Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Os sistemas de comunicação sem fio são formados basicamente por dois usuários –
transmissor e receptor, dependendo do sentido em que viaja a informação -, cada um
com os seguintes componentes:
- Microfone: converte o sinal de voz (de quem quer transmitir a informação) em sinais
elétricos;
- Alto-falante: converte o sinal elétrico (vindo de quem transmite a informação) em
sinal de voz (para o receptor ouvir a mensagem);
- Transmissor: envia os sinais gerados pelo microfone para o receptor
- Receptor: recebe e entende os sinais enviados pelo transmissor e os envia ao alto-
falante.
- Antena: Converte sinais elétricos em ondas de rádio, para enviar a informação pela
atmosfera, ou faz a operação contrária para receber essas informações. É a alma da
comunicação sem fio, por ser o aparelho capaz de se comunicar sem a necessidade de
um contato físico.
Ondas de rádio são sinais eletromagnéticos capazes de levar dados de um ponto a
outro de forma confiável e rápida.
1.1.1 - Modulação
Para enviar um sinal de um ponto a outro é necessária a modulação do sinal.
Modular o sinal consiste em agregar um sinal conhecido (onda portadora) ao sinal da
informação. O receptor pode, então, analisar a onda recebida, e, como conhece a onda
portadora, pode entender a informação como a alteração do sinal recebido em relação
à portadora. Esse processo chama-se demodulação.
Existem diversos tipos de modulação, pois pode-se alterar diversas características da
portadora, separadamente. Pode-se alterar a freqüência da portadora de acordo com
o sinal, na modulação FM; alterar a amplitude da portadora em relação ao sinal, na
modulação AM; alterar a fase da portadora, na modulação PM, entre outros diversos
tipos de modulação. Cada tipo de modulação possui suas vantagens e desvantagens,
e por isso cada serviço pode ter peculiaridades que façam esse ou aquele tipo de
modulação ser mais interessante.
http://www.gta.ufrj.br/ensino/eel879/trabalhos_vf_2008_2/ricardo/1_1.html Página 1 de 14
REDES GSM, GPRS, EDGE E UMTS 07/10/13 20:27
1.1.4 - Enlaces
A comunicação entre MS e ERB acontece quando a onda portadora da informação, ou
seja, a informação modulada, é gerada em um ponto, viaja pela atmosfera e é
recebida no outro. Cada portadora tem uma freqüência definida, em uma mesma
região da atmosfera, cada freqüência corresponde a uma conhecida portadora. Sendo
assim, o transmissor deve modular seu sinal naquela freqüência, e o receptor deve
ajustar seu sensor para essa mesma freqüência.
Porém, cada portadora não consegue levar toda a informação em exatamente um
valor de freqüência. Na verdade, cada canal possui uma faixa de freqüências, cuja
freqüência central é a da portadora. A informação é incluída principalmente nessa
freqüência principal, mas pode estar em freqüências um pouco maiores ou um pouco
menores. Para incluir essas variações da freqüência, o canal tem uma largura de
freqüências, ou seja, o transmissor emite naquela freqüência e em freqüências um
pouco maiores ou menores, e o receptor deve se preparar para “sentir” aquela
freqüência, mas também um pouco mais e um pouco menos.
O tamanho desse erro, ou seja, a largura do canal, limita o número de canais na
célula, pois eles devem “caber” na banda passante da célula (faixa total de
freqüências que uma célula suporta).
Ao canal físico que interliga a Estação Rádio Base e a Estação Móvel se dá o nome de
enlace. Quando a informação viaja da ERB para a MS, chama-se enlace direto;
quando a informação parte da MS chama-se enlace reverso.
Os modos de transmissão de informação para comunicações móveis podem ser feitos
de três maneiras:
- Simplex: opera com uma única freqüência e apenas a ERB pode transmiti-la. Tem-se,
portanto, apenas enlaces diretos. Exemplos de aplicações desse modo de transmissão
são os serviços de rádio AM e FM, ou a televisão convencional.
http://www.gta.ufrj.br/ensino/eel879/trabalhos_vf_2008_2/ricardo/1_1.html Página 2 de 14
REDES GSM, GPRS, EDGE E UMTS 07/10/13 20:27
1.1.5 - Célula
Cada Estação Rádio Base (ERB) atende a uma certa região, limitada de acordo com as
capacidades físicas da Estação. A essa região dá-se o nome de Célula. As células
podem ser omnidirecionais ou setorizadas.
http://www.gta.ufrj.br/ensino/eel879/trabalhos_vf_2008_2/ricardo/1_1.html Página 3 de 14
REDES GSM, GPRS, EDGE E UMTS 07/10/13 20:27
Cada ERB tem uma faixa de valores de freqüência nos quais consegue se comunicar.
A ANATEL regulamenta o uso das freqüências, a fim de evitar o mau uso do espectro
de freqüências. A largura da faixa de freqüências de uma ERB é chamada Largura de
Banda, e é uma medida da capacidade de tráfego da ERB.
http://www.gta.ufrj.br/ensino/eel879/trabalhos_vf_2008_2/ricardo/1_1.html Página 4 de 14
REDES GSM, GPRS, EDGE E UMTS 07/10/13 20:27
Um dos sérios problemas enfrentados pela ERB ocorre quando mais de um usuário
deseja acessá-la, ou seja, requerer e chamado múltiplo acesso. Para resolver esse
problema, existem basicamente três tecnologias: FDMA (que divide a freqüência),
TDMA (que divide o tempo) e CDMA (que usa um código para cada acesso).
A tecnologia FDMA libera uma faixa de freqüência para cada acesso. Dessa forma, o
usuário tem uma largura de banda fixa, sempre disponível.
A tecnologia TDMA libera uma faixa de freqüência para alguns usuários. Esses
usuários só podem acessar de forma intercalada, ou seja, eles dividem entre si o
tempo.
A tecnologia CDMA insere um código para cada usuário. Assim, eles podem acessar
a mesma freqüência durante todo o tempo.
1.1.8 - Cluster
Um cluster é uma região que abrange algumas células, onde:
- há todas as freqüências disponíveis;
- nenhuma freqüência pode ser reusada.
Fora do cluster, é possível reusar as mesmas freqüências. Assim, quanto mais células
dentro de um cluster, maior será a distância mínima entre portadoras de mesma
freqüência. Programar o reuso de freqüências faz aumentar o tráfego da rede.
Para calcular o número Nf de freqüências por célula, basta dividir a largura de banda
Bs do sistema pela largura de banda Bc de cada célula.
http://www.gta.ufrj.br/ensino/eel879/trabalhos_vf_2008_2/ricardo/1_1.html Página 5 de 14
REDES GSM, GPRS, EDGE E UMTS 07/10/13 20:27
http://www.gta.ufrj.br/ensino/eel879/trabalhos_vf_2008_2/ricardo/1_1.html Página 6 de 14
REDES GSM, GPRS, EDGE E UMTS 07/10/13 20:27
http://www.gta.ufrj.br/ensino/eel879/trabalhos_vf_2008_2/ricardo/1_1.html Página 7 de 14
REDES GSM, GPRS, EDGE E UMTS 07/10/13 20:27
Como já foi comentada, uma nova geração cresce sempre no sentido de oferecer o
que a primeira geração deixava a desejar. Os EUA necessitavam de maior capacidade,
enquanto o problema na Europa era uniformizar os sistemas para o Mercado Comum
Europeu (MCE). Uma característica marcante da segunda geração é o uso da
tecnologia digital, em vez da analógica. Isso permite a integração com circuitos
digitais, como computadores, em geral.
Para conseguir o aumento de capacidade de tráfego os americanos implementaram
três padrões: IS-54 (AMPS digital), IS-136 (TDMA digital) e IS-95 (CDMA digital).
Na Europa, o esforço de uniformização fez surgir o GSM (Global System for Mobile
Communications). Esse esforço em busca de um padrão tornou o GSM o principal
representante da segunda geração. Ao conseguir atingir uma larga parcela da
sociedade, diversos investimentos voltaram-se para esse sistema, ampliando a escala
de produção, o que atrai mais investimentos, e assim por diante, ate que o mundo
todo pudesse ter acesso a essa tecnologia. A competição pelo mercado fez os preços
caírem, tornando-o ainda mais acessível.
O foco principal dos sistemas de segunda geração era oferecer telefonia digital móvel
para os usuários. Por isso, os protocolos de transmissão de dados se esforçam em
adaptar o canal de voz para a transferência de bits de dados. O resultado é que o
tráfego máximo de bits obtido pelo GSM foi inicialmente projetado para atender ao
tráfego de bits gerado por conversações telefônicas. Para fazer um celular acessar a
internet, por exemplo, seria necessária uma taxa bem maior de tráfego, e os
projetistas do GSM inicialmente não se preparam para isso.
http://www.gta.ufrj.br/ensino/eel879/trabalhos_vf_2008_2/ricardo/1_1.html Página 8 de 14
REDES GSM, GPRS, EDGE E UMTS 07/10/13 20:27
sistema digital. O Brasil adotou o padrão IS-136, que usava a mesma largura de canal
que o padrão já implantado (30kHz), e aumentava a capacidade e desempenho do
sistema.
Esse padrão permite que até seis unidades móveis possam ser suportadas em apenas
uma portadora de RF. Utilizando a tecnologia TDMA (Acesso múltiplo que divide o
tempo em slots para acesso de vários usuários de forma revezada), divide-se o quadro
TDMA (duração de 40 ms) em seis slots de tempo, um para cada usuário.
Um quadro TDMA carrega 1944 bits, logo, cada canal carrega 1944/6=324 bits.
Canais podem ser do tipo full-rate ou half-rate. Os canais full-rate (taxa máxima)
reservam dois slots, um para o enlace direto e outro para o enlace reverso. Sendo
assim, em vez de 6 usuários por portadora, apenas 3 podem ser suportados. Nos
canais half-rate (taxa média), cada slot é ora enlace direto, ora enlace reverso. Assim,
cai pela metade a taxa de transmissão de bits, mas dobra o número de usuários por
portadora.
http://www.gta.ufrj.br/ensino/eel879/trabalhos_vf_2008_2/ricardo/1_1.html Página 9 de 14
REDES GSM, GPRS, EDGE E UMTS 07/10/13 20:27
A modulação usada é a 0,3GMSK, variante da FSK. Cada canal possui 200 KHz de
largura de faixa, e é possível a utilização de 8 usuários em cada canal, ampliando-se
para 8 usuários no caso da implementação da transmissão de voz em meia taxa. A
faixa de operação depende do padrão GSM implantado. Os padrões mais usados
serão estudados abaixo.
1.2.2.3.1 – Variações
Padrão P-GSM
Também conhecido como GSM 900 Primário, é o sistema GSM original. Usa
freqüências na banda de 900 MHz, de 890 a 960 MHz, com uma distância de 20 MHz
entre os enlaces direto e reverso. Isso dá uma largura de 25 MHz, o que sustenta
25MHz/200KHz = 125 canais de RF.
Padrão E-GSM
Também conhecido como GSM 900 Estendido, começa a usar o espectro de
freqüências em 880 MHz, portanto 10 Mhz antes do padrão P-GSM, mas termina em
960 MHz, tal como seu antecessor. Além disso, a distância entre enlaces direto e
reverso é de apenas 10 MHz, o que gera 20 MHZ de largura a mais que o padrão
anterior. Dividindo-se essa largura a mais entre enlaces direto e reverso, obtém-se um
acréscimo de 10 MHz de largura de banda.
Isso implica em 50 canais extras de RF. Esse padrão suporta, portanto, 175 canais de
RF.
É importante ressaltar que o padrão E-GSM inclui o P-GSM, pois a banda utilizada no
P-GSM também é disponível no E-GSM. A recíproca não é verdadeira.
Padrão R-GSM
Também conhecido como GSM 900 ampliado, foi desenvolvido para se ampliar a
capacidade de canais de RF.
Começa a utilizar o espectro em 876 MHz, usando-o até 960 MHz, o que lhe
disponibiliza mais 4 MHz em relação ao E-GSM. Diminui também a distância entre os
http://www.gta.ufrj.br/ensino/eel879/trabalhos_vf_2008_2/ricardo/1_1.html Página 10 de 14
REDES GSM, GPRS, EDGE E UMTS 07/10/13 20:27
À medida em que cresce a demanda por novas aplicações, os serviços GSM vão sendo
desenvolvidos. A tecnologia GSM é dividia em 3 fases, onde os novos serviços
acabam por criar a próxima geração.
http://www.gta.ufrj.br/ensino/eel879/trabalhos_vf_2008_2/ricardo/1_1.html Página 11 de 14
REDES GSM, GPRS, EDGE E UMTS 07/10/13 20:27
Fase 1
Fase inicial, oferecia :
- Telefonia (voz);
- Chamadas de emergência;
- SMS (mensagens curtas) ponto a ponto e ponto multiponto;
- Dados síncronos e assíncronos (0.3 a 9.6 kbps);
- Transmissão de pacotes assíncronos.
Fase 2
- Serviços de e-mail;
- Voz a meia taxa (half rate). Esse serviço permite ampliar o número de usuários,
abrindo mão de certa parcela da qualidade da voz;
- Melhoras no SMS;
- Serviços de dados, como informações sobre tempo, clima, esportes, entre outros;
- Transmissão síncrona e dedicada de pacotes;
- Serviços adicionais como identificador de chamadas, chamada restrita,
teleconferência.
Fase 2+
http://www.gta.ufrj.br/ensino/eel879/trabalhos_vf_2008_2/ricardo/1_1.html Página 12 de 14
REDES GSM, GPRS, EDGE E UMTS 07/10/13 20:27
http://www.gta.ufrj.br/ensino/eel879/trabalhos_vf_2008_2/ricardo/1_1.html Página 13 de 14
REDES GSM, GPRS, EDGE E UMTS 07/10/13 20:27
http://www.gta.ufrj.br/ensino/eel879/trabalhos_vf_2008_2/ricardo/1_1.html Página 14 de 14