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UNIVERSIDADE DO VALE DO TAQUARI

CURSO DE ENGENHARIA

PLANO DE CONTROLE DA MELHORA DO ÍNDICE DE


QUALIDADE DE ÁGUA - IQA NA REGIÃO DO VALE DO TAQUARI

Glausner Henrique Diehl


Carlos Eduardo Correia

Lajeado, dezembro de 2022


Glausner Henrique Diehl

Carlos Eduardo Correia

PLANO DE CONTROLE DA MELHORA DO ÍNDICE DE QUALIDADE


DE ÁGUA - IQA NA REGIÃO DO VALE DO TAQUARI

Projeto de Monografia apresentado na


disciplina de Monitoramento e Controle da
Poluição Ambiental, do curso de Engenharia
mecânica e ambiental, da Universidade do Vale
do Taquari - Univates, como parte da exigência
para a obtenção do título de Bacharel em
Engenharia.
Orientador: Prof. Sofia Royer Moraes

Lajeado, dezembro de 2022

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 3
2 DESENVOLVIMENTO 5
2.1 Problema 5
2.2 Parâmetros do IQA 6
2.3 Plano de Controle 7
2.3.1 Uso na indústria 7
2.3.2 Uso agrícola 8
2.3.2 Centros Urbanos 8
3 CONCLUSÃO 10
4 REFERÊNCIAS 11

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1 INTRODUÇÃO

A água é uma das substâncias mais comuns existentes na nossa natureza,


cobrindo até 70% da superfície do planeta, todos os organismos vivos precisam da
água para sua sobrevivência, e sua disponibilidade é um dos fatores mais importante
para formação dos ecossistemas. A vida dos seres vivos não depende apenas da
disponibilidade e da quantidade de água, sendo necessário que ela tenha também
qualidade, para assim, atender as necessidades de um conjunto de seres vivos. A
água pode ser utilizada de diversas maneiras como: abastecimento doméstico,
irrigação, abastecimento industrial e etc.
A água é um elemento essencial para o funcionamento dos ecossistemas e
da vida, como a formação e dinâmica dos solos e do clima. Constitui-se um habitat
de incontáveis espécies; é indispensável para o funcionamento metabólico de todas
as formas de vida e tem uma infinidade de usos como insumo direto ou indireto em
tudo o que a humanidade utiliza e produz.
A busca por vida em outros planetas inicia-se pela busca de evidências e da
existência de água, já que sem água não existe vida. A água solubiliza quase todos
os compostos químicos, especialmente os sais minerais nutrientes. Ao deslocar-se
na superfície, transporta os compostos solubilizados, na superfície do solo, entre os
poros do solo e nos cursos d’água, promovendo o funcionamento, pelo menos em
parte, dos ciclos dos nutrientes.
A água é o elemento que liga todos os subsistemas ambientais, qualquer
degradação no ambiente causará desequilíbrios nos cursos d’água, levando a
consequências na sua disponibilidade e consumo, a manutenção da produção e na
saúde da população (proliferação de doenças e vetores). Mesmo que a água tenha
um ciclo, seja o elemento de ligação nos ecossistemas e seja um recurso renovável,

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também é um recurso limitado, sendo que a água doce no mundo tem uma
disponibilidade muito pequena, o que acaba se tornando uma preocupação e
também uma justificativa para sua preservação.

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2 DESENVOLVIMENTO

2.1 Problema

Conforme estudado em sala de aula, o Índice de Qualidade da Água - IQA,


regulamenta o estado em que a água se apresenta, no Vale do Taquari foram
realizadas análises de água coletadas em 23 pontos de dois rios e 12 arroios da
região apontam para os piores condições, segundo o IQA. Do total, 12 pontos
apresentaram avaliação péssima e 11, ruim. O IQA ainda estabelece as faixas
regular, boa e ótima, conforme quadro a seguir.

Quadro 1:

Fonte: Jornal a Hora.

O Rio Taquari é considerado péssimo nos pontos de coleta em Arroio do


Meio, Cruzeiro do Sul e Lajeado. Em Encantado, a qualidade é considerada ruim.
Nos pontos coletados no Rio Taquari, nos municípios de Arroio do Meio, Cruzeiro do
Sul e Lajeado, o IQA foi considerado péssimo, enquanto que em Encantado, o IQA
foi considerado ruim. O Rio Forqueta tem ponto considerado péssimo em Arroio do
Meio e ruim em Marques de Souza.

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Entre os arroios, estão classificados como péssimos o Engenho, com a pior
condição, seguido pelo Encantado e Saraquá, todos em Lajeado.

2.2 Parâmetros do IQA

Segundo a Lei nº 9866/97, mananciais são as águas interiores subterrâneas,


superficiais, fluentes, emergentes ou em depósito, efetiva ou potencialmente
utilizáveis para o abastecimento público. O monitoramento das águas dos
mananciais para o abastecimento público é uma ferramenta importante, tanto para o
controle da qualidade hídrica quanto para tomada de decisões corretivas e
preventivas (BOLLMANN, 2003a).

Os índices e indicadores ambientais surgiram como resultado da crescente


preocupação social com os aspectos ambientais do desenvolvimento, processo que
requer um número elevado de informações em graus de complexidade cada vez
maiores (CETESB, 2012). Em 1970 foi realizado um estudo pela “National Sanitation
Foundation” dos Estados Unidos, a partir do qual a CETESB adaptou e desenvolveu
o IQA-CETESB, um índice compostos por nove parâmetros com objetivo de avaliar a
qualidade das águas, tendo como determinante principal a sua utilização para o
abastecimento público, considerando aspectos relativos ao tratamento dessas águas
(CETESB, 2012).

Tabela 1 - Parâmetros químicos, físicos e microbiológicos analisados para o cálculo


de IQA.

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Fonte CETESB, 2012.

Tabela 3 - Classificação da qualidade da água (IQA-CETESB).

Fonte CETESB, 2012.

2.3 Plano de Controle

A seguir são apresentadas sugestões de Planos de controle para o Índice de


Qualidade da Água no Vale do Taquari.

2.3.1 Uso na indústria

Para este setor, se propõe um programa de conscientização para o uso


racional de água, que contemple ações de educação ambiental, para redução do
consumo na fonte, redução de desperdícios e perdas, reuso de efluentes e
aproveitamento de água da chuva.

Outras formas propostas de incentivo aos empreendedores seriam: definição


de metas de eficiência no uso da água, incorporadas ao processo de Licenciamento
Ambiental; programas para o uso de tecnologias mais limpas; implantação de uma
premiação para as indústrias que tenham reduzido o consumo de água através da
racionalização e implementação da cobrança.

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Modelos de tratamento devem ser adotados para as empresas em operação,
conforme a seguir:

Tratamento preliminar: objetiva principalmente a remoção de sólidos


grosseiros e de areia, por meio de mecanismos de ordem física.

Tratamento primário: destina-se, por meio de mecanismos de ordem física, à


remoção de sólidos flutuantes (graxas e óleos) e à remoção de sólidos em
suspensão sedimentáveis e, em decorrência, parte da matéria orgânica.

Tratamento secundário: predominam os mecanismos biológicos, e o objetivo


é principalmente a remoção de matéria orgânica.

Tratamento terciário objetiva a remoção de poluentes específicos, como


nutrientes (nitrogênio e fósforo), ou ainda remoção complementar de poluentes não
suficientemente removidos no tratamento secundário.

2.3.2 Uso agrícola

O rio Taquari apresenta contaminações, especialmente de coliformes fecais,


nos trechos junto às cidades maiores como Lajeado e Estrela, visto isto, pode-se
agregar este dado ao fato destas duas cidades apresentarem grande produção de
animais de abate, em destaque ao meio suíno. Os dejetos da criação destes tipos de
manejo são diretamente aplicados nas lavouras como forma de adubo para o cultivo
de milho, soja, trigo entre outros.

Um plano de controle poderia ser a implementação de novas tecnologias para


geração de energia, através do gás metano que é proveniente do esterco gerado no
meio rural. Hoje já existem projetos pioneiros neste quesito, porém poderia ocorrer
um incentivo neste ramo, tornando a produção de uma energia limpa e
consequentemente garantindo uma melhoria na qualidade da água no Vale do
Taquari.

2.3.2 Centros Urbanos

A poluição das águas, ocorre de várias formas, uma delas é a excessiva


poluição e má destinação do lixo no espaço físico da própria cidade, que
necessariamente integra uma bacia hidrográfica em específico. Assim, em tempos

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de chuva, todo o lixo acumulado nas ruas e calçadas é escoado em direção ao curso
de algum rio, que se torna inutilizável.

Além disso, a falta de estrutura ou o planejamento incorreto no destino de


resíduos sólidos também intensificam o problema. As redes de esgoto, muitas vezes,
não contam com estações de destino e tratamento da água, depositando todo o
material em grandes rios e até nos mares, no caso das cidades litorâneas. Isso,
além de comprometer a disponibilidade de água potável, prejudica a preservação de
espécies animais e dos ecossistemas.

Para implantar um plano de controle para este tipo de poluição devem ser
consideradas políticas públicas que consigam interagir e conscientizar a população
sobre a importância da qualidade da água em nossas vidas, monitoramento através
de testes podem trazer dados para que se tenham apontamentos de como evolui o
IQA na região do Vale do Taquari.

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3 CONCLUSÃO

Pode-se concluir com esse trabalho que o IQA é uma análise de extrema
importância, uma vez que ela identifica a qualidade da água em determinado
local/rio, possibilitando assim, a adoção e execução de medidas que possam
melhorar essa qualidade, além de gerar uma maior economia de água, o que é
importante, uma vez que, devido a quantidade menor de esgotos, se faz necessário
a economia de água em maiores quantidades. Além da qualidade da água nos rios,
o IQA tem como visão as matas ciliares, que ajudam na qualidade da água, reduzem
a erosão e filtram a poluição.
Muitas vezes a comunidade de modo geral, talvez por ser leiga no assunto,
acaba por não entender a importância e a necessidade desse tipo de análise, bem
como a importância da tomada dos devidos cuidados para não intensificar
problemas do tipo. Com relação às empresas, é de extrema importância a
conscientização, além de que, seria importante a tomada de medidas severas para
evitar que larguem seus efluentes nos rios, como a cobrança de uma multa de valor
significativo, recurso esse que inclusive poderia ser revertido e utilizado na própria
melhoria da qualidade da água nos rios.

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4 REFERÊNCIAS

https://propi.ifto.edu.br/ocs/index.php/connepi/vii/paper/viewFile/2850/2313

http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/1901-8.pdf

http://pnqa.ana.gov.br/indicadores-indice-ag

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