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MANUAL DE EXPERIMENTOS

PRÁTICOS DOS CURSOS DE


LICENCIATURA E
BACHARELADO EM
CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
ÁREA DE GEOCIÊNCIAS
ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO
SUMÁRIO
3 APRESENTAÇÃO

5 BIOQUÍMICA: CARBOIDRATOS E PROTEÍNAS

15 BIOFÍSICA: FISIOLOGIA – ÓPTICA DA VISÃO

43 ZOOLOGIA I: PARAZOÁRIOS E PROTOSTÔMIOS

63 ZOOLOGIA II: DEUTEROSTÔMIOS

70 BOTÂNICA: GRUPOS BASAIS – OBSERVAÇÃO


DE ALGAS, BRIÓFITAS E PTERIDÓFITAS

77 ESPERMATÓFITAS, HISTOLOGIA
E FISIOLOGIA VEGETAL

90 MICROBIOLOGIA, IMUNOLOGIA
E PARASITOLOGIA

97 ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA

101 ECOLOGIA E SANEAMENTO AMBIENTAL:


EUTROFIZAÇÃO

121 INTERPRETAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DE VEGETAÇÃO


POR SATÉLITE
APRESENTAÇÃO
Olá, Estudante!
Este Manual de Experimentos Práticos foi elaborado para que
você possa realizar as atividades práticas no Laboratório de
Práticas Interdisciplinares de seu curso de Ciências Biológicas.
Para atender com êxito à formação do profissional da área,
os estudantes participam, quinzenalmente, de atividades prá-
ticas a distância em laboratório do respectivo curso e, sema-
nalmente, intercalam-se atividades práticas de Química e de
Física, com vistas à compreensão sistêmica do conhecimento.
O currículo do curso foi estruturado com base em um conjunto
de competências que propiciam a produção e a socialização de
conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias para o êxito
profissional, em conformidade com a legislação e com os requi-
sitos de um mercado globalizado e competitivo.
A realização das práticas é uma etapa de consolidação das
teorias expostas pelos professores em videoaulas, livros e arti-
gos das disciplinas. Trata-se de componente curricular obrigató-
rio, que contribui para a formação profissional dos estudantes,
observando as competências e as habilidades que se revelam na
prática profissional. O processo de aprendizagem em Ciências
Biológicas é desenvolvido a partir de uma visão sistêmica e de
reciprocidade entre os materiais de estudo, tais como: rotas de
aprendizagem (videoaulas e textos de apoio), livros, aulas ao vivo
e atividades práticas.

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Os experimentos foram concebidos a partir das disciplinas
da matriz curricular e transcendendo-as, o que permite emba-
sar a formação prática dos estudantes para além das ativida-
des práticas avaliativas de Estudo de Caso e Portfólio, a fim de
formar profissionais de excelência para o mercado, que está em
contínua transformação, os quais poderão trabalhar em diferen-
tes áreas de atuação. Além da recorrência de atividades práticas,
no Estudo de Caso e no Portfólio, o sistema de avaliação con-
templa duas perguntas direcionadas constantes na Atividade
Pedagógica On-line (APOL), as quais geram pesquisa, análise
e tomada de atitude. Dessa forma, tanto o licenciado quanto
o bacharel estarão aptos e familiarizados com os materiais utili-
zados para o desenvolvimento de experimentos científicos, seja
no trabalho em sala de aula, seja em laboratório de pesquisa
e profissionais.
Este Manual de Experimentos Práticos foi desenvolvido pelos
profissionais da área de Geociências para garantir sinergia com
as aulas ao vivo, os fóruns, as atividades práticas e os demais
elementos didáticos visando à consolidação cotidiana da apren-
dizagem. Portanto, aproveite essa inovação e forme-se com
diferencial no mercado de trabalho.
Nós, do Centro Universitário Internacional Uninter, deseja-
mos que a flexibilidade proporcionada pela educação a dis-
tância provoque aprendizagem em sua vida e que a busca
pela inovação mantenha seus pés fincados no trabalho
para o desenvolvimento do país sustentável que iremos
construir juntos.

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BIOQUÍMICA:
CARBOIDRATOS E PROTEÍNAS
DISCIPLINAS CONTEMPLADAS NA ATIVIDADE: BIOQUÍMICA, FUNDAMENTOS DE QUÍMICA

Exige preparação prévia X Sim Não

Tempo de preparação prévia 2 horas para preparação do material

Tempo de observação pós preparação Imediato

Duração da realização dos experimentos 2 horas, aproximadamente

INTRODUÇÃO
Os nutrientes são substâncias obtidas dos alimentos. São eles
que nos fornecem energia para que possamos continuar vivos,
correndo, pensando, dormindo, ou seja, realizando todas as ati-
vidades e funções vitais. Além disso, alimentamo-nos para obter
matéria que construa e renove nosso corpo, bem como ingerimos
substâncias que participam da regulação de diferentes funções do
organismo. Há cinco tipos de nutrientes: sais minerais, vitaminas,
carboidratos, lipídios e proteínas. Cada um deles desempenha um
papel fundamental no organismo humano. Também fazem parte
da constituição do nosso corpo a água e os ácidos nucleicos.
Mas, como sabemos quais nutrientes e componentes estão
presentes nos alimentos?
Uma maneira de descobrir qual é a constituição presente
em determinado alimento é utilizar-se de reações químicas.
Algumas substâncias químicas reagem ao entrar em contato
com um componente específico, mudando a cor do alimento
e/ou da solução utilizada para análise, o que permite identificar
qual nutriente está presente naquele alimento.

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EXPERIMENTO 1 – IDENTIFICAÇÃO DO
AMIDO EM DIFERENTES ALIMENTOS

Os carboidratos correspondem a um dos componentes reque-


ridos pelos organismos vivos. Considerados moléculas energé-
ticas, são classificados em monossacarídeos, oligossacarídeos
ou polissacarídeos, de acordo com a constituição molecular.
As plantas armazenam o carboidrato produzido pela fotossín-
tese em polissacarídeos, como o amido, e os animais armaze-
nam o excedente da alimentação em glicogênio.

OBJETIVO
» Identificar a presença do amido em diferentes amostras
de alimentos.

MATERIAIS
» 5 tubos de ensaio
» Pipeta de Pasteur ou conta-gotas
» 200 ml de Reagente Lugol
» 2 placas de Petri
» Bastão de vidro
» 200 ml de solução de amido 1%
» 1 fatia de pão
» 10 ml de óleo de soja, milho ou outro
» 1 pedaço de carne de frango não cozido ou extrato de carne
fresca
» Estante para tubos

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PROCEDIMENTOS
» Anote os números 1, 2, 3, 4 e 5 em cada um dos tubos de
ensaio e coloque-os na estante.
» No tubo 1, adicione 20 gotas de água e 2 gotas de reagente
Lugol. Misture bem. Observe a coloração e anote na tabela
a seguir.
» No tubo 2, adicione 20 gotas da solução de amido e 2 gotas
do reagente Lugol. Misture bem. Observe a coloração
e anote na tabela a seguir.
» No tubo 3, adicione alguns pedacinhos de pão, umedeça
com 5 gotas de água e adicione 2 gotas do reagente Lugol.
Misture bem. Observe a coloração e anote na tabela a seguir.
» No tubo 4, adicione 10 ml de óleo vegetal e 2 gotas do rea-
gente Lugol. Misture bem. Observe a coloração e anote na
tabela a seguir.
» No tubo 5, adicione o pedaço de carne de frango não cozido
e, em seguida, coloque 2 gotas do reagente Lugol. Observe
a coloração e anote na tabela a seguir.

RESULTADO DAS REAÇÕES DOS DIFERENTES ALIMENTOS COM O REGENTE LUGOL

TUBO DE ENSAIO COR CONTÉM AMIDO

1. Água (controle)

2. Solução de amido

3. Pão

4. Óleo vegetal

5. Carne de frango

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RESULTADOS E OBSERVAÇÕES
» Analise as colorações do tubo 1 e do tubo 2.
» Qual é a importância do tubo 1 para o experimento?
E do tubo 2?
» A partir do observado e da comparação entre o tubo 1
e o tubo 2, complete a tabela.

EXPERIMENTO 2 – IDENTIFICAÇÃO
QUÍMICA DE ALGUNS CARBOIDRATOS
OBJETIVOS
» Identificar, por meio de reações químicas, os tipos de carboi-
dratos presentes nas soluções A, B e C.
» Relacionar os resultados encontrados com os diferentes car-
boidratos que fazem parte da nossa alimentação.
» Compreender, por meio de pesquisas, os resultados
encontrados.

MATERIAIS
» 8 tubos de ensaio
» 500 ml de água fria, 500 ml de água fervente e 500 ml
de água morna
» 100 ml de reagente Lugol
» 100 ml de reagente Benedict
» 100 ml de Solução de amido a 1% (Solução A)

8
» 50 ml de Solução de sacarose a 1% (Solução B)
» 50 ml de Solução de maltose a 1% (Solução C)
» Estante para tubos
» 3 béqueres
» Panela ou recipiente para o banho-maria

PROCEDIMENTOS
» Marque cada tubo de ensaio com um dos números a seguir:
1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 8.
» No tubo 1, coloque 20 gotas de água fria e adicione 2 gotas
do reagente Lugol. Misture com cuidado. Observe e anote
o resultado na tabela a seguir.
» No tubo 2, coloque 20 gotas de água fria e adicione 2 gotas
do reagente Benedict. Misture com cuidado. Observe
e anote o resultado na tabela a seguir.
» Coloque as soluções A, B e C nos tubos de ensaio 3, 4 e 5,
respectivamente, até aproximadamente a altura de um dedo.
Repita a mesma operação nos tubos de ensaio 6, 7 e 8.
» Acrescente 2 gotas do reagente Lugol nos tubos 3, 4 e 5.
Misture bem.
» Acrescente 5 gotas do reagente Benedict nos tubos 6, 7 e 8.
Misture bem e leve esses tubos para aquecer em
banho-maria por 5 minutos.
» Observe as reações e complete a tabela a seguir.

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RESULTADO DAS REAÇÕES DOS DIFERENTES CARBOIDRATOS COM OS REAGENTES LUGOL
E BENEDICT

SOLUÇÕES CONTROLES A) Amido B) Sacarose C) Maltose

Com Lugol Tubo 1 Tubo 3 Tubo 4 Tubo 5


Cor: Cor: Cor: Cor:

Com Benedict Tubo 2 Tubo 6 Tubo 7 Tubo 8


Cor: Cor: Cor: Cor:

RESULTADOS E OBSERVAÇÕES
» Explique as diferenças encontradas na coloração das
soluções dos tubos de ensaio com Lugol (1, 2 e 3). Faça
o mesmo com os tubos com Benedict (4, 5 e 6). Justifique
as diferenças encontradas.
» Houve diferença na coloração das soluções de sacarose
e maltose na presença de Benedict? Se sim, pesquise
sobre isso.
» No cotidiano, quais experimentos similares a esses pode-
riam ser eficazes? Qual seria a importância dos resultados
encontrados?

EXPERIMENTO 3 – IDENTIFICAÇÃO
DE PROTEÍNAS EM DIFERENTES
ALIMENTOS

As proteínas se caracterizam por ser o grupo mais abundante


de macromoléculas, encontradas dentro e fora das células e de
importância vital aos seres vivos. Suas funções vão desde catá-
lise de reações químicas (enzimas), transporte de outras molécu-
las, transmissão de impulsos nervosos, proteção imunitária e até

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função hormonal, entre outras. Encontradas em diferentes tipos
de alimentos, necessitamos delas para a obtenção dos aminoá-
cidos, os quais serão utilizados para a construção de nossas
próprias proteínas.

OBJETIVO
» Identificar a presença de proteínas em diferentes amostras
de alimentos.

MATERIAIS
» 200 ml de Hidróxido de sódio (solução 20 %)
» 200 ml de Sulfato de cobre (solução 0,25 mol/L)
» 500 ml de água
» 50 g de sal
» 50 g de açúcar comum
» 200 g de amido de milho
» 1 clara de ovo
» 50 ml de extrato (caldo) de carne vermelha fresca
(vide procedimentos)
» 100 ml de leite de origem animal
» 100 ml de suco ou leite de soja
» Espátula
» 8 tubos de ensaio
» Estante para tubos
» Pipeta de Pasteur ou conta-gotas

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PROCEDIMENTOS
» Anotar a numeração nos tubos de ensaio de forma a organi-
zar a legenda (numerá-los de 1 até 8).
» Extrato (caldo) de carne fresca: deixar um pequeno pedaço
de carne vermelha em água (50 ml) por 20 minutos. Separar
o caldo.
» Tubo 1: solução de referência (padrão de cor do reagente).
Adicionar 20 gotas de água, 20 gotas de solução de NaOH
e 5 gotas de solução de CuSO4. Misturar bem os reagentes
e observar a coloração. Anotar na tabela a seguir.
» Tubo 2: adicionar uma pitada de amido de milho e dissol-
vê-la em 15-20 gotas de água. Em seguida, adicionar 20 gotas
de solução de NaOH e 5 gotas de solução de CuSO4. Agitar
bem a mistura e observar a coloração. Anotar na tabela
a seguir.
» Tubo 3: adicionar uma pitada de açúcar e dissolvê-la em
15-20 gotas de água. Em seguida, adicionar 20 gotas de
solução de NaOH e 5 gotas de solução de CuSO4. Agitar bem
a mistura e observar a coloração. Anotar na tabela a seguir.
» Tubo 4: adicionar uma pitada de sal (NaCl) e dissolvê-la
em 15-20 gotas de água. Em seguida, adicionar 20 gotas de
solução de NaOH e 5 gotas de solução de CuSO4. Agitar bem
a mistura e observar a coloração. Anotar na tabela a seguir.
» Tubo 5: adicionar 10 gotas de leite ou suco de soja em um
tubo de ensaio, e, a este, 10 gotas de água. Misturar 20 gotas
de solução de NaOH e 5 gotas de solução de CuSO4. Agitar
e aguardar. Observar a coloração. Anotar na tabela a seguir.
» Tubo 6: adicionar 10 gotas de leite de origem animal em
um tubo de ensaio, e, a este, 10 gotas de água. Misturar

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20 gotas de solução de NaOH e 5 gotas de solução de CuSO4.
Agitar e aguardar. Observar a coloração e anotar na tabela
a seguir.
» Tubo 7: adicionar o equivalente a 10 gotas de clara de ovo,
e, a este, 10 gotas de água. Misturar 20 gotas de solução
de NaOH e 5 gotas de solução de CuSO4. Agitar e aguardar.
Observar a coloração. Anotar na tabela a seguir.
» Tubo 8: adicionar 20 gotas de extrato de carne, e, a este,
10 gotas de água. Misturar 20 gotas de solução de NaOH
e 5 gotas de solução de CuSO4. Agitar e aguardar. Observar
a coloração. Anotar na tabela a seguir.

RESULTADO DA PRESENÇA DE PROTEÍNAS NOS DIFERENTES ALIMENTOS

TUBO DE ENSAIO COR CONTÉM PROTEÍNA

1. Água (controle)

2. Amido de milho

3. Açúcar

4. Sal

5. Leite de soja

6. Leite de origem animal

7. Clara de ovo

8. Extrato de carne fresca

RESULTADOS E OBSERVAÇÕES
» Compare a coloração do tubo 1 e do tubo 8 com
os demais tubos.
» Qual é a importância do tubo 1 para o experimento?
» A partir do observado e da comparação do tubo 1 e do
tubo 8 com os demais tubos, complete a tabela e comente
os resultados encontrados.

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REFERÊNCIAS
ALMEIDA, V. V. de; CANESIN, D. A.; SUZUKI, R. M.; PALIOTO, G. F.
Análise qualitativa de proteínas em alimentos por meio de reação de
complexação do íon cúprico. Química Nova na Escola, v. 35, n. 1,
p. 34-40, fev. 2013.

JUNIOR, W. E. F. Carboidratos: Estrutura, Propriedades e Funções.


Química Nova na Escola, n. 29, ago. 2008.

OLIVEIRA, R. O. de; MARIA, L. C. de S.; MERÇON, F; AGUIAR, M. R. M. P.


O reagente de Benedict na análise de açúcares. Química Nova na
Escola, n. 23, maio, 2005.

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BIOFÍSICA:
FISIOLOGIA – ÓPTICA DA VISÃO
DISCIPLINAS CONTEMPLADAS NA ATIVIDADE: BIOFÍSICA, ANATOMIA, FUNDAMENTOS DE FÍSICA

Exige preparação prévia X Sim Não

Tempo de preparação prévia 45 minutos para a preparação do material

Tempo de observação pós preparação Imediato

Duração da realização dos experimentos 2 horas, aproximadamente

INTRODUÇÃO
Ao pensarmos sobre nossa visão, dificilmente temos a noção
da complexidade que envolve a formação de imagens e todos
os fatores diretamente relacionados à óptica. A óptica explica,
a partir das proposições quanto às trajetórias seguidas pela luz,
o estudo da natureza constitutiva da luz, as causas dos defeitos
de visão, a projeção de imagens, o funcionamento de espelhos,
a estrutura atômica, entre outras aplicações.

OBJETIVOS GERAIS
» Estudar o comportamento dos raios luminosos incidentes
em lentes divergentes.
» Verificar as propriedades dos raios luminosos principais inci-
dentes em uma lente convergente.
» Reconhecer as ametropias do olho humano e suas correções.

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REFRAÇÃO DA LUZ EM LENTES
CONVERGENTES

OBJETIVO
» Estudar o comportamento dos raios luminosos incidentes
em lentes convergentes.

MATERIAIS

Código Quant. Unid. Descrição

64002061 1,00 UN FONTE DE LUZ CONJ DE ÓTICA COMPACTO R11

64005019 1,00 UN BASE APOIO TRANSFERIDOR

64005188 1,00 UN CHAPA P/ FECHAMENTO ÓTICA COMPACTA

64005129 1,00 UN LENTE PLANA DE ACRILICO BICONVEXA 90X30X15MM

64005203 1,00 UN CHAPA CONJUGADA (1,2,3 E 5 FENDAS)

18006012 4,00 UN PRENDEDOR DE PAPEL CLIPS 19MM

38039005 1,00 UN FONTE CHAVEADA 12V/2A HAYAMA MODELO HA1220W4P

00000000 1,00 UN IMPRESSO TRANSFERIDOR (APÊNDICE 2)***

00000000 1,00 UN IMPRESSO ESTUDO DE LENTES E ESPELHOS (APÊNDICE 1)***

Fonte: Elaboração própria, 2021.

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PARTE 1 – DETERMINAÇÃO DO FOCO
IMAGEM DE UMA LENTE CONVERGENTE

PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS
» Posicionar sobre a mesa a fonte luminosa e o apoio retangu-
lar conforme a figura.
» Colocar o diafragma de cinco fendas na fonte de luz.
» Colocar a plataforma retangular à frente da fonte, e, sobre
ela, a folha de papel idêntica ao modelo, com as duas retas
AB e CD que unem os pontos médios dos lados opostos.
Fixar a folha com os prendedores de papel para que ela não
se desloque sobre a plataforma.
» Ligar a fonte de luz e escurecer o ambiente em que o experi-
mento está sendo realizado.
» Movimentar a fonte de maneira que o raio luminoso central
do feixe coincida com a reta AB da folha modelo.
» Colocar sobre a folha de papel o perfil de acrílico biconvexo
bem centralizado, de forma que o eixo principal da lente
coincida com o eixo 0-0 do disco, conforme a figura.
» Ajustar o feixe luminoso paralelamente ao eixo maior
e ao eixo principal da lente biconvexa.
» Ajustar bem o perfil biconvexo de maneira que o raio lumi-
noso central não sofra desvio a o atravessar a lente.
» Traçar com lápis o perfil da lente no papel vegetal.
» Observar o comportamento dos raios luminosos que emer-
gem da lente.
» Marcar dois pontos em cada um dos raios incidentes.
» Marcar dois pontos em cada um dos raios refratados.

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RESULTADOS E OBSERVAÇÕES
» O que ocorre com a direção dos raios luminosos emergen-
tes que incidem paralelamente ao eixo principal de uma
lente biconvexa?

Fonte: Elaboração própria, 2021.

» Em razão desse comportamento, como a lente biconvexa


é denominada?
» Com o auxílio dos pontos obtidos, trace, no papel, a trajetó-
ria dos raios incidentes e refratados.
» Marcar no eixo principal o ponto Fi de encontro dos raios
emergentes.
» Como é denominado o ponto do eixo principal para onde
os raios emergentes convergem?
» Esse ponto é encontro dos próprios raios refratados ou de
seus prolongamentos? Então, trata-se de um ponto real
ou virtual?

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PARTE 2 – PROPRIEDADES DOS RAIOS
LUMINOSOS PRINCIPAIS

Fonte: Elaboração própria, 2021.

PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS
» Utilizar a montagem da primeira parte com o diafragma de
cinco fendas fixado na fonte luminosa.
» Prender sobre o disco ótico uma folha de papel com os seg-
mentos AB e CD com transferidor.
» Ligar a fonte de luz e escurecer o ambiente onde se realiza
o experimento.
» Ajustar o feixe luminoso de modo que o raio luminoso cen-
tral coincida com o eixo AB.
» Colocar sobre a folha o perfil de acrílico biconvexo bem cen-
tralizado com os eixos e de modo que o centro ótico da lente
O coincida com o ponto de encontro dos eixos, conforme
mostrado na figura.
» Desenhar o contorno da lente na folha-base e marcar o foco
principal imagem Fi obtido na primeira parte.

19
C

A B

» Substituir o diafragma de cinco fendas pelo da fenda única.


» Alinhar o raio luminoso com o segmento AB de maneira que
ele não sofra desvio ao atravessar a lente.

RESULTADOS E OBSERVAÇÕES
» Posicionar a fonte de luz para pequenos ângulos (no máximo
15°) e observar o raio emergente.
» O raio luminoso (que está passando pelo centro ótico) sofre
desvio ao emergir da lente?

Fonte: Elaboração própria, 2021.

20
» Como essa propriedade pode ser enunciada?
» Construir na folha base um esboço que mostre essa
propriedade.
» Alinhar novamente a fonte de maneira que o raio luminoso
(fenda única) coincida com o eixo principal da lente (e com
o segmento AB).
» Movimentar a fonte luminosa desviando paralelamente
o raio luminoso do eixo principal da lente e descrever o que
ocorre com o raio emergente.

Fonte: Elaboração própria, 2021.

» Como essa propriedade pode ser enunciada?


» Traçar na folha base a trajetória do raio luminoso que mos-
tra essa propriedade.
» Medir a distância do centro ótico da lente ao foco imagem.
Como é denominada essa distância?

21
» Movimentar a fonte de modo que o raio incidente corte
o eixo principal e o raio emergente fique paralelo ao eixo
principal da lente.

Fonte: Elaboração própria, 2021.

» Como é denominado o ponto onde o raio incidente cruza


o eixo principal?
» Como essa propriedade pode ser enunciada?
» Como é possível definir foco principal objeto?
» Construir na folha base um esboço que mostre essa
propriedade.

22
REFRAÇÃO DA LUZ EM LENTES
DIVERGENTES
MATERIAIS

Código Quant. Unid. Descrição

64002061 1,00 UN FONTE DE LUZ CONJ DE ÓTICA COMPACTO R11

64005019 1,00 UN BASE APOIO TRANSFERIDOR

64005188 1,00 UN CHAPA P/ FECHAMENTO ÓTICA COMPACTA

64005128 1,00 UN LENTE PLANA DE ACRÍLICO BICONCAVA 90X30X15MM

64005203 1,00 UN CHAPA CONJUGADA (1,2,3 E 5 FENDAS)

18006012 4,00 UN PRENDEDOR DE PAPEL CLIPES 19MM

38039005 1,00 UN FONTE CHAVEADA 12V/2A HAYAMA MODELO HA1220W4P

00000000 1,00 UN IMPRESSO TRANSFERIDOR (APÊNDICE 2)***

00000000 1,00 UN IMPRESSO ESTUDO DE LENTES E ESPELHOS (APÊNDICE 1)***

Fonte: Elaboração própria, 2021.

23
PARTE 1 – DETERMINAÇÃO DO FOCO
IMAGEM DE UMA LENTE DIVERGENTE

PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS
» Posicionar sobre a mesa, a fonte luminosa e o apoio retangu-
lar conforme a figura.
» Colocar o diafragma de cinco fendas na fonte de luz.
» Colocar a plataforma retangular à frente da fonte e sobre ela
a folha de papel idêntica ao modelo, com as duas retas AB
e CD que unem os pontos médios dos lados opostos. Fixar
a folha com os prendedores de papel para que ela não se
desloque sobre a plataforma.
» Ligar a fonte de luz e escurecer o ambiente em que o experi-
mento está sendo realizado.
» Movimentar a fonte de maneira que o raio luminoso central
do feixe coincida com a reta AB da folha modelo.
» Colocar sobre a folha de papel o perfil de acrílico bicôncavo
bem centralizado, de forma que o eixo principal da lente
coincida com o eixo 0-0 do disco, conforme a figura.
» Ajustar o feixe luminoso paralelamente ao eixo maior
e ao eixo principal da lente biconvexa.
» Ajustar bem o perfil bicôncavo de maneira que o raio lumi-
noso central não sofra desvio ao atravessar a lente.
» Traçar com lápis o perfil da lente no papel vegetal.
» Observar o comportamento dos raios luminosos que emer-
gem da lente.
» Marcar dois pontos em cada um dos raios incidentes.
» Marcar dois pontos em cada um dos raios refratados.

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RESULTADOS E OBSERVAÇÕES
» O que ocorre com a direção dos raios luminosos emergentes
que incidem paralelamente ao eixo principal de uma lente
biconvexa?

Fonte: Elaboração própria, 2021.

» Em razão desse comportamento, como a lente bicôncava


é denominada?
» Com o auxílio dos pontos obtidos, traçar no papel a trajetória
dos raios incidentes e refratados.
» Traçar os prolongamentos dos raios emergentes. O que
ocorre com os prolongamentos dos raios emergentes?
» Como é denominado o ponto do eixo principal para onde
os raios emergentes convergem?

25
» Esse ponto é encontro dos próprios raios refratados ou de
seus prolongamentos? Então, trata-se de um ponto real
ou virtual?
» Marcar esse ponto (Fi) no eixo principal e medir a distância f
do centro ótico da lente até esse ponto. Como é denominada
essa distância?

PARTE 2 – PROPRIEDADES DOS RAIOS


LUMINOSOS

PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS
» Utilizar a montagem da primeira parte com o diafragma de
cinco fendas fixado na fonte luminosa.
» Prender sobre o disco ótico uma folha de papel com os seg-
mentos AB e CD de maneira que AB coincida com o eixo 0-0
e que o segmento CD coincida com o eixo 90-90.
» Ligar a fonte de luz e escurecer o ambiente onde se realiza
o experimento.
» Ajustar o feixe luminoso de forma que o raio luminoso cen-
tral coincida com o eixo AB.
» Colocar sobre a folha o perfil de acrílico bicôncavo bem
centralizado com os eixos e de maneira que o centro ótico da
lente O coincida com o ponto de encontro dos eixos, con-
forme mostrado na figura.
» Desenhar o contorno da lente na folha base e marcar o foco
principal imagem Fi obtido na primeira parte.

26
C

A B

» Substituir o diafragma de cinco fendas pelo da fenda única.


» Alinhar o raio luminoso com o segmento AB de maneira que
ele não sofra desvio ao atravessar a lente.

RESULTADOS E OBSERVAÇÕES
» Girar o disco ótico para pequenos ângulos (no máximo 15°)
e observar o raio emergente.
» O raio luminoso (que está passando pelo centro ótico) sofre
desvio ao emergir da lente?

Fonte: Elaboração própria, 2021.

27
» Como essa propriedade pode ser enunciada?
» Construir na folha base um esboço que mostre essa
propriedade.
» Alinhar novamente a fonte de maneira que o raio luminoso
(fenda única) coincida com o eixo principal da lente (e com
o segmento AB).
» Movimentar a fonte luminosa fazendo com que o raio lumi-
noso incida paralelamente ao eixo principal da lente e des-
crever o que ocorre com o raio emergente.

Fonte: Elaboração própria, 2021.

» Na folha de papel, marcar dois pontos na trajetória do raio


incidente e dois pontos na trajetória do raio emergente.
» Na folha base, traçar a trajetória do raio luminoso e o prolon-
gamento do raio emergente.
» Descrever o que ocorre com o prolongamento do raio
emergente.
» Como essa propriedade pode ser enunciada?

28
» Medir a distância do centro ótico da lente ao foco imagem.
Como é denominada essa distância?
» Movimentar a fonte de modo que o raio incidente corte
o eixo principal e que o raio emergente fique paralelo ao eixo
principal da lente.

Fonte: Elaboração própria, 2021.

» Na folha base, construir um esboço que mostre o prolonga-


mento do raio incidente.
» Como é denominado o ponto onde o prolongamento do raio
incidente cruza o eixo principal?
» Como essa propriedade pode ser enunciada?
» Como é possível definir foco principal objeto?

29
ÓTICA DA VISÃO – ESTUDO DAS
AMETROPIAS
MATERIAIS

Código Quant. Unid. Descrição

64002061 1,00 UN FONTE DE LUZ CONJ DE ÓTICA COMPACTO R11

64005019 1,00 UN BASE APOIO TRANSFERIDOR

64005188 1,00 UN CHAPA P/ FECHAMENTO ÓTICA COMPACTA

64005203 1,00 UN CHAPA CONJUGADA (1,2,3 E 5 FENDAS)

18006012 4,00 UN PRENDEDOR DE PAPEL CLIPS 19MM

38039005 1,00 UN FONTE CHAVEADA 12V/2A HAYAMA MODELO HA1220W4P

00000000 1,00 UN IMPRESSO TRANSFERIDOR (APÊNDICE 2)***

00000000 1,00 UN IMPRESSO ESTUDO DE LENTES E ESPELHOS (APÊNDICE 1)***

28002004 1,00 UN IMPRESSO 03 - DEFEITOS DA VISÃO OLHO NORNAL

28003004 1,00 UN IMPRESSO 07 - DEFEITOS DA VISÃO OLHO HIPERMÉTROPE

28003005 1,00 UN IMPRESSO 08 - DEFEITOS DA VISÃO OLHO MÍOPE

64005130 1,00 UN LENTE PLANA DE ACRÍLICO PLANO-CÔNCAVA 90X25X15MM


AZE0004PA012

64005131 1,00 UN LENTE PLANA DE ACRÍLICO PLANO-CONVEXA 90X20X15MM


AZE0004PA011

64005129 1,00 UN LENTE PLANA DE ACRÍLICO BICONVEXA 90X30X15MM

30
PARTE 1 – OLHO EMÉTROPE (OLHO
NORMAL)

Fonte: Elaboração própria, 2021.

PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS
» Colocar o painel do olho emétrope (normal) sobre chapa de
apoio do transferidor.
» Na fonte de luz, usar o diafragma de 3 ou 5 fendas fendas
e posicionar o conjunto conforme mostra a figura.
» Colocar o menisco convergente (cristalino), lente biconvexa,
na posição indicada no painel.

RESULTADOS E OBSERVAÇÕES
» Se os raios luminosos incidentes no olho são praticamente
paralelos, onde se encontra o ponto remoto do olho normal?

31
» Tendo em vista as dimensões do olho que distância pode ser
considerada como infinito?
» Onde se situa o ponto próximo de um olho normal?

PARTE 2 – MIOPIA

Fonte: Elaboração própria, 2021.

PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS
» Substituir o painel do olho normal pelo do olho míope.
» Colocar o cristalino no lugar indicado e observar a formação
da imagem.

32
RESULTADOS E OBSERVAÇÕES
» Onde se forma a imagem num olho míope?
» Onde está situado o ponto remoto do olho míope? Justificar.
» Para que os raios luminosos formem imagem na retina,
é necessário usar uma lente convergente ou divergente?
» Colocar um menisco bicôncavo à frente do cristalino e des-
crever o que ocorre.
» Completar a figura do olho míope com a correção realizada.

Fonte: Elaboração própria, 2021.

33
DESAFIO
Um míope apresenta o ponto remoto situado a 25 cm do olho.
Qual deve ser a distância focal (f) e a vergência (C) da lente para
corrigir a miopia dessa pessoa?

Fonte: Elaboração própria, 2021.

PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS
» Substituir o painel do olho normal pelo do olho
hipermétrope
» Colocar o cristalino no lugar indicado e observar a formação
da imagem.

RESULTADOS E OBSERVAÇÕES
» Onde se forma a imagem em um olho hipermétrope?
» Onde está situado o ponto próximo do olho hipermétrope?
» Para que os raios luminosos formem imagem na retina,
é necessário usar uma lente convergente ou divergente?

34
» Colocar um menisco plano-convexo à frente do cristalino
e descrever o que ocorre.
» Completar a figura do olho hipermétrope com a correção
realizada.

Fonte: Elaboração própria, 2021.

DESAFIO
Para que consiga ler um livro a 30 cm de distância, qual deve ser
a distância focal da lente corretora da hipermetropia de uma
pessoa cujo ponto próximo está situado a 80 cm do olho?

35
36
Defeito de visão: OLHO MÍOPE

37
Defeito de visão: OLHO NORMAL

Defeito de visão: OLHO HIPERMÉTROPE

38
NOSSO OLHO É UMA LENTE?
Todo o conjunto que compõe a visão humana é chamado de
globo ocular. A luz incide na córnea e converge até a retina, for-
mando as imagens.

Estrutura do olho humano e organização da retina – Parte óptica


da retina

Retina

Sakurra/Shutterstock
Células nervosas
Fotorreceptores

Consideramos o olho como uma lente convergente.


Em ambientes com grande luminosidade, a pupila pode atingir
um diâmetro de até 1,5 mm, fazendo com que entre menos luz
no globo ocular, o que protege a retina de um possível ofusca-
mento. Já em ambientes mais escuros, a pupila se dilata, atin-
gindo diâmetro de até 10 mm.

39
COMO ENXERGAMOS AS CORES?
A retina apresenta função de receber e transmitir imagens para
o cérebro e, para isso, as células que lhe ajudam são os bas-
tonetes e os cones. Há cerca de 125 milhões de bastonetes
e cones dentro da retina. Os bastonetes são os mais numero-
sos (proporção de 18 para 1) e funcionam mesmo com pouca
luz (conseguem detectar um único fóton), criando imagens em
preto e branco na penumbra. No entanto, quando há bastante
luz (por exemplo, a luz do dia ou a luz artificial em uma sala),
são os cones que entram em ação e nos dão a capacidade de
ver cores e detalhes de objetos. Cada tipo de cone percebe uma
frequência luminosa diferente. Nós, seres humanos, temos três
tipos diferentes de cones que respondem a três frequências
diferentes: luz azul, luz verde e luz vermelha. Há até seis milhões
de cones em nossa retina. As informações recebidas pelos
bastonetes e cones são transmitidas, interpretam as mensagens
enviadas e reenviam essas informações para o cérebro pelo
nervo óptico.

40
Infográficos do espectro de luz do prisma com paleta de cores vertical
e imagem do olho humano com faixa e ilustração vetorial de texto

Macrovector/Shutterstock
Fonte: ID do vetor stock livre de direitos: 1743941993.

VOCÊ SABIA?
Uma pomba percebe mais cores do que um humano, pois apre-
senta cinco tipos diferentes de cones. A borboleta tem quatro
tipos diferentes de cones. Determinada espécie de camarão tem,
pelo menos, doze classes de células sensíveis à cor e, provavel-
mente, é o animal que mais cores percebe. E os cachorros têm
apenas dois tipos de cones, por isso sua visão é dicromática.
Nos cães, estão presentes os cones das seguintes cores: violeta

41
(que, para nós, é o azul) e amarelo esverdeado (que, para nós,
é o vermelho).
Visão dos cães

Visão humana

Fonte: COREN, 2008.

REFERÊNCIAS
COREN, S. Can Dogs See Colors? 2008.

HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos de física.


Tradução de Ronaldo Sérgio de Biasi. 10. ed. Rio de Janeiro: LTC,
2018. v. 4: Óptica e física moderna.

42
ZOOLOGIA I:
PARAZOÁRIOS E PROTOSTÔMIOS
DISCIPLINAS CONTEMPLADAS NA ATIVIDADE: ZOOLOGIA E ZOOLOGIA DE INVERTEBRADOS

Exige preparação prévia X Sim Não

Tempo de preparação prévia 4 horas para coleta e preparação do material

Tempo de observação pós-preparação Imediato

Descarte de material No mesmo local da coleta

Duração da realização dos experimentos 2 horas, aproximadamente

INTRODUÇÃO
Quando falamos em animais, comumente imaginamos animais
vertebrados, como peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos.
No entanto, há uma grande variedade de formas e tipos de
outros animais. A esse outro conjunto de animais não vertebra-
dos, isto é, desprovidos de crânio e coluna vertebral, chama-
mos de animais invertebrados. A zoologia é o ramo da ciência
que estuda a diversidade, a evolução, a fisiologia, a classifica-
ção e a filogenia dos animais. Para a classificação das mais de
1 milhões de espécies diferentes, o desenvolvimento embrio-
nário e as estruturas derivadas são muito importantes. Assim,
nesta aula, estudaremos os animais mais basais, denominados
parazoários, representados pelo filo Porifera (as esponjas), os ani-
mais Diblásticos, como os cnidários do filo Cnidaria, e algumas
linhagens de animais Protostômios dos filos Platyhelminthe,
Nematoda (Nemathelminthe), Mollusca, Annelida e Arthropoda.

43
Deixaremos a linhagem de animais deuterostômios, filos
Echinodermata (estrela-do-mar, pepino-do-mar etc.) e Cordata
(protocordados, craniados e vertebrados), para a próxima aula.

Cladograma simplificado com as relações filogenéticas entre os animais


Parazoa Eumetazoa

protocordados + eucordados)
Filo Platyhelminthes

Filo Echinodermata

Filo Hemichordata
(cordados basais)

(cordados basais:
(equinodermos)
Filo Arthropoda
Filo Nematoda
(nematódeos)
(platelmintos)

Filo Chordata
Filo Mollusca

Filo Annelida

(artrópodes)
Filo Cnidaria
Filo Porifera

(anelídeos)
(moluscos)
(poríferos)

(cnidários)

Corpo Sistema
segmentado ambulacral
Concha
Corpo liso e Pernas articuladas
cilíndrico
Exoesqueleto Notocorda
de quitina
Corpo achatado

Cnidócito
Diblásticos
Poros
Deuterostomia
Protostomia
Radiata
Bilateria
Simetria bilateral
Fase embrionária da gástrula

Fase embrionária da blástula

Fonte: COSTA, 2021, p. 2.

OBJETIVO GERAL
» Comparar as estruturas e a fisiologia de poríferos, cnidários,
platelmintos, nematoides, moluscos, anelídeos e artrópodes.

44
EXPERIMENTO 1 – OBSERVAÇÃO
DE PORÍFEROS E CNIDÁRIOS

As esponjas do filo Porifera e os cnidários (filo Cnidaria), como


corais, anêmonas, caravelas portuguesas e medusas (águas-
-vivas) são considerados animais simples. As esponjas, por
serem animais parazoários, não apresentam tecidos órgãos
ou sistemas, apenas um conjunto de células especializadas.
Já os cnidários, chamados também de celenterados, são ani-
mais que, por passarem pelo evento da gastrulação, apresen-
tam tecidos e uma cavidade interna denominada gastroderme.
No entanto, por serem animais diblásticos, isto é, com apenas
dois folhetos embrionários (ectoderme e endoderme), não apre-
sentam a mesoderme e suas estruturas derivadas.

OBJETIVO
» Reconhecer a diversidade de poríferos e cnidários, relacio-
nando a morfologia e a fisiologia com o modo de vida.

MATERIAIS
» Lâmina fixa de espículas de poríferos
» Diferentes animais afixados (esponjas, medusas, caravelas-
-portuguesas e corais)
» Exemplares de Hydra sp. (vivas)
» 2 placas de Petri
» Microscópio óptico e estereoscópico

45
PROCEDIMENTOS
» Visualizar os espécimes e as estruturas apresentadas pelas
professoras e preencher os quadros a seguir.

RESULTADOS E OBSERVAÇÕES
1. PORÍFEROS

2. CNIDÁRIOS

» Relacione as características das esponjas com o fato de


serem exclusivamente aquáticas (alimentação, morfologia,
fisiologia etc.).
» Identifique as formas corporais dos cnidários e reflita sobre
o hábito de vida de cada “forma” e sua dependência do
ambiente aquático.

46
EXPERIMENTO 2 – COLETA
E OBSERVAÇÃO DE ANIMAIS
DE CORPO VERMIFORME

Quando falamos em animais de corpo vermiforme (corpo fino


e alongado), logo nos vem à cabeça os animais parasitas, como
a lombriga e a solitária (tênia), não é mesmo? No entanto,
a maior parte dos vermes é de vida livre, ou seja, não pre-
cisa viver dentro de outros organismos. Entre os animais de
corpo vermiforme de vida livre, encontramos as planárias
do filo Platyhelminthe (Classe Turbellaria), vários vermes do
filo Nematoda e as famosas minhocas do filo Annelida (Classe
Oligochaeta), que, por terem o corpo organizado em metâmeros
(partes que se repetem, no caso, os anéis), são mais aparentadas
aos artrópodes. Por mais que compartilhem um formato corpo-
ral semelhante, a característica “corpo vermiforme” não reflete
parentesco evolutivo, não podendo ser utilizada para o agrupa-
mento de táxons. Então, vamos ao que interessa: conhecer esses
incríveis e fantásticos vermes de vida livre.

OBJETIVOS
» Conhecer a organização corporal e alguns sistemas fisiológi-
cos de animais de corpo vermiforme de vida livre.
» Distinguir algumas estruturas dos animais de corpo vermi-
forme de vida livre, bem como compreender sua classifica-
ção taxonômica.
» Compreender o ambiente de vida desses animais, bem como
as técnicas para a coleta.

47
MATERIAIS PARA COLETA DE PLANÁRIAS
Para a coleta:

» Barbante ou fio de nylon


» Tesoura
» Pedaços de carne crua (sugestão – fígado)
» Gaze
» Bandeja ou outro recipiente
» Pipeta de Pasteur ou conta-gotas
» Recipiente com tampa para o transporte (indicado para o
transporte vidros de conservas grandes)

Para acondicionamento e observação:

» Recipiente para o acondicionamento – ideal que seja de vidro


ou de plástico rígido (vide passo 2)
» Lâmina permanente de planária n. 3 (sua caixa de
lâminas fixas)
» Microscópio óptico
» Microscópio estereoscópico
» Lupa de mão

PROCEDIMENTOS
PASSO 1 – COLETA
As planárias vivem em ambientes naturais úmidos ou aquáticos
com pouca correnteza ou mesmo em água parada, portanto,
podem ser coletadas em riachos, lagos ou nas águas de uma
represa. Existem diferentes métodos de coleta, apresentaremos
aqui apenas um deles. Para saber mais, consulte as referências
desta aula.

48
» Coleta com isca: envolva um pedaço de fígado cru ou outro
tipo de carne com gaze, amarre as extremidades que sobra-
ram com barbante e coloque na água também perto de plan-
tas, troncos submersos ou rochas. Depois de, pelo menos,
20 minutos, retire o pedaço de carne envolvido em gaze,
utilizando um recipiente para coletar as possíveis planárias
que estejam ao redor.
» Importante: colete água suficiente para ocupar, ao menos,
4 dedos da altura do recipiente escolhido para a manutenção
das planárias. Se possível, colete alguma madeira ou pedaço
de rocha do local.

PASSO 2 – MANUTENÇÃO DAS PLANÁRIAS

» Transfira as planárias para um recipiente (um aquário de


peixe-beta, por exemplo, pote de sorvete de 2 L, um grande
vidro de conserva; como as planárias são animais bentôni-
cos, preferem a vida junto ao substrato, por isso, recipientes
com superfície de fundo maior são mais indicados) com um
pouco de água doce do próprio local de coleta.
» Coloque um pequeno pedaço de carne ou ração para peixe
carnívoro, para que elas se alimentem após a coleta.
» As planárias devem ser alimentadas de 2 a 3 vezes por
semana e, se for utilizada carne fresca, deve-se mantê-la
no recipiente por até, no máximo, 24 horas, para que
a carne não apodreça e as planárias acabem morrendo.
» Troque a água do recipiente a cada 20 dias. Você deve
utilizar água da torneira depois de ser desclorada (remo-
ção do cloro): basta deixar uma vasilha com água destam-
pada durante 24 horas. As planárias gostam de ambientes

49
sombreados, então, não deixe o aquário/recipiente rece-
bendo raios solares diariamente por muito tempo.

MATERIAIS PARA COLETA DE OLIGOQUETAS


E NEMATÓDEOS
» Enxada
» Bandeja para manuseio do torrão de terra
» Recipiente para colocar as minhocas
» Lupa de mão
» Funil (melhor se for de vidro)
» Papel filtro
» Água
» Béquer
» Pedaço de uma mangueira de borracha para acondicionar
no funil (vide figura)
» Lâmina e lamínula
» Microscópio óptico e estereoscópico
» 4 elásticos de látex (borracha – aquelas comuns que utiliza-
mos para notas)

PROCEDIMENTOS
» Com a enxada, retirar um torrão de terra de, aproximada-
mente, 20 cm × 20 cm × 20 cm.
» Realizar esse procedimento em mais de um lugar, anotando
a amostra e o local de coleta – se possível, colete em solo
com plantas.

50
» Realizar primeiramente a catação manual das minhocas,
acondicionando-as em um recipiente protegido da luz, com
folhas e um pouco de terra úmida.
» Depois de retirar todas as minhocas da amostra, é impor-
tante desfazer o torrão, deixando o solo o mais livre possível.
» Feito isso, realizar a adaptação do método do funil de
Baermann para a extração de nematoides do solo:
• adapte a mangueira de borracha (pedaço de 7 a 10 cm)
ao funil (se precisar, utilize de um elástico para prender),
conforme ilustra a figura a seguir, e reduza o espaço para
a passagem da água utilizando um elástico, reduzindo
o diâmetro da parte final da mangueira (pode dobrar
a ponta também);
• com isso, o fluxo da filtragem fica interrompido, o que
favorece o processo;
• construa ou adapte um suporte para manter o filtro ereto
e posicione abaixo o béquer para coleta da solução;
• coloque o filtro de papel no funil e quase complete com
água (deixar 2 cm);
• adicione de 5 a 8 colheres de sopa de solo, certificando-
-se de que a água não vaze e que o solo fique totalmente
coberto pela água;
• aguarde 24 horas;
• após esse tempo, reduza a força do elástico sobre a
ponta da mangueira, permitindo que lentamente o fil-
trado escorra para o béquer.

51
Diagrama representando o funil de Baermann para extração
de nematoides

Suporte
Peneira plástica + papel de filtro

Solo ou material vegetal

Água
Funil

Mangueira de borracha
Presilha - adaptação: elástico

Béquer ou copo

Suspensão de nematoides

Fonte: https://nematologia.com.br/files/livros/livro31.pdf.

RESULTADOS E OBSERVAÇÕES
1. TURBELLARIOS (PLANÁRIAS)

» Com auxílio da pipeta/conta-gotas ou de outro material que


não machuque o animal (p. ex., um pincel), coloque a planá-
ria coletada em uma placa de Petri com algumas gotas de
água do próprio recipiente e, com auxílio da lupa de mão,
conheça um típico Platelminto, uma planária de água doce.
» Observe: a simetria bilateral, a forma do corpo, a movimen-
tação e o fototropismo (movimento em resposta à luz) da
planária; internamente, tente perceber o sistema digestório
e o sistema excretor.

52
» Represente com atenção que você observou no círculo
a seguir.

Na imagem, identifique:

» as faces ventral e dorsal


» as regiões anterior e posterior
» as 2 aurículas – quimiossensoriais
» os 2 ocelos – fotossensoriais

» Observe a lâmina permanente


de planária (n. 3) ao microscópio
e represente no círculo ao lado.

» Por que o uso da carne é uma técnica interessante para


a coleta das planárias?
» Quando você incide uma luz sobre a planária, o que acon-
tece? Relacione com o ambiente de vida delas, próximo
a plantas, troncos etc.
» Qual é a relação entre o corpo achatado, a organização dos
sistemas digestório e excretor e a ausência de celoma e de
sistema circulatório?
» Por onde que as planárias respiram? Relacione com
o ambiente de vida delas e a dependência da umidade.
» Os ocelos podem ser considerados os “olhos” das planárias?
Justifique.

53
2. OLIGOQUETAS

» Com cuidado, retire uma minhoca do recipiente e coloque


em uma bandeja.
» Com a lupa, observe a estrutura corporal organizada em
anéis. O que são esses anéis? Qual é a relação deles com
o nome do filo?
» Observe também os vasos sanguíneos.
» Passe a mão com cuidado da região posterior para a anterior,
sinta as cerdas e, com a lupa, observe-as – para identificar
a região anterior e posterior basta perceber o clitelo (fica
próximo a cabeça do animal).
» Represente o animal no quadro a seguir indicando suas
partes:

» Por que o corpo da minhoca é úmido? Qual é a necessidade


de manter o corpo umedecido?
» A aplicação de agrotóxicos e outros produtos no solo pode
afetar a vida das minhocas. Explique o motivo relacionando

54
com o fato de serem indicadores biológicos da qualidade
do solo.
» De maneira científica, explique a função ecológica das
minhocas para o solo.
» Quando chove em demasia e o solo fica encharcado,
é comum que as minhocas saiam do solo. Por que isso
ocorre?

3. NEMATOIDES

» Coloque uma gota da solução recolhida no béquer sobre


uma lâmina, cubra com a lamínula e observe ao microscópio
iniciando sempre com a de 4x para facilitar focar, passando
para a de 10x e por último a de 40x (caso não encontre na
primeira gota, repita esse procedimento várias vezes para
aumentar a chance de encontrar um nematódeo).
» Represente o(s) nematoide(s) encontrado(s) no círculo
a seguir. Se possível, indique as partes observadas (opte pelo
aumento que lhe permitir maior nitidez).

55
» Faça uma pesquisa na literatura sobre os nematoides do
solo e sua importância.
» É possível que o(s) nematoide(s) observado(s) não sejam de
vida livre, ou seja, que atuem também como ecto ou endopa-
rasitas? Pesquise e discuta sobre isso.
» Quais características observadas permitem a classificação do
animal observado como um nematódeo?

EXPERIMENTO 3 – COLETA
E OBSERVAÇÃO DE MOLUSCOS

O filo Mollusca inclui muitas classes de animais, tais como


os bivalves (ostras e mexilhões), os gastrópodes (caracóis e les-
mas) e, ainda, os cefalópodes (polvos e lulas). Na história evo-
lutiva dos animais, os moluscos apresentam muitas novidades
evolutivas, entre elas os sistemas circulatório e respiratório
e a cavidade celomática. Além disso, o filo tem grande diversi-
dade, com espécies adaptadas aos mais variados ambientes:
terrestre, dulcícola e marinho, relacionando-se de diversas for-
mas com os demais organismos. Para a sociedade humana, os
moluscos, além de servir de alimento, são relevantes na agricul-
tura, atuando como praga e como agentes do solo, e na medi-
cina são importantes hospedeiros de parasitas, fazendo parte do
ciclo de doenças tal como a esquistossomose.

OBJETIVOS
» Observar e diferenciar diversos moluscos.
» Comparar as amostras, anatômica e morfologicamente.
» Compreender as importâncias do filo.

56
MATERIAIS
1. COLETA DE GASTRÓPODE (OPCIONAL)
Catação manual:

» Luva de látex
» Recipiente com tampa (que pode ser furada)
Armadilha:

» Luva de látex
» Ração de cachorro ou de gato (ou resto de vegetais e frutas)
» Recipiente para colocar a isca
» Recipiente para acondicionamento (com tampa que possa
ser furada)

2. COMPRA

» Na peixaria: um bivalve (com a concha) e um cefalópode inteiro

PROCEDIMENTOS
1. COLETA
Catação:

» Procurar caracóis e lesmas no jardim, nas partes mais úmi-


das e com vegetais.
» Normalmente, esses animais estão mais ativos (aparentes)
no começo da manhã e final da tarde/noite, ou seja, nos
períodos mais frescos do dia.
» Faça a coleta usando uma luva de látex e acondicione os ani-
mais junto de folhas verdes em um recipiente com a tampa
furada para oxigenar. Não deixe exposto ao sol.

57
» Atenção: não colete caramujos de água doce, pois há possi-
bilidade de ser do gênero Biomphalaria sp., os quais atuam
como hospedeiros da larva do verme esquistossomo, causa-
dor da esquistossomose.

Armadilha:

» Coloque a isca (ração ou resto de vegetais e frutas) em um


recipiente e escolha um lugar relativamente sombreado
e úmido – quintal, lavanderia, garagem etc.
» Coloque a armadilha durante a noite e recolha bem no início
da manhã. Caso queira, pode verificar no final da noite se há
algum animal para fazer a coleta.
» Se encontrar gastrópodes, pegue-os com cuidado utilizando
luva e acondicione-os em um recipiente com tampa furada
para a oxigenação e com folhas verdes. Não deixe exposto
ao sol.

RESULTADOS E OBSERVAÇÕES
» Escolha um animal de cada classe, represente-os por meio
de um desenho e indique e descreva (quem não fez a coleta
só terá cefalópode e bivalve):
• as características morfológicas comuns e as exclusivas
(descreva também como é divisão do corpo desses ani-
mais, por exemplo: cabeça, massa visceral e tipo de pé
musculoso);
• hábitos alimentares (indique as estruturas responsáveis);
• tipos de respiração (geralmente associado ao ambiente
de vida).

58
» Apesar das diferenças morfológicas, todos os animais anali-
sados fazem parte do mesmo filo. Quais são as característi-
cas compartilhadas que justificam essa classificação?
» Relacione o grau de cefalização (cabeça bem desenvolvida),
a presença ou ausência de rádula e bico córneo e o tipo
de pé musculoso com a locomoção e a forma de obtenção
de alimentos de cada uma das classes (bivalve, gastrópode
e cefalópode).
» Quais são as importâncias ecológicas, econômicas e médicas
dos moluscos?
» Qual é a relação entre o hábito alimentar dos bivalves
e as doenças de ciclo fecal-oral como a cólera?

EXPERIMENTO 4 – OBSERVAÇÃO
DE ARTRÓPODES

Os artrópodes correspondem ao grupo compostos pelos arac-


nídeos, crustáceos, insetos e miriápodes. Considerados os mais
diversificados dos animais, apresentam diferentes característi-
cas que justificam tamanha conquista dos ambientes aquáticos,
terrestre e aéreo.

OBJETIVOS
» Observar e diferenciar diversos artrópodes.
» Comparar as amostras, anatômica e morfologicamente.
» Compreender as importâncias do filo.

59
MATERIAIS
» Lâmina fixa do aparelho sugador da abelha
» Luva de látex
» Um camarão e um siri ou caranguejo inteiro
» Diferentes artrópodes afixados
» Exúvia de cigarra
» Lâmina e lamínula
» Pipeta de Pasteur ou conta-gotas
» Espécimes de pulga ou piolho

Classe: ___________________ Classe: ___________________

Classe: ___________________

60
» Microscópio óptico
» Microscópio estereoscópico

PROCEDIMENTOS
» Visualizar os espécimes e as estruturas apresentadas pelas
professoras e preencher a tabela a seguir.

SUBFILO/ DIVISÃO Nº DE ASAS ANTENAS EXEMPLOS/


CLASSE DO CORPO PATAS HABITAT

CHELICERATHA
ARACHNIDA

CRUSTACEA
MALACOSTRACA

HEXAPODA
INSECTA

MYRIAPODE
CHILOPODA

MYRIAPODA
DIPLOPODA

RESULTADOS E OBSERVAÇÕES
» Quais características são compartilhadas por todos os
artrópodes?
» O que justifica a predominância deles nos mais diversos
ambientes?
» O que é a exúvia e qual é seu significado fisiológico e
evolutivo?

61
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, A. P. U. de. Noções de taxonomia e classificação:
introdução à zoologia. Instituto de Física São Carlos. Licenciatura em
Ciências Exatas, 2006. Disponível em: http://biologia.ifsc.usp.br/bio2/
apostila/bio2_apostila_zoo_01.pdf. Acesso em: 25 mar. 2021.

COLETA de planárias. Ponto Ciência. Disponível em: http://mecsrv144.


mec.gov.br/bitstream/handle/mec/16283/3%20Coleta%20de%20
Plan%C3%83%C2%A1rias.pdf?sequence=1. Acesso em: 26 mar. 2021.

FRANSOZO, A. Zoologia dos invertebrados. Rio de Janeiro:


Roca, 2018.

VÍDEOS
ORIGENS da vida 02. Vida em movimento (Legendado). Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=nRQ0PblFlcY. Acesso em:
25 mar. 2020.

ORIGENS da vida 03. O primeiro caçador (legendado). Disponível em:


https://www.youtube.com/watch?v=arYbSNhYuq0&t=802s. Acesso em:
20 mar. 2020.

PONTOCIÊNCIA – coleta de planárias: Disponível em: https://www.


youtube.com/watch?v=-Mt1VkYlFnI. Acesso em: 20 mar. 2020.

62
ZOOLOGIA II:
DEUTEROSTÔMIOS
INTRODUÇÃO
O grupo dos animais deuterostômios representa gigantesca
diversidade e notória história evolutiva. Esse grupo abrange ani-
mais invertebrados, peixes e tetrápodes terrestres. Nesta aula
prática, serão realizadas observações micro e macroscópica de
animais deuterostômios, bem como experimentos simples e ati-
vidades didáticas, com a finalidade de assimilar o conhecimento
teórico à percepção sensorial.

EXPERIMENTO 1 – CARACTERÍSTICAS
MORFOLÓGICAS DE ANIMAIS
DEUTEROSTOMADOS E FILOGENIA
OBJETIVOS
» Identificar características morfológicas dos animais deute-
rostomados e classificá-las de acordo com a filogenia de
cada grupo.
» Conhecer a anatomia e os órgãos.
» Verificar os processos adaptativos de diferentes grupos.
» Compreender as diversas formas de funcionamento das
principais características filogenéticas.

63
MATERIAIS
» Material biológico de diferentes grupos de animais
deuterostomados
» Água
» Bexiga ou luva látex
» Argila em pó
» Argila para modelar
» Tubo de cola quente
» Barbante
» Palito de churrasco
» Tabela e cladograma

PROCEDIMENTO
» Os materiais serão observados e relacionados com as estru-
turas dos animais para elucidar o preenchimento da tabela
comparativa e cladograma.

RESULTADOS E OBSERVAÇÕES
» Preencher a tabela a seguir de acordo com a presença ou
a ausência das estruturas relacionadas em cada grupo de
deuterostomados:

64
Equinodermata Hemichordata Urochordata Cephalochordata Mixini Vertebrata

Simetria
bilateral

Sistema
ambulacral

Notocorda

Fendas
branquiais

Túnica

Crânio

Esqueleto
verdadeiro

» Preencher o cladograma a seguir com os nomes dos princi-


pais grupos de deuterostomados.

65
EXPERIMENTO 2 – CARACTERÍSTICAS
MORFOLÓGICAS DOS PEIXES
OBJETIVOS
» Identificar as características morfológicas dos peixes.
» Compreender como é realizada a identificação de espécies.

MATERIAIS
» Exemplares de peixes frescos de quaisquer espécies
» Bandejas
» Podão de jardinagem
» Bisturi
» Tesouras
» Pinças
» Placas de Petri
» Lupa
» Chaves de identificação de espécies de peixes

PROCEDIMENTO
» Os animais serão dissecados e as estruturas importantes
para identificação taxonômica serão observados em lupa.

RESULTADOS E OBSERVAÇÕES
» Quais os nomes das nadadeiras dos peixes? Faça um dese-
nho para indicar.
» Qual a diferença entre raios e espinhos?
» Qual a função da linha lateral?

66
» O que é opérculo?
» Quantos dentes tem um peixe?
» Como funciona a bexiga natatória?
» O que é otólito?

EXPERIMENTO 3 – CARACTERÍSTICAS
MORFOLÓGICAS DOS TETRÁPODES
TERRESTRES
OBJETIVO
» Comparar principais estruturas que diferenciam os grupos
de tetrápodes terrestres.

MATERIAIS
» Animais vertebrados taxidermizados, esqueletos (casco de
tartaruga, crânio de tartaruga e de ave, crânio de golfinho,
barbatana de baleia) e tegumentos (couro de cobra, jacaré,
vaca e ovelha)
» Ovos de galinha caipira
» Papel celofane
» Peneira
» Água
» Pinças
» Lupa
» Questões norteadoras

67
PROCEDIMENTOS
» Os materiais serão observados de forma comparativa, a fim
orientar a resposta às questões.
» Descreva o processo de taxidermia e justifique sua importân-
cia para a ciência.
» Quais estruturas apresentadas na aula prática estão relacio-
nadas à conquista do ambiente terrestre na história evolu-
tiva dos tetrápodes?
» Por que a análise das estruturas esqueléticas é fundamental
para o estudo dos tetrápodes?
» Relacione as linhas e as colunas e compare os grupos de
tetrápodas terrestres no quadro a seguir.

Amphibia Anapsida Diapsida Sinapsida

Representantes

Número de aberturas
no crânio

Tipo de ovo

Tipo de respiração

Modos de locomoção

Cuidado parental

» Quais as principais diferenças entre os tetrápodes terrestres


no que se refere a tegumento?

RESULTADOS E OBSERVAÇÕES
» Quais os equívocos comuns sobre a evolução dos
vertebrados?

68
» Quais as principais estruturas que caracterizam os grupos de
tetrápodes?
» Quais as hipóteses filogenéticas atuais para o estudo
desses animais?

REFERÊNCIAS
HILDEBRAND, M.; GOSLOW, W. Análise da estrutura dos vertebrados.
2. ed. São Paulo: Atheneu, 2006.

POUGH, F. H.; JANIS, C. M.; HEISER, J. B. A vida dos vertebrados.


4. ed. São Paulo: Atheneu, 2006.

69
BOTÂNICA:
GRUPOS BASAIS –
OBSERVAÇÃO DE ALGAS,
BRIÓFITAS E PTERIDÓFITAS
DISCIPLINAS CONTEMPLADAS NA ATIVIDADE: BOTÂNICA, BOTÂNICA CRIPTOGÂMICA

Exige preparação prévia X Sim Não

Tempo de preparação prévia 3 horas para coleta e preparação do material

Tempo de observação pós preparação Imediato

Duração da realização dos experimentos 2 horas, aproximadamente

INTRODUÇÃO
A Botânica é a área da ciência responsável pelo estudo e pela
classificação dos organismos clorofilados, a saber: as cianobacté-
rias, grupo artificial das algas, e as embriófitas, plantas terrestres.
Estas últimas são organismos pertencentes ao Reino Plantae,
didaticamente divididas em briófitas, pteridófitas, gimnospermas
e angiospermas. Junto às algas, os dois primeiros grupos são
compostos por organismos que não apresentam estruturas de
reprodução sexuada evidentes (como no caso das pinhas em
gimnospermas e das flores em angiospermas). Assim, são classi-
ficadas como criptógamas. As briófitas correspondem ao grupo
mais basal do reino, sendo composto por hepáticas, musgos
e antóceros. São pequenas plantas “folhosas” ou achatadas
muito frequentes nos ambientes úmidos das florestas tropicais

70
ou nas margens de cursos d’água. Com as briófitas, há a impor-
tante passagem evolutiva da água para o ambiente terrestre,
representando uma transição entre as algas verdes e as plantas
vasculares. Já as pteridófitas, por apresentarem vasos conduto-
res de seiva e cutícula cerosa mais espessa, têm representantes
de maior tamanho e que ocupam áreas relativamente mais
secas do que as briófitas. No entanto, ainda dependem da água
para o encontro do gameta masculino com o feminino, bem
como para a manutenção do gametófito, o qual, nas pteridófi-
tas, corresponde a uma planta pequena e sensível. As samam-
baias, os xaxins, as avencas e a renda portuguesa são alguns de
seus representantes.
Assim, para conhecermos a diversidade botânica, muito
importante é a compreensão da morfologia e do ambiente de
vida de cada grupo, associando, muitas vezes, as adaptações
morfofisiológicas com seu habitat e com a evolução das espécies.

OBJETIVOS
» Analisar alguns exemplares de micro e macroalgas,
compreender a classificação atual e suas adaptações
ao ambiente aquático.
» Analisar um exemplar de briófita, compreender a classifica-
ção atual e suas adaptações ao ambiente vivente.
» Analisar um exemplar de pteridófita, compreender a classifi-
cação atual e suas adaptações ao ambiente vivente.
» Reconhecer, quando possível, gametófitos e esporófitos
e suas estruturas especializadas.

71
MATERIAIS
» Diferentes exemplares de macroalgas, briófitas e pteridófitas
» Infusão de microalgas (preparada previamente) ou água de
lago, aquário, rica em algas microscópicas
» Placa de Petri
» Bisturi ou lâmina de barbear
» Lâmina e lamínula
» Conta-gotas ou pipeta de Pasteur
» Microscópio óptico e estereoscópico

PROCEDIMENTOS E OBSERVAÇÕES
1. ALGAS

» Com um conta-gotas, colocar uma gota da infusão de algas


sobre a lâmina, cobrir com a lamínula e retirar o excesso
de água.
» Coloque a lâmina sob o microscópio e observar (iniciar com
a objetiva 4x, seguir para a 10x e, por fim, de 40x).
» Represente o que foi observado nos círculos a seguir.

72
» Observe, represente e classifique os exemplares de macroal-
gas no quadro a seguir.

2. BRIÓFITAS

» Observe macroscopicamente o gametófito quanto a cor,


espessura, maneira de fixação no substrato e ramificação.
Utilize a lupa de mão para isso.
» Represente e identifique as estruturas (rizoide, filoide, cau-
loide etc.) no quadro a seguir.
» Represente o esporófito identificando suas partes no quadro
a seguir.
» Utilizando apenas o gametófito, faça um corte fino trans-
versal ao talo com auxílio do bisturi, coloque sobre a lâmina,
adicione uma gota da água, cubra com a lamínula e observe
cuidadosamente sua organização ao microscópio (4x, 10x
e 40x): partindo da epiderme, na face superior, até os rizói-
des, na face inferior.

73
» Com o auxílio da literatura, procure compreender o que são
os diferentes tecidos. Faça um esquema com legenda no
círculo a seguir.
» Destaque o esporófito e com cuidado e coloque sobre
a lâmina, adicione uma gota da água e cubra com a lamínula.
» Observe no microscópio (4x, 10x e 40x), represente e identifi-
que as estruturas no círculo indicado (utilizar o aumento que
permitir a melhor visualização das estruturas).

74
3. PTERIDÓFITAS

» Observe macroscopicamente o esporófito quanto a cor, mor-


fologia das folhas, da raiz, do caule, espessura e rigidez de
suas estruturas, maneira de fixação no substrato e ramifica-
ção. Se possível, utilize a lupa de mão.
» Represente e identifique a raiz, o caule, os folíolos, as folhas
e os soros no quadro a seguir.
» Com o bisturi, retire um dos soros, faça pequenos cortes
e observe primeiramente com uso da lupa e, depois, colo-
cando sobre a lâmina. Adicione uma gota da água e cubra
com a lamínula e observe os esporângios ao microscópio.
» Esquematize e identifique as estruturas observadas nos
círculos a seguir.

75
» Com ajuda da literatura tente classificar a(s) briófita(s) encon-
trada(s) em musgo, antóceros ou hepática.
» A partir do observado, justifique por que as briófitas habitam
lugares úmidos e sombreados.
» Com ajuda da literatura, tente classificar essa pteridófita.
» A partir do observado, compare as estruturas das briófitas
com as das pteridófitas e justifique a diferença no tamanho
e na possibilidade das pteridófitas habitarem lugares mais
iluminados.
» Por que as pteridófitas ainda necessitam do ambiente úmido
para completar seu ciclo de vida? Explique.
» O que falta para que se tornem completamente independen-
tes da água nesse quesito? Justifique.

RFERÊNCIA
RAVEN, P. H.; EVERT, R. F.; EICHHORN, S. E. Biologia vegetal. 7. ed.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018.

76
ESPERMATÓFITAS, HISTOLOGIA
E FISIOLOGIA VEGETAL
DISCIPLINAS CONTEMPLADAS NA ATIVIDADE: BOTÂNICA, BOTÂNICA FANEROGÂMICA

Exige preparação prévia X Sim Não

Tempo de preparação prévia 3 horas para coleta e preparação do material

Tempo de observação pós preparação Imediato

Duração da realização dos experimentos 2 horas, aproximadamente

INTRODUÇÃO
As plantas, organismos do Reino Plantae, são divididas em qua-
tro grandes grupos. Didaticamente, são classificadas em como
briófitas, pteridófitas, gimnospermas e angiospermas. Os dois
últimos grupos são compostos por plantas que apresentam
estruturas de reprodução sexuada evidente, como os estró-
bilos em gimnospermas e as flores em angiospermas. Assim,
são classificadas como fanerógamas. Adicionalmente, são
espermatófitas, pois apresentam sementes. As gimnospermas
correspondem ao primeiro grupo botânico que de fato conquis-
tou o ambiente terrestre, tornando-se independente da água
para a reprodução. No entanto, as verdadeiras dominadoras são
as angiospermas, uma vez que ocupam todos os ambientes ter-
restres e apresentam elevada diversidade de formas e espécies.
Assim, para conhecermos a diversidade botânica, muito impor-
tante é a compreensão da morfologia de cada grupo, associando,
muitas vezes, as adaptações morfofisiológicas com o ambiente
de vida e evolução das espécies.

77
EXPERIMENTO 1 – OBSERVAÇÃO
MACROSCÓPICA E MICROSCÓPICA DE
GIMNOSPERMAS E ANGIOSPERMAS
OBJETIVO
» Comparar as estruturas reprodutivas de gimnospermas
e angiospermas (estróbilos × flores; grão de pólen), relacio-
nando com a conquista de novos territórios e com a evolu-
ção do grupo.

MATERIAIS
» Partes botânicas de gimnospermas e angiospermas
» Bisturi
» Lâmina e lamínula
» Conta-gotas
» Microscópio óptico e estereoscópico

PROCEDIMENTOS E OBSERVAÇÕES
1. GIMNOSPERMAS

» Observe e analise um ramo caulinar e os estróbilos de uma


gimnosperma.
» Represente e identifique, no quadro a seguir, as estruturas
visíveis do ramo, com ênfase nas folhas, nos estróbilos (iden-
tifique o feminino e o masculino) e nas sementes, se houver.

78
» Retire dos estróbilos masculinos os grãos de pólen, observe,
represente e indique suas estruturas no círculo a seguir.

79
» O que é o grão de pólen? O que essa estrutura trouxe de
vantagem adaptativa para as gimnospermas?
» Relacione o grão de pólen alado com a estrutura do estróbilo
e o tipo de polinização.
» É possível afirmar que o estróbilo é uma flor? Um fruto?
Discorra sobre essa questão.
» Qual é o resultado da fecundação? O que essa estrutura
trouxe de vantagem adaptativa para as gimnospermas?

2. DIVISÃO MAGNOLIOPHYTA

» Observe macroscopicamente os ramos colhidos de uma


angiosperma. Analise a estrutura das folhas, do ramo cauli-
nar e das flores.
» Represente e identifique, no quadro a seguir, as estruturas
visíveis, com ênfase em folhas, flores, frutos e sementes,
se houver.

80
» Observe a forma das flores com atenção.
» O que esse órgão do vegetal trouxe de novidade para
as angiospermas? Qual é a vantagem adaptativa?
» Retire as pétalas com cuidado e analise o ovário da flor.
O que ele representa? Havia essa estrutura nas gimnosper-
mas? Com o bisturi, faça um corte transversal e, com a lupa,
analise. O que há dentro do ovário?
» Depois da fecundação, o ovário vai dar origem a quê?
Qual é a vantagem adaptativa dessa estrutura?
» Dos estames, retire os grãos de pólen para observação
na microscopia. Coloque sobre lâmina, adicione uma gota
da água e cubra com uma lamínula. Represente e indique
as estruturas no círculo a seguir:

81
» Por que o grão de pólen apresenta essa estrutura?
Para que servem?
» Relacione o grão de pólen observado com a forma e colora-
ção da flor e o tipo de polinização.

CONCLUINDO
» Compare o estróbilo com uma flor e relacione com
a polinização.
» Compare os grãos de pólen e relacione com a polinização.
» Compare o fato de o óvulo se desenvolver sem a proteção do
ovário e, depois, a semente se desenvolver sem a proteção
do fruto, com a dispersão da semente.
» Quais estruturas conferiram às gimnospermas a capacidade
de colonizar de vez o ambiente terrestre? Justifique.
» Quais estruturas fazem das angiospermas as verdadeiras
dominadoras do ambiente terrestre? Justifique.

EXPERIMENTO 2 –
CORTES HISTOLÓGICOS
OBJETIVO
» Realizar cortes anatômicos à mão livre.

MATERIAIS
» Uma ou mais folhas frescas da espécie botânica escolhida
» Lâmina
» Lamínula

82
» Pinça
» Pincel de cerdas macias
» Lâmina de barbear (o estado da lâmina é crucial para um
bom corte)
» Microscópio óptico

PROCEDIMENTOS – MONTAGEM DAS LÂMINAS


Para uma boa observação ao microscópio o material deve ser
o mais transparente possível ou pelo menos, translúcido. As sec-
ções podem ser feitas mediante corte à mão livre, usando lâmi-
nas de barbear ou, para estudos mais refinados, utilizando apa-
relhos especiais, os micrótomos (não é nosso caso). No estudo
de determinado órgão vegetal, é indispensável a utilização de
cortes realizados em diferentes posições e em diferentes planos.
Os mais comuns são:

» cortes transversais: feitos em um plano perpendicular


ao eixo do órgão;
» cortes longitudinais: feitos em um plano paralelo ao maior
eixo do órgão;
» cortes paradérmicos: cortes superficiais, feitos em um
plano à superfície do órgão, sendo utilizados, principalmente,
no estudo de órgãos laminares.

Para a obtenção de bons cortes (suficientemente finos), há


a necessidade de prática, porém, seguindo-se algumas regras
básicas, o principiante pode obter bons resultados:

» Sempre utilizar lâminas de barbear novas.


» Antes de iniciar os cortes, tornar plana a superfície da peça
a ser cortada.

83
» Molhar a lâmina de barbear e o material, antes de cortar.
» Se o material for resistente, prendê-lo entre o polegar
e o indicador, na orientação desejada, fazendo a lâmina
de barbear deslizar suave e continuamente sobre a super-
fície do material, sem aprofundar, para a obtenção de
cortes finos.
» Materiais sensíveis e pequenos, como algumas folhas, neces-
sitam de um suporte para que possam ser cortados. É pos-
sível utilizar: pedaços de cenoura, cilindros de cortiça ou
de isopor.
• Exemplo de confecção de suporte: corte um pedaço de
isopor de, aproximadamente, 2,0 cm × 1,0 cm × 0,5 cm
e faça uma incisão perpendicular na região central da
menor superfície; nessa incisão, insira um retângulo do
material cortado, “como se fosse um sanduíche”.
» Na realização de cortes paradérmicos, prenda o material
(geralmente folha) sobre o dedo indicador, firmando-o com
os dedos polegar e médio, e realize um corte superficial.
É possível também fazer uma incisão pouco aprofundada
e puxar com uma pinça.
» Para seccionar folhas largas, é possível dobrá-las várias vezes,
conseguindo-se, assim, grande número de cortes de uma
só vez.
» Faça um grande número de cortes, colocando-os em um
vidro de relógio ou na placa de Petri contendo água e,
a seguir, selecione os mais finos.
» Transfira os cortes selecionados para a lâmina utilizando um
pincel fino e adicione uma gota de água.
» Após, encoste uma das arestas da lamínula no limite da
gota de água da lâmina e, delicadamente, deixe-a cair sobre

84
toda a gota de água, de modo que a gota de água empurre
o ar para fora da lamínula; isso evita que haja formação
de bolhas de ar. As bolhas de ar aparecem no microscópio
como círculos enegrecidos sobre a amostra, dificultando sua
observação. Finalmente, seque o excesso de água presente
nas laterais da lamínula com papel filtro.
» Para a observação ao microscópio, os cortes devem ser colo-
cados entre lâmina e lamínula, imersos em líquido de monta-
gem – no nosso caso, utilizaremos a água mesmo.

RESULTADOS E OBSERVAÇÕES
» Represente e identifique, nos círculos a seguir, as estruturas
observadas sob o microscópio.

85
EXPERIMENTO 3 – INFLUÊNCIA
DA INTENSIDADE LUMINOSA SOBRE
A FOTOSSÍNTESE

A fotossíntese é um processo físico-químico, a nível celular, rea-


lizado pelos seres vivos clorofilados, que utilizam dióxido de car-
bono (CO2) e água para obter glicose através da energia da luz.
A energia luminosa é captada por meio de pigmentos fotossin-
tetizantes (clorofilas), que a absorvem a determinadas faixas de
ondas luminosas e elevam elétrons a níveis energéticos maiores.

12H2O + 6CO2 → C6H12O6 + 6O2 + 6H2O

A energia acumulada a partir da luz para o metabolismo


da planta é usada para a formação de adenosina trifosfato,
o ATP, a moeda energética dos organismos vivos que permi-
tirá a formação da glicose (composto orgânico) utilizada para
as funções vitais da planta (estruturais e metabólicas). A taxa
fotossintética é facilmente afetada por vários fatores, tais como
intensidade luminosa, temperatura e concentração de dióxido
de carbono (CO2). Nesse sentido, uma oportunidade ótima para
o entendimento dos processos que envolvem a fotossíntese
é o emprego de técnicas laboratoriais simples, como a contagem
do número de bolhas de oxigênio produzidas pela planta aquá-
tica Elodea canadensis, submersa em água pura, em diferentes
condições do meio.

OBJETIVOS
» Verificar o efeito da luminosidade sobre a taxa de fotossín-
tese em Elodea canadensis.
» Comprovar a liberação de oxigênio no processo.

86
MATERIAIS
» Provetas de 1000 ml
» Lâmpadas fluorescentes de 200 W
» Cronômetro do celular ou de um relógio qualquer
» Bisturi
» Pinça
» Solução de bicarbonato de sódio (NaHCO ) a 1%
3

» Ramo de Elodea canadensis


» 1 L de água destilada
» Régua ou trena

PROCEDIMENTOS
» Introduza um ramo de E. canadensis, com as extremidades
amarradas para que não toque no fundo (o ápice deve ficar
mergulhado, e a porção cortada do caule, mais próxima
à superfície), em uma proveta de vidro com 1000 ml de água
destilada (veja a figura a seguir).
» Com a proveta situada a 50 cm de uma lâmpada de 200 W
(~30 µmol fótons m-2 s-1), aguarde 5 minutos para estabiliza-
ção da condição e determine o número de bolhas produzidas
por minuto. Repita as contagens pelo menos três vezes
e faça uma média desses valores.
» Em seguida, repita o mesmo procedimento para as distân-
cias de 30 cm (~170 µmol fótons m-2 s-1) e de 10 cm
(~750 µmol fótons m-2 s-1).

87
Esquema da montagem do sistema para avaliação de fotossíntese
em ramos jovens de E. canadenses

Lâmpada
Suporte contendo
o ramo de Elodea

Fonte: https://biologiavegetal.com/
aula-16-fatores-que-afetam-a-fotossintese-em-elodea-canadensis/

RESULTADOS E OBSERVAÇÕES
» Anote o número de bolhas obtidos em cada uma das medi-
ções na tabela a seguir. Faça a soma para cada uma das
distâncias e, depois, efetue a divisão pelo número de vezes.

Distância 50 cm 30 cm 10 cm

Total (soma)

Média (divide por 3)

» Que gás forma as bolhas que se desprendem do ramo de


Elodea iluminado? Que evidências indiretas você obteve
como suporte para sua afirmativa?

88
» Por que podemos contar a taxa de fotossíntese por meio da
liberação dessas bolhas?
» Discuta os resultados obtidos. O que é possível concluir?

REFERÊNCIAS
AULA 16: Fatores que afetam a fotossíntese em Elodea canadenses.
Disponível em: https://biologiavegetal.com/aula-16-fatores-que-
afetam-a-fotossintese-em-elodea-canadensis/. Acesso em: 29 mar. 2020.

FREITAS, H. M. B. Manual de atividades práticas de fisiologia vegetal.


Salvador: Edufba, 2006.

MAESTRI et al. Fisiologia vegetal (exercícios práticos). Viçosa:


Ed. da UFV, 1998.

RAVEN, P. H.; EVERT, R. F.; EICHHORN, S. E. Biologia vegetal. 7. ed.


Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018.

RELATÓRIO de aula prática: fatores que afetam a fotossíntese em


Elodea canadenses. Disponível em: https://florestaeng.blogspot.
com/2015/09/relatorio-de-aula-pratica-fatores-que.html. Acesso em:
29 mar 2020.

89
MICROBIOLOGIA, IMUNOLOGIA
E PARASITOLOGIA
DISCIPLINAS CONTEMPLADAS NA ATIVIDADE: MICROBIOLOGIA, IMUNOLOGIA, PARASITOLOGIA

Exige preparação prévia X Sim Não

Tempo de preparação prévia 3 horas para coleta e preparação do material

Tempo de observação pós preparação Imediato

Duração da realização dos experimentos 2 horas, aproximadamente

INTRODUÇÃO
O sistema imunológico, também chamado de sistema imune,
é o que garante proteção ao nosso corpo, evitando que subs-
tâncias estranhas e patógenos afetem negativamente nossa
saúde. É um sistema complexo que envolve uma série de células
e órgãos, que funcionam em conjunto, como uma grande bar-
reira de proteção. Quando fragilizado, esse sistema permite que
microrganismos, como vírus, bactérias, fungos e parasitas, como
protozoários e vermes, instalem-se, desencadeando doenças em
seu hospedeiro. Nesse sentido, torna-se importante o estudo
do sistema imunológico, bem como dos patógenos que podem
comprometê-lo. Microbiologia e parasitologia são as especialida-
des da biologia que estudam os microrganismos e os parasitas,
suas características, seus hospedeiros e a relação entre eles.

90
EXPERIMENTO 1 – PREPARO DA
CULTURA SÓLIDA DE BACTÉRIAS
OBJETIVOS
» Preparar meios de cultura sólido para crescimento
microbiano.
» Verificar a presença de microrganismos no ambiente por
meio do crescimento nos meios de cultura.
» Realizar o método de coloração de Gram em diferentes tipos
de bactérias.

MATERIAIS
» Cultura já pronta de bactérias
» 20 lâminas
» 20 lamínulas
» 2 microscópios
» 1 estufa bacteriológica
» Alça bacteriológica
» 2 placas de Petri
» 2 pipetas Pasteur
» 12 placas de Petri esterilizadas
» 6 provetas
» 6 Erlenmeyer
» Água destilada: 100 ml
» Solução descolorante: 20 ml
» Fucsina: 10 ml
» Azul de metileno 0.05%: 10 ml
» Lugol .05%: 10 ml

91
» Violeta genciana: 10 ml
» Álcool 70%

PROCEDIMENTOS
» Pesar a quantidade do meio de cultura desidratado indicado
no rótulo do frasco.
» Medir a quantidade de água destilada adequada em
uma proveta.
» Em um Erlenmeyer, dissolver o pó na água destilada.
» Deixar descansar por 10 minutos para que ocorra a hidrata-
ção do pó, facilitando a dissolução.
» Aquecer o meio, em uma chapa aquecedora ou micro-ondas,
até que ocorra a total dissolução do ágar.
» Identificar o frasco.
» Autoclavar o frasco e deixar esfriar.
» Fazer o plaqueamento do meio de cultura: verter uma
pequena quantidade do meio de cultura em placas de Petri
esterilizadas ao redor do bico de Bunsen e deixar que ocorra
a solidificação do meio.

Inoculação das amostras:

» Identificar uma placa de Petri com meio sólido pronto, indi-


cando nome, turma, data e local da coleta.
» Colher uma amostra com o swab (celular, mesa, bolsa,
maçaneta etc.) e deslizar sobre o meio sólido para espalhar
o material coletado, sempre na mesma direção.
» Incubar as placas a 37 °C por 48 horas em estufa bacterioló-
gica com a tampa voltada para baixo, a fim de evitar contami-
nação das culturas por acúmulo de água de condensação.

92
Coloração de Gram:

» Esterilizar a alça bacteriológica “ao rubro” e, a seguir, deixá-la


esfriar, conservando-a próxima ao fogo.
» Remover o material a ser analisado da cultura bacteriana já
pronta, sem contaminar.
» Depositar sobre a lâmina e espalhar.
» Deixar o esfregaço secar naturalmente nas proximidades
do fogo.
» Fixar o esfregaço pelo calor e esperar a lâmina esfriar antes
de realizar a coloração.
» Cobrir o esfregaço com violeta genciana, esperar 1 minuto,
lavar com água.
» Colocar Lugol, esperar 1 minuto, lavar novamente com água.
O Lugol é uma solução aquosa de iodo a 1% mais iodeto de
potássio a 2%.
» Descorar (diferenciar) com álcool-éter até não ser mais possí-
vel observar a saída de corante.
» Lavar imediatamente com água.
» Cobrir com fucsina, esperar de 30 a 60 segundos e lavar
com água.
» Secar a lâmina e observar ao microscópio.
» Anotar os resultados obtidos.
» Limpar as objetivas do microscópio e desligá-lo.

RESULTADOS E OBSERVAÇÕES
» Anotar todos os resultados obtidos nas aulas, estabelecendo
a relação com os conhecimentos teóricos adquiridos.
» Podem ser inseridos gráficos, figuras e diagramas para ilus-
trar o que foi visto ao microscópio.

93
EXPERIMENTO 2 – OBSERVAR LÂMINAS
PERMANENTES DE PARISTOLOGIA
OBJETIVOS
» Observar as lâminas permanentes de parasitologia mostra-
das pelo professor no microscópio trilocular.
» Analisar as principais características do parasita.

MATERIAIS
» 10 lâminas permanentes de parasitas
» 2 microscópios
» 2 placas de Petri
» 2 pipetas Pasteur

PROCEDIMENTOS
» Escolher uma das lâminas e observar no microscópio binocu-
lar, analisando as principais características do parasita.
» Anotar os resultados obtidos.
» Limpar as objetivas do microscópio e desligá-lo.

RESULTADOS E OBSERVAÇÕES
» Anotar todos os resultados obtidos nas aulas, estabelecendo
a relação com os conhecimentos teóricos adquiridos.
» Podem ser inseridos gráficos, figuras e diagramas para ilus-
trar o que foi visto ao microscópio.

94
EXPERIMENTO 3 – OBSERVAR
LÂMINAS DE ESFREGAÇO SANGUÍNEO
OBJETIVOS
» Analisar a lâmina de esfregaço sanguíneo mostrada pelo
professor no microscópio trilocular.
» Ouvir a explicação do professor sobre os tipos sanguíneos
do sistema ABO e Rh em relação aos antígenos e anticorpos,
bem como a compatibilidade sanguínea.

MATERIAIS
» 1 lâmina permanente de esfregaço sanguíneo
» 2 microscópios
» 2 placas de Petri
» 2 pipetas Pasteur
» 10 swab
» Algodão
» 5 lancetas descartáveis
» Água destilada 100 ml
» Solução descolorante 20 ml
» Fucsina 10 ml
» Azul de metileno 0.05%: 10 ml
» Lugol .05%: 10 ml
» Violeta genciana: 10 ml
» Álcool 70%
» Soros anti-A, anti-B e anti-D

95
PROCEDIMENTOS
» Identificar uma lâmina para a tipagem sanguínea: anti-A,
anti-B e anti-D.
» Higienizar o dedo médio com algodão e álcool 70%.
» Furar o dedo médio com a lanceta descartável e retirar
3 gotas de sangue.
» Posicionar as gotas de sangue de acordo com a identificação
da lâmina.
» Colocar uma gota de cada soro sobre o sangue de acordo
com a respectiva identificação.
» Agitar levemente a lâmina.

RESULTADOS E OBSERVAÇÕES
» Anotar todos os resultados observados: onde houve aglu-
tinação, identificar o tipo sanguíneo no resultado e regis-
trar o resultado observado, estabelecendo a relação com
os conhecimentos teóricos adquiridos.
» Podem ser inseridos gráficos, figuras e diagramas para ilus-
trar o que foi visto ao microscópio.

REFERÊNCIAS
NEVES, D. P. et al. Parasitologia básica. 4. ed. São Paulo: Ateneu, 2018.

TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B. D. Corpo humano: fundamentos de


anatomia e fisiologia. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017.

TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; CASE, C. L. Microbiologia. 6. ed. São Paulo:


Artmed, 2000.

96
ANATOMIA
E FISIOLOGIA HUMANA
DISCIPLINAS CONTEMPLADAS NA ATIVIDADE: ANATOMIA, FISIOLOGIA

Exige preparação prévia X Sim Não

Tempo de preparação prévia 2 horas para preparação do material

Tempo de observação pós preparação Imediato

Duração da realização dos experimentos 2 horas, aproximadamente

INTRODUÇÃO
A forma de ensinar a disciplina de anatomia humana também
tem evoluído conforme o preconizado pelas metodologias ati-
vas. Parte de sua evolução baseia-se em questões relacionadas
às reformas curriculares dos cursos da área biológica, neces-
sárias para o enquadramento nas novas diretrizes curriculares
para os cursos de graduação; outra parte acompanha a evolução
didático-pedagógica, como os progressos da tecnologia digital,
incluindo os avanços das imagens digitalizadas, que permitem
a visualização de estruturas anatômicas 3D e ambientes virtuais
imersivos, como realidade virtual, realidade aumentada e simu-
lações em peças de resina que representam o corpo humano.

97
EXPERIMENTO 1 – ESTRUTURAS
ANATÔMICAS E SEUS SISTEMAS
OBJETIVOS
» Compreender as principais estruturas anatômicas de
cada sistema.
» Relacionar as estruturas anatômicas com os principais meca-
nismos fisiológicos.
» Articular os conhecimentos teóricos e práticos em anatomia
humana.

MATERIAIS
» Peças anatômicas do Laboratório de Anatomia Humana
da Uninter:

CÓDIGO PEÇA ANATÔMICA

C17 Cérebro em 8 partes

BS27054 Coração 4 partes 2x tamanho natural

BS27001 Esqueleto humano desarticulado completo tamanho natural

B27061 Estômago e órgãos associados do abdômen superior 6 partes

K25 Fígado com vesícula biliar

BS27083 Órgão genital feminino 4 partes

BS27082 Órgão genital masculino 4 partes

G30 Sistema circulatório

BS27068 Sistema respiratório 7 partes

» 2 kits de coleta de urina


» 6 lâminas
» 6 lamínulas

98
» 2 microscópios
» 2 placas de Petri
» 3 pipetas Pasteur
» 3 câmeras (que serão do estúdio)
» 2 monitores
» Tiras transversais de Ph
» Azul de tolueno a 5% ou similar

PROCEDIMENTOS
» Aula interativa sobre as principais estruturas anatômicas
presentes em cada sistema relacionando com as questões
fisiológicas.
» Coleta e análise da urina através de parâmetros como pH
e estruturas coradas na lâmina pelo azul de tolueno.

RESULTADOS E OBSERVAÇÕES
» Anotar todos os resultados obtidos nas aulas, estabelecendo
a relação com os conhecimentos teóricos adquiridos.
» Podem ser inseridos gráficos, figuras e diagramas para ilus-
trar o que foi visto ao microscópio.

99
REFERÊNCIAS
DUGANI, S.; ALFONSI, J. E.; AGUR, A. M. R.; DALLEY, A. F. Anatomia
clínica integrada com exame físico e técnicas de imagem.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.

FAIZ, O.; BLACKBURN, S.; MOFFAT, D. Anatomia básica: guia ilustrado


de conceitos fundamentais. 3. ed. Barueri, SP: Manole, 2013.

MOORE, K. L.; DALLEY, A. F.; AGUR, A. M. R. Anatomia orientada para


a clínica. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019.

OLIVEIRA, I. M de; MINDÊLLO, M. M. A.; MARTINS, Y. O.; SILVA FILHO,


A. R. Análise de peças anatômicas preservadas com resina de poliéster
para estudo em anatomia humana.
Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, v. 40, n. 1, fev. 2013.
Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-699120
13000100014&script=sci_arttext. Acesso em: 22 jul. 2021.

PEZZI, L. H. A.; CORREIA, J. A. P.; PRINZ, F. A. D.; NETO, S. P. Anatomia


clínica: baseada em problemas. 2 ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2017.

TORTORA, G. J.; NIELSEN, M. T. Princípios de anatomia humana. 12. ed.


Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.

TOY, E. C.; ROSS, L. M.; ZHANG, H.; PAPASAKELARIOU, C. Casos clínicos


em anatomia. 3. ed. Porto Alegre: AMGH, 2016.

100
ECOLOGIA
E SANEAMENTO AMBIENTAL:
EUTROFIZAÇÃO
DISCIPLINAS CONTEMPLADAS NA ATIVIDADE: ECOLOGIA, LEGISLAÇÃO AMBIENTAL E URBANÍSTICA,
MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE

Exige preparação prévia X Sim Não

Tempo de preparação prévia 1 hora para preparação do material

Tempo de observação pós preparação Imediato

Duração da realização dos experimentos 2 horas, aproximadamente

INTRODUÇÃO
Eutrofização, do grego eutrofização, significa “a verdadeira ali-
mentação de um rio”, ou seja, é um fenômeno no qual um
ambiente aquático recebe elevada quantidade de matéria orgâ-
nica e/ou de nutrientes, como nitrato e fosfatos. Esse processo
pode acontecer naturalmente, mas vem sendo intensificado por
atividades humanas em razão do lançamento de fertilizantes
agrícolas e/ou esgoto doméstico sem tratamento prévio, em
outras palavras, ocorre em decorrência da falta de saneamento.
Como consequências, há o aumento da atividade de decomposi-
ção aeróbica, disponibilizando minerais que, por sua vez, favore-
cem o aumento da proliferação de algas microscópicas localiza-
das na superfície. Desse modo, cria-se uma camada espessa de
algas que impossibilita a entrada de luz na água e impede a rea-
lização da fotossíntese pelos organismos presentes nas camadas

101
mais profundas, o que ocasiona a morte desses organismos,
a proliferação de bactérias decompositoras e o aumento do con-
sumo de oxigênio por tais microrganismos. Consequentemente,
começa a faltar, de forma mais abrupta e constante, oxigênio na
água, o que gera a mortandade dos peixes e de outros organis-
mos aeróbicos. Na ausência do oxigênio, a decomposição torna-
-se anaeróbica, produzindo gases tóxicos, como sulfúrico (que
causa o cheiro forte característico do fenômeno). Por fim, ocorre
a morte do corpo hídrico.
De maneira resumida, podemos afirmar, então, que a eutro-
fização é um processo que resulta na redução do oxigênio
dissolvido em razão do acúmulo constante de matéria orgânica,
o que, nos centros urbanos, é proveniente em larga escala do
esgoto doméstico e industrial. Por meio análises físico-quími-
cas e biológicas, é possível medir em que estágio do processo
aquele corpo hídrico se encontra e, inclusive, estabelecer planos
para a mitigação dos impactos ambientais. Importante frisar que,
para a avaliação da qualidade das águas, há parâmetros estabe-
lecidos na legislação ambiental.

EXPERIMENTO 1 – AVALIAÇÃO DE
PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS EM
AMOSTRAS AMBIENTAIS (ÁGUA)
OBJETIVOS
» Identificar os procedimentos adequados na coleta de amos-
tras ambientais (água) por meio dos vídeos de amostragem
e perceber as características locais que podem determinar
a composição das amostras.

102
» Avaliar a adequação dos parâmetros físico-químicos da água
com base nos limites máximos estabelecidos na legislação
ambiental.
» Identificar se o ambiente apresenta ou pode futuramente
apresentar problemas de eutrofização.

MATERIAIS
» Luvas para procedimento
» Amostra de água
» Proveta para aferir 250 ml no preparo das soluções de cali-
bração do pHmetro

Laboratório Portátil Individual – MY LAB RACHEL CARSON, composto por:

N° do Item Descrição Quantidade


item

1 Medidor de Sólidos 1
Dissolvidos Totais (SDT)
e Temperatura

2 Medidor de minerais em água 1

3 Medidor de pH 1

4 Reativos em pó para preparo 1 para calibração a pH 4,01


de soluções de calibração do 1 para calibração a pH 6,86
medidor de pH 1 para calibração a pH 9,18

(continua)

103
(continuação)

Laboratório Portátil Individual – MY LAB RACHEL CARSON, composto por:

N° do Item Descrição Quantidade


item

5 Béquer de 50 ml 4

6 Frasco âmbar graduado com 3


tampa plástica de 250 ml

7 Testes para: 1 frasco contendo 10 paco-


- alcalinidade tes em alumínio. Cada
- ferro pacote inclui 1 fita indica-
- mercúrio dora com os 4 parâmetros.
- chumbo

8 Testes para: 1 frasco contendo 10 paco-


- dureza da água tes em alumínio. Cada
- nitrato pacote inclui 1 fita indica-
- nitrito dora com os 4 parâmetros.
- sulfato

9 Testes para: 1 frasco contendo 10 paco-


- cloro total tes em alumínio. Cada
- cloro residual pacote inclui 1 fita indica-
- flúor dora com os 4 parâmetros.
- ph

10 Teste para fosfato 5 kits contendo 2 fitas indi-


cadoras cada. Inclui solução
para acidificar e solução
corante.

104
(conclusão)

Laboratório Portátil Individual – MY LAB RACHEL CARSON, composto por:

N° do Item Descrição Quantidade


item

11 Teste microbiológico para 5 kits contendo 2 fitas indi-


coliformes e Escherichia coli cadoras cada. Inclui solução
líquida para pirólise.

12 Teste para oxigênio dissolvido 1 conjunto com 3 reativos


e escala colorimétrica.

Fonte: MANUAL ..., 2020.

PROCEDIMENTOS
1. MEDIDOR DE SÓLIDOS DISSOLVIDOS TOTAIS (SDT)
Características:

» medidas entre 0 e 999 ppm de SDT com indicação de até


3 dígitos;
» o medidor avalia SDT (unidade: ppm) e temperatura (°C);
» desligamento automático em caso de inatividade por mais
de três minutos.

Instruções:

1. Remova a capa protetora e pressione o botão “ON/OFF” por


2 segundos para ligar.
2. Coloque o medidor na solução-teste. Não exceda a linha que
delimita o nível máximo de contato com a amostra (parte
inferior do equipamento).
3. Quando o valor estabilizar, já é possível realizar a leitura do
valor de SDT (ppm).

105
4. Pressione o botão “TEMP”, altere a medida para tempera-
tura (°C) e faça a leitura.
5. Utilize o botão “HOLD” sempre que precisar pausar a leitura –
é uma ferramenta útil para quando for anotar os resultados
da análise. Pressione “HOLD” somente após a estabilização
da leitura.
6. Após o uso, faça a limpeza do equipamento e pressione
novamente o botão “ON/OFF” por 2 segundos para desligar
manualmente.
7. Insira novamente a capa protetora para evitar danos
ao equipamento.

Valor de SDT e como calcular a condutividade:

» O valor de SDT reflete a concentração de partículas dissol-


vidas em uma amostra e, em conjunto com outras variáveis,
é utilizado para avaliar a qualidade da água.
» O valor de condutividade pode ser determinado realizando
a seguinte multiplicação: SDT * 2; dessa maneira, é possível
estimar o valor de condutividade da amostra.

2. MINERAIS EM ÁGUA

» Nesse equipamento, a concentração de minerais é apre-


sentada na forma de uma escala numérica de luzes acesas.
Uma maior concentração de minerais na amostra reflete em
um maior número de luzes acesas e maiores valores na faixa
de ppm. Existem duas faixas de medição:
• baixa (LO): medições variam de 0 a 40 ppm;
• alta (HI): medições variam de 0 a 400 ppm.

106
Instruções:

1. Antes de realizar a medida do parâmetro na amostra, pres-


sione a tecla “ON/OFF”. O acendimento da primeira luz indica
o correto funcionamento do circuito. Desse modo, é possível
realizar a análise na amostra a ser testada.
2. Para iniciar a leitura, movimente a pequena chave abaixo
do botão “ON/OFF” para a esquerda na posição LO. Então,
pressionando o botão “ON/OFF”, insira o equipamento na
amostra até a linha que delimita o nível máximo de água
(indicada na porção inferior do equipamento). De acordo com
o número de indicadores acesos, a concentração de minerais
correspondente pode ser lida nos valores ao lado esquerdo.
Se a luz vermelha estiver acesa, isso significa que a amostra
apresenta mais de 40 ppm de minerais. Nesse caso, mude
a pequena chave abaixo do botão “ON/OFF” para a posição HI
e, de acordo com o número de luzes no indicador, leia o valor
de concentração mineral (dessa vez, ao lado direito).
» Importante: durante a medição, mantenha o botão
"ON/OFF" pressionado até a estabilização do equipamento.
Após a estabilização, ainda mantendo o botão pressionado,
realize a leitura.

Precauções:

» Não insira todo o equipamento na amostra, somente até


a linha-limite indicada na parte inferior do medidor;
» Evite altas temperaturas e incidência direta de luz solar;
» Não submeta o equipamento a colisões e quedas;
» Faça a limpeza da região inserida na amostra e aguarde secar
antes de guardar o equipamento.

107
3. MEDIDA DE PH
Instruções de calibração:

» Antes de realizar as leituras em amostras ambientais, é pre-


ciso calibrar o equipamento: ou seja, a partir de soluções
com pH conhecido, determinar a faixa de leitura. Aqui, utilize
soluções de calibração no pH 4 e 7 (frasco âmbar graduado
de 250 ml com tampa plástica) do MY LAB RACHEL CARSON.
1. Inicie pelo preparo das soluções de calibração.
2. Ligue o medidor pressionando a tecla “ON/OFF”.
3. Insira o eletrodo na solução pH 6,86 preparada.
4. Pressione o botão “CAL” por 5 segundos e solte:
• no display, começará a piscar 6.86;
• espere até que a tela pare de piscar;
• lave o eletrodo com água filtrada e seque com papel
macio (sugestão: lenços descartáveis ou papel higiênico).
5. Insira o eletrodo na solução pH 4,01 preparada.
6. Pressione o botão “CAL” por 5 segundos, depois pressione
e solte imediatamente pela segunda vez o botão “CAL”:
• a leitura no medidor começará a piscar;
• espere até que a tela pare de piscar;
• lave e seque o eletrodo com água destilada como antes.
7. Insira o eletrodo na solução pH 9,18 preparada.
8. Pressione o botão “CAL” por 5 segundos, depois pressione
e solte imediatamente pela segunda vez o botão “CAL”.
Novamente, pela terceira vez, pressione e solte imediata-
mente o botão “CAL”:
• a leitura no medidor começará a piscar;
• espere até que a tela pare de piscar;
• lave e seque o eletrodo com água destilada como antes.

108
9. O medidor está pronto para o uso nas análises da amostra.
» Atenção: se você calibrar o medidor no ar ou em solução de
calibração errada, piscará “ERR” na tela. O medidor retor-
nará à operação da última etapa. Se necessário, recalibre
o medidor.
» Importante: uma nova calibração é necessária nas seguintes
condições:
• períodos longos de inatividade (mais do que 1 dia
sem uso);
• uso muito frequente (caso realize mais do que 20 medi-
ções no dia);
• quando é necessária uma elevada precisão nas análises.

Instruções para medição do pH:

1. Remova a tampa protetora e a película protetora na


tela e realize a calibração conforme o item “Instruções
de Calibração”.
2. Enxágue o eletrodo com água, de preferência filtrada,
e seque com papel macio (sugestão: lenços descartáveis ou
papel higiênico).
3. Ligue o medidor pressionando a tecla “ON/OFF”.
4. Insira o eletrodo do medidor de pH na solução a ser testada
(não ultrapasse a linha de imersão, indicada no item sobre
calibração).
5. Mexa gentilmente o eletrodo na amostra por, aproximada-
mente, 2 segundos e com o eletrodo parado espere cerca de
30 segundos até que a leitura estabilize. Anote o valor de pH
da amostra.
6. Caso for realizar a leitura de mais de uma amostra, retire
o eletrodo da primeira amostra, enxágue com água

109
filtrada, seque com papel macio e, só então, insira na
amostra seguinte.
7. Depois de terminar as análises, limpe o eletrodo com água
filtrada, seque com papel macio e desligue o medidor pres-
sionando a tecla “ON/OFF”.
8. Para guardar o equipamento, nunca se esqueça de recolocar
a tampa protetora.

4. DETERMINAÇÃO DE ALCALINIDADE, FERRO, MERCÚRIO,


CHUMBO, DUREZA DA ÁGUA, NITRATO, NITRITO, SULFATO,
CLORO TOTAL, CLORO RESIDUAL, FLÚOR, PH APROXIMADO

» Cada frasco contém 10 pacotes em alumínio. Cada pacote


em alumínio inclui 1 fita indicadora de concentração con-
tendo os parâmetros de análise. Verifique no frasco quais
os parâmetros analisados em cada fita indicadora.

Instruções:

1. Coloque a amostra a ser testada nos béqueres de 50 ml.


2. Abra a embalagem em alumínio e, com cuidado, retire a fita
indicadora. Observe que a fita apresenta 4 campos quadra-
dos: não toque nesse local. Insira esses 4 campos da fita na
amostra a ser analisada.
3. Tome cuidado para que todos os campos estejam em contato
com a amostra para permitir que a reação química ocorra.
4. Remova a fita da amostra após 2 segundos.
5. Segure a tira horizontalmente e bata levemente ou sacuda
para remover o excesso de água.

110
6. Leia os resultados do teste cuidadosamente dentro de
60 segundos, com uma boa luz e com a área de teste mantida
perto da cartela de cores na etiqueta do frasco.
7. A concentração do parâmetro de análise é obtida a par-
tir da comparação entre a cor do campo específico da fita
exposta à amostra, com as cores disponíveis na embala-
gem. Cada intensidade de cor indica uma concentração,
conforme embalagem.
8. Anote o valor da concentração.
» Cuidado: as fitas de teste contêm produtos químicos que
podem oferecer riscos à saúde, portanto, não coloque a fita
na boca ou em contato com os olhos. Tome os devidos cui-
dados para que esse material permaneça fora do alcance de
crianças e animais domésticos.

5. DETERMINAÇÃO DE FOSFATO

» O kit de análise para fosfato contém: 1 fita indicadora emba-


lada em invólucro de alumínio, 1 tubo de reação, 1 pipeta,
acidificante, reagente de coloração e dessecante. Todos
os itens devem ser armazenados em local seco, afastado de
fontes de calor.

Instruções:

1. Usando a pipeta, transfira 0,5 ml da amostra de água acondi-


cionada no béquer de 50 ml para o tubo de reação e adicione
o acidificador (3 gotas) ao mesmo tubo de reação. Agite
a mistura.
2. Deixe a solução em repouso por 1 minuto.

111
3. Retire a fita indicadora da embalagem com cuidado para não
tocar na área de teste e insira no tubo de reação com o qua-
driculado mergulhado na solução do tubo reativo. Aguarde
10 segundos.
4. Remova o excesso de água e mantenha a fita indicadora
na horizontal.
5. Adicione o reagente de coloração (1 gota) no bloco de teste
e aguarde mais 20 segundos.
6. Retire o excesso de água e mantenha a fita indicadora na
horizontal por 3 minutos.
7. Faça a leitura do resultado em local bem iluminado e com
a fita indicadora junto à cartela de cores em até 5 minutos.
8. Combine as cores da fita indicadora com as cores correspon-
dentes na cartela de cores e registre seus resultados.
» Atenção: o acidificador é corrosivo e irritante para os olhos
e pele. Se entrar em contato com a substância, enxágue ime-
diatamente com grandes quantidades de água.

6. DETERMINAÇÃO DE OXIGÊNIO DISSOLVIDO


Características:

» Reagentes para oxigênio dissolvido: 1 conjunto de 3 reativos


com volume de 10 ml.
» Validade: 6 meses.
Instruções:

1. Coloque 10 ml de amostra no béquer (utilize a escala do


béquer para medir este volume).
2. Adicione 5 gotas do reagente (I) e 5 gotas do reagente (II), em
seguida misture bem.

112
3. Aguarde 5 minutos, adicione 5 gotas do reagente (III) e agite
até dissolver completamente o precipitado formado. Caso
as 5 gotas do reagente (III) não sejam suficientes, adicione
mais 2 gotas e misture.
4. Compare a coloração da solução com o cartão de cores.
Cores similares indicam a concentração de oxigênio dissol-
vido em mg/L.

Precauções:

» Não ingira as soluções nem as amostras contendo


os reagentes.
» Tenha cuidado com a pele e com os olhos.

RESULTADOS E OBSERVAÇÕES
» Realizar a busca pela legislação ambiental aplicada às amos-
tras de água.
» Registrar os resultados na planilha a seguir.
» Com base na legislação, concluir se a amostra está adequada
à legislação ambiental.

Caracterização da amostra

113
Parâmetro Unidade Resultado Legislação aplicável Limite legal

Alcalinidade

Chumbo

Cloro residual

Cloro total

Condutividade

Dureza

Ferro

Flúor

Fosfato

Mercúrio

Minerais (Concentração)

Nitrato

Nitrito

Oxigênio Dissolvido

pH

Sólidos (SDT)

Sulfato

Temperatura da amostra

CONCLUSÃO

Conclusão baseada na legislação

114
EXPERIMENTO 2 – AVALIAÇÃO
DE PARÂMETROS BIOLÓGICOS EM
AMOSTRAS AMBIENTAIS (ÁGUA)
OBJETIVOS
» Avaliar a concentração de Escherichia coli em amostras
ambientais (água) e identificar os problemas associados
à presença desses organismos.
» Identificar a presença de cianobactérias e algas em amostras
ambientais.
» Reconhecer a riqueza e diversidade de espécies, como indi-
cadores da qualidade de água.

MATERIAIS
» Luvas para procedimento
» Amostra de água
» Conta-gotas ou pipetas de Pasteur
» Kit para determinação de bactérias em água do Laboratório
Portátil Individual – MY LAB RACHEL CARSON
» Lâminas
» Lamínulas
» Microscópio
» Óleo de imersão
» Cotonetes para limpeza
» Solvente para limpeza

115
PROCEDIMENTOS
1. DETERMINAÇÃO DE COLIFORMES E ESCHERICHIA COLI

» A Escherichia coli, comumente chamada de E. coli, é uma


forma de bactéria coliforme geralmente inofensiva; no
entanto, certas cepas podem causar doenças graves. E. coli
é uma bactéria comum encontrada no sistema digestivo de
seres humanos e animais e que podem passar para o sis-
tema de água através do esgoto.
» O kit de análise para E. coli e coliformes contém: fita indi-
cadora, tubo de reação contendo o reativo lisado, pipeta
e dessecante (sílica). Todos os itens devem ser armazenados
em local seco, afastado de fontes de calor.

Instruções:

1. Colete a amostra a ser testada e deixe em repouso por


2 minutos.
2. O tubo de reação já contém 0,5 ml do reativo lisado. Transfira
0,1 ml da amostra de água para o tubo de reação utilizando
a pipeta. Tampe bem o tubo e agite vigorosamente.
3. Retire a fita indicadora da embalagem (não toque na área
quadrada de teste). Mergulhe a área de teste da fita na amos-
tra de água e deixe por 10 minutos.

Resultado do teste qualitativo – teste de 10 minutos (posi-


tivo ou negativo):

1. Resultados positivos ou negativos podem ser observados


após 10 minutos.

116
2. Positivo (E. coli está presente) = se a fita indicadora mudar
para qualquer tom de azul, isso indica que E.coli está pre-
sente. Nesse caso, dê continuidade ao teste semi-quantitativo.
3. Negativo (E. coli ausente) = se a fita indicadora permanecer
branca, o resultado é a ausência de E. coli. Nesse caso, o teste
está finalizado.

Resultado do teste semi-quantitativo – teste de 60 minutos


(concentração celular de E. coli presente)

1. Caso a fita indicadora adquira coloração azul no teste de


10 minutos, retorne-a para a mesma solução de teste por
mais 60 minutos.
2. Após 60 minutos, retire a fita indicadora. Remova o excesso
de água.
3. Compare seus resultados com a cartela de cores. Leia aten-
tamente os resultados do teste em uma área bem iluminada
com a área teste da fita indicadora junto a cartela de cores.
Combine as cores e anote o valor correspondente da escala.

Precauções:

» Se o lisado espirrar nos olhos ou tocar na pele, lave abun-


dantemente com água.
» Não toque na extremidade de reação da fita indicadora para
evitar resultados de teste imprecisos.

117
2. VISUALIZAÇÃO E QUANTIFICAÇÃO DE ALGAS
E CIANOBACTÉRIAS
Instruções para visualização:

1. Em uma lâmina, pingue 1 gota da amostra coletada com


o auxílio de uma pipeta de Pasteur.
2. Coloque uma lamínula em cima da amostra e leve para visua-
lização ao microscópio.
3. Inicie focalizando com a objetiva de menor aumento, utilize
o macro e micrométrico para focalizar a amostra.
4. Repita o procedimento 3 até a objetiva com aumento de
100 vezes.
5. Afaste a lente objetiva e pingue uma gota do óleo de imersão
sobre a lamínula da amostra.
6. Retorne a lente objetiva de 100 e utilize o micrométrico
para focalizar.
7. Observe a presença de algas e/ou cianobactérias.

Instruções para quantificação:

1. Repita os procedimentos para visualização (1 a 3), até chegar


na lente objetiva com aumento de 40x.
2. Conte o número de espécies diferentes (aproximação de
diversidade) e a quantidade de indivíduos por espécie (apro-
ximação de riqueza). Anote o resultado.

RESULTADOS E OBSERVAÇÕES
» Realizar a busca pela legislação ambiental aplicada às amos-
tras de água.
» Registrar os resultados na planilha a seguir.

118
» Com base na legislação, concluir se a amostra está adequada
à legislação ambiental.

Caracterização da amostra

Parâmetro Unidade Resultado Legislação aplicável Limite legal

Coliformes presença/ausência

Escherichia coli NMP/L

Algas e cianobactérias Células/ml*


(total)

Algas e cianobactérias – Nº de espécies


Diversidade

Algas e cianobactérias – Nº de indivíduos


Riqueza

* Considere que 1 gota de amostra contém 0,05 mL

CONCLUSÃO

Como a riqueza e a diversidade de espécies se


relacionam com a qualidade da água

Conclusão baseada na legislação

119
REFERÊNCIA
MANUAL de orientações. Curso Superior de Tecnologia em Saneamento
Ambiental (Modalidade EaD) Rachel Carson. My Lab. Curitiba:
Uninter, 2020.

120
INTERPRETAÇÃO
E CLASSIFICAÇÃO DE VEGETAÇÃO
POR SATÉLITE
DISCIPLINAS CONTEMPLADAS NA ATIVIDADE: ECOLOGIA, MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE

Exige preparação prévia X Sim Não

Tempo de preparação prévia Instalação de software

Tempo de observação pós preparação Imediato

Duração da realização dos experimentos 2 horas, aproximadamente

INTRODUÇÃO
O uso de tecnologias, cada vez mais presente em nossa vida,
torna o campo de interpretação e classificação de vegetação
via imagens captadas por satélite um forte aliado do biólogo no
desenvolvimento de atividades de manejo ambiental, de práticas
protecionistas e de levantamento florestal.

EXPERIMENTO 1
OBJETIVO GERAL
» Apresentar ferramentas de mapeamento e análise
da vegetação.

121
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
» Identificar estratos de vegetação.
» Classificar estágios sucessionais de vegetação.
» Identificar tipos de imagens e usos mais adequados para
cada tipo de mapeamento.
» Observar os tipos de vegetação por meio de imagens de
satélite e ortofotos.

MATERIAIS
» Softwares livres para mapeamento e observação – QGIS
e Google Earth
» Imagens de satélite
» Ortofotos

PROCEDIMENTOS
» Aula expositiva dialogada, combinada ao uso de Sistemas de
Informações Geográficas (SIG).

RESULTADOS E OBSERVAÇÕES
» Produção de mapas temáticos que contenham classificação
de estágios sucessionais de vegetação.

122
REFERÊNCIAS
FERREIRA, L. G.; FERREIRA, N. C.; FERREIRA, M. E. Sensoriamento remoto
da vegetação: evolução e estado-da-arte. Acta Scientiarum. Biological
Sciences, v. 30, n. 4, p. 379-390, nov. 2008.

GARCIA, M. C. P. A aplicação do Sistema de Informações Geográficas


em Estudos Ambientais. Curitiba: InterSaberes, 2014.

GUEDES, J. C. F.; SILVA, S. M. P. Sensoriamento remoto no estudo da


vegetação: princípios físicos, sensores e métodos. ACTA Geográfica,
Boa Vista, v.12, n. 29, p. 127-144, maio/ago. 2018.

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