Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
EQUILÍBRIO QUÍMICO
PRESIDENTE PRUDENTE - SP
15/12/2022
LÍVIA GONZALEZ BRUNETTI
MARIA CLARA COSTA GOUVEIA
EQUILÍBRIO QUÍMICO
1. INTRODUÇÃO
O equilíbrio químico é uma propriedade que estuda a reversibilidade das reações
químicas, podendo ter duas direções. Quando ocorre uma reação química direta, tem-se os
reagentes sendo consumidos e se formando em produtos, já na reação inversa os produtos
estão novamente se formando em reagentes.[1]
Aa(g) + bB(g) ⇋ cC(g) + dD(g)
Reação geral do equilíbrio químico.
Essa propriedade pode ser chamada de equilíbrio dinâmico, pois quando uma reação
atinge o seu equilíbrio químico, nas reações diretas e inversas, os reagentes e produtos
continuam sendo consumidos e restaurados em uma mesma velocidade, possibilitando que a o
á mistura continue constante, segunda a termodinâmica, quando o equilíbrio químico é
alcançado, não há mais a possibilidade de formação de mais produtos ou reagentes.[1]
Os equilíbrios químicos podem ser equilíbrios homogêneos ou heterogêneos, sendo,
respectivamente , o primeiro um equilíbrio onde há reagentes e produtos na mesma fase, já o
segundo possui reagentes e produtos em mais de uma fase. O equilíbrio químico em geral
responde a variações de temperatura, pressão e adição de reagentes, podendo, dependendo da
concentração, alterar a composição.[2]
Quando há uma perturbação no equilíbrio da mistura, os componentes nela presente
tendem a se ajustar para minimizar a desordem estabelecida no sistema, esta regra é conhecida
como princípio de Le Chatelier, que procura compreender como as reações respondem em
casos atípicos, como por exemplo, quando se comprime um sistema, o equilíbrio tende a se
deslocar a redução do número de moléculas na fase gasosa, para neutralizar a o efeito de
compressão. O princípio de Le Chatelier afirma que há três fatores que podem influenciar
nessas alterações, como temperatura, pressão e concentração.[2]
O efeito da temperatura desencadeia um deslocamento para o sentido dos reagentes
para quando há um aumento da temperatura em reações exotérmicas, já para as equações
endotérmicas, o equilíbrio tende a se deslocar para o sentido dos produtos.[3]
O mesmo ocorre quando se aumenta uma concentração de um ou de todos os
reagentes, a reação irá se deslocar para o sentido direto, para que haja a formação de mais
produtos para neutralizar o sistema, o contrário, quando aumenta o concentração dos
produtos, o sistema tende a deslocar para o sentido inverso.[3]
Para a pressão, quando há um aumento, o equilíbrio irá se deslocar para o menor
sentido de volume, para a diminuição da pressão, o equilíbrio se deslocará para a reação com
maior volume, ou seja, de quantidade de matéria em mol.[3]
3
reações precisam de condições específicas para que ocorra o processo, onde os produtos
reagentes, para indicar que uma reação é reversível, o símbolo (⇋) é utilizado.[4]
Na análise química, se encontra o processo de solubilidade, e junto o “ produto de
solubilidade” uma constante de equilíbrio onde o sólido de dissolve, liberando os íons
constituintes em solução, resultando assim, em uma omissão da concentração do sólido.[3]
2. OBJETIVOS
Esta prática tem como objetivo a comprovação do equilíbrio químico e seu
deslocamento em função da concentração. Os experimentos foram baseados no princípio de
Le Chatelier, entre formação e reversibilidade de precipitação, equilíbrio ácido e base e efeito
do íon comum.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 Reagentes
- Tiocianato de potássio (KSCN) 0,002 mol/L;
- Nitrato de ferro III (Fe(NO3)3);
- Fosfato de sódio dibásico anidro (Na2HPO4);
- Dicromato de potássio (K2Cr2O7) 0,01 mol/L;
- Ácido clorídrico (HCl) 0,1 mol/L;
- Ácido clorídrico (HCl) 6,0 mol/L;
- Hidróxido de sódio (NaOH) 0,1 mol/L;
- Hidróxido de sódio (NaOH) 4,0 mol/L;
- Fenolftaleína;
- Cloreto de amônia (NH4Cl) 2,0 mol/L;
- Cloreto de amônia ( NH4OH) 3,0 mol/L;
- Cloreto de chumbo (PbCl₂);
- Brometo de potássio (KBr)1,0 mol/L;
- Nitrato de magnésio Mg(NO3)2 0,5 mol/L;
- Carbonato de sódio (Na₂CO₃) 1,5 mol/L;
- Nitrato de cálcio (Ca(NO₃)₂) 0,2 mol/L;
4
3.2 Materiais
- Tubos de ensaio (20);
- Proveta de 10 mL (1);
- Béqueres de 100 mL (2);
- Pipeta de Pasteur (2);
- Bastão de vidro (1);
- Papel de tornassol vermelho;
- Papel de tornassol azul;
3.3 Procedimento
3.4 FLUXOGRAMAS
3.4.1 Equilíbrio ferro (III) Tiocianato
7
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Para essa primeira parte da prática sobre o equilíbrio Ferro(III)-Tiocianato, as soluções
de KSCN a 0,002 mol/L e a de Fe(NO3)3.9H2O 0,2 mol/L acidificado já estavam preparadas.
Em um béquer foi adicionado 25 mL dessa solução de KSCN 0,002 mol/L junto com mais 25
mL de água destilada, os íons K+ e SCN- foram dissociados em água. Nesse mesmo béquer
misturou-se 4 gotas de Fe(NO3)3.9H2O e também se dissociou em Fe3+ + 3NO3-. Os principais
íons presentes nessa equação são o Fe3+ e o SCN- que formam o tiocianato de ferro III
(Fe(SCN)3) que é um sal solúvel de coloração vermelha característica devido ao SCN. Essa
reação está representada na seguinte equação:
1 Fe3+ (aq) + 3 SCN- ⇌ Fe(SCN)3 (aq)
A solução preparada foi dividida em 4 tubos de ensaio, o primeiro foi utilizado como
referência, o segundo tubo adicionou-se alguns cristais de KSCN e mudou sua coloração para
vermelho vinho como mostra na Figura 1.
Figura 1 - Tubo de ensaio 2
10
Foi adicionado ao quarto tubo de ensaio alguns cristais de Na2HPO4, um sal solúvel
onde o íon HPO42- reage com o ferro formando Fe2(HPO4)3. O ferro consumido causa uma
perturbação no sistema onde o equilíbrio se desloca para a esquerda para formação de mais
reagentes e ao perder os íons de Fe3+, a solução perdeu sua coloração ficando como mostra a
figura 3 a seguir:
Figura 3- Tubo de ensaio 4
3,0 mL de uma solução ácida de ácido clorídrico ~ 0,1 mol/L e não houve mudanças e ao
terceiro tubo foi adicionado 3,0 mL de solução básica de NaOH ~ 0,1 mol/L e mudou a cor
para verde. A figura 4 abaixo ilustra como foi o resultado dos testes do tubo 1, 2 e 3
respectivamente:
Figura 4- Resultado dos testes da parte II
A equação [1] e a equação [2] possuem o NH4+ como um íon comum, isso faz com que
o equilíbrio desloca-se para a esquerda, diminuindo a quantidade de OH- da equação [3].
Diminuindo a quantidade de OH- altera a quantidade de H+ que define o pH.
As quantidades e volumes de reagentes utilizados durante a prática serão
demonstrados na tabela a seguir e os cálculos realizados logo abaixo.
Tabela 1 - NOME DA TABELA
Cálculos:
TUBO 1
Volume total adicionado ao tubo de ensaio 1:
V = 0,05 mL de NH4OH
V = 10,00 mL de H2O
V = 0,05 mL de fenolftaléina
V = 5,00 mL de NH4Cl______
Vfinal = 15,10 mL
No primeiro tubo, foi adicionado apenas uma gota de NH4OH 3,0 mol/L que foi
dissociada em água como mostra a seguinte equação:
1 NH4OH (aq) ⇋ 1 NH4+(aq) + 1 OH-(aq) Kb = 1,8x10-5
Para encontrar o pH da solução, os cálculos foram divididos em 5 etapas. Foi
necessário calcular, através da fórmula de diluição, as concentrações finais e iniciais de
NH4OH.
1ª etapa: Calcular concentração final do NH4OH
Cf x Vf = Ci x Vi
14
[NH4OH]f = [NH4OH]i x Vi
Vf
2ª etapa: Calcular a concentração dos íons amônio NH4+ (proveniente do NH4Cl 2,0
mol/L)
[NH4+]f = [NH4+]i x Vi
Vf
[NH4+]f = 2,0 x 5,0
15,1
[NH4+]f = 6,62x10-1 mol/L
5ª etapa: Calcular o pH
15
pH = -log [H+]
pH = -log [3,68x10-8]
pH = 7,43
Essas 5 etapas foram feitas para o restante dos tubos de ensaio e os resultados obtidos
foram demonstrados na tabela abaixo.
Tabela 2 - Valores obtidos a partir dos cálculos
Ao adicionar 1,0 mL de cloreto de sódio a 1,0 mol/L no tubo de ensaio que já tinha 3,0
mL de PbCl2, temos um volume final de 4 mL, sabendo isso é possível calcular, através da
fórmula de diluição, a concentração final (1) dos mesmos íons de chumbo e cloreto.
(1) [Pb2+]f = [Pb2+]i x Vi
Vf
[Pb2+]f = 0,016 x 3,0
4,0
[Pb2+]f = 0,012 mol/L
Como foi adicionado o NaCl 1 mol/L, que possui um íon comum com o PbCl2, o
equilíbrio da reação se desloca para a esquerda para produzir mais reagentes que irão reagir
com o produto adicionado em excesso. Calculou-se agora, as concentrações finais (2) dos íons
chumbo e cloreto depois da adição do íon comum utilizando a fórmula de diluição.
(2) [Cl-]f = [Cl-]i x Vi
Vf
[Cl-]f = 1,0 x 1,0
4,0
[Cl-]f = 0,25 mol/L
Ao colocar o íon comum (Cl-) a reação se desloca para esquerda produzindo mais
reagentes para diminuir a perturbação e voltar para o equilíbrio. Quando a reação está fora do
equilíbrio, e ele ainda não foi atingido, o Kps tem outro nome, o Qps, o qual é a concentração
que calculamos.
Kps = concentrações em equilíbrio
Qps = concentrações não está em equilíbrio
Para descobrirmos se haverá precipitação ou não, basta comparar o Qps com o Kps.
Caso:
Qps > Kps → haverá precipitado
Parte IV.2
Em um tubo de ensaio foi adicionado 5 ml de água destilada, 0,5 mL de solução de
nitrato de magnésio (Mg(NO3)2 a 0,5 mL e 0,15 mL de solução de hidróxido de sódio (NaOH)
a 4,0 mol/L, obtendo um volume final de 5,65 mL. A reação ficou turva, houve precipitado e
o papel tornassol vermelho mudou para a cor azul, indicando basicidade da solução. As
equações das reações ficam da seguinte forma:
Mg(NO3)2 (aq) → Mg2+(aq) + 2 NO3-(aq)
Ao adicionar 0,15 mL e uma solução 6,0 mol/L de HCl como mostra a reação abaixo,
a solução voltou a ser incolor, o precipitado solubilizou devido a formação do Cloreto de
Magnésio e o papel tornassol azul, passou para vermelho, indicando que a solução ficou
ácida.
Mg(OH)2 (s) + HCl(aq) → Mg2+(aq) + 2 Cl-(aq) + 2 H2O(l)
Utilizando dois tubos de ensaio, foram adicionados 0,5 mL de Mg(NO3)2 a 0,5 mol/L.
Em um dos tubos, foi adicionado 1 mL da solução 4,0 mol/L da solução de NH4Cl, e ao outro
tubo adicionou 1 mL de água destilada, adicionou-se a seguir, a cada um dos tubos, 0,1 mL de
solução 6,0 mol/L de NH4OH. O Tubo contendo água destilada ficou turvo, indicando um
leve precipitado e o tubo com NH4Cl continuou translúcido.
Equações das reações dessa etapa do procedimento:
(1) Mg(NO3)2 (s) → Mg2+(aq) + 2 NO3-(aq) [0,5] mol/L
[OH-] = ?
Kb = [NH4+] x [OH-]
1,8x10-5 = X . X
X2 = 1,8x10-5
X = 0,0042 [OH-] = 0,0042 mol/L
Parte IV.3 foi colocado em dois tubos de ensaio 3 mL de água destilada e 3 gotas de
solução 1,5 mol/L de carbonato de sódio. Em um dos tubos, foram colocadas também 5 gotas
de HCl 6,0 mol/L e não foi possível observar precipitados. Posteriormente, adicionou-se 5
gotas de solução 0,2 mol/L de nitrato de cálcio em cada tubo de ensaio.
Na2CO3 (s) → 2 Na+(aq) + CO32-(aq)
6. BIBLIOGRAFIA
[3] HARRIS, Daniel C. Análise Química Quantitativa, 9ª edição. Grupo GEN, 2017. E-book.
ISBN 9788521634522. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788521634522/.