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Universidade de são Paulo

Escola de Artes, Ciências e Humanidades.


Licenciatura em Ciências da Natureza

Linguagem e Reações Químicas 2

Relatório Experimental apresentado à


Professora Doutora Fernanda Marques
da Cunha, que ministra a disciplina
Linguagem Química e Reações
Químicas 2 na Escola de Artes,
Ciências e Humanidades da
Universidade de São Paulo.

São Paulo
2

Outubro de 2011

Universidade de São Paulo


Escola de Artes, Ciências e Humanidades.
Licenciatura em Ciências da Natureza

Relatório Experimental 2
Tema: Equilíbrio Químico.
Data da realização: 30 de setembro de 2011

Docente: Professora Doutora Fernanda Marques da Cunha

Discentes:
José Augusto Cipriano Guedes (Nº USP 7133255)
Regivaldo Santos Silva Filho (Nº USP 7234438)
Renata Fernandes Rodrigues (Nº USP 7133391)

Período: Matutino

São Paulo
Outubro de 2011
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Sumário

1. INTRODUÇÃO TEÓRICA.........................................................................................4

2. OBJETIVO................................................................................................................5

3. MATERIAIS E PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS...........................................5

3.1. Parte 1: Equilíbrio ácido e básico...............................................................5

3.2. Parte 2: Equilíbrio e solubilidade................................................................5

3.3. Parte 3: Fatores que afetam o equilíbrio....................................................6

4. DISCUSSÃO E RESULTADOS................................................................................7

4.1. Parte 1: Equilíbrio ácido e básico...............................................................7

4.2. Parte 2: Equilíbrio e solubilidade................................................................8

4.3. Parte 3: Fatores que afetam o equilíbrio....................................................9

5. CONCLUSÕES.......................................................................................................11

6. Referências Bibliográficas.......................................................................................12
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1. Introdução Teórica

Muitas vezes quando se observa uma reação em um sistema se costuma


falar que este sistema entrou em equilíbrio químico quando macroscopicamente não
é possível mais perceber alguma alteração, sendo assim, percebe se que o
equilíbrio químico envolve reações que ocorrem através das interações de
componentes presentes em um determinado sistema. Em 1803 o químico francês
Claude Louis Berthollet foi um dos primeiros a estudar o equilíbrio químico.
Para que um sistema esteja em equilíbrio, ele deve possuir velocidades de
interações que sejam constantes entre os componentes ao longo do tempo, de
forma que as reações sejam proporcionais, o que faz com que não ocorra uma
alteração na concentração dos componentes, ou seja, em um equilíbrio químico
dinâmico as reações devem ocorrer entre os reagentes para formar produtos e entre
os produtos para formar reagentes simultaneamente.
Sabendo que um sistema está sujeito a perturbações, como alteração na
concentração dos componentes, mudanças na temperatura ou no volume e
pressão ou ainda a adição de um catalisador, e que como todas essas mudanças
de certa forma acabam afetando as reações do sistema, entende se que elas
também acabam afetando as condições de equilíbrio químico, esse fato é indicado
no princípio de Le Chatelier, que foi químico industrial francês, enunciou o seguinte
princípio: “Se um sistema em equilíbrio é perturbado por uma variação de
temperatura, pressão ou concentração de seus reagentes, o sistema reagirá de
forma contrária à perturbação, tentando amenizá-la o máximo possível”.
A importância do equilíbrio químico se desenvolve em permitir que os
componentes de um sistema se modelem para manter uma proporção segundo as
condições a que esse sistema se insere, o que possibilita a interpretação de
diversos fenômenos, como a produção de hemoglobina a partir do teor de O 2.
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2. Objetivo

Entender o conceito e os fatores que envolvem o equilíbrio químico através


de análise de reações que envolvem esse processo.

3. Materiais e Procedimentos Experimentais

3.1. Parte 1: Equilíbrio ácido e básico

3.1.1. Força dos ácidos


Em dois tubos distintos foram colocadas algumas gotas de Ácido Clorídrico
(HCl) e de Ácido Acético (CH 3COOH) ambos em solução de 0,1 M, e em cada um
dos tubos com solução colocou-se um papel indicador universal, após um tempo
observou-se a coloração obtida e se comparou com a escala padrão.

3.1.2. pH de diferentes soluções


Foram colocadas em tubos de ensaio pequenas quantidades de três soluções
0,1 M de Cloreto de Sódio (NaCl), 0,1 M de Bicarbonato de Sódio (NaHCO 3) e 0,1 M
de Cloreto de Amônio (NH4Cl), sendo que cada um dos três tubos tinha somente
uma das soluções. A partir disso foi colocado em todos os tubos um papel do
indicador universal.

3.2. Parte 2: Equilíbrio e solubilidade.

3.2.1. Precipitação
Em um tubo de ensaio foram colocado através de um pipeta
aproximadamente 3 mL de solução 0,1 M de Acetato de Chumbo (Pb(C2H3O2)2),
após se adicionou gota a gota, agitando sempre, solução 0,1 M de Iodeto de
Potássio (KI).
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Após aquecemos o tubo de ensaio no banho-maria e deixamos esfriar


lentamente, feito isso, agitamos o tubo.

3.2.2. Precipitação Fracionada


Num tubo de ensaio utilizando um pipeta foram colocados cerca de 2 mL de
água destilada e foram adicionadas 10 gotas de solução 0,1 M de Dicromato de
Potássio (K2Cr2O7) e algumas gotas de solução 0,1 M de Nitrato de Prata (AgNO3).
Ao adicionarmos, o Nitrato de Prata (AgNO3) tomamos cuidado para evitar o contato
deste com a pele.
Após observar a cor do precipitado formado, adicionou-se no mesmo tubo, 2
gotas de solução 0,1 M de Cloreto de Sódio (NaCl). Depois que observamos a cor
do novo precipitado formado, foi adicionado gota a gota com uma agitação vagarosa
uma solução de Nitrato de Prata (AgNO 3) até que ocorresse uma mudança
permanente de cor.

3.3. Parte 3: Fatores que afetam o equilíbrio

3.3.1. Efeito da pressão (demonstrativo)


Em um erlenmeyer quando se adicionou lentamente ácido nítrico ao cobre
metálico se obteve o gás óxido de nitrogênio (NO 2), após isso, com uma seringa
pequena capturamos esse gás que foi transferido para dois balões volumétricos de
50 mL que foram reservados para a próxima experiência.
Novamente com uma seringa capturamos o gás NO 2 e vedamos esta seringa
com o gás NO2 no interior, e após se pressionou e afrouxou a seringa, para obervar
a coloração do gás NO2 apresentada.

3.3.2. Efeito da temperatura


Pegamos os dois balões volumétricos contendo o NO 2 e se colocou um em
um béquer com água quente e o outro em um béquer com água gelada, esperamos
os dois sistemas entrar em equilíbrio para observar as cores adquiridas pelo gás
NO2.
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3.3.3. Efeito da concentração


Em dois tubos de ensaio foram colocadas em cada um 2 gotas de solução 1M
Cloreto de Cobalto (CoCl2) e em um dos tubos adicionou se um pouco mais de água
destilada.
No outro tubo em que não foi adicionada a água se colocou cerca de 1 mL de
Ácido Clorídrico (HCl) concentrado, após dividiu-se em dois tubos de ensaio, e em
um destes dois tubos foi colocado um pouco de água destilada e depois agitou-se o
tubo.

3.3.4. Efeito do pH sobre a espécie química em solução


Em um tubo de ensaio transferiu-se aproximadamente 1 mL de solução
contendo Cu2+ após foram adicionadas gotas de solução 0,1 M de NH 4OH.
Em seguida o tubo foi levado para a capela onde se adicionou lentamente
gota a gota de Hidróxido de Amônio (NH 4OH) concentrado, depois se adicionou a
este tubo solução de 0,1M de Ácido Clorídrico (HCl).

4. Discussão e Resultados

4.1. Parte 1: Equilíbrio ácido e básico

4.1.1. Força dos ácidos


A coloração do papel indicador universal obtido com esse experimento
quando mergulhado no tubo de ensaio contendo 10 gotas de Ácido Clorídrico (HCl)
e comparando-as com as cores da escala padrão contida no verso da embalagem
do papel indicador universal mostrou que o Ácido Clorídrico (HCl) possui pH = 1,
sendo assim um ácido forte porque possui a concentração de H + igual a 10-1 que é
considerada uma concentração alta, enquanto o outro tubo de ensaio contendo 10
gotas de Ácido Acético (CH 3COOH) segundo o papel indicador universal possui pH =
3 é um ácido fraco, pois possui baixa concentração de H +, que equivale a 10-3.

4.1.2. pH de diferentes soluções


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A partir da medição do pH a partir do papel do indicador universal foram


obtidas as seguintes medidas segundo as soluções que os tubos apresentavam:

Solução (0,1 M) pH Tipo de Solução


Cloreto de Sódio (NaCl) 7 Neutra
Bicarbonato de Sódio (NaHCO3) 9 Básica
Cloreto de Amônio (NH4Cl) 6,5 Levemente ácida

Como as soluções citadas acima são soluções salinas podem originar


soluções ácidas ou básicas dependendo da concentração dos cátions ou ânions
dissociados a partir do sal que constituía inicialmente a solução.
Quando a solução salina for neutra, no caso da solução do Cloreto de Sódio,
indica que ao se dissociar o sal permite que a concentração de H + (cátion) e OH-
(ânion) são iguais a 10-7.
Quando a solução salina for básica, como exemplo se tem a solução de
Bicarbonato de Sódio, indica que ao se dissociar o sal faz com que a concentração
de H+ (cátion) no caso é 10-9 seja menor que a concentração de OH- (ânion) que no
caso é 10-5.
Quando a solução salina for ácida, como a solução de Cloreto de Amônio que
é levemente ácida, indica que ao se dissociar o sal faz com que a concentração de
H+ (cátion) no caso é 10-6.5 seja maior que a concentração de OH-(ânion) que no caso
é 10-7,5.

4.2. Parte 2: Equilíbrio e solubilidade.

4.2.1. Precipitação
Quando adicionado gota a gota de Iodeto de Potássio (KI), totalizando 5 gotas
à solução de Acetato de Chumbo (Pb(C2H3O2)2) contida no tubo de ensaio,
imediatamente a solução ficou com uma coloração amarelada formou pequena
quantidade de precipitado amarelo e durante o aquecimento no banho-maria a
solução formou mais precipitado amarelado. Com o passar do tempo e a solução já
fria observou se que o precipitado adquiriu uma coloração amarela esbranquiçada.
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Quando se adiciona gota a gota de Iodeto de Potássio (KI) ao acetato de


chumbo (Pb(C2H3O2)2) ocorre uma reação entre os dois através da permutação entre
os cátions que acaba formando o Iodeto de Chumbo que é o precipitado amarelo ao
se aquecer e resfriar o sistema ocorre a formação de acetato de potássio que tem
uma coloração branca, o que favorece ao precipitado total a coloração amarelo
esbranquiçada.

4.2.2. Precipitação Fracionada


Quando adicionado 7 gotas de Nitrato de Prata (AgNO3) à solução contida no
tudo de ensaio composta por 2 ml de água e 10 gotas de Dicromato de Potássio
(K2Cr2O7) o precipitado ficou com uma coloração marrom.

2AgNO3(aq) + K2CrO4(aq) Ag2Cr2O4(s) + 2KNO3(aq)

Em seguida adicionamos no mesmo tudo de ensaio 2 gotas de Cloreto de


Sódio (NaCl) e o precipitado ficou com uma coloração amarela.

Ag2CrO4(s) + 2KnO3(aq) + 2NaCl(aq) 2AgCl(s) + 2NaNO3(aq) + 2KCrO4(aq)

Feito isso, adicionamos gota a gota de solução de Nitrato de Prata (AgNO 3) à


solução que estava no tubo e a cor ficou novamente marrom com precipitados de
cores branca e marrom, ou seja, voltou se aos reagentes Nitrato de Prata (AgNO3) e
Dicromato de Potássio (K2Cr2O7) que se tinha inicialmente.

2AgCl(s) + 2NaNO3(aq) + 2KCrO4(aq) + 2AgNO3(aq) 2NaCl(s) + 4AgNO3(aq) + K2CrO4(aq).

4.3. Parte 3: Fatores que afetam o equilíbrio

4.3.1. Efeito da pressão (demonstrativo)


Com o gás Dióxido de Nitrogênio (NO2) preparado foi capturado com uma
seringa tendo sua coloração castanha e ao ser submetido a uma pressão maior
(pressionando a seringa) sua coloração mudou de tonalidade ficando castanho
escuro. Isso ocorre devido o aumento da pressão e diminuição do volume, pois o
equilíbrio do sistema foi alterado, então o mesmo se deslocou no sentido de reduzir
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a quantidade de matéria de gás, (como o gás tinha a coloração castanha a pressão


faz com que a cor fique mais escura, sendo fácil observar que seu volume foi
reduzido).

4.3.2. Efeito da temperatura


Com o gás Dióxido de Nitrogênio (NO 2) dentro dos dois balões volumétricos,
colocados um em um béquer com água quente e o outro em outro béquer com água
gelada, observou-se que com ambos os sistemas entrando em equilíbrio tem
alteração em suas colorações. O primeiro fica com a tonalidade castanha escura,
por ser uma reação endotérmica o equilíbrio tende a formar mais produto (NO 2) que
é um gás mais escuro.
Enquanto o segundo com a tonalidade castanha mais clara, nesse caso a
reação é exotérmica e o equilíbrio tende a formar “reagente” (N 2O4) que por sua vez
é um gás mais claro. (Reação inversa)

N2O4 (g) NO2 (g)

4.3.3. Efeito da concentração


Os tubos de ensaio com as gotas de solução 1M Cloreto de Cobalto (CoCl 2)
tinham a coloração rosa, quando adicionou se um pouco mais de água destilada em
um dos tubos não houve alteração na sua cor. Quando a água foi adicionada ao
sistema desloca o sentido do equilíbrio para os reagentes, como o reagente é rosa
não altera sua cor.
No outro tubo em que não foi adicionada a água colocou se 1 mL de Ácido
Clorídrico (HCl) concentrado alterou a sua coloração para azul, após dividiu se em
dois tubos de ensaio, em um destes dois tubos colocou se um pouco de água
destilada e depois agitou-o. No primeiro tubo quando foi adicionado o Ácido
Clorídrico (HCl) ao sistema desloca o sentido do equilíbrio para o produto, fazendo
com que altere sua cor rosa para o azul. Já no segundo tubo quando foi adicionado
mais água destilada ao sistema desloca o sentido do equilíbrio de novo para os
reagentes fazendo com que o tubo volte a coloração inicial (rosa).
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4.3.4. Efeito do pH sobre a espécie química em solução


O tubo de ensaio com aproximadamente 1 mL de solução contendo Cu 2+ , foi
adicionado gotas de solução 0,1 M de Hidróxido de Amônio (NH 4OH), podendo ser
observado um liquido turvo azulado com precipitado mais claro. Isso ocorre, pois a
concentração de íons OH aumentou, fazendo com que a solução precipite.
Quando adicionamos 2 gotas de Hidróxido de Amônio (NH 4OH) concentrado,
sua coloração fica azul escuro transparente, pois o precipitado é dissolvido. E
quando foi adicionado 2 gotas de 1 M de Ácido Clorídrico (HCl) sua coloração volta a
ficar azul clara transparente, isso ocorre pois o equilíbrio tende para o reagente
fazendo com que a solução volte a cor inicial.
Neste experimento observamos que quando a reação é básica o equilíbrio
tende para o lado dos produtos e quando a reação é ácida o equilíbrio tendo para o
lado dos reagentes.

5. Conclusões

Através dos experimentos, por meio de várias etapas práticas sobre equilíbrio
químico identificamos as maneiras de como perturbar um determinado equilíbrio,
vimos também à reversibilidade das reações e concluímos que as transformações
podem ser explicadas pelo princípio de Le Chatelier.
Quando o sistema químico está em equilíbrio o mesmo pode sofrer
perturbação se adicionarmos ou removermos do sistema em equilíbrio produtos
e/ou reagentes, ou seja, seu deslocamento pode ser tanto para à esquerda quanto
à direita em uma equação de reação química.
Esse deslocamento, no entanto, está sujeito à perturbação ocasionada pela
vizinhança, como alterações nas concentrações dos produtos e/ou reagentes sobre
o sistema em equilíbrio, pois o sistema reage de forma contraria a perturbação no
sentido de minimiza-la. Entende-se que o sistema encontra-se em equilíbrio quando
a velocidade de formação dos reagentes é igual à formação dos produtos.

6. Referências Bibliográficas
12

ATKINS Peter, Loretta Jones. Princípios de química: questionando a vida moderna e


o meio ambiente. Capitulo 9. Porto Alegre: Bookman, 2002.

Kotz, John C. Química geral e reações químicas. Volume 2 . Capitulo 16. São
Paulo: Cengage Learning, 2010.

Equilíbrio Químico. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Equil%C3%ADbrio_qu


%C3%ADmico. Acessado em: 12 de outubro de 2011.

ALVES, Líria. Equilíbrio Químico. Disponível em:


http://www.brasilescola.com/quimica/equilibrio-quimico.htm. Acessado em: 12 de
outubro de 2011.

Gilson de Oliveira Santos e Penha Souza Silva. MÓDULO DIDÁTICO DE QUÍMICA


Nº 14 - PARTE II. Disponível em:
<http://crv.educacao.mg.gov.br/sistema_crv/documentos/md/em/quimica/2010-
08/md-em-qu-25.pdf>. Acessado em: 12 de outubro de 2011.

Chemical equilibrium. Disponível em: http://translate.google.com.br/translate?hl=pt-


BR&langpair=en|pt&u=http://library.thinkquest.org/10429/low/equil/equil.htm
Acessado em: 12 de outubro de 2011.

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