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Universidade Federal de Itajubá

BIOFÍSICA
Luz visível, olho humano
e biofísica da visão

Prof. Luiz Bertucci


luizcbb@unifei.edu.br

Espectro visível
- corresponde a porção do espectro eletromagnético cuja radiação é capaz
de sensibilizar o olho humano de uma pessoa normal;
- para cada comprimento de onda pertencente à faixa de luz visível
encontra-se associada a percepção de uma cor.
Luz branca
- nome dado ao que o olho humano vê quando todas as cores
que compõem o espectro de luz visível são combinadas.

A dispersão é um
fenômeno óptico em que
a luz é separada em
suas diferentes cores
quando refratada (passa
por meios ópticos
diferentes) através de
algum meio transparente.

Fontes de luz
Primárias
- são capazes de produzir a sua própria luz;
- também são chamadas de corpos luminosos;
- a luz pode ser produzida por diferentes processos, tais como a
termoluminescência e a luminescência;
- exemplos: o Sol e outras estrelas, a chama de uma vela, uma
lâmpada acesa etc.

Secundárias
- são capazes de apenas refletirem a luz que incide sobre elas;
- também são conhecidas como corpos iluminados;
- exemplo: parede iluminada, a Lua, seres humanos, vegetais etc.
Fenômenos ópticos
Reflexão: a luz incide sobre
uma superfície refletora e
retorna para o seu meio de
propagação de origem.

Absorção: uma parte ou até


mesmo toda a luz incidente
sobre um corpo é absorvida.

Transmissão: a luz atravessa


um meio óptico translúcido ou
transparente.

Absorção da luz e cor dos objetos

Quando uma luz


branca incide sobre
algum objeto, parte
dela é absorvida por
ele;

Além disso, parte da


luz incidente poderá
ser refletida de volta,
e é essa parte que
define a cor dos
corpos iluminados.
Absorção da luz: exemplo no contexto da fotossíntese

A molécula de clorofila do cloroplasto absorve luz azul-violeta e


vermelha (as cores mais eficientes na promoção da fotossíntese) e reflete
ou transmite a luz verde. Esse é o motivo da aparência verde das folhas.

Absorção da luz: exemplo no contexto da fotossíntese

Espectro de absorção. As três curvas apresentam os


comprimentos de onda da luz melhor absorvidos pelos três
tipos de pigmentos do cloroplasto.
Olho Humano

CAMADA EXTERNA

• Córnea: é o tecido transparente


que cobre tanto a pupila quanto
a íris. Junto com o cristalino, a
córnea ajusta o foco da imagem
no olho.

• Esclera ou Esclerótica: camada


externa do globo ocular – parte
branca do olho. Semi-rígida, ela
dá ao globo ocular seu formato
e protege as camadas internas
mais delicadas. A esclera é
contínua com a córnea.
CAMADA INTERMEDIÁRIA

Anterior
• Iris: tecido muscular colorido
(quantidades variáveis de
eumelanina e feomelanina) que
tem, no centro, uma abertura
circular ajustável chamada de
pupila.
• Corpo ciliar: é responsável pela
formação do humor aquoso e
pela mobilidade do cristalino.

Posterior
• Coróide: constituída por uma
rede de vasos sanguíneos, ela
entrega a retina oxigênio e
nutrientes.

CAMADA INTERNA

• Retina: parte sensorial do


olho. Sua função é receber
ondas de luz e convertê-
las em impulsos nervosos,
que são transformados em
percepções visuais.
CRISTALINO

Lente transparente e flexível,


localizada atrás da pupila.
Funciona como uma lente,
cujo formato pode ser
ajustado para focar objetos
em diferentes distâncias,
num mecanismo chamado
acomodação.

CÂMARAS DE FLUIDO

• Humor Aquoso: líquido


transparente que preenche
o espaço entre a córnea e o
cristalino. Sua principal
função é nutrir estas partes
do olho e regular a pressão
interna.

• Humor Vítreo: fluido


gelatinoso transparente
que ocupa o espaço entre
o cristalino e a retina.
NERVO ÓPTICO

É a estrutura formada pelos


prolongamentos das células
nervosas que formam a
retina. Transmite a imagem
capturada pela retina para o
cérebro. A emergência do
nervo óptico cria na retina
uma região especial
chamada ponto cego (disco
óptico), pois nela não
existem fotorreceptores.

Músculos extraoculares
Inseridos na esclera estão três
pares de músculos (6 músculos
ao todo). Esses músculos giram
o globo ocular nas órbitas e
permitem que a imagem seja
sempre focalizada na fóvea da
retina central.
• Obliquo maior (OM)
• Obliquo menor (Om)
• Reto superior (Rs) Caso ocorra alguma alteração
• Reto inferior (Ri) neste sincronismo, têm-se a
• Reto externo (Re)
• Reto interno (não deficiência ocular chamada
pode ser visto) estrabismo.
Variação do diâmetro pupilar
- como visto, a abertura da íris, por onde passa a luz, chama-se pupila;
- por ação dos músculos da íris, o diâmetro da pupila pode diminuir
(miose) ou aumentar (midríase).

MIOSE MIDRÍASE
Ambiente muito iluminado Ambiente pouco iluminado

Focalização de objeto próximo Focalização de objeto distante

Sono Despertar

Na agonia e algumas horas No momento da morte


após a morte

Estrutura da retina
• Constituída por três tipos de camadas: os neurônios ganglionares,
os neurônios bipolares, e as células fotossensíveis (bastonetes e
cones).

Retina
Estrutura da retina
MÁCULA LÚTEA
Região central da retina.

FÓVEA
Pequena depressão localizada
no centro da mácula lútea
onde estão concentradas
várias células fotossensíveis
do tipo cone. Possibilita,
através das células cônicas, a
percepção das cores. É nessa
região que a imagem é
formada com maior nitidez,
pois são estimulados pela luz
mais intensa.

Estrutura da retina (vista de frente)


Estrutura da retina
CÉLULAS FOTOSSENSÍVEIS
BASTONETES
Os bastonetes permitem a visão
para intensidades luminosas
muito pequenas (noite,
crepúsculo), porém recebem
apenas impressão de
luminosidade e nenhuma
impressão cromática (colorida).

Os bastonetes contêm o
pigmento visual rodopsina.

Estrutura da retina
CÉLULAS FOTOSSENSÍVEIS

CONES
Permitem a impressão
colorida em claridades média
e grande (visão diurna).

Os cones contêm opsinas


como pigmentos visuais.
Estrutura da retina
CÉLULAS FOTOSSENSÍVEIS - CONES
Existem três tipos de cones e cada um deles possui moléculas
fotorreceptoras (opsinas) para uma determinada faixa do espectro visível.

Dependendo da estrutura
exata da molécula de
opsina, os cones são
extremamente sensíveis a
comprimentos de onda
longos (L), médios (M) ou
curtos (C) de luz.

Estrutura da retina
CÉLULAS FOTOSSENSÍVEIS

Cones

- A região da fóvea contém apenas cones;


- Os bastonetes estão concentrados em maior parte na periferia da retina
(estão ausentes na fóvea e mácula).
Formação da imagem no olho

O cristalino forma uma imagem real e invertida do objeto, a qual fica


localizada exatamente sobre a retina. Feito esse processo, o nervo
óptico envia a imagem para o cérebro, o qual é responsável por
deixar a imagem na posição correta.

Formação da imagem no olho: miopia


A miopia é um erro refrativo do globo ocular (globo ocular mais
alongado) no qual a imagem dos objetos no olho é focada
incorretamente, isto é, a imagem é focada à frente da retina, fazendo
com que a visão dos objetos distantes pareça turva.
Formação da imagem no olho: hipermetropia
A hipermetropia é um erro de refração do globo ocular (globo ocular
mais achatado) que faz com que a imagem seja focada atrás da
retina. Isso causa dificuldade para enxergar o que está mais próximo
dos olhos.

Formação da imagem no olho: astigmatismo


O olho com astigmatismo tem o formato da córnea diferente em
relação ao olho normal. Assim, a luz se propaga de maneira mais
difusa, causando diversos pontos de foco de luz (visão borrada).
Formação da imagem no olho: presbiopia
A presbiopia ("vista cansada“) é uma condição natural associada ao
envelhecimento, em que o olho apresenta uma capacidade
progressivamente diminuída para focar objetos próximos (imagem
forma-se atrás da retina).

Possíveis causas:
- perda de elasticidade do cristalino (principal);
- mudanças na curvatura do cristalino;
- perda de força dos músculos ciliares.

Formação da imagem no olho: catarata


O cristalino perde a elasticidade e torna-se opaco. Assim, a catarata
é caracterizada pela perda progressiva da transparência do
cristalino.
Formação da imagem no olho: daltonismo
Perturbação da percepção visual caracterizada pela incapacidade de
diferenciar todas ou algumas cores, manifestando-se muitas vezes
pela dificuldade em distinguir o verde do vermelho.

Geralmente tem origem genética (cromossomo X), mas pode


também resultar de lesão nos olhos.

A causa mais comum do daltonismo é a falha no desenvolvimento


de um ou mais dos três conjuntos de cones que reconhecem cores.

Uma das figuras do teste de Ishihara.


Nesse caso as pessoas com visão normal
devem ver perfeitamente o número 2 no
centro da figura.

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