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ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO PROFISSIONAL EUSÉBIO DE QUEIROZ

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DO CEARÁ - CREDE 1


CURSO TÉCNICO EM BIOTECNOLOGIA

Discente(s):
Francisco Arthur Souza de Abreu;
Ana Rívia Silva Rodrigues;
Maria Júlia de Souza Feitosa;
Gabrielle Ferreira Assunção;
Ana Laura Pio Façanha.

Docente:
Italo Gabriel da Silva Nobre.

RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA EM LABORATÓRIO:


SOLUBILIDADE DE PROTEÍNAS

Eusébio - Ceará
12 de maio, 2023
1. INTRODUÇÃO

Solubilidade das proteínas em meio aquoso deve-se, em grande parte, à distribuição das
cargas elétricas ao longo da molécula. Nesse sentido, se a interação proteína-proteína é grande e
a interação proteína - água é pequena, a proteína tenderá a ser insolúvel.

-Descrição geral (proteínas): As proteínas são as macromoléculas orgânicas mais abundantes


das células, fundamentais para a estrutura e função celular. Elas são encontradas em todos os
tipos de células e nos vírus. São formadas por aminoácidos que por sua vez são formados por
um grupo carboxila (- COOH) e um grupo amina (-NH2), que estão ligados a um átomo de
carbono, estando esse átomo de carbono ligado ainda um átomo de hidrogênio e um radical (R),
que varia de um aminoácido para outro que por fim estão ligados entre si e unidos através de
ligações peptídicas.

-Precipitação de proteínas: Uma das maneiras mais usuais de se promover a precipitação de


uma proteína é atingir seu ponto isoelétrico, isso porque esse “ponto isoelétrico” nada mais é do
que o pH no qual a carga neta da proteína é igual a zero, sendo que, geralmente nesse pH as
moléculas da proteína se agrupam e se precipitam, devido a que são afetadas as uniões
eletrostáticas que mantêm a estrutura terciária da proteína.

-Outros fatores de influência: Além do já citado, existem outros fatores que influem de
maneira importante nessa propriedade física das proteínas, como a ação de ácidos, bases, sais e
solventes orgânicos além da temperatura que assim como os outros atua como um agente que
pode ser utilizado para diminuir a solubilidade de uma proteína.

-Por que a precipitação ocorre: Como já descrito, a variação de pH, solventes orgânicos,
metais pesados e a temperatura influenciam na estrutura tridimensional das proteínas que por
sua vez desnaturam e acabam por precipitar, mas tudo isso somente ocorre devido a influência
desses agentes sobre as Interações Moleculares Fracas, responsáveis pela estrutura terciária das
proteínas que quando afetadas, mudam sua organização e levam ao processo de desnaturação.

*Interações Moleculares Fracas: São elas por ordem de força, as pontes de hidrogênio, as
interações dipolo-dipolo, as interações hidrofóbicas e as interações de Van der Walls.
2. OBJETIVO

2.1 OBJETIVO GERAL

Reconhecer as proteínas como moléculas eletricamente carregadas além de analisar


influência do pH sobre essas cargas e reconhecer os grupamentos responsáveis pela solubilidade
das proteínas em água afim de identificar os agentes que podem alterar essa solubilidade.

2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO

Aumentar o controle e entender melhor sobre o processo de pipetagem de substâncias e


absorver conhecimento sobre o descarte correto de soluções ao final dos experimentos realizados.

3. MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 MATERIAIS ULTILIZADOS

Foram utilizados os seguintes materiais para a realização da prática:

• Solução de proteínas - Solução de Clara (1 volume de clara + 4 volumes de NaCl 1%)


• Solução de NaCl
• Solução de Sulfato de cobre
• Solução de ácido clorídrico
• Etanol gelado
• Água destilada
• Pipeta graduada - 5mL
• Pipeta graduada - 2mL
• Tubos de ensaio (10u)
• Lamparina
• Proveta
• Pinça de madeira
• Estante para tubos de ensaio
3.2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Para a realização da prática foram realizadas 5 precipitações, usando diferentes agentes de


influência.

• a) Precipitação de proteínas por adição de sais neutros (efeito da força iônica)

Em um tubo de ensaio, colocar 2 mL da solução de proteínas, adicionar, deixando escorrer


pelas paredes do tubo, 2 mL da solução de NaCl, observar e por fim misturar o conteúdo do
tubo (por inversão).

• b) Precipitação por sais de metais pesados e por ácidos fortes

b.1) Precipitação por sais de metais pesados

Em um tubo de ensaio, colocar 1mL da solução de proteínas, adicionar 0,5 mL da solução de


sulfato de cobre, adicionar 5 mL de água destilada, observar e interpretar os resultados.

b.2) Precipitação por ácidos

Em um tubo de ensaio, colocar 1mL da solução de proteínas, adicionar 0,5 ml da solução de


ácido clorídrico, adicionar 5 mL de água destilada, observar e interpretar os resultados.

• c) Precipitação por ação do calor (desnaturação)

Colocar 5 mL da solução de proteínas em um tubo de ensaio, aquecer a parte inferior do tubo


na chama da lamparina com o auxílio da pinça de madeira, retirar o tubo da chama, observar.

• d) Precipitação das proteínas por solventes orgânicos

Tomar dois tubos de ensaio e colocar, em cada um, 2 mL da solução de proteínas, adicionar 4
mL de etanol gelado a cada tubo, agitar, adicionar 6 mL de água destilada e observar.
4. RESULTADOS E DISCURSÃO

Imagem referente ao resultado do experimento, que mostra os tubos de


ensaio com as proteínas já desnaturadas e precipitadas após a adição das soluções
anteriormente descritas:

Ao final do experimento houve sucesso quanto a tentativa da precipitação de


proteínas, tendo sido indicado pela turgidez e modificação nas cores da solução de proteínas, logo
tem-se que os resultados apresentados pelas misturas tidos como previsíveis diante dos fatos
couberam dentro das expectativas indo de acordo com o preconizado pelo aprendizado teórico,
mas agora reforçado pelo prático.

5. CONCLUSÃO

Uma vez finalizados os procedimentos, obteve-se os resultados requeridos quanto a


precipitação de proteínas e a solubilidade das mesmas além absorção facilitada pela prática sobre
o conhecimento do assunto proposto pela experiencia que como um bônus forneceu maior
entendimento dos envolvidos sobre o processo de pipetagem e aquecimento de vidraria.

Ao fim das ações houve o descarte das soluções de forma adequada, e a lavagem das
vidrarias utilizadas.
6. REFERÊNCIAS

https://www.biologianet.com
http://plone.ufpb.br/ldb/contents/documentos/caracteristicas-gerais-das-proteinas
Aula #4 - Proteínas: Reações de Caracterização e Precipitação

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