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Profª Msª Christiane Pereira Rocha Sousa
Saneamento Ambiental – 2017
Engenharia Civil – Unifor/MG
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apresentam dimensões de 10 a 14 µm, para cistos de Giardia, e 4 a 6 µm de diâmetro para
Cryptosporidium.
Embora não consensual, a distinção entre partículas suspensas e coloidais, ou
partículas e coloides, frequentemente é reportada à dimensão de 1 µm. Para efeito da
coagulação, e do tratamento como um todo, considera-se a maioria das bactérias e
protozoários, como partículas, e os vírus como coloides.
A segunda vertente que confirma a relevância do processo de coagulação, é
essencialmente econômica. Partículas de sílica com diâmetro de 1 µm apresentam velocidade
de sedimentação da ordem de 1 mm/h e cuja densidade é significativamente superior à dos
diversos microorganismos. À remoção de partículas dessa magnitude de tamanho, certamente,
há de se associar à dos microorganismos patogênicos cujas dimensões são mínimas. Uma vez
que as unidades de decantação de escoamento horizontal via de regra apresentam
profundidade da ordem de 4 m, seria necessário tempo aproximado de 4.000 h para que a
deposição ocorra. Isto resultaria em áreas imensuravelmente maiores em razão do tempo de
detenção usual de 1,5 a 3 h verificado nestas unidades.
Desta forma, o objetivo principal da coagulação, e da floculação como via de
consequência, consiste em elevar significativamente a velocidade de sedimentação do
aglomerado de partículas a ser formado pela adição do coagulante. Para estações de
tratamento dotadas de unidades de flotação, persiste o objetivo da coagulação em fomentar a
agregação das partículas, porém sem conferir-lhes elevada velocidade de sedimentação que
prejudique o arraste pelas bolhas de ar.
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Tipo de coagulante
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como EUA e Canadá. O Quadro 1 apresenta as principais características dos coagulantes
usualmente empregados.
Alcalinidade e pH
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A dispersão do coagulante na água, além do consumo da alcalinidade, propicia a
liberação de CO2 e consequente abaixamento do pH. Como forma de minimizar a queda
muito significativa do pH, procedimento corriqueiro consiste na aplicação de cal, denominada
comumente cal primária, na unidade de mistura rápida. A função de tamponamento da
alcalinidade durante o processo de coagulação, evidencia-se por meio da Figura 1, no qual se
apresenta a variação do pH em função da dosagem de sulfato de alumínio para duas águas
naturais com alcalinidade total 10 e 100 mg/l CaCO3.
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são preparadas na própria estação de tratamento, é usual o emprego de concentrações de 10 e
5 %, respectivamente.
Com relação à influência da temperatura da água na coagulação, no Brasil, esta
questão adquire importância secundária, porém, em alguns países do hemisfério norte, são
comuns temperaturas inferiores a 5°C, daí o ponto de congelamento do coagulante ser uma
característica de maior relevância.
No Brasil, a dosagem ideal do coagulante e dos auxiliares eventuais da coagulação
deve ser definida em laboratório, objetivando melhor eficiência e economia. Para isto faz-se
uso do JAR-TEST (Teste do Jarro, Figura 1) como mostra a seguir:
Figura 1 – Jar-Test
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constituem-se em última análise na primeira etapa do tratamento propriamente dito para a
quase totalidade das tecnologias aplicáveis.
A mistura rápida pode ser realizada por métodos mecanizados ou hidráulicos. Na
essência, como a própria NBR 12216 enfatiza, qualquer singularidade ou equipamento em
tubulação, canal ou câmara que confira o gradiente de velocidade e o tempo de detenção
recomendados pode ser utilizado como unidade de mistura rápida.
Nas unidades de mistura rápida mecanizadas são empregados agitadores do tipo
turbina ou hélices (Figura 2), nos quais a água bruta aflui à câmara de mistura e o coagulante
é comumente disperso por meio de bombas dosadoras.
As unidades de mistura rápida que utilizam a energia hidráulica, tais como vertedores
de seção retangular, são aplicáveis a estações menores. A dispersão do coagulante pode
ocorrer sobre a queda d’água (Figura 3) ou imediatamente a montante do ressalto hidráulico
formato no prolongamento do canal a jusante.
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Utilizado na maioria das estações de tratamento do Brasil, o medidor Parshall foi
desenvolvido no início do século passado, para fins de irrigação e passou a ser empregado
como unidade de mistura rápida. A Figura 4 apresenta um medido Parshall de fibra de vidro e
dosador de coagulante de nível constante, para eventualidade de queda da energia elétrica e
consequente paralisação das bombas dosadoras de sulfato de alumínio. Na Figura 5 são
apresentados exemplos de coagulante e cal sendo despejados na água bruta.
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