Você está na página 1de 12

Curso de Graduação em Engenharia de Bioprocessos e

Biotecnologia

Relatório de Físico-Química

Experimento de Cinética Química

Estudantes:
Alex Inacio Barreto
Danili Teixeira
Daniel Gené de Faria
Luan Moreira
Stefanilly Souza Leite

Turma: B

Docente Responsável:
Profº Cristiano Funari

Outubro/2022
Sumário

Objetivo 3
1. Introdução 3
2. Materiais e Métodos 4
3. Resultados e Discussão 4
4. Conclusão 4
Referência 4
Objetivo

Este experimento tem como objetivo descrever o comportamento das reações


Cinéticas Químicas, sendo analisado seu conceito e explicar a razão de suas reações em
cada uma das análises realizadas em tempos indeterminados.
1. Introdução

…….

A cinética de uma reação refere-se à taxa na qual os reagentes são transformados


em produtos e essa taxa é uma variação na quantidade acompanhada pelo tempo. Nas
análises em cinética química, faz-se necessário definir como a velocidade da reação é
afetada a partir das mudanças na concentração dos reagentes.

2. Materiais e Métodos
Para o experimento de Cinética Química, foi utilizado os seguintes aparatos
experimentais:
01. Água Destilada;
01. Solução de Ácido Sulfúrico P.A 98% (H2SO4) ;
01. Solução de Tiossulfato de Sódio (Na2S2O3);
01. Proveta graduada 5ml;
01. Pera pipetadora;
03. Pipeta graduada 10ml;
18. Tubo de ensaio;
01. Bastão vidro;
02. Balão Volumétrico 100ml;
01. Balança analítica;
02. Béquer 25ml;
01. Béquer 50ml;
01. Cronômetro.

Iniciando o experimento foi necessário calcular a massa necessária para preparar


−1
uma solução 0,3 molL de Tiosulfato de Sodio ( Na2S2O3) e uma solução de 0,3 mol 𝐿
de Ácido Sulfúrico (H2SO4) sendo uma pureza de 98%.
Logo após, em um béquer 50ml feito a pesagem em uma balança analítica do
valor calculado de Na2S2O3, e assim ,adicionado água destilada e para misturar foi
utilizado um bastão de vidro. Feito a mistura é transferido para um balão volumétrico de
100ml e completado com água destilada até o menisco , tampe e homogenize (imagem
1) .
Em seguida, foi elaborado a solução de H2SO4, com o auxílio de uma pipeta
graduada 10 ml, foi pipetado o valor da massa calculada anteriormente dentro de um
balão volumétrico 100ml contendo na metade do balão água destilada, pois não se pode
colocar água sobre o ácido que pode acontecer uma reação inversa. Feito a pipetagem
complete o balão com água destilada até o menisco, tampe e homogenize.(imagem 1)

Imagem 1: Balões volumétricos com solução de H2SO4 e Na2S2O3, béqueres


identificados e com soluções.

(fonte:Notas de aula)

Assim que elaborado as soluções, identifique 3 pipetas graduadas 10 ml e 3


béqueres 50 ml, com as seguintes inscrições: água (H20), Ácido Sulfúrico (H2SO4) e
Tiosulfato de Sodio ( Na2S2O3) (imagem 1). Logo após, com uma pipeta graduada com
as suas seguintes identificações, adicione o volume até chegar ao zero a mesma, pegue 6
tubos de ensaio, limpos, e adicione 4 mL da solução H2SO4 a uma concentração de 0,3
−1
mol 𝐿 .
Enumere mais 6 tubos de ensaio, com numeração de 1 a 6, e assim, coloque
−1
nestes tubos a solução de Na2S2O3 à concentração de 0,3 mol 𝐿 e água, nos volumes
descritos na tabela 1.

Tabela 1: Volume em mL de Na2S2O3 e H2O.

Volumes (mL) Tempo até turvação


Média dos
Tubo Tempos
Na2S2O3 H2O Total T1(s) T2(s) T3(s) (s)

1 6,00 0,00 6,00

2 5,00 1,00 6,00

3 4,00 2,00 6,00


4 3,00 3,00 6,00

5 2,00 4,00 6,00

6 1,00 5,00 6,00


(fonte:notas de aula)

Pegue o tubo que foi pipetado a solução de H2SO4 e adicione ao tubo 1 da


tabela 1, agitar e acionar o cronômetro, imediatamente, colocar atrás do tubo um
contraste que consiga visualizar que o produto tenha acontecido uma reação que não
permita a visualização da mesma.(imagem 2) Parar o cronômetro assim que não
conseguir ter mais a visualização do produto e anotar o tempo na tabela 1, sendo do
primeiro tempo (T1(s)).
Imagem 2: Tubos de ensaio com produtos e suas reações.

(fonte: notas de aula)

Foi descartado o conteúdo deste tubo no recipiente de descartes, e lavado em


seguida. Repetiu-se os procedimentos acima, para os tubos de 2 a 6 da tabela 1, um de
cada vez, tomando como nota seus respectivos tempos de reação. Fazendo essa
repetição para mais duas vezes e obter uma triplicata para reação. No final do
experimento, analisou-se os dados obtidos para que se determine a ordem da reação.

3. Resultados e Discussão

Neste experimento por meio de diferentes concentrações, avaliou-se a influência


desta sobre a velocidade da reação do ácido sulfúrico e do tiossulfato de sódio por
intermédio do tempo que decorre até a produção de enxofre (turvação). A equação a
seguir compreende esta reação:
Na2S2O3(aq) + H2SO4(aq) → Na2SO4(aq) + SO2(g) + H2O(l) + S(s) (1)

Para se obter os valores referentes aos tempos (t1) em relação às suas respectivas
concentrações, foi realizado o experimento em 6 tubos numerados de 1 a 6 e para cada
tubo foi adicionado um volume diferente de Na2S2O3 (tabela 2). Em seguida separou-se
−1
outros 6 tubos com 4,0 mL da solução de ácido sulfúrico de concentração 0,03 mol 𝐿
para posteriormente ser adicionado e compor a solução. Seguindo a ordem da
numeração, iniciou-se com o tubo referente ao número 1, a qual continha 6 mL de
−1
Na2S2O3 de concentração 0,3 mol 𝐿 sem diluição em água.
Posteriormente um tubo por vez, com as suas respectivas concentrações de
Na2S2O3, despejou-se o volume de 4,0 mL de H2SO4, e instantáneamente cronometrado
para se obter o tempo necessário até que ocorra uma turvação na solução, foram
realizados movimentos circulares para um melhor desempenho da reação. Um
parâmetro para interromper o cronômetro foi o posicionamento de um objeto escuro
atrás do tubo de ensaio, ou seja, quando não fosse mais possível enxergar o objeto por
de trás do tubo o tempo era parado, na imagem abaixo pode-se observar o aspecto da
turvação no final do procedimento.

Imagem 3: Resultado da reação de Na2S2O3 + H2SO4.

(fonte: notas de aula)

Este processo foi realizado em todos os 6 tubos. Isto foi repetido por mais 2
vezes para se obter os tempos t2 e t3. Em seguida para cada processo foram realizadas as
médias dos tempos. Para estudarmos o efeito do processo, utilizou-se os dados
reportados na tabela 2.

Tabela 2: Dados experimentais contabilizados por segundos.


Volumes (mL) Tempo até turvação
Média dos
Tubo Tempos
Na2S2O3 H2O Total t1(s) t2(s) t3(s) (s)

1 6,00 0,00 6,00 36 39 43 39

2 5,00 1,00 6,00 39 46 45 43

3 4,00 2,00 6,00 49 40 43 45

4 3,00 3,00 6,00 77 75 101 84

5 2,00 4,00 6,00 120 112 116 116

6 1,00 5,00 6,00 278 250 261 263

Segundo Atkins e Jones (2012), a variação da concentração de um reagentes ou


produtos é dividida pelo tempo que a mudança leva para suceder. A velocidade da
reação deve ser uma função das concentrações de uma substâncias, onde a velocidade
média é dada como variação da concentração molar de um reagente, e portanto expressa
−1 −1
em quantidade de substância por segundo ( mol.𝐿 𝑠 ).
Como as distintas concentrações de cada reagente podem alterar a velocidade de
uma determinada reação é necessário que apenas uma das concentrações seja alterada
para um comparativo eficaz. Portanto, para determinar as concentrações dos reagentes
manteve-se um dos reagentes constante e alterando a concentração de apenas um
reagente, desse modo avalia-se a influência do reagente na velocidade. Os cálculos
utilizados na determinação das concentrações foram efetuados por meio da relação a
seguir:
𝐶1. 𝑉1 = 𝐶2. 𝑉2 (3)

em que 𝐶1 e 𝑉1 representa respectivamente a concentração da solução mãe e o volume


adicionado da concentração mãe de tiossulfato de sódio. 𝐶2 é a concentração diluído de
tiossulfato de sódio que pretende-se obter-se para este ensaio e 𝑉2 é o volume total da
solução. Os resultados das concentrações ([Na2S2O3]) estão dispostos na tabela 3 e o
gráfico deste pelo tempo está representado no gráfico 1.

𝐶2= 𝐶1. 𝑉1 / 𝑉2
−1
𝐶2 = 0, 3 𝑚𝑜𝑙 𝐿 × 6 𝑚𝐿 /10 𝑚𝐿
−1
𝐶2 = 0, 18 𝑚𝑜𝑙 𝐿

Tabela 3: Dados resultantes do experimento.


Volumes (mL) [Na2S2O3] Tempo
Tubo −1
(𝑚𝑜𝑙 𝐿 ) (𝑠)
Na2S2O3 H2O HO2SO4 Total

1 6,00 0,00 4,00 10,00 0,18 39

2 5,00 1,00 4,00 10,00 0,15 43

3 4,00 2,00 4,00 10,00 0,12 49

4 3,00 3,00 4,00 10,00 0,09 77

5 2,00 4,00 4,00 10,00 0,06 120

6 1,00 5,00 4,00 10,00 0,03 263

Gráfico 1: Influência da concentração dos reagentes na velocidade da reação.

Por meio das reações químicas e das observações práticas é possível demonstrar
que a velocidade de reação depende da concentração, pois conforme a frequência de
choques entre as moléculas cresce, a velocidade da reação também cresce. Portanto, por
meio dos dados experimentais e da igualdade a seguir é possível encontrar a velocidade
da reação de uma reação genérica (aA + bB cC + dD), logo:
1 𝑑[𝐴] 1 𝑑[𝐵] 1 𝑑[𝐶] 1 𝑑[𝐷]
velocidade da reação = - 𝑎 𝑑𝑡
=-𝑏 𝑑𝑡
= 𝑐 𝑑𝑡
= 𝑑 𝑑𝑡
(4)

No entanto, neste experimento não foi possível determinar a velocidade da


reação, visto que analisou-se apenas o comportamento de um dos reagentes
apresentados na reação (1), posto isto, outros mecanismos foram abordados para que se
chegasse a ordem. Desconsiderou-se a dependência da velocidade referente a
concentração do HO2SO4 e utilizou-se a linearização dos valores de concentração do
tiossulfato de sódio e tempo, estes estão dispostos na tabela 4 e representados no
gráfico 2.

Tubo − 𝑙𝑜𝑔 [Na2S2O3] − 𝑙𝑜𝑔 1/𝑡

1 0,745 1.591

2 0,824 1,633

3 0,921 1,653

4 1,046 1,924

5 1,222 2,064

6 1,522 2,419
Tabela 4: Valores linearizados da concentração e tempo.

Gráfico 2: Linearização da concentração de Na2S2O3 pelo tempo.

A partir dessa linearização, em que traçou-se um gráfico de − 𝑙𝑜𝑔 da


concentração de Na2S2O3 por − 𝑙𝑜𝑔 1/𝑡 , chegou-se a algo próximo de uma reta.
Aplicando uma linha de tendência e a equação da reta é possível definir a ordem parcial
da reação referente a este composto, a qual será o coeficiente angular desta equação da
reta, neste caso tem-se 1,1116. O resultado é plausível levando em consideração os
possíveis erros que possam ter ocorrido durante o experimento. Desse modo deduz-se
que a velocidade da reação é diretamente proporcional à concentração. Por outro lado,
quanto mais a concentração de tiossulfato decresce o tempo da reação aumenta,
concluindo também que a velocidade é inversamente proporcional ao tempo.
Pode-se observar um aumento significativo no tempo da reação com o aumento
da concentração de H2O e diminuição da concentração de Na2S2O3 alterando de forma
considerável a velocidade média da reação sucessivamente. Como a água não participa
da reação do ácido sulfúrico com o tiossulfato de sódio temos a variação do reagente
Na2S2O3 sendo a realmente importante e que demonstrará a ordem da reação. A soma
das ordens dos reagentes que compõem a reação é a ordem global (BROWN; LEMAY;
BURSTEN, 2005, p. 491).
Com base no gráfico 2 pode-se observar que há uma tendência a formar uma reta
o que representaria uma reação de primeira ordem considerando HO2SO4 constante e
por isso de ordem 0. Como na prática não foi realizado o experimento em relação às
concentrações de HO2SO4, o mais coerente seria refazer o experimento e assim analisar
a concentração dos dois reagentes para que, com mais embasamento, possamos afirmar
qual a ordem da reação. Mas a partir dos dados obtidos diz-se que a ordem da reação é
1.
Aprofundando nas possibilidades de erro temos como possibilidade a imprecisão
do termo turvação, onde pode ser analisado como um espectro no impedimento da
passagem de luz. Como este espectro varia do analista, com o aumento do tempo para a
turvação temos uma maior dificuldade em definir com precisão o ponto de turvação
próximo dos outros testes o que pode justificar a mudança no padrão apresentado no
gráfico. Uma forma de evitar esta imprecisão seria utilizando um sensor de luz ao invés
de um observador, seria possível inclusive analisar a variação da turbidez ao longo do
tempo para cada um dos experimentos permitindo uma compreensão ainda mais
aprofundada da reação.
Temos a imprecisão das pipetas e aparatos de medidas que podem ter interferido
nas amostras, o tempo de exposição ao ar, o tempo de armazenagem das substâncias ou
até mesmo uma certa contaminação dependendo da forma que foram higienizados os
aparatos. Existem diversos erros possíveis que podem ter alterado a forma que o
experimento se desenvolveu, apesar de que não é condizente afirmar um como
específico. Portanto, temos indícios de que a reação é de primeira ordem mas não é
possível concluir com convicção, pois não foi analisado com as diferentes
concentrações de ácido sulfúrico para que se obtenha a velocidade da reação (1).

4. Conclusão

Com base no experimento foi possível determinar o tempo necessário para que a
substância H2SO4 começasse a reagir com os reagentes Na2S2O3 e H2O, mas não foi
possível determinar a velocidade que essa reação ocorreu. Também é possível observar
com base na Tabela 3 que quanto maior for a concentração de H2O em relação ao
Na2S2O3 o tempo necessário para que a reação ocorra será maior.

A variação dos tempos medidos nos testes que o grupo realizou pode ter alguma
imprecisão devido a forma como foi feito a agitação da mistura, pois como isso foi feito
de forma manual é possível que no momento de agitar o composto o processo tenha sido
feito de forma diferente de um teste para o outro, mesmo assim foi possível realizar
aquilo que foi proposto para a aula prática.

Referência

Notas de aula.

GODINHO, Joanna F.; MACHADO, Alessandra de C.; LOURDES, Angela M. F. de


O.; et al. Tópicos especiais em físico-química: cinética e eletroquímica. [Digite o Local
da Editora]: Grupo A, 2022. E-book. ISBN 9786556903330. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786556903330/. Acesso em: 29 out.
2022.Notas de aula

ATKINS, P.; JONES, L.; Princípios de Química, questionando a vida moderna e o meio
ambiente; 5ª Ed, Bookman Companhia Ed., 2011 7.

BROWN, LEMAY & BURSTEN, QUÍMICA A CIÊNCIA CENTRAL - 9.ed. Pearson


Prentice Hall ed. 2005

Você também pode gostar