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Fibras Ópticas.

 Componentes centrais básicas de um sistema de


transmissão óptica.

 Atuam como condutores de radiação


infravermelha.

 As fibras ópticas são fios longos e finos de vidro


muito puro, na forma cilíndrica, transparente e
flexível.

 O diâmetro de uma fibra óptica é aproximado a


um fio de cabelo humano.

 Meio delgado e flexível composto basicamente


de um material dielétrico, em geral sílica ou
plástico.

 Sua geometria cilíndrica permite que a energia


luminosa se propague ao longo do cilindro
central denominado núcleo (core).
 Diâmetros do núcleo de uma fibra:

o 50; 62,5; 82,5 ou 100 µm.

 Utilizam o fenômeno da refração interna para


transmitir feixes de luz a longas distâncias.

 Conforme visto em aula anterior, uma única fibra


ótica pode suportar taxas de transmissão
elevadíssimas, de até dezenas ou mesmo
centenas de gigabits por segundo (James F.
Kurose).

 Cabos destinados a redes locais contêm,


tipicamente, um único fio de fibra.

 As fibras ópticas também podem ser dispostas


em feixes chamados cabos ópticos e utilizadas
para transmitir sinais de luz ao longo de grandes
distâncias.
 Nesse caso, os cabos são destinados a enlaces de
longa distância e contêm várias fibras.

Cabo Contendo Várias Fibras Ópticas

 Garantia de utilização das fibras ópticas: 25 anos.

 Temperaturas de operação das fibras ópticas:


variam entre os -40ºC e +80ºC.
Modelo Físico das Partes de uma Fibra Óptica

Fonte:  http://www.tecmundo.com.br/imagens//materias/9862/infografico-tecmundo-9862.jpg 
 Estrutura da fibra óptica:

o Capa Protetora ou Revestimento (Coating):

 Revestimento plástico (acrílico em dupla


camada) cuja finalidade é envolver e
proteger mecanicamente a fibra de danos
e umidade.

o Núcleo:

 Cilindro central da fibra por onde se


propaga a energia luminosa.

 Núcleo de vidro muito fino, feito de


sílica.

 Índice de refração n1 do núcleo é mais


elevado do que na zona circundante.
o Cladding (Casca ou Bainha).

 Camada de revestimento constituída de


material dielétrico, normalmente sílica e
que envolve o núcleo.

 Possui índice de refração n2 menor que o


núcleo, para que a luz transmitida seja
refletida pelas paredes internas do cabo.

 Faz com que a luz permaneça no núcleo.

n1núcleo > n2casca


Geometria da Fibra Óptica

 As figuras a seguir apresentam a estrutura básica


de uma fibra óptica, identificando:

Estrutura cilíndrica de uma fibra óptica

Seção transversal de uma fibra óptica

Figuras extraídas do livro


Fibras Ópticas, Tecnologia e Projeto de Sistemas
Giozza, Conforti, Waldman
Corte longitudinal de uma fibra óptica

Perfil de Índices

Figuras extraídas do livro


Fibras Ópticas, Tecnologia e Projeto de Sistemas
Giozza, Conforti, Waldman
 Vista em corte longitudinal e em corte
transversal de uma fibra óptica.

 Núcleo e a casca sem as camadas de proteção


externas.

Figura e texto extraídos do artigo


Características da Propagação em Fibras Ópticas
José Antônio Justino Ribeiro
Instituto Nacional de Telecomunicações
 Vista em corte transversal de uma fibra óptica,
apresentando o núcleo, a casca e as camadas de
proteção.

 As dimensões indicadas estão em micrometros.

Figura e texto extraídos do artigo


Características da Propagação em Fibras Ópticas
José Antônio Justino Ribeiro
Instituto Nacional de Telecomunicações
 Perfil de Índice de Refração:

o Refere-se à variação do índice de refração ao


longo da estrutura da fibra óptica.

o Índice Degrau:

 Ocorre quando o índice de refração do


núcleo n1 é constante e ligeiramente
superior ao índice de refração da casca n2.

 O perfil da fibra é denominado de degrau.

 Nesse caso a fibra é denominada de fibra


ID.

 A figura a seguir mostra o tipo de fibra


ID.
Fibra Índice Degrau – ID
o Índice Gradual:

 Ocorre quando o índice de refração n 1 do


núcleo varia continua e gradualmente,
diminuindo radialmente, na maioria das
vezes de forma quadrática, do centro da
fibra para a casca que possui índice de
refração n2.

 O perfil da fibra é denominado de


gradual.

 Nesse caso a fibra é denominada de fibra


IG.

 A figura a seguir mostra o tipo de fibra


IG.
Fibra Índice Gradual - IG
Materiais básicos usados na fabricação de fibras
ópticas:

 Sílica pura ou dopada (as mais usadas em


sistemas de telecomunicações);

 Vidro composto;

 Plástico.
Ângulo de Aceitação e Abertura Numérica das
Fibras Ópticas

 Consideremos uma fonte que irradia um raio


luminoso.

 A propagação de ondas em um guia de ondas


dielétrico como as fibras ópticas, em uma análise
do ponto de vista da óptica geométrica, ocorre a
partir de múltiplas reflexões internas totais.

 Esse raio penetra no núcleo da fibra segundo um


angulo θi em relação ao seu eixo.
 Devido a refração, esse raio se propaga no
interior da fibra com um angulo θt.

 Caso a onda incida na casca com um ângulo


menor que o ângulo crítico, não haverá reflexão
total da onda no núcleo.

 Por esse motivo, uma parte da energia do sinal


será transferida para a casca.

 Esse processo representa perda de energia porque


a parcela da onda que se transfere para a casca
não é aproveitada.

 Qualquer raio incidente com ângulo maior que o


ângulo crítico não é mais refratado e sim,
refletido totalmente.

 Esse efeito de reflexão interna total é o princípio


de funcionamento das fibras ópticas.
 O ângulo de aceitação é o parâmetro que define
o máximo valor do ângulo θi que permite guiar a
onda dentro do núcleo da fibra.

 É o ângulo de incidência limite acima do qual os


raios luminosos que penetram na fibra óptica não
serão transmitidos.

 O ângulo de aceitação representa o ângulo


máximo de incidência que um raio deve ter, em
relação ao eixo da fibra, para que ele sofra a
reflexão interna total no interior do núcleo e se
propague ao longo da fibra através de reflexões
sucessivas.

 Define o quanto de luz da fonte emissora será


propagada pela fibra óptica

 Esse ângulo caracteriza o que se denomina de


Abertura Numérica.
 Maior a abertura numérica representa maior a
capacidade de captação de luz de uma fibra.

 Abertura numérica elevada, no entanto, permite a


existência de mais modos de propagação.

 Mais modos causam maior dispersão modal e


reduz a largura de banda da fibra.

Figura extraída do livro


Fibras Ópticas, Tecnologia e Projeto de Sistemas, de Giozza, Conforti, Waldman
 Consideremos a equação:

 Se um dos meios é o ar, a equação anterior se


torna:
 O ângulo θt é complementar ao ângulo de
incidência θi na fronteira entre o núcleo e a
casca.

 Portanto, podemos considerar que:

 Para que haja reflexão total, sabemos que:

 Em que sen θc é o ângulo crítico.

 Portanto, nesse caso, sen θt = sen θc e:

 Da expressão trigonométrica, temos que:


 Substituindo na expressão da relação entre os
senos e considerando o ar como um dos meios,
encontramos:
 Essa expressão corresponde à abertura numérica
da fibra óptica

 A abertura numérica indica a capacidade da fibra


de captar luz.

 O conhecimento da abertura numérica é


importante para descrever a energia luminosa e
permitir o calculo da eficiência de acoplamento
entre a fonte irradiante e a fibra óptica.

 Expressa o quão divergente pode ser uma fonte


de luz tal que seus raios sejam guiados pela fibra.

 A abertura numérica também pode ser expressa


em termos da diferença relativa de índices de
refração Δ entre o núcleo e a casca da fibra.
 No caso de Δ <<< 1 (n 2 ~ n1), caso prático na
maioria das aplicações de fibras ópticas
utilizadas em comunicações:

 Normalmente, para fibras com índice degrau,


Δ << 1, pode-se obter o valor aproximado de
NA como:
Abertura numérica e sua relação com o número de
modos em uma fibra
Modos de propagação

 São todos os caminhos ou trajetórias que os raios


luminosos podem percorrer dentro de uma fibra.

 São todas as possíveis soluções das equações de


Maxwell sujeitas às condições de contorno
impostas pelo guia de ondas.

 São determinadas sob as condições de contorno


impostas pelo tipo de guia de onda:

o Geometria cilíndrica;

o Meio dielétrico.

 Como se trata de transmissão de sinal luminoso


guiado, para um determinado comprimento de
onda existe uma quantidade máxima de modos
de propagação através da fibra óptica.
 Cada modo corresponde a um valor específico de
θt indicado na figura a seguir, característico de
cada raio que se propaga na fibra.
Tipos de modos de propagação em guias de onda

Modos Sigla Características


Campos elétrico e magnético não
Transversal
TEM possuem componentes na direção da
Eletromagnético
propagação da onda
Campo elétrico não possui
Transversal
TE componente na direção de
Elétrico
propagação da onda.
Campo magnético não possui
Transversal
TM componente na direção de
Magnético
propagação da onda.
Campos elétrico e magnético
Híbrido HE ou EH possuem componentes na direção de
propagação da onda.

 Especificada a AN, a quantidade de modos


guiados decresce à medida em o diâmetro do
núcleo diminui.

 Por outro lado, se d >> λ, pode haver a


propagação de centenas ou milhares de modos
diferentes.

 Número de modos suportados por uma fibra:

o Pode variar de 1 a 100.000.


 No caso de uma luz de comprimento de onda λ, a
quantidade de modos guiados é definida por uma
expressão, mostrada a seguir, cuja grandeza
adimensional é chamada de frequência
normalizada V.

o V é a frequência normalizada.

o d é o raio do núcleo.

o λé o comprimento de onda da luz.

o AN é a abertura numérica.
 Considerando a expressão de AN

e substituindo-a na expressão anterior de V,


encontramos:

 Numero de modos de propagação.

o É determinado pela função V, para cada tipo


de perfil de índice de refração.

o Em fibras ID, para valores de V > 10,


podemos calcular, pela aproximação a seguir,
o numero de modos N, considerando-se todas
as polarizações:
 Determinar o numero de modos que podem se
propagar em uma fibra ID, cujo diâmetro do
núcleo é igual a 50 µm. São dados:
Exercício extraído do livro
Projeto de Sistemas de Comunicações Ópticas
José Roberto de A. Amazonas

n1 = 1,47

n2 = 1,45

λo = 0,82 µm.

Solução

o Aplicando a expressão de V e substituindo os


valores dos parâmetros, encontramos:
o Na expressão de N, encontramos o numero de
modos de propagação.
o Em fibras IG, o numero de modos de
propagação, considerando a aproximação
Δ << 1, pode ser obtido pela seguinte
expressão:

em que

α é o parâmetro que descreve a variação do perfil


de índice de refração.
 Determinar o numero de modos de propagação
em uma fibra IG com as mesmas características
do exemplo anterior e mesmo comprimento de
onda, em que o parâmetro do perfil de índice de
refração α = 2.
Exercício extraído do livro
Projeto de Sistemas de Comunicações Ópticas
José Roberto de A. Amazonas

Solução

Se a fibra possui as mesmas características da fibra


anterior, o numero V é o mesmo.

Assim, N é obtido pela expressão a seguir.


 Duas classes principais de fibras ópticas:

o Monomodo ou Fibras de Modo Único (SMF


– Single Mode Fiber):

 Apenas o modo fundamental é propagado


na frequência de operação desejada.

o Multimodo ou Fibras de Modo Múltiplo


(MMF – Multiple Mode Fiber):

 As fibras multimodo possuem diversos


modos de propagação, permitindo que a
luz viaje por diversos caminhos
diferentes.
 Fibras Monomodo:

o Nas fibras monomodo a luz percorre apenas


um caminho no interior da fibra óptica.

o A propagação da luz se dá em apenas um


modo, de menor ordem.

o A transmissão da luz ocorre em linha quase


reta, apenas na direção axial.

o Isso ocorre porque o diâmetro da fibra é um


pouco maior que o comprimento de onda do
sinal.

o Possuem dimensões menores e capacidade de


transmissão bastante superior às multimodo.

o Para que a luz se propague em linha reta ao


longo do cabo, a diferença entre os índices de
refração do núcleo e da casca é bem pequena.
 Portanto, as características da Fibra Monomodo,
são:

o Dimensões menores.

o Maior capacidade de transmissão.

o Um único modo de propagação.

o Transmite apenas o raio axial.

o Dimensão do núcleo: 8 a 9 μm (esta ultima é a


mais utilizada).

o Dimensão da casca: 125 μm.

o Alcance limitado a 3 km para cabeamento


estruturado.

o Geralmente utiliza laser como transmissor.


o Utiliza comprimentos de onda de 1.310 ou
1.550 nm.

 Características da Fibra Multimodo:

o Propagação baseada na reflexão interna da luz


nas paredes da casca cujo índice de refração é
menor que o do núcleo.

o A luz é conduzida por meio de vários modos


de propagação.

o Em outras palavras: a luz percorre diversos


caminhos no interior da fibra óptica.

o Tipo mais comum em cabeamentos primários


inter e intraedifícios.
 De acordo com a variação dos índices de refração
da casca em relação ao núcleo, classificam-se em:

o Índice degrau (ID):

o Índice gradual (IG) (desempenho superior).


 Multimodo índice degrau.

o Primeiras a ser utilizadas de forma mais


difundida.

o Facilidade de fabricação, mas capacidade de


transmissão limitada.

o A luz no interior da fibra se propaga por meio


de reflexões nas paredes da fronteira entre o
núcleo e a casca, em um caminho de zig-zag.

o Como o diâmetro do núcleo é relativamente


grande em relação ao λ da luz, milhares de
modos se propagam pela fibra, ampliando a
dispersão e diminuindo a largura de banda.

o Capta energia luminosa com facilidade porque


possui grande abertura numérica.
o Em geral, utiliza LED (Light Emmiting
Diode), uma fonte luminosa simples e barata,
como transmissor.

 Multimodo índice gradual.

o Complexidade média de fabricação.

o Conectividade relativamente simples.

o Alta capacidade de transmissão.

o São as mais empregadas em redes locais de


comunicação de dados e sistemas de
comunicação que exigem grandes larguras de
faixa e operam em alta velocidade.

o São aplicações em que utilizam distâncias


relativamente curtas (alguns km).
 Tipos de fibras ópticas:

o Os cabos de fibra óptica podem conter fibras


dos seguintes tipos:

 Fibras OM1 (multimodo): 62,5 µm

 Fibras OM2 (multimodo): 50 µm

 Fibras OM3 (multimodo): 50 µm

 Fibras OS1 (monomodo): 9 µm

o Designações OM e OS estão contempladas em


normas internacionais, nomeadamente na EN
50173.

o Essas mesmas fibras apresentam outras


designações, na ITU-T.

 G.650, G.652x, G.653, G.655, G.657, etc.


 Características de Transmissão:

o Basicamente, três características são relevantes


para transportar a informação na fibra,
influenciando na distância máxima a ser
alcançada:

 Largura de Banda.

 Dispersão, ou Distorção.

 Atenuação.
 Largura de Banda.

A capacidade de transmissão, expressa em


termos de banda passante, depende
fundamentalmente:

 Da geometria;

 Do perfil de índices da fibra óptica.

 Do seu comprimento.
 Dispersão:

Efeito temporal geralmente indesejável.

Ocorre quando um pulso luminoso, ao se


propagar ao longo de uma fibra óptica, se
alarga em função do comprimento da
fibra percorrida.

Expansão ou espalhamento dos modos em


um pulso de luz, à medida que ele
progride ao longo da fibra.
A largura de faixa da fibra óptica depende
do alargamento do pulso, e,
consequentemente, afeta a capacidade de
transmissão da fibra óptica.

Se o alargamento for excessivo, o sinal


recebido poderá não ser mais distinguido
no receptor.

A dispersão está relacionada com a


dependência do índice de refração em
relação à frequência.

Por causa da dispersão, quanto mais


modos de propagação na fibra óptica,
menor a largura de banda.
Causas do alargamento do pulso nas
fibras ópticas:

 Dispersão modal.

 Dispersão material.

 Dispersão do guia de onda (em geral,


considerado apenas nas fibras
monomodo).

As dispersões material e de guia de onda,


em geral, são consideradas como uma
única dispersão: a dispersão cromática.
 Dispersão modal.

Dispersão modal em fibras multimodo:


resultado de diferentes comprimentos de
caminhos de luz tomados pelos vários
modos (multimodo), durante o tráfego ao
longo da fibra, a partir da fonte até o
receptor.

Principal contribuição para a dispersão, na


fibra multimodo: diferentes velocidades
de propagação dos diversos modos
presentes.

O resultado é o alargamento dos pulsos e


a limitação de sua capacidade de
transmissão.

Processo é denominado de Dispersão


Intermodal.
 Dispersão Material.

A composição do vidro por onda se


propaga a luz é um dos parâmetros que
alarga o impulso luminoso.

Razão para esse fato:

 Índice de refração do vidro varia com o


comprimento de onda.

 Com isso, os diversos componentes do


espectro da fonte de luz se propagam
com velocidades diferentes.

 Apenas na janela de 1310 nm em fibras


de sílica isso não ocorre, o que torna
esse espaço espectral interessante para a
operação de sistemas ópticos.
 Dispersão de Guia de Onda

Relevante apenas em fibras monomodo.

Constante de propagação do modo varia com


o comprimento de onda.

É função do perfil de índice da fibra e pode


ser modificada variando-se o último.
 Principais causas de atenuação em fibras
ópticas.

 Perdas por Absorção: moléculas de OH-.

 Espalhamento.

 Deformações Mecânicas (microcurvaturas


ou macrocurvaturas).

 Projeto do Guia de Onda.


 Perdas por Absorção.

 Absorção Intrínseca:

 É originada pela composição material


que compõe a fibra (impurezas no
material).

 Ocorre absorção de potência por


impurezas dentro do próprio vidro.

 Melhores técnicas de fabricação levam


este tipo de absorção a níveis
aceitáveis.

 Nas janelas de transmissão atuais, a


sílica apresenta baixos níveis de
absorção sendo as mais empregadas.

 Para fibras de sílica fundido a faixa de


menor absorção vai de 0,7 a 1,6 μm.
 Absorção Extrínseca:

 Resulta da contaminação por impurezas


no material da fibra durante seu
processo de fabricação.

 Controle do processo de fabricação


deve ser altamente controlado.

 Causada principalmente pela presença


do íon de OH-.

 Essas impurezas apresentam


comportamentos atômicos que
provocam absorção de uma parcela da
intensidade luminosa da fibra.

 Evolução tecnológica dos processos de


fabricação reduziram as concentrações
a valores inferiores a uma parte por
bilhão, ou menores.
 Espalhamento

 Desvio de parte da luz em várias


direções.

 Causa: Imperfeições da estrutura da


fibra. Não homogeneidade da fibra.

􀂾 Flutuações Térmicas.

􀂾 Variação de Pressão.

􀂾 Pequenas Bolhas.

􀂾 Variação no perfil de Índice de


Refração.
 Perdas na Fibra por Microcurvaturas

 Curvaturas devido aos defeitos de


fabricação.

 Pequena deformação na fronteira entre


o núcleo e a casca.

 Provocado por qualquer força aplicada


transversalmente na superfície da fibra.

 Resultado: perda de parte da energia


dos modos de alta ordem que não são
mais guiados.
 Perdas na Fibra por Macrocurvaturas

 São curvaturas que ocorrem devido ao


percurso da fibra.

 Ocorrem quando os modos próximos


ao ângulo crítico (alta ordem)
ultrapassam esse valor, em função da
curvatura, e deixam de ser refletidos
internamente, passando a ser refratados.

 Depende do comprimento de onda.


Não Linearidade Óptica da Fibra - FWM

Interação de multifótons devido a não linearidade


do índice de refração causa a combinação de
duas ou mais portadoras.

Produção de novas raias laterais.

Resultado: interferência nos canais vizinhos em


sistemas WDM, e degradação da potência óptica.

Limitação no número de frequências que podem


ser usadas pelo sistema.
Atenuações mais frequentes em uma fibra

Perda por Acoplamento

Perda por Absorção


Define o limite superior para o espectro útil
causando uma atenuação crescente acima de
1700 nm.

É causada por defeitos atômicos no material,


principalmente as ligações SiO, entre outras
impurezas, que diminuem a potência do sinal
luminoso ao absorverem parte de sua energia.

Reflexão de Fresnel
Obtém a fração de luz incidente em uma
faceta que é refletida ao invés de absorvida
Espalhamento de Rayleigh
Surge na fabricação e é causado por pequenas
variações na densidade do vidro enquanto o
mesmo encontra-se em processo de
esfriamento.

Essas variações são como obstáculos que


causam o espalhamento, desviando a luz.

Macro Curvaturas

Micro Curvaturas

Perda por Conexão


Janelas de transmissão

 Há regiões espectrais onde a atenuação é


mínima.

 Essas regiões são denominadas de janelas de


transmissão e são as faixas do espectro de
frequências onde a atenuação é mínima.

 A atenuação em fibras ópticas varia com o


comprimento de onda da luz.
 Características das Janelas de Transmissão:

o Primeira Janela de Transmissão:

 850 nanometros (880 a 900 nm);

 Atenuação de 2,5 dB/km;

 Os primeiros sistemas de comunicação óptica


utilizavam esta janela de transmissão;

 Usada em baixas taxas e pequenas distâncias.

 Simplicidade.

 Baixo custo de tecnologia.


o Segunda Janela de Transmissão:

 1300 nanometros (1220 a 1340 nm).

 Atenuação de 0,3 a 0,5 dB/Km;

 Usada em Médias e Longas Distâncias.


o Terceira Janela de Transmissão:

 1550 nanometros (1540 a 1610 nm);

 Atenuação de 0,2 a 0,25 dB/km.

 Região de atenuação espectral mínima das


fibras de sílica.

 Usada em Médias e Longas Distâncias.


Extraído de Redes&Cia – Soluções em Engenharia e Telecomunicações
 Tipos de Cabos

o Diferença do índice de refração do núcleo em


relação à casca é representada pelo perfil de
índices da fibra óptica.

o Essa diferença pode ser conseguida a partir do


uso de materiais dielétricos distintos:

 Exemplos:

Sílica-plástico;

Diferentes plásticos;

Dopagens convenientes de materiais


semicondutores (por exemplo, GeO, P
O , B O , F etc.) na sílica (SiO).
o A variação de índices de refração pode ser feita
de modo gradual ou descontínuo, originando
diferentes formatos de perfil de índices.

o As alternativas quanto ao tipo de material e ao


perfil de índices de refração implicam a
existência de diferentes tipos de fibras ópticas
com características de transmissão e, portanto,
aplicações distintas.

o O tipo de material utilizado, por exemplo, é


determinante para a definição da frequência a
ser utilizada e na definição dos níveis de
atenuação correspondente.

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