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09/09/2022 11:52 FOA Reference Guide To Fiber Optics

 
Capítulo
5
Fibra
óptica
 

 
Objetivos: Neste capítulo, você aprenderá:
Como a fibra óptica transmite luz.
Tipos de fibra.
Características físicas de diferentes tipos
de fibra.
Especificações do desempenho da fibra.
 
O que é a fibra óptica?
 
A fibra óptica é o meio de comunicação que
funciona enviando sinais ópticos (de luz)
através de fios finos de fibra de
vidro extremamente puro ou de plástico. A luz é “guiada”
através do centro da
fibra, que é chamado “núcleo”. O núcleo está rodeado por um
material óptico
chamado “cladeado” que captura a luz no núcleo utilizando una técnica
óptica
chamada “reflexão interna total”. A fibra é coberta por um revestimento buffer que a
protege da umidade e de
danos físicos. O revestimento buffer
é a cobertura retirada da
fibra para realizar uma terminação ou uma emenda.
 

 
 

 
O núcleo e o cladeado usualmente são
realizados com vidro extremamente puro, embora
algumas fibras sejam totalmente
de plástico, ou com um núcleo de vidro e cladeado de
plástico. O núcleo foi projetado
para ter um maior índice de refração que o cladeado, um
parâmetro óptico que
mede a velocidade da luz no material. A refração de menor índice
do cladeado
faz com que os raios de luz sejam curvados conforme passam do núcleo

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para o
cladeado, o que causa uma “reflexão interna total” que captura a luz no núcleo
até
um determinado ângulo, o que define a “abertura numérica” da fibra.
A fibra de vidro é coberta por um
revestimento plástico chamado “revestimento buffer
primário” que a protege da umidade e de danos físicos. E o “cabo” fornece mais
proteção
às fibras e aos elementos de resistência através de uma cobertura de
proteção exterior
chamada “jaqueta”.
 
Fabricação da fibra óptica
A fabricação da fibra óptica com precisão
submícron é um processo interessante que
consiste em fabricar vidro
extremamente puro e esticá-lo até formar fios do tamanho de
um cabelo humano. O
processo começa com a fabricação de uma pré-forma, uma vareta
de vidro de
grande diâmetro que tem exatamente a mesma seção transversal que uma
fibra, mas
que é centenas de vezes maior. A extremidade da vareta é aquecida, e um fio
fino de fibra é esticado desde a pré-forma e é enrolado em grandes bobinas.
Depois da
fabricação, a fibra é testada e transformada em cabo.
 
Tipos de fibra
 
Tipos
multimodo e monomodo
Os dois tipos básicos de fibra são
multimodo e monomodo. Dentro dessas categorias, as
fibras são identificadas de
acordo com os diâmetros do núcleo e do cladeado expressos
em micrômetros (a
milionésima parte de um metro), por exemplo, 50/125 micrômetros
para a fibra
multimodo.
A maioria das fibras tem 125 micrômetros de
diâmetro exterior – um micrômetro é a
milionésima parte de um metro e 125
micrômetros equivalem a 0,005 polegadas –
apenas um pouco maior que um
cabelo humano.
A fibra multimodo possui um núcleo através
do qual viajam raios de luz em muitas
direções, chamadas modos. O núcleo é
maior (geralmente de 50 ou 62,5 micrômetros) e
suporta a transmissão de
múltiplos modos (raios) de luz. A fibra multimodo geralmente é
utilizada com
fontes LED em comprimentos de onda de 850 e 1300 nm (ver abaixo) para
redes de
área local (LAN) mais lentas e com fontes laser a 850 nm (VCSEL) e 1310 nm
(laser Fabry-Perrot) para redes que operam a velocidades de gigabits por
segundo ou
mais altas.
A fibra monomodo possui um núcleo muito
menor, de apenas 8 ou 9 micrômetros,
portanto a luz viaja somente em um raio
(modo). É utilizada para telefonia e TV a cabo
com fontes laser de 1310 a 1550
nm, já que tem perda mais baixa e uma largura de
banda virtualmente infinita.
A fibra óptica de plástico (POF) possui um
grande núcleo (aproximadamente de 1 mm),
usualmente é de índice escalonado e
pode ser utilizada para redes de distância curta e
de baixa velocidade.
As fibras PCS/HCS (de sílica com revestimento
de plástico ou resistente, cladeado de
plástico sobre núcleo de vidro) possuem
um núcleo de vidro menor (cerca de 200
micrômetros) e um cladeado de plástico
fino.
 

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As fibras multimodo de índice escalonado
foram as primeiras criadas. O núcleo da fibra
multimodo de índice escalonado é
feito com um tipo de material óptico e o cladeado com
outro tipo, com
características ópticas diferentes. Nela, a atenuação é mais alta e é muito
lenta para muitos usos, devido à dispersão causada pelas diferentes distâncias
percorridas pelos variados modos no núcleo. A fibra de índice escalonado não é
muito
utilizada – apenas as POF e as PCS/HCS (de sílica com revestimento
de plástico ou
resistente, cladeado de plástico sobre núcleo de vidro) utilizam
o design de índice
escalonado hoje. A POF é utilizada principalmente para
enlaces de áudio e TV para o
consumidor final.
As fibras multimodo de índice gradual
utilizam variações na composição do vidro no
núcleo para compensar as
diferentes distâncias percorridas pelos modos. Elas oferecem
uma largura de
banda centenas de vezes maior que a da fibra de índice escalonado, de
até
aproximadamente 2 gigahertz. São utilizadas as de dois tipos, de 50/25 e de
62,5/125, onde os números representam os diâmetros do núcleo/cladeado em
micrômetros.
A fibra multimodo de índice gradual é utilizada principalmente para redes no
interior, LAN, fibra até a estação de trabalho, CCTV e para outros sistemas de
segurança.
O núcleo da fibra monomodo é tão pequeno
que a luz pode viajar apenas em um raio, o
que aumenta a largura de banda até
quase o infinito, mas está praticamente limitada a
100.000 gigahertz, que ainda
é muito! O diâmetro do núcleo da fibra monomodo é de 8-
10 micrômetros, e é
conhecido como “diâmetro do campo modal”, o tamanho efetivo do
núcleo e um
cladeado de 125 micrômetros de diâmetro. A fibra monomodo é utilizada
para
redes no exterior como as redes de telecomunicações, FTTH, TV a cabo,
municipais
e enlaces de dados de longa distância como as de gerenciamento de
serviços públicos.
Alguns backbones
de redes LAN de alta velocidade, usualmente em um campus, utilizam
fibras
monomodo.
Foram desenvolvidas fibras especializadas
para aplicações que exigem especificações
únicas de desempenho da fibra. Tanto
as fibras multimodo quanto as monomodo
insensíveis a curvaturas são utilizadas
para patch cords e para fibras
contidas em
compartimentos apertados. As fibras monomodo dopadas com érbio são
utilizadas em
amplificadores ópticos, dispositivos utilizados em redes de
distâncias extremamente
longas para regenerar sinais. As fibras são otimizadas
para largura de banda em
comprimentos de onda apropriados para sistemas DWDM ou
para reverter a dispersão
cromática. Esta é uma área de desenvolvimento de
fibra que está muito ativa.
 

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Tipos e tamanhos de fibra


Encontramos fibra de dois tipos básicos:
monomodo e multimodo. Exceto pelas fibras
utilizadas para aplicações
especializadas, a fibra monomodo pode ser considerada de um
único tamanho e
tipo. Nas redes de telecomunicações de longa distância ou nos cabos
submarinos,
o trabalho normalmente é feito com fibras monomodo especializadas.
 

 
As fibras multimodo eram fabricadas
originalmente em diferentes tamanhos, e eram
otimizadas para várias redes e
fontes, mas, em meados dos anos 80, a indústria de
dados padronizou o núcleo em
62,5 (a fibra de 62,5/125 tem um núcleo de 62,5
micrômetros e um cladeado de
125 micrômetros). Atualmente, é chamada fibra padrão
OM1. Há pouco tempo, como
as redes gigabit e 10 gigabit começaram a ser amplamente
utilizadas, voltou a ser
usado um design de fibra antigo. A fibra de 50/125 era utilizada
nos finais dos
anos 70 para instalações de telecomunicações com laser, até que foi
disponibilizada a fibra monomodo. Essa fibra de 50/125 (padrão OM2) oferece
maior
capacidade de largura de banda com as fontes laser utilizadas em redes
LAN gigabit e
permite que os enlaces gigabit percorram maiores distâncias. A
mais recente fibra de
50/125 otimizada para laser ou OM3 é considerada pela
maioria como a melhor escolha
para instalações multimodo.
As fibras de índice escalonado mais comuns
são fibras ópticas de plástico que
geralmente têm 1 mm de diâmetro. As fibras
de sílica revestida com plástico ou com
revestimento resistente têm um cladeado
de plástico sobre um núcleo de vidro de
geralmente 250 micrômetros de diâmetro
com um núcleo de 200 micrômetros.
 
Tipos de fibra e especificações típicas
 
Núcleo/Cladeado Atenuação Largura
de Aplicações/Notas
banda
       
Multimodo
de @850/1300 @850/1300  
índice gradual nm nm
50/125 3/1 dB/km 500/500 Laser
para redes
micrômetros MHz-km LAN GbE
(OM2)
50/125 3/1 dB/km 2000/500 Otimizada para
micrômetros MHz-km VCSEL de 850 nm
(OM3)
50/125 3/1 dB/km 4700/500 Otimizada para
micrômetros MHz-km VCSEL de 850 nm
(OM4) >10Gb/s
62,5/125 3/1 dB/km 160-200/500 Fibra para rede LAN
micrômetros MHz-km (FDDI)
(OM1)

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100/140 3/1 dB/km 150/300 Obsoleto


micrômetros MHz-km
       
Monomodo @1310/1550 @1310/1550  
nm nm
9/125 0,4/0,25 ~100 Fibra padrão
micrômetros dB/km Terahertz monomodo,
(OS1, B1.1 ou telecomunicações/TV
G.652) a cabo, redes LAN
de longa distância e
alta velocidade
9/125 0,4/0,25 ~100 Fibra de “pico de
micrômetros dB/km Terahertz água reduzido”
(OS2, B1.3 ou (LWP)
G.652)
9/125 0,4/0,25 ~100 Fibra com dispersão
micrômetros (B2 dB/km Terahertz deslocada (DSF)
ou G.653)
9/125 0,4/0,25 ~100 Fibra com corte
micrômetros dB/km Terahertz deslocado (CSF)
(B1.2 ou G.654)
9/125 0,4/0,25 ~100 Fibra com dispersão
micrômetros (B4 dB/km Terahertz deslocada não nula
ou G.654) (NZ-DSF)
       
Multimodo      
De
índice @850
nm @850
nm  
escalonado
200/240 4-6 dB/km 50 MHz-km Núcleo de vidro com
micrômetros cladeado de plástico,
redes LAN e      
enlaces de baixa
velocidade
       
POF
(fibra óptica @650
nm @650
nm  
de plástico)
1 mm ~ 1 dB/m  ~5
MHz-km Enlaces de curta
distância e de baixa
velocidade, e
veículos
 
OM* de acordo com a TIA (Associação das
Indústrias de Telecomunicações); B* de
acordo com a IEC (Comissão Eletrotécnica
Internacional); G* de acordo com a ITU
(União Internacional de
Telecomunicações).
 
Misturar diferentes tipos de fibras
Não é possível misturar e fazer coincidir
diferentes tipos de fibra. A diferença nos núcleos
das fibras pode causar
perdas elevadas ao transmitir de uma fibra com um núcleo maior
para uma fibra
com um núcleo menor. Ao transmitir de uma fibra com um núcleo menor

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para uma
fibra com um núcleo maior não haverá perdas devido às incompatibilidades
entre
as fibras, já que fibra transmissora tem menor tamanho que a fibra receptora.
Tentar
conectar uma fibra monomodo com uma multimodo pode causar uma perda de
20 dB, o
que equivale a 99% da potência. Até mesmo as conexões entre fibras de
62,5/125 e
50/125 podem causar uma perda significativa de 3 dB.
 
Especificações
da fibra
 
As especificações usuais são: tamanho
(diâmetros de núcleo/cladeado em micrômetros),
coeficiente de atenuação (dB/km
nos comprimentos de onda apropriados) e largura de
banda (MHz-km) para fibras
multimodo; e dispersão cromática e dispersão de modo de
polarização para fibras
monomodo. A pesar de que os fabricantes levam em conta outras
especificações
para o projeto e a fabricação da fibra de acordo com os padrões do setor,
como
a abertura numérica (o ângulo de aceitação de luz da fibra), a ovalidade (quão
redonda
é a fibra), e a concentricidade do núcleo e do cladeado, etc., esses aspectos
geralmente não afetam os usuários que precisam comprar ou instalar fibras
específicas.
 
Atenuação
A especificação principal da fibra óptica é
a atenuação, que significa uma perda de
potência óptica. A atenuação de uma
fibra óptica é expressa pelo coeficiente de
atenuação, que é definido como a
perda na fibra por unidade de comprimento (em
dB/km). A atenuação da fibra
varia significativamente se acordo com o comprimento de
onda da luz.
 

 
A atenuação da fibra óptica é o resultado
de dois fatores: absorção e espalhamento. A
primeira é causada pelas moléculas
no vidro que absorvem a luz e a convertem em calor.
Os principais agentes de
absorção são os OH+ residuais e os dopantes utilizados para
modificar o índice
de refração do vidro. Tal absorção ocorre em comprimentos de onda
diferentes,
determinados pelos elementos que absorvem a luz. A absorção de OH+ é
predominante e ocorre com mais força em 1000 nm, 1400 nm e acima de 1600 nm.
A maior causa da atenuação é o
espalhamento. O espalhamento ocorre quando a luz
colide com átomos individuais
no vidro e é anisotrópico. A luz que é espalhada em
ângulos fora da abertura
numérica da fibra será absorvida no cladeado ou retornada à
fonte. O
espalhamento também e uma função do comprimento de onda, inversamente
proporcional ao comprimento de onda da luz elevada à quarta potência. Portanto,
ao
duplicar o comprimento de onda da luz, as perdas por espalhamento são
reduzidas pela
metade em relação à quarta potência ou 16 vezes.
Por exemplo, a perda da fibra multimodo é
muito mais alta a 850 nm (chamada
comprimento de onda curto), de 3 dB/km,
enquanto a 1300 nm (chamada comprimento

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de onda longo) é de apenas 1 dB/km.


Isto significa que a 850 nm, a metade da luz é
perdida em 1 km, enquanto a 1300
nm a perda é de apenas 20%.
Portanto, para transmissões de longa
distância é conveniente utilizar o maior
comprimento de onda possível para ter
mínima atenuação e máxima distância entre os
repetidores. Juntos, a absorção e
o espalhamento produzem a curva de atenuação de
uma fibra típica de vidro, tal
como mostrado acima.
Os sistemas de fibra óptica transmitem nas
“janelas” criadas entre as bandas de
absorção a 850 nm, 1300 nm e 1550 nm, nas
quais a física também permite fabricar
lasers e detectores facilmente. A fibra
de plástico tem um comprimento de onda limitado,
o que restringe o uso prático
a fontes LED de 660 nm.
A atenuação das fibras multimodo de índice
gradual também depende de como é
transmitida a luz através da fibra, o que é
chamado distribuição de potência modal. A
largura de banda também é afetada
pela distribuição de potência modal, por isso, a
seguir são analisados os
efeitos modais na fibra multimodo.
 
Largura de banda
A capacidade de transmissão de informações
da fibra multimodo é limitada por dois
componentes diferentes da dispersão:
modal e cromática. A dispersão modal ocorre pelo
fato de que o perfil do índice
da fibra multimodo não é perfeito. O perfil de índice gradual
teoricamente permite
que todos os modos tenham a mesma velocidade de grupo ou
velocidade de trânsito
ao longo da fibra. Quando a parte exterior do núcleo tem um índice
de refração
menor que o da parte central do núcleo, os modos de ordem superior
aumentam sua
velocidade à medida que se afastam do centro do núcleo, para
compensar assim as
maiores distâncias percorridas.
 

 
Em uma fibra ideal, todos os modos deveriam
ter a mesma velocidade de grupo e não
deveria existir a dispersão modal, mas na
realidade, o perfil do índice é uma aproximação
por partes e os modos não são
todos transmitidos perfeitamente, o que permite a
existência de dispersão
modal. Devido a que os modos de ordem superior têm maiores
desvios, a dispersão
modal de uma fibra (e, portanto, sua largura de banda laser) tende a
ser muito
sensível ao condicionamento modal na fibra. A largura de banda de uma fibra
em
particular é proporcional ao comprimento da fibra, já que a dispersão ocorre ao
longo
de toda a fibra. No entanto, a largura de banda de fibras mais longas é
degradada de
forma não linear, já que os modos de ordem superior são atenuados
com mais força. A
seguir se encontra uma análise dos efeitos da distribuição de
potência modal.
 

 
O segundo fator que incide na largura de
banda da fibra é a dispersão cromática, que
afeta tanto a fibra multimodo
quanto a monomodo. É importante lembrar que um prisma

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espalha o espectro de luz


incidente, devido a que a luz viaja a diferentes velocidades de
acordo com a
sua cor e é refratada em ângulos diferentes. O índice de refração do vidro
depende do comprimento onda, portanto, uma fibra com perfil de índice gradual
fabricada
cuidadosamente pode ser otimizada para apenas um único comprimento de
onda,
usualmente perto de 1300 nm, e a luz de outras cores sofrerá dispersão cromática.
Até a
luz no mesmo modo será dispersa se tiver diferentes comprimentos de onda.
A dispersão cromática é um grande problema
com fontes LED na fibra multimodo, porque
têm uma saída espectral ampla, a
diferença dos lasers que concentram a maior parte da
luz em uma faixa espectral
estreita. Os sistemas como o FDDI, que são baseados em
LED emissores de
superfície de saída espectral ampla, sofrem tal intensidade de
dispersão
cromática que a transmissão é limitada a apenas 2 km de fibra de 62,5/125.
A dispersão cromática também afeta enlaces
longos em sistemas monomodo, mesmo
com lasers, é por isso que a fibra e as
fontes são otimizadas para minimizar a dispersão
cromática em enlaces de longa
distância.
Como os sistemas monomodo se tornaram mais
rápidos e de maior distância, outro fator
de dispersão ganhou importância, a
dispersão de modo de polarização (PMD). A PMD
ocorre pelas diferenças de
velocidade na propagação da luz polarizada na fibra. É difícil
testar a PMD,
porque é sensível à tensão física aplicada sobre o cabo, podendo mudar,
por
exemplo, nos casos em que a velocidade do vento afeta os cabos aéreos. Também é
complicado testar a PMD com os métodos que utilizam os diferentes fabricantes
de
equipamento de testes.
 
Efeito
de dispersão modal na fibra multimodo
 
Nas fibras multimodo, alguns raios de
luz viajam direto pelo eixo da fibra, enquanto todos
os outros oscilam ou
rebotam para frente e para trás dentro do núcleo. Nas fibras de
índice
escalonado, os raios que viajam fora do eixo, chamados “modos de ordem
superior” rebotam para frente e para trás desde os limites do núcleo/cladeado,
conforme
são transmitidos através da fibra. Como esses modos de ordem superior
viajam em
distâncias maiores que os raios axiais, são responsáveis pela
dispersão modal que limita
a largura de banda da fibra.
Na fibra de índice gradual, a redução
do índice de refração do núcleo à medida que se
aproxima do cladeado faz com
que os modos de ordem superior sigam um caminho curvo
que é mais longo que o do
raio axial (o “modo de ordem zero”), mas em virtude do menor
índice de refração
longe do eixo, a luz aumenta sua velocidade conforme se aproxima do
cladeado e
precisa aproximadamente o mesmo tempo para viajar ao longo da fibra.
Portanto,
a “dispersão” ou as variações no tempo de trânsito dos diferentes modos é
minimizada, e a largura de banda da fibra é maximizada.
No entanto, o fato de que os modos de
ordem superior viajem mais longe no núcleo de
vidro faz com que eles tenham
mais possibilidades de sofrer espalhamento ou absorção,
as duas primeiras
causas de atenuação da fibra óptica. É assim que os modos de ordem
superior vão
sofrer uma atenuação maior que os modos de ordem inferior, e uma seção
comprida
de fibra totalmente cheia (todos os modos são lançados com o mesmo nível de
potência) terá menor quantidade de potência nos modos de ordem superior da que
teria a
mesma fibra em uma distância menor.
Esta mudança da “distribuição modal”
entre fibras de índice gradual curtas e longas é
descrita como “perda transitória”
e pode causar grandes diferenças nas medições de
atenuação realizadas na fibra.
Ela não apenas muda a distribuição modal, mas também
muda o diâmetro efetivo do
núcleo e a abertura numérica. O termo “distribuição dos
modos em equilíbrio”
(EMD) descreve a distribuição de modos em uma fibra longa que

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perdeu a maioria
dos modos de ordem superior. Uma fibra “longa” tem uma EMD,
enquanto uma fibra
“curta” tem a todos seus modos de ordem superior inicialmente
lançados.
 
Efeito de dispersão modal nas medições
de perdas
Ao medir a atenuação de uma fibra longa
de índice gradual multimodo em EMD (ou com
condições de lançamento de EMD
simulada) e compará-la com a de uma fibra normal em
“condições de lançamento
sobrecarregado” (isto é, que a fonte enche todos os modos por
igual), será
possível perceber que a diferença é de aproximadamente 1 dB/km, e esse
valor é
denominado “perda transitória”. Portanto, a medição da fibra em EMD fornece
uma
atenuação de 1 dB por km menos que as condições de sobrecarregamento. Os
fabricantes de fibra utilizam o tipo de medição com EMD porque é mais
reproduzível e
representa as perdas esperadas em seções compridas de fibras.
Alguns padrões exigem
o uso de um coeficiente de atenuação mais alto para
calcular a perda de uma rede de
cabos do que o coeficiente de atenuação testado
da maioria das fibras, porque os cabos
são muito mais curtos que os
comprimentos da EMD.
Da mesma maneira, ao testar cabos com
conectores, a medição da perda dependerá da
distribuição da potência modal na
fibra. Uma medição de EMD pode dar resultados
otimistas, já que efetivamente
representa uma situação onde é feito um lançamento a
partir de uma fibra de um
diâmetro menor e abertura numérica menor que a fibra de
recepção, o que produz
uma perda do conector mais baixa. A diferença na perda do
conector causada por
condições de lançamento modal pode ser enorme. Utilizando o
mesmo par de
conectores é possível medir vários décimos de um dB a mais com um
lançamento
totalmente cheio que com um lançamento simulado com EMD.
A maioria dos padrões para cabos com
fibra multimodo exige algum método de controle
da distribuição da potência
modal. Os fabricantes utilizam métodos sofisticados que
analisam a potência de
saída da fonte de teste acoplada a um cabo de referência. Alguns
métodos de
teste de campo mais práticos exigem uma especificação na saída da fonte
seguida
de um de mandril de enrolamento. Esse assunto será coberto mais
detalhadamente
no capítulo sobre testes.
 
Efeito de dispersão modal na largura de
banda
A fibra multimodo de índice gradual foi
criada para melhorar a largura de banda da fibra.
As camadas de vidro de índice
de refração decrescente afastadas do centro do núcleo
guiam a luz por caminhos
sinusoidais onde a luz viaja mais rápido à medida que se afasta
do centro do
núcleo. O perfil do índice da fibra deve fornecer compensação para os
modos de
ordem superior, mas isso é imperfeito. Quando a distribuição modal da fibra
está limitada a perto do centro do núcleo, como no caso das fontes laser, a
largura de
banda da fibra efetivamente se torna maior.
A largura de banda da maioria das
fibras vem sendo testada na fábrica utilizando uma
fonte de teste que
sobrecarrega a fibra, isto é, que todos os modos transportam luz.
Pesquisas
recentes em fibras otimizadas para laser desenvolveram novos métodos de
teste,
seja limitando a sobrecarga da fibra ou utilizando métodos de dispersão que
analisam os modos separadamente.
 
 
 
 
Perguntas de revisão
 

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Escolha múltipla
Identifique a opção mais adequada para completar
a declaração ou responder a
pergunta.
 
____               1.
A fibra monomodo tem um núcleo __________ que o da fibra multimodo.
A. menor
B. maior
 
C. do mesmo tamanho
 
____            2.
Qual é a medição do tamanho do núcleo de uma fibra monomodo?
A. 5 mm
B. 9 micrômetros
C. 50 micrômetros
 
D. 63,5 micrômetros
 
____            3. A
fibra monomodo tem uma largura de banda __________ que a da fibra
multimodo.
A. maior
B. menor
 
C. igual
 
____            4. Que
comprimentos de onda são os apropriados para utilizar com fibra
multimodo?
A. 650 e 850 nm
B. 850 e 1300 nm
C. 850 e 1310 nm
 
D. 1310 e 1550 nm
 
____            5.
Qual é a medida do diâmetro do núcleo da fibra multimodo OM2 e OM3?
A. 50 micrômetros
B. 62,5 micrômetros
C. 62,5 mm
 
D. 9 mm
 
____            6.
Qual das seguintes especificações é mais importante para o usuário e é
um fator
importante nos testes?
A. Atenuação
B. Largura de banda
C. Abertura numérica
 
D. Concentricidade do núcleo e do cladeado
 
____            7. A
principal causa da atenuação da fibra é __________.
A. a absorção
B. o espalhamento
C. as perdas por curvaturas
 
D. as microcurvaturas
 
____            8. Que
tipo de fibra geralmente tem o maior núcleo?
A. Fibra óptica de plástico (POF)
B. Fibra multimodo de índice escalonado
C. Fibra multimodo de índice gradual
 
D. Fibra monomodo
 

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____            9. A
perda de uma fibra multimodo de índice gradual é maior a __________.
A. 850 nm
B. 1300 nm
C. 1310 nm
 
D. 1550 nm
 
____            10.
Que tipo de dispersão afeta tanto a fibras monomodo quanto as fibras
multimodo?
A. Modal
B. Diferencial
C. Cromática
D. De modo de polarização
 
 
Outros estudos e leituras
Analisar amostras de fibra óptica,
incluindo fibra nua, com revestimento buffer,
de buffer
apertado e POF, seguindo os
procedimentos de segurança. Acoplar a luz de uma lanterna
ou um ponteiro laser
através de uma POF para observar como é transmitida a luz.
Para aprender como é fabricada a fibra
óptica ler o Guia de Referência On-line da FOA
ou os sites dos fabricantes de
fibra óptica.
Para aprender como acontecem as perdas por
incompatibilidade entre as fibras e a sua
importância ler o Guia de Referência
On-line da FOA.
 
 

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