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VIII SRST- Seminário de Redes e Sistemas de Telecomunicações

Instituto Nacional de Telecomunicações – INATEL


ISSN 2358 – 1913
Setembro de 2018

Utilização de circuitos MPLS em redes WDM


Rodrigo Augusto Gonçalves Grion1, Bruno de Oliveira Monteiro2

Abstract – This paper describes the study in which three tests mesma estrutura de transmissão, os mesmos equipamentos de
with different characteristics were performed, but using the same backbone, roteadores, switches e fibras ópticas.
transmission path, the WDM (Wavelenght-Division Multiplexing).
Based on optical fiber, the WDM is predominantly setup in Antes de descrever os testes realizados, faremos uma breve
backbone networks. With the an operator telecommunication’s descrição de cada tecnologia e protocolo utilizado nas
vision, this work will show all the characteristics used in the three configurações dos serviços analisados.
test circuits, such as OTN (Optical Transport Network), routing
protocol as OSPF (Open Short Path First) and mainly MPLS II. SISTEMAS
(Multiple-Protocol Label Switching). This last protocol is the main
item of our study, where it will be use to demonstrate an Em nossa análise iremos utilizar o WDM como “backbone”
optimization of the WDM network for delivery of circuits specific da rede. Essa tecnologia foi escolhida por ser uma das principais
to each demand. tecnologias utilizadas por operadoras de telecomunicações para
Index Terms – WDM, Backbone, OTN, MPLS links de longa distância. A Figura 1 mostra um modelo de
Resumo – Este artigo descreve um estudo onde foram realizados enlace WDM.
testes em três circuitos de características diferentes, porém
utilizando a mesma tecnologia, o WDM (Wavelength Division
Multiplexing). Baseado em fibra óptica, o WDM é
predominantemente utilizado em redes de backbone. Com a visão
de uma operadora de telecomunicações, será mostrado neste
trabalho todas as características utilizadas nos três circuitos de
testes, como OTN (Optical Transport Network), os protocolos de
roteamento OSPF (Open Short Path First) e principalmente o
MPLS (Multiple Protocol Label Switching). Este último é o
principal item de nosso estudo, onde será utilizado para
demonstrar uma otimização da rede WDM para entrega de
circuitos específicos para cada demanda. Fig. 1. WDM - Mux/Demux/Cliente. Fonte: [Figura elaborada pelo autor]
Palavras chave—WDM, Backbone, OTN, MPLS.
Será descrito nesse artigo a tecnologia OTN que faz parte do
I. INTRODUÇÃO escopo do WDM. Em relação às camadas 2 e 3 do modelo OSI
Atualmente as evoluções tecnológicas em redes de (Open System Interconnection), vamos descrever também os
telecomunicações permitem realizar ampliações em diversos protocolos OSPF (Open Short Path First), MPLS (Multi-
setores. Os equipamentos de conexão, como roteadores, Protocol Label Switching) e 10GbE (10 Gigabit Ethernet). Por
switches, equipamentos WDM (Wavelength division fim, as análises dos testes ponto a ponto com suas considerações
multiplexing) e OTN (Optical Transport Networks) estão finais.
sempre evoluindo. Como meio de transmissão, a fibra óptica
A. WDM
ainda é um dos principais instrumentos utilizados hoje em dia.
O WDM é uma tecnologia em que a informação é
Como as demandas dos clientes estão cada vez maiores, os
transportada por sinais em diferentes comprimentos de onda
fornecedores precisam se esforçar para entregar o melhor
óptico, sendo esses sinais multiplexados e transportados
serviço, dessa maneira é imprescindível utilizar os
através de um par de fibras. Isso faz com que a capacidade de
equipamentos disponíveis mantendo a qualidade sem aumentar
transmissão aumente consideravelmente, inclusive com o
os custos de um projeto.
amplo aumento da largura de banda. Uma das grandes
O foco deste trabalho, é um estudo de caso que visa analisar e
vantagens do WDM é a possibilidade de aumentar e modular
comparar diferentes links, tipos de serviços, custos e benefícios
a capacidade de transmissão de acordo com a necessidade do
que podem ser entregues por uma operadora utilizando a
cliente, baseado na necessidade do tráfego. Esse sistema tem
uma relação custo benefício muito boa, pois é possível ampliar
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto Nacional de
a rede, ampliar a capacidade de tráfego, ampliar a gama de
Telecomunicações, como parte dos requisitos para a obtenção do Certificado de clientes, sem a necessidade de instalar fisicamente novos pares
Pós-Graduação em Engenharia de Redes e Sistemas de Telecomunicações. de fibra ópticas.
Orientador: Prof. Bruno de Oliveira Monteiro. Trabalho aprovado em 08/2018.
O sistema WDM atualmente mais utilizado é denominado C. MULTIPLEXAÇÃO
DWDM (Dense Wavelength Division Multiplex), que surgiu na Multiplexação óptica é uma característica que precisa ser
década de 90 e que tinha capacidade para até 40 canais com definida quando se inicia um planejamento para a implantação
espaçamento entre portadoras de 100GHz. A banda DWDM de um sistema novo de WDM. É preciso definir o espaçamento
tem um espaçamento total de 1525nm até 1625nm onde entre entre os canais ópticos específicos para a aplicação que será
os canais, o espaçamento pode ser de 200GHz (1.6nm), utilizada, pois é esse espaçamento que limita a capacidade do
100GHz (0.8nm), 50GHz (0,4nm) ou até 25GHz (0,2nm). Já o sistema. A Figura 2 ilustra a ideia básica de um demultiplexador
CWDM (Coarse Wavelength Division Multiplex) tem o mesmo óptico.
princípio de funcionamento, porém com baixa intensidade, tem O espaçamento pode ter uma variação de até 200GHz e é
uma janela de espaçamento entre 1310nm e 1610nm. padronizado pelas normas G694.1, G.694.2 do ITU-T. A Figura
2 mostra um modelo de “demultiplexação” óptica de um
DWDM.
Os sistemas WDM mais comuns são descritos a seguir:
• CWDM (Coarse Wave Division Multiplex) – Nesta técnica
a informação pode ser agrupada em até 16 canais e exige
menos controle de comprimento de onda, porém com alta
qualidade de serviço. Possui flexibilidade para sistemas
ponto-a-ponto, suportando tráfego Ethernet e sua taxa de
transmissão pode chegar até 1,25Gbps em distâncias de até
Fig. 2. Ideia básica de um demultiplexador óptico [15 ].
40km e 2,5Gbps em distâncias até 80km.
B. MUX / DEMUX • DWDM (Dense Wave Division Multiplexer) – Segundo a
O WDM é baseado na utilização de dois componentes ITU (International Telecommunications Union) esse
principais chamados Optical Multiplexer (OM), que tem a sistema pode combinar até 64 canais em uma única fibra,
função de combinar os diferentes comprimentos de onda em um porém na prática é possível encontrar equipamentos que
único caminho, e o componente Optical Demultiplexer (OD), suportam multiplexar até 128 canais. Como dito
que tem a função de separar esse comprimento único e retornar anteriormente, o espaçamento entre os canais pode ser de
os vários comprimentos de onda novamente. Existem 1.6nm até 0.2nm. O DWDM pode multiplexar 40
amplificadores ópticos que operam em uma faixa específica de comprimentos de onda na taxa de 10Gbps por canal, com
frequência e são aperfeiçoados para a operação com fibra uma banda total de 400Gbps. Atualmente alguns
existente, tornando possível impulsionar os sinais de onda de fornecedores já entregam equipamentos que suportam
luz, aumentando seu alcance sem a necessidade de convertê-los 400Gbps por canal. A técnica de multiplexação obedece ao
em forma elétrica. padrão G.652 (monomodo), que é utilizado na maioria dos
A tecnologia WDM é utilizada em sistemas de longo alcance backbones.
com ou sem regeneração elétrica. É preciso analisar as Algumas diferenças entre CWDM e DWDM são mostradas
distâncias de todo o sistema, a quantidade de canais e outras na Figura 3.
características para decidir se será ou não utilizado
regeneradores. O espaçamento recomendado entre os OLA's
(Optical Line Amplifier) é de 80 km. Esta limitação é devido
aos amplificadores EDFA (Erbium Doped Fibre Amplifier),
pois em geral apresentam ligeira variação do ganho dentro da
faixa de operação (1530nm a 1565nm), já que: Ganho de
amplificador (dB) = Potência de saída (dBm) - Potência de
Entrada (dBm).
Neste sentido, para diferentes potências de entrada o sistema
apresentaria variações no ganho dos amplificadores, o que
consequentemente com a repetição desta característica ao longo
da rota, resultaria na perda da relação sinal ruído. Além deste
fator vale ressaltar também a questão da limitação por dispersão Fig. 3. Banda CWDM vs. DWDM [13]
(cromática e polarização). Comprimentos de onda de luz que
percorrem um maior trecho sofrem uma dispersão maior em A distância alcançada e a capacidade de banda são as
relação aos comprimentos de onda que percorrem trechos mais principais diferenças entre esses dois sistemas. As grandes
curtos, neste sentido é necessário um maior controle para a operadoras utilizam o DWDM para redes em longa distâncias,
compensação da dispersão ao longo da rota. pois permitem uma capacidade de até 80 canais em uma única
fibra (dependendo do fabricante) e tem uma taxa maior. Isso é
útil pois é possível transmitir não só o tráfego de um cliente
como o tráfego de todo o backbone da operadora de um ponto distribuição de quadros e alta taxa de bits. A hierarquia OTN
para outro. Como dito anteriormente, a taxa do CWDM é de até entrega serviços de supervisão, transporte, roteamento,
2,5Gbps e por isso é normalmente utilizado em redes multiplexação e integridade. Cada camada representa uma
metropolitanas e redes de acesso à clientes. funcionalidade e estabelece comunicação entre as próximas
camadas. As camadas que fazem parte do OTN são: sinal
D. CAPACIDADE E TRANSPARÊNCIA cliente – (SDH, SONET, IP, ATM, GE, FE Etc.); OPU –
Em um sistema WDM podem ser configurados serviços de Optical Channel Payload Unit; ODU – Optical Channel Data
2Mbps até 100Gbps, sendo que hoje em dia, alguns fabricantes Unit; OTU – Optical Channel Transport Unit; OCh – Optical
já utilizam equipamentos transponders de 400Gbps. A Channel; OMS – Optical Multiplexed Section e OTS – Optical
configuração de um serviço, com uma determinada banda, não Transmission Section. A Figura 4 indica essas camadas
influencia em nada os outros serviços configurados no mesmo hierarquicamente.
sistema WDM. O WDM tem a vantagem de transmitir
diferentes sinais de uma maneira transparente em um mesmo
par de fibra. Não é necessária uma conversão óptica-elétrica nos
equipamentos uma vez que não há processos elétricos, mas sim
multiplexação dos sinais a serem transmitidos. Neste trabalho
iremos analisar um serviço configurado em um link WDM
“puro”, configurado com uma interface 10Gbps, e um link com
interfaces 1Gbps utilizando o mesmo meio de transmissão. Os
serviços transportados pela tecnologia WDM são: SDH –
(ATM: STM-1; STM-4; STM-16; STM-64 e STM-256);
SONET – (OC3; OC12; OC-48; OC-192 e OC-768); Ethernet
Service – (FE; GE; 10GE LAN; 10GE WAN); OTN Service –
Fig. 4. Representação das camadas OTN. [3]
(OTU1; OTU2, OTU3 e OTU4) e SAN Service – (Vídeo
Services e outros). Sinal cliente – Quando um sistema WDM e/ou OTN recebe um
sinal, ele vai ajustá-lo de acordo com suas características. É
III. OTN comum chamarmos este sinal recebido de “sinal cliente”. Este
OTN (Optical Transport Network) é uma rede de transporte sinal pode ser proveniente de diferentes tecnologias como
óptica composta por um conjunto de elementos de rede que são ATM, SDH, IP, SONET etc. Neste trabalho, vamos utilizar o
conectados por fibras ópticas e que fornecem funcionalidades sinal cliente 10Gbps.
de transporte, multiplexação, roteamento, supervisão e OPU (k) – É a estrutura utilizada para adaptar informações do
gerenciamento dos sinais “clientes” na rede. Segundo a cliente para o transporte através do canal óptico. É inserido um
recomendação G.709 da ITU-T, o OTN é um protocolo que cabeçalho (flag) na fonte do sinal cliente quando chega na rede,
fornece transporte eficiente baseado em comprimentos de onda isso acontece na OPU, que não modifica os dados e retira a flag
por meio de uma canalização óptica, oferecendo altas taxas de no destino para sinalizar que a informação está sendo
transmissão e integridade ponto a ponto. A rede OTN é uma transmitida. O índice “k” é utilizado para representar a taxa de
evolução da rede SONET (Synchronous Optical Network) e bits suportada, onde k = 1 significa aproximadamente 2.5Gbps;
SDH (Synchrounous Digital Hierarchy) e ainda oferecendo a k = 2 representa uma taxa de 10Gbps; k = 3 representa 40Gbps
versatilidade do DWDM (Dense Wavelength Division e k = 4 representa uma taxa de 100Gbps.
Multiplexing), fazendo com que todo o sistema tenha um ODU (k) – É uma estrutura de informação que consiste no
melhor desempenho para solução de problemas e isolamento de payload da informação. Ele adiciona um cabeçalho (flag) da
falhas na rede. camada para ser transportado ao seu destino. Com esse
O OTN proporciona integração de redes diferentes com a cabeçalho, é possível realizar a monitoração de nível óptico fim
transparência de protocolos. É uma rede que fornece recurso de a fim para fazer a comutação da proteção de cada ODU e
manutenção avançado para sinais que trafegam por redes de monitorar os sinais de indicação de alarmes.
diferentes operadoras e serviços de monitoramento de OTU (k) – A OTU representa uma interface física óptica (ex:
desempenho multicamadas. Essa integração é realizada via OTU2, 10Gbps etc.) e adiciona monitoramento de desempenho
quadro comum de transportes, não importando o tipo de serviço para a camada óptica.
que o cliente esteja utilizando (SONET, Ethernet, IP, etc.). FEC (Forward Error Correction) – é um código algoritmo-
matemático que utiliza uma técnica de símbolos redundantes ao
A. HIERARQUIA OTN
conteúdo da mensagem original para realizar a correção de
É no OTH (Optical Transport Hierarchy) e no DTH (Digital erros. O FEC torna o sistema mais robusto e confiável.
Transport Hierarchy) que se inicia a estrutura que transporta OCh – O OCh representa o caminho óptico ponto a ponto.
sinais digitais para dentro do OTN. É predominantemente Nessa camada se faz a alocação de um comprimento de onda e
óptica a entrega dos serviços, conservando as facilidades de onde ocorre o processamento e recuperação de um fluxo
continuo de bits capaz de ser modulado/demodulado em uma seja: quanto maior a largura de banda, menor será o custo. O
portadora óptica. São incluídos os processos de codificação, OSFP faz um cálculo entre a largura de banda e a capacidade
decodificação, scrambling, descrambling, recuperação de clock da interface para definir o custo de cada rota. Em nosso estudo,
e também geração e terminação de sinais de iremos utilizar interfaces de conexão entre os switches de
gerencia/manutenção. 10Gbps.
OMS - Tem entre suas funções acomodar processos referentes O OSPF adota a transmissão de 5 pacotes específicos para
ao ganho de potência e compensação de dispersão dos sinais de montar a rede. Esses pacotes são: Pacotes Hello: responsáveis
entrada e saída. A OMS faz a modulação de uma portadora pela descoberta e manutenção da vizinhança com roteadores
óptica através do payload OCh. diretamente conectados. Dentro do pacote Hello são enviadas
OTS – É considerada a camada de transmissão do sistema. É informações que precisam ser exatamente iguais entre os dois
nesta camada que o playload OTS e o OTS Overhead são roteadores como: Area-ID; Autenticação, Hello Interval, Dead
transportados. Ela transporta as sessões multiplexadas Interval e Stub Area Flag. Esses campos devem ser idênticos
opticamente. em ambos os roteadores e especificam respectivamente a área
Para facilitar as negociações comerciais, existe um padrão OSPF, a senha, o intervalo de conexão/desconexão da
utilizado por fornecedores e clientes para identificar as vizinhança e a área stub dos roteadores.
capacidades de cada link com relação ao OTN. Podemos ver a O Pacotes DBD (Database Descriptor) verificam se as
relação desse padrão na Tabela I. tabelas LSDB estão sincronizadas entre os vizinhos. Os Pacotes
LSR (Link State Request) são enviados para solicitar
TABELA I
RELAÇÃO OTU X ODU [2] informações sobre os estados das rotas fora da tabela LSDB. O
pacote LSU (Link State Update) é a resposta do LSR. O pacote
LSA (Link State Advertisement) é utilizado para confirmar o
recebimento dos pacotes anteriores, com exceção dos pacotes
Hello.
Cada roteador recebe uma identificação única na rede
chamada de Router-ID, que pode ser manual ou dinamicamente
definida. É definida uma interface loopback em cada roteador,
pois como essa interface será apenas lógica, ela nunca ficará
indisponível, assim o processo OSPF sempre terá uma interface
UP para realizar o sincronismo.
Ao estabelecer uma conexão, o OSPF elege por valor de
IV. PROTOCOLO OSPF prioridade, configurada dinâmica ou manualmente, um roteador
Esse é o protocolo que utilizaremos na configuração dos principal chamado de DR (Designated Router) e um BDR
switches Layer 3 desse estudo. O protocolo OSPF (Open (Backup Designated Router). Com a eleição do DR e BDR os
Shortest Path) é um protocolo aberto, definido pelo RFC 1247. outros roteadores irão enviar atualizações somente para eles,
Utiliza o algoritmo Dijkstra, onde ele considera a largura de diminuindo assim o tráfego de pacotes de controle dentro da
banda na determinação da métrica para rotas, diferentemente rede.
dos protocolos distance vetor.
O OSPF é um protocolo link state, onde calcula a métrica e V. PROTOCOLO MPLS
o estado dos links para executar o roteamento, envia updates O MPLS (Multi-Protocol Label Switching) foi desenvolvido
via multicast e trabalha com atualizações incrementais, ou seja, pelo IETF (Internet Engineering Task Force) com o objetivo de
envia atualizações somente se houver mudanças na rede. É tornar mais eficiente a comutação e encaminhamento de
hierárquico e dividido em áreas (domínios de roteamento) onde pacotes. O encaminhamento não é baseado no endereço IP de
o router controlador é chamado de ABR (Area Border Router). destino (camada 3), no MPLS o encaminhamento de pacotes é
Os roteadores com OSPF mantém três tabelas diferentes: feito rapidamente pois utiliza-se uma técnica onde o rótulo é
Tabela de vizinhança: é onde armazena as informações dos transformado em um índice de pesquisa para uma tabela interna
roteadores “vizinhos” diretamente conectado. LSDB (Link que faz da descoberta da interface de saída apenas uma questão
State Database): é considerada a tabela de “topologia”. É nessa de pesquisa.
tabela onde está a relação de todos os roteadores, quais redes O rótulo MPLS está presente no cabeçalho MPLS, que por
cada um conhece e todos os caminhos para chegar em cada um sua vez é inserido entre o cabeçalho IP e o cabeçalho da camada
deles. RIB (Routing Information Base): as rotas com melhores de enlace. Em algumas literaturas ele é definido como um
custos para cada uma das redes existentes na LSDB serão protocolo de camada 2,5 pois como depende do IP ele não pode
enviadas para a RIB após a execução do algoritmo SPF. ser definido somente como protocolo de camada 2 e também
O critério adotado pelo OSPF no processo de roteamento é o não é definido somente como camada 3 pois encaminha pacotes
custo. Quanto menor o custo, melhor o caminho. O custo é por diferentes pontos através de VLANs (Virtual Local Area
inversamente proporcional à largura de banda/interface, ou Network) e circuitos virtuais em um único enlace. A escolha do
caminho MPLS é baseada no roteamento convencional de Por ser ponto a ponto full-duplex, não há colisão e ganha
camada 3. A comutação do rótulo MPLS ocorre depois da tempo. Com esse padrão Ethernet, podemos ter interfaces de
escolha de um caminho baseado no roteamento de camada 3. conexões que variam de 300m -10GBase-SR (short range),
A definição de multi-protocol é utilizada porque é possível utilizando fibra óptica multimodo, até 40km - 10Base-ER
que switches MPLS encaminhem pacotes IP e pacotes não IP (extended reach) utilizando fibra monomodo. Nessas e em
ao mesmo tempo. Na Figura 6 vemos os campos do cabeçalho outras versões é realizado um embaralhamento dos bits de
MPLS. dados, o que produz um fluxo serial de informações e a
codificação com o código 64B/66B. Com essa codificação o
tamanho do overhead também diminui. O padrão 10GBase-LR
(long reach), utilizando interface com 10km de alcance em
fibra monomodo (1,3µ) foi o padrão utilizado para os testes
desde estudo.

VII. ESTUDO DE CASO


Fig. 5. Representação de um cabeçalho MPLS. [1] Com todas as informações anteriores podemos entender
como foram realizados os testes que serão apresentados nesta
O campo “Label” é o rótulo do MPLS, normalmente parte do estudo. Atualmente é comum em operadoras de
chamado de etiqueta que é utilizado como um identificador de telecomunicações a entrega de serviços ponto a ponto em WDM
e tem tamanho fixo. O “QoS” (Quality of Service) é o campo diretamente em interfaces de 10Gbps. Pensando nisso,
que indica a qualidade do serviço, “S” indica o empilhamento realizamos um estudo para otimizar esse tipo de serviço com a
de outros rótulos e “TTL”( Time to Live) o tempo de vida útil utilização do mesmo meio de transmissão WDM, porém com a
do rótulo. Na estrutura do link MPLS temos o LER (Label Edge entrega de circuitos de menor capacidade.
Router), designado o roteador de borda. É ele que faz a inspeção A intenção dessa otimização é ampliar a carteira de clientes
do IP de destino e outros campos para decidir qual caminho os e consequentemente aumentar a receita financeira de uma
dados devem seguir, dispara o processo de definicção de um operadora. Isso pode ser possível economizando com a
caminho MPLS, e depois coloca o rótulo correspondente no instalação de equipamentos de backbone, uma vez que os
pacote. Na ponta remota da rede MPLS o rótulo será removido, principais dispositivos do meio de transmissão serão os mesmos
entregando o pacote IP para a próxima rede ou para o cliente. e não haverá gastos excessivos.
Esse processo pode ser visto na Figura 6. Para esta otimização, foi configurado um circuito ponto a
Os equipamentos que ficam no “meio” da rede podem ser ponto entre as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro a fim de
chamados de LSR (Label Switched Router). Eles identificam o mostrar as diferenças de capacidades, latência, tipos de
rótulo e utilizam-o como índice para uma tabela de interfaces, tipos de tráfego e viabilidade comercial de cada um.
encaminhamento, determinam um novo rótulo e a interface de Podemos entender esse circuito na Figura 7.
saída. Esse tipo de comutação de rótulos é o padrão em redes
de circuitos virtuais. O caminho virtual criado da origem ao
destino é chamado de LSP (Label Switch Path).

Fig. 7. Representação de um circuito WDM entre SP e RJ. [Figura elaborada


pelo autor]

O primeiro teste foi a configuração de um canal (OCh) WDM


entre esses dois pontos. Para melhor entendimento das análises,
daremos o nome desse primeiro circuito de “Circuito A”. Para
esse teste, utilizamos um equipamento OSN6800 (Huawei) e
um transponder em cada central de modelo LSX (Line Single
Fig. 6. Representação de Rótulos MPLS. [Figura elaborada pelo autor] X). A letra X significa 10Gbps para este fornecedor específico.
Esse canal foi configurado em uma rede já em produção e sem
VI. ETHERNET 10GBPS afetar os outros canais (clientes) configurados no trecho.
Padronizado pelo IEEE 802.3a, é um padrão de velocidade Após a configuração do OCh, como sequência do processo
utilizada dentro do backbone de operadoras para fazer a de criação, configuramos o ODU. A partir desse ODU fez-se a
conexão de roteadores de ponta, switches, servidores e troncos configuração de um OPU. A taxa escolhida foi de 10Gbps, que
de longa distância em redes metropolitanas com base em é a capacidade máxima do equipamento instalado (LSX), assim
Ethernet e fibra óptica. Em todos os casos o Ethernet 10Gbps é configurado o trecho como ODU-2 Por fim, foi configurado um
full-duplex ponto a ponto, assim não utiliza CSMA/CD Trail 10G-LAN entre os pontos. Neste caso, a interface do
(Carrier Sense Multiple Access with Collision Detection). cliente será uma interface óptica 10GigaEthernet.
Na Figura 8 é possível visualizar de forma hierárquica as Pensando dessa maneira, realizamos nosso segundo teste que
camadas do OTN/WDM que foram utilizados na configuração. está representado na Figura 10. Foram instalados e
Ao realizar a configuração na plataforma de gerencia, pode- configurados dois switches Layer 3 com OPSF, protocolo
se observar na Tabela II todos os níveis do WDM/OTN necessário para estabelecer a vizinhança em camada de rede.
configurados, como a frequência do canal e a taxa de cada nível. Após o estabelecimento da vizinhança, foi configurado o
MPLS, protocolo para habilitar a criação de circuitos (túneis)
virtuais. O equipamento anterior (transponder LSX) entrega
somente uma interface de 10G-LAN e os switches instalados
tem capacidade de entregar até quatro interfaces de 10Gbps e
mais 28 interfaces de até 1Gbps. No primeiro circuito, a
configuração de rate limit inserida foi para uma taxa máxima
de 1Gbps e para o segundo circuito utilizamos a taxa máxima
de 200Mbps. Para nossa análise, vamos chamar os circuitos de
“Circuito B” e “Circuito C” respectivamente.

Fig. 8. Representação da estrutura WDM/OTN/Cliente. [Figura elaborada pelo


autor]

TABELA II
REPRESENTAÇÃO GERENCIA WDM [TABELA ELABORADA PELO AUTOR]

Source Bearer rate


Level Name Rate
Wavelength (Mbps)
74\1558.17\192.4
Och spo-rjo-och 0
00
OT U3 Spo-rjo-ot u 10709 OT U2
Fig. 10. Representação de um circuito MPLS.[Figura elaborada pelo autor]
ODU3 Spo-rjo-odu 10037 ODU2
Client In ate l -10G 10000 10 G E LAN
Ambos circuitos foram configurados em interfaces de 1Gbps
Teste 1 - Com o circuito já ativo, foi realizado um loop lógico em modo Full-Duplex. Realizamos o mesmo teste RFC2544
no equipamento instalado no Rio de Janeiro. Em São Paulo foi nos dois circuitos, porém agora com o instrumento de testes
inserido um instrumento de teste simulador de tráfego para inserido no switch e não no WDM (ponta São Paulo), enquanto
análise. O teste representado na Figura 9 foi um RFC2544 o loop lógico foi configurado no switch da outra ponta (Rio de
(Requests for Comments), que é o teste padrão de operadoras Janeiro). A Figura 11 representa esse segundo teste.
para análise de latência nas camadas 2 e 3 padronizado
pela IETF (Internet Engineering Task Force).

Fig. 11. Representação de um teste MPLS. [Figura elaborada pelo autor]

Nota-se que é possível realizar um teste de cada vez, sem


Fig. 9. Representação de um teste de loop ponto a ponto.[Figura elaborada pelo interromper o tráfego dos outros circuitos. Após a realização
autor]
dos três testes, o foco da análise foi em um dos principais itens
discutidos na hora da decisão de escolha de um link ou
Os testes de tráfego tiveram sucesso com a taxa de 10Gbps, operadora, a latência, que nada mais é do que o “atraso total”
sem perda de pacotes e sem taxa de erro em nenhum momento. de um pacote na rede, ou seja, o tempo necessário para que um
Sem perder a estrutura instalada e já garantida nos testes, foi pacote chegue ao seu destino. Logo, quanto menor a latência,
realizada uma forma de otimização da rede. Essa nova estrutura mais rápido o pacote irá chegar no destino e melhor será o
visa ganhar banda sem perder cliente, ou seja, com o mesmo desempenho do link.
trail 10Gbps instalado em uma rede e disponível para um só Configuramos o teste RFC2544 para testar pacotes de
“cliente final”, é possível otimizar para que outros clientes de 128bytes até 9000bytes. Nesse caso, as latências medidas estão
capacidades diferentes possam utilizar esse link sem demonstrada na escala em µs, no gráfico abaixo da Figura 12.
interferência entre eles. Veremos após os testes se é viável
técnica e comercialmente a utilização dessa nova estrutura.

Teste 2 - Uma vez configurado o Trail 10Gbps no WDM, é


possível inserir diferentes tipos de serviços para transporte.
capacidade de 1Gbps por exemplo, esta capacidade não poderá
6,58 ser alterada em nenhum trecho do circuito.
6,57 Analisando os testes, vemos uma pequena diferença na
6,56 latência dos pacotes em geral, mas analisando somente os
6,55
pacotes maiores, com MTU de 9000bytes, a latência de um
6,54
circuito de 10Gbps, com instrumento de testes conectados
Latencia (µs)

6,53
diretamente em transponders WDM, é apenas 0,27% menor do
6,52
6,51
que a latência de um circuito de 1Gbps, e 1,77% menor do que
6,50
a latência de um circuito de 200Mbps com testes em switches
6,49 MPLS.
6,48 A Tabela III indica as latências obtidas nos três testes.
6,47
TABELA III
6,46
LATÊNCIA [TABELA ELABORADA PELO AUTOR]
6,45
128 256 512 1024 1280 1518 9000
Pacotes Latência (µs)
Pacotes (bytes) (Bytes) Circuito A Circuito B Circuito C
Fig. 12. Latência x Pacotes. [Figura elaborada pelo autor]
128 6,462 6,455 6,450
Analisando os testes, podemos verificar que para pacotes de 256 6,462 6,457 6,451
128bytes, os três testes foram praticamente parecidos, porém 512 6,462 6,460 6,455
para pacotes de 9000bytes a diferença de latência é maior. A
1024 6,462 6,468 6,463
maior diferença ficou entre pacotes de 9000bytes. O Circuito A
teve uma latência de 6,46µs enquanto no “Circuito C” foi de 1280 6,462 6,472 6,466
6,57µs. 1518 6,462 6,474 6,470
No gráfico a diferença parece ser grande, porém na prática 9000 6,462 6,480 6,577
essa diferença quase não existe. Essa informação é de extrema
importância para operadoras e clientes, pois é com ela que se Essa análise sobre a latência de um circuito é válida pois
consegue validar a viabilidade de um link. Podemos verificar muitas vezes um cliente pode decidir contratar um circuito de
que não há muita diferença na latência dos pacotes entre 128 e uma operadora específica somente pela latência de sua rede.
1518bytes. Algumas vezes o cliente solicita um teste de latência antes de
A Figura 13 indica que os pacotes menores têm maior contratar qualquer circuito. Mas apesar da diferença grande
latência em relação aos pacotes maiores. entre a latência do “Circuito A” e do “Circuito C” para os
Latência de pacotes com 9000 bytes
pacotes MTU 9000, os outros itens analisados nos testes
6,70 tiveram valores aceitáveis.
6,577 Viabilidade econômica - Pesquisamos em algumas
6,60
operadoras e verificamos que os valores de instalação e
6,480
Latência (µs)

6,50 6,462 mensalidades são parecidos, porém o que diferencia é a


6,40 capacidade de transporte e suas características. Em relação ao
custo, tanto na visão da operadora quanto na visão do cliente o
6,30 “Circuito A” tem um custo muito maior.
6,20 Existe uma coisa importante que faz esse custo ser maior, que
10 Gbps 1 Gbps 200 Mbps é a característica do WDM em ser “transparente”. Isso significa
Fig. 13. Latência com pacotes de 9000 bytes [Figura elaborada pelo autor] que uma operadora pode contratar um link WDM de outra
operadora e fornecer serviços para seus próprios clientes. Dessa
Vale lembrar que cada cliente utiliza um tipo de pacote maneira, é possível transmitir qualquer tipo de tráfego em
específico para cada tipo de aplicação e a operadora deve WDM sem a rede de uma operadora ter o conhecimento da
disponibilizar o tipo de serviço que lhe foi contratado. A Tabela topologia, intervenção ou monitoração da outra rede. Ao
III mostra as latências obtidas nos três testes. analisar pelo lado da operadora, é possível afirmar que não se
O WDM não analisa pacotes, não analisa MTU (Maximum tem prejuízo ao realizar a entrega/venda de um serviço de
Transmission Unit) e não analisa o tipo de aplicação, por isso, menor capacidade como o “Circuito B” ou “Circuito C” em
muitas vezes se faz necessária uma outra estrutura para a relação ao “Circuito A”, pois após a configuração de um
entrega de serviços específicos. Com switch MPLS é possível circuito de 10Gbps a instalação de outros dispositivos nas
configurar opções como rate limit, QoS, prioridades, interfaces pontas se torna mais simples.
trunks com Vlans e outras características específicas de um Mesmo com a instalação de switches, e outros equipamentos,
switch. Isso não é possível com o WDM “puro”, pois no WDM o custo-benefício de realizar a entrega de circuitos com
se um determinado fabricante fornece uma placa com capacidades diferentes ao invés de um só circuito é melhor (na
visão de uma operadora). É fato que em qualquer operadora o 200Mbps ou 1Gbps dentro de um circuito principal de 10Gbps,
valor cobrado para um circuito de menor capacidade uma operadora tem seu custo-benefício otimizado, pois a
(200Mbps) em relação a um circuito de maior capacidade receita aumenta consideravelmente.
(10Gbps) é menor, porém com possibilidade de entrega de mais A diferença de valor é grande em relação a diferença de
de 20 circuitos utilizando o mesmo meio de transmissão, é latência recebida. Cada cliente irá avaliar e decidir a capacidade
possível diminuir as despesas e aumentar a receita necessária para sua rede, mas para uma operadora é
consideravelmente. compreensível realizar a otimização sugerida neste estudo. A
Em uma pesquisa informal com operadores da cidade de São análise dos nossos testes mostrou que não há muita diferença na
Paulo, identificamos uma médica de valores cobrados para links latência de links de 10Gbps e 200Mbps, porém a diferença de
dedicados ponto a ponto de 10Gbps, 1Gbps e 200Mbps. A custo é muito grande. Uma vez que uma operadora consegue
Tabela IV indica esses valores. disponibilizar um link 10Gbps, ela não precisa necessariamente
“vender” esse 10Gbps inteiro para um só cliente, sendo viável
TABELA IV a instalação de equipamentos que forneçam circuitos com
MÉDIA DE VALORES (ABRIL/2018) [ELABORADA PELO AUTOR] capacidades diferentes.
Na visão do cliente, também é possível afirmar que a
Média de Valores de operadoras (SP)
diferença de latência entre os circuitos não irá diminuir a
Mensalidade Taxa 10Gbps Taxa 1Gbps Taxa 200Mbps performance do link e a escolha do serviço vai depender da
12 meses R$ 46.000,00 R$ 15.000,00 R$ 8.300,00 necessidade de cada rede.
24 meses R$ 40.000,00 R$ 13.000,00 R$ 7.300,00
36 meses R$ 38.000,00 R$ 12.500,00 R$ 7.000,00
REFERÊNCIAS
[1] (Artigo online) Fagundes E. “Troca de Rótulos MPLS”. 2007.
A partir de todos esses dados, podemos verificar que é Disponível: http://efagundes.com/networking/algoritmos-de-
possível construir diferentes modelos de circuitos como forma roteamento/troca-de-rotulos-e-mpls. Acessado em 22/05/2018.
de otimização, manutenção de recursos e aumento de receita. A [2] (Artigo online) Jamgochian, Mike. “Understanding OTN Optical
tabela V indica que com a configuração de um link de 10Gbps Transport Network (G.709). 09/03/2010. Disponível: http://www.cvt-
dallas.org/March2010.pdf. Acessado em 20/05/2018.
a receita mensal fica em média R$40.000,00 enquanto com a [3] (Artigo online) Schubert, A. “G.709 – The Optical Transport Network
utilização desse mesmo link de 10Gbps otimizado a rede com a (OTN)”. 2015. Disponível: https://www.viavisolutions.com/en-
estrutura MPLS, como no exemplo 3, a receita pode chegar em us/literature/g709-optical-transport-network-otn-white-paper-en.pdf.
média R$227.200,00. Acessado em 20/05/2018.
[4] ALMEIDA, Yuri Leonardo. Evolução das Redes de Transporte: Packet
Como dito anteriormente, nesse nosso estudo, utilizamos Transport Networks e MPLS-TP. Disponível:
switches com 28 interfaces de até 1Gbps. Com essa estrutura, http://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialredetransp. Acessado em
podemos ver no exemplo 3 da Tabela V que é possível 15/04/2018.
configurar dentro de um link de 10Gbps até 24 circuitos de [5] CESAR, Gustavo Luvizotto. Fundamentos do padrão OTN (Optical
Transport Network). Trabalho de conclusão de curso. Universidade de
200Mbps cada um e 4 links de 1Gbps, sem ultrapassar a banda São Paulo. São Carlos.2014
total de 10Gbps fornecida pelo ODU2 do WDM. É possível ver [6] FILIPPETTI, Marco A..CCNA 5.0 Guia completo de estudos. 1ª ed. São
também a diferença de faturamento mensal entre o exemplo 1 e Paulo: Visual Bookspp, 2009, pp. 277–295.
o exemplo 3. [7] JUNIOR, M. R. S; Optical Transport Network – Artigo TCC. Instituto
Nacional de Telecomunicações, Inatel, 2013.
TABELA V [8] LAUDE, Jean-Pierre. DWDM Fundamentals, Components, and
MODELOS DE NEGOCIO (ABRIL/2018) [TABELA ELABORADA PELO AUTOR] Appications. 1ª ed. London: Artech House Publishers, 2002, pp. 19-20
[9] PERROS, Harry G. Connection-Oriented Networks SONET/SDH, ATM,
1 Link MPLS and Optical Networks. 1ª ed. Chichester, England: Wiley, 2007,
10Gbps Exemplo 1 Exemplo 2 Exemplo 3 pp. 131-201.
Qtde. de circuitos [10] KOMATSU, B. H. B. OTN – Optical Transport Network –
de 1Gbps 0 Links 8 Links 6 Links 4 Links Funcionamento da Rede de Transporte no Domínio Óptico. Artigo TCC.
Qtde. de circuitos Instituto Nacional de Telecomunicações, Inatel, 2016.
de 200Mbps 0 Links 10 Links 20 Links 24 Links [11] TANEANBAUM, Andrew S., Wetherall, David, Redes de
Banda total Computadores. Tradução de Daniel Vieira. 5º ed. São Paulo: Person
ocupada 10Gbps 10Gbps 10Gbps 8,8Gbps Prentice Hall, 2011, pp. 290–300.
Faturamento [12] TSUJIGUSHI, Guilherme Kazan. Evolução da tecnologia DWDM –
mensal em R$ 40.000,00 177.000,00 209.400,00 227.200,00 Artigo TCC. Instituto Nacional de Telecomunicações, Inatel, 2016.
[13] Fiber Optics. Disponível: http://a2net.eu/fiberoptics.html. Acessado em
Lembramos ainda que em nossa análise não levamos em 05/04/2018.
conta cálculos de “engenharia de tráfego”, que praticamente [14] OptiX OSN 6800 Intelligent Optical Transport Platform Product
Documentation. Disponível:
toda operadora realiza, que consiste em “vender” uma
http://support.huawei.com/enterprise/en/transmission-network/optix-
capacidade maior de circuitos do que o meio pode suportar. osn-6800-pid-16167. Manual do equipamento. Product Version:
V100R011C10. Acessado em 02/03/2018.
VIII. CONCLUSÕES [15] Wavelenght Division Multiplexers (WDM) Information. Disponível:
https://www.globalspec.com/learnmore/optics_optical_components/fibe
Assim, após nossa análise, é possível afirmar que ao utilizar
switches para configurar circuitos de capacidade menores como
r_optics/fiber_optic_wavelength_division_multiplexers. Acessado em
12/03/2018.
[16] ZHU, Aria. Fiber Optical Solutions. Disponível: http://www.fiber-optic-
solutions.com/ip-wdm-ip-otn-comparison.html. Acessado em
10/05/2018.

Rodrigo Augusto Gonçalves Grion nasceu em São Paulo, SP, em 25 de julho


de 1981. Possui os títulos de Técnico em Processamentos de dados (ITB, 1998),
Técnico em Eletrônica (Chip, 2001) e Bacharel em Ciência da Computação
(FAC-FITO, 2006). Iniciou a carreira como programador de computador e
migrou para a área de telecomunicações em 2000. Em 2009 migrou para a
planta interna operando a rede da maioria das operadoras do país. Foi professor
no ITB (2017) onde lecionou disciplinas na área de Manutenção em
Informática. Desde 2014 é analista em telecomunicações na empresa Samm,
que pertence ao grupo CCR, atuando principalmente na área de engenharia,
realizando suporte especializado, viabilidade técnica e desenvolvendo projetos
de novas redes WDM, SDH, OTN, MPLS e IP.

Bruno de Oliveira Monteiro Possui graduação em Engenharia Elétrica


modalidade eletrônica pela Fundação Instituto Nacional de Telecomunicações
(2000) e mestrado em Engenharia Elétrica pela Fundação Instituto Nacional de
Telecomunicações (2006). Atualmente é professor parcial, coordenador da
Fetin - Feira Tecnológica do Inatel e coordenador do Nesp - Núcleo de Estágio
e Serviços Profissionais do Inatel. Atuando principalmente nos seguintes temas:
Rede de Transporte, NG-SDH, OTN, GFP, LCAS, VCat, Green IT.

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