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Curso: Tecnologia em Redes de Computadores

CABEAMENTO ESTRUTURADO
(Aula 02)

Turma: RED02N

Prof. Me. Richardson Salomão


richardson.araújo@meta.edu.br
Conteúdo:
• Meios que usam energia da luz e fibras
ópticas;

• Tipos de fibra e transmissão de luz;

• Fibra óptica comparada com a fiação de


cobre;

• Cabeamento Óptico
▫ Componentes
▫ Parâmetros
▫ Instalação, manutenção e certificação
1 – Meios que usam energia da luz e fibras ópticas
• Três meios usam a energia da luz para transportar
informações:

• • Fibras ópticas
• • Transmissão por infravermelho
• • Lasers ponto-a-ponto

• O meio de comunicação mais importante que utiliza a luz é a


fibra óptica;
• Cada fibra consiste em um fino fio de vidro ou de plástico
transparente envolto em uma capa de plástico;
1 – Meios que usam energia da luz e fibras ópticas
• Uma fibra óptica típica é usada para comunicação em uma
única direção – uma extremidade da fibra se conecta a um
laser ou LED usado para transmitir a luz e a outra
extremidade é ligada a um dispositivo fotossensível utilizado
para detectar a luz recebida;

• Para uma comunicação de duas vias, duas fibras são


utilizadas, uma para transportar informações em cada
sentido;

• Assim, as fibras ópticas são normalmente colocadas em um


cabo com uma cobertura de plástico ao redor delas; um cabo
tem pelo menos duas fibras, e um cabo utilizado para conectar
diferentes localidades que tenham vários dispositivos de rede
pode conter muitas fibras;
1 – Meios que usam energia da luz e fibras ópticas
• Em termos de construção, as FO são encapsuladas em cabos
para seus devido uso e proteção. A figura abaixo ilustra a
construção típica de cabos ópticos com fibras tipo tight-
buffer:
1 – Meios que usam energia da luz e fibras ópticas
• Embora não possa ser dobrada em ângulo reto, uma
fibra óptica é flexível o suficiente para formar um círculo
com diâmetro inferior a duas polegadas sem quebrar;

• A questão que surge é: por que a luz viaja em torno


de uma curva na fibra?

• A resposta vem da física: quando a luz encontra o limite


entre duas substâncias, o seu comportamento depende
da densidade das duas substâncias e do ângulo em que a
luz atinge o limite;
1 – Meios que usam energia da luz e fibras ópticas
• Para um dado par de substâncias, existe um ângulo crítico, θ,
medido em relação a uma linha que é perpendicular ao limite;
• Se o ângulo de incidência é exatamente igual ao ângulo crítico, a
luz viaja ao longo do limite;
• Quando o ângulo é inferior a θ graus, a luz atravessa a fronteira e
é refratada, e, quando o ângulo é maior do que θ graus, a luz é
refletida como se o limite fosse um espelho;
• A Figura seguinte ilustra o conceito;
1 – Meios que usam energia da luz e fibras ópticas
• A Figura anterior (c) explica por que a luz permanece dentro
da fibra óptica – a substância chamada cladding serve de
revestimento da fibra para formar um limite;

• À medida que viaja, a luz é refletida, permanecendo dentro da


fibra;

• Infelizmente, a reflexão em uma fibra óptica não é perfeita. A


reflexão absorve uma pequena quantidade de energia;

• Além disso, se um fóton percorre um caminho em zig-zag que


reflete das paredes da fibra, muitas vezes ele vai percorrer
uma distância um pouco maior que a percorrida por um fóton
que percorre um caminho em linha reta;
1 – Meios que usam energia da luz e fibras ópticas
• O resultado é que um pulso de luz enviado a uma extremidade
de uma fibra sai com menos energia e é disperso (isto é,
esticado) ao longo do tempo, como ilustra a Figura abaixo;
1 – Meios que usam energia da luz e fibras ópticas
• Dentro do espectro eletromagnético que varia desde frequências abaixo
daquelas usadas em comunicação por voz (abaixo de poucos kHz) até raios
cósmicos (acima de 1022 Hz), a luz, em suas diferentes formas, concentra-
se na faixa entre 1014 Hz (infravermelho) e 1015 Hz (ultravioleta). A figura
abaixo apresenta parte do espectro eletromagnético relacionado às
frequências de luz:

- FO multimodo 50/125 µm  λ= (850-1300)nm


- FO multimodo 62,5/125 µm  λ= (850-1300)nm
- FO monomodo (uso interno)  λ= (1310-1550)nm
- FO monomodo (uso externo)  λ= (1310-1550)nm
2 – Tipos de fibra e transmissão de luz
• Embora não seja um problema das fibras ópticas
utilizadas para conectar um computador a um
dispositivo nas proximidades, a dispersão é um
problema sério para as fibras ópticas longas, como as
utilizadas entre duas cidades ou sob um oceano;

• Consequentemente, três formas de fibras ópticas foram


criadas para permitir uma escolha entre desempenho e
custo:
▫ - Multimodo, fibra de índice degrau (multimode, step
index fiber)
▫ - Multimodo, fibra de índice gradual (multimode,
graded index fiber)
▫ - Fibra de modo único (single mode fiber)
2 – Tipos de fibra e transmissão de luz
• A figura abaixo mostra os diferentes tipos de fibras e seus
diâmetros de núcleo correspondentes, incluindo as fibras
monomodo, com diâmetros nominais que variam de 7 a 10 µm
(9 µm é o diâmetro típico dos núcleos de cabos ópticos
monomodos comerciais):
2 – Tipos de fibra e transmissão de luz
• Multimodo, fibra de índice degrau (multimode,
step index fiber):
• É a mais barata e é usada quando o desempenho é
importante;

• O limite entre a fibra e o revestimento cladding é abrupto, o


que faz com que a luz reflita com frequência.
Consequentemente, a dispersão é alta.
2 – Tipos de fibra e transmissão de luz
• Multimodo, fibra de índice gradual (multimode,
graded index fiber):

• é um pouco mais cara do que a anterior;


• No entanto, ela tem a vantagem de aumentar a
densidade da fibra perto da extremidade, o que reduz a
reflexão e diminui a dispersão;
2 – Tipos de fibra e transmissão de luz
• Fibra de modo único (single mode fiber):

• É a mais cara e fornece o mínimo de dispersão;


• A fibra tem um diâmetro menor e outras propriedades
que ajudam a reduzir a reflexão;
• É usada para longas distâncias e taxas de bits de
transmissão mais elevadas;
2 – Tipos de fibra e transmissão de luz
• Fibra de modo único (single mode fiber):

• A fibra de modo único e o equipamento utilizado em


cada extremidade são projetados para focar a luz;

• Como resultado, um pulso de luz pode viajar milhares de


quilômetros sem se dispersar;

• A dispersão mínima ajuda a aumentar a taxa de bits a ser


enviada, porque um pulso correspondente a um bit não
se dispersa invadindo o pulso que corresponde ao bit
posterior;
2 – Tipos de fibra e transmissão de luz

• Como a luz é enviada e recebida em uma fibra?

• A explicação é que os dispositivos utilizados para a


transmissão devem ser totalmente compatíveis com a fibra.
Os mecanismos disponíveis incluem:
▫ • Transmissão: Light Emitting Diode (LED) ou Injection
Laser Diode (ILD)
▫ • Recepção: célula fotossensível ou fotodiodo

• Em geral, os LEDs e as células fotossensíveis são usados para


curtas e médias distâncias e velocidades de transmissão mais
lentas com a fibra multimodo;

• A fibra de modo único, utilizada em longas distâncias com


altas taxas de bits, em geral exige ILDs e fotodiodos;
3 – Fibra óptica comparada com a fiação de cobre

• A fibra óptica tem várias propriedades que a tornam


mais desejável do que a fiação de cobre;
• Ela é imune ao ruído elétrico, tem maior largura de
banda, e a luz que viaja através dela não enfraquece
tanto quanto os sinais elétricos que viajam através do
cobre;
• No entanto, os fios de cobre são mais baratos;
• Além disso, as extremidades de uma fibra óptica devem
ser polidas antes que possam ser usadas, enquanto a
instalação de cabos de cobre não requer equipamento
especial nem tanta experiência;
• Finalmente, como são mais fortes, os fios de cobre são
menos propensos a quebrar se forem acidentalmente
puxados ou dobrados;
3 – Fibra óptica comparada com a fiação de cobre

• O quadro a seguir resume as vantagens de cada um dos


meios:
4 – CABEAMENTO ÓPTICO
4 – Cabeamento Óptico
• O uso de fibra óptica em redes de computadores é de
grande valia, sobretudo pela melhoria no desempenho
da rede em geral;

• No entanto, esse sucesso necessita de algum esforço no


que concerne a conhecimento e à estrutura envolvida;

• Apesar de não ter interferência eletromagnética,


devido ao uso de luz como meio de transmissão do sinal
que contém a informação computacional, é preciso saber
se tudo que está sendo propagado está correto, por meio
de uma gestão do ambiente onde o sistema de
cabeamento óptico está inserido;
4 – Cabeamento Óptico
• Objetivos deste estudo:

• Descobrir que não basta o cabo de fibra óptica na


estrutura da rede: são necessários outros componentes
para a composição do sistema de cabeamento óptico;

• Conhecer as características dos parâmetros de análise da


qualidade do sinal de luz em um sistema de cabeamento
óptico;

• Por fim, aprender sobre as formas como um sistema de


cabeamento óptico pode ser instalado corretamente,
além de como manter e certificar esse sistema óptico
para garantir a melhor qualidade da luz que trafega pela
fibra óptica;
4 – Cabeamento Óptico
4.1 Componentes
• Um sistema de comunicação aplicado em redes de
computadores, de forma geral, é composto de três partes:
▫ 1. um transmissor;
▫ 2. um receptor;
▫ 3. o meio de transmissão.

• Quando se utiliza o cabo de fibra óptica como exemplar


para o meio de transmissão, não há grandes mudanças,
mas são necessárias algumas adaptações, uma vez que a
constituição física do cabo de fibra óptica tem
particularidades para conseguir adaptar-se ao sistema de
comunicação das redes, cuja maioria é utilizada por meios
metálicos e que, consequentemente, utilizam um sinal
elétrico;
4 – Cabeamento Óptico
4.1 Componentes
• A Figura abaixo ilustra um sistema de comunicação com uso
do cabo de fibra óptica como meio de propagação do sinal e
dentro de uma estrutura em que o sinal elétrico está nos
equipamentos das extremidades (MARIN, 2009):

• Veja na Figura que as três partes de um sistema genérico


estão presentes: o transmissor, o receptor e o meio de
transmissão, que, nesse caso, é o cabo de fibra óptica;
4 – Cabeamento Óptico
4.1 Componentes
• As adaptações sobre as quais Marin (2009) comenta
referem-se à presença de dois elementos-chave, que
formam o transmissor e o receptor;

• Em ambos, há um circuito denominado E/O


(elétrico/óptico);

• Sua função é converter o sinal elétrico em sinal óptico,


quando no lado do transmissor, e executar a ação inversa,
quando no lado do receptor;

• Os componentes TX (transmissor) e RX (receptor) dentro


do transmissor e do receptor, respectivamente, cuidam da
fonte da luz que forma os pulsos de luz;
4 – Cabeamento Óptico
4.1 Componentes
• Quando sai do transmissor e entra no canal óptico, esse
sinal sofre com o ruído natural da fonte de luz e, ao se
propagar pelo meio, pode ser acrescido de distorções que o
próprio meio possui;

• O importante é que, no receptor, o clock regenerador da Rx


de luz consiga compor o sinal original o mais próximo
possível daquele que foi inserido no transmissor;

• De uma forma geral, o sistema de comunicação com


cabeamento óptico tem esses componentes;

• Para os ter em uma estrutura real, é preciso conhecer os


dispositivos que permitem sua existência na infraestrutura
óptica e adaptá-los à estrutura com cabos metálicos;
4 – Cabeamento Óptico
4.1 Componentes

• Um desses importantes componentes em projetos de redes


de computadores é o distribuidor óptico, responsável
por adaptar o cabo óptico com as conexões para os
equipamentos ópticos;
• Outra preocupação é o tipo de conector que deve ser
utilizado em um sistema óptico. Devido à grande variedade
de modelos oficialmente aceitos, a escolha prevê alguns
detalhes;
4 – Cabeamento Óptico
4.1 Componentes
O Distribuidor Óptico (DIO)

• O uso do cabo de fibra óptica em uma infraestrutura de rede


demanda, entre outros detalhes, adequar esse cabo óptico ao
ambiente, que, em muitos casos, é predominantemente
associado ao cabo metálico;
• Ter acesso às fibras que estão na parte interna do cabo de
fibra óptica e disponibilizá-las para conexão ao dispositivo
desejado. Essa ação é realizada pelo distribuidor óptico;
4 – Cabeamento Óptico
4.1 Componentes
O Distribuidor Óptico (DIO)

• De uma forma geral, seu papel é permitir que as fibras que


estão alojadas dentro do cabo de fibra óptica fiquem
expostas de forma segura e possam estar disponíveis para
uma conexão com os restantes dispositivos da rede;

• Pela Figura anterior, é possível perceber que o cabo de fibra


óptica entra na peça e as fibras são retiradas das proteções
do cabo e expostas dentro do equipamento. Na imagem, as
fibras são os cabos enrolados no centro do dispositivo;

• Por fim, as fibras são ligadas aos conectores, para então


estarem disponíveis aos conectores externos;
4 – Cabeamento Óptico
4.1 Componentes
O Distribuidor Óptico (DIO)

• Esse distribuidor óptico está disponível em vários formatos


e localizações. Algumas dessas localizações são:
„. dentro do rack;
„. dentro de uma caixa presa ao poste na rua;
„. dentro de um cilindro, também preso ao poste de rua;
„. nos cabos de ligação entre os postes na rua;

• Marin (2009) cita que, em todas as localizações, a função é


sempre a mesma: receber o cabo de fibra óptica, expor as
fibras em um ambiente protegido e disponibilizar a
extremidade de cada fibra em conexão para atender a um
dispositivo;
4 – Cabeamento Óptico
4.1 Componentes

O Distribuidor Óptico (DIO)

• A Figura abaixo ilustra um exemplo de distribuidor óptico,


dentro de uma caixa que está presa ao poste, na rua. Observe
o caminho do cabo de fibra óptica, o material utilizado para
expor as fibras dentro de uma área protegida e as conexões
disponibilizadas por cada fibra;
4 – Cabeamento Óptico
4.1 Componentes
O Distribuidor Óptico (DIO)

• O espaço utilizado pelo distribuidor para expor as fibras para


fora do cabo e ainda mantê-las seguras chama-se caixa de
emenda;
• Dentro dessa caixa, ilustrada na Figura anterior, a fibra já está
fora de sua proteção habitual, que é o cabo óptico, e então
precisa receber outro tipo de proteção;
• Como a fibra foi exposta e precisou receber uma emenda com
a fibra dos conectores, a proteção fica a cargo de tubos
plásticos, especialmente concebidos para guardar fibras que
recebem emendas e são colocadas na caixa de emenda;
• Com isso, toda a proteção que foi retirada é substituída por
essa proteção na forma de tubo plástico e armazenada na
caixa de emenda. A caixa de emenda, por sua vez, está
protegida do ambiente externos por meio de caixas de metal;
4 – Cabeamento Óptico
4.1 Componentes

Os Conectores

• Os cabos de fibra óptica disponíveis para serem aplicados


em sistemas de comunicação óptica são variados;
• Os exemplares vão desde modelos para simples ligações,
passando por modelos que atendem a grandes empresas,
até os aplicados em ligações submarinas;
4 – Cabeamento Óptico
4.1 Componentes

Os Conectores

• A escolha do tipo de cabo influencia muitas escolhas


subsequentes, como o tipo de conector a ser utilizado na
estrutura óptica, cuja função é conectar a fibra óptica ao
dispositivo desejado através de um cordão óptico;
• Uma preocupação com esse componente é a melhor
aderência da face que expõe a luz para fora do conector e
permite a passagem dessa luz com a interface do
dispositivo;
• Por vezes, por não estar com os núcleos bem alinhados,
pode acontecer uma perda, pequena ou total, do sinal de
luz. Em ambos os casos, o sinal com a informação pode ser
propagado em menor intensidade;
4 – Cabeamento Óptico
4.1 Componentes

Os Conectores

• Outra preocupação é manter o conector o mais protegido


possível contra impurezas que podem entrar no núcleo na
rede;

• Mesmo com o diâmetro microscópio, a sujeira pode entrar


no núcleo e inviabilizar a propagação do sinal de luz
(MARIN, 2009);
4 – Cabeamento Óptico
4.1 Componentes

Os Conectores

• Em termos práticos, esses conectores, de modo geral, têm as


denominações e os formatos apresentados no Quadro:
4 – Cabeamento Óptico
4.1 Componentes

Os Conectores

• O que os difere é o tipo de encaixe;

• Com relação ao encaixe, o modelo ST é na forma de rosca


para que o conector fique emparelhado com a interface;

• Por sua vez, os modelos SC e LC utilizam a forma de


encaixe na interface óptica;
4 – Cabeamento Óptico
4.2 Parâmetros da Rede Óptica

• Mesmo que o cabo de fibra óptica seja o eleito por permitir


o envio da informação sem que esta sofra interferência
eletromagnética, é necessário conhecer o tipo de perda que
pode ocorrer na propagação do sinal de luz;

• Isso porque existe a possibilidade de outros tipos de


interferências acontecerem no canal óptico e resultarem
em perdas, que podem ser mínimas e, portanto, não afetar
o sinal no receptor, ou significativas, que inviabilizam a
recepção do sinal de luz;
4 – Cabeamento Óptico
4.2 Parâmetros da Rede Óptica

• Assim, são utilizados alguns parâmetros para medir o grau


de qualidade do sinal de luz propagado pela fibra óptica,
entre os quais se destacam (MARIN, 2009):

- Atenuação (Attenuation);
- Dispersão (Dispersion);
- Perda de Retorno (Return Loss);
4 – Cabeamento Óptico
4.2 Parâmetros da Rede Óptica

Atenuação:

• O termo atenuação significa perda de energia;

• No cabo de fibra, naturalmente existe uma atenuação do


sinal, seja devido à distância, seja pela construção do
núcleo da fibra óptica;

• Porém, mesmo que exista perda na potência do sinal, ela é


menor em relação aos cabos metálicos, o que justifica o fato
de o cabo de fibra ser a opção em comunicações de
distâncias maiores, com a aplicação de menos repetidores
no percurso;
4 – Cabeamento Óptico
4.2 Parâmetros da Rede Óptica

Atenuação:

• A atenuação pode ser maior no caso de o cabo de fibra


apresentar fatores colaboradores de forma negativa, como
(MARIN, 2009):
- A absorção de parte do sinal luminoso devido a
impurezas que estão no núcleo da fibra óptica;
- O espalhamento do sinal (inverso do que acontece
com a absorção), em que partículas internas refletem o sinal
em várias direções;
- Raios de curvatura além dos limites permitidos, que
provocam rupturas no núcleo da fibra;
4 – Cabeamento Óptico
4.2 Parâmetros da Rede Óptica
Atenuação:
• A absorção pode acontecer exatamente durante a reflexão
do sinal no núcleo da fibra, quando algo impede que a
reflexão aconteça e o sinal é absorvido;

• Já o espalhamento impede que o sinal continue em seu


ângulo de reflexão inicial. Nesse caso, o sinal é refletido,
mas em direções diferentes da original;

• E, por fim, caso aconteça de qualquer parte das paredes do


núcleo da fibra estar quebrada, com uma abertura
indesejada, toda vez que o sinal for refletido justamente na
área que sofreu a ruptura, o sinal por completo não é mais
refletido;
4 – Cabeamento Óptico
4.2 Parâmetros da Rede Óptica

Atenuação:

• O desempenho do sistema óptico com a ação da


atenuação é menor, pelo motivo de que, qualquer que
seja a fonte da atenuação, o sinal na recepção é sempre
menor que o sinal transmitido;

• O importante é estar dentro de um valor aceitável para


que o sinal consiga ser recuperado no destino;
4 – Cabeamento Óptico
4.2 Parâmetros da Rede Óptica

Dispersão:

• Já a dispersão, de acordo com Forouzan (2008), consiste


na mudança no formato do sinal propagado pela fibra
óptica;
• Em cabos de fibra óptica, pode acontecer devido às
diferentes velocidades com que os sinais de luz se
propagam pelo núcleo da fibra, e podem ser maiores
quanto maior for o comprimento da fibra óptica;
• Esse tipo de parâmetro é mais comum em fibras ópticas do
tipo multimodo por utilizar caminhos variados para a
propagação da luz, o que não acontece em núcleos de fibra
do tipo monomodo (MARIN, 2009);
4 – Cabeamento Óptico
4.2 Parâmetros da Rede Óptica
Perda de Retorno:
• Trata-se de um parâmetro que mede a quantidade de potência
do sinal refletida de volta à fonte em relação à potência do
sinal incidente originalmente transmitido;

• Essas reflexões indesejadas e que acontecem em um canal


óptico podem ocorrer devido a (MARIN, 2009):
- um acoplamento mecânico de um conector de forma
parcial;
- falhas em emendas, sejam por fusão ou manual;
- presença de impurezas no núcleo da fibra óptica.

• A presença de um evento ou de um conjunto desses fatores


afeta o desempenho do sistema óptico de comunicação;

• O resultado é uma luz instável ou, nos piores casos, danos


permanentes nos equipamentos ópticos;
4 – Cabeamento Óptico
4.3 Instalação, Manutenção e Certificação
• A escolha de um cabo óptico para instalação passa pela
escolha do tipo de cabo óptico adequado ao ambiente;

• Os locais podem ser divididos, inicialmente, em ambientes


internos e externos ao espaço de uma empresa;

• No entanto, o percurso utilizado em cada um desses


espaços pode acontecer de forma:
- subterrânea, por dutos;
- subterrânea, diretamente enterrado;
- aérea;
- transoceânica (submarina/subaquática);
4 – Cabeamento Óptico
4.3 Instalação, Manutenção e Certificação

• Para cada tipo de percurso aplicado, o cabo de fibra óptica precisa


ter características físicas para suportar o local escolhido;
• Por exemplo, em um ambiente onde o cabo precise estar
diretamente enterrado, o peso do solo precisa ser suportado pelo
sistema de proteção que o próprio cabo de fibra óptica trouxe de
fábrica;
• Observe, na Figura abaixo, um exemplo de local onde esse tipo de
cabo será utilizado;
4 – Cabeamento Óptico
4.3 Instalação, Manutenção e Certificação

• Portanto, para instalar um cabo de fibra óptica, alguns


cuidados precisam ser observados e ações devem ser
tomadas, conforme cita Marin (2009). Vejamos:
- Antes mesmo de desenrolar a bobina do cabo, faça
uma inspeção visual para verificar se não há alguma
irregularidade na parte física do cabo;
- Siga rigorosamente as indicações do fabricante quanto
ao manuseio à ancoragem e à folga do cabo;
- Sempre observe o tipo de tração empregada na
instalação do cabo de fibra para evitar o rompimento de seu
núcleo; „
- Sempre proteja as extremidades do cabo para evitar o
acúmulo de qualquer tipo de sujeira no núcleo das fibras;
4 – Cabeamento Óptico
4.3 Instalação, Manutenção e Certificação

• Como não é possível ter um lance inteiro de cabos de fibra óptica,


deve-se incluir emendas aos comprimentos dos cabos de fibra;
• Para isso, são utilizadas caixas de emenda específicas a fim de que
o cabo possa ser utilizado por maiores distâncias;
• A Figura seguinte ilustra esse tipo de caixa de emenda, muito
comum nas cidades, presa em postes na rua;
4 – Cabeamento Óptico
4.3 Instalação, Manutenção e Certificação

• Pelo uso desse componente, mesmo que um cabo de fibra


tenha terminado em uma bobina e precise emendar outra
bobina para continuar o percurso pelas ruas, é possível
emendar fibra a fibra, guardar e continuar o lançamento do
cabo;
• Veja, na Figura anterior, que há um bom lance de cabo de
fibra, que é deixado como folga para a manutenção do cabo
de fibra óptica (MARIN, 2009);
4 – Cabeamento Óptico
4.3 Instalação, Manutenção e Certificação

Certificando a qualidade do cabo de FO


• Após a instalação de cabo de fibra óptica, é importante
garantir que ele tenha uma boa qualidade do sinal
propagado;
• Como a fibra óptica utiliza a luz de LED ou laser para enviar
a informação, é importante saber se, após a instalação do
cabo, as características de boa propagação do sinal estão
mantidas;
• Para isso, são utilizados equipamentos específicos a fim de
manter o sinal luminoso em perfeitas condições, de acordo
com as especificações do fabricante;
• Em muitos casos, essa ação é seguida de uma certificação
para fins de garantia de serviço;
4 – Cabeamento Óptico
4.3 Instalação, Manutenção e Certificação

Certificando a qualidade do cabo de FO

• Em ambos os casos, seja apenas para manter a fibra em boas


condições ou certificar as características do cabo, o uso de
equipamentos de avaliação do sinal de luz é indispensável;

• Como um exemplo de equipamento utilizado para


certificação o OTDR (optical time-domain reflectometer, ou
domínio do tempo de reflectometria óptica);

• Entre várias funções, ele pode localizar um evento de


ruptura do núcleo da fibra óptica e informações sobre
perdas da potência do sinal, de acordo com o tipo de fibra e
o comprimento de onda associado à fibra;
4 – Cabeamento Óptico
4.3 Instalação, Manutenção e Certificação

Certificando a qualidade do cabo de FO

• Um exemplo desse tipo de equipamento pode ser observado na


Figura abaixo:
4 – Cabeamento Óptico
4.3 Instalação, Manutenção e Certificação
Certificando a qualidade do cabo de FO
• Para a certificação do cabo óptico, alguns parâmetros são
analisados;

• Tais parâmetros são um comparativo com os valores


determinados pelo fabricante do cabo;

• Para estar em conformidade, é preciso que os valores


obtidos no teste atinjam o mínimo exigido pelo fabricante;

• Não há muitos parâmetros testados, mas todos são de


extremo valor para certificar que tudo está correto, com o
sinal propagado de forma efetiva pela fibra óptica;
4 – Cabeamento Óptico
4.3 Instalação, Manutenção e Certificação

Certificando a qualidade do cabo de FO

• Um parâmetro citado por Marin (2009) e utilizado pelo


OTDR para certificar o cabo óptico é o comprimento de
onda; com esse valor, é possível atestar que o sinal
propagado é o correto para a fibra em uso;
• Outras informações disponíveis ao longo do cabo de fibra
óptica e que são visualizados pelos gráficos gerados no
OTDR são emendas realizadas, curvatura excessiva e uma
simples trinca no núcleo da fibra;
• Tais informações ficam disponíveis no gráfico em função da
distância do cabo. Assim, é possível saber a localização do
evento que provocou alguma alteração no sinal de luz
(MARIN, 2009);
4 – Cabeamento Óptico
4.3 Instalação, Manutenção e Certificação
Certificando a qualidade do cabo de FO

• O uso de parâmetros de análise do sinal óptico é uma necessidade


para ter a confiabilidade disponível, mesmo que o sinal óptico seja
um pouco menor do que o original;
• Até porque já sabemos que o sinal recebido sempre é menor do
que o original, que, no caso do cabo de fibra óptica, pode ser
resultado do próprio material utilizado;
• No entanto, é preciso instalar de forma correta o cabo de fibra,
para que, no final, os equipamentos de teste comprovem que o
enlace óptico está disponível em sua melhor característica técnica;
Dúvidas??????

Richardson.araujo@meta.edu.br

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