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Redes de Computadores

(T202-A)

02 – Redes: conceitos iniciais II

Prof. Edson J. C. Gimenez


soned@inatel.br

2020/Sem1

Referências:
1. Kurose & Ross. Redes de Computadores e a Internet: uma
abordagem top-down. Capítulos 1 e 2.
• Sala virtual: sv.pearson.com.br
Visão geral de atraso em redes de pacotes 3

 Um pacote começa sua


transmissão em um sistema
final (origem), passa por
uma série de roteadores, e
termina sua jornada em
outro sistema final (destino).

 Quando um pacote viaja de


um nó ao nó, sofre, ao longo
desse caminho, diversos
tipos de atraso em cada nó,
entre eles:
 Atraso de processamento
nodal
 Atraso de fila
 Atraso de transmissão
 Atraso de propragação

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Visão geral de atraso em redes de pacotes

 Atraso de processamento
 Diz respeito ao tempo exigido para examinar o cabeçalho do pacote e
determinar para onde direcioná-lo, podedo também incluir outros fatores,
como o tempo necessário para verificar os erros em bits existentes no
pacote que ocorreram durante a transmissão deste, do no anterior ao
roteador.
 Atrasos de processamento em roteadores de alta velocidade em geral
são da ordem de microssegundos, ou menos.

 Atraso de fila
 Atraso ocorrido enquanto um pacote espera (na fila) para ser transmitido
no enlace.
 Este atraso dependerá da quantidade de outros pacotes que chegarem
antes e que já estiverem na fila esperando pela transmissão no enlace.
 Na prática, atrasos de fila podem ser da ordem de micro a
milissegundos.
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Visão geral de atraso em redes de pacotes

 Atraso de transmissão
 É o atraso exigido para que o pacote seja totalmente transmitido
(colocado) pela placa de saída do roteador no enlace de dados.
 Sendo o tamanho do pacote L bits e a velocidade de transmissão do
enlace R bits/s, este atraso será dado por L / R segundos.
 Na prática, atrasos de transmissão costumam ser da ordem de micro a
milissegundos.

 Atraso de propagação
 O tempo necessário para que um bit possa se propagar desde o inicio
do enlace ate o seu final.
 É uma função da velocidade de propagação de enlace, na faixa de
2x108 m/s a 3x108 m/s, e da distância desse enlace.

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Visão geral de atraso em redes de pacotes
Arquiteturas de aplicações de rede 7

 A arquitetura de rede é fixa e provê um conjunto específico de


serviços.

 A arquitetura da aplicação é projetada pelo programador e determina


como a aplicação é organizada nos vários sistemas finais.

 Pode-se classificar as arquiteturas de aplicação em:


 Arquiteturas cliente-servidor
 Arquiteturas peer-to-peer (P2P)

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Arquiteturas de aplicações de rede

 Em uma arquitetura cliente-servidor há um hospedeiro sempre em


funcionamento, denominado servidor, que atende a requisições de
muitos outros hospedeiros, denominados clientes.
 Características:
 Os clientes não se comunicam diretamente entre si
 Os servidores devem ser conhecidos; devem possuir um endereço fixo,
de conhecimento público
 Dependendo do serviço, vários servidores podem ser utilizados

 Na arquitetura P2P utiliza-se a comunicação direta entre duplas de


hospedeiros conectados alternadamente, denominados pares.
 Uma das características mais fortes da arquitetura P2P é sua
autoescalabilidade.
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Arquiteturas de aplicações de rede

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Comunicação entre processos

 Uma aplicação de rede consiste em pares de processos que enviam


mensagens uns para os outros por meio de uma rede.
 Um processo envia mensagens para a rede e recebe mensagens dela
através de uma interface de software denominada socket.
 um socket é a interface entre a camada de aplicação e a de
transporte dentro de um hospedeiro; é também denominado interface
de programação da aplicação (application programming interface —
API) entre a aplicação e a rede, visto que é a interface de programação
pela qual as aplicações de rede são criadas

 Para identificar o processo receptor, duas informações devem ser


especificadas:
 o endereço do hospedeiro – um endereço IP;
 um identificador, que especifica o processo receptor no hospedeiro de
destino – um identificar de porta (número de porta).
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Comunicação entre processos

 Protocolo de aplicação, sockets e protocolo de transporte subjacente.

Serviços de transporte disponíveis para aplicações 12

 Transferência confiável de dados


 Deve garantir que os dados enviados por um processo origem sejam
transmitidos correta e completamente para o processo destino.
 Quando um protocolo de transporte oferece esse serviço, o processo
remetente passa seus dados para um socket e confia que eles serão
entregues corretamente ao processo destinatário.
 Pode não ser necessário para aplicações tolerantes à perda, tais como
aplicações multimídia.

 Vazão
 É a taxa pela qual o processo remetente pode enviar bits ao processo
destinatário, podendo oscilar com o tempo.
 Aplicações sensíveis à largura de banda necessitam de uma vazão
mínima garantida, tais como algumas aplicações multimídia.
 Aplicações elásticas são aquelas que podem usar qualquer quantidade
mínima ou máxima disponível, tais como correio eletrônico, transferência
de arquivos e transferências Web
Serviços de transporte disponíveis para aplicações 13

 Temporização
 Um protocolo da camada de transporte pode também oferecer garantias
de temporização.
 Aplicações interativas em tempo real, como a telefonia por Internet,
ambientes virtuais, teleconferência e jogos multijogadores, exigem
restrições de temporização no envio de dados para garantir eficácia.
 Para aplicações que não são em tempo real, é sempre preferível um
atraso menor a um maior, mas não ha nenhuma limitação estrita aos
atrasos fim a fim.
 Segurança
 Um protocolo de transporte pode, além do sigilo, fornecer outros
serviços de segurança aos dados trocados entre os processos origem e
destino, incluindo integridade dos dados e autenticação do ponto
terminal.

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Serviços de transporte providos pela Internet

 A Internet (pilha TCP/IP) disponibiliza dois protocolos de transporte


para aplicações: o UDP e o TCP
 Um protocolo da camada de transporte pode também oferecer garantias
de temporização.
 Requisitos de aplicações de rede selecionadas:
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Serviços de transporte providos pela Internet

Serviços do TCP
 O modelo de serviço TCP inclui um serviço orientado para conexão e
um serviço confiável de transferência de dados.
 Serviço orientado para conexão: o TCP faz com que o cliente e o
servidor troquem informações de controle de camada de transporte
antes que as mensagens de camada de aplicação comecem a
fluir.
 Serviço confiável de transporte: os processos comunicantes contam com
o TCP para a entrega de todos os dados enviados sem erro e na ordem
correta ao processo destino
 O TCP inclui ainda um mecanismo de controle de congestionamento,
que limita a capacidade de transmissão de um processo (cliente ou
servidor) quando a rede esta congestionada entre remetente e
destinatário.

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Serviços de transporte providos pela Internet

Serviços do UDP
 O UDP é um protocolo de transporte não orientado para conexão
 Portanto, não há apresentação antes que os dois processos comecem a
se comunicar.
 É um protocolo simplificado, leve, com um modelo de serviço
minimalista.
 O UDP provê um serviço não confiável de transferência de dados
 Quando um processo envia uma mensagem para dentro de um
socket UDP, o protocolo não oferece garantias de que a
mensagem chegará ao processo receptor.
 Além disso, mensagens que chegam de fato ao processo receptor
podem chegar fora de ordem.
 O UDP não inclui nenhum mecanismo de controle de
congestionamento.
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Serviços de transporte providos pela Internet

Serviços não oferecidos pelos protocolos de transporte


 Tanto o TCP quanto o UDP não oferecem garantias de vazão e de
temporização, que podem ser necessário para algumas aplicações.
 Neste caso, as aplicações devem, já em seu desenvolvimento, serem
projetadas para lidar com suas necessidades.
 Assim, a Internet hoje pode oferecer serviços satisfatórios a
aplicações sensíveis ao tempo, mas não garantias de temporização
ou de largura de banda.

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Serviços de transporte providos pela Internet

 Aplicações populares da Internet, seus protocolos de camada de


aplicação e seus protocolos de transporte subjacentes:
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Lista de exercícios 02:

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