Proteínas são macromoléculas naturais com uma ou mais cadeias
polipepetídicas, isto é, são polímeros de α-aminoácidos de configuração L. Constituem 50% ou mais de matéria seca celular, sendo fundamentais tanto ao aspecto estrutural como funcional. As proteínas podem ser separadas uma das outras e de outros tipos de moléculas através de métodos, que se baseiam em certas propriedades características, tais como solubilidade, massa molar, carga elétrica e afinidade por certos compostos. As proteínas podem ser também caracterizadas por reações de precipitação e coloração. Em condições fisiológicas, todas as moléculas de uma mesma proteína apresentam a mesma conformação, que é denominada nativa. Ao preceder-se o isolamento e purificação de uma proteína, são introduzidas alterações físicas e químicas no seu meio ambiente que podem afetar sua estrutura espacial e ocasionar a perda da função biológica. A proteína é dita então desnaturada. Vários fatores podem conduzir, à desnaturação, entre eles, o aquecimento, valores de pH muitos baixos ou altos, solventes orgânicos polares e compostos com grande capacidade para formar pontes de hidrogênio.
Objetivo
Evidenciar as diversas reações, que permitem identificar alguns grupos R dos
resíduos dos aminoácidos componentes das proteínas, assim como reações de identificação de proteínas com reativo específico para caracterização das mesmas. Destacar a desnaturação protéica por diversos tipos de situações desnaturantes.
Procedimento
1. Desnaturação da proteína
Amostra da clara de ovo: separe a clara de um ovo a adicione água destilada na
proporção de 3/1.
- Ação do calor: Adicionar 3,0 mL da solução da clara de ovo em quatro tubos de
ensaio. Aquecer direto no bico de Bunsen por alguns minutos. Tente solubilizar o precipitado em solventes comuns: água, álcool etílico, acetona (em torno de 2,0mL cada). Conclua.
- Ação de ácidos: Adicionar 3,0 mL da solução da clara de ovo em tubo de ensaio e
adicionar, gota a gota, ácido clorídrico 10% ou ácido acético 10%.
- Ação de solventes orgânicos: Prepare 2 tubos de ensaio com 1,0 mL da solução da
clara de ovo, a cada tubo e adicione os seguintes solventes: Tubo 1: 1,0 mL de álcool etílico Tubo 2: 1,0 mL de acetona
Agite os tubos vigorosamente. Observe e conclua.
2. Solubilidade a diferentes pH´s
Colocar 2 mL da solução da clara de ovo em cada tubo de ensaio, adicionar 2
mL da solução a pH 2,0 para o tubo 1; 2 mL da solução a pH 4,0 para o tubo 2; 2 mL da solução a pH 7,0 para o tubo 3; 2 mL da solução a pH 10,0 para o tubo 4.
3. Reação Xantoproteica: Pesquisa de tirosina e triptófano
Adicionar 3 mL da solução de clara de ovo em um tubo de ensaio, adicionar 1
mL da solução de ácido nítrico (HNO3) 20% ou concentrado. Aquecer em bico de Bunsen por alguns segundos. Observe a formação de um precipitado amarelo. Acrescente 0,5 mL de hidróxido de amônio (NH4OH) 2M ou hidróxido de sódio (NaOH) 2M e observe a formação de coloração laranja.
4. Pesquisa do triptófano
Em um tubo de ensaio, coloque 2,0 mL de ácido acético glacial e 2 mL de
solução de clara de ovo. Agite, adicione 5,0 mL de ácido sulfúrico (H2SO4) concentrado (CUIDADO), escorrendo pelas paredes e agite levemente ao adicionar o ácido. O aparecimento de cor violeta na interface dos líquidos indica a presença de triptófano.
5. Reação do biureto das proteínas
Colocar 3,0 mL da solução de clara de ovo em um tubo de ensaio e adicione 5
gotas da solução de sulfato cúprico 5%, surge um precipitado. Adicione uma solução de NaOH 10%, gota a gota, até dissolução deste precipitado. O aparecimento da coloração violeta indica a formação do complexo biureto-cobre.
Pesquisar, para os aminoácidos, as reações envolvidas nas análises acima.