos que se encontram separados apenas por
alguns milímetros.
O aquecimento da pré-fusão ocorre para evaporar qualquer resíduo e limpar a fibra. É
importante que a fibra esteja bem limpa antes do inicio da emenda, primeiramente para que a
sujeira vaporizada não danifique a maquina de emenda, e em segundo lugar, porque os
vapores gerados na sujeira podem produzir bolhas na emenda o que irá inserir perda na
emenda.
Em seguida as fibras são alinhadas a uma distância de aproximadamente 10µm e o
aquecimento principal é iniciado, após um tempo a máquina de emenda diminui a distância
até a sobreposição da fibra. Em algumas máquinas de emenda quando o aquecimento
principal termina a fonte de calor percorre a fibra horizontalmente produzindo um polimento
a fogo para eliminar contaminantes e uniformizar a fibra caso tenha ocorrido alguma fissura,
esse procedimento aumenta a resistência da emenda.
Depois de várias operações com a máquina de emenda, os eletrodos possuem uma tendência
a acumular contaminações que podem ser partículas de sílica ou sujeira.

Na Máquina de Fusão Fitel S179 é aconselhável substituir os eletrodos a cada 5000 emendas,
esse valor pode variar entre os tipos de maquinas de fusão.

Outro parâmetro que pode influenciar a emenda é o meio ambiente, isso porque a
característica das descargas elétricas envolve variáveis tais como temperatura, pressão e
umidade do ar. Esse fator pode causar problemas, principalmente para quem faz trabalho de
campo.

MÁQUINA DE FUSÃO DE FIBRA ÓPTICA

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Máquina de Fusão para Single Fiber

É o modelo mais comum utilizado no mercado de Telecom, com capacidade para emendar
uma única fibra por vez, sendo ela MM (Multimodo) ou SM (Monomodo). Neste modelo é
importante se atentar a qualidade da emenda e a atenuação causada pela fusão.
Características como velocidade da fusão, velocidade do forno de aquecimento do tubete,
baixa atenuação, robustez do equipamento devem ser levados em conta no momento da
aquisição.

As máquinas de Fusão devem


ser robustas, de preferência
com alinhamento pelo núcleo
e realizando esta tarefa com 6
motores.

Exemplo da tela da Máquina


de Fusão, se preparando para
emendar duas fibras. São
mostrados o tipo de fibra (SM)
e as visões do eixo X e Y.

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ESTIMANDO A PERDA DE UMA EMENDA ÓPTICA

A máquina de emenda calcula automaticamente a perda na emenda. O valor da perda


depende da visibilidade do núcleo, e é calculada usando a teoria do modo de acoplamento.
Para fibras que possuem o núcleo invisível, a perda será estimada baseada nas informações
da casca.
Como o valor estimado pela maquina é baseado apenas no visual, o resultado não é muito
confiável, na dúvida, tenha sempre uma fonte e um Power meter para medir a real perda
causada pela emenda.

Medidas
Qual a diferença entre dBm, dB e Watt?
Muitos equipamentos possuem três tipos de unidades: Watts, dBm e dB. Por definição, O Watt
é a unidade de potência [W]=[A][V]; Ampere (A) de corrente eVolt (V) de tensão. Watts é uma
escala de potencia linear, enquanto dBm e dB são escalas logarítmicas, o que as torna mais
convenientes para telecomunicações, pois nos cálculos com potência óptica utilizam-se
números extremamente grandes ou pequenos, por isso a necessidade de uma escala
logarítmica se faz necessária, pois torna estes números mais próximos e fáceis de manipular.
Exemplo: 0 dBm = 1 mW (Não importa em qual situação!). Seu calculo é realizado por:

Não é muito difícil, primeiro vem 0


dBm que é 1 mW e depois a cada
10 dBm multiplica por 10 a
potência em miliwatt.
Agora a segunda regra, cada
aumento de 3 dBm dobra a
potência em mW. Assim 23 dBm
tem uma potência que é o dobro
de 20 dBm (ou seja, 23 dBm é 200
mW).

O 26dBm é o dobro de 23 dBm (que é então 400mW). Se você decorar a tabela e


entender a regra do 3dBm-a-mais-dobra-Watt, você terá uma boa aproximação para
fazer conversões. Usando um pouco de bom senso, você também é capaz de criar a
regra inversa (Watt em dBm). Por exemplo, se você quiser saber quantos dBm são
500mW, é só buscar na tabelinha o mais próximo: 1W (30 dBm) e é só fazer o inverso:
500 mW é metade de 1 W então são 3 dB a menos, ou 27 dBm.
O dB é um número relativo e permite representar relações entre duas grandezas de
mesmo tipo, como relações de potências. Considerando um componente óptico em
que potencia incidente Pin e de saída Pout¸ temos que:
P_perda(dB) = P_in(dBm)-P_out (dBm)
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Máquina de Fusão para Cabos Ribbon

Este tipo de máquina de fusão está se popularizando com o uso de cabos Ribbon e MPO
dentro dos Datacenters. Este equipamento permite a fusão de várias fibras simultaneamente,
proporcionando um ganho de escala e produção.

Durante o processo de fusão são emendadas várias fibras simultaneamente

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SOC Splice On Connector

Um acessório importante para as máquinas de emenda dentro do Datacenter são os


chamados SOC Splice On Conector. Trata-se de um conector óptico (ex. SC) com o lado da
fibra polida e instalada dentro do ferrolho, e do outro lado uma fibra nua, clivada em 90
graus, pronta para receber uma emenda por fusão.
Este tipo de conector serve para conectorizar o cordão óptico e assim minimizar as sobras de
fibra, economizando espaço físico.

O SOC é uma forma fácil e confiável de ter uma emenda por fusão dentro de um conector
óptico eliminando o uso de jumper pré-conectorizado. Uma forma de economizar espaço e
evitar conexões mecânicas dentro do Datacenter.
Normalmente, o SOC, vem num formato de um kit e um passo-a-passo para montagem e
fusão do conector. São usados em Datacenters, redes FTTx e outras aplicações relevantes,
com polimento UPC e APC para fibras monomodos SM e multimodos MM.

SOC
Os conectores vem
desmontados,
fornecidos neste
tipo de cartela, e
após a fusão é feita
a montagem.

Após a fusão, é feita a


montagem. O SOC
fica muito parecido a um
conector comum tipo SC,
com as mesmas
especificações técnicas.

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MEDIDAS DE TAXAS DE TRANSMISSÃO


Taxas de 10G, 40G, 100G e 400Gbps

Com a explosão do crescimento de serviços de alta-velocidade, incluindo 5G,


serviços baseados e conectados na internet, foi exigido das operadoras de Telecom,
dos Datacenters e o mercado de comunicação em geral, a atualização para os
próximos estágios de agregação nas tecnologias de comutação e transporte.
Atualmente essa taxa é de 400GE (Gigabit Ethernet)
Como as tecnologias baseadas em PAM4 400GE QSFP-DD e OSFP estão se tornando
comerciais, as necessidades de teste e verificação passam a deixar os laboratórios
de P&D e manufatura, e partem para os testes e avaliações de campo. Nem todas as
aplicações de teste e medição são as mesmas. Aplicações como verificação do link e
troubleshooting, Datacenter intra e inter-conexões, manufatura e algumas
aplicações de P&D podem ser feitas por instrumentos portáteis de campo ao invés
de grandes equipamentos de bancada e laboratório.
Atualmente os Datacenters utilizam taxas de 40GE e 100GE, mas seguramente já
estão se preparando para sua atualização até os 400GE

Testadores de Throughput e BER 100G

Dentro do ambiente de Datacenter, novas tecnologias permitem novas arquiteturas


e aumentam o desempenho dos Datacenters nos dias atuais.
Tecnologias a 10G, 25G, 40G, 50G e 100G aumentam a largura de banda e
densidade da capacidade dos datacenters.

Instrumentos portáteis são utilizados para testes de Throughput e BER (Bit Error
Rate) no link, podendo ser testado nas Camadas 1 (Física), Camadas 2 (MAC) e 3 (IP).

Outra função importante para um testador deste tipo é a capacidade de ter duas
portas de teste, requerido para testes em cabos ativos (ópticos e cobre) AOC e DAC
Grandes plantas exigem mobilidade. Baterias permitem testar múltiplas portas sem
perda de tempo.

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Testador Portátil configurável de 10G a 400Gbps

Vários tipos de interfaces, para atender a grande variedade de portas, interfaces e transceivers
dentro do Datacenter:

Exemplo de setup de um teste de Throughput dentro de um Datacenter

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O instrumento de teste em questão deve suportar múltiplos transceivers utilizados


largamente no mercado, facilitando assim o teste as diversas interfaces encontradas em
Datacenters:

Transceivers & Interface de testes mais utilizadas em Datacenters

CFP4: 100GE, OTU4


QSFP28: 100GE, 50GE, OTU4
QSFP+: 40GE, OTU3
SFP28: 25GE, 32G Fibre Channel
SFP+/SFP: 100Base-FX, 1000Base-X, 10GE, OTU1/2/2e, 1/2/4/8/10/16G Fibre Channel, STM-
64/16/4/1/0, OC-192/48/12/3/1, CPRI*

Testes realizados nas Interfaces CFP4, QSFP28, QSFP+ :

Verificação de transceptor e cabo AOC/DAC


Taxa de Erro BERT
Teste de camada PCS com geração/ monitoramento de distorção
Medição de potência óptica Tx / Rx
Múltiplas interfaces permitem testes em diferentes tecnologias

Ao lado estão um exemplo


dos tipos de transceivers e
as interfaces disponíveis
nos instrumentos de teste

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Testes em Cabos AOC e DAC

Outra aplicação muito importante para estes testadores são dos testes em cabos AOC (Active
Optical Cables) e DAC (Direct Attach Cables). Muito utilizados em Datacenters, este tipo de
cabo é difícil de testar e principalmente de ser reparado. O teste e identificação de falhas
neste tipo de cabo economiza tempo e dinheiro na manutenção de Datacenters.

Exemplos de cabos
AOC e DAC

Veja como são feitos os testes neste tipo de cabo. Uma sequência é mostrada até o diagnóstico
final. Inicialmente é feito a conexão dos cabos em ambas as extremidades do testador, utilizando
as portas e interfaces adequadas:

Teste finalizado.
O cabo AOC passou no teste e está
apto para uso

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4. Conclusão e Referências

CONCLUSÃO

A fibra óptica revolucionou as comunicações desde a sua introdução, oferecendo


um meio de transmissão de alta velocidade, largura de banda e confiabilidade. Ao
longo do tempo, a tecnologia evoluiu e melhorou, permitindo o aumento da
capacidade de transmissão de dados e a redução de custos.
No passado, a fibra óptica era usada principalmente em aplicações de longa
distância, como cabos submarinos e conexões de backbone da internet. Hoje, a
fibra óptica é utilizada em muitas outras áreas, incluindo em redes de
telecomunicações, data centers, empresas e residências. Com o avanço da
tecnologia, espera-se que a fibra óptica continue a se expandir e se tornar ainda
mais essencial para as comunicações modernas.
Além disso, a fibra óptica também tem o potencial de ser usada em outras áreas,
como na medicina, sensores e sistemas de segurança. À medida que a tecnologia
avança e novas aplicações são descobertas, a fibra óptica continuará a ser uma
tecnologia fundamental para o mundo moderno.
Em resumo, o passado e o futuro da fibra óptica são marcados por uma evolução
constante, oferecendo melhorias significativas na capacidade de transmissão de
dados e novas possibilidades em diferentes áreas. A fibra óptica é uma tecnologia
que continuará a desempenhar um papel fundamental na comunicação moderna,
moldando o mundo em que vivemos.

REFERÊNCIAS
FOTONICA, Fundamento em fibras ópticas, Componentes ativos e passivos,
Conectores e cabos ópticos, Medidas e equipamentos ópticos.
ABBADE, A.L.R. e CAPUTO, M.R.C., Aplicação do OTDR na Análise de Problemas
de Atenuação em Fibras Ópticas: Estudo de Casos.
VeEX Incorporated www.veexinc.com
Fluke Networks www.flukenetworks.com

Para maiores informações:


Belver Instrumentos
info@belver.com.br
www.belver.com.br

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