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COMPARAÇÃO ENTRE SISTEMAS DE TRATAMENTO CONVENCIONAL

DE ESGOTOS E PROCESSOS OTIMIZADOS AERADOS

José Tamires Filgueira da silva11


José Fagner Freire 22
Hugo Mozer Barros Eustáquio 33

Resumo: Entre os usos múltiplos dos corpos hídricos, o lançamento e a diluição de


efluentes merecem atenção e acompanhamento adequado por parte dos órgãos gestores,
por meio do monitoramento dos efluentes e do impacto na qualidade da água do corpo
receptor. A capacidade de diluição de um corpo receptor deve considerar as condições
iniciais da qualidade da água e a variação do regime hidrológico, impedindo o
lançamento de cargas poluidoras que ultrapassem a sua capacidade de autodepuração.
Assim, o estabelecimento de políticas e normas ambientais é necessário para definir
critérios para locais de descarga e nível de tratamento exigido para garantir que os
impactos ambientais da disposição desses efluentes tratados não comprometam a
qualidade dos recursos hídricos. Como recorte temático, neste trabalho analisaremos a
área e população atingida pela estação de tratamento (caracterização da área) , bem
como os aspectos ambientais positivos e seus impactos sobre a bacia hidrográfica do
município de Espírito Santo/RN.

Palavras-chave: Efluentes, tratamento, reatores anaeróbicos.

1
Graduando em Engenharia Civil. Centro Universitário UNIFACEX. E-mail: josetamires@gmail.com.
2
Graduando em Engenharia Civil. Centro Universitário UNIFACEX. E-mail: fagnnerd2@gmail.com.
3
Mestre. Professor do Curso de Engenharia Civil do Centro Universitário UNIFACEX. E-mail:
hugoeustaquio@unifacex.edu.br.
Abstract: Among the multiple uses of water bodies, the launching and dilution of
effluents deserve attention and adequate monitoring by the management bodies, through
the monitoring of effluents and the impact on the water quality of the receiving body.
The dilution capacity of a receiving body should consider the initial conditions of water
quality and the variation of the hydrological regime, preventing the release of pollutant
loads that exceed its capacity of self-purification. Thus, the establishment of
environmental policies and standards is necessary to define criteria for discharge sites
and the level of treatment
required to ensure that the environmental impacts of the disposal of these treated
effluents do not compromise the quality of water resources. and the population affected
by the treatment plant (characterization of the area), as well as the positive
environmental aspects and their impacts on the watershed of the municipality of Espírito
Santo / RN.

Keywords: Effluents, treatment, anaerobic reactors


1. INTRODUÇÃO

O crescimento das cidades associado à falta de planejamento sanitário resulta em


alguns problemas para a sociedade, um deles é a falta de tratamento de esgoto no Brasil,
onde apenas 45% do esgoto gerado passa por tratamento. Isso quer dizer que os outros
55% são despejados diretamente na natureza, o que corresponde a 5,2 bilhões de metros
cúbicos por ano ou quase 6 mil piscinas olímpicas de esgoto por dia.

O sistema de tratamento de esgoto convencional tem um alto custo de


implementação, por isso é mais utilizado em grandes centros urbanos e inviável nas
pequenas localidades, onde persiste uma deficiência crônica na questão sanitária. Na
maioria dos casos, os dejetos são lançados na natureza sem qualquer tratamento.

Na contramão, vem crescendo a utilização de meios alternativos de tratamento


com filtros anaeróbicos de baixo custo, empregando-se outros materiais para meio
suporte. Porém é importante analisar opções para meio suporte que sejam resistentes,
biológica e quimicamente inertes, possibilitem a canalização acelerada dos
microrganismos, de baixo custo e ao mesmo tempo tenham um peso menor, capaz de
não comprometer a estrutura do reator.

Entender os tipos de sistemas tratamento de esgoto, bem como suas


características, benefícios e operacionalidade, é importante para as decisões de
planejamento, implementação e otimização sanitária de uma cidade. Sendo essencial
para o desenvolvimento populacional e melhoria na qualidade de vida dos cidadãos.
1.1 Objetivos

1.1.1 Objetivo geral

Nesse sentido, o presente trabalho apresenta a avaliação das características


técnicas e operacionais de uma estação de tratamento de esgoto composta por fossas
sépticas e filtros anaeróbicos, propondo sua otimização através de alternativas que
visem à melhora na eficiência de sistema, aplicadas a uma pequena comunidade ou
cidade.

1.1.2 Objetivos específicos

O presente trabalho tem os seguintes objetivos específicos:

a) Analisar parâmetros físicos e químicos do esgoto bruto e tratado;

b) Avaliar a eficiência do tratamento de esgotos;

c) Avaliar o dimensionamento das estruturas componentes do sistema;

d) Propor a otimização do tratamento através de melhorias operacionais e proposição de


um sistema para polimento final do efluente tratado.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1. Definição de esgoto

A palavra esgoto costuma ser usada para definir tanto a tubulação condutora das
águas servidas as comunidades como, também, o próprio liquido que flui por essas
canalizações. Esse termo é usado para caracterizar os efluentes provenientes de diversas
modalidades do uso de águas (CHAGAS, 2000).
Segundo a NBR 9648 (ABNT, 1986) esgoto sanitário é o despejo líquido
constituído de esgotos doméstico e industrial, água de infiltração e a contribuição
pluvial parasitária. Ainda segundo a mesma norma, esgoto doméstico é o despejo
líquido resultante do uso da água para higiene e necessidades fisiológicas humanas;
esgoto industrial é o despejo líquido resultante dos processos industriais, respeitados os
padrões de lançamento estabelecidos; água de infiltração é toda água proveniente do
subsolo, indesejável ao sistema separador e que penetra nas canalizações; contribuição
pluvial parasitária é a parcela do deflúvio superficial inevitavelmente absorvida pela
rede de esgoto sanitário.
O lançamento de efluentes líquidos não tratados, provenientes das indústrias e
esgotos sanitários, em rios, lagos e córregos provocam um sério desequilíbrio no
ecossistema aquático. O esgoto doméstico, por exemplo, consome oxigênio em seu
processo de decomposição, causando a mortalidade de peixes. Os nutrientes (fósforo e
nitrogênio) presentes nesses despejos, quando em altas concentrações, ainda causam a
proliferação excessiva de algas, o que também desequilibra o ecossistema local.

Segundo Von Sperling (1996), o esgoto sanitário é formado por esgoto doméstico,
águas de infiltração e despejos industriais, sendo que, aproximadamente, 99,9% é
constituído de água. O restante, 0,1%, é a fração que inclui sólidos orgânicos e
inorgânicos, suspensos e dissolvidos, bem como os microrganismos. (ver Figura 1).

Fonte: Ávila, 2005.


Figura 1: Composição do Esgoto.

2.1.1 Tratamento de esgotos

Dependendo da carga orgânica lançada, os esgotos provocam a degradação do


ambiente (solo, água e ar). Esse fato demonstra que a natureza tem condições de
promover o tratamento dos esgotos, desde que não ocorra sobrecarga e que haja boas
condições ambientais que permitam a evolução, reprodução e crescimento de
organismos que decompõem a matéria orgânica.

A degradação pode ocorrer em meio aeróbico com presença de oxigênio, e


anaeróbico com ausência de oxigênio, sendo que na degradação aeróbica é uma solução
mais utilizada nos países desenvolvidos, pois a aeração requerida para fornecer oxigênio
aos microrganismos aeróbios requer grandes quantidades de energia elétrica, além de
produzir significativas quantidades de CO2. A matéria orgânica da degradação aeróbica
é convertida á gás carbônico, água e biomassa. Onde a produção de biomassa (lodo) se
torna um grande problema, pois no tratamento de esgotos a disposição desse lodo
tornasse um fator de maior custo onde requer grandes quantidades de energia
(AGUIAR, 2011).

No processo de degradação anaeróbia (sem a presença de oxigênio), a matéria


orgânica é transformada em gás carbônico, metano, água e biomassa (Lodo). Sendo que
a produção de biomassa é significativamente menor quando comparada aos processos
aeróbios, pois a taxa de crescimento dos microrganismos anaeróbios é baixa, sendo que
a energia potencial do resíduo vai em parte para a biomassa e parte para o metano.

No Brasil, são empregadas várias técnicas de tratamento de esgotos, desde


sofisticados sistemas até processos simples. Entre as tecnologias de baixo custo e
pequenas vazões desenvolvidas nos últimos vinte anos, destacam-se: reatores
anaeróbios de fluxo ascendente por meio de lodo, tanques sépticos seguidos de filtros
anaeróbios e formas de disposição controlada no solo (ÁVILA, 2005).

2.2 Tipos de reatores

Os filtros biológicos, especialmente os anaeróbicos têm sido utilizados no Brasil


desde os anos 1970 e se tornaram populares a partir de 1982, quando a ABNT, através
da NBR 7229/82 incorporou diretrizes básicas para o projeto e construção dos filtros
anaeróbicos incentivando seu uso como unidades de pós-tratamento dos efluentes dos
tanques sépticos.

O nível de conhecimento no campo anaeróbico em nosso país é bastante


avançado. Nos últimos anos, diversas instituições têm se dedicado a trabalhos de
pesquisa fundamental e aplicada nessa área (Chernicharo, 2006). Da mesma forma,
algumas empresas de saneamento investiram maciçamente nessa área nos últimos anos,
dispondo atualmente de amplo conhecimento acerca de projeto, construção e operação
de reatores anaeróbicos. Há de se destacar, ainda, a enorme contribuição do PROSAB
(Programa de Pesquisa em Saneamento Básico) para a consolidação e disseminação da
tecnologia anaeróbica em nosso país, tanto financiando pesquisas nas áreas de
tratamento anaeróbico, pós-tratamento de efluentes de reatores anaeróbios e de reúso da
água, quanto apoiando publicações especializadas nestas áreas (Campos, 1999;
Chenicharo, 2001; Gonçalves, 2003; Bastos, 2003; Santos et al, 2006).
2.3 Reatores anaeróbios

Os reatores biológicos anaeróbios são unidades de tratamento de esgoto


responsáveis basicamente pela remoção da matéria orgânica particulada ou dissolvida,
em ambientes sem a presença de oxigênio livre. A digestão anaeróbia que ocorre nesses
reatores é um processo biológico, no qual diferentes tipos de microrganismos
promovem a transformação de compostos orgânicos complexos (carboidratos, proteínas
e lipídios) em moléculas mais simples como o metano e gás carbônico (ÁVILA, 2005).

Segundo Pinto (1995), os microrganismos que participam do processo da digestão


anaeróbia podem ser definidos em três grupos principais:

 Grupo I: Composto de bactérias fermentativas, que transformam, por


hidrólise, os polímeros em monômeros, e estes, em acetato, hidrogênio,
dióxido de carbono, ácidos orgânicos de cadeia curta, aminoácidos e outros
produtos como a glicose.

Compostos orgânicos  Compostos orgânicos simples

 Grupo II: Formado pelas bactérias acetogênicas produtoras de hidrogênio, o


qual converte os produtos gerados pelo primeiro grupo em acetato,
hidrogênio e dióxido de carbono.

C6H12O6 + 2H2O ↔ 2CH3COOH + 2CO2 + 4H2

 Grupo III: consiste em dois diferentes tipos de bactérias metanogênicas. As


que utilizam o acetato transformando-o em metano e gás carbônico (bactéria
metanogênica acetoclástica0, enquanto o outro produz metano através da
redução do gás carbônico (bactérias metanogênicas utilizadas de CO 2)
(Zehnder, 1988 e Dubourguier et al, 1987 apud Chernicharo & campos,
1992).

CH3COOH ↔ CH4 + CO2

4H2 + CO2 ↔ CH4 + 2H2O


A figura 2 ilustrará as diversas etapas metabólicas e os principais grupos de
microrganismos envolvidos no processo de digestão anaeróbia.

Fonte: Pinto, 1995.


Figura 2: Seqüência metabólica e grupos microbianos envolvidos na digestão anaeróbia

2.3.1 Fatores ambientais que afetam o processo anaeróbio

Para que o processo anaeróbio proporcione uma boa eficiência, é necessário que se
observe a relação entre os microrganismos participantes do processo e as condições
ambientais necessárias ao seu desenvolvimento. As principais condições ambientais que
devem ser controladas para o desenvolvimento da degradação anaeróbia são o pH, a
temperatura, entre outros (PONTES, 2003).

 pH, alcalinidade e ácidos voláteis

Estes três fatores ambientais estão inteiramente relacionados entre si, sendo
igualmente importantes para o controle e a operação adequada dos processos
anaeróbios. O controle de pH é de grande importância nos reatores anaeróbios, atuando
no sentido de eliminar o risco de inibição das Archaeas metanogênicas, onde segundo
Pinto (1995) a alcalinidade do sistema deve ser suficiente para manter o pH dentro da
faixa considerada ótima, entre 6.6 e 7,4.

A interação entre a alcalinidade e os ácidos voláteis é fundamentada na capacidade


da alcalinidade do sistema em neutralizar os ácidos formados na degradação anaeróbia e
em tamponar o pH no caso de acumulo de ácidos voláteis. As principais fontes de
alcalinidade do sistema são as proteínas, que liberam amônia durante a hidrólise, e o
acetato q gera bicarbonato. Para pH entre 6.0 e 7,5 o tamponamento se deve quase que
totalmente aos bicarbonatos (VAN HAANDEL e LETTINGA, 1994).

 Temperatura

A temperatura é de grande importância na digestão anaeróbia, atuando na seleção


das espécies, já que essas não possuem meios de controlar sua temperatura interna.
Alterações na temperatura podem ocasionar um desequilíbrio na atividade biológica,
que poderá provocar variações parâmetros (alcalinidade, pH, ácidos voláteis e produção
de gás, entre outros), a temperatura influencia, ainda, as taxas das reações enzimáticas e
as taxas de difusão de substrato. Entretanto mudanças buscas de temperatura podem
levar a um desbalanceamento entre as bactérias acidogênicas e as Archaeas
metanogênicas (CHERNICHARO, 1997).

A formação microbiana de metano apresenta duas faixas ótimas de temperatura,


uma faixa ótima mesófila de 30 a 35°C e outra na faixa ótima termófila de 50 a 55°C
(CHERNICHARO, 1997).

O abaixamento da temperatura de operação pode afetar o desempenho do reator das


seguintes formas: (Pinto, apud FORESTI, 1994).

 Desbalanceamento entre a produção e o consumo de produtos intermediários


(principalmente ácidos voláteis);

 Diminuição brusca e significativa de taxa de hidrólise de proteínas, lipídeos


e particulados, com consequente diminuição de eficiência global;

 Diminuição da população metanogênica e consequente diminuição da


eficiência.
2.4 Filtro anaeróbico

Os filtros anaeróbios são reatores biológicos preenchidos com material inerte


com elevado grau de vazios, que permanece estacionário, e onde se forma um leito de
lodo biológico fixo. O material de enchimento serve como suporte para os
microrganismos, que formam películas ou um biofilme na sua superfície, propiciando
alta retenção de biomassa no reator (ÁVILA, 2005).

Os filtros anaeróbios podem ter várias formas, configurações e dimensões, desde


que se obtenha um fluxo bem distribuído através do leito e um bom desempenho
funcional. Possuindo diversos tipos de fluxos, sendo os mais usuais o fluxo ascendente
ou descendente. Nos filtros de fluxo ascendente ou horizontal, o leito é necessariamente
submerso (afogado), e os de fluxo descendente podem trabalhar afogados ou não. A
figura 3 irá representar o corte de um filtro anaeróbio.

Fonte: Ávila, 2005.


Figura 3: Corte esquemático de um filtro anaeróbio de fluxo ascendente.

2.5 Eficiência do filtro anaeróbico

A eficiência do filtro anaeróbio depende do meio suporte de alguns fatores


relacionados á atividade biológica, como a temperatura, e a duas variáveis de projeto:
tempo de retenção celular e tempo de retenção hidráulica. O primeiro é o tempo de
retenção do biofilme ou sólidos biológicos no interior do filtro, depende do meio
filtrante e é de difícil obtenção. O segundo pode ser obtido dividindo-se o volume do
reator pela vazão.

A norma NBR-13969/97 apresenta a faixa de eficiência obtida pelos filtros


anaeróbica em conjunto com o tanque séptico em função da temperatura. Para a DBO 5.20
a eficiência pode variar de 40 a 75% para DQO, de 40 a 70%, para os sólidos suspensos,
de 60 a 90% e para sólidos sedimentáveis, 70% ou mais. Os limites inferiores
correspondem ás temperaturas abaixo de 15°C e s limites superiores correspondem ás
temperaturas acima de 25°C.

2.5.1 Vantagens e desvantagens do filtro anaeróbico

Segundo ÁVILA (2005), os filtros anaeróbios apresentam grandes vantagens tais


como:

 Efluente clarificado;
 Efluente com baixa concentração de matéria orgânica;
 Não necessita de consumo de energia;
 Remoção significativa da matéria orgânica dissolvida;
 Baixa produção de lodo;
 Presta-se para disposição do solo;
 Resiste bem ás variações de vazão afluente;
 Não exigem grandes alturas ou escavações profundas;
 Construção e operação simples;
 Não necessita de lodo inoculador;
 Não necessita de recirculação de lodo;
 Liberdade de projeto em termos de configurações e dimensões.

As desvantagens dos filtros anaeróbios são o efluente rico em sais minerais, com
grande quantidade de microrganismos patogênicos, há risco de obstrução dos
interstícios (entupimento ou colmatação do leito) e o volume grande devido ao espaço
ocupado pelo meio suporte.
2.5.2 Meio suporte do filtro anaeróbico

Os principais aspectos que merecem ter maior atenção no desenvolvimento dos


projetos e construção de filtros anaeróbios é a busca de alternativas para o material de
meio suporte.

De acordo com Chernicharo (2001) as finalidades de meio suporte são:

I – Permitir o acúmulo de grande quantidade de biomassa, com consequente aumento do


tempo de retenção celular;

II – Melhorar o contato entre os constituintes do despejo afluente e os sólidos


biológicos contidos no reator;

III – Atuar como uma barreira física, evitando que os sólidos sejam carreados para fora
do sistema de tratamento;

IV – Ajudar a promover a uniformização do escoamento no reator.

O material mais usual para enchimento de filtros anaeróbios é a brita n° 4, é um


material muito pesado e relativamente caro, devido á sua granulometria, entretanto
podem ser utilizados outros tipos de materiais para o enchimento do filtro tais como:
anéis de plástico, bambu, escória de alto forno, etc.

Para fazer a seleção do meio suporte deve levar em consideração a


disponibilidade local de material adequado, seus custos de transporte e montagem e as
propriedades físicas do material. Como, peso unitário, o qual deve ser leve e
estruturalmente resistente, elevada superfície de contato, alto índice de vazios e não
apresentar formato achatado ou que propicie encaixe ou superposição ( ÀVILA, 2005).

3 METODOLOGIA

A metodologia aplicada para a realização dessa pesquisa abrangeu as


seguintes etapas:

3.1 Pesquisa exploratória

 Leitura bibliográfica de livros e artigos relacionados à temática em questão;


 Pesquisas em sítios da Internet sobre à temática proposta;
 Leitura de manuais técnicos da Associação Brasileira de Normas Técnicas
em relação às estações de tratamento de efluentes.

3.2 Pesquisa qualitativa

. O método de pesquisa utilizado é o qualitativo, apoiando-se em


técnicas de coleta de dados, também quantitativas.

3.3 Pesquisa de campo

Realizada através da observação de uma estação de tratamento de


efluentes no município de Espírito Santo/RN.

3.4 Fundamentação teórica

O estudo também foi desenvolvido a partir de pesquisa bibliográfica, que


buscou compreender a aplicabilidade dos reatores anaeróbicos no tratamento
de efluentes gerados pelos esgotos nas perspectivas dos autores Chernicharo
e Campos além dos referenciais de órgãos governamentais e não
governamentais sobre o tema.

REFERÊNCIAS

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