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Relatório Trabalho
Experimental 2 -
Reações Coradas de
Proteínas
Licenciatura em Engenharia Biomédica
Prof.ª Maria Galante Maia
Turma 2A
Índice
Sumário..................................................3
Palavras Chave........................................3
Introdução...............................................3
Parte Experimental..................................4
Material e equipamentos utilizados..........4
Reagentes
utilizados................................................7
Procedimento...........................................8
Resultados e Discussão...........................11
Conclusão..............................................15
Bibliografia...........................................17
Sumário
O segundo trabalho laboratorial realizado nas aulas práticas
desta unidade curricular consistiu na realização de três reações
diferentes: reação xantoproteica, reação de biureto e reação de
Folin-Lowry; com o objetivo de perceber qual das mesmas seria
a mais indicada para obtermos um pH da solução proteica mais
preciso.
Palavras chave
Proteína, reação xantoproteica, reação de biureto, reação de
Folin-Lowry, pH, reagentes
Introdução
A reação xantoproteica é característica de aminoácidos com um
anel aromático reativo, como a tirosina e o triptofano. A
introdução de grupos nitrato no anel aromático por meio do
ácido nítrico resulta na formação de substâncias com coloração.
O metodo do biureto é utilizado na quantificação de proteínas
totais. Neste procedimento, os ioes de cobre em ambiente
alcalino interagem com as ligações peptídicas, gerando uma
coloração púrpura. Essa coloração atinge a sua máxima
absorbância a 545 nm e, sob determinadas condições, é
diretamente proporcional à concentração de proteínas na
amostra. A maioria das proteínas mantém a sua atividade
biológica apenas numa faixa específica de valores de pH, e a sua
solubilidade varia dentro dessa faixa. Quando as proteínas são
expostas a extremos de pH, ocorre a desnaturação das mesmas,
sendo que o efeito mais notório é a perda de solubilidade na
maioria delas.
Em meios alcalinos, os íoes Cu2+ formam complexos com as
ligações peptídicas, resultando na redução desses íoes para Cu+.
O Cu+ e os grupos funcionais dos aminoácidos tirosina,
triptofano e cisteína reagem com o reagente Folin-Ciocalteau,
gerando a formação de um composto colorido (azul).
Parte
Experimental
Material e equipamentos utilizados
Placa de
Gobelé
aquecimento
Agitador de
Garfo
partículas
Pinça de
Hotte
madeira
Parte
Experimental
Material e equipamentos utilizados
I. Reação Xantoproteica
Retiramos 2 mL da solução de proteína para 1 tubo de ensaio e
adicionamos 0,5 mL de HNO3 concentrado (na hotte).
Repetimos o procedimento substituindo a solução de proteína
por 2 mL de água.
Aquecemos num banho de areia durante 2 min e observamos a
cor. Arrefecemos o tubo com água na torneira e alcalinizamos a
solução com 1mL de uma solução de NaOH a 10%.
Registamos a cor observada.
Parte
Experimental
Procedimento
1. Reação Xantoproteica
A reação xantoproteica tem como objetivo determinar a
presença ou ausência de aminoácidos específicos (com anel
aromático reativo, por exemplo a tirosina ou triptofano),
através do contacto da solução proteica com o ácido nítrico.
A adição de ácido nítrico concentrado causa a quebra das
interações entre os átomos na proteína, levando a uma
alteração na sua estrutura tridimensional. Isso resulta na
diminuição da solubilidade da proteína e, finalmente, na
desnaturação da mesma. O precipitado formado durante esse
processo gera nitroproteínas, que assumem uma tonalidade
laranja quando alcalinizadas com NaOH. Portanto, ao
adicionar mais NaOH 10% à solução, espera-se que a coloração
se torne ainda mais vibrante, variando de amarelo a laranja.
Isso ocorre devido à formação de compostos de nitrofenol, que
são responsáveis pela coloração observada.
Após a adição de 0,5 mL de ácido nítrico concentrado (HNO3)
aos dois tubos de ensaio com as soluções iniciais, observaram-
se algumas diferenças em relação às substâncias iniciais. (a
adição do ácido nítrico foi realizada na hotte).
Resultados e
Discussão
1. Reação Xantoproteica (continuação)
No entanto, após o aquecimento de ambas as substâncias num
banho de areia durante 2 minutos, foi quando se observou a
maior diferença entre a solução inicial (solução de proteína
ficou com uma cor amarelada; solução “branco” não alterou a
cor).
Por fim, após a alcalinização das soluções com hidróxido de
sódio (NaOH), a solução de proteína voltou a alterar de cor,
passando de uma cor amarelada para um alaranjado, ficando
cada vez mais laranja com o aumento da alcalinização. A
solução de controlo/ “branco” permaneceu-se inalterável.
2. Reação de biureto
A reação de biureto deve-se às ligações peptídicas sendo
positiva para peptídeos e proteínas, com mais de dois
aminoácidos (proteínas totais). A coloração lilás será mais
intensa dependendo do número de ligações peptídicas.
Resultados e
Discussão
2. Reação de biureto (continuação)
Foi possível verificar as diferenças nas soluções de proteína
e de controlo após a adição de 10 gotas de solução de
biureto.
Após o aquecimento de ambas as soluções, utilizado apenas
para acelerar as reações, observou-se uma alteração de cor
na solução proteica para uma cor púrpura.
3. Efeito do pH na solubilidade
O método em questão, permite estudar o comportamento das
proteínas em contacto com ácido sulfúrico.
Após a adição do ácido sulfúrico (hotte), verificou-se a
formação de um precipitado esbranquiçado.
Resultados e
Discussão
4. Reação de Folin-Lowry
Como verificámos nas outras reações já mencionadas, a solução
“branco” voltou a não sofrer qualquer alteração e a solução
proteica voltou a alterar a sua cor, desta vez para uma cor
azul escuro, após a adição do reagente de Lowry.
Constatamos que este método é o mais sensível, uma vez que,
com uma mesma concentração da solução proteica, a
modificação obtida foi mais evidente do que os métodos
anteriormente descritos.
Através deste método é possível quantificar as proteínas. a
partir da medição espectrofotometrica em 750nm da cor azul
obtida, já que esta é proporcional ao teor de proteínas. Apesar
dessa medição não ter sido realizada, a solução aparenta
apresentar uma alta percentagem de proteínas devido à
intensa cor azul que se observou após a adição do reagente.
Conclusão
O trabalho experimental apresentado, “Reações de Proteínas”,
apresentava como principal objetivo aprofundar métodos de
identificação de proteínas bem como o respetivo pH. Através da
aplicação e análise de reações, foi possível identificar a presença
de proteínas numa solução de clara de ovo e o seu pH. A solução
de controlo utilizada para cada reação consistia numa solução de
água desionizada.
A reação xantoproteica identifica a presença de aminoácidos
de cadeia lateral aromática pelo que se observou a formação de
um precipitado amarelo-claro. A precipitação ocorreu devido à
desnaturação causada pela quebra das interações entre os
átomos na estrutura das proteínas, o que diminuiu a sua
solubilidade, seguida do desenvolvimento da coloração amarela.
A reação consiste na nitração do anel aromático, formando
assim o nitrocomposto amarelo, o qual após a adição de base
NaOH, se transforma em sais de coloração alaranjada,
comprovando assim a presença de aminoácidos.
A reação de biureto resulta na formação de um complexo entre
o ião cobre II, Cu²+, e as proteínas ou peptídeos com mais de
dois aminoácidos. Nesta reação, o sulfato de cobre diluído em
meio alcalino (reagente de biureto) apresenta coloração azul-
claro e, ao reagir com as ligações peptídicas, forma produto de
coloração violeta, o que caracteriza a formação do complexo de
coordenação entre o cobre e os átomos de nitrogénio das ligações
peptídicas adjacentes. Assim, conclui-se que a solução proteica
dá resultado positivo ao apresentar coloração violeta devido à
formação do complexo com o cobre, ao contrário da água, que
serve de branco, pois mostra apenas a coloração do reativo de
biureto que é azul-claro.
Conclusão
(continuação)