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CENTRO UNIVERSITÁRIO FAESA

MILANEA PARDIM NASCIMENTO GOMES

TRABALHO NEUROCIÊNCIAS 1
VISÃO

VITÓRIA
2023

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CENTRO UNIVERSITÁRIO FAESA

MILANEA PARDIM NASCIMENTO GOMES

TRABALHO NEUROCIÊNCIAS 1
VISÃO

Trabalho apresentado para a matéria


de Neurocieências I, do curso de
graduação em Psicologia do Centro
Universitário FAESA.
Professor: Alessandro Cezário
Fazzolo

VITÓRIA

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2023

Sumário

1. ESTÍMULO.................................................................................................................4
2. ANATONOMIA DO SISTEMA VISUAL......................................................... 4
3. OS OLHOS......................................................................................................5
4. FOTORECEPTOR...........................................................................................6
5. AS CONEXÕES ENTRE OS OLHOS E O CEREBRO...................................7
6. Cérebro processa cor....................................................................................7
7. Disparidade da Retina...................................................................................8

8. Referências....................................................................................................11

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1 ESTÍMULO
É de conhecimento de toda a sociedade que nossos olhos detectam a presença de
luz. A luz é uma faixa estreita do espectro de radiação eletromagnética, que tem o
comprimento de onda entre 380 e 760 nanômetros (um nanômetro é a bilionésima
parte de um metro) e que é visível para nós.
A faixa de comprimento da onda que chamamos de luz é quantitativamente
diferente do restante do espectro eletromagnético, sendo, simplesmente, uma parte
contínua que os humanos podemos ver.
A cor da luz é percebida e determinada por três dimensões: matriz, saturação e
brilho, viajando a uma velocidade constante de aproximadamente 300.00
quilômetros (186.000 milhas por segundo). Assim, a frequência e a oscilação da
onda variam a distância entre os picos das ondas similarmente, mas, ao mesmo
tempo, de modo inverso.
O comprimento da onda determina a primeira das três dimensões da luz que
podem ser percebidas, a matriz. O espectro visível exibe faixa das matrizes que
nossos olhos podem detectar.
A luz também pode variar em intensidade, o que corresponde a segunda dimensão
que pode ser percebida, o brilho, e se a intensidade da radiação eletromagnética
for aumentada o brilho aparente também aumenta.
A terceira dimensão, a saturação refere-se a pureza relativa da luz que está sendo
percebida. Se toda a radiação é de um único comprimento de onda, a cor
percebida é pura ou inteiramente saturada, ao contrário, se a radiação contém
todos os comprimentos de onda, ela não produz nenhuma sensação de matriz, é
percebida como branca. As cores com qualidades suficientes de saturação
consistem de diferentes misturas de comprimentos de ondas.

2. ANATONOMIA DO SISTEMA VISUAL


Para um indivíduo ter a capacidade de visualizar uma imagem, deve ser
concentrada na retina, a camada mais interna do olho, e esta imagem provoca
alterações na atividade elétrica de milhões de neurônios na retina.
Isso resultará no envio das informações ao cérebro, sendo a retina a parte do
cérebro e os nervos ópticos estão no sistema nervoso central – e não nos
periféricos ou os fotorreceptores da retina que detectam a presença de luz e as
conexões entre a retina é o cérebro.

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3. OS OLHOS
Os olhos estão suspensos nas orbitas cavidades ósseas na região frontal do
crânio. Eles são sustentados e movimentados por músculos extras - oculares
ligados à esclera, uma membrana resistente, branca e mais externa do olho.
Normalmente, não podemos olhar atrás dos nossos globos oculares e ver este
músculos porque os locais onde eles se fixam ao olhos estão escondidos pela
conjuntiva, membranas mucosas que margeiam as pálpebras e dobram-se para
trás para se ligarem ao olho (evitando, assim, que uma lente de contato que tenha
escorregado da córnea "caia atrás do olho").
Os olhos realizam três tipos de movimentos: movimentos de vergência,
movimentos sacádicos e movimentos de Perseguição.
Os movimentos de vergência são cooperativos, isto é, mantém ambos os olhos
fixos no mesmo alvo, ou, mais precisamente, mantêm a imagem do objeto-alvo em
regiões correspondentes das duas retinas. Se você colocar um dedo em frente à
sua face, olhar para ele, e em seguida mover o dedo aproximando-o mais de sua
face, seus olhos farão movimentos de vergência, em direção ao seu nariz.
Se olhar para um objeto, em outro lado da sala, seus olhos se direcionarão para
fora e você verá duas imagens separadas e borradas de seus dedos. Quando você
esquadrinha uma cena à sua frente, seu olhar não percorre lenta e fixamente seus
detalhes. Em vez disso, seus olhos realizam movimentos sacádicos bruscos - você
muda seu olhar abruptamente de um ponto a outro.
Quando você lê uma linha neste livro, seus olhos param vá- nas vezes, movendo-
se muito rapidamente entre cada parada, não se podendo controlar
conscientemente a velocidade do movimento entre as paradas; durante cada
sacada, os olhos movem-se o mais rápido que podem. Apenas realizando um
movimento de perseguição, ou seja, olhando para o seu dedo enquanto o move à
sua volta você pode fazer com que os seus olhos se movam mais lentamente.
A maior parte do olho é revestida por uma membrana mais externa, a esclera, que
é opaca e não permite a entrada de luz, entretanto, a córnea, a membrana mais
externa localizada na frente do olho, é transparente e deixa entrar luz. A
quantidade de luz que entra é regulada pelo tamanho da pupila, que é uma
abertura na íris, o anel pigmentado de músculos situados atrás da córnea.
A lente, situada imediatamente atrás da íris, consiste de uma série de camadas
transparentes, semelhantes a uma cebola. Sua forma pode ser alterada pela
contração dos músculos ciliares, permitindo ao olho focar imagens de objetos
próximos ou distantes na retina um processo denominado acomodação.

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Após passar através da lente, a luz atinge a principal região do olho, que é
preenchida com humor vítreo uma substância clara e gelatinosa. Após atravessá-
lo, a luz chega à retina, o revestimento interno da região posterior do olho. Na
retina, estão localizadas as células receptoras, os bastonetes e os cones que em
conjunto são conhecidos como fotorreceptores.
A retina humana contém, aproximadamente, 120 milhões de bastonetes e 6
milhões de cones. Embora estejam em minoria em relação aos bastonetes, os
cones nos fornecem a maioria das informações sobre o nosso ambiente.
Particularmente, eles são responsáveis pela nossa visão diurna, revelando-nos
pequenos detalhes do ambiente e, desta maneira, são a origem de uma visão com
maior nitidez, ou acuidade.
A fóvea, ou região central da retina, que modela nossa visão de maior acuidade,
contém apenas cones, sendo estes responsáveis pela visão em cores nossa
capacidade de discriminar a luz de diferentes comprimentos de onda. Em lente de
bora os bastonetes não detectem as diferentes cores e nos forneçam uma visão de
pouca acuidade, e são mais sensíveis a luz e um ambiente fracamente iluminado,
usamos a visão dos nossos bastonetes, portanto sobre a luz fraca, somos cegos.
Outra característica da retina é o disco óptico, onde os axônios que estão
transportando a informação visual se juntam e deixam o olho, por meio do nervo
óptico. O disco óptico produz um ponto cego porque não há receptores localizados
ali e normalmente não percebemos nossos pontos cegos.

4. Fotorreceptor

E o primeiro passo na cadeia de eventos que leva a percepção visual, envolve uma
substancia química especial denominada fotopigmento. Os fotopigmentos são
moléculas especiais inseridas nas membranas das lamelas um único bastonete
humano contem aproximadamente 10 milhões deles e consistem de duas partes: a
opsina (proteína) e o retina (um lipídeo).

Desse modo, os fotorreceptores respondem à luz e influenciam o potencial de


membrana das células bipolares a eles conectadas. As células ganglionares
disparam potenciais de ação em resposta à luz, e esses impulsos se propagam, via
nervo óptico, para o resto do encéfalo. Além das células presentes nessa via direta,
desde os fotorreceptores até o encéfalo, o processamento na retina é por dois
outros tipos celulares.
As células horizontais recebem aferentes dos fotorreceptores e projetam neuritos
lateralmente para influenciar as células bipolares vizinhas e os fotorreceptores.
Uma ampla variedade de tipos de células amácrinas recebe aferentes das células

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bipolares, projetando-se lateralmente para influenciar células ganglionares vizinhas,
células bipolares e outras células amácrinas.

5. AS CONEXÕES ENTRE OS OLHOS E O CEREBRO


Os axônios das células ganglionares da retina levam informações para o resto do
cérebro. Eles ascendem pelos nervos ópticos e atingem o núcleo geniculado lateral
dorsal tálamo que recebe este nome devido a sua semelhança com a curvatura do
joelho.
Ele contêm seis camadas de neurônios, cada uma delas recebendo aferências de
apenas um olho. Os neurônios nas duas camadas mais profundas contem corpos
celulares maiores do que aqueles encontrados nas quatro camadas mais externas.
Por esta razão, as duas camadas mais internas são denominadas camadas
monocelulares e as quatro camadas mais externas são denominadas camadas
parvo celulares (referem-se ao pequeno tamanho das células) ventralmente a cada
uma das camadas monoculares e parvo Celular é encontrado um terceiro grupo de
neurônios nas subcamadas de células granulares.
Os neurônios do núcleo geniculado lateral dorsal enviam seus axônios do núcleo
geniculado lateral dorsal enviam seus axônios por meio de uma via conhecida
como radiações opticas para o córtex visual primário- região que circunda a fissura
calcarina, sendo uma fissura horizontal, localizada no lobo occipital posterior e
medial.
O córtex visual primário é frequentemente de Circuitos neurais da retina. A luz
atingindo um fotorreceptor, produz uma hiperpolarização, portanto o fotorreceptor,
libera menos neurotransmissor normalmente hiperpolarização, esta despolarização
promove uma maior liberação de neurotransmissores das células bipolares, o que
excita as células ganglionares.

6. Cérebro processa cor


O cérebro humano começa a processar as cores, fundamentalmente, porque o olho
recebe a luz em forma de comprimento de onda e na retina temos receptores de
luminosidade e de ausência dela, como se fossem receptores de preto e branco,
em que percebemos o claro e o escuro para fazermos delimitações e contraste, e
temos em um conjunto de fundo do olho, da retina, que é a mácula, os receptores
de cor.

Lá são basicamente três tipos de receptores de cor: amarelo, azul e vermelho. Com
um receptor para cada um desses três comprimentos de onda você consegue fazer
a percepção de todas as cores que enxergamos. Isso porque, com essas três cores

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conseguimos fazer todas as outras cores; igualmente o olho, através desses três
receptores, transforma tudo o que enxergamos, todas as tonalidades de cores, em
sinais elétricos.

Dessa maneira, chega à informação dos impulsos elétricos no córtex cerebral,


através de uma técnica moderna – e isso que é o estudo recente, que tem
motivado um assunto que está quente atualmente –, chamado magneto-
eletroencefalografia.

A magneto-eletroencefalografia é um método de captar a atividade elétrica dos


neurônios em uma resolução muito grande, a ponto de você pegar grupos de
neurônios muito específicos em uma velocidade, resolução, muito maior e mais
precisa do que a ressonância magnética funcional.

A ressonância magnética funcional era tida como uma forma de ver o cérebro
funcionando, mas hoje, através dessa técnica, é muito mais precisa a ativação.
Então, os cientistas põem a pessoa no aparelho, jogam um estímulo luminoso, uma
onda de cor, e vêm exatamente quais são os grupos de células que estão sendo
ativadas com aquela onda de cor.

E, dessa forma, conseguiu-se entender que as cores se formam através de


padrões de células no córtex occipital, no córtex da visão. E uma vez que cria
junção de cores e de formas, isso forma a imagem, que é transmitida para outras
regiões do cérebro, como a de memória, a de emoções e a de linguagem, o que
torna a experiência de vermos o mundo.

7. Disparidade da Retina

A disparidade binocular é devida à diferente posição dos dois olhos, o que fornece
sendo uma pista visual de profundidade também conhecida como visão
estereoscópica (estereopsis). No centro do campo de visão de cada olho de nossa
visão se sobrepõe.

Isso é, refere-se à diferença na localização da imagem de um objeto visto pelo


olhos esquerdo e direito, resultante da separação horizontal dos olhos paralaxe. O
cérebro usa a disparidade binocular para extrair informações de profundidade das
imagens bidimensionais da retina em estereopsia. Na visão computacional, a
disparidade binocular refere-se à diferença de coordenadas de características
semelhantes dentro de duas imagens estéreo.

Uma disparidade semelhante pode ser usada no telêmetro por um telêmetro de


coincidência para determinar a distância e/ou a altitude de um alvo. Em astronomia,
a disparidade entre diferentes locais na Terra pode ser usada para determinar

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várias paralaxes celestes, e a órbita da Terra pode ser usada para paralaxes
estelares.
Os olhos humanos são separados horizontalmente por cerca de 50 a 75 mm
(distância interpupilar), dependendo de cada indivíduo. Assim, cada olho tem uma
visão ligeiramente diferente do mundo ao redor. 
Isso pode ser facilmente visto ao fechar alternadamente um olho enquanto olha
para uma borda vertical. A disparidade binocular pode ser observada a partir do
aparente deslocamento horizontal da borda vertical entre ambas as vistas.
A qualquer momento, a linha de visão dos dois olhos se encontra em um ponto no
espaço. Este ponto no espaço se projeta para o mesmo local (ou seja, o centro)
nas retinas dos dois olhos. No entanto, devido aos diferentes pontos de vista
observados pelo olho esquerdo e direito, muitos outros pontos no espaço não caem
em localizações retinianas correspondentes. A disparidade visual binocular é
definida como a diferença entre o ponto de projeção nos dois olhos e geralmente é
expressa em graus como o ângulo visual . [1]
O termo "disparidade binocular" refere-se a medições geométricas feitas fora do
olho. A disparidade das imagens na retina real depende de fatores internos ao olho,
especialmente a localização dos pontos nodais, mesmo que a seção transversal da
retina seja um círculo perfeito. A disparidade na retina está em conformidade com a
disparidade binocular quando medida em graus, embora seja muito diferente se
medida em distância devido à estrutura complicada dentro do olho.

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“A moça com brinco de pérola” – Vermeer
O efeito antagônico das células ganglionares atua no reconhecimento no
reconhecimento de contornos sendo o olho humano incapaz de perceber
gradações de tons absurdas, as bordas perceptíveis entre a tonalidade mais escura
e a mais clara na verdade não existe, ela é criada pelo sistema visual

O efeito antagônico das células ganglionares vizinhas atua no reconhecimento de


contornos. Quando o olho vê uma borda entre uma superfície escura e outra clara,
a atividade de células ganglionares ON center afastadas da borda não é alterada.
Isto não produz nenhum efeito antagônico nas células OFF e nenhum contorno é
visto.

Somente as células ganglionares ON center próxima da borda apresentam


aumentam (células na superfície clara) ou diminuição (célula na superfície escura)
da atividade de disparos. Isto produz um efeito antagônico nas respectivas células
OFF center e o contorno e visto.

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8. Referências

CARMO. William Rezende do. Como o cérebro processa as cores.


https://regenerati.com.br/como-o-cerebro-processa-cores. Acesso em 15/06/2023.

CARLSON. Neil R. Fisiologia do Comportamento - Neil R. Carlson | Estante Virtual.

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