Você está na página 1de 238

BACIAS DOS CÓRREGOS ÁGUA PRETA E SUMARÉ

BACIAS DOS CÓRREGOS


ÁGUA PRETA E SUMARÉ
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA
BACIAS DOS CÓRREGOS
ÁGUA PRETA E SUMARÉ

Fundação
Fundação
Centro Tecnológico
Centro Tecnológico
de Hidráulica
de Hidráulica

Parque linear proposto (Rua Francisco Bayardo)


Prefeitura do Município de São Paulo
Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras

CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA

BACIAS DOS CÓRREGOS


ÁGUA PRETA E SUMARÉ

São Paulo, 2019

Fundação
Centro Tecnológico
de Hidráulica
EQUIPE TÉCNICA
Nome Função
Mario Thadeu Leme de Barros Coordenador
Flavio Conde Coordenador de Área
Pedro Luiz de Castro Algodoal Coordenador do Contrato e Revisor Técnico (SIURB)
Ana Paula Zubiaurre Brites Engenheira Civil
André Sandor K. B. Sosnoski Engenheiro Civil
Erika Naomi de Souza Tominaga Engenheira Ambiental
Sara Martins Pion Engenheira Civil
Edigleisson Bessa Pereira Técnico de Nível Superior
Taícia H. N. Marques Arquiteta Urbanista
Daniela Rizzi Arquiteta Urbanista

Realização: Fundação Centro Tecnológico de Hidráulica


Projeto gráfico, capa e diagramação: Mayara Menezes do Moinho
Revisão de texto: Simone Oliveira

C122 Caderno de bacia hidrográfica: bacias dos córregos Água Preta e Sumaré /
Fundação Centro Tecnológico de Hidráulica – São Paulo: FCTH/SIURB, 2019. 236 p.

ISBN 978-85-93064-13-5

1. Bacia hidrográfica – São Paulo (SP) 2. Córrego Água Preta (SP) 3. Córrego Sumaré
(SP) I. Fundação Centro Tecnológico de Hidráulica II. Prefeitura do Município de
São Paulo III. Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras.

CDD-627.12

Fundação
Centro Tecnológico
de Hidráulica
Sumário
Apresentação.................................................... 9 5. Planos e projetos existentes
para as bacias. . .............................................. 123
1. Definição de diretrizes básicas 5.1 Obra de drenagem executada.... 127
dos estudos..................................................... 13
5.2 Diagnóstico da situação atual. . .. 134
Plano Diretor Estratégico – PDE............. 15
5.3 Obras de drenagem
complementares............................. 135
2. Caracterização das bacias.............................. 23
5.4 Avaliação hidráulica
2.1 Localização......................................... 23 das obras complementares.. ....... 138
2.2 Hidrografia.......................................... 26
2.3 Monitoramento hidrológico.......... 45 6. Alternativas propostas................................. 145

2.4 Relevo. . ................................................. 56 6.1 Alternativa 1.. .................................... 146


6.2 Alternativa 2..................................... 152
2.5 Carta geotécnica.............................. 60
6.3 Alternativa 3..................................... 158
2.6 Uso do solo.. ...................................... 64
6.4 Localização das obras
2.7 Zoneamento urbano. . ...................... 70
nas bacias......................................... 158
2.8 População........................................... 82 6.5 Vistas e perspectivas
2.9 Divisão administrativa das medidas propostas
municipal – subprefeituras.......... 88 nas alternativas.. ............................. 174
2.10 Sistema de esgoto. . ......................... 88 6.6 Medidas complementares.......... 186
2.11 Sistema viário................................... 88 6.7 Medidas não estruturais............. 186
6.8 Medidas de controle na fonte.... 199
3. Critérios para o estudo. . ................................. 97
3.1 Chuva de projeto............................. 98 7. Etapas de implantação das alternativas..... 205
3.2 Sub-bacias hidrográficas............. 101 8. Custo estimado............................................... 211
3.3 Impermeabilização da bacia. . ..... 106
9. Desempenho das intervenções.. ................... 217
4. Mapeamento de áreas críticas...................... 113
10. Considerações finais.. ................................... 231
4.1 Áreas inundáveis............................ 113
4.2 Áreas críticas.................................... 116 Glossário. . ...................................................... 233
Lista de abreviaturas
e siglas
CCOI Centro de Controle Operacional Integrado
CET Companhia de Engenharia de Tráfego
CGE Centro de Gerenciamento de Emergência
CienTec Parque da Ciência e Tecnologia da Universidade de São Paulo
CN Curve Number
COE Código de Obras e Edificações
COMDEC Coordenadoria Municipal de Defesa Civil
CPTM Companhia Paulista de Trens Metropolitanos
CRHI Coordenadoria de Recursos Hídricos
DAEE Departamento de Águas e Energia Elétrica
EPA Environmental Protection Agency
EPUSP Escola Politécnica da Universidade de São Paulo
FCTH Fundação Centro Tecnológico de Hidráulica
FLU Fluviométrico
FUSP Fundação de Apoio à Universidade de São Paulo
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA

IDF Intensidade-duração-frequência PROVAC Programa de Canalização de


Córregos e Construção de
IPTU Imposto Predial e Territorial
Avenidas de Fundo de Vale
Urbano
QA Quota Ambiental
IPVS Índice Paulista de
Vulnerabilidade Social RMSP Região Metropolitana de São
Paulo
LPUOS Lei de Parcelamento, Uso e
Ocupação do Solo SAISP Sistema de Alerta a Inundações
de São Paulo
MDC Mapa Digital da Cidade
SEHAB Secretária Municipal de
NE Nordeste
Habitação
NUDEC Núcleos de Defesa Civil
SF Secretaria Municipal da Fazenda
OUCAB Operação Urbana Consorciada
SIURB Secretaria Municipal de
Água Branca
Infraestrutura Urbana e Obras
PA Perímetro de Qualificação
SMADS Secretaria Municipal de
Ambiental
Assistência Social
PCSWMM Personal Computer Storm Water
SMDU Secretaria Municipal de
Management Model
Desenvolvimento Urbano
PDE Plano Diretor Estratégico
SMSP Secretaria Municipal de
PDMAT Plano Diretor de Macrodrenagem Coordenação das Subprefeituras
do Alto Tietê
SMSU Secretaria Municipal de
PERH Plano Estadual de Recursos Segurança Urbana
Hídricos
SMT Secretaria Municipal de
PHA Departamento de Engenharia Transportes
Hidráulica
SMUL Secretaria Municipal de
PlanMob Plano de mobilidade Urbanismo e Licenciamento
PMAPSP Plano Municipal de Gestão do SSRH Secretaria de Saneamento e
Sistema de Águas Pluviais de São Recursos Hídricos do Estado de
Paulo São Paulo
PMH Plano Municipal de Habitação SVMA Secretaria Municipal do Verde e
PMSP Prefeitura do Município de São do Meio Ambiente
Paulo SWMM Storm Water Management Model
PPCV Plano Preventivo Chuvas tc Duração crítica do evento
de Verão
Tr Período de retorno

6
ÁGUA PRETA E SUMARÉ

ZC Zona Centralidade ZER Zona Exclusivamente Residencial


ZCOR Zona Corredor ZEU Zona Eixo de Estruturação da
Transformação Urbana
ZDE Zona de Desenvolvimento
Econômico ZEUP Zona Eixo de Estruturação da
Transformação Urbana Previsto
ZEIS Zona Especial de Interesse Social
ZM Zona Mista
ZEM Zona Eixo de Estruturação da
Transformação Metropolitana ZOE Zonas de Ocupação Especial
ZEMP Zona Eixo de Estruturação da ZPDS Zona de Preservação e
Transformação Urbana Previsto Desenvolvimento Sustentável
ZEP Zona Especial de Preservação ZPI Zona Predominantemente
Industrial
ZEPAM Zona Especial de Preservação
Ambiental ZPR Zona Predominantemente
Residencial
ZEPEC Zona Especial de Preservação
Cultural

7
Apresentação
Os cadernos de Bacia Hidrográfica compõem um importante instrumen-
to para a redução dos riscos de inundação das bacias hidrográficas do
Município de São Paulo.
Este estudo desenvolveu-se no âmbito do contrato SIURB-FCTH
nº 075/SIURB/2016, com o objetivo básico de fornecer subsídios para
o planejamento e a gestão do sistema de drenagem. O horizonte de
planejamento considerado neste estudo é a ocupação máxima per-
mitida pela Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo (LPUOS –
Lei nº 16.402/2016).
O estudo do sistema de drenagem deverá adotar como referência de
risco hidrológico o período de retorno de 100 anos, porém as interven-
ções na bacia hidrográfica serão escalonadas partindo da redução das
inundações em áreas de risco muito alto de inundação.
Este Caderno pertence às bacias hidrográficas dos córregos Água Pre-
ta e Sumaré, afluentes da margem esquerda do Rio Tietê e localizadas
na região oeste do Município de São Paulo, no território da Subprefeitu-
ra da Lapa. Nessas bacias, a ocupação urbana é bastante consolidada.
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA

Nas regiões médias e altas, predominam “Memorial Fotográfico”, mostrando alguns


áreas residenciais de médio e alto padrão; dos seus principais problemas.
já nas regiões mais baixas, concentram-se No Capítulo 3, “Critérios para o estu-
áreas comerciais e industriais. Essas áreas do”, constam os temas que possibilitam o
de uso industrial vêm sendo gradativa- entendimento da geração do escoamento
mente substituídas por grandes empreen- superficial direto, essencial para a atua-
dimentos residenciais verticais. ção e formulação de medidas de controle
O Caderno está dividido em nove capí- de cheias.
tulos, conforme segue: No Capítulo 4, tem-se o mapeamento de
áreas sujeitas a inundações, como diretriz
1. Definição de diretrizes para definir um conjunto de regras para a
básicas dos estudos ocupação dessas áreas. As zonas inundá-
2. Caracterização das bacias veis foram traçadas a partir das chuvas de
3. Critérios para o estudo projeto para Tr 2, 5, 10, 25 e 100 anos. Foi
4. Mapeamento de áreas críticas realizada uma classificação quanto ao ris-
5. Planos e projetos existentes co de inundação da bacia e o mapeamen-
para as bacias to das áreas críticas considerando o risco
6. Alternativas propostas de inundação, o sistema viário estrutural,
7. Etapas de implantação das alternativas os equipamentos urbanos vulneráveis e as
8. Custo estimado áreas de favela próximas aos córregos.
9. Desempenho das intervenções O Capítulo 5 traz uma descrição dos pla-
10. Considerações finais nos e projetos existentes nas bacias, com
destaque para as obras de drenagem im-
O Capítulo 1 estabelece um conjunto de plantadas.
princípios básicos que devem ser seguidos No Capítulo 6, são expostas as alterna-
no planejamento das obras de drenagem tivas estudadas, formadas por medidas
da bacia hidrográfica. para o controle das cheias e com a im-
No Capítulo 2 é apresentado o diagnós- plantação em etapas. Foram consideradas
tico da bacia com sua caracterização física três etapas. A primeira etapa é compos-
e urbanística, o levantamento de inunda- ta por obras de drenagem complemen-
ções e o mapeamento das zonas inundá- tares para controle de cheias na área da
veis associado ao risco. Nele, há ainda o Operação Urbana Água Branca, porção

10
ÁGUA PRETA E SUMARÉ

baixa das bacias dos córregos Água Pre- O Capítulo 7 expõe o sistema implan-
ta e Sumaré. Essas ações fazem parte do tado em etapas e seu comportamen-
projeto de obras de macrodrenagem ne- to em cada etapa quando submetido a
cessárias para o combate às inundações chuvas com Tr 100 anos. Uma verifica-
nas bacias analisadas. A segunda eta- ção do desempenho individual das me-
pa tem em vista proteger as áreas crí- didas de controle de cheia consideradas
ticas da bacia. A terceira etapa, por sua na 1ª etapa foi realizada, considerando a
vez, protege a bacia para chuvas com redução da mancha de inundação quan-
Tr  100  anos. O capítulo aborda ainda a do submetidas a uma chuva de 10 anos
necessidade de adoção de medidas não de recorrência.
estruturais, tais como o zoneamento de No Capítulo 8, estabelece-se uma ava-
inundações e sua regulamentação; o de- liação de custo preliminar das interven-
senvolvimento do plano de contingência ções propostas.
para atuar em situações de emergência O Capítulo 9 mostra o desempenho das
de inundações; e o sistema de alerta no intervenções propostas em relação à re-
Município de São Paulo. Também indica dução da mancha de inundação, quando
a aplicabilidade das medidas de contro- a infraestrutura é submetida a uma chuva
le na fonte em função da declividade e de 100 anos de recorrência, e seu custo de
geologia das bacias, indicando o poten- implantação.
cial de implantação dessas medidas nas As considerações finais trazem um resu-
bacias em estudo. mo dos estudos.

11
1
Definição de diretrizes
básicas dos estudos
O Caderno de Bacia Hidrográfica foi desenvolvido com base em um con-
junto de princípios, fundamentados na adoção da bacia hidrográfica
como unidade de planejamento. É um instrumento de planejamento e
gestão que trata exclusivamente da questão da drenagem urbana.
Dentre os princípios, objetivos e premissas do desenvolvimento do
Caderno, estão:

• Dotar a prefeitura do município de um instrumento de planejamento


que possibilite resolver, em um prazo pré-definido, os graves proble-
mas de inundação que assolam a cidade, com definição de:
• Cenário de projeto para a ocupação máxima permitida pela Lei de
Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo (LPUOS – Lei nº 16.402/2016).
• Metas de curto, médio e longo prazos.

• Reduzir paulatinamente os riscos de inundação na bacia até o nível


correspondente a precipitações de período de retorno de 100 anos;
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA

• Proposição de medidas de convivência • Reorganizar a ocupação territorial


com o regime hídrico compatíveis com possibilitando a recuperação de
o grau de proteção hidrológica para espaços para o controle do escoa-
cheias de períodos de retorno interme- mento pluvial e implantação de
diários a 100 anos; obras que promovam a redução da
• Articulação com os planos setoriais e poluição hídrica.
parcialmente integrados já elabora- • Dar destaque a medidas de recupe-
dos ou em elaboração para o municí- ração de áreas de preservação per-
pio e para a bacia, avaliando-se todas manente e de cobertura vegetal das
as obras hidráulicas existentes e pro- bacias.
jetadas, porém passíveis de revisão e
de adaptação face às novas medidas • Desenvolver critérios urbanísticos e
que vierem a ser propostas; paisagísticos que possibilitem a inte-
• As intervenções previstas não podem gração harmônica das obras de drena-
agravar as condições de drenagem a gem com o meio ambiente urbano, e
jusante, portanto, devem respeitar as que visem:
capacidades hidráulicas dos corpos • A preservação e a valorização das
d’água receptores; várzeas de inundação.
• Possibilitar uma convivência segura • A integração do sistema de drena-
com as cheias que excederem a ca- gem urbana de forma positiva ao
pacidade do sistema de drenagem, ambiente da cidade.
considerando: • A valorização de rios, córregos e
• Aplicar tecnologias de modelagem suas margens como elementos da
hidrológica e hidráulica que permi- paisagem urbana.
tam mapear as áreas de risco de
inundação, considerando diferentes • Estimar os custos preliminares das
alternativas de intervenções. medidas propostas.
• Propor medidas de controle de
cheias estruturais combinadas com O planejamento da drenagem urba-
medidas não estruturais para que a na deve se articular com entidades mu-
cidade possa se adaptar à dinâmica nicipais, estaduais e federais para que
hídrica. os diversos aspectos legais e técnicos

14
ÁGUA PRETA E SUMARÉ

relacionados a outros planos de infraes- PLANO DIRETOR ESTRATÉGICO – PDE


trutura sejam considerados na elaboração
de medidas de controle do escoamento O Plano Diretor Estratégico do Município de
superficial. É o caso, por exemplo, do Pla- São Paulo, de 31 de julho de 2014, é uma lei
no Diretor Estratégico (Lei nº 16.050/2014), municipal que orienta o desenvolvimento e
do Código de obras e Edificações (COE – o crescimento da cidade até 2030.
Lei nº 11.228/1992), do Plano de Mobili- A lei dispõe sobre a Política de Desenvol-
dade de São Paulo – PlanMob/SP (PMSP/ vimento Urbano, o Sistema de Planejamen-
SMT, 2015) 1 , do Plano Municipal de Habi- to Urbano e o Plano Diretor Estratégico do
2
tação – PMH (PMSP/SEHAB, 2011) , do Pla- Município de São Paulo e é aplicada à tota-
no Municipal de Saneamento (Decreto nº lidade do seu território.
58.778/2019), da Política Municipal de Se- A estratégia territorial do Plano Dire-
gurança Hídrica e Gestão das Águas (Lei tor estrutura-se a partir das macrozonas e
nº 17.104/2019) etc. Salienta-se a impor- macroáreas, e da rede de estruturação e
tância da articulação entre os planos di- transformação urbana. Os elementos es-
retamente associados aos recursos hídri- truturadores do território foram classifica-
cos, como, por exemplo, o Plano Estadual dos em:
de Recursos Hídricos – PERH (SSRH/CRHi,
2013) 3; o Plano de Bacia Hidrográfica do • Macroárea de estruturação metropo-
4
Alto Tietê (FUSP, 2009) , onde a cidade de litana;
São Paulo está localizada; o Plano Diretor • Rede estrutural de transporte coletivo;
de Macrodrenagem do Alto Tietê – PDMAT • Rede hídrica e ambiental – constituí-
1, 2 e 3 (SSRH/DAEE, 1998, 2008 e 2014) 5; da pelo conjunto de cursos d’água, ca-
entre outros. beceiras de drenagem e planícies alu-
viais; de parques urbanos, lineares e

1. São Paulo (Município). Secretaria Municipal de Transporte (SMT).


2. São Paulo (Município). Secretaria Municipal de Habitação (SEHAB).
3. São Paulo (Estado). Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos. Coordenadoria de Recursos Hídricos. Plano
Estadual de Recursos Hídricos (PERH): 2012/2015. São Paulo: SSRH/CRHi, 2013.
4. Fundação de Apoio à Universidade de São Paulo (FUSP).
5. São Paulo (Estado). Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos. Departamento de Águas e Energia Elétrica.

15
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA

naturais; áreas verdes significativas; e com o Centro e prolongamento jun-


áreas protegidas e espaços livres, que to a importantes avenidas.
constituem o arcabouço ambiental do • Macroárea de urbanização conso-
Município e desempenha funções es- lidada – caracterizada por um pa-
tratégicas para garantir o equilíbrio e drão elevado de urbanização, forte
a sustentabilidade urbanos; saturação viária, e elevada concen-
• Rede de estruturação local, que arti- tração de empregos e serviços.
cula as políticas públicas setoriais no • Macroárea de qualificação da urbani-
território, indispensáveis para garan- zação – é caracterizada pela existência
tir os direitos de cidadania, reduzir a de usos residenciais e não residenciais
desigualdade socioterritorial e gerar instalados em edificações horizontais
novas centralidades em regiões me- e verticais, com um padrão médio de
nos estruturadas, além de qualificar urbanização e de oferta de serviços e
as existentes. equipamentos.
• Macroárea de redução da vulne-
Assim sendo, o Município foi dividido rabilidade urbana – caracteriza-se
em duas macrozonas, cada uma delas sub- pela existência de elevados índices
dividas em quatro macroáreas: de vulnerabilidade social e baixos
índices de desenvolvimento huma-
1. Macrozona de estruturação e qualifica- no. É ocupada por população pre-
ção Urbana – apresenta grande diver- dominantemente de baixa renda
sidade de padrões de uso e ocupação em assentamentos precários e ir-
do solo. Dentre seus objetivos, estão a regulares.
promoção da convivência mais equili-
brada entre a urbanização e a conser- 2. Macrozona de proteção e recuperação
vação ambiental e a redução das situa- ambiental – é um território ambien-
ções de vulnerabilidades urbanas. talmente frágil devido às suas carac-
terísticas geológicas e geotécnicas,
• Macroárea de estruturação metro- à presença de mananciais de abas-
politana – abrange áreas das planí- tecimento hídrico e à significativa
cies fluviais dos rios Tietê, Pinhei- biodiversidade, demandando cuida-
ros e Tamanduateí, com articulação dos especiais para sua conservação.

16
ÁGUA PRETA E SUMARÉ

Tem dentre seus objetivos a conser- naturais, várzeas preservadas, ca-


vação e recuperação dos serviços am- beceiras de drenagem, nascentes e
bientais existentes. cursos d’água ainda pouco impac-
tados por atividades antrópicas.
• Macroárea de redução da vulnerabi-
lidade e recuperação ambiental – se A FIGURA 1.1 apresenta os elementos
caracteriza pela predominância de estruturantes do ordenamento territorial,
elevados índices de vulnerabilidade as macrozonas e macroáreas.
socioambiental, baixos índices de A rede de estruturação e transforma-
desenvolvimento humano e assen- ção urbana é composta da rede hídrica
tamentos precários e irregulares. ambiental, sendo constituída pelo conjun-
• Macroárea de controle e qualifica- to de cursos d’água, cabeceiras de drena-
ção urbana e ambiental – caracte- gem, nascentes, olhos d’água e planícies
rizada pela existência de vazios in- aluviais, e dos parques urbanos, lineares e
traurbanos com ou sem cobertura naturais, áreas verdes significativas e áreas
vegetal e áreas urbanizadas com protegidas. Dentre os objetivos urbanísti-
distintos padrões de ocupação. cos e ambientais estratégicos relacionados
• Macroárea de contenção urbana e à recuperação e proteção da rede hídrica
uso sustentável – caracterizada pela ambiental, estão:
existência de fragmentos significati-
vos de vegetação nativa, entremea- • Ampliar progressivamente as áreas per-
dos por atividades agrícolas, sítios e meáveis ao longo dos fundos de vales e
chácaras de recreio que protegem e/ cabeceiras de drenagem, as áreas ver-
ou impactam, em graus distintos, a des significativas e a arborização, para
qualidade dos recursos hídricos. minimização dos processos erosivos,
• Macroárea de Preservação de Ecos- enchentes e ilhas de calor;
sistemas Naturais – é caracterizada • Ampliar os parques urbanos e lineares
pela existência de sistemas am- para equilibrar a relação entre o am-
bientais cujos elementos e pro- biente construído e as áreas verdes e
cesso ainda conservam suas ca- livres e garantir espaços de lazer e re-
racterísticas naturais. Predominam creação para a população;
áreas de remanescentes florestais

17
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA

FIGURA 1.1  Elementos estruturantes do ordenamento territorial:


macrozonas e macroáreas (adaptado de PDE, 2014)

• Proteger nascentes, olhos d’água, cabe- (Art. 195): a conservação e recuperação da


ceiras de drenagem e planícies aluviais; qualidade ambiental dos recursos hídricos
• Articular, através de caminhos de pe- e das bacias hidrográficas; a redução de
destres e ciclovias, preferencialmen- enchentes, a minimização dos efeitos das
te nos fundos de vale, as áreas verdes ilhas de calor e da impermeabilização do
significativas, os espaços livres e os solo; e a criação de incentivos fiscais e ur-
parques urbanos e lineares. banísticos às construções sustentáveis.
A Lei estabelece que, para estimular as
O PDE traz a integração de políticas e construções sustentáveis, pode ser criada
dos sistemas urbanos e ambientais para lei específica com incentivos fiscais, tais
as questões do ordenamento territorial e como o IPTU Verde, destinados a apoiar a
cita como diretrizes da política ambiental adoção de técnicas construtivas voltadas

18
ÁGUA PRETA E SUMARÉ

à racionalização do uso de energia e água, a redução da poluição hídrica e do asso-


gestão sustentável de resíduos sólidos, reamento; e a recuperação ambiental de
aumento da permeabilidade do solo, entre cursos d’água e dos fundos de vale. Ainda
outras práticas. define as seguintes diretrizes para o sis-
O sistema de drenagem é definido, na tema de drenagem:
Lei Municipal (Art. 213), como o conjunto
formado pelas características geológico- • Adequar as regras de uso e ocupação
-geotécnicas e do relevo e pela infraes- do solo ao regime fluvial nas várzeas;
trutura de macro e microdrenagem insta- • Preservar e recuperar as áreas com
ladas, sendo composto por: interesse para drenagem, principal-
mente várzeas, faixas sanitárias, fun-
• Fundos de vale, linhas e canais de dos de vale e cabeceiras de drena-
drenagem, planícies aluviais e talve- gem;
gues; • Respeitar as capacidades hidráulicas
• Elementos de microdrenagem, como dos corpos d’água, impedindo vazões
vias, sarjetas, meio-fio, bocas de lobo, excessivas;
galerias de água pluvial, entre outros; • Recuperar espaços para o controle do
• Elementos de macrodrenagem, como escoamento de águas pluviais;
canais naturais e artificiais, galerias • Adotar as bacias hidrográficas como
e reservatórios de retenção ou con- unidades territoriais de análise para
tenção; diagnóstico, planejamento, monitora-
• Sistema de áreas protegidas, áreas mento e elaboração de projetos;
verdes e espaços livres, em especial • Adotar critérios urbanísticos e paisa-
os parques lineares. gísticos que possibilitem a integração
harmônica das infraestruturas com o
O Art. 215 da Lei nº 16050/2014, que meio ambiente urbano;
aprova a Política de Desenvolvimento Ur- • Adotar tecnologias avançadas de mo-
bano e o Plano Diretor Estratégico do Mu- delagem hidrológica e hidráulica que
nicípio de São Paulo, apresenta dentre permitam o mapeamento das áreas de
os objetivos do Sistema de Drenagem a risco de inundação, considerando dife-
redução dos riscos de inundação, alaga- rentes alternativas de intervenções;
mento e de suas consequências sociais;

19
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA

• Promover a participação social da • Criar um órgão municipal de plane-


população no planejamento, implan- jamento e gestão de drenagem e dos
tação e operação das ações de dre- recursos hídricos;
nagem e de manejo das águas plu- • Elaborar mapeamento e cartografia
viais, em especial na minoração das georreferenciados das áreas de risco
inundações e alagamentos; de inundações e aprimorar os siste-
• Promover junto aos municípios, aos mas de alerta e de emergência;
consórcios intermunicipais e ao Esta- • Elaborar mapeamento e cartografia
do o planejamento e as ações con- georreferenciados dos elementos de
juntas necessárias para o cumpri- macrodrenagem, incluindo canais na-
mento dos objetivos definidos para turais e artificiais, galerias e reserva-
este sistema; tórios de retenção ou contenção;
• Promover a participação da iniciativa • Implantar sistemas de detenção ou
privada na implementação das ações retenção temporária das águas plu-
propostas, desde que compatível com viais que contribuam para melhoria
o interesse público; do espaço urbano, da paisagem e do
• Promover a articulação com instru- meio ambiente;
mentos de planejamento e gestão ur- • Implantar o Programa de Recupera-
bana e projetos relacionados aos de- ção Ambiental de Fundos de Vale;
mais serviços de saneamento. • Desassorear os cursos d’água, canais,
galerias, reservatórios e demais ele-
As seguintes ações prioritárias para mentos do sistema de drenagem;
Sistema de Drenagem foram estabeleci- • Revisar a legislação referente aos sis-
das pela Lei Municipal em seu Art. 217: temas de retenção de águas pluviais;
• Implementar medidas de controle
• Elaborar o Plano Diretor de Drenagem dos lançamentos na fonte em áreas
e Manejo de Águas Pluviais, conside- privadas e públicas;
radas as ações de limpeza urbana • Adotar medidas que minimizem a po-
previstas no Plano de Gestão Integra- luição difusa carreada para os corpos
da de Resíduos Sólidos; hídricos;

20
ÁGUA PRETA E SUMARÉ

• Adotar pisos drenantes nas pavimen- de interesse social, conservação ambien-


tações de vias locais e passeios de tal e paisagismo.
pedestres. O Programa de Recuperação de Fundos
de Vale é composto por intervenções ur-
O PDE instiga a adoção de parques li- banas nos fundos de vales, articulando
neares nas intervenções de macrodre- ações de saneamento, drenagem, implan-
nagem. Segundo seu Art. 273, os parques tação de parques lineares e urbanização
lineares são intervenções urbanísticas de favelas. Dentre seus objetivos, estão:
associadas aos cursos d’água, principal-
mente aqueles inseridos no tecido urba- • Ampliação progressiva das áreas ver-
no, tendo como principais objetivos: des permeáveis ao longo dos fundos
de vales, criando progressivamente
• Proteger e recuperar as áreas de pre- parques lineares e minimizando os fa-
servação permanente e os ecossiste- tores causadores de enchentes e os
mas ligados aos corpos d’água; danos delas decorrentes, aumentan-
• Conectar áreas verdes e espaços pú- do a penetração no solo das águas
blicos; pluviais e instalando dispositivos para
• Controlar enchentes; sua retenção, quando necessário;
• Evitar a ocupação inadequada dos • Priorização da utilização de tecnolo-
fundos de vale; gias socioambientais e procedimentos
• Propiciar áreas verdes destinadas à construtivos sustentáveis na recupe-
conservação ambiental, lazer, fruição ração ambiental de fundos de vale;
e atividades culturais; • Construção, ao longo dos parques li-
• Ampliar a percepção dos cidadãos neares, de vias de circulação de pe-
sobre o meio físico. destres e ciclovias.

Menciona ainda que os parques linea- Os cadernos de bacia hidrográfica es-


res são parte integrante do Programa de tão sendo desenvolvidos de acordo com
Recuperação Ambiental de Fundos de as premissas e diretrizes apontadas pelo
Vale, e sua implantação pressupõe a arti- PDE na concepção de ações para o siste-
culação de ações de saneamento, drena- ma de drenagem, conforme segue:
gem, sistema de mobilidade, urbanização

21
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA

• Considera a bacia hidrográfica como • Propõe sistemas de detenção ou re-


unidade territorial de análise para tenção temporária das águas pluviais,
diagnóstico, planejamento, monitora- visando a redução das inundações e
mento e elaboração de projetos; a melhoria do espaço urbano, da pai-
• Considera o impacto do uso e ocupa- sagem e do meio ambiente, adotando
ção do solo na impermeabilização da critérios urbanísticos e paisagísticos
bacia hidrográfica; que possibilitem a integração harmô-
• Estimula e aponta áreas potenciais nica das infraestruturas com o meio
para a implantação de infraestrutura ambiente urbano;
sustentável, que são as medidas de • Adota os parques lineares em fundo de
controle na fonte; vale como parte integrante do sistema
• Respeita as capacidades hidráulicas de controle de cheias, destacando sua
dos corpos d’água, impedindo vazões função de equilibrar a relação entre o
excessivas; ambiente construído e as áreas verdes
• Utiliza tecnologia avançada de mo- e livres e garantir espaços de lazer e
delagem hidrológica e hidráulica que recreação para a população.
permite o mapeamento das áreas de
risco de inundação; Essa ação vai de acordo com um dos
• Produz o mapeamento georreferen- objetivos do Programa de Recuperação
ciado dos elementos de macrodrena- Ambiental de Fundos de Vale, que é a am-
gem, incluindo canais naturais e ar- pliação de áreas verdes com a criação de
tificiais, galerias e reservatórios de parques lineares, aumentando a penetra-
retenção ou contenção; ção no solo das águas pluviais e instalan-
do dispositivos para sua retenção, quando
necessário.

22
2
Caracterização das bacias
2.1 LOCALIZAÇÃO

As bacias hidrográficas dos córregos Água Preta e Sumaré localizam-


-se na zona oeste do Município de São Paulo, abrangendo uma área de
7,7 km² (Água Preta: 3,9 km²; Sumaré: 3,8 km²), correspondente a 0,5% da
área total do Município.
O Mapa da FIGURA 2.1 ilustra a localização das bacias dos córregos
Água Preta e Sumaré no Município de São Paulo.

23
FIGURA 2.1  Bacias hidrográficas
dos córregos Água Preta e Sumaré

li a
Auré
Rua
do
t ea dr a
en Pe
P de
it or ic a
He aB
a Ru Rua Félix
Ru D e ll
aR
o

Rua Rifaina

e
do

uqu
tea

aD
Rocha

Pen
. Sinésio
Rua Min

zag
do
co Azeve

or
. Francis

Go n
E ng

eit
R ua

aH
Rua

Rua
Sar

Ru
am
enh
a
Convenção

l
rdo dera
o
an

o Baya ital Fe
cul
Rede Hídrica
Rua

Her

Cap
Rua Par
is

Rua
Ca y
Bacias do Água Preta e Sumaré

Rua
o wa
á

ancisc
Quadra Viária

a
aíb

Rua Fr
Hav

Ca j
ral

Rua
Rua
Linha Férrea

e
Fed
Rua

ital
Aim
ber

Ca p
ê

Rua
Rua
A

é
on

ita
o
ua P

u
R

esq
oM
stã
ja ú

. Ga
G ra R
a

Min
Ru

Rua

Rua
Ca e
Av . aré
Pa ul
o VI Córrego Sum Av. Sumaré Av. S
u m

da
SISTEMA DE PROJEÇÃO UTM
rru
DATUM HORIZONTAL: Sirgas 2000 (Fuso 23) A
o

Ru
ão
ald

f. Jo
r. Arn

FONTE: Mapa Digital da Cidade - MDC (2004)


Pro

e Mapa Hidrográfico do Município (2019)

u
Av. D

Rua

Ca i
Rua Rua
Ca r
do s
od
eA
lm

m
±

0 125 250 500


o
ian
pas
ua Ve s
R

Rua Fáb
Av. Mal.
osa

ia
Rua

Tito
Ri b
eiro
Rua

Rua Co
d eB
Dr. arro
Mir s
and
a de A

riolano
ará

zev
ed o
íba

Gu i

Vale
Caja

Rua Clé
Rua

em.
Rua

R ua
Des

Dr.

lia
Aug
Rua

Rua u st o
Br. de M
do B Rua i r anda
ana Ra u
to s

na l l Po
mp
Bas

eia
ero

s
Bov

áre

Av.
Rua Pom
Tav
nso

Co t pe i
oxó a
Rua
Alfo

ires
ico
. Ch
f.

io A
lves
Pro

Rua
P de

Tuc Cór
ânc
ra A

una reg
Av.

Rua oÁ
Ve n
Rua

Rua
rrei

Dia gua
na Ca r Pr e
aíb
. Fe

Rua

as ta oe r
olas B
ia

Av. Nic
Min

I t ál
tr a
Rua

Rua
les

ê Dia
Pa

na
R ua

A pi

Rio Tietê
najé
s
tira

Ru
Bar

aT
ei
Rua

Rua xe
A pi Av i ra
acá .
s An

eS

Rua rt
bi ica
ous

Ipe na
roig
Ta
assú

Rua
a

ua
o

Ca m
São Vicente
alh

pev
Turi

as
am


ma
Rua

eté
oR

n
Av. Pres. Castelo Branco
s u
A v.

so
.S
Joã

di
maré Av Rua
E
An

tár
as
Av. Marq. de
Rua

Don t ica
om

a Ge
Rua rma
Th

Rua Min ine


B
.

Ca e
Av

R ua erv urch
Dr. tés a a rd
ua Fra
M
zzo

in. nco Av.


G odó da O rde
a

i Roc
atar
ubí

h a m
eP
rog
M

uru

res ogresso
isco

Rua so Av. Ordem e Pr


Rua Tagip
e lo

Mo
u

anc

nte
r
icu
eM

A leg
r
Itap

re
Av. F
d

me
em

id a
Rua
Hom
Dr.
Rua
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA

2.2 HIDROGRAFIA em seu trecho final segue sob a Avenida


Ordem e Progresso até a foz no Rio Tietê,
A hidrografia principal das bacias em es- logo a montante da Ponte Adhemar Ferrei-
tudo é formada pelos córregos Água Preta ra da Silva (Ponte do Limão).
e Sumaré. A FIGURA 2.2 indica a hidrogra- Originalmente, o córrego Sumaré (ou
fia principal das bacias dos córregos Água Água Branca, como era chamado) era um
Preta e Sumaré. afluente do córrego Água Preta. A con-
O traçado apresentado no mapa leva em fluência desses dois córregos se dava nas
consideração a situação atual desses córre- proximidades do cruzamento entre as ave-
gos, que estão canalizados e subterrâneos nidas Pompeia e Francisco Matarazzo. Uma
em toda a sua extensão, incluindo seus das primeiras grandes alterações da dre-
afluentes. Esse traçado foi elaborado com nagem nessa região foi a construção de
base em cadastros disponíveis na Prefeitu- uma galeria sob a Avenida Antártica, para
ra de São Paulo. derivar as vazões da bacia do córrego Su-
Os dois córregos possuem sentido pre- maré desde a Praça Marrey Júnior até o Rio
dominante SO-NE. A extensão do eixo Tietê. No entanto, obras recentes de drena-
principal, considerando o curso do córre- gem implantadas nessas bacias voltaram a
go Água Preta até a foz no Rio Tietê, é de derivar as vazões excedentes da bacia do
4,5 km. Já a extensão do eixo principal do córrego Sumaré para o córrego Água Preta.
córrego Sumaré é de 4,4 km. A FIGURA 2.3 indica as dimensões das
O curso principal ou de maior extensão galerias principais dos córregos Água Pre-
do córrego Água Preta nasce na região da ta e Sumaré, assim como a localização das
Rua Francisco Bayardo. Em seguida, atra- galerias secundárias disponíveis no ca-
vessa por sob a Avenida Pompeia e se- dastro do Geoconvias.
gue permeando sob vielas até encontrar
novamente a Avenida Pompeia na região
do Sesc Pompeia, seguindo embaixo des- 2.2.1  INUNDAÇÕES NAS BACIAS DOS
ta avenida até a Avenida Nicolas Boer e, CÓRREGOS ÁGUA PRETA E SUMARÉ
finalmente, desaguando no Rio Tietê sob a
Ponte Júlio de Mesquita Neto. As inundações nas bacias dos córregos
Já o córrego Sumaré percorre toda a ex- Água Preta e Sumaré ocorrem em diver-
tensão das avenidas Sumaré e Antártica, e sas áreas ao longo dos córregos principais

26
ÁGUA PRETA E SUMARÉ

e são bastante frequentes, ocorrendo em a localização e o efeito dessas inundações


média mais de uma vez por ano. no tráfego da região. As inundações que
O sistema de drenagem, existente nas ocorrem nesses locais acarretam prejuí-
regiões médias e superiores das bacias, é zos às atividades produtivas e à popula-
antigo, e sua capacidade foi superada em ção. As recentes obras implantadas na re-
função do adensamento urbano. Esse qua- gião trouxeram melhorias, diminuindo a
dro resulta na ocorrência de grandes vo- intensidade desses eventos nessas áreas.
lumes de escoamento superficial, que, em Essa constatação foi feita no último perío-
função das altas declividades dessas áreas, do chuvoso, após a conclusão da primeira
aceleram esses escoamentos, causando as etapa das obras. Contudo, depois de con-
enxurradas ou flash floods. cluídas as obras, ainda foram verificados
Na zona de transição entre as áreas ao menos quatro pontos de alagamento na
mais altas e a várzea do Rio Tietê, há a li- região, conforme registros da CET durante
nha férrea da CPTM, que funciona como o período 2016-2017 (ver FIGURA 2.4).
uma espécie de barreira física ao sistema O levantamento dos pontos de inunda-
de drenagem e ao escoamento superficial. ção foi realizado por meio da sobreposi-
As áreas situadas entre a ferrovia e o Rio ção de informações históricas existentes
Tietê estão na várzea desse rio, região natu- na Prefeitura, que correspondem a inun-
ralmente inundável. As obras de ampliação dações registradas anteriormente às obras
da calha do Rio Tietê, concluídas em 2003, implantadas na bacia; informações sobre
reduziram os episódios de extravasamen- os pontos de alagamento levantados pela
to e o remanso que se propaga em seus CET; e levantamentos de campo realizados
afluentes. Contudo, a região ainda apresen- pela equipe da FCTH para apurar os pontos
ta áreas de inundações pelo acúmulo do de inundação na bacia (FIGURA 2.4). Nos
escoamento superficial em algumas áreas. levantamentos da FCTH, os limites de inun-
As avenidas Pompeia, Sumaré e Francis- dação foram informados por moradores e
co Matarazzo; a Praça Marrey Júnior; e as comerciantes de cada região, após a im-
ruas Turiassú e Palestra Itália são os locais plantação das obras na bacia. Também fo-
mais críticos, levando-se em consideração ram levantadas as informações da mancha

27
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA

de inundação6 resultante das simulações da Praça José Vieira de Carvalho e Mes-


matemáticas do PDMAT 37. Esse diagnós- quita (interseção das avenidas Marquês
tico reflete as constatações apresentadas de São Vicente e Nicolas Boer).
anteriormente. No córrego Sumaré, as áreas sujeitas a
Conforme apresentado no mapa da inundações se concentram no trecho da
FIGURA 2.4, é possível verificar que, ao Avenida Sumaré desde a Rua João Rama-
longo do córrego Água Preta, existem lho até a Praça Marrey Júnior; na região da
áreas sujeitas a inundações desde a re- Praça Luiz Carlos Mesquita (interseção das
gião da cabeceira, nas ruas Havaí e Fran- avenidas Marquês de São Vicente, Ordem e
cisco Bayardo, até a região da linha fér- Progresso e Antártica); e na área sob o Via-
rea da CPTM (nas imediações da Avenida duto da Avenida Antártica com a Rua Auro
Francisco Matarazzo) e, depois, na região Soares de Moura Andrade.

6. As manchas de inundações são um indicativo das áreas suscetíveis a inundações


7. A tormenta de projeto que gerou essa mancha está associada ao evento ocorrido em 8 de dezembro de 2009, com
duração de 24 horas.

28
Canal do escoamento superficial com início na Rua Havaí (Foto: FCTH)
FIGURA 2.2  Hidrografia principal das
bacias dos córregos Água Preta e Sumaré

lia
Auré
o Rua
e ad ra si a
nt P ed Ve spa
r Pe a de Rua
ito B ic
He a
a Ru Rua Féli x
Ru D el l
aR
osa

Ru
Rua Rifaina

e
do

uqu
Rua

á
t ea
D

uiar
aD
Rocha

ba
P en
. Sinésio

z ag
Rua Min

G
do

ajaí
co Azeve

Rua
r
. Francis

ito

Gon
Rua Eng

C
He

Rua
Rua
Rua

a
Ru
Sar
am Ru
enh
a
Convenção

s
as t o
al
der

ro
ano

B
o Baya ital Fe

ove

res
Bacias do Água Preta e Sumaré

cul

avá
oB
rdo
Rua Ru

H er

Ca p
P

T
Rua aris

fon

Rua
Rua
Quadra Viária C ayo

Ru a

f. Al
w aá

ancisc

Pro
Linha Férrea

Av.
aíb

Rua Fr
Rua Ru

H av

C aj
D iana

ral
Rede Hídrica

Rua
Rua

e
Fed
Rio e córrego a céu aberto Rua

ital
Aim
ber

C ap
ê
Rio e córrego subterrâneo

Rua
Rua
Api
najé
s

uita
o
co

R ua P Rua
Api

sq
ac ás

Me
tão
Rua
I

G as
per
j aú

o
Gra Rua ig
ua .
Min C amp
eva
R

s
Rua

Rua
C aeté
A v. s
aré
Pa ul
o VI Córrego Sum Av. Sumaré Av. Su
m aré
SISTEMA DE PROJEÇÃO UTM
uda

DATUM HORIZONTAL: Sirgas 2000 (Fuso 23) Rua


C
Arr

Rua
o

Rua Dr.
ão
a ld

Min Fra
nc
f. Jo

FONTE: Mapa Digital da Cidade - MDC (2004)


. Arn

. God
e Mapa Hidrográfico do Município (2019) ói
Pro

ubí
Av. Dr

Rua

C ai
Rua

Rua Rua
C ar Mo
dos nte
od Ale
eA g re
lme
em

ida
Hom
Dr.
Rua

m
±

0 125 250 500


ano
Rua Fáb
Av. Mal.

ia

Rua
ito T

R ibei
ro de B
Rua Co

ua D
r. M arro
iran s
da d
riolano

e Aze
Dr. ve do
Aug
ale

usto
de M
m. V

Rua Clé

iran
rre

da
es e

go
D

lia
Á
Rua

gu

ua B
r. d
a

o B an Rua
Pr e

ana R aul
l
ta

Pom
peia

Av.


ua C Pom

Tie
oto peia

s
o

Rio
Aire
Chic
s
Alve

Rua
ncio
d e.

T ucu
P

na
ira

enâ
Rua

ua C
rre

ara
íbas
. Fe

Rua

er
o las Bo
ália

A v. Nic
Min

t
ra I
Rua

e st

Rua
D
P al

iana
R ua
tira

Ru
B ar

a
Te
Rua

i xe
Av i ra
.A
nt
ár
eS

b i tica
ous

n a
Ta

ua
o

s
uria

o Vice nte
al h

R
am

é
ar
Rua
oR

um
n
Av. Pres. Castelo Branco
i so
Av.

.S
Joã

Av
Ed

Rua
An

tár
as
Rua

Av. Marq. de

D ona t ica
m

G
ho

Rua erm
aine
.T

Min Bu r
Av

C ae e rva cha
tés rd
az z o

co Av.
d aR O rde
och
at ar

a m
eP
rog
oM

uru

re sso ogre sso


Av. Orde m e Pr
c

Rua Tagip
ncis
lo

ru
Me

i cu

ra
de

Av. F
Itap
Rua
FIGURA 2.3  Dimensões das principais galerias de drenagem
das bacias dos córregos Água Preta e Sumaré

8 2,5 x 1,6
3

8 1,6 x 1,5
3

8 1,3 x 1,3
3
Convenção

Bacias do Água Preta e Sumaré

Quadra Viária Ø 1,0

Linha Férrea

Galeria principal

Galeria secundária

Dimensões em metros

Ø Seção circular
8
3 Seção retangular

Seção lenticular
80

Córrego Suma
ré 8 1,4 x 1,2
3

Ø 1,2 Ø 1,0
Ø 1,0
SISTEMA DE PROJEÇÃO UTM
DATUM HORIZONTAL: Sirgas 2000 (Fuso 23) 8 1,8 x 1,8
3

FONTE: Mapa Digital da Cidade - MDC (2004),


Mapa Hidrográfico do Município (2019) e
Geoconvias

m
±

0 125 250 500


8 2,2 x1,7
23

8 2,2 x 1,6
23

rre
go
Ág
ua
P
re
ta

2 3,6

80


8 3,5 x 3,0

Tie
23
8 2,2 x 1,4
23 Ø 3,4 8 3,5 x 3,0
23

Rio
Ø 2,6
2 3,0
Ø 3,4 80
8 1,9 x 1,5
23

8 2,2 x 1,8
23
8 3,5 x 3,0
3

8 2,5 x 2,0
3
3,6
80

3,6
80

4,2
80

8 2,0 x 2,0
3

8 2,0 x 2,0
23

8 3,0 x 2,0
23

8 2,6 x 2,0
23
FIGURA 2.4  Levatamento das inundações nas
bacias dos córregos Água Preta e Sumaré

lia
Auré
o Rua
e ad ra si a
nt P ed Ve spa
r Pe a de Rua
ito B ic
He a
a Ru Rua Féli x
Ru D el l
aR
osa

Ru
Rua Rifaina
Rua

do
D r. A

t ea
u
Rocha

ba
P en
. Sinésio
Rua Min

ajaí
do Rua
co Azeve

r
. Francis R

ito
aul
Rua Eng

C
He

á
Rua

uiar
a
Ru

G
Ru

Rua
Convenção

s
as t o
al
der

ro
ano

B
o Baya ital Fe

ove

res
Rede Hídrica

cul

avá
oB
rdo
Rua Ru

H er

Ca p
P

T
Rua aris

fon

Rua
Rua
Bacias do Água Preta e Sumaré C ayo

Ru a

f. Al
w aá

ancisc

Pro
Quadra Viária

Av.
aíb

Rua Fr
Rua Rua

H av

C aj
D iana

ral
Linha Férrea

Rua
Rua

e
Fed
Rua

ital
Áreas sujeitas a inundações Aim
ber

C ap
ê

Rua
! Ponto de Alagamento CET/CGE – 2016-2017
Rua
Api
najé
Levantamento – FCTH s

uita
Histórico – SIURB o
co

R ua P Rua
Api

sq
ac ás

Me
tão
Rua
I per

G as
j aú

o
Gra Rua
ig
ua .
Min C amp
eva
R

s
Rua

Rua
C aeté
A v. s
aré Rua
Pa ul
o VI Córrego Sum Av. Sumaré Av. Su
m aré Min
e rva
SISTEMA DE PROJEÇÃO UTM
uda

DATUM HORIZONTAL: Sirgas 2000 (Fuso 23) Rua


C
Arr

Rua
o

Rua Dr.
ão
a ld

Min Fra
nc
f. Jo

FONTE: Mapa Digital da Cidade - MDC (2004),


. Arn

. God
Mapa Hidrográfico do Município (2019), SIURB, ói
Pro

ubí
Av. Dr

CGE, CET e FCTH


Rua

C ai
Rua

Rua Rua
C ar Mo
dos nte
od Ale
eA g re
lme
em

ida
!

Hom
Dr.
Rua

m
±

0 125 250 500


ano
Av. Mal.

Rua Fáb
ito T

ia

Rua Co

ua D
r. M
iran
da d
riolano

e Aze
ugu ve
st o do
de M
ale

iran
Rua Clé

da
m. V

Pom
peia
es e

lia
D

ua B
Rua

r. d
o B an
ana
l
s
Alve

Av.
Pom
ira

peia


rre

ua C

Tie
. Fe

oto
o


Chic

!
Min

Rio
d e.
Rua

Rua
P

!
!

T
Rua

ucu
s

na
Aire

a Ca
raíb
ncio

!!
s
Água Preta
!
enâ

Córrego
V
Rua

Rua
D iana
!
tira

Ru
B ar

a
Te
o
al h
Rua

i xe
i ra
am

Av
!

.A
! !
oR

nt
á
eS

!!

i rtica
Joã

b
ous

n a
Rua

Ta

ua
s
uria
R
T


Rua

ma
n
Av. Pres. Castelo Branco

Su
i so

.
Av
Ed
as

a
m
!

ho

Rua
.T

Min
Av

C ae e
!

tés rva

co
d aR
och
a
az z o

! ! !!

!!
!!

!!

ogresso
!

Av. Orde m e Pr
!
at ar

uru
lo

ru
Me

oM
i cu

Rua Tagip
de

Itap

c
ncis
Rua

ra
Av. F

!
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA

2.2.2  MEMORIAL FOTOGRÁFICO

A seguir, apresenta-se o memorial fotográfi-


co das bacias dos córregos Água Preta e Su-
maré, iniciando de montante para jusante,
conforme indicada a localização no mapa
de referência ao lado das fotos. A ortofoto
indica a direção que a foto foi tirada.
As fotos representam os pontos críticos
na bacia, em termos de inundação e alaga-
mento, e os pontos de interesse no contro-
le de cheias.

36
ÁGUA PRETA E SUMARÉ

Rio Tietê

Pre ta
Ág u a
go
rr e
Rua


Hava
í

a
r amenh
Rua Sa
1

(
!

Ru
a Am
bu
á s

Canal de passagem do escoamento


>3
Ru
a Dr.
Ca
superficial na Rua Havaí, a galeria rlo
s
está localizada sob este canal 2 Re

Eg
í
g

a
nh
Abertura sob residência na Rua Dr. Carlos Egg

ra me
>
para passagem do escoamento superficial, a í
Sa
Rua Hav
a galeria está localizada sob o canal a
2
Ru
eta

>
1
Av. Pom

Pr
ua
Ág
pe

e
nt
ia

lue
Af

m
0 10 20 40

FIGURA 2.5  Fotos da Rua Havaí e


adjacências sobre um trecho de galerias
3
de um afluente do córrego Água Preta

37
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA

Rio Tietê

e ta
Ág u a Pr
rr e go

uás
Amb
Rua
1
(
!

Ru
a Co
ari

ia
Av. Pompe
Ru
a Go
nza
Có ga
rre Du
go qu
e
2 Ág
ua 2
í

Pr >
et
a
Ru
a Francisco Bayardo
>

3 > Ru
1 a
a

Am
i
mpe

bu
á s
A v. P o

m
0 10 20 40

FIGURA 2.6  Fotos da Avenida Pompeia sobre o


Comporta em imóvel na
córrego Água Preta e áreas sujeitas a inundações
Rua Francisco Bayardo 3
nas ruas Ambuás e Francisco Bayardo

38
ÁGUA PRETA E SUMARÉ

Rio Tietê

Á gua Preta
r rego

R ua G
onza
ga
Duq
ue

1 (
!

l Defoe

o
L ob
í
Rua Danie

Pç. Rio dos Campos


as
nd
no
mi
pa

3
aE

Ru Pç. Rio
2
> d
os
Cam
ari
Co
pos

2 Rua
>
>

1
Rua F

Ru
a Go
reta
é

nz
lix De

ag
aD
P

uq
gua

ue
ll
a Ros

Á
ego

m
a

Córr

0 10 20 40

Pç. Rio dos Campos

FIGURA 2.7  Fotos da Praça Rio dos Campos


3
sobre o córrego Água Preta e adjacências

39
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA

Rio Tietê

Á gua Preta
rego
r

ia
anitár
Viela S
Rua Des. do Vale
(
!

a
br
Rua Dr.
F

m
rancisc o

oi
F. Barre Rua Cláudio

eC
to

d
ue
iq

í
nr
aF
He
r ei >3
e
Va l
Ru

do
e s.
Ru aD 2 Av. Mal. Tito

> 2
>

a Ru
et a
Pr De
ua 1 s em
Ág .V
ale
go
órre
os

C
ar r
eB
od
ei r
Rib
a
Ru

m
0 10 20 40
ia
r
nitá
a Sa
Viel

FIGURA 2.8  Fotos da Rua Desembargador do


3
Vale sobre o córrego Água Preta e adjacências

40
ÁGUA PRETA E SUMARÉ

Rio Tietê

Á gua Preta
rego
r

(
!
Canal do escoamento (
!
Extravasor da superficial
galeria
!

Rua Barão do Bananal 1

Canal do escoamento
superficial

a
et
Pr
Rua

ua
C lélia

Ág
Av. Francisco M
atarazzo

go
1e2
í
rre
> Có
Ru
Ru aP
2 a Ve ale
nâ str
nc a Itá
io
Air lia
es
ia
pe
om

na
.P

cu
Av

>
Tu

Ru
a
ó

Ru

a 3
tox

Pd
as

e.
Co

Ch
b

Ru ic
raí
a

a Ru o
Ru

Mi
Ca

n. a Mi
Fer n.
a

Ma
Ru

rei rio
Rua Palestra Itália r
na

aA C
lve arn
Dia

m s eir
o
a
Ru

0 40 80 160
Rua
Dian
a

FIGURA 2.9  Fotos da Rua Barão do Bananal


sobre o córrego Água Preta e da Rua Diana × Rua
3
Palestra Itália, áreas sujeitas a alagamentos

41
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA

Rio Tietê

Á gua Pret a
rreg o

(
!
!
(

a
pei
Pom 1
Av.

4 grelhas de captação
da galeria de reforço

!
Av
. Po
m pe
ia
3 >
Rua Palestra Itália
Ru
aC
2 arl
a

os
et

V
í
Pr
i ca

Rua
gu

C lélia
ri

Av. Francisco Ma tara


g
re

zzo
r

>

Grelha de captação
da galeria de reforço 1 2
Ru
>

a
Pa
le
s tra
ia

I tá
pe
!

lia
om
.P

m
Av

0 30 60 120

Levantamento de FIGURA 2.10  Fotos da Avenida Pompeia


inundação nas imediações da Rua Palestra Itália
3
e área sob o Viaduto Pompeia

42
ÁGUA PRETA E SUMARÉ

(
! Rio Tietê

(
!

Á g u a Pr e ta
Av. Marquês de São Vicente

go
rr e

Levantamento de
inundação

Pt
e.

li o
d
Ne e M
to es
q ui
ta

Av 2e3

>
.P
re
s.
Desemboque da Ca
st e
galeria antiga do Desemboque da lo
Br
Cór. Água Preta galeria nova an
co

Rio Tie

Córrego Água Preta
2 í

Ru
Av. M a
Jos
arq. ef
d e S ã o Vice Kr
nte > ys
s
1
A v. M arq. de São
Vicen
te
m
0 40 80 160

Detalhe do desemboque FIGURA 2.11  Fotos da Avenida Marquês


da galeria nova de São Vicente sobre o córrego Água
3
Preta e do desemboque no Rio Tietê

43
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA

Rio Tietê


ma
Su
go
rre
aré Có
m
Av. Su (
!
!

Grelha de captação
da galeria de reforço
1

riassú
Rua
u
Rua T
P al
Praça Marrey Júnior es t
ra I
táli a
tic

é
a ár

ar
nt

m
A v. A

Su
>

o
eg
3

rr

2
>
2 í
Ru
a Tu
ria
>
Rua V ss
en âncio
Aires
1 ú
Av. S
um

Ru
a
aré

Dr.
Ho
me
md
eM
elo
Rua Palestra Itá
lia
á
wa
yo

m
Ca

0 15 30 60
a

!
Ru

Grelha de captação
da galeria de reforço

FIGURA 2.12  Fotos da Praça Marrey Junior


3
sobre o córrego Sumaré e adjacências

44
ÁGUA PRETA E SUMARÉ

2.3  MONITORAMENTO HIDROLÓGICO transmitidos para a unidade remota de ar-


mazenamento. Essa, por sua vez, faz a ime-
O monitoramento hidrológico realizado no diata transmissão dos dados para o siste-
Município de São Paulo é composto por es- ma de recepção localizado no Laboratório
tações telemétricas que medem em tempo de Hidráulica da PHA/EPUSP. A maneira
real o volume das precipitação e o nível de mais comum de realizar esta transmissão
rios, córregos e reservatórios de amorteci- é através da rede de telefonia celular que
mento de cheias. utiliza a tecnologia GSM/GPRS. Outras for-
A precipitação é medida por pluviô- mas de transmissão também podem ser
metros. A água da chuva é coletada por empregadas, como: rádio e satélite.
um cilindro padrão e armazenada num O acesso às informações pode ser reali-
recipiente tipo caçamba basculante, que zado em tempo real de qualquer lugar onde
bascula ao atingir o volume de água cor- esteja disponível um ponto de Internet.
respondente a 0,2 mm de chuva. Nesse re- Essa informação somente poderá ser aces-
cipiente, está acoplado um imã que, no sada mediante a utilização de uma senha.
movimento da báscula, passa por um relé Os dados de chuva estão integrados aos
emitindo um sinal para a estação remota do Radar Meteorológico de São Paulo, de
que incrementa 0,2 mm ao valor armaze- modo a se obter informação mais precisa
nado. A frequência de aquisição dos da- dos eventos. Esses dados serviram de en-
dos é de 10 em 10 minutos. trada no modelo chuva-vazão empregado
O nível de rio é medido por um trans- neste estudo.
dutor de nível, que pode ser de pressão ou As informações de nível de rio, por sua
ultrassônico. O sensor de nível ultrassôni- vez, foram utilizadas como referência para
co tem como principal vantagem não en- a calibração da modelagem hidráulico-hi-
trar em contato com a água. O sensor de drológica utilizada.
pressão é utilizado em locais em que não Nas proximidades das bacias dos cór-
existe a possibilidade de fazer uma estru- regos Água Preta e Sumaré existem quatro
tura de sustentação para o sensor de ní- postos da rede telemétrica em córregos,
vel ultrassônico. A frequência de aquisição conforme descrição a seguir:
dos dados é de 10 em 10 minutos.
Os dados coletados pelos medidores • Posto Rio Tietê – Ponte do Piqueri:
de chuva, nível, vazão, entre outros, são operação com início em 5/11/2007;

45
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA

• Posto Rio Tietê – Ponte do Limão: ope- Da FIGURA 2.14 à FIGURA 2.17, são apre-
ração com início em 1/1/2000; sentadas as séries históricas dos dados
• Posto CGE – R. Bela Cintra: operação pluviométricos e fluviométricos registra-
com início em 4/3/2010; dos (a cada 10 minutos) nos postos con-
• Posto Pinheiros (PMSP/PI–01): opera- siderados neste estudo desde o início da
ção com início em 12/08/2015. operação.
Por fim, da FIGURA 2.18 até a FIGURA
A FIGURA 2.13 indica a localização dos 2.21 estão indicadas as precipitações mé-
postos da rede telemétrica considerados dias mensais dos postos analisados.
neste estudo.

46
Posto Rio Tietê – Ponte do Limão (Foto: FCTH)
FIGURA 2.13  Localização dos Postos
da Rede Telemétrica de Hidrologia


do SAISP nas imediações das bacias

rre g
dos córregos Água Preta e Sumaré raj uç a ra
go P i
Córre
o
Pi
i
ra
gu
ju
in a ra
Cax
reg
o ç
ór
C

os
h e ir
P in
R io
C ó rr
eg
o da
sC
or uj a s

Convenção #
*
Pinheiros – (PMSP/PI-01)

rre
Bacias do Água Preta e Sumaré
g oO
s
#
* Estação Automática SAISP
ca
rA
me

Rede Hídrica
r ic
an
o

Rio e córrego a céu aberto


eI
V e rd
Rio e córrego subterrâneo e go
rr


rre

go aré
Córrego Sum
rr e

go V
Ig de
er

II
ua
temi

rre
go

SISTEMA DE PROJEÇÃO UTM


DATUMo HORIZONTAL: Sirgas 2000 (Fuso 23)
d

S ap
a te
iro
FONTE: Mapa Digital da Cidade - MDC (2004), b u
aem
Mapa Hidrográfico do Município (2019) e SAISP o Pac
Córreg


rre
CGE – Bela Cintra
m
±

go
0 200 400 800 Au #
*
gu
st
a
r de
ão Ve
Ri beir

#
* Có
r reg
o Gu
Rio Tietê – Ponte do Piqueri ami

ti n o
g o T ib u r
C ór r e

me
urtu Rio d a P edra
oC
reg
Cór

elli
a d or Mar t i n
e nd Córr ego C
m a buç
Co ud
e B ai x o
go
rr e

Córr r a nc a
e go Água B


Tie
Á g ua P Rio
reta
Córreg o

uera
ba ting
Ta
ego
Córr

rr ego
Ma
nd
aq
ui

Córr ego Qu irin


o d o s Sa n t o s

#
*
Rio Tietê – Ponte do Limão

a
r
ue
ng
ha
An
go

te R och a
Tene n
rr e

o
Córreg

FIGURA 2.14  Série histórica do
Posto Rio Tietê – Ponte do Piqueri

740

735
Nível - FLU (m)

730

725

720

715

710

FIGURA 2.15  Série Histórica do


Posto Rio Tietê – Ponte do Limão

740

735
Nível - FLU (m)

730

725

720

715

710
0

10

Chuva - PLU (mm)


20
FLU

30 PLU

40

50

10

Chuva - PLU (mm)


20
FLU

30 PLU

40

50
FIGURA 2.16  Série Histórica do
Posto CGE – R. Bela Cintra

30

25
Chuva - PLU (mm)

20

15

10

FIGURA 2.17  Série Histórica do


Posto Pinheiros (PMSP/PI–01)

30

25
Chuva - PLU (mm)

20

15

10

0
PLU

PLU
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA

FIGURA 2.18  Precipitação média mensal no Posto Rio Tietê – Ponte do Piqueri (período 2007-2017)

300
Precipitação Acumulada - Média Mensal

250

200
(mm)

150

100

50

FIGURA 2.19  Precipitação média mensal no Posto Rio Tietê – Ponte do Limão (período 2000-2017)

300
Precipitação Acumulada - Média Mensal

250

200
(mm)

150

100

50

54
ÁGUA PRETA E SUMARÉ

FIGURA 2.20  Precipitação média mensal no Posto CGE – R. Bela Cintra (período 2010-2017)

300
Precipitação Acumulada - Média Mensal

250

200
(mm)

150

100

50

FIGURA 2.21  Precipitação média mensal no Posto Pinheiros (período 2015-2017)

300
Precipitação Acumulada - Média Mensal

250

200
(mm)

150

100

50

55
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA

2.4 RELEVO característica se mantém até os dias atuais,


com a diferença de que hoje a verticaliza-
As cabeceiras das bacias dos córregos ção das construções é bastante evidente.
Água Preta e Sumaré se iniciam no Espigão A região baixa das bacias em estudo,
Central (800-830 m), divisor de águas en- próxima à foz, e localizada na vertente es-
tre as bacias do Tietê e do Pinheiros. Essa querda do Rio Tietê, é caracterizada por
formação prolonga-se por 13 km na dire- depósitos sedimentares aluviais, predomi-
ção NW, entre o Jabaquara e as colinas do nantemente arenosos ou arenoargilosos,
Sumaré. O ponto mais alto dessas bacias, que identificam as antigas áreas de inun-
que também é a cota mais alta do Espigão dação desse rio.
Central, possui uma altitude da ordem de Na FIGURA 2.22, são apresentados os
830 m e localiza-se nas imediações da Ave- perfis longitudinais dos córregos Água Pre-
8
nida Afonso Bovero . ta e Sumaré. As elevações na bacia variam
Os trechos intermediários dessas ba- de 833  m na cabeceira até 715  m no exu-
cias, nos patamares e rampas das abas tório, conforme verificado no Mapa Hip-
do Espigão Central, tiveram grande impor- sométrico (FIGURA 2.23), desenvolvido por
tância como elementos preferidos para a meio de informações de elevação do Mapa
localização de bairros residenciais. Essa Digital da Cidade (MDC).

8. AB’SÁBER, A.N. O Sítio Urbano de São Paulo. In: AZEVEDO, A. (org.): A cidade de São Paulo: estudo de geografia urbana.
São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1958. p. 169-243. (Coleção Brasiliana, v. 14)

56
ÁGUA PRETA E SUMARÉ

Rio Tietê

790
reta
aP
Ág u 770
go
rre

Cota (m)
750

730

710
0 1000 2000 3000 4000
Distância (m)

Rio Tietê

790

770
Cota (m)

750
o S u m a ré

730
rre g

710
0 1000 2000 3000 4000
Distância (m)

FIGURA 2.22  Perfis longitudinais dos córregos Água Preta e Sumaré

57
FIGURA 2.23  Mapa hipsométrico das bacias
dos córregos Água Preta e Sumaré

Convenção

Rede Hídrica

Bacias do Água Preta e Sumaré

Quadra Viária

Linha Férrea

Elevação (m)

Máxima: 833

Mínima: 715

aré
Córrego Sum

SISTEMA DE PROJEÇÃO UTM


DATUM HORIZONTAL: Sirgas 2000 (Fuso 23)

FONTE: Mapa Digital da Cidade - MDC (2004)


e Mapa Hidrográfico do Município (2019)

m
±

0 125 250 500



Tie
Rio
ta
a Pr e
Á gu
go
rre

CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA

2.5  CARTA GEOTÉCNICA adentrando pelos córregos principais e


afluentes. Estas áreas apresentam um es-
A carta geotécnica traz importantes infor- coamento difuso, ou não concentrado, sem
mações sobre as características do meio que haja um talvegue bem definido. São
físico, como solos e rochas, e problemas regiões sujeitas a inundações. Os limites
existentes ou esperados, tais como zonas (representação linear) das bacias nessas
de escorregamentos. Essas características, áreas são de difícil delimitação, podendo
combinadas à forma de ocupação, possi- ser considerados limites indicativos.
bilitam a interpretação do meio físico e a Na região intermediária e alta da bacia,
avaliação das potencialidades e limitações há predominância de sedimentos terciá-
ao uso e à ocupação do solo. rios, que são constituídos predominante-
A FIGURA 2.24 apresenta a carta geotéc- mente por argilitos, siltitos, arenitos e con-
nica na área das bacias dos córregos Água glomerados. Capeando esses sedimentos,
Preta e Sumaré, com suas unidades geo- há uma camada relativamente espessa de
lógicas e demais ocorrências. Destaca-se solo argiloso laterizado, vermelho, deno-
nesse mapa a planície aluvial como áreas minado tecnicamente de “argila porosa”,
de fundo de vale com baixa declividade excelente para a execução de aterros com-
(menos de 5%) e solos arenosos e arenoar- pactados. O solo superficial apresenta tex-
gilosos de espessura variável, onde o nível tura argilosa; e o horizonte mais profundo
do lençol freático é raso. A planície aluvial tem textura predominantemente argilosa,
está presente em praticamente toda a área com intercalações mais arenosas, onde
a jusante da Avenida Francisco Matarazzo, podem ocorrer lençóis d’água suspensos.

60
Mapeamento 1930 – SARA, região de planície do Rio Tietê (imagem disponível no GeoSampa)
FIGURA 2.24  Carta geotécnica na área das
bacias dos córregos Água Preta e Sumaré

lia
Auré
o Rua
e ad ra si a
nt P ed Ve spa
r Pe a de Rua
ito B ic
He a
a Ru Rua Féli x
Ru D el l
aR
osa

Ru
Rua Rifaina

e
do

uqu
Rua

á
t ea
D

uiar
aD
Rocha

ba
P en
. Sinésio

z ag
Rua Min

G
do

ajaí
co Azeve

Rua
r
. Francis

ito

Gon
Rua Eng

C
He

Rua
Rua
Rua

a
Ru
Sar
am Ru
enh
a
Convenção

s
as t o
al
der

ro
ano

B
o Baya ital Fe

ove

res
Rede Hídrica

cul

avá
oB
rdo
Rua Ru

H er

Ca p
P

T
Rua aris

fon

Rua
Rua
Bacias do Água Preta e Sumaré C ayo

Ru a

f. Al
w aá

ancisc

Pro
Quadra Viária

Av.
aíb

Rua Fr
Rua Ru

H av

C aj
D iana

ral
Linha Férrea

Rua
Rua

e
Fed
Rua
Classes geológicas

ital
Aim
ber

C ap
ê
Planície aluvial

Rua
Rua
Api
Sedimento terciário najé
s

Terra mole, solo compressível né

uita
o
co

R ua P Rua
Api

sq
EEEEEEE ac ás

Me
E E E E E E ECemitério
EEEEEEE

tão
EEEEEEE Rua
I

G as
per
j aú

o
Gra Rua ig
ua .
Min C amp
eva
R

s
Rua

Rua
C aeté
A v. s
aré
Pa ul
o VI Córrego Sum Av. Sumaré Av. Su
m aré
SISTEMA DE PROJEÇÃO UTM
uda

DATUM HORIZONTAL: Sirgas 2000 (Fuso 23) Rua


C
Arr

Rua
o

Rua Dr.
ão
a ld

Min Fra
nc
f. Jo

FONTE: Mapa Digital da Cidade - MDC (2004),


. Arn

. God
Mapa Hidrográfico do Município (2019) e Carta ói
Pro

ubí
Av. Dr

Geotécnica do Município de São Paulo (1993)


Rua

C ai
Rua

Rua Rua
C ar Mo
dos nte
od Ale
eA g re
lme
em

ida
Hom
Dr.
Rua

m
±

0 125 250 500


ano
Rua Fáb
Av. Mal.

ia

Rua
ito T

R ibei
ro de B
Rua Co

ua D
r. M arro
iran s
da d
riolano

e Aze
Dr. ve do
Aug
ale

usto
de M
m. V

Rua Clé

iran
rre

da
es e

go
D

lia
Á
Rua

gu

ua B
r. d
a

o B an Rua
Pr e

ana R aul
l
ta

Pom
peia

Av.


ua C Pom

Tie
oto peia

s
o

Rio
Aire
Chic
s
Alve

Rua
ncio
d e.

T ucu
P

na
ira

enâ
Rua

ua C
rre

ara
íbas
. Fe

Rua

er
o las Bo
ália

A v. Nic
Min

t
ra I
Rua

e st

Rua
D
P al

iana
R ua
tira

Ru
B ar

a
Te
Rua

i xe
Av i ra
.A
nt
ár
eS

b i tica
ous

n a
Ta

ua
o

s
uria

o Vice nte
al h

R
am

é
ar
Rua
oR

um
n
Av. Pres. Castelo Branco
i so
Av.

.S
Joã

Av
Ed

Rua
An

tár
as
Rua

Av. Marq. de

D ona t ica
m

G
ho

Rua erm
aine
.T

Min Bu r
Av

C ae e rva cha
tés rd
az z o

co Av.
d aR O rde
och
at ar

a m
eP
rog
oM

uru

re sso ogre sso


Av. Orde m e Pr
c

Rua Tagip
ncis
lo

ru
Me

i cu

ra
de

Av. F
Itap
Rua
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA

2.6  USO DO SOLO A TABELA 2.1 indica os usos observados


nas bacias dos córregos Água Preta e Su-
A caracterização do uso do solo das ba- maré com suas respectivas porcentagens
cias em estudo foi atualizada partindo-se em relação à área total da bacia. O mapa
da base de Uso do Solo Predominante nos contendo os usos predominantes do solo
Distritos do Município de São Paulo, escala é apresentado na FIGURA 2.25.
1:30.000, elaborado pela Secretaria Munici- O uso do solo foi utilizado para a esti-
pal de Finanças e Desenvolvimento Econô- mativa dos parâmetros referentes à gera-
mico (SF, 2013), hoje Secretaria Municipal ção do escoamento superficial direto pelo
da Fazenda. modelo matemático empregado.
Essa atualização se deu por meio de fo- Os parques e áreas verdes existentes
tointerpretação de imagens aéreas recen- nas bacias dos córregos Água Preta e Su-
tes disponíveis. No processo de atualiza- maré e adjacências estão localizadas no
ção, a escala adotada foi de 1:5.000, com mapa da FIGURA 2.26.
o objetivo de aumentar os detalhes nas
áreas de interesse.

TABELA 2.1  Usos do solo registrados nas bacias dos córregos Água Preta e Sumaré

% da Área da Bacia
Usos do solo
Água Preta Sumaré

Ruas e Áreas Pavimentadas 25,2 27,4

Residencial, Comércio e Serviços 21,9 17,5

Residencial Horizontal Médio Alto Padrão 15,3 10,4

Residencial Vertical Médio Alto Padrão 14,9 19,3

Espaços Abertos 7,4 8,2

Equipamento Urbano 4,6 6,5

Comércio e Serviços 4,3 7,6

Comércio, Serviços, Indústria e Armazém 2,9 2,4

Residencial Horizontal Baixo Padrão 2,3 0,0

Indústria e Armazém 1,3 0,7

64
Ortofoto 2017 – PMSP, região de planície do Rio Tietê (ortofoto disponível no GeoSampa)
FIGURA 2.25  Mapeamento do uso do solo nas
bacias dos córregos Água Preta e Sumaré

lia
Auré
o Rua
e ad ra si a
nt P ed Ve spa
r Pe a de Rua
ito B ic
He a
a Ru Rua Féli x
Ru D el l
aR
osa

Ru
Rua Rifaina

e
do

uqu
Rua

á
t ea
D

uiar
aD
Rocha

ba
P en
. Sinésio

z ag
Rua Min

G
do

ajaí
co Azeve

Rua
r
. Francis

ito

Gon
Rua Eng

C
He

Rua
Rua
Rua

a
Ru
Sar
am Ru
enh
a
Convenção

s
as t o
al
der

ro
ano

B
o Baya ital Fe

ove

res
Rede Hídrica

cul

avá
oB
rdo
Rua Ru

H er

Ca p
P

T
Rua aris

fon

Rua
Rua
Bacias do Água Preta e Sumaré C ayo

Ru a

f. Al
w aá

ancisc

Pro
Quadra Viária

Av.
aíb

Rua Fr
Rua Ru

H av

C aj
D iana

ral
Linha Férrea

Rua
Rua

e
Fed
Rua

ital
Aim
ber

C ap
ê

Rua
Rua
Api
najé
s

uita
o
co

R ua P Rua
Api

sq
ac ás

Me
tão
Rua
I

G as
per
j aú

o
Gra Rua ig
ua .
Min C amp
eva
R

s
Rua

Rua
C aeté
A v. s
aré
Pa ul
o VI Córrego Sum Av. Sumaré Av. Su
m aré
SISTEMA DE PROJEÇÃO UTM
uda

DATUM HORIZONTAL: Sirgas 2000 (Fuso 23) Rua


C
Arr

Rua
o

Rua Dr.
ão
a ld

Min Fra
nc
f. Jo

FONTE: Mapa Digital da Cidade - MDC (2004),


. Arn

. God
Mapa Hidrográfico do Município (2019) e Sec. ói
Pro

ubí
Av. Dr

Municipal da Fazenda (2013, atualizado)


Rua

C ai
Rua

Rua Rua
C ar Mo
dos nte
od Ale
eA g re
lme
em

ida
Hom
Dr.
Rua

m
±

0 125 250 500


Uso do solo

Comércio, Serviços, Indústria e Armazém

Comércio e Serviços

ano Equipamento Urbano

Espaço Aberto
Rua Fáb
Av. Mal.

Indústria e Armazém
ia

Rua
ito T

R ibei Residencial Horizontal Baixo Padrão


ro de B
Rua Co

ua D
r. M arro
iran s Residencial Horizontal Médio Alto Padrão
da d
riolano

e Aze
Dr. ve do
Aug Residencial Vertical Médio Alto Padrão
ale

usto
de M
m. V

Rua Clé

iran
rre

da Residencial, Comércio e Serviços


es e

go
D

lia
Á
Rua

Rua e Área Pavimentada


gu

ua B
r. d
a

o B an Rua
Pr e

ana R aul
l
ta

Pom
peia

Av.


ua C Pom

Tie
oto peia

s
o

Rio
Aire
Chic
s
Alve

Rua
ncio
d e.

T ucu
P

na
ira

enâ
Rua

ua C
rre

ara
íbas
. Fe

Rua

er
o las Bo
ália

A v. Nic
Min

t
ra I
Rua

e st

Rua
D
P al

iana
R ua
tira

Ru
B ar

a
Te
Rua

i xe
Av i ra
.A
nt
ár
eS

b i tica
ous

n a
Ta

ua
o

s
uria

o Vice nte
al h

R
am

é
ar
Rua
oR

um
n
Av. Pres. Castelo Branco
i so
Av.

.S
Joã

Av
Ed

Rua
An

tár
as
Rua

Av. Marq. de

D ona t ica
m

G
ho

Rua erm
aine
.T

Min Bu r
Av

C ae e rva cha
tés rd
az z o

co Av.
d aR O rde
och
at ar

a m
eP
rog
oM

uru

re sso ogre sso


Av. Orde m e Pr
c

Rua Tagip
ncis
lo

ru
Me

i cu

ra
de

Av. F
Itap
Rua
FIGURA 2.26  Parques e áreas verdes das bacias
dos córregos Água Preta e Sumaré e adjacências

lia
Auré
o Rua
e ad ra si a
nt P ed Ve spa
r Pe a de Rua
ito B ic
He a
a Ru Rua Féli x
Ru D el l
aR
osa

Ru
Rua Rifaina

e
do

uqu
Rua

á
t ea
D

uiar
aD
Rocha

ba
P en
. Sinésio

z ag
Rua Min

G
do

ajaí
co Azeve

Rua
r
. Francis

ito

Gon
Rua Eng

C
He

Rua
Rua
Rua

a
Ru
Sar
am Ru
enh
a
Convenção

s
as t o
al
der

ro
ano

B
o Baya ital Fe

ove

res
Rede Hídrica

cul

avá
oB
rdo
Rua Ru

H er

Ca p
P

T
Rua aris

fon

Rua
Rua
Bacias do Água Preta e Sumaré C ayo

Ru a

f. Al
w aá

ancisc

Pro
Quadra Viária

Av.
aíb

Rua Fr
Rua Ru

H av

C aj
D iana

ral
Linha Férrea

Rua
Rua

e
Fed
Rua

ital
Aim
ber

C ap
Parques Municipais e Estaduais ê

Rua
Existente Rua
Api
najé
s

uita
o
co

R ua P Rua
Api

sq
ac ás

Me
tão
Rua
I

G as
per
j aú

o
Gra Rua ig
ua .
Min C amp
eva
R

s
Rua

Rua
C aeté
A v. s
aré
Pa ul
o VI Córrego Sum Av. Sumaré Av. Su
m aré
SISTEMA DE PROJEÇÃO UTM
uda

DATUM HORIZONTAL: Sirgas 2000 (Fuso 23) Rua


C
Arr

Rua
Zilda Natel Rua Dr.
ão

Min Fra
nc
f. Jo

FONTE: Mapa Digital da Cidade - MDC (2004), . God


Mapa Hidrográfico do Município (2019) e ói
Pro

ubí

Plano Diretor Estratégico (2014)


Rua

C ai
Rua

Rua Rua
C ar Mo
dos nte
od Ale
eA g re
lme
em

ida
Hom
Dr.
Rua

m
±

0 125 250 500


ano
Rua Fáb
Av. Mal.

ia

Rua
ito T

R ibei
ro de B
Rua Co

ua D
r. M arro
iran s
da d
riolano

e Aze
Dr. ve do
Aug
ale

usto
de M
m. V

Rua Clé

iran
rre

da
es e

go
D

lia
Á
Rua

gu

ua B
r. d
a

o B an Rua
Pr e

ana R aul
l
ta

Pom
peia

Av.


ua C Pom

Tie
oto peia

s
o

Rio
Aire
Chic

Jardim das Perdizes


s
Alve

Rua
ncio
d e.

T ucu
P

na
ira

enâ
Rua

ua C
rre

ara
íbas
. Fe

Rua

er
o las Bo
ália

A v. Nic
Min

t
ra I
Rua

e st

Rua
D
P al

iana
R ua
tira

Ru
B ar

a
Te
Rua

i xe
Av i ra
.A
nt
ár
eS

b i tica
ous

n a
Ta

ua
o

s
uria

o Vice nte
al h

R
am

é
ar
Rua
oR

um
n
Av. Pres. Castelo Branco
i so
Av.

.S
Joã

Av
Ed
An

tár
as
Rua

Av. Marq. de

Rua t ica
m

D ona
ho

Rua G
.T

Min erm
aine
Av

C ae e rva
tés Bu r
cha
rd
co Av.
d aR O rde
och m
a Fernando Costa (Água Branca) eP
rog
re sso
az z o

sso ogre
Av. Orde m e Pr
uru
lo

ru

at ar
Me

Rua Tagip
i cu
de

Itap

oMc
Rua

ncis
ra
Av. F
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA

2.7  ZONEAMENTO URBANO • Territórios de transformação:  objeti-


va a promoção do adensamento cons-
O zoneamento das bacias dos córregos Água trutivo e populacional das atividades
Preta e Sumaré se insere no contexto do Pla- econômicas e dos serviços públicos, a
no Regional da Subprefeitura da Lapa. diversificação de atividades e a qua-
O Plano Diretor Estratégico – PDE (Lei nº lificação paisagística dos espaços pú-
16.050/2014) orienta o planejamento urba- blicos, de forma a adequar o uso do
no municipal, e seus objetivos, diretrizes solo à oferta de transporte público
e prioridades devem ser respeitados, den- coletivo. (Formado pelas zonas: ZEU |
tre outros, pela Lei de Parcelamento, Uso e ZEUP | ZEM | ZEMP).
Ocupação do Solo; os Planos Regionais Es- • Territórios de qualificação: buscam a
tratégicos; os Planos de Bairros; os planos manutenção de usos não residenciais
setoriais de políticas urbano-ambientais; e existentes, o fomento às atividades
as demais normas correlatas. produtivas, a diversificação de usos
As bacias dos córregos Água Preta e Su- ou o adensamento populacional mo-
maré estão inseridas nas macroáreas de derado, a depender das diferentes lo-
urbanização consolidada e estruturação calidades que constituem esses terri-
metropolitana, conforme pode ser visuali- tórios. (Formado pelas zonas: ZOE | ZPI
zado na FIGURA 2.27. | ZDE | ZEIS | ZM | ZCOR | ZC).
O PDE dá diretrizes para a legislação • Territórios de preservação:  áreas
de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo em que se objetiva a preservação de
(LPUOS), a fim de atender aos objetivos e bairros consolidados de baixa e mé-
diretrizes estabelecidos pelo Plano para dia densidades, de conjuntos urbanos
as macrozonas, as macroáreas e a rede específicos e territórios destinados à
de estruturação da transformação urbana. promoção de atividades econômicas
Atendendo a essas diretrizes, a Lei de Zo- sustentáveis conjugada com a preser-
neamento vigente (Lei nº 16.402/2016) foi vação ambiental, além da preservação
sancionada no dia 22 de março de 2016. cultural. (Formado pelas zonas: ZEPEC
De acordo com a Lei de Zoneamento, as | ZEP | ZEPAM | ZPDS | ZER | ZPR).
zonas foram organizadas em três diferen-
tes agrupamentos:

70
ÁGUA PRETA E SUMARÉ

As áreas das bacias dos córregos Água especial, a melhoria da retenção e infiltra-
Preta e Sumaré, pertencente ao Plano Re- ção da água nos lotes, a melhoria do mi-
gional da Subprefeitura da Lapa, apresenta croclima e a ampliação da vegetação.
seu zoneamento classificado conforme in- Segundo o artigo 74 da Lei nº 16.402/2016,
dica a FIGURA 2.28. a QA corresponde a um conjunto de regras
A TABELA 2.2 indica a área correspon- de ocupação dos lotes objetivando qualifi-
dente a cada zona de uso e ocupação na cá-los ambientalmente, tendo como refe-
bacia. rência uma medida da eficácia ambiental
A Lei do Zoneamento Urbano criou a para cada lote, expressa por um índice que
quota ambiental (QA) com o objetivo de agrega os indicadores Cobertura Vegetal (V)
promover a qualificação do território, em e Drenagem (D).

TABELA 2.2  Zonas de uso e ocupação do solo nas bacias dos córregos Água Preta e Sumaré

Água Preta Sigla Área (%)

Praça/Canteiro Praça/Canteiro 3,78

Zona Centralidade ZC 5,78

Zona Corredor 1 ZCOR-1 1,06

Zona Corredor 2 ZCOR-2 0,93

Zona Corredor 3 ZCOR-3 0,87

Zona Especial de Interesse Social 2 ZEIS-2 0,48

Zona Especial de Interesse Social 3 ZEIS-3 0,37

Zona Especial de Interesse Social 5 ZEIS-5 0,12


Zona Eixo de Estruturação da
ZEM 2,30
Transformação Metropolitana
Zona Especial de Preservação Ambiental ZEPAM 3,52

Zona Exclusivamente Residencial 1 ZER-1 10,76

Zona Eixo de Estruturação da Transformação Urbana ZEU 18,24

Zona Mista ZM 45,17

Zonas de Ocupação Especial ZOE 1,99

Zona Predominantemente Residencial ZPR 4,64

71
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA

A lei estabelece, em seu Art. 76, que, nos Ambiental (PA), que expressam a situação
processos de licenciamento de edificações ambiental e o potencial de transformação
novas ou de reformas com alteração de de cada perímetro.
área construída superior a 20%, será exigi- Os PAs foram definidos a partir do es-
da uma pontuação mínima de QA, em fun- tabelecimento de áreas homogêneas em
ção da localização e do tamanho do lote, relação aos problemas de inundação, de
conforme Quadro 3A da referida lei. O § 2º microclima e de qualidade ecossistêmica,
do mesmo artigo cita que lotes com área assim como o poder de transformação em
total menor ou igual a 500 m² estão isen- relação à vegetação e à drenagem.
tos de aplicação da QA. Cada perímetro possui uma nota relativa
O Art. 79 adverte que lotes com área à vegetação e outra à drenagem, sendo tan-
total superior a 500 m², nos quais inci- to maior quanto pior a situação existente
dem as disposições da QA, é obrigatória do perímetro. A nota relacionada ao poten-
a instalação de reservação de controle cial de transformação possui escala inver-
de escoamento superficial, independen- sa, ou seja, nota menor quanto menor seu
temente da adoção de outros mecanis- potencial de transformação. Após a soma-
mos de controle do escoamento super- tória das notas, obteve-se que perímetros
ficial que impliquem reservação e/ou com baixo desempenho ambiental e alto
infiltração e/ou percolação. potencial de transformação teriam exigên-
Cabe ressaltar que todos os lotes de- cias maiores em termos de QA, assim como,
verão atender as taxas de permeabilidade perímetros com alto desempenho ambien-
mínima estabelecidas para cada Períme- tal e baixo potencial de transformação te-
tro de Qualificação Ambiental, conforme o riam exigências menores em termos de QA9.
Quadro 3A da lei (Art. 81). Foram delimitados 13 perímetros de
Para fins de aplicação da QA, o terri- qualificação ambiental, sendo o PA 13 cor-
tório do Município de São Paulo fica di- respondente às macroáreas de contenção
vidido em Perímetros de Qualificação urbana e uso sustentável e de preservação

9. CAETANO, P. M. D. Fundamentação teórica da Quota  Ambiental e estudo de caso de seu desenvolvimento em São
Paulo. 2016. Tese (doutorado em Saúde Ambiental) – Faculdade de Saúde Pública, Universidade de São Paulo, São
Paulo, 2016. Disponível em: <https://teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6134/tde-31052016-141005/pt-br.php>. Acesso
em: 18 set. 2018.

72
ÁGUA PRETA E SUMARÉ

dos ecossistemas naturais. Esse perímetro cias dos córregos Água Preta e Sumaré, e
tem como diretriz impedir a expansão ur- a FIGURA 2.30 mostra a taxa de permeabi-
bana e promover a preservação ambiental lidade mínima estabelecida por períme-
e os usos sustentáveis dos recursos natu- tro ambiental e zonas específicas. O zo-
rais, inclusive com atividades agrícolas e neamento urbano das bacias em estudo
produção de alimentos. A TABELA 2.3 apre- indica as zonas ZEPAM, ZCOR e ZER per-
senta a taxa de permeabilidade mínima tencentes às bacias que devem obedecer
permitida em cada PQA. às taxas estabelecidas pelas zonas e não
A FIGURA 2.29 indica os perímetros de pelo perímetro ambiental.
qualificação ambiental existentes nas ba-

TABELA 2.3  Taxa de Permeabilidade Mínima nos Perímetros


de Qualificação Ambiental (Quadro 3A – Quota Ambiental)

Taxa de permeabilidade (a)
Perímetro de
Qualificação Ambiental
Lote ≤ 500 m² Lote > 500 m²

PA1 0,15 0,25

PA2 0,15 0,25

PA3 0,15 0,25

PA4 0,15 0,25

PA5 0,15 0,25


(a) Em lotes inseridos em ZEPAM,
PA6 0,15 0,20
ZPDSr, ZPDS, ZCOR, ZPR e ZER,
PA7 0,15 0,20 deverão ser aplicadas as seguin-
tes taxas de permeabilidade mí-
PA8 0,15 0,20 nima: 0,90, 0,70, 0,50, 0,30, 0,30 e
0,30, respectivamente, indepen-
PA9 0,10 0,15
dente do tamanho do lote;
PA10 0,20 0,25
(b) O PA 13 corresponde às ma-
PA11 0,20 0,30 croáreas de contenção urbana e
uso sustentável e de preserva-
PA12 0,20 0,30 ção dos ecossistemas naturais,
nas quais não se aplicam as exi-
PA13 (b) NA NA
gências da Quota Ambiental.
Fonte: Adaptado do Quadro 3A – Anexo integrante da Lei nº 16.402/2016.

73
FIGURA 2.27  Macroáreas de uso e ocupação
do solo – PDE (Lei nº 16.050/2014) nas
bacias dos córregos Água Preta e Sumaré

li a
Auré
o Rua
ad ra sia
te spa
n P ed Ve
r Pe ad
e
Rua
ito a Bic
He Ru
a Rua Félix
Ru D ell
aR
osa

Rua
Rua Rifaina

e
do

uqu
Rua

ará
tea
D

aD
Rocha

íba
Pen

Gu i
. Sinésio
Rua Min

zag
do
co Azeve

Caja

Rua
or
. Francis

Go n
Rua Eng

eit

Rua
aH
Rua

Rua
Sar

Ru
am Ru
enh
a
Convenção

to s
al

Bas
der

ero
o
an

o Baya i tal Fe

s
Rede Hídrica

Bov

áre
cul

rdo
Rua Ru

Tav
Her

nso
C ap
Rua Par
is

Rua
Rua

Alfo
Bacias do Água Preta e Sumaré Ca y

Rua
o wa
á

f.
ancisc

Pro
Quadra Viária

Av.
aíb

Rua

Rua Fr
Ru

Hav

Ca j
Dia
na

ral
Linha Férrea

Rua
Rua

e
Fed
Rua

ital
Macroárea Aim
ber

Ca p
ê

Rua
Urbanização Consolidada Rua
A pi
najé
Estruturação Metropolitana s

ita
Po
co

Rua
R ua

u
A pi

esq
acá
s

oM
Rua

stã
Ipe
j aú

roig
. Ga
G ra Rua
ua Min Ca m
pev
R

Rua as
Rua

Ca e
tés
Av . aré
Pa ul
o VI Córrego Sum Av. Sumaré Av. S
u maré
SISTEMA DE PROJEÇÃO UTM
da

Rua
rru

DATUM HORIZONTAL: Sirgas 2000 (Fuso 23) C


Rua
A
o

Rua Dr.
ão
a ld

Min F ra
nc
f. Jo

FONTE: Mapa Digital da Cidade - MDC (2004), . Go


. Arn

Mapa Hidrográfico do Município (2019) e dó i


Pro

ubí
Av. Dr

Plano Diretor Estratégico (2014)


Rua

Ca i
Rua

Rua Rua
Ca r Mo
do s nte
od A leg
eA re
lme
em

ida
Hom
Dr.
Rua

m
±

0 125 250 500


ano
Rua Fáb
Av. Mal.

ia

Rua
Tito

Ri b
eiro
Rua Co

aD d eB
r. M arro
iran s
da d
e Az
riolano

Dr. eve
Aug d o
Vale

usto
d eM
Rua Clé

iran
em.

rre

da
Des

go

lia
Á
Rua

gu

ua B
r. d
a

o Ban Rua
Pr e

ana Ra u
l l Po
ta

mp
eia
Av.


ua C Pom
pe i

Tie
o tox a
ó
ires
ico

Rio
. Ch

io A
lves

Rua
P de

Tuc
ânc
ra A

una
Ve n
Rua
rrei

ua C
a raíb
. Fe

Rua

as Boer
icolas
ia

Av. N
Min

Itá l
stra
Rua

Rua
e

Dia
Pal

na
Ru a
tira

Ru
Bar

a
Te
Rua

ix e
Av ir a
.An

eS

b i rtica
ous

na
Ta
assú

ua
o

São Vicente
alh

Turi

R
am


ma
Rua
oR

n
Av. Pres. Castelo Branco

u
Av .

so

.S
Joã

di

Av Rua
E
An

tá r
as
Rua

Av. Marq. de

Don t ica
om

a Ge
Rua rma
Th

Min ine
B
.

Ca e
Av

erv urch
tés a a rd
zzo

co Av.
da O rde
a

Roc
atar

h a m
eP
rog
M

uru

res ogre sso


isco

so Av. Ordem e Pr
Rua Tagip
lo

anc
Me

r
icu

r
de

Itap

Av. F
Rua
FIGURA 2.28  Zoneamento Urbano nas
bacias dos córregos Água Preta e Sumaré

lia
Auré
o Rua
e ad ra si a
nt P ed Ve spa
r Pe a de Rua
ito B ic
He a
a Ru Rua Féli x
Ru D el l
aR
osa

Ru
Rua Rifaina

e
do

uqu
Rua

á
t ea
D

uiar
aD
Rocha

ba
P en
. Sinésio

z ag
Rua Min

G
do

ajaí
co Azeve

Rua
r
. Francis

ito

Gon
Rua Eng

C
He

Rua
Rua
Rua

a
Ru
Sar
am Ru
enh
a
Convenção

s
as t o
al
der

ro
ano

B
o Baya ital Fe

ove

res
Rede Hídrica

cul

avá
oB
rdo
Rua Ru

H er

Ca p
P

T
Rua aris

fon

Rua
Rua
Bacias do Água Preta e Sumaré C ayo

Ru a

f. Al
w aá

ancisc

Pro
Quadra Viária

Av.
aíb

Rua Fr
Rua Ru

H av

C aj
D iana

ral
Linha Férrea

Rua
Rua

e
Fed
Rua

ital
Aim
ber

C ap
ê

Rua
Rua
Api
najé
s

uita
o
co

R ua P Rua
Api

sq
ac ás

Me
tão
Rua
I

G as
per
j aú

o
Gra Rua ig
ua .
Min C amp
eva
R

s
Rua

Rua
C aeté
A v. s
aré
Pa ul
o VI Córrego Sum Av. Sumaré Av. Su
m aré
SISTEMA DE PROJEÇÃO UTM
uda

DATUM HORIZONTAL: Sirgas 2000 (Fuso 23) Rua


C
Arr

Rua
o

Rua Dr.
ão
a ld

Min Fra
nc
f. Jo

FONTE: Mapa Digital da Cidade - MDC (2004),


. Arn

. God
Mapa Hidrográfico do Município (2019) e Lei de ói
Pro

ubí
Av. Dr

Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo (2016)


Rua

C ai
Rua

Rua Rua
C ar Mo
dos nte
od Ale
eA g re
lme
em

ida
Hom
Dr.
Rua

m
±

0 125 250 500


Zoneamento Urbano

Praça/Canteiro ZEM

ZC ZEPAM
ano
Rua Fáb ZCOR-1 ZER-1
Av. Mal.

ZCOR-2 ZEU

ZCOR-3 ZM
ia

Rua
ito T

R ibei
ro de B
Rua Co

ua D
r. M arro ZEIS-2 ZOE
iran s
da d
ZEIS-3 ZPR
riolano

e Aze
Dr. ve do
Aug
ale

usto
de M ZEIS-5
m. V

Rua Clé

iran
rre

da
es e

go
D

lia
Á
Rua

gu

ua B
r. d
a

o B an Rua
Pr e

ana R aul
l
ta

Pom
peia

Av.


ua C Pom

Tie
oto peia

s
o

Rio
Aire
Chic
s
Alve

Rua
ncio
d e.

T ucu
P

na
ira

enâ
Rua

ua C
rre

ara
íbas
. Fe

Rua

er
o las Bo
ália

A v. Nic
Min

t
ra I
Rua

e st

Rua
D
P al

iana
R ua
tira

Ru
B ar

a
Te
Rua

i xe
Av i ra
.A
nt
ár
eS

b i tica
ous

n a
Ta

ua
o

s
uria

o Vice nte
al h

R
am

é
ar
Rua
oR

um
n
Av. Pres. Castelo Branco
i so
Av.

.S
Joã

Av
Ed

Rua
An

tár
as
Rua

Av. Marq. de

D ona t ica
m

G
ho

Rua erm
aine
.T

Min Bu r
Av

C ae e rva cha
tés rd
az z o

co Av.
d aR O rde
och
at ar

a m
eP
rog
oM

uru

re sso ogre sso


Av. Orde m e Pr
c

Rua Tagip
ncis
lo

ru
Me

i cu

ra
de

Av. F
Itap
Rua
FIGURA 2.29  Perímetro de qualificação ambiental
nas bacias dos córregos Água Preta e Sumaré

lia
Auré
o Rua
e ad ra si a
nt P ed Ve spa
r Pe a de Rua
ito B ic
He a
a Ru Rua Féli x
Ru D el l
aR
osa

Ru
Rua Rifaina

e
do

uqu
Rua

á
t ea
D

uiar
aD
Rocha

ba
P en
. Sinésio

z ag
Rua Min

G
do

ajaí
co Azeve

Rua
r
. Francis

ito

Gon
Rua Eng

C
He

Rua
Rua
Rua

a
Ru
Sar
am Ru
enh
a
Convenção

s
as t o
al
der

ro
ano

B
o Baya ital Fe

ove

res
Rede Hídrica

cul

avá
oB
rdo
Rua Ru

H er

Ca p
P

T
Rua aris

fon

Rua
Rua
Bacias do Água Preta e Sumaré C ayo

Ru a

f. Al
w aá

ancisc

Pro
Quadra Viária

Av.
aíb

Rua Fr
Rua Ru

H av

C aj
D iana

ral
Linha Férrea

Rua
Rua

e
Fed
Rua

ital
Perímetro Ambiental Aim
ber

C ap
ê
PA 1

Rua
Rua
Api
PA 5 najé
s

uita
o
co

R ua P Rua
Api

sq
ac ás

Me
tão
Rua
I

G as
per
j aú

o
Gra Rua ig
ua .
Min C amp
eva
R

s
Rua

Rua
C aeté
A v. s
aré
Pa ul
o VI Córrego Sum Av. Sumaré Av. Su
m aré
SISTEMA DE PROJEÇÃO UTM
uda

DATUM HORIZONTAL: Sirgas 2000 (Fuso 23) Rua


C
Arr

Rua
o

Rua Dr.
ão
a ld

Min Fra
nc
f. Jo

FONTE: Mapa Digital da Cidade - MDC (2004)


. Arn

. God
e Mapa Hidrográfico do Município (2019) e Lei de ói
Pro

ubí
Av. Dr

Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo (2016)


Rua

C ai
Rua

Rua Rua
C ar Mo
dos nte
od Ale
eA g re
lme
em

ida
Hom
Dr.
Rua

m
±

0 125 250 500


ano
Rua Fáb
Av. Mal.

ia

Rua
ito T

R ibei
ro de B
Rua Co

ua D
r. M arro
iran s
da d
riolano

e Aze
Dr. ve do
Aug
ale

usto
de M
m. V

Rua Clé

iran
rre

da
es e

go
D

lia
Á
Rua

gu

ua B
r. d
a

o B an Rua
Pr e

ana R aul
l
ta

Pom
peia

Av.


ua C Pom

Tie
oto peia

s
o

Rio
Aire
Chic
s
Alve

Rua
ncio
d e.

T ucu
P

na
ira

enâ
Rua

ua C
rre

ara
íbas
. Fe

Rua

er
o las Bo
ália

A v. Nic
Min

t
ra I
Rua

e st

Rua
D
P al

iana
R ua
tira

Ru
B ar

a
Te
Rua

i xe
Av i ra
.A
nt
ár
eS

b i tica
ous

n a
Ta

ua
o

s
uria

o Vice nte
al h

R
am

é
ar
Rua
oR

um
n
Av. Pres. Castelo Branco
i so
Av.

.S
Joã

Av
Ed

Rua
An

tár
as
Rua

Av. Marq. de

D ona t ica
m

G
ho

Rua erm
aine
.T

Min Bu r
Av

C ae e rva cha
tés rd
az z o

co Av.
d aR O rde
och
at ar

a m
eP
rog
oM

uru

re sso ogre sso


Av. Orde m e Pr
c

Rua Tagip
ncis
lo

ru
Me

i cu

ra
de

Av. F
Itap
Rua
FIGURA 2.30  Taxa de permeabilidade mínima
para as bacias dos córregos Água Preta e Sumaré

lia
Auré
o Rua
e ad ra si a
nt P ed Ve spa
r Pe a de Rua
ito B ic
He a
a Ru Rua Féli x
Ru D el l
aR
osa

Ru
Rua Rifaina

e
do

uqu
Rua

á
t ea
D

uiar
aD
Rocha

ba
P en
. Sinésio

z ag
Rua Min

G
do

ajaí
co Azeve

Rua
r
. Francis

ito

Gon
Rua Eng

C
He

Rua
Rua
Rua

a
Ru
Sar
am Ru
enh
a
Convenção

s
as t o
al
der

ro
ano

B
o Baya ital Fe

ove

res
Rede Hídrica

cul

avá
oB
rdo
Rua Ru

H er

Ca p
P

T
Rua aris

fon

Rua
Rua
Bacias do Água Preta e Sumaré C ayo

Ru a

f. Al
w aá

ancisc

Pro
Quadra Viária

Av.
aíb

Rua Fr
Rua Ru

H av

C aj
D iana

ral
Linha Férrea

Rua
Rua

e
Fed
Rua

ital
Área Permeável Mínima Exigida (%) Aim
ber

C ap
ê

Rua
0 - 15 Rua
Api
najé
16 - 25 s

26 - 65 né

uita
o
co

R ua P Rua
Api

sq
66- 100 ac ás

Me
tão
Rua
I

G as
per
j aú

o
Gra Rua ig
ua .
Min C amp
eva
R

s
Rua

Rua
C aeté
A v. s
aré
Pa ul
o VI Córrego Sum Av. Sumaré Av. Su
m aré
SISTEMA DE PROJEÇÃO UTM
uda

DATUM HORIZONTAL: Sirgas 2000 (Fuso 23) Rua


C
Arr

Rua
o

Rua Dr.
ão
a ld

Min Fra
nc
f. Jo

FONTE: Mapa Digital da Cidade - MDC (2004),


. Arn

. God
Mapa Hidrográfico do Município (2019) e Lei de ói
Pro

ubí
Av. Dr

Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo (2016)


Rua

C ai
Rua

Rua Rua
C ar Mo
dos nte
od Ale
eA g re
lme
em

ida
Hom
Dr.
Rua

m
±

0 125 250 500


ano
Rua Fáb
Av. Mal.

ia

Rua
ito T

R ibei
ro de B
Rua Co

ua D
r. M arro
iran s
da d
riolano

e Aze
Dr. ve do
Aug
ale

usto
de M
m. V

Rua Clé

iran
rre

da
es e

go
D

lia
Á
Rua

gu

ua B
r. d
a

o B an Rua
Pr e

ana R aul
l
ta

Pom
peia

Av.


ua C Pom

Tie
oto peia

s
o

Rio
Aire
Chic
s
Alve

Rua
ncio
d e.

T ucu
P

na
ira

enâ
Rua

ua C
rre

ara
íbas
. Fe

Rua

er
o las Bo
ália

A v. Nic
Min

t
ra I
Rua

e st

Rua
D
P al

iana
R ua
tira

Ru
B ar

a
Te
Rua

i xe
Av i ra
.A
nt
ár
eS

b i tica
ous

n a
Ta

ua
o

s
uria

o Vice nte
al h

R
am

é
ar
Rua
oR

um
n
Av. Pres. Castelo Branco
i so
Av.

.S
Joã

Av
Ed

Rua
An

tár
as
Rua

Av. Marq. de

D ona t ica
m

G
ho

Rua erm
aine
.T

Min Bu r
Av

C ae e rva cha
tés rd
az z o

co Av.
d aR O rde
och
at ar

a m
eP
rog
oM

uru

re sso ogre sso


Av. Orde m e Pr
c

Rua Tagip
ncis
lo

ru
Me

i cu

ra
de

Av. F
Itap
Rua
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA

2.8 POPULAÇÃO condições de saúde e acesso aos serviços


médicos, ao acesso e à qualidade do sis-
2.8.1  DENSIDADE DEMOGRÁFICA tema educacional, à possibilidade de ob-
ter trabalho com qualidade e remuneração
Os aspectos populacionais de uma socie- adequadas, à existência de garantias le-
dade, incluindo a análise de componen- gais e políticas etc.
tes demográficas, tamanho da população, O índice também considera que a se-
alterações no tempo, sua distribuição es- gregação espacial é um fenômeno pre-
pacial e a composição segundo diferentes sente nos centros urbanos paulistas e que
características, são essenciais para o pla- contribui decisivamente para a permanên-
nejamento de áreas urbanas. cia dos padrões de desigualdade social,
A FIGURA 2.31 apresenta a densidade em termos de infraestrutura, segurança,
populacional das bacias dos córregos Água disponibilidade de espaços públicos, entre
Preta e Sumaré. outros, que influenciam os níveis de bem-
-estar de pessoas e famílias.
A inclusão da renda domiciliar per capita
2.8.2  ÍNDICE PAULISTA DE no IPVS possibilitou a operacionalização da
VULNERABILIDADE SOCIAL – IPVS dimensão da vulnerabilidade relacionada
à insuficiência de renda, que constitui um
O IPVS foi criado pelo Governo do Estado dos elementos determinantes da pobreza.
de São Paulo para auxiliar na identificação A localização das moradias também im-
dos locais prioritários, com segmentos po- plica importantes variações em relação
pulacionais mais frágeis, para a formula- às oportunidades econômicas e sociais, e
ção e implementação de políticas públicas. pode conduzir a processos de exclusão. Em
Na formulação do Índice, assume-se o muitos casos, o local de residência pode
conceito de que a vulnerabilidade de um significar uma barreira de acesso aos ser-
indivíduo, família ou grupo social refere- viços (educação, saúde, transportes etc.)
-se a sua maior ou menor capacidade de e ao mercado de trabalho, além de não
controlar os fatos que afetam seu bem-es- permitir o contato com redes sociais váli-
tar. Considera que a vulnerabilidade à po- das que incrementam esse acesso. Nesse
breza não se limita à privação de renda, sentido, incorporou-se explicitamente aos
mas expande-se à composição familiar, às grupos do IPVS a situação de aglomerado

82
ÁGUA PRETA E SUMARÉ

subnormal, que indica se o setor censitá- variáveis: renda domiciliar per capita, pro-
rio caracteriza-se como favela. Da mesma porção de domicílios com renda domici-
forma, a diferenciação da situação urba- liar per capita de até meio salário mínimo,
na ou rural de setores censitários de baixa proporção de domicílios com renda domi-
renda propicia a identificação de situações ciliar per capita de até um quarto do salá-
igualmente vulneráveis, mas que deman- rio mínimo, rendimento médio da mulher
dam políticas públicas distintas. responsável pelo domicílio e proporção de
O IPVS consiste em uma tipologia de pessoas responsáveis alfabetizadas. Ao fa-
situações de exposição à vulnerabilida- tor demográfico estão associadas as variá-
de, agregando aos indicadores de renda veis: proporção de pessoas responsáveis
outros referentes ao ciclo de vida fami- de 10 a 29 anos, proporção de mulheres
liar e à escolaridade, no espaço intraurba- responsáveis de 10 a 29 anos, idade média
no, como aglomerado subnormal (favela) das pessoas responsáveis e proporção de
e sua localização (urbana ou rural). Assim crianças de 0 a 5 anos de idade.
sendo, o IPVS é composto por dois fato- A TABELA 2.4 indica a classificação dos
res, o socioeconômico e o demográfico. Ao grupos do IPVS 2010 para as bacias dos
fator socioeconômico estão associadas as córregos Água Preta e Sumaré.

TABELA 2.4  Grupos do IPVS para as bacias dos córregos Água Preta e Sumaré
Dimensões Situação e tipo de IPVS
Grupo IPVS 2010
Socioeconômica Ciclo de vida familiar setores por grupo (%área)

0 – – Sem informação – 5,6


Famílias jovens, Baixíssima Urbanos e rurais não
1 Muito alta 67,1
adultas e idosas vulnerabilidade especiais e subnormais
Vulnerabilidade Urbanos e rurais não
2 Média Famílias adultas e idosas 25,3
muito baixa especiais e subnormais
Urbanos e rurais não
3 Média Famílias jovens Vulnerabilidade baixa 2,0
especiais e subnormais
Urbanos não especiais
4 Baixa Famílias adultas e idosas Vulnerabilidade média 0,0
e subnormais
Famílias jovens em
5 Baixa Vulnerabilidade alta Urbanos não especiais 0,0
setores urbanos
Famílias jovens residentes
Vulnerabilidade
6 Baixa em aglomerados Urbanos subnormais 0,0
muito alta
subnormais
Famílias idosas, adultas e
7 Baixa Vulnerabilidade alta Rurais –
jovens em setores rurais

83
FIGURA 2.31  Densidade demográfica das
bacias dos córregos Água Preta e Sumaré

lia
Auré
o Rua
e ad ra si a
nt P ed Ve spa
r Pe a de Rua
ito B ic
He a
a Ru Rua Féli x
Ru D el l
aR
osa

Ru
Rua Rifaina

e
do

uqu
Rua

á
t ea
D

uiar
aD
Rocha

ba
P en
. Sinésio

z ag
Rua Min

G
do

ajaí
co Azeve

Rua
r
. Francis

ito

Gon
Rua Eng

C
He

Rua
Rua
Rua

a
Ru
Sar
am Ru
enh
a
Convenção

s
as t o
al
der

ro
ano

B
o Baya ital Fe

ove

res
Rede Hídrica

cul

avá
oB
rdo
Rua Ru

H er

Ca p
P

T
Rua aris

fon

Rua
Rua
Bacias do Água Preta e Sumaré C ayo

Ru a

f. Al
w aá

ancisc

Pro
Quadra Viária

Av.
aíb

Rua Fr
Rua Ru

H av

C aj
D iana

ral
Linha Férrea

Rua
Rua

e
Fed
Rua

ital
Densidade demográfica Aim
ber

C ap
ê
hab/ha

Rua
0 - 100 Rua
Api
najé
s
101 - 200

uita
201 - 360 o
co

R ua P Rua
Api

sq
ac ás

Me
361 - 900

tão
Rua
I

G as
901 - 2000 per
j aú

o
Gra Rua ig
ua .
Min C amp
2001 - 3869 eva
R

s
Rua

Rua
C aeté
s
N° de habitantes: 112 mil (IBGE, 2010) A v. aré
Pa ul
o VI Córrego Sum Av. Sumaré Av. Su
m aré
SISTEMA DE PROJEÇÃO UTM
uda

DATUM HORIZONTAL: Sirgas 2000 (Fuso 23) Rua


C
Arr

Rua
o

Rua Dr.
ão
a ld

Min Fra
nc
f. Jo

FONTE: Mapa Digital da Cidade - MDC (2004),


. Arn

. God
Mapa Hidrográfico do Município (2019) e ói
Pro

ubí
Av. Dr

Censo Demográfico - IBGE (2010)


Rua

C ai
Rua

Rua Rua
C ar Mo
dos nte
od Ale
eA g re
lme
em

ida
Hom
Dr.
Rua

m
±

0 125 250 500


ano
Rua Fáb
Av. Mal.

ia

Rua
ito T

R ibei
ro de B
Rua Co

ua D
r. M arro
iran s
da d
riolano

e Aze
Dr. ve do
Aug
ale

usto
de M
m. V

Rua Clé

iran
rre

da
es e

go
D

lia
Á
Rua

gu

ua B
r. d
a

o B an Rua
Pr e

ana R aul
l
ta

Pom
peia

Av.


ua C Pom

Tie
oto peia

s
o

Rio
Aire
Chic
s
Alve

Rua
ncio
d e.

T ucu
P

na
ira

enâ
Rua

ua C
rre

ara
íbas
. Fe

Rua

er
o las Bo
ália

A v. Nic
Min

t
ra I
Rua

e st

Rua
D
P al

iana
R ua
tira

Ru
B ar

a
Te
Rua

i xe
Av i ra
.A
nt
ár
eS

b i tica
ous

n a
Ta

ua
o

s
uria

o Vice nte
al h

R
am

é
ar
Rua
oR

um
n
Av. Pres. Castelo Branco
i so
Av.

.S
Joã

Av
Ed

Rua
An

tár
as
Rua

Av. Marq. de

D ona t ica
m

G
ho

Rua erm
aine
.T

Min Bu r
Av

C ae e rva cha
tés rd
az z o

co Av.
d aR O rde
och
at ar

a m
eP
rog
oM

uru

re sso ogre sso


Av. Orde m e Pr
c

Rua Tagip
ncis
lo

ru
Me

i cu

ra
de

Av. F
Itap
Rua
FIGURA 2.32  Índice Paulista de Vulnerabilidade
Social das bacias dos córregos Água Preta e Sumaré

lia
Auré
o Rua
e ad ra si a
nt P ed Ve spa
r Pe a de Rua
ito B ic
He a
a Ru Rua Féli x
Ru D el l
aR
osa

Ru
Rua Rifaina

e
do

uqu
Rua

á
t ea
D

uiar
aD
Rocha

ba
P en
. Sinésio

z ag
Rua Min

G
do

ajaí
co Azeve

Rua
r
. Francis

ito

Gon
Rua Eng

C
He

Rua
Rua
Rua

a
Ru
Sar
am Ru
enh
a
Convenção

s
as t o
al
der

ro
ano

B
o Baya ital Fe

ove

res
Rede Hídrica

cul

avá
oB
rdo
Rua Ru

H er

Ca p
P

T
Rua aris

fon

Rua
Rua
Bacias do Água Preta e Sumaré C ayo

Ru a

f. Al
w aá

ancisc

Pro
Quadra Viária

Av.
aíb

Rua Fr
Rua Ru

H av

C aj
D iana

ral
Linha Férrea

Rua
Rua

e
Fed
Rua

ital
Aim
ber

C ap
ê

Rua
Rua
Api
najé
s

uita
o
co

R ua P Rua
Api

sq
ac ás

Me
tão
Rua
I

G as
per
j aú

o
Gra Rua ig
ua .
Min C amp
eva
R

s
Rua

Rua
C aeté
A v. s
aré
Pa ul
o VI Córrego Sum Av. Sumaré Av. Su
m aré
SISTEMA DE PROJEÇÃO UTM
uda

DATUM HORIZONTAL: Sirgas 2000 (Fuso 23) Rua


C
Arr

Rua
o

Rua Dr.
ão
a ld

Min Fra
nc
f. Jo

FONTE: Mapa Digital da Cidade - MDC (2004),


. Arn

. God
Mapa Hidrográfico do Município (2019) e ói
Pro

ubí
Av. Dr

SEADE (2010)
Rua

C ai
Rua

Rua Rua
C ar Mo
dos nte
od Ale
eA g re
lme
em

ida
Hom
Dr.
Rua

m
±

0 125 250 500


Índice Paulista de Vulnerabilidade
Social (IPVS)

Baixíssima Vulnerabilidade
ano
Rua Fáb Vulnerabilidade muito baixa
Vulnerabilidade baixa
Av. Mal.

Vulnerabilidade média
ia

Rua
ito T

R ibei
ro de B Vulnerabilidade alta
Rua Co

ua D
r. M arro
iran s
da d
Vulnerabilidade muito alta
riolano

e Aze
Dr. ve do
Aug
ale

usto Sem informação


de M
m. V

Rua Clé

iran
rre

da
es e

go
D

lia
Á
Rua

gu

ua B
r. d
a

o B an Rua
Pr e

ana R aul
l
ta

Pom
peia

Av.


ua C Pom

Tie
oto peia

s
o

Rio
Aire
Chic
s
Alve

Rua
ncio
d e.

T ucu
P

na
ira

enâ
Rua

ua C
rre

ara
íbas
. Fe

Rua

er
o las Bo
ália

A v. Nic
Min

t
ra I
Rua

e st

Rua
D
P al

iana
R ua
tira

Ru
B ar

a
Te
Rua

i xe
Av i ra
.A
nt
ár
eS

b i tica
ous

n a
Ta

ua
o

s
uria

o Vice nte
al h

R
am

é
ar
Rua
oR

um
n
Av. Pres. Castelo Branco
i so
Av.

.S
Joã

Av
Ed

Rua
An

tár
as
Rua

Av. Marq. de

D ona t ica
m

G
ho

Rua erm
aine
.T

Min Bu r
Av

C ae e rva cha
tés rd
az z o

co Av.
d aR O rde
och
at ar

a m
eP
rog
oM

uru

re sso ogre sso


Av. Orde m e Pr
c

Rua Tagip
ncis
lo

ru
Me

i cu

ra
de

Av. F
Itap
Rua
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA

2.9  DIVISÃO ADMINISTRATIVA São Paulo, tendo em vista a gestão integra-


MUNICIPAL – SUBPREFEITURAS da das águas urbanas.
As interferências existentes entre as re-
A administração municipal nas bacias dos des de esgoto e de águas pluviais são as-
córregos Água Preta e Sumaré é feita pela pectos importantes a serem considerados
Subprefeitura da Lapa, com uma pequena no planejamento e projeto dessas redes.
área, a sudeste da Bacia do Sumaré, per- Destacam-se:
tencente à Subprefeitura da Sé.
As subprefeituras têm o papel de receber • Os lançamentos irregulares de esgo-
pedidos e reclamações da população, solu- to doméstico no sistema de drenagem
cionar os problemas apontados e cuidar da que resultam no agravamento da degra-
manutenção do sistema viário, da rede de dação dos rios e córregos do Município.
drenagem, da limpeza urbana, entre outros. • A sobreposição e cruzamentos das
A FIGURA 2.33 indica a localização da redes, pois usualmente as redes de
bacia no âmbito das subprefeituras. drenagem e de esgoto estão localiza-
das nos fundos de vale, o que confere
grandes desafios aos projetos de am-
2.10  SISTEMA DE ESGOTO bas as redes.

O Sistema de Esgoto é composto pelos sis- A FIGURA 2.34 apresenta a rede e os co-
temas necessários ao afastamento e trata- letores de esgoto existentes e previstos para
mento dos efluentes sanitários, incluindo as bacias dos córregos Água Preta e Sumaré.
as infraestruturas e instalações de coleta,
desde as ligações prediais, afastamento,
tratamento e disposição final de esgotos10. 2.11  SISTEMA VIÁRIO
É de extrema importância a articulação
do planejamento da drenagem urbana com A relação histórica de implantação de ave-
o Plano Diretor de Esgotos e outras ações nidas do tipo fundo de vale iniciou-se com
dos serviços de esgotos no Município de o Plano de Avenidas, projeto de sistema

10. Art. 209 da Lei nº 16.050/2014.

88
ÁGUA PRETA E SUMARÉ

viário estrutural proposto para a capital funcional das ligações viárias e a articula-
paulista por Francisco Prestes Maia e João ção entre regiões extremas da cidade, sen-
Florence de Ulhoa Cintra nas décadas de do considerado um dos elementos estrutu-
1920 e 1930. radores do território. As vias estruturais são
A partir da década de 1970, o grande nú- classificadas em três níveis: N1, N2 e N3.
mero de intervenções dessa natureza foi As vias N1 são aquelas que estabelecem
associado ao Plano Nacional de Saneamen- a ligação da Capital com os demais muni-
to (Planasa), que liberou recursos federais cípios do Estado de São Paulo e Estados
para obras de saneamento básico. O Pla- da Federação. As N2 são utilizadas como
nasa tinha como objetivo a construção de ligação com os municípios da Região Me-
estruturas de saneamento, o que incluiu a tropolitana e com as vias do primeiro nível.
canalização de rios e córregos. Essas obras Já as N3 são aquelas não incluídas nos ní-
foram aproveitadas para a implantação de veis anteriores, e utilizadas como ligações
vias ao longo dos rios e córregos. internas no Município.
No Município de São Paulo, essa polí- O sistema viário existente nas bacias
tica foi reproduzida, a partir de 1987, pelo em estudo é composto por importantes
Programa de Canalização de Córregos e ruas e avenidas. No extremo sul das bacias
Construção de Avenidas de Fundo de Vale dos córregos Água Preta e Sumaré, onde se
(PROVAC). iniciam as áreas de cabeceira, estão locali-
Os transtornos causados a essas ave- zadas a Rua Heitor Penteado e as avenidas
nidas de fundo de vale durante os even- Doutor Arnaldo e Professor Afonso Bovero.
tos de inundação são recorrentes, causan- Dessa região, descem no sentido da Aveni-
do impactos no desenvolvimento urbano, da Marginal do Tietê as avenidas Pompeia
econômico e social do Município. e Sumaré, que seguem até a região da foz
O PDE classifica o sistema viário em três dessas bacias como Avenida Nicolas Boer
componentes: vias estruturais, não estru- e Avenida Antártica/Avenida Ordem e Pro-
turais (coletoras, locais, ciclovias e circula- gresso, respectivamente.
ção de pedestres) e vias abertas. Na parte baixa dessas bacias desta-
Assim, para o planejamento do sistema cam-se as avenidas Francisco Matarazzo
de drenagem urbana nos cadernos de Bacia e Marquês de São Vicente. A FIGURA 2.35
Hidrográfica, foi levantada a rede viária es- apresenta o sistema viário estrutural das
trutural. Essas vias possuem a importância bacias dos córregos Água Preta e Sumaré.

89
FIGURA 2.33 Subprefeituras
com atuação nas bacias dos
córregos Água Preta e Sumaré

lia
Auré
o Rua
ad
e ra
nt Pe d
Pe de
ito
r ica
He uaB
a R Rua Félix
Ru D ella
Ro

Rua Rifaina

e
do

uqu
t ea

aD
Rocha

P en
. Sinésio

z ag
Rua Min co Azeve
do

r
. Francis

ito

Gon
Rua Eng

He

Rua
Rua

a
Ru
Sar
am
enh
a
Convenção

al
der
ano

o Baya ital Fe
Rede Hídrica

cul

rdo
Rua

H er

C ap
Rua P aris

Rua
Bacias do Água Preta e Sumaré C ayo

Rua
w aá

ancisc
Quadra Viária

a
aíb

Rua Fr
H av

C aj
ral
Linha Férrea

Rua
Rua

e
Fed
Rua

ital
Subprefeitura Aim
ber

C ap
ê

Rua
LAPA
Rua
A

uita
Po

co
R ua

sq
Me
tão
G as
ja ú
Gra R
ua

.
Min
R

Rua
Rua
C
ae
A v. aré
Paul
o VI Córrego Sum Av. Sumaré Av. Su
m
SISTEMA DE PROJEÇÃO UTM
uda
DATUM HORIZONTAL: Sirgas 2000 (Fuso 23) Arr
o

Ru
ão
a ld

f. Jo

FONTE: Mapa Digital da Cidade - MDC (2004),


. Arn

Pro

Mapa Hidrográfico do Município (2019) e


Av. Dr

u
Plano Diretor Estratégico (2014)
Rua

C ai
Rua
Rua
C ar
dos
od
eA
lm

m

±

0 125 250 500


si a no
spa
Ru a Ve

Rua Fáb
Av. Mal.
osa

ia
Rua

ito T
R ibei
Rua ro de B

Rua Co
D r. M arro
iran s
da d

riolano
Rua e Aze
á

D ve
uiar

r. A do
u
ba

gus
ale

to d
G
ajaí

m. V

eM

Rua Clé

Rua

iran
C

da rre
es e
Rua

go
D

lia
Á
Rua

gu
Rua
B r. d
a

o B an Rua
Pr e

ana R
s

aul
as t o

l
ta

Pom
peia
ro

B
ove

res

Av.
avá
oB

Rua Pom
C peia

ê
s

oto
T
fon

t
Rua

Tie
ires
o
f. Al

Chic

io A

Rio
s
Pro

Alve

Rua
d e.

ânc

T ucu
Av.

na
ira

Rua
Rua

V en

Rua
rre

D iana C ara
íbas
. Fe

Rua

er
ol a s B o
a

Av. Nic
táli
Min

ra I
Rua

e st

Rua
D
Pa l

iana

LAPA
Ru a

Api
najé
s
tira

Ru
B ar

a
Te
Rua

Rua ixe
Api Av i ra
ac ás .A
nt
ár
eS

Rua i tica
ab
ous

I per n
o ig Ta

Rua
ua
s
o

C amp
uria

o Vice nte
al h

eva
R

s
am

é
ar
Rua

etés
oR

um n
Av. Pres. Castelo Branco
i so
Av.

.S
Joã

Av
Ed

maré Rua
An

tár
as
Rua

Av. Marq. de

D ona t ica
m

G
ho

Rua erm
Rua aine
.T

Min Bu r
Av

Ru a C ae e cha
tés rva rd
ua Dr.
Min Fra
nco
az z o

. God Av.
da O rde
ói R och
at ar
ubí

a m
eP
rog
oM

uru

re sso ogresso
Av. Orde m e Pr
c

Rua
Rua Tagip
ncis
lo

Mo
ru
Me

nte
i cu

ra

Ale
de

g
Av. F
Itap

re
me
em

ida
Rua
Hom
Dr.
Rua
FIGURA 2.34  Sistema de Esgotamento Sanitário
das bacias dos córregos Água Preta e Sumaré

Convenção

Rede Hídrica

Bacias do Água Preta e Sumaré

Quadra Viária

Linha Férrea

Esgotamento Sanitário

Interceptor existente

Interceptor planejado (2018)

Coletor tronco existente

Rede de esgoto existente

aré
Córrego Sum

SISTEMA DE PROJEÇÃO UTM


DATUM HORIZONTAL: Sirgas 2000 (Fuso 23)
FONTE: Mapa Digital da Cidade - MDC (2004),
Mapa Hidrográfico do Município (2019) e
Plano Diretor Estratégico (2014)

m
±

0 125 250 500



Tie
Rio
ta
a Pr e
Á gu
go
rre

FIGURA 2.35  Sistema viário estrutural das bacias
dos córregos Água Preta e Sumaré e adjacências

lia
Auré
Rua

o
ead
en tP
tor
Hei
Av.
Convenção

Rede Hídrica

Bacias do Água Preta e Sumaré

Quadra Viária

Linha Férrea

Sistema Viário Estrutural

N1
N3

aré
Córrego Sum
do

Av. Sumaré
l
rna A

SISTEMA DE PROJEÇÃO UTM


Dr.

DATUM HORIZONTAL: Sirgas 2000 (Fuso 23)


Av.

FONTE: Mapa Digital da Cidade - MDC (2004),


Mapa Hidrográfico do Município (2019) e
Plano Diretor Estratégico (2014)

m
±

0 125 250 500


Av.
om P
eia p
Ru a
Pale Có
rre
stra go
Itál Á
ia
gu
Av. a
Fr a n Pr e
ta
cisc
Av
oM An .
atar tá
azzo tic r
a

Av. Nico
la
Av. Marquês
de São Vice

s Boer
nte

Av. Marginal Tiete

Av. Ordem e Progresso


Rio
Tie

3
Critérios para o estudo
A hidrologia urbana é a ciência das águas que trata das fases do ciclo
hidrológico que ocorre nas bacias hidrográficas urbanizadas ou em pro-
cesso de urbanização.
Os componentes principais do ciclo são: as precipitações, a infiltra-
ção da água no solo, o escoamento básico subterrâneo, a evaporação ou
evapotranspiração, as retenções temporárias em depressões do terreno,
a geração do escoamento superficial direto e o escoamento nos siste-
mas de drenagem, naturais ou artificiais.
Dessa forma, é necessário conhecer o regime de precipitação: sua
magnitude, o risco de ocorrência e sua distribuição temporal e espacial.
Na hidrologia urbana, é fundamental conhecer detalhadamente as ca-
racterísticas da ocupação da bacia hidrográfica, pois isso influi diretamen-
te nas taxas de infiltração, que resultam na chuva excedente, que, por sua
vez, produz a onda de cheia. Além disso, as características fisiográficas da
bacia, como área drenada, declividade, forma e o grau de intervenções no
sistema de drenagem natural, canais, galerias, reservatórios de detenção
etc., determinam a velocidade com que a água escoa numa determinada

97
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA

seção do curso d’água. Esse processo inter- 3.1  CHUVA DE PROJETO


fere na magnitude das vazões durante as
chuvas intensas. A chuva de projeto consiste em um evento
O estudo hidrológico realizado con- crítico de precipitação construído artificial-
templa uma análise das precipitações mente com base em características estatís-
ocorridas nas bacias dos córregos Água ticas da chuva e em parâmetros de resposta
Preta e Sumaré, a partir dos registros do da bacia hidrográfica. Essas características
radar meteorológico e dos postos da rede estatísticas e parâmetros são considerados
telemétrica, e pelo cálculo das chuvas de através de dois elementos básicos:
projeto. Para a obtenção dos hidrogramas
de projeto, foram analisados os parâme- • Tr – período de retorno da precipitação
tros do escoamento superficial por sub- de projeto;
-bacia de drenagem, tais como o tempo • tc – duração crítica do evento (min).
de concentração, o CN (Curve Number)
e a impermeabilização atual e a imper- As precipitações de projeto são determi-
meabilização máxima permitida, segundo nadas a partir de relações intensidade-du-
a atual LPUOS. ração-frequência (IDF) da bacia em estudo.
Para a estimativa da vazão de projeto, A IDF fornece a intensidade da precipi-
foi utilizado o modelo SWMM – Storm Wa- tação para qualquer duração e período de
ter Management Model, desenvolvido pela retorno. A altura de precipitação pode ser
EPA – Environmental Protection Agency, obtida pela multiplicação da intensidade
na interface gráfica PCSWMM em ambien- fornecida pela IDF pela sua corresponden-
te Windows. Foi considerada para o cálcu- te duração.
lo da infiltração a metodologia do CN, de- As chuvas intensas para a região das
senvolvida pelo Soil Conservation Service. bacias dos córregos Água Preta e Sumaré
O modelo utiliza o método da Onda Dinâ- foram estimadas através da equação IDF
mica, que resolve as equações completas para a cidade de São Paulo (Equação 1),
de Saint-Venant para o estudo do escoa- ajustada para o posto do Observatório IAG
mento superficial. (Martinez e Piteri, 2015)11 .

11. MARTINEZ; PITERI, 2015 apud DAEE. Precipitações intensas do Estado de São Paulo. São Paulo: DAEE/CTH, 2016.

98
ÁGUA PRETA E SUMARÉ

   Tr   
itd , Tr = A (td + B)C + D (td + E )F G + H ln ln    estudo, adotou-se a duração da chuva crí-
   Tr − 1  
tica de 2 horas.
(Equação 1)
A distribuição temporal dos volumes
válida para 10 ≤ t ≤ 1440 min, onde: precipitados condiciona o volume infil-
trado e a forma do hidrograma de escoa-
A =  32,77 mento superficial direto originado pela
B =  20 chuva excedente.
C =  - 0,878 Dentre os métodos existentes para se
D =  16,1 estabelecer a distribuição temporal de uma
E =  30 precipitação máxima, foi utilizado o méto-
F =  - 0,9306 do dos blocos alternados, cuja distribuição
G =  - 0,4692 temporal da chuva é conseguida utilizando-
H =  - 0,8474 -se dados das relações IDF. A característica
td  é a duração da chuva, em minutos; importante desse método é manter o Tr da
Tr  é o período de retorno da chuva, em anos; chuva ao longo de sua ocorrência.
Itd,Tr  é a intensidade da chuva, em mm/min, A precipitação total acumulada para
para a duração td (min) e período de retor- diferentes períodos de retorno e dura-
no T (anos). ção da chuva de 2 horas é apresentada
na TABELA 3.1.
A tormenta de projeto frequentemente
utilizada em projetos hidrológicos para ba- TABELA 3.1  Precipitação total acumulada
para diferentes períodos de retorno
cias urbanas muito pequenas possui intensi-
dade constante. Tal hipótese se fundamenta P (mm)

no fato de que a causa crítica das enchen- Tr 2 Tr 10 Tr 25 Tr 50 Tr 100

tes é a curta duração ou elevada intensida- 48,4 77,5 92,2 103,1 113,9

de de precipitação. Pode ser demonstrado


que o pico do escoamento superficial ocor- A FIGURA 3.1 apresenta o hietograma de
re quando toda a área de drenagem contri- projeto para os períodos de retorno de 2, 10,
bui para o ponto em consideração. Neste 25, 50 e 100 anos, discretizados em 10 min.

99
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA

FIGURA 3.1  Hietograma de projeto para diferentes períodos de retorno

35 35
P (mm)
t (min)
Tr 2 Tr 5 Tr 10 Tr 25 Tr 50 Tr 2
Tr 100 Tr 5
30 30
0-5 5 0,5 0,7 0,9 1,0 1,2 1,3
5 - 10
35 10 0,6 0,8 1,0 1,2 1,3 1,5 35
10 -25 15 15
t (min) 0,7 0,9 1,1 P (mm) 1,3 1,5 1,7 25
Tr 2 Tr 5
(mm)

(mm)
15 - 3020 20 Tr 20,8 Tr 51,1 Tr 10
1,3 Tr 25
1,5 Tr 50
1,7 Tr 100
1,9 30
200 --20
5
25 5
25 0,5
0,9 0,7
1,3 0,9
1,5 1,0
1,8 1,2
2,0 1,3
2,2 20
Precipitação

Precipitação
35
5 --10 10 1,8 P (mm) 1,2
0,6 0,8 1,0 1,3 1,5 35
25 30
25
30 1,1 1,5 2,1 2,4 2,7
t (min) 25
10 -- 15
30 15
35 15
35 0,7
Tr 21,3
0,9
Tr 51,8
1,1
2,2
Tr 10
1,3
2,6
Tr 25
1,5
2,9
Tr 50 Tr 21,7
3,2
Tr 100 15 Tr 5
(mm)

(mm)
15
35 - 30
20
40 20
40 0,8
1,6 1,1
2,3 1,3
2,7 1,5
3,3 1,7
3,7 1,9
4,1 30
0-5 5 0,5 0,7 0,9 1,0 1,2 1,3
20 20
- 25 25 0,9 1,3 1,5 1,8 2,0 2,2 20
40
5 --1045 45
10 2,2 3,0 3,6 4,3
1,2 4,8 5,4 10
Precipitação

0,6 0,8 1,0 1,3 1,5

Precipitação
25 - 30
25
45 - 1550 30
50 1,1
3,1 1,5
4,2 1,8
5,0 2,1
6,0 2,4
6,7 2,7
7,4 25
10 15 0,7 0,9 1,1 1,3 1,5 1,7
30 - 15
35 35 2,6 15
(mm)

1,3 1,8 2,2 2,9 3,2

(mm)
50 -- 20
15 55
5 55
20 4,8
0,8 6,6
1,1 7,7
1,3 9,1
1,5 10,2
1,7 11,3
1,9 5
35 - 40
20
55 -- 25
60 40
60 1,6
9,2 2,3
12,1 2,7
13,9 3,3
16,3 3,7
18,1 4,1
19,8 20
20 25 0,9 1,3 1,5 1,8 2,0 2,2
Precipitação

Precipitação
40 -
60 - 3045
10
65 45
65 2,2
6,5 3,0
8,6 3,6
10,1 4,3
11,9 4,8
13,2 5,4
14,6 10
25 0 30 1,1 1,5 1,8 2,1 2,4 2,7 0
45 - 50
65 -- 15
70 10 35 50
7020 3,1
3,840 4,2
5,2 60 5,0
6,1 6,0
7,390 6,7
8,2 110 7,4
9,0 15
30 35 30 1,3 501,8 70
2,2 80 2,6 1002,9 120
3,2 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120
50 -
70 - 4055
5
75 55
75 4,8
2,6 6,6 7,7
3,5Tempo (min)
4,2 9,1
5,0 10,2
5,6 11,3
6,3 5
35 40 1,6 2,3 2,7 3,3 3,7 4,1 Tempo (min)
55 -
75 -10 60
80 60
80 9,2
1,9 12,1
2,6 13,9
3,1 16,3
3,7 18,1
4,2 19,8
4,6
40 45 45 2,2 3,0 3,6 4,3 4,8 5,4 10
60
80 - 65
0 65 6,5 8,6 10,1 11,9 13,2 14,6 0
45 --3585
50 85
50 1,5
3,1 2,0
4,2 2,4
5,0 2,9
6,0 3,3
6,7 3,6
7,4 35
65 -
85 - 5570
90 10 70
9020 30 3,8
1,240 505,2
1,6 60 6,1
70
2,0 80 7,3
2,390 1008,2
2,6 110 9,0
120
2,9 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120
50 5 55 4,8 6,6 7,7 9,1 10,2 11,3 5
70 -
90 - 6075
95 75
95 2,6
1,0 3,5 4,2
1,4Tempo (min)
1,6 5,0
1,9 5,6
2,2
Tr 10 6,3
2,4 Tempo (min) Tr 25
55 60 9,2 12,1 13,9 16,3 18,1 19,8
75--30
95 80 80 1,9 2,6 3,1 3,7 4,2 4,6 30
60 -10065
0 100
65 0,8
6,5 1,2
8,6 1,4
10,1 1,7
11,9 1,9
13,2 2,1
14,6 0
80 - 85 85 1,5 2,0 2,4 2,9 3,3 3,6
65 -35
100 105 10 105
70 7020 0,740
30 3,8 1,0 60
505,2 1,2
6,1
70 1,490
80 7,3 1,6 110
1008,2 1,8
9,0
120 35 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120
25
85 - 90 90 1,2 1,6 2,0 2,3 2,6 25
105
70 -- 110
75 110
75 0,6
2,6 0,9Tempo (min)
3,5 1,0
4,2 1,2
5,0 1,4 Tr 102,9
5,6 1,6
6,3 Tempo (min) Tr 25
(mm)

(mm)

90 - 95
110 115 95
115 1,0
0,6 1,4
0,8 1,6
0,9 1,9
1,1 2,2
1,2 2,4
1,4
75 -30 80 80 1,9 2,6 3,1 3,7 4,2 4,6 30
20
95 --100 100 0,8 1,2 1,4 1,7 1,9 2,1 20
115
80 -35 120
85 120
85 0,5
1,5 0,7
2,0 0,8
2,4 1,0
2,9 1,1
3,3 1,2
3,6
Precipitação

Precipitação

100 - 105 105 0,7 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 35


85 -25 90 Chuva
90 1,2 1,6 2,0 2,3 2,6 2,9 25
105 - 15 110 acumulada
110 48,4
0,6 66,0
0,9 77,5
1,0 92,2
1,2 1,4 Tr 101,6
103,1 113,9 15 Tr 25
(mm)

(mm)

90 - 95 95 1,0 1,4 1,6 1,9 2,2 2,4


30
110 - 115 115 0,6 0,8 0,9 1,1 1,2 1,4 30
95 - 20100 100 0,8 1,2 1,4 1,7 1,9 2,1 20
115 -10 120 120 0,5 0,7 0,8 1,0 1,1 1,2 10
Precipitação

Precipitação

100 - 105 105 0,7 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8


25 Chuva 25
105 - 15 110 110 0,6
48,4 0,9
66,0 1,0
77,5 1,2
92,2 1,4
103,1 1,6
113,9 15
(mm)

(mm)

5 acumulada 5
110 - 115 115 0,6 0,8 0,9 1,1 1,2 1,4
20 20
115 -10 120 120 0,5 0,7 0,8 1,0 1,1 1,2
Precipitação

Precipitação

10
TR2 0 Chuva 0
15 10 20 30 48,440 5066,0 60 77,5
70 80 92,2
90 103,1110
100 113,9
120 15 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120
TR 5 acumulada55
5 5
TR 10 Tempo (min) Tempo (min)
TR25 10 10
TR2 0 0
TR 5035 35
TR 5 5 10 20 55 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120
TR100 5
TR 10 Tempo (min) Tr 50 Tempo (min) Tr 100
30 30
TR25 0 Tr 2 Tr 5 Tr 10 Tr 25 Tr 50 Tr 100
TR2 0
TR 5035 10 1020 55 30 1,240 501,6 60 70
1,9 80 2,390 1002,6 110 120
2,8 35 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120
TR 5 25 25
TR100 3,3 Tr 50
TR 10 20 1,5 2,1Tempo (min)
2,5 3,0 3,7 Tempo (min) Tr 100
(mm)

(mm)

TR25 30 20
30 2,0 2,9 3,4 4,1 4,6 5,1 30
Tr 23,1 Tr 54,3 Tr 10 Tr 25 Tr 50 Tr 100 20
40 6,2
Precipitação

TR 5035 5,2 6,9 7,7


Precipitação

35
10 1,2 1,6 1,9 2,3 2,6 2,8
TR10025 50 5,6 7,8 9,2 11,0 12,4 13,7 25
15 20 1,5 2,1 2,5 3,0 3,3 Tr 503,7 15 Tr 100
(mm)

(mm)

30 60 15,7 20,7 24,0 28,2 31,3 34,4


30
30
70 2,0 2,9 3,4 4,1
16,4 4,6 5,1
20 Tr 28,6 Tr 511,8 13,8
Tr 10 Tr 25 18,4
Tr 50 20,3
Tr 100 20
10 40 6,2
Precipitação

3,1 4,3 5,2 6,9 7,7 10


Precipitação

80
10 4,0
1,2 5,6
1,6 6,7
1,9 8,0
2,3 9,0
2,6 10,0
2,8
25 50 5,6 7,8 9,2 11,0 12,4 13,7 25
15 90
20 2,5
1,5 3,5
2,1 4,1
2,5 4,9
3,0 5,6
3,3 6,2
3,7
(mm)

15
(mm)

5 60
100 15,7
1,7 20,7
2,4 24,0
2,9 28,2
3,4 31,3
3,9 34,4
4,3 5
30 2,0 2,9 3,4 4,1 4,6 5,1
20 70 8,6 11,8 13,8 16,4 18,4 20,3 20
110
40 1,3 1,8 2,2 2,6
6,2 2,9 3,2
Precipitação

3,1 4,3 5,2 6,9 7,7


Precipitação

10 10
0 80
120 4,0
1,0 5,6
1,4 6,7
1,7 8,0
2,0 9,0
2,3 10,0
2,5 0
50 5,6 7,8 9,2 11,0 12,4 13,7
15 10 9020 30 2,540 503,5 60 70
4,1 80 4,990 1005,6 110 120
6,2 15 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120
5 60 15,7 20,7 24,0 28,2 31,3 34,4
5
100 1,7 2,4Tempo (min)
2,9 3,4 3,9 4,3 Tempo (min)
70 8,6 11,8 13,8 16,4 18,4 20,3
10 110 1,3 1,8 2,2 2,6 2,9 3,2 10
80 4,0 5,6 6,7 8,0 9,0 10,0
0 120 1,0 1,4 1,7 2,0 2,3 2,5 0
10 9020 30 2,540 503,5 60 4,1
70 80 4,990 1005,6 110 6,2
120 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120
5 100 1,7 2,4Tempo (min)
2,9 3,4 3,9 4,3 5
Tempo (min)
110 1,3 1,8 2,2 2,6 2,9 3,2
0 120 1,0 1,4 1,7 2,0 2,3 2,5 0
10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120
Tempo (min) Tempo (min)

100
ÁGUA PRETA E SUMARÉ

3.2  SUB-BACIAS HIDROGRÁFICAS

Para fins de modelagem, as bacias dos cór-


regos Água Preta e Sumaré foram divididas
em 98 sub-bacias, sendo 55 sub-bacias no
córrego Água Preta e 43 sub-bacias no cór-
rego Sumaré, obedecendo principalmente
à contribuição dos afluentes principais e
das redes de microdrenagem existentes.
A TABELA 3.2 indica as principais carac-
terísticas físicas de cada sub-bacia.
No mapa da FIGURA 3.2 é apresentada a
divisão de sub-bacias empregada no mo-
delo hidrológico-hidráulico adotado.

101
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA

TABELA 3.2  Principais características físicas das sub-bacias

Comprimento Comprimento
Declividade Declividade
Sub-bacia Área (ha) do talvegue Sub-bacia Área (ha) do talvegue
média (%) média (%)
(m) (m)
AP-01 12,4 16,0 400 AP-50 24,2 5,9 478
AP-02 4,7 24,5 233 AP-51 9,2 4,5 296
AP-03 1,7 31,4 220 AP-52 9,2 5,3 280
AP-04 1,7 21,9 190 AP-53 7,7 4,1 384
AP-05 2,8 21,6 235 AP-54 14,7 4,1 328
AP-06 0,8 32,0 145 AP-55 22,9 3,7 531
AP-07 2,6 18,8 215 SM-01 1,7 35,8 167
AP-08 0,8 10,3 146 SM-02 8,5 19,4 368
AP-09 2,4 25,5 230 SM-03 12,0 13,7 428
AP-10 2,5 20,6 262 SM-04 1,3 15,8 161
AP-11 1,8 26,1 244 SM-05 0,5 10,0 110
AP-12 12,7 14,7 875 SM-06 3,6 22,5 222
AP-13 5,2 18,9 341 SM-07 2,8 21,7 223
AP-14 7,8 22,1 314 SM-08 20,6 17,3 609
AP-15 4,7 17,7 290 SM-09 6,4 20,3 328
AP-16 1,4 12,2 175 SM-10 4,5 21,5 429
AP-17 5,3 19,9 395 SM-11 0,6 23,2 88
AP-18 14,9 14,8 548 SM-12 16,8 23,2 606
AP-19 6,6 26,6 505 SM-13 3,5 25,1 269
AP-20 2,6 16,8 196 SM-14 6,3 17,1 418
AP-21 15,6 25,8 744 SM-15 2,9 14,8 313
AP-22 2,3 23,4 172 SM-16 8,1 19,8 560
AP-23 2,5 8,3 194 SM-17 8,0 15,9 479
AP-24 7,3 13,6 260 SM-18 9,2 13,1 575
AP-25 3,7 15,1 327 SM-19 9,0 14,9 714
AP-26 2,2 18,8 271 SM-20 3,3 16,7 331
AP-27 1,0 14,0 158 SM-21 15,3 11,0 675
AP-28 11,2 20,4 470 SM-22 10,3 14,3 748
AP-29 0,9 7,5 177 SM-23 2,6 13,8 258
AP-30 6,9 14,1 402 SM-24 15,4 13,9 971
AP-31 0,5 13,6 102 SM-25 2,2 13,4 179
AP-32 7,1 15,4 388 SM-26 45,6 14,1 1.166
AP-33 1,4 19,9 163 SM-27 3,8 7,0 234
AP-34 4,4 21,0 266 SM-28 4,3 9,1 401
AP-35 8,3 18,7 500 SM-29 0,7 6,8 138

102
ÁGUA PRETA E SUMARÉ

TABELA 3.2  Principais características físicas das sub-bacias

Comprimento Comprimento
Declividade Declividade
Sub-bacia Área (ha) do talvegue Sub-bacia Área (ha) do talvegue
média (%) média (%)
(m) (m)
AP-36 1,5 10,0 191 SM-30 3,6 4,4 236
AP-37 8,8 12,4 587 SM-31 4,2 9,2 285
AP-38 8,7 10,0 602 SM-32 7,0 4,0 368
AP-39 4,6 12,4 380 SM-33 9,2 4,2 528
AP-40 2,5 8,4 290 SM-34 65,5 6,6 1.309
AP-41 3,6 8,7 360 SM-35 5,2 7,8 740
AP-42 9,4 9,3 390 SM-36 5,3 2,3 480
AP-43 13,2 8,1 522 SM-37 6,7 4,4 575
AP-44 13,1 5,4 691 SM-38 11,4 2,7 542
AP-45 5,7 9,0 291 SM-39 4,6 4,4 310
AP-46 28,4 11,3 963 SM-40 6,6 5,8 269
AP-47 13,0 8,4 710 SM-41 1,8 1,7 189
AP-48 3,1 9,3 305 SM-42 10,7 2,2 371
AP-49 18,9 7,1 562 SM-43 4,4 5,2 310
AP: Água Preta
SM: Sumaré

103
FIGURA 3.2  Divisão em sub-bacias dos córregos Água
Preta e Sumaré para fins de modelação matemática

AP-30

AP-28 AP-32

AP-31
AP-21 AP-26 AP-33

AP-29
AP-27
AP-19 AP-25
AP-22
AP-24
AP-20 AP-35
AP-18 AP-23 A

AP-16
AP-12 AP-17

Convenção AP-15 AP-11


AP-10

Rede Hídrica AP-08 AP-09


AP-13
AP-05 AP
AP-14 AP-07
Bacias do Água Preta e Sumaré AP-06
AP-03

Sub-bacia AP-04

AP-02
Quadra Viária
AP-01
Linha Férrea
SM-26

SM-08
SM-12 SM-24

SM-10
SM-02 SM-22

SM-06
SM-15 SM-20
SM-11 SM-13 SM-19
SM-01 SM-04 SM-09
SM-05
SISTEMA DE PROJEÇÃO UTM
SM-07
DATUM HORIZONTAL: Sirgas 2000 (Fuso 23)

SM-03 SM-14
FONTE: Mapa Digital da Cidade - MDC (2004),
Mapa Hidrográfico do Município (2019) e SM-16
FCTH (2019) SM-17 SM-18
SM-21

m
±

0 125 250 500


AP-34

AP-40
AP-36 AP-39

AP-42

AP-37
AP-38
AP-41 AP-44

AP-43


P-46

Tie
AP-45

Rio
AP-48
Cór
reg
oÁ AP-53
gua AP-55
Pr e
AP-47 ta
AP-54
AP-50 AP-52

AP-49

AP-51

SM-30

SM-29 SM-37

SM-27 SM-33 SM-35


SM-28 SM-31 SM-32

SM-25

SM-23

rre
go
S um
aré
SM-41
SM-39
SM-34
SM-36 SM-38
SM-42
SM-43
SM-40
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA

3.3  IMPERMEABILIZAÇÃO DA BACIA TABELA 3.3  Valor médio de impermeabilidade


adotado na segmentação das imagens

Classe % Impermeável adotada


A área impermeável atual das bacias em
estudo foi estimada por meio de foto in- Espaços Abertos 15

terpretação de imagens aéreas disponíveis Áreas Edificadas 95

para a região de estudo12 . Essa avaliação Outros 80

consistiu na identificação das áreas per-


meáveis, ou espaços abertos, e impermeá- A impermeabilização resultante para
veis, de acordo com cada uso do solo iden- cada tipologia de uso do solo é apresenta-
tificado nessas bacias. da na TABELA 3.4.
Para essa avaliação, foram selecionadas
quadras com tipologias de uso do solo ho- TABELA 3.4  Impermeabilização resultante
por tipologia de uso do solo
mogêneas. Foram analisadas todas as ti-
pologias de solo presentes nas bacias em Uso do solo % Impermeável

estudo. A imagem aérea de cada quadra Comércio e Serviços 84,8

foi segmentada em três classes: os espa- Residencial Vertical


84,7
Médio Alto Padrão
ços abertos, que compreendem as áreas li-
vres e áreas verdes da bacia; as áreas edi- Residencial Horizontal
85,1
Médio Alto Padrão
ficadas, que incluem as edificações e áreas
Residencial
85,0
pavimentadas; e uma categoria denomina- Horizontal Baixo

das outros, que engloba as áreas restan- Equipamento Urbano 72,0


tes, normalmente localizadas nas bordas Indústria e Armazém 88,8
de edificações e terrenos. Para cada uma
das classes foram adotados valores mé-
dios de impermeabilidade, conforme apre-
sentado na TABELA 3.3.

12. Como base dessa análise, foram utilizadas as ortofotos de alta resolução do Mapa Digital da Cidade (2017).

106
ÁGUA PRETA E SUMARÉ

Os valores de impermeabilização O resultado desse estudo gerou o mapa


atual das bacias dos córregos Água Pre- de impermeabilização máxima permitida,
ta e Sumaré foram obtidos considerando apresentado na FIGURA 3.4.
as tipologias de uso do solo e respecti- A TABELA 3.5 indica a parcela de área im-
vas porcentagens de área impermeável. permeável de cada sub-bacia, para a con-
A FIGURA 3.3 ilustra a impermeabilização dição atual e máxima permitida por Lei.
atual da bacia. Quando analisada a média dos valores de
A metodologia adotada para estimativa impermeabilização atual e máxima permiti-
da impermeabilização máxima permitida da por sub-bacia, é possível observar que a
para as bacias partiu dos limites para a taxa impermeabilização atual é, na maioria dos
de permeabilidade mínima, estabelecidos casos, superior à máxima permitida por Lei.
pela Lei nº 16.402/2016 (Quadro 3A), que No total de 98 sub-bacias, 45 delas
disciplina o parcelamento, o uso e a ocu- atualmente apresentam taxa de impermea-
pação do solo no Município de São Paulo. bilidade maior que a máxima permitida, 5
Os valores da taxa de permeabilidade para atendem ao valor e 48 sub-bacias ainda
cada perímetro de qualificação ambiental apresentam impermeabilização abaixo da
foram apresentados na FIGURA 2.3. máxima permitida.
A impermeabilização máxima permiti- Quando analisado o valor médio entre
da foi aferida a partir dos valores exigidos as bacias, observa-se que não houve uma
para a permeabilidade mínima. Assim, variação significativa, pois a impermeabili-
respeitando os valores exigidos, a taxa zação atual é 81% e a permitida é 82%. Ana-
de impermeabilização máxima foi obtida lisando esse resultado hidrologicamente,
através da normalização com a taxa de tem-se que os valores estimados não pro-
permeabilidade. duzem alterações nos hidrogramas.

107
FIGURA 3.3  Impermeabilização atual das
bacias dos córregos Água Preta e Sumaré

lia
Auré
o Rua
e ad ra si a
nt P ed Ve spa
r Pe a de Rua
ito B ic
He a
a Ru Rua Féli x
Ru D el l
aR
osa

Ru
Rua Rifaina

e
do

uqu
Rua

á
t ea
D

uiar
aD
Rocha

ba
P en
. Sinésio

z ag
Rua Min

G
do

ajaí
co Azeve

Rua
r
. Francis

ito

Gon
Rua Eng

C
He

Rua
Rua
Rua

a
Ru
Sar
am Ru
enh
a
Convenção

s
as t o
al
der

ro
ano

B
o Baya ital Fe

ove

res
Rede Hídrica

cul

avá
oB
rdo
Rua Ru

H er

Ca p
P

T
Rua aris

fon

Rua
Rua
Bacias do Água Preta e Sumaré C ayo

Ru a

f. Al
w aá

ancisc

Pro
Quadra Viária

Av.
aíb

Rua Fr
Rua Ru

H av

C aj
D iana

ral
Linha Férrea

Rua
Rua

e
Fed
Rua

ital
Área Impermeável Atual (%) Aim
ber

C ap
ê

Rua
0 - 35 Rua
Api
najé
36 - 75 s

76 - 85 né

uita
o
co

R ua P Rua
Api

sq
86 - 100 ac ás

Me
tão
Rua
I

G as
per
j aú

o
Gra Rua ig
ua .
Min C amp
eva
R

s
Rua

Rua
C aeté
A v. s
aré
Pa ul
o VI Córrego Sum Av. Sumaré Av. Su
m aré
SISTEMA DE PROJEÇÃO UTM
uda

DATUM HORIZONTAL: Sirgas 2000 (Fuso 23) Rua


C
Arr

Rua
o

Rua Dr.
ão
a ld

Min Fra
nc
f. Jo

FONTE: Mapa Digital da Cidade - MDC (2004),


. Arn

. God
Mapa Hidrográfico do Município (2019) e Sec. ói
Pro

ubí
Av. Dr

Municipal da Fazenda (2013, atualizado)


Rua

C ai
Rua

Rua Rua
C ar Mo
dos nte
od Ale
eA g re
lme
em

ida
Hom
Dr.
Rua

m
±

0 125 250 500


ano
Rua Fáb
Av. Mal.

ia

Rua
ito T

R ibei
ro de B
Rua Co

ua D
r. M arro
iran s
da d
riolano

e Aze
Dr. ve do
Aug
ale

usto
de M
m. V

Rua Clé

iran
rre

da
es e

go
D

lia
Á
Rua

gu

ua B
r. d
a

o B an Rua
Pr e

ana R aul
l
ta

Pom
peia

Av.


ua C Pom

Tie
oto peia

s
o

Rio
Aire
Chic
s
Alve

Rua
ncio
d e.

T ucu
P

na
ira

enâ
Rua

ua C
rre

ara
íbas
. Fe

Rua

er
o las Bo
ália

A v. Nic
Min

t
ra I
Rua

e st

Rua
D
P al

iana
R ua
tira

Ru
B ar

a
Te
Rua

i xe
Av i ra
.A
nt
ár
eS

b i tica
ous

n a
Ta

ua
o

s
uria

o Vice nte
al h

R
am

é
ar
Rua
oR

um
n
Av. Pres. Castelo Branco
i so
Av.

.S
Joã

Av
Ed

Rua
An

tár
as
Rua

Av. Marq. de

D ona t ica
m

G
ho

Rua erm
aine
.T

Min Bu r
Av

C ae e rva cha
tés rd
az z o

co Av.
d aR O rde
och
at ar

a m
eP
rog
oM

uru

re sso ogre sso


Av. Orde m e Pr
c

Rua Tagip
ncis
lo

ru
Me

i cu

ra
de

Av. F
Itap
Rua
FIGURA 3.4  Impermeabilização máxima permitida
das bacias dos córregos Água Preta e Sumaré

lia
Auré
o Rua
e ad ra si a
nt P ed Ve spa
r Pe a de Rua
ito B ic
He a
a Ru Rua Féli x
Ru D el l
aR
osa

Ru
Rua Rifaina

e
do

uqu
Rua

á
t ea
D

uiar
aD
Rocha

ba
P en
. Sinésio

z ag
Rua Min

G
do

ajaí
co Azeve

Rua
r
. Francis

ito

Gon
Rua Eng

C
He

Rua
Rua
Rua

a
Ru
Sar
am Ru
enh
a
Convenção

s
as t o
al
der

ro
ano

B
o Baya ital Fe

ove

res
Rede Hídrica

cul

avá
oB
rdo
Rua Ru

H er

Ca p
P

T
Rua aris

fon

Rua
Rua
Bacias do Água Preta e Sumaré C ayo

Ru a

f. Al
w aá

ancisc

Pro
Quadra Viária

Av.
aíb

Rua Fr
Rua Ru

H av

C aj
D iana

ral
Linha Férrea

Rua
Rua

e
Fed
Rua

ital
Área Impermeável Máxima Permitida (%) Aim
ber

C ap
ê

Rua
0 - 35 Rua
Api
najé
36 - 75 s

76 - 85 né

uita
o
co

R ua P Rua
Api

sq
86 - 100 ac ás

Me
tão
Rua
I

G as
per
j aú

o
Gra Rua ig
ua .
Min C amp
eva
R

s
Rua

Rua
C aeté
A v. s
aré
Pa ul
o VI Córrego Sum Av. Sumaré Av. Su
m aré
SISTEMA DE PROJEÇÃO UTM
uda

DATUM HORIZONTAL: Sirgas 2000 (Fuso 23) Rua


C
Arr

Rua
o

Rua Dr.
ão
a ld

Min Fra
nc
f. Jo

FONTE: Mapa Digital da Cidade - MDC (2004),


. Arn

. God
Mapa Hidrográfico do Município (2019) e Lei de ói
Pro

ubí
Av. Dr

Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo (2016)


Rua

C ai
Rua

Rua Rua
C ar Mo
dos nte
od Ale
eA g re
lme
em

ida
Hom
Dr.
Rua

m
±

0 125 250 500


ano
Rua Fáb
Av. Mal.

ia

Rua
ito T

R ibei
ro de B
Rua Co

ua D
r. M arro
iran s
da d
riolano

e Aze
Dr. ve do
Aug
ale

usto
de M
m. V

Rua Clé

iran
rre

da
es e

go
D

lia
Á
Rua

gu

ua B
r. d
a

o B an Rua
Pr e

ana R aul
l
ta

Pom
peia

Av.


ua C Pom

Tie
oto peia

s
o

Rio
Aire
Chic
s
Alve

Rua
ncio
d e.

T ucu
P

na
ira

enâ
Rua

ua C
rre

ara
íbas
. Fe

Rua

er
o las Bo
ália

A v. Nic
Min

t
ra I
Rua

e st

Rua
D
P al

iana
R ua
tira

Ru
B ar

a
Te
Rua

i xe
Av i ra
.A
nt
ár
eS

b i tica
ous

n a
Ta

ua
o

s
uria

o Vice nte
al h

R
am

é
ar
Rua
oR

um
n
Av. Pres. Castelo Branco
i so
Av.

.S
Joã

Av
Ed

Rua
An

tár
as
Rua

Av. Marq. de

D ona t ica
m

G
ho

Rua erm
aine
.T

Min Bu r
Av

C ae e rva cha
tés rd
az z o

co Av.
d aR O rde
och
at ar

a m
eP
rog
oM

uru

re sso ogre sso


Av. Orde m e Pr
c

Rua Tagip
ncis
lo

ru
Me

i cu

ra
de

Av. F
Itap
Rua
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA

TABELA 3.5  Área impermeável por sub-bacia dos córregos Água Preta e Sumaré
Área impermeável (%) Área impermeável (%) Área impermeável (%)
Sub-bacia Máx. Sub-bacia Máx. Sub-bacia Máx.
ATUAL Atual Atual
Permitida Permitida Permitida
AP-01 83 84 AP-34 74 85 SM-12 81 80
AP-02 84 85 AP-35 86 85 SM-13 70 80
AP-03 85 85 AP-36 88 87 SM-14 81 79
AP-04 62 81 AP-37 87 85 SM-15 83 86
AP-05 88 88 AP-38 87 85 SM-16 87 83
AP-06 67 84 AP-39 88 86 SM-17 87 85
AP-07 82 84 AP-40 88 86 SM-18 86 83
AP-08 88 85 AP-41 85 85 SM-19 85 88
AP-09 82 86 AP-42 85 84 SM-20 85 87
AP-10 87 87 AP-43 87 85 SM-21 85 81
AP-11 78 86 AP-44 86 85 SM-22 86 85
AP-12 84 84 AP-45 85 84 SM-23 84 86
AP-13 81 81 AP-46 87 84 SM-24 87 84
AP-14 80 84 AP-47 87 85 SM-25 84 86
AP-15 81 83 AP-48 88 83 SM-26 86 84
AP-16 82 83 AP-49 83 82 SM-27 83 84
AP-17 76 85 AP-50 82 79 SM-28 85 84
AP-18 86 80 AP-51 79 80 SM-29 83 91
AP-19 81 75 AP-52 76 68 SM-30 86 86
AP-20 84 80 AP-53 64 66 SM-31 87 86
AP-21 83 77 AP-54 65 72 SM-32 85 86
AP-22 78 76 AP-55 76 79 SM-33 79 83
AP-23 84 80 SM-01 58 84 SM-34 77 66
AP-24 84 83 SM-02 79 77 SM-35 86 82
AP-25 82 84 SM-03 82 77 SM-36 78 79
AP-26 80 83 SM-04 67 81 SM-37 83 84
AP-27 88 86 SM-05 66 85 SM-38 78 79
AP-28 84 81 SM-06 79 78 SM-39 85 81
AP-29 87 91 SM-07 80 76 SM-40 85 83
AP-30 85 86 SM-08 76 78 SM-41 87 84
AP-31 80 86 SM-09 77 79 SM-42 85 80
AP-32 85 87 SM-10 76 75 SM-43 66 82
AP-33 86 83 SM-11 68 83 MÉDIA 81 82

112
4
Mapeamento de
áreas críticas
Como metodologia para auxiliar a tomada de decisão quanto às ações
prioritárias no controle de cheias no Município de São Paulo, foi produ-
zido o mapa de áreas críticas. Esse mapa considera as áreas inundáveis
associadas ao risco hidrológico, o risco de inundação, o sistema viário
estrutural e os equipamentos urbanos localizados em áreas inundáveis.

4.1  ÁREAS INUNDÁVEIS

Foi realizado o mapeamento das áreas suscetíveis às inundações a par-


tir da modelagem matemática hidráulica e hidrológica para períodos de
retorno de 2, 5, 10, 25 e 100 anos, conforme mostra a FIGURA 4.1.
A regulamentação das áreas inundáveis, conforme já apontado no Plano
Municipal de Gestão do Sistema de Águas Pluviais de São Paulo – PMAPSP,
pode ocorrer a partir do zoneamento dos fundos de vale, de acordo com o
risco hidrológico. Esse zoneamento permite o estabelecimento de regras para
o uso e a ocupação das áreas em conformidade com o risco de inundação.

113
FIGURA 4.1  Mapeamento das Áreas Inundáveis
nas bacias dos córregos Água Preta e Sumaré

lia
Auré
o Rua
e ad ra si a
nt P ed Ve spa
r Pe a de Rua
ito B ic
He a
a Ru Rua Féli x
Ru D el l
aR
osa

Rua Rifaina
Rua

do
D r. A

t ea
u g
Rocha

ba
P en
. Sinésio
Rua Min do

ajaí
Rua
co Azeve

r
. Francis R

ito
aul
Rua Eng

C
He

á
Rua

uiar
a
Ru

G
Rua

Rua
Convenção

s
as t o
ro
ano

B
ove

res
Rede Hídrica

cul
Rua

avá
oB
Ru

H er
P aris

T
Rua

fon

Rua
Rua
Bacias do Água Preta e Sumaré C ayo

f. Al
w aá

Pro

Quadra Viária

H av

Av.
aíb
Rua Ru

Rua

C aj
D iana

ral
Linha Férrea

Rua
e
Fed
Rua

ital
Aim
Tr (anos) ber

C ap
ê

Rua
2 Rua
Api
najé
5 s

10 né

uita
o
co

ua P Rua

sq
R Api

Me
25 ac ás

tão
Rua

G as
100 I per
j aú

o
Gra Rua ig
.
ua Min C amp
eva
Rua
R

Rua s
C aeté
A v. s
Pa ul
o VI
SISTEMA DE PROJEÇÃO UTM
uda

DATUM HORIZONTAL: Sirgas 2000 (Fuso 23) Rua


C
Arr

Rua
o

Dr.
a ld

ão

FONTE: Mapa Digital da Cidade - MDC (2004) Rua Fra


Min nc
f. Jo
. Arn

Mapa Hidrográfico do Município (2019) e . God


Pro

FCTH (2019) ói
Av. Dr

ubí
Rua

C ai

Rua
Rua

Rua
C ar Mo
dos nte
od Ale
eA g re
lme
em

ida
Hom
Dr.
Rua

m
±

0 125 250 500


ano
Av. Mal.

Rua Fáb
T

ia
ito

Rua Co

Rua
D r. M
iran
riolano

da d
gus e Aze
to d ve
eM do
iran
Rua Clé

da
ale

Pom
peia
m. V

lia
es e

Br.
do B
D

an a
Rua

nal
s

Av.
Alve

Pom
peia


ira

Rua

Tie
rre

C oto
o


. Fe

Chic

Rio
Min

d e.

Rua
Rua

T ucu
Rua

na
Aire

ua C
ara
ncio

íbas
a
táli
enâ

ra I
V
Rua

est

Rua
D iana
Pal
Rua
tira

Ru
B ar

a
Te
o
Rua

i
al h

xe
Av i ra
am

.A
nt
oR

ár
eS

i tica
Joã

b
ous

n a Có
rr
Rua

Ta

eg
ua
s

o
uria

Su
R

m
T

ar
Rua

é
n
Av. Pres. Castelo Branco
i so
Ed

Rua
as

D ona
m

G
ho

Rua erm
aine
.T

Min Bu r
Av

C ae e rva cha
tés rd
co
az z o

d aR
och
at ar

a
oM

uru

ogre sso
Av. Orde m e Pr
Rua Tagip
c
lo

ncis
ru
Me

i cu

ra
de

Itap

Av. F
Rua
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA

4.2  ÁREAS CRÍTICAS definir o risco como a probabilidade de


ocorrer danos ou perdas (econômicas, so-
O mapa de áreas críticas foi elaborado a ciais ou ambientais) resultantes da intera-
partir da sobreposição das áreas sensíveis ção entre perigos naturais e os sistemas
da bacia próximas aos córregos. Dentre es- humanos (UNDP, 200413).
sas áreas, foram consideradas as com uso A partir desse conceito, foi realizada a
do solo identificados como equipamento estimativa do risco de inundação conside-
urbano e favelas (FIGURA 2.25), o sistema rando a combinação de três componentes:
viário estrutural (FIGURA 2.35) e as áreas a probabilidade de ocorrência de dano,
de risco de inundação. o elemento do risco e a vulnerabilidade
Em equipamentos urbanos classificam- (Equação 2).
-se as áreas destinadas às instituições de
ensino, tais como escolas, creches, facul- R = H×P ×V
dades, e instituições de serviços de saúde. (Equação 2)
Essas áreas foram incluídas nas análises
por serem locais com alta vulnerabilida- Onde: H representa a probabilidade da
de na locomoção das pessoas que neles ocorrência de um perigo; P indica o ele-
se encontram. mento em risco; e V, a vulnerabilidade.
A metodologia para definição do risco O perigo relaciona-se à frequência de
de inundação é descrita a seguir. ocorrência e intensidade de um dano. Fo-
ram atribuídas as probabilidades de ocor-
rência dos eventos causadores do perigo
4.2.1  RISCO DE INUNDAÇÃO considerando para isso o tempo de retor-
no desse perigo (Tr2 = 0,5; Tr5 = 0,2; Tr10 =
O conceito de risco é variável em função 0,1; Tr25 = 0,04 e Tr100 = 0,01).
do contexto em que ele é aplicado, porém, Para a componente populacional, foi
está associado às perdas, sejam elas eco- atribuído o valor da densidade popula-
nômicas, sociais ou ambientais. Podemos cional em habitante por quilômetro qua-

13. UNDP (United Nations Development Program). Reducing disaster risk: a challenge for development. New York:
UNDP, 2004.

116
ÁGUA PRETA E SUMARÉ

drado, pertencente ao setor censitário TABELA 4.1  Graus de risco de inundação das
bacias dos córregos Água Preta e Sumaré
e correspondente às áreas contidas nas
% da bacia em
manchas de inundação geradas em cada Grau de Risco Escala
cada grau de risco
período de retorno. Baixo 0 – 0,002 38
A componente de vulnerabilidade foi Médio 0,002 – 0,01 16
verificada em função do Índice Paulista de Alto 0,01 – 0,04 31

Vulnerabilidade Social – IPVS. Muito Alto 0,04 – 1 14

A FIGURA 4.2 mostra os critérios consi-


derados na estimativa das áreas de risco A FIGURA 4.3 indica os dados utilizados
de inundação. para a obtenção do mapa de áreas críticas.
Os resultados obtidos pelo cruza- O mapa de áreas críticas resultante des-
mento das três componentes de risco de sa análise é apresentado na FIGURA 4.4.
inundação estão apresentados na TABE-
LA 4.1. Os valores normatizados para o
risco foram divididos em quatro classes,
conforme é observado.

117
FIGURA 4.2  Critérios inseridos na obtenção do risco de inundação

Convenção
Rede Hídrica Convenção Convenção
Bacias do Água PretaRede
e Sumaré
Hídrica Rede Hídrica
Quadra Viária Bacias do Água Preta e Sumaré Bacias do Água Preta e Sumaré


Quadra Viária Quadra Viária

S um a


S um a

S um a
o
Córreg
P reta

P reta

P reta
o

o
Córreg

Córreg
P reta

P reta
gu a

P reta

P reta

P reta
g ua

g ua

gu a

gu a


r eg

g ua

g ua

g ua
r eg

r eg


r


é é é

r
ar ar ar


r eg

r eg

r eg

r eg

r eg
m m m
Su Su Su
r

r


go é é go é é go é

r
ar ar ar ar ar


rre m m rre m m rre m
Có Su Su Có Su Su Có Su
go go go go go
rre rre rre rre rre
Có Có Có Có Có

Densidade demográfica
hab/ha
0 - 100 Densidade demográfica Densidade demográ
Período de Retorno (anos) Índice Paulista de Vulnerabilidade Social (IPVS) hab/ha hab/ha
101 - 200
2 Baixíssima Vulnerabilidade 0 - 100 0 - 100
Período de Retorno (anos) Período de Retorno (anos) Índice Paulista de Vulnerabilidade Social (IPVS)
Índice Paulista de Vulnerabilidade
201 - 360 Social (IPVS)
5 Vulnerabilidade muito baixa 101 - 200 101 - 200
2 2 Baixíssima Vulnerabilidade 361 - 900
Baixíssima Vulnerabilidade
10 Vulnerabilidade baixa 201 - 360 201 - 360
5 5 Vulnerabilidade muito baixa 901 -baixa
Vulnerabilidade muito 2000
25 Sem informação 361 - 900 361 - 900
10 10 Vulnerabilidade baixa 2001 - 3869
Vulnerabilidade baixa
100 901 - 2000 901 - 2000
25 25 Sem informação N°
Sem informação de habitantes: 112 mil (IBGE,
2001 -2010)
3869 2001 - 3869
100 100
N° de habitantes: 112 mil (IBGE, 2010) N° de habitantes: 11

Período de Retorno

Período de Retorno
P reta
g ua

P reta

P reta
r eg

é é Vulnerabilidade Social
r

ar ar

g ua

g ua

m m
Su Su
o go

rre

r eg

r eg

é é Vulnerabilidade Social
r

ar ar

S um Su
m
go go
rre rre
Có Có

Densidade Demográfica

Densidade Demográfica
A

Densidade demográfica
hab/ha
0 - 100
101 - 200 Áreas de Risco
Densidade demográfica
201 - 360
hab/ha
361 - 900
0 - 100
Paulista de Vulnerabilidade Social (IPVS)
901 - 2000
101 - 200 Áreas de Risco
Baixíssima Vulnerabilidade 2001 - 3869 201 - 360
Vulnerabilidade muito baixa N° de habitantes: 112 mil (IBGE, 2010) 361 - 900
Vulnerabilidade baixa 901 - 2000
Sem informação 2001 - 3869
N° de habitantes: 112 mil (IBGE, 2010)
FIGURA 4.3  Critérios considerados na obtenção das áreas críticas

Convenção
Rede Hídrica Convenção Convenção
Bacias do Água PretaRede
e Sumaré
Hídrica Rede Hídrica
Quadra Viária Bacias do Água Preta e Sumaré Bacias do Água Preta e Sumaré
Quadra Viária Quadra Viária
P reta

P reta

P reta
P reta

P reta
gu a

P reta

P reta

P reta
g ua

g ua

gu a

gu a


r eg

g ua

g ua

g ua
r eg

r eg


r


é é é

r
ar ar ar


r eg

r eg

r eg

r eg

r eg
m m m
Su Su Su
r

r


go é é go é é go é

r
ar ar ar ar ar


rre m m rre m m rre m
Có Su Su Có Su Su Có Su
go go go go go
rre rre rre rre rre
Có Có Có Có Có

Risco de Inundação Áreas Vulneráveis Sistema Viário Estrutural


Baixo Risco de Inundação Risco de Inundação Equipamento urbano vulnerável N1
Áreas Vulneráveis Áreas Vulneráveis Sistema Viário Estrutural Sistema Viário Estru
Médio N3
Baixo Baixo Equipamento urbano vulnerável Equipamento urbano vulnerável N1 N1
Alto N3 N3
Médio Médio
Muito Alto
Alto Alto
Muito Alto Muito Alto

Risco de Inundação

Risco de Inundação
P reta
g ua

P reta

P reta
r eg

é é Áreas Vulneráveis
r

ar ar

g ua

g ua

m m
Su Su
o go

rre

r eg

r eg

é é Áreas Vulneráveis
r

ar ar

S um Su
m
go go
rre rre
Có Có

Sistema Viário Estrutural

Sistema Viário Estrutural


A

Sistema Viário Estrutural


Áreas Críticas
N1
N3
Áreas Vulneráveis Sistema Viário Estrutural
Áreas Críticas
Equipamento urbano vulnerável N1
N3
FIGURA 4.4  Mapa de áreas críticas nas
bacias dos córregos Água Preta e Sumaré

lia
Auré
Rua

o
ead
en tP
tor
Hei
Av.
Convenção

Rede Hídrica

Bacias do Água Preta e Sumaré

Quadra Viária

Linha Férrea
do

Av. Sumaré
l
rna A

SISTEMA DE PROJEÇÃO UTM


Dr.

DATUM HORIZONTAL: Sirgas 2000 (Fuso 23)


Av.

FONTE: Mapa Digital da Cidade - MDC (2004),


Mapa Hidrográfico do Município (2019), Plano
Diretor Estratégico (2014) e FCTH (2019)

m
±

0 125 250 500


Áreas Críticas
Equipamento urbano
Sistema Viário Estrutural
vulnerável
N1
 Serviço de saúde
N3
 Unidade de ensino
Risco de inundação
(classificação)

Baixo
Médio
 Alto
Muito Alto

Av.

P om


p eia 

Tie
Rio

s Boer
Av. Nicola
Preto
o Á gua
Córreg
ia

Av. Marginal Tiete


Itál
stra


Pale
Ru a

nte


de São Vice
Av
.


An

r
tic

Av. Marquês
a


rre
go
azzo

S um
aré
atar
oM


Av. Ordem e Progresso
cisc
Fr a n
Av.
5
Planos e projetos
existentes para as bacias
As bacias dos córregos Água Preta e Sumaré estão inseridas na área da
Operação Urbana Consorciada Água Branca, que tem como diretriz prin-
cipal a promoção do desenvolvimento da região que abrange parte dos
bairros da Água Branca, Perdizes e Barra Funda. Essa área está inserida
no Arco Tietê, no setor da Orla Ferroviária e Fluvial da cidade (FIGURA 5.1).
Inicialmente, foi criada pela Lei nº 11.774/1995 a Operação Urbana na
região da Água Branca. Posteriormente, a Lei nº 15.893/2013 trouxe com-
plementações e novas diretrizes para a Operação Urbana, agora Con-
sorciada, apresentando um plano urbanístico com melhorias nos sis-
temas de circulação e mobilidade, de áreas verdes, de equipamentos
e no adensamento populacional. Constava, portanto, em conformidade
com a legislação federal (Estatuto da Cidade) e municipal (Plano Diretor
Estratégico de 2014).
Dentre os objetivos específicos dessa Operação Urbana, destacam-se:

• Implantar um conjunto de melhoramentos viários, visando ligações


de longo percurso e a reestruturação do viário local;

123
FIGURA 5.1  Perímetro da Operação Urbana
Consorciada Água Branca nas bacias
dos córregos Água Preta e Sumaré

lia
Auré
o Rua
e ad ra si a
nt Pe d Ve spa
r Pe a de Rua
ito B ic
He a
a Ru Rua Félix
Ru D ella
Ro
sa

Ru
Rua Rifaina

e
do

uqu
Rua

á
t ea
D

uiar
aD
Rocha

ba
P en
. Sinésio

z ag
Rua Min

G
do

ajaí
co Azeve

Rua
r
. Francis

ito

Gon
Rua Eng

C
He

Rua
Rua
Rua

a
Ru
Sar
am Ru
enh
a
Convenção

s
as t o
al
der

ro
ano

B
o Baya ital Fe

ove

res
Rede Hídrica

cul

avá
oB
rdo
Rua Ru

H er

Ca p
P

T
Rua aris

fon

Rua
Rua
Bacias do Água Preta e Sumaré C ayo

Ru a

f. Al
w aá

ancisc

Pro
Quadra Viária

Av.
aíb

Rua Fr
Rua Ru

H av

C aj
D iana

ral
Linha Férrea

Rua
Rua

e
Fed
Rua

ital
Perímetro OUCAB Aim
ber

C ap
ê

Rua
Arco Tietê Rua
Api
najé
s
Perímetro Expandido OUCAB

uita
Po
co

Rua
R ua Api

sq
ac ás

Me
tão
Rua
I

G as
per
j aú

o
Gra Rua ig
ua .
Min C amp
eva
R

s
Rua

Rua
C aeté
A v. s
aré
Paul
o VI Córrego Sum Av. Sumaré Av. Su
m aré
SISTEMA DE PROJEÇÃO UTM
uda

DATUM HORIZONTAL: Sirgas 2000 (Fuso 23) Rua


C
Arr

Ru a
o

Rua Dr.
ão

FONTE: Mapa Digital da Cidade - MDC (2004),


a ld

Min Fra
nc
f. Jo

Mapa Hidrográfico do Município (2019) e


. Arn

. God
ói
Pro

Operação Urbana Consorciada Água Branca


ubí
Av. Dr

(Lei nº 15.893/2013)
Rua

C ai
Rua

Rua Rua
C ar Mo
dos nte
od Ale
eA g re
lme
em

ida
Hom
Dr.
Rua

m
±

0 125 250 500


ano
Rua Fáb
Av. Mal.

ia

Rua
ito T

R ibei
ro de B
Rua Co

ua D
r. M arro
iran s
da d
riolano

e Aze
Dr. ve do
Aug
ale

usto
de M
m. V

Rua Clé

iran
rre

da
es e

go
D

lia
Á
Rua

gu

ua B
r. d
a

o B an Rua
Pr e

ana R aul
l
ta

Pom
peia

Av.


ua C Pom

Tie
oto peia

s
o

Rio
Aire
Chic
s
Alve

Rua
ncio
d e.

T ucu
P

na
ira

enâ
Rua

ua C
rre

ara
íbas
. Fe

Rua

er
olas Bo
ália

Av. Nic
Min

t
ra I
Rua

e st

Rua
D
P al

iana
R ua
tira

Ru
B ar

a
Te
Rua

i xe
Av i ra
.A
nt
ár
eS

b i tica
ous

na
Ta

ua
o

s
uria

o Vice nte
al h

R
am


Rua

a
oR

um
n
Av. Pres. Castelo Branco
i so
Av.

.S
Joã

Av
Ed

Rua
An

tár
as
Rua

Av. Marq. de

D ona t ica
m

G
ho

Rua erm
aine
.T

Min Bu r
Av

C ae e rva cha
tés rd
az z o

co Av.
da O rde
Ro c
at ar

ha m
eP
rog
oM

uru

re sso ogre sso


Av. Orde m e Pr
c

Rua Tagip
ncis
lo

ru
Me

i cu

ra
de

Av. F
Itap
Rua
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA

• Melhorar os sistemas de macro e micro- de lazer e de retardamento do escoa-


drenagem, para diminuir os problemas mento de águas pluviais.
de inundação ocasionados pela defi-
ciência das redes e galerias existentes; Os recursos financeiros são oriundos
• Implantar equipamentos de interesse de contrapartidas financeiras, arrecadadas
da comunidade, como equipamentos por meio da concessão de outorga onerosa
públicos de saúde, educação e cultura; do direito de construir, e também de inves-
• Definir e assegurar recursos exclusi- timentos do orçamento do município.
vos para provisão habitacional de in- A Lei nº 15.893/2013 permite uma redu-
teresse social. ção da permeabilidade para até 15%, para
lotes com área superior a 500  m², se im-
Dentre as diretrizes da Operação Urba- plantados dispositivos de retenção de
14
na Consorciada Água Branca , pode-se ci- águas pluviais segundo os seguintes parâ-
tar as seguintes que estão de acordo com metros (Equação 3):
os interesses do planejamento e da gestão
do sistema de drenagem urbana: V = (C + 0, 8 ⋅ T ) ⋅ P ⋅ A
(Equação 3)
• Ampliar e melhorar a infraestrutu-
ra de drenagem, inclusive por meio onde:
da utilização de materiais com maior
permeabilidade na pavimentação das V:  volume retido, em m³;
obras públicas, tais como pisos inter- C:  coeficiente de escoamento superficial;
travados e filtros drenantes; T:  taxa de impermeabilização efetiva do lote;
• Promover o tratamento das águas plu- P:  precipitação total em uma hora;
viais e a prevenção contra a poluição A:  área do lote, em m².
difusa;
• Implantar parques lineares e proje- Os valores de C e P são especificados
tos paisagísticos ao longo dos cur- de acordo com a área do lote, conforme
sos d’água existentes, com funções TABELA 5.1.

14. Art. 7º da Lei nº 15.893/2013.

126
ÁGUA PRETA E SUMARÉ

TABELA 5.1  Valores dos parâmetros C e P foi implantado integralmente. Toda a por-
(Lei nº 15.893/2013)
ção da bacia a montante da Rua Turiassú
Área do lote
não foi beneficiada pela obra.
Parâmetro
500 m² a A seguir, apresenta-se uma descrição
> 1.500 m²
1.500 m²
da obra implantada. A localização dos
C 0,15 0,19
trechos é apresentada na FIGURA 5.2. Na
P 0,060 0,075
FIGURA 5.3, consta o diagrama unifilar
dos córregos Água Preta e Sumaré, com
A vazão máxima para o esvaziamento destaque para as vazões, geradas para
dos volumes armazenados é limitada em uma chuva de 100 anos, e para as capa-
5 L/s/ha. cidades hidráulicas de escoamento das
galerias existentes.
O reforço das galerias dos córregos Água
5.1  OBRA DE DRENAGEM EXECUTADA Preta e Sumaré inicia-se no Rio Tietê jun-
to à galeria do córrego Água Preta. O trecho
Tendo em vista as frequentes inundações sob as vias marginais do Tietê é compos-
nas bacias em estudo, principalmente na to de dois túneis, com seção transversal em
região da Avenida Pompeia (nos cruzamen- forma de ferradura na parte superior e arco
tos com a Rua Palestra Itália e a Avenida invertido na parte inferior, e dimensões de
Francisco Matarazzo) e da Praça Marrey Jú- 3,7 m × 3,6 m. Após a travessia sob as mar-
nior, em 2016, foram implantadas galerias ginais, as obras de reforço seguem junto da
complementares aos córregos Água Preta e Avenida Nicolas Boher com galeria dupla
Sumaré. Essas galerias conduzem os volu- de 3,0 × 3,5 m. Na altura da Praça José Viei-
mes do escoamento superficial, captados ra de Carvalho Mesquita, foi construído um
por meio de grelhas, dessas áreas críticas sifão composto por dois túneis com seção
diretamente para o rio Tietê. em ferradura e dimensões de 3,2 m × 3,0 m,
Essa obra foi concebida a partir de um para desviar de um interceptor de esgoto
projeto que previa a construção de gale- existente. Segue, então, em galeria dupla de
rias complementares nos fundos de vale 3,0 × 3,5 m até a jusante da travessia com a
do Água Preta e Sumaré em grande parte ferrovia (CPTM), onde existe uma interliga-
de suas extensões, porém, tal projeto não ção entre as duas galerias de reforço.

127
FIGURA 5.2  Traçado da obra implantada
nos córregos Água Preta e Sumaré

lia
Auré
o Rua
e ad ra si a
nt P ed Ve spa
r Pe a de Rua
ito B ic
He a
a Ru Rua Féli x
Ru D el l
aR
osa

Ru
Rua Rifaina

e
do

uqu
Rua

á
t ea
D

uiar
aD
Rocha

ba
P en
. Sinésio

z ag
Rua Min

G
do

ajaí
co Azeve

Rua
r
. Francis

ito

Gon
Rua Eng

C
He

Rua
Rua
Rua

a
Ru
Sar
am Ru
enh
a
Convenção

s
as t o
al
der

ro
ano

B
o Baya ital Fe

ove

res
Rede Hídrica

cul

avá
oB
rdo
Rua Ru

H er

Ca p
P

T
Rua aris

fon

Rua
Rua
Bacias do Água Preta e Sumaré C ayo

Ru a

f. Al
w aá

ancisc

Pro
Quadra Viária

Av.
aíb

Rua Fr
Rua Ru

H av

C aj
D iana

ral
Linha Férrea

Rua
Rua

e
Fed
Rua

ital
Perímetro OUCAB Aim
ber

C ap
ê

Rua
Obra implantada Rua
Api
najé
Dimensões em metros s

Ø Seção circular

uita
o
co

R ua P Rua
Api

sq
8 ac ás

Me
3 Seção retangular

tão
Rua
I

G as
Seção lenticular per
j aú
80

o
Gra Rua ig
ua .
Min C amp
eva
R

s
Rua

Rua
C aeté
A v. s
aré
Pa ul
o VI Córrego Sum Av. Sumaré Av. Su
m aré
SISTEMA DE PROJEÇÃO UTM
uda

DATUM HORIZONTAL: Sirgas 2000 (Fuso 23) Rua


C
Arr

Rua
o

Rua Dr.
ão
a ld

Min Fra
nc
f. Jo

FONTE: Mapa Digital da Cidade - MDC (2004)


. Arn

. God
Mapa Hidrográfico do Município (2019) e ói
Pro

ubí
Av. Dr

SIURB
Rua

C ai
Rua

Rua Rua
C ar Mo
dos nte
od Ale
eA g re
lme
em

ida
Hom
Dr.
Rua

m
±

0 125 250 500


ano
Rua Fáb
Av. Mal.

ia

Rua
ito T

R ibei
ro de B
Rua Co

ua D
r. M arro
iran s
da d
riolano

e Aze
Dr. ve do
Aug
ale

usto
de M
m. V

Rua Clé

iran
rre

da
es e

go
D

lia
Á
Rua

gu

ua B
r. d
a

o B an Rua
Pr e

ana R aul
l
ta

Pom
peia 2 3,6

80
Av.


Pom
ua C peia

Tie
oto

8 3,5 x 3,0
23
s
o

Rio
Aire
Chic
s
Alve

Rua
ncio
d e.

T ucu Ø 3,4
P

na
ira

enâ

Ø 2,6
Rua

ua C
rre

2 3,0
V

ara
íbas Ø 3,4 8 3,5 x 3,0 80
. Fe

Rua

23
ália
Min

t
ra I
Rua

e st

Rua
D
P al

iana

8 3,5 x 3,0
R ua

3
tira
B ar

8 2,5 x 2,0
3 3,6 3,6
80

80
Rua

4,2
80

Av
.
i An
nab tár
a t ic

aT a
o

u
uria

o Vice nte
al h

R
am

é
ar
Rua
oR

um
n
Av. Pres. Castelo Branco
i so
Av.

.S
Joã

Av
Ed

Rua
An

tár
as
Rua

Av. Marq. de

D ona t ica
m

G
ho

Rua erm
aine
.T

Min Bu r
Av

C ae e rva cha
tés rd
az z o

co Av.
d aR O rde
och
at ar

a m
eP
rog
oM

uru

re sso ogre sso


Av. Orde m e Pr
c

Rua Tagip
ncis
lo

ru
Me

i cu

ra
de

Av. F
Itap
Rua
7
14

SISTEMA
Afluente R. Havaí

7
14
Afluente R. Varginha

SISTEMA
Afluente R. Havaí

EXISTENTE
Afluente R. Varginha
Av. Pompeia
Afluente R. Zaira

24
Vazão Tr

9
Capacidade

24

GaleriaGaleria
EXISTENTE
Av. Pompeia
Vazão

Afluente R. Zaira

24
9
Capacidade

24
Afluente Afluente
100 anos

R. Pedro Costa Trav. João Matias


da galeria

Afluente Pç. Rio dosAfluente


Campos
Tr 100(m³/s)

R. Pedro Costa Trav. João Matias


da galeria

42

17
Pç. Rio dos Campos
anos (m³/s)
(m³/s) (m³/s)

42

17
R. Wanderley Afluente da
Vla. Estevam Garcia

11
42
64

R. Wanderley 18
Afluente da
Vla. Estevam Garcia

11
42
64

18

R. Desem. Vale

OBRA EXECUTADA
R. Caiubi
R. Desem. Vale

OBRA EXECUTADA
R. Caiubi

GaleriaGaleria
R. Pde. Chico

complementar
Av. João Ramalho R. Pde. Chico
FIGURA 5.3  Diagrama unifilar de vazões das bacias dos córregos Água Preta e Sumaré com as obras executadas

complementar
Av. João Ramalho
R. Venâncio Aires

12
48

R. Venâncio Aires
12
48
98

22
98

22
Av. Pompeia

Av. Fco. Matarazzo


Galeria Complementar Água Preta

76 76

14 55 55

88

32

Córrego Água Preta


R. Dr. Homem de Melo

44 68 75

16 28 32

Córrego Sumaré
Rio Tietê
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA

A partir desse ponto, as galerias se Pompeia, entre a Rua Venâncio Aires e a


sepa­ram e seguem em seção simples para Avenida Francisco Matarazzo, e uma logo a
montante. jusante da travessia com a CPTM.
O reforço do córrego Água Preta faz uma A galeria de reforço do córrego Sumaré,
travessia sob a ferrovia em túnel com seção após a interligação com o córrego Água Pre-
circular e diâmetro de 3,4 m. Logo após essa ta, segue para montante com seção retangu-
travessia, o reforço segue paralelo à galeria lar simples de 3,0 × 3,5 m, até o trecho logo
existente em seção retangular de 3,0 × 3,2 m a jusante da travessia com a CPTM. A par-
até o ponto a jusante da Av. Francisco Mata- tir desse ponto, segue em túnel com seção
razzo. O trecho que segue até a Praça Raízes em ferradura e dimensões de 3,7 m × 3,6 m e
da Pompeia, em frente ao Shopping Bour- 4,8 m × 4,2 m, até a Praça Marrey Júnior.
bon, é composto por um túnel com seção O perfil do trecho de reforço do córre-
circular e diâmetro de 3,4 m. go Sumaré é apresentado na FIGURA 5.5.
O perfil do trecho de reforço do córrego Nele podem ser vistos outros dois sifões,
Água Preta é apresentado na FIGURA 5.4. um localizado logo a montante da interli-
Destaca-se nessa figura o sifão sob a Ave- gação com o trecho do córrego Água Preta
nida Marquês de São Vicente, implantado e outro a jusante da travessia com a CPTM.
para evitar o remanejamento do intercep- No córrego Sumaré, também foram
tor de esgotos, de grande porte. construídas grelhas para captação superfi-
Para garantir a captação e o desvio cial nas imediações da Praça Marrey Júnior,
das descargas afluentes à galeria proje- uma na Rua Palestra Itália e duas na Ave-
tada, foram construídas grelhas para cap- nida Sumaré.
tação superficial, quatro delas na Avenida

132
ÁGUA PRETA E SUMARÉ

FIGURA 5.4  Perfil do trecho em


implantação no córrego Água Preta

R. Venâcio
CPTM
Av. Marquês de Interligação com Aires
São Vicente o Sumaré
Rio Tietê
725

720

715

710

705
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600

Terreno Galeria

FIGURA 5.5  Perfil do trecho em implantação no


córrego Sumaré e interligação no córrego Água Preta
R. Venâcio
CPTM
Av. Marquês de Interligação com Aires
São Vicente o Sumaré
Rio Tietê R. Palestra725
Interligação com o Itália 735

Água Preta

CPTM 720
730
Passagem sob a galeria
antiga do Água Preta
715 725

710 720

715
705
0 200 400 600 800 1000
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600

Terreno
Terreno Galeria
Galeria

133
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA

5.2  DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO 5.2.1 GRELHAS


ATUAL
A medida adotada para captação do escoa-
A obra executada reduziu as inundações mento superficial e direcionamento para
que atingem a bacia, em especial para o as galerias recentemente implantadas, nas
trecho de jusante, nas avenidas Francis- duas bacias, foram seis grelhas, quatro na
co Matarazzo, Pompeia e Turiassú, porém Avenida Pompeia, uma na Avenida Sumaré
restaram pontos inundáveis importantes, e outra na Avenida Palestra Itália. Essas es-
como a Rua Venâncio Aires. truturas captam o escoamento apenas na
As análises no sistema de drenagem porção de jusante das bacias.
atual nas bacias estudadas indicam al- O mau funcionamento das grelhas pode
guns pontos que podem levar ao não levar ao aumento das inundações nessas
funcionamento desejado. Dentre eles, áreas. Fatores como o arraste de resíduos
destacam-se as grelhas de captação im- sólidos e de folhas de árvores pode inter-
plantadas na porção baixa das bacias, a ferir na capacidade de engolimento das
falta de conexão entre a nova galeria e as grelhas, como observado na FIGURA 5.6.
galerias antigas e, por fim, a implantação
das obras que fazem parte do projeto de
obras de macrodrenagem, necessárias para
o combate às inundações previstas para a
porção baixa das bacias dos córregos Água
Preta e Sumaré.
A deficiência no sistema de captação,
constituído pelas grelhas e pelo sistema
de microdrenagem, faz com que o escoa-
mento superficial não chegue às gale-
rias executadas, ocorrendo inundações
na superfície e as galerias operando par-
cialmente.
A seguir, apresenta-se uma descrição
dos pontos que interferem no funciona-
FIGURA 5.6  Grelha na Avenida Pompeia
mento do sistema analisado. obstruída por resíduos após evento de chuva

134
ÁGUA PRETA E SUMARÉ

Foi realizada a simulação do impacto Urbana Água Branca, porção baixa das ba-
gerado pela obstrução de 30% da área útil cias dos córregos Água Preta e Sumaré. Es-
de engolimento das grelhas. Essa simula- sas ações fazem parte do projeto de obras
ção mostrou que, com as grelhas operando de macrodrenagem necessárias para o com-
livremente, a vazão de pico na superfície é bate às inundações nas bacias analisadas.
de 12 m³/s; com a obstrução de 30%, a va- A seguir, é apresentada uma breve des-
zão na superfície aumenta para 24 m³/s. crição das obras complementares que fa-
Essas vazões foram estimadas a jusante zem parte das ações planejadas para o
das quatro grelhas na Avenida Pompeia, sistema de controle de cheias da região
na altura da Avenida Francisco Matarazzo. da OUCAB. As medidas propostas foram
A chuva adotada nessa verificação possui concebidas a partir da análise do diag-
Tr de 100 anos. nóstico das inundações e das discussões
com as equipes técnicas da SIURB, da SP
Obras e da FCTH.
5.2.2  CAPACIDADE DA
MICRODRENAGEM – BOCAS DE LOBO
Conexão entre a galeria antiga do
Destaca-se a necessidade de verificação Água Preta e a galeria nova do Sumaré
do sistema de microdrenagem durante os A FIGURA 5.7 ilustra (a) o cruzamento atual
eventos de chuva, principalmente no que e a conexão planejada entre a galeria an-
se refere à capacidade de engolimento das tiga do Água Preta e (b) a galeria nova do
bocas de lobo. Sumaré, que desvia o escoamento superfi-
cial do córrego Sumaré para a galeria nova
do Água Preta.
5.3  OBRAS DE DRENAGEM
COMPLEMENTARES
Ligação de Galerias
Para diminuir os problemas diagnosticados Foram inseridas na modelagem matemáti-
e melhorar o funcionamento da obra de ca as ligações das galerias antigas às no-
drenagem executada, foram programadas vas, tanto no Água Preta quanto no Sumaré.
obras de drenagem complementares para Atualmente, as galerias novas e antigas, em
controle de cheias na área da Operação cada bacia, funcionam de forma paralela e

135
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA

Galeria nova do
Água Preta

Galeria antiga do
Água Preta
Conexão entre
as galerias

Galeria
do Sumaré
Galeria
antiga do
Água Preta

Galeria antiga
do Água Preta
Escoamento superficial do Sumaré
Galeria nova
do Sumaré

a. Cruzamento atual b. Conexão planejada

FIGURA 5.7 Detalhe do cruzamento atual e da conexão planejada


entre a galeria antiga do Água Preta e a galeria nova do Sumaré

136
ÁGUA PRETA E SUMARÉ

independente. As galerias novas possuem atender a áreas hoje atingidas por inun-
capacidade de escoamento suficiente para dações, como a Rua Venâncio Aires. Des-
suportar o acréscimo de vazão afluente das sa forma, as novas galerias, que hoje estão
galerias antigas. A FIGURA 5.8 ilustra a pos- conectadas somente às grelhas, estarão li-
sibilidade de ligação da galeria antiga do gadas a um novo sistema de captações e
Água Preta à nova do mesmo córrego, e a às galerias existentes.
FIGURA 5.9, a ligação da galeria antiga do A galeria de reforço no Água Preta ini-
Sumaré com a galeria nova. cia-se na Avenida Pompeia, no cruzamen-
to com a galeria antigo no Sesc Pompeia,
segue pela Rua Venâncio, passando sob o
Galeria de Reforço Complementar terreno do Centro Universitário São Camilo
O prolongamento a montante das galerias e entrando na Rua Dr. Augusto de Miran-
de reforço foi concebido de forma a me- da, onde se conectará com a galeria antiga
lhorar as condições de captação das águas do Água Preta. A galeria tem seção simples
superficiais, aliviar as galerias existentes e e extensão de 350 m, com dimensões de

Conexão entre
Conexão entre as galerias
as galerias Galeria antiga
do Sumaré Conexão entre
as galerias

Galeria antiga Galeria antiga


do Água Preta Galeria nova do do Água Preta Galeria nova do
Água Preta Galeria
Águanova
Pretado
Sumaré

Terreno
Terreno Galeria
Galeria
Terreno Galeria

FIGURA 5.8 Ligação da galeria antiga FIGURA 5.9 Ligação da galeria antiga
do Água Preta à galeria nova do Sumaré à galeria nova

137
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA

3,3 × 3,3 m na Rua Venâncio e, na Avenida 5.4  AVALIAÇÃO HIDRÁULICA


Pompeia, a seção é circular, de 4,1 m, com DAS OBRAS COMPLEMENTARES
restrição no cruzamento com a galeria an-
tiga, onde passa a ter 2,67 m de seção cir- Foi realizada a modelagem matemática da
cular equivalente. bacia do córrego Água Preta considerando
A galeria verificada no Sumaré desenvol- a implantação das obras de drenagem com-
ve-se pela Avenida Sumaré, desde o embo- plementares ora descritas, indicando que,
que do tunnel liner, e é executada até a Rua para a área de abrangência da Operação
Aimberê, perfazendo 194 m, onde se conec- Urbana Água Branca, tais obras atendem a
tará com as galerias existentes do Sumaré e um período de retorno de 20 anos. Nessa
da Aimberê. A base da seção varia de 2,5 a condição, há a necessidade de obras com-
2,0 m, e a profundidade, de 3,0 a 2,5 m. plementares apenas em parte da bacia do
córrego Sumaré, referentes à sub-bacia da
Rua Dona Germaine Bouchard, cujas pro-
Ampliação de seção de galeria postas serão apresentadas no próximo ca-
Foi simulada a ampliação da galeria nova pítulo, junto com as demais propostas para
do Água Preta, na altura da Papelaria o controle de cheias na bacia.
Kalunga, conforme a proposta do projeto O diagrama unifilar ilustrado na FIGU-
básico desenvolvido pela Maurber-Com. A RA 5.11 representa a situação hidráulica
extensão do trecho é de 100 m, com seção após a implantação das obras de drena-
circular de 3,4 m. gem complementares para uma chuva de
A FIGURA 5.10 ilustra as obras comple- Tr 20 anos. A FIGURA 5.12 e a FIGURA 5.13,
mentares planejadas para a região de ju- por sua vez, ilustram respectivamente os
sante das bacias dos córregos Água Pre- perfis dos córrego Água Preta e Sumaré
ta e Sumaré, que fazem parte das ações com as obras complementares.
previstas para o controle das cheias das
bacias estudadas.

138
Obra das galerias dos córregos Água Preta e Sumaré (Fotos: PMSP)
FIGURA 5.10  Traçado das obras complementares
planejadas nos córregos Água Preta e Sumaré

lia
Auré
o Rua
ad ra sia
te sp a
n P ed Ve
r Pe a de Rua
ito B ic
He Ru
a
a Rua Féli x
Ru D el l
aR
osa

Rua Rifaina
Rua

e
do

uqu
D r. A

tea
ug

aD
Rocha

ba
P en
. Siné sio

z ag
Rua Min do

ajaí
Rua
co Azeve

r
. Francis R

ito
au l

Gon
Rua Eng

C
He

á
Rua

uiar
Rua
Rua

a
Ru
S ar

G
am Ru
en h

Rua
a
Convenção

s
as t o
al
der

ro
an o

B
o Baya ital Fe

ove

res
Rede Hídrica

cu l

av á
so B
rdo
Ru

H er
Rua

Ca p
P

T
Rua aris

lfon

Rua
Rua
Bacias do Água Preta e Sumaré C ayo

Ru a
waá

f. A
ancisc

Pro
Quadra Viária

Av.
aíb

Rua Fr
Rua Ru

H av

C aj
D iana

ral
Linha Férrea

Rua
Rua

ed e
F
Rua

ital
Rede existente A imb

C ap
erê

Rua
Obra complementar
Rua
A pin
ajé s
!
( Ligação com galeria antiga

uita
Po
co

)
" Conexão túnel X galeria R ua
Rua

es q
A piac
á s

oM
Reforço de galeria

st ã
Rua
I per
j aú

. Ga
oig
Gra Rua
Aumento de seção ua Min C am p
eva
R

s
Rua

Rua
C aet
és
A v. ar é
Pa ul
o VI Córrego Sum Av. Sumaré Av. Su
ma ré
SISTEMA DE PROJEÇÃO UTM
uda

DATUM HORIZONTAL: Sirgas 2000 (Fuso 23) Rua


C
Arr

Rua
o

Rua Dr.
ão
a ld

Min Fra
nc
f. Jo

FONTE: Mapa Digital da Cidade - MDC (2004)


. Arn

. Go
e Mapa Hidrográfico do Município (2019) e dói
Pr o

ubí
Av. Dr

SIURB
Rua

C ai
Rua

Rua Rua
C ar Mo
dos nte
od Ale
eA gre
lme
em

ida
Hom
Dr .
Rua

m
±

0 125 250 500


an o
Rua Fáb
Av. Ma l.

ia

Rua
ito T

R ibei
ro d
Rua Co

e Ba
rros
Rua
D
riolano

r. M
gus iran
to d d a de
eM Aze
iran ved
Rua Clé

da o
l Po
rre

mp
ei a
go
al e

li
Ág

a
m. V

ua B
ua

r. d
oB
e se

Pr e

an a
nal
D

ta
ves
Rua

Al

!
(
ira


erre

ua C

Tie
co

oto
in. F

Chi

Rio
M

d e.
Rua

Rua
Rua

T u cu
s

Av.
!
(
Aire

na Pom
ua C p eia
ara
ncio

íbas er
o las Bo
ália

A v. Nic
en â

)
"
t
ra I
V
Rua

e st

Rua
D
P al

iana
R ua
tira

Ru
Ba r

a
Te
Rua

i xe
!
(

Av i ra
.A
nt
!
(

ár
eS

b i tica
ous

n a
Ta
ss ú

ua
o

o Vicente
uria
al h

R
am

é
ar
Rua
oR

um
n
Av. Pre s. Castelo Branco
iso
Av.

.S
Joã

Av
Ed

Rua
An

tár
as
Rua

Av. Marq. de

D ona t ica
m

Germ
ho

Rua aine
.T

Min Bu r
Av

C ae erv ch a
t és a rd
az z o

co Av.
d aR O rde
och
at ar

a m
eP
rog
co M

ru

re sso ogre sso


u

Av. Ordem e Pr
Rua Tagip
ncis
lo

ru
Me

icu

ra
de

Av. F
Itap
Rua
FIGURA 5.11 Diagrama unifilar de vazões com Tr 20 anos nas bacias dos
córregos Água Preta e Sumaré com as obras complementares previstas

Capacidade da galeria (m³/s)

Vazão Tr 100 anos (m³/s)

R. Barão do Bananal
Av. Pompeia

R. Raul Pompeia
Trav. João Matias
Afluente

R. Pde. Chico
Afluente
Vla. Estevam Garcia
Afluente R. Havaí

R. Desem. Vale
Pç. Rio dos Campos
34

40

13 11 37 49 47 13

7 9 17 19 22
Afluente
R. Pedro Costa

R. Wanderley

Av. João Ramalho


R. Caiubi
Afluente R. Varginha

Afluente R. Zaira

21 33 44

11 12

SISTEMA EXISTENTE OBRAS COMPLEMENTARES PREVISTAS

Galeria Readequação na conexão entre galerias

Prolongamento de galeria

Ligação de galeria
Av. Pompeia

Av. Pompeia

Av. Fco. Matarazzo

Av. Fco. Matarazzo


Galeria
Galeria
Complementar
Complementar
ÁguaÁgua
Preta
Preta

40 40 57 57 57 57

48 48 38 38 58 58 58 58

53 53 14 14 27 27

17 17 32 32

Córrego
Córrego
Água
Água
Preta
Preta
R. Aimberê

R. Aimberê

38 38

61 61 18 18 30 30

28 28 32 32
22 22
Córrego
Córrego
Sumaré
Sumaré
22 22
Rio Tietê
Rio Tietê
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA

FIGURA 5.12  Perfil do córrego Água Preta


com as obras complementares

R. Augusto de Miranda
735

R. Venâncio Aires
Av. Marques de Interligação com CPTM 730

Rio Tietê São Vicente o Sumaré


725

720

715

710

705

0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 2000 2200

Terreno Galeria

FIGURA 5.13  Perfil no córrego Sumaré


com as obras complementares

R. Apiacás
Interligação com o
Água Preta Pç. Marrey Jr.
735

Galeria antiga do Água CPTM


730
Preta

725

720

715
0 200 400 600 800 1000 1200

Terreno Galeria

144
6
Alternativas propostas
Este capítulo apresenta um conjunto de medidas em três alternativas de
controle de cheias.
No intuito de conceder à bacia o grau de proteção de 100 anos, as in-
tervenções foram dimensionadas para o cenário de ocupação máxima
do solo permitida por lei.
As alternativas consistem no controle do escoamento superficial atra-
vés de ações estruturais situadas nos córregos Água Preta e Sumaré.
Dentre as principais medidas de controle propostas, destacam-se:

• Reservatórios de armazenamento – estruturas construídas para ar-


mazenar o escoamento superficial excedente, liberando as vazões
para jusante de forma controlada.
• Parques lineares com função de reservação – funcionam como re-
servatórios de armazenamento linear, no próprio canal do córrego.
A função de reservação é introduzida através de estruturas de res-
trição de seção ao longo do canal, dimensionadas para controlar o
escoamento para jusante.

145
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA

• Reforço de galeria – trata-se da am- mancha de inundação em locais frequente-


pliação da capacidade de escoamento mente afetados pelas cheias ou aqueles ca-
da galeria existente, podendo ser rea- racterizados pelas áreas críticas sob o ponto
lizada pela substituição da galeria ou de vista da drenagem urbana (FIGURA 4.4),
construção de uma nova galeria. e a segunda, para atingir o grau de proteção
• Galerias-reservatórios para o amorte- de 100 anos. Os itens a seguir apresentam
cimento de cheias – estruturas com- detalhadamente as três alternativas elabo-
postas por tubos de concreto insta- radas, discriminando as intervenções pro-
lados no subsolo, com a função de postas em cada etapa de implantação.
atenuar picos de cheias. O controle do
fluxo ao longo das galerias-reserva-
tórios é efetuado através de elemen- 6.1  ALTERNATIVA 1
tos de controle de descarga, tais como
orifícios fixos, devendo todo o exce- A Alternativa 1 é composta por sete reser-
dente de volumes, após o enchimen- vatórios de armazenamento (261 mil m³),
to do segmento, ser descarregado por aumento de seção de galerias existen-
meio de “extravasores”. tes (1.551 m), reforço de galeria (1.470 m) e
a implantação de galeria dupla para o es-
As medidas de controle do escoamen- coamento do córrego Sumaré paralelamen-
to superficial propostas neste Caderno te à galeria dupla do córrego Água Preta
são apresentadas em nível de viabilida- (1.053 m).
de técnica. As intervenções foram propostas visan-
Os cadernos de Bacia Hidrográfica estu- do fornecer em 1ª Etapa a proteção hidro-
daram a implantação das obras em etapas, lógica de 5 anos para as áreas classificadas
tendo em vista a redução paulatina dos como muito críticas nas bacias dos córre-
riscos de inundação na bacia até o nível gos Água Preta e Sumaré. Já a 2ª Etapa foi
correspondente às precipitações de perío- composta com intervenções que conferem
do de retorno de 100 anos. 100 anos de proteção hidrológica para a
Neste caso, foram previstas duas etapas bacia estudada.
de implantação: a primeira etapa é compos- A TABELA 6.1 indica as obras previstas na
ta por obras que propiciem a redução da Alternativa 1 em cada etapa de implantação,

146
ÁGUA PRETA E SUMARÉ

incluindo sua localização, o tipo de medida Os reservatórios propostos são fechados,


de controle e suas dimensões. off line e com esgotamento por bombas.
A FIGURA 6.1 mostra a localização das A FIGURA 6.2 apresenta o diagrama uni-
obras previstas na Alternativa 1, indicando filar de vazões e a capacidade das galerias
as duas etapas de implantação de ações. dos córregos Água Preta e Sumaré a partir
Para essa alternativa, foi adotada a con- das intervenções propostas na Alternativa 1.
dição máxima permitida de uso e ocupa-
ção do solo da bacia, conforme previsto na
Lei nº 16.402/2016.

TABELA 6.1  Medidas de controle da Alternativa 1

Dimensão
Etapa Local Intervenção
Extensão (m) Seção (m²) Volume (m³)

Reservatório Rio dos Campos – RAP-3 – – 36.000


Reforço de galeria – Rua Pedro
270 6 –
Lopes/Rua Mutuparana
Água Preta Reforço de galeria – Av. Pompeia/Rua Havaí 261 7 –
1ª Etapa Aumento de seção – Rua Francisco Bayardo 529 3 –
Aumento de seção – Rua Havaí/Saramenha 216 2 –
Reservatório Caiubi – RSU-3 – – 36.000
Sumaré
Reservatório Karmam – RSU-4 – – 31.000
Reservatório Ribeiro de Barros – RAP-2 – – 55.000
Reservatório Pompeia – RAP-4 – – 16.000
Água Preta Aumento de seção – Rua Dr.
375 6 –
Francisco Figueiredo Barreto
Aumento de seção – Travessa Roque Adolio 431 12 –
Reforço de galeria – deságue
1.053 19 –
paralelo ao Água Preta
2ª Etapa Reservatório Minerva – RSU-2 – – 27.000
Reservatório Auro – RSU-1 – – 60.000
Sumaré Prolongamento de galeria da Rua
281 5 –
Aimberê até a Rua Iperoig
Reforço de galeria – a jusante
388 2 –
do reservatório Caiubi
Reforço de galeria – a jusante do
270 3 –
reservatório Irmãos Karmann

147
FIGURA 6.1  Medidas de controle de
cheias da Alternativa 1 para as bacias
dos córregos Água Preta e Sumaré

#
*RAP-3
36 mil m³

#
* RAP-4
16 mil m³

Convenção

Rede Hídrica

Bacias do Água Preta e Sumaré

Quadra Viária

Linha Férrea

Rede existente

Obras complementares

(
! Ligação com galeria antiga

Aumento de seção

Reforço de galeria

RSU-4

Córrego Sum
aré
#
*
31 mil m³

SISTEMA DE PROJEÇÃO UTM


DATUM HORIZONTAL: Sirgas 2000 (Fuso 23) RSU-3 #
*
36 mil m³
FONTE: Mapa Digital da Cidade - MDC (2004),
Mapa Hidrográfico do Município (2019) e
FCTH (2019)

m
±

0 125 250 500


1ª etapa 2ª etapa

#
* Reservatório #
* Reservatório

Reforço de galeria Reforço de galeria

RAP-2 Aumento de seção Aumento de seção


55 mil m³
#
*

rre
go
gu Á
a
Pr e
ta
(
!


Tie
Rio
(
!
(
!
(
!

#
* RSU-2 RSU-1
#
*
27 mil m³ 60 mil m³
FIGURA 6.2 Diagrama unifilar de vazões das bacias dos córregos Água Preta e Sumaré – Alternativa 1 com as obras da 1ª e 2ª etapas

Capacidade da galeria (m³/s)

Vazão Tr 100 anos (m³/s)

Pç. Rio dos


Campos

Aires
Afluente R. Havaí

Av. Pompeia

Afluente

Afluente
Vla. Estevam Garcia

R. Pde. Chico

R. Venâncio
Trav. João Matias

R. Desem. Vale
R. Saramenha 25
RAP-4 RAP-3

27
35

16 6 42 38 12 16

7 10 17 19 22

RAP-2
Afluente R. Varginha

Av. João Ramalho


Afluente
R. Pedro Costa

R. Wanderley

R. Caiubi
Afluente R. Zaira

39

30 20

11 12

RSU-4 RSU-3 RSU-2

SISTEMA EXISTENTE OBRAS COMPLEMENTARES PREVISTAS

Galeria Readequação na conexão entre galerias

Reforço de galeria

Ligação de galeria
Galeria Complementar Água Preta

Av. Fco.
Matarazzo
Av. Pompeia

41 41 76 40

55 57

24 28

32
Córrego Água Preta
R. Aimberê

RSU-1

15 28 32

16 28 28 32

Rio Tietê
Córrego Sumaré
R. Dona Germaine Burchard

INTERVENÇÕES NA 1ª ETAPA INTERVENÇÕES NA 2ª ETAPA

Reforço de galeria Reforço de galeria

Ligação de galeria Ligação de galeria

Aumento de seção Aumento de seção


Reservatório Reservatório
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA

6.2  ALTERNATIVA 2 tação, incluindo sua localização, o tipo de


medida de controle e suas dimensões.
A Alternativa 2 contempla a implantação A FIGURA 6.3 mostra a localização das
de oito reservatórios de armazenamento obras previstas na Alternativa 2, indicando
(390 mil m³), reforço de galeria (1.453 m) e as duas etapas de implantação de ações.
aumento de seção de galerias existentes Por fim, a FIGURA 6.4 indica o diagra-
(1.551 m). ma unifilar de vazões e a capacidade das
As intervenções foram propostas visan- galerias dos córregos Água Preta e Suma-
do fornecer em 1ª Etapa o grau de proteção ré a partir das intervenções propostas na
hidrológica de 5 anos para as áreas classi- Alternativa 2.
ficadas como muito críticas nas bacias dos Os reservatórios propostos nessa alter-
córregos Água Preta e Sumaré. A 2ª Etapa nativa são fechados, off line e com esgota-
foi composta com intervenções que confe- mento por bombas.
rem 100 anos de proteção hidrológica para As medidas foram propostas atenden-
a bacia estudada. do a condição máxima permitida de uso e
A TABELA 6.2 indica as obras previstas ocupação do solo da bacia, conforme pre-
na Alternativa 2 em cada etapa de implan- visto na Lei nº 16.402/2016.

152
ÁGUA PRETA E SUMARÉ

TABELA 6.2  Medidas de controle da Alternativa 2

Dimensão
Etapa Local Intervenção
Extensão (m) Seção (m²) Volume (m³)

Reservatório Praça Rio dos Campos – RAP-3 – – 39.000


Galeria de reforço – Rua Pedro
256 6 –
Lopes/Rua Mutuparana
Água Preta Galeria de reforço – Av. Pompeia/Rua Havaí 258 7 –
1ª Etapa Aumento de seção – Rua Francisco Bayardo 529 3 –
Aumento de seção – Rua Havai + Rua Saramenha 216 7 –
Reservatório Caiubi – RSU-3 – – 48.000
Sumaré
Reservatório Praça Irmãos Karmam – RSU-4 – – 35.000
Reservatório Venâncio Aires – RAP-1 – – 80.000
Reservatório Pompeia – RAP-4 – – 18.000

Água Preta Reservatório Ribeiro de Barros – RAP-2 – – 72.000


Aumento de seção – Rua Dr.
431 12 –
Francisco Figueiredo Barreto
Aumento de seção – Travessa Roque Adolio 375 6 –
Reservatório Minerva – RSU-2 – – 36.000
2ª Etapa
Reservatório Auro Soares de
– – 62.000
Moura Andrade – RSU-1
Reforço de galeria da Rua
Sumaré 281 5 –
Aimberê até a Rua Iperoig
Reforço de galeria – a jusante do
270 3 –
reservatório Irmãos Karmann
Reforço de galeria – a jusante
388 2 –
do reservatório Caiubi

153
FIGURA 6.3  Medidas de controle de cheias da Alternativa 2
para as bacias dos córregos Água Preta e Sumaré

#
*RAP-3
39 mil m³

#
* RAP-4
18 mil m³

Convenção

Rede Hídrica

Bacias do Água Preta e Sumaré

Quadra Viária

Linha Férrea

Rede existente

Obras complementares

(
! Ligação com galeria antiga

Aumento de seção

Reforço de galeria

RSU-4

Córrego Sum
aré
#
*
35 mil m³

SISTEMA DE PROJEÇÃO UTM


DATUM HORIZONTAL: Sirgas 2000 (Fuso 23) RSU-3 #
*
48 mil m³
FONTE: Mapa Digital da Cidade - MDC (2004),
Mapa Hidrográfico do Município (2019) e
FCTH (2019)

m
±

0 125 250 500


1ª etapa 2ª etapa

#
* Reservatório #
* Reservatório

Reforço de galeria Reforço de galeria

RAP-2 Aumento de seção Aumento de seção


72 mil m³
#
*

rre
go
gu Á
a
Pr e

#
*
ta

RAP-1
80 mil m³
(
!


Tie
Rio
(
!
(
!
(
!

#
* RSU-2 RSU-1
#
*
36 mil m³ 62 mil m³
FIGURA 6.4 Diagrama unifilar de vazões das bacias dos córregos Água Preta e Sumaré – Alternativa 2 com as obras da 1ª e 2ª etapas

Capacidade
Capacidade
da galeria
da(m³/s)
galeria (m³/s)

Vazão TrVazão
100 anos
Tr 100
(m³/s)
anos (m³/s)

Pç. Rio dos

Pç. Rio dos


Trav. JoãoCampos

Campos

Aires

Aires
Afluente R. Havaí

Afluente R. Havaí
Av. Pompeia

Av. Pompeia

Pde. Chico

R. Pde. Chico
Afluente

Afluente

Afluente
Vla. Estevam Garcia

Afluente
Vla. Estevam Garcia

R. Venâncio

R. Venâncio
Trav. João Matias

Matias

R. Desem. Vale

Desem. Vale
R. Saramenha
R. Saramenha

R.R.
9 9
RAP-4 RAP-4 RAP-3 RAP-3
35

35

27

27
16 16 6 6 42 42 26 26 6 6 12 12

7 7 10 10 17 17 19 19 22 22

RAP-2 RAP-2
RAP-1 RAP-1
Afluente R. Varginha

Afluente R. Varginha

Afluente

Afluente

Av. João Ramalho

Av. João Ramalho


R. Pedro Costa

R. Pedro Costa

R. Wanderley

R. Wanderley

R. Caiubi

R. Caiubi
Afluente R. Zaira

Afluente R. Zaira

39 39

30 30 20 20

11 11 12 12

RSU-4 RSU-4 RSU-3 RSU-3 RSU-2 RSU-2

SISTEMASISTEMA
EXISTENTE
EXISTENTE OBRAS COMPLEMENTARES
OBRAS COMPLEMENTARES PREVISTAS
PREVISTAS

Galeria Galeria Readequação


Readequação
na conexão
na conexão
entre galerias
entre galerias

Reforço Reforço
de galeria
de galeria

Ligação Ligação de galeria


de galeria
Av. Pompeia

Av. Fco.
Matarazzo
Galeria Complementar Água Preta

24 23 76 60

55 57

26 32

32

Córrego Água Preta


R. Aimberê

RSU-1

16 27 28

18 28 28 32

Rio Tietê
Córrego Sumaré
R. Dona Germaine Burchard

INTERVENÇÕES NA 1ª ETAPA INTERVENÇÕES NA 2ª ETAPA

Reforço de galeria Reforço de galeria

Ligação de galeria Ligação de galeria

Aumento de seção Aumento de seção


Reservatório Reservatório
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA

6.3  ALTERNATIVA 3 A FIGURA 6.6, por sua vez, indica o dia-


grama unifilar de vazões e a capacidade
A Alternativa 3 propõe a implantação das galerias dos córregos Água Preta e Su-
de oito reservatórios de armazenamen- maré a partir das intervenções propostas
to (344 mil m³), galerias de apoio (356 m), na Alternativa 3.
galerias-reservatórios (66,6 mil m³) e dois Neste estudo foi adotada a seção padrão
parques lineares (15 mil m³). de 3,5 × 3,5 m para as galerias-reservatórios
As intervenções foram propostas visan- e os reservatórios propostos são fechados,
do fornecer o grau de proteção hidrológi- off line e com esgotamento por bombas.
ca de 5 anos para as áreas classificadas Para essa alternativa, foi adotada a con-
como muito críticas nas bacias dos córre- dição máxima permitida de uso e ocupa-
gos Água Preta e Sumaré em 1ª Etapa e de ção do solo da bacia, conforme previsto na
100  anos de proteção hidrológica para as Lei nº 16.402/2016.
bacias estudadas em 2ª Etapa.
A TABELA 6.3 indica as obras previstas
na Alternativa 1 em cada etapa de implan- 6.4  LOCALIZAÇÃO DAS OBRAS
tação, incluindo sua localização, o tipo de NAS BACIAS
medida de controle e suas dimensões.
A FIGURA 6.5 mostra a localização das Este item indica as localizações das áreas
obras previstas na Alternativa 3, indicando dos oito reservatórios e dos dois parques
as duas etapas de implantação de ações. lineares propostos nas bacias dos córregos
Água Preta e Sumaré.

158
ÁGUA PRETA E SUMARÉ

TABELA 6.3  Medidas de controle da Alternativa 3

Dimensões
Etapa Local Medida
Extensão (m) Seção (m²) Volume (m³)

Reservatório Praça Rio dos Campos – RAP-3 – – 44.000


Parque linear Havaí/Saramenha – PAP-1 – – 8.000
Água Preta Parque linear Francisco Bayardo – PAP-2 – – 7.000
Galeria-reservatório – General Góis Monteiro 247 – 3.029
1ª Etapa Galeria-reservatório – Mundo Novo 368 – 4.505
Reservatório Minerva – RSU-2 – – 36.000
Reservatório Irmãos Karmam – RSU-4 – – 41.000
Sumaré
Galeria-reservatório – Varginha/Paulo VI 556 – 6.811
Galeria-reservatório – Pç. Dr. Silas Botelho 287 – 3.515
Reservatório Venâncio Aires – RAP-1 – – 60.000
Reservatório Ribeiro de Barros – RAP-2 – – 74.000
Galeria-reservatório – Bárbara Heliodora 754 – 9.232
Água Preta
Galeria-reservatório – Ribeiro de Barros 338 – 4.135
Galeria de reforço na Rua Pedro Lopes 256 – 1.538
Reservatório Pompeia – RAP-4 – – 12.000
Reservatório Caiubi – RSU-3 – – 51.000
Reservatório Auro Soares de
– – 26.000
Moura Andrade – RSU-1
Reforço de galeria da Rua
281 5 –
Aimberê até a Rua Iperoig
2ª Etapa Galeria-reservatório – Tagipuru 309 – 6.481
Galeria-reservatório – Matarazzo/Dr. Costa Júnior 205 – 2.507
Galeria-reservatório – Da. Ana Pimentel 204 – 2.497
Sumaré Galeria-reservatório – Melo Palheta 319 – 3.906
Galeria-reservatório – Turiassú 421 – 5.161
Galeria-reservatório – Cayowaá/Aimberê 456 – 5.586
Galeria-reservatório – Apiacás 370 – 4.529
Galeria-reservatório – Caetés 157 – 1.925
Galeria-reservatório – Prof.
230 – 2.813
Pedro da Cunha/Caiubi
Reforço de galeria a jusante do
100 3 –
Reservatório Irmãos Karmam

159
FIGURA 6.5  Medidas de controle de cheias da Alternativa 3
para as bacias dos córregos Água Preta e Sumaré

#
*RAP-3
44 mil m³

PAP-1 #
* RAP-4
8 mil m³ 12 mil m³

Convenção

Rede Hídrica PAP-2


7 mil m³
Bacias do Água Preta e Sumaré

Quadra Viária

Linha Férrea

Rede existente

Obras complementares

(
! Ligação com galeria antiga

Aumento de seção

Reforço de galeria

RSU-4

Córrego Sum
aré
41 mil m³
#
*
SISTEMA DE PROJEÇÃO UTM
DATUM HORIZONTAL: Sirgas 2000 (Fuso 23)
#
*RSU-3
51 mil m³
FONTE: Mapa Digital da Cidade - MDC (2004),
Mapa Hidrográfico do Município (2019) e
FCTH (2019)

m
±

0 125 250 500


1ª etapa 2ª etapa

#
* Reservatório #
* Reservatório

Reforço de galeria Reforço de galeria

Galeria-reservatório Galeria-reservatório
RAP-2
74 mil m³
#
* Parque linear

rre
go
gu Á
a
Pr e

#
*
ta

RAP-1
60 mil m³
(
!


Tie
Rio
(
!
(
!
(
!

#
* RSU-2 RSU-1
#
*
36 mil m³ 26 mil m³
FIGURA 6.6 Diagrama unifilar de vazões das bacias dos córregos Água Preta e Sumaré – Alternativa 3 com as obras da 1ª e 2ª etapas

Capacidade da galeria (m³/s)

Vazão Tr 100 anos (m³/s)

PAP-1

Av. Pompeia

Aires
Pç. Rio dos

R. Pde. Chico

R. Venâncio
Campos
Afluente R. Havaí

Afluente

Afluente
Vla. Estevam Garcia

R. Desem. Vale
Trav. João Matias
8
RAP-4 RAP-3 RAP-2

PAP-2 13 9 17 22 6

7
20
RAP-1

Av. João Ramalho


R. Wanderley
Afluente R. Varginha

Afluente
R. Pedro Costa
Pç. Dr. Silas Botelho

Afluente R. Zaira

27 10 20

Av. Paulo VI 11 18

RSU-4 RSU-3 RSU-2

SISTEMA EXISTENTE OBRAS COMPLEMENTARES PREVISTAS

Galeria Readequação na conexão entre galerias

Reforço de galeria

Ligação de galeria
Galeria Galeria
Complementar
Complementar
Água Preta
Água Preta
Av. Pompeia

Av. Pompeia

Av. Fco.
Matarazzo

Av. Fco.
Matarazzo
24 24 23 23 76 76 62 62

55 55 57 57

12 12 25 25 27 27

22 22 28 28 32 32
Córrego
Córrego
Água Água
PretaPreta
R. Dr. Homem

R. Dr. Homem
de Melo

de Melo
R. Aimberê

R. Aimberê

RSU-1 RSU-1

15 15 21 21 27 27

18 18 28 28 32 32
Córrego
Córrego
Sumaré
Sumaré
R. Dona R.
Germaine
Dona Germaine
Burchard
Burchard

Rio Tietê

Rio Tietê
INTERVENÇÕES
INTERVENÇÕES
NA 1ª NA
ETAPA
1ª ETAPA INTERVENÇÕES
INTERVENÇÕES
NA 2ª NA
ETAPA
2ª ETAPA

Reforço
Reforço
de galeria
de galeria Reforço
Reforço
de galeria
de galeria

Ligação de galeria
Ligação de galeria Ligação de galeria
Ligação de galeria

Reservatório
Reservatório Reservatório
Reservatório

Galeria-reservatório
Galeria-reservatório Galeria-reservatório
Galeria-reservatório

Parque linearlinear
Parque
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA

í
R u a Francisco
Bayardo Có r
reg

na

cu
gu
aP

Tu
Ru ret

a
aA a

Ru
ba
mb

e
Rua Estevão uá

op
B ar s
bo

r ap
Ru
Rua Eng. Francisco Azevedo
sa
a

Sa

í
Ca
pit

a
a

Ru
Ru lF
aD ed
r. C er a
arl l
os
R en Ru
éE a
gg Ale
i xo
Jor
ge
Rua Min. Sinésio Rocha

vaí Ru
Rua Ha a Ir m
ão
Od
Rua Cuxiponés ilo
nD

e
ini

nd
z

G ra
lto
Sa
a
Ru
PAP-1
Av. Pom

do

Ru
16.500 m²
sa

a Ha
Ca

va
p

í
dré
eia

An
a
Ru

í
Rua Oswaldo
P. de Carval
ho

ri s
Pa

Ru
a

a
Ru

Dr
.P
au
lo
Rua

Vie
i ra
Alm
rRi
ibe
ro i

m
0 25 50 100

FIGURA 6.7  Localização do parque linear PAP-1 no córrego Água Preta

164
ÁGUA PRETA E SUMARÉ

p ei a
om

na
.P

cu
Av

a Tu
Ru

s
íba
ra
Ca
ó
tox

a
Ru
a Co
Ru

Cór
í

re g

gu
a Pre
t Ru
a a Ca
ba

ja íba
e
op

Ru
r ap

a Am Ru a
Ru
Sa

b uá a Fra
Ca nci
a

s pit sc
Ru

a oB
lF a ya
ed rd
er a o
l

Ru
PAP-2
Ru a 7500 m²
ha

a Ir m Ale
en

ão i xo
r am

Od Jor
ilo ge
Sa

nD
a

ini
Ru

z
e
nd
G ra
lto
a Sa
Ru

dou
Ag

ri s
rro

Pa
Mo

a
Ru
a
Ru
do
sa

Ru
a
Ca

Ha

va
dré

ow

í
An

m
Ca
a
Ru

0 40 80 160
Ru

FIGURA 6.8  Localização do parque linear PAP-2 no córrego Água Preta

165
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA

Rua Clélia

Rua Venâncio Aires


Rua Marselhesa

Rua Três Pontes


Rua Pedro Feres

Rua Coriolano
o
ved

í
Aze
de
da
r an
Mi
Dr.

RAP-1
a

reta
Ru

aP 7500 m²
Águ
re go
Cór pe
ia

Ru
om

a Ca
p.
P

Te
ul

ófi
Ra

lo
Ma
a

rc o Ru
Ru

nd a
a

Pd
nd

es e. C
da
ra

Sil hic
Mi

va o
de

Ru
a
s to

al

He
an

le
gu

na
an
Au

An
B

ti po
Dr.

do

ff
Br.
a
Ru

Ru
Ru

a Mi
n.
Fer
r ei r
aA
lve m
s
0 25 50 100

FIGURA 6.9  Localização do reservatório RAP-1 no córrego Água Preta

166
ÁGUA PRETA E SUMARÉ

to
r re
o Ba
ed
u eir
Fig

Rua Duílio
o
c isc
r an
r. F
aD
Ru

í
Rua Camilo

Ru
Rua Camatia

a Ce
l. Me
lo
de
Oli
ve
ir a
ina
auric

RAP-2
M

4600 m²
Rua

os
ar r
eB
od
ei r
a Rib

Rua Marcelina
Ru
a or
iod
Hel

a
r et
a

aP
bar

gu
B ár


Rua

o
ved
g
rre

Aze

de

Ru
a
da

Ta
vár
r an

e sB
Mi

as t
os
a Dr.
Ru

m
0 30 60 120

FIGURA 6.10  Localização do reservatório RAP-2 no córrego Água Preta

167
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA

ue
B uarq
idião
P r of. Cir
Ru a

fo e
R ua Daniel De

Córrego Água Preta


o
Lob
as
nd
no
ami
a Ep
Ru

Pç. Rio d
x
l Fo

os
nie

Ca
m
Da

po
RAP-3
a

s
Ru

2300 m²

Rua Coari

al
an
Rua F

an
B
é

do
lix De

Br.
í

a
lla Ro

Ru
sa

Ru
a Go
nza
g aD
uq
ue
Rua Eng. Francisco Azevedo
Rua Min. Sinésio Rocha

m
0 20 40 80

FIGURA 6.11  Localização do reservatório RAP-3 no córrego Água Preta

168
ÁGUA PRETA E SUMARÉ

Rua Coari

al
an
an
Ru

B
a Co

do
a ri

Br.
a
Ru
Ru
í

a Go
Có nza
rre g aD
go uq
Ág ue
ua
Pr
eta
Rua Eng. Francisco Azevedo

Ru
a Fr
an cisco Bayardo
RAP-4
2200 m²

Ru
a Am
b uá
s

Rua Este
vã o
Bar
bos
a

Ru
a Dr.
Ca
rl os
Av. Pom

R en
éE
gg
m
eia p

0 20 40 80

FIGURA 6.12  Localização do reservatório RAP-4 no córrego Água Preta

169
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA

Rua Gustav Willi Bo


rghoff

Av. Auro Soares


de Moura Andrade

Av. A uro Soares de Moura An drade

RSU-1
7900 m² í Ru
a Júl
io
G on
za lez

é
ar
S um
go
rre

ca s
rti o ru
n tá ás
M
.A
Av m
o T
Pç.

Av.
Fr an
cis
co
r

Ma
io

t ar
ún

az z
aJ

a o
rtic
rd
st


ha

An
Co

Av.
u rc
Dr.

Ru
eB

a
a

Do
Ru

ai n

na
An
o

rm
lvã

a Pi m
Ge
Ga

ent
el
na
osa

m
Do

m
Air

0 30 60 120
a

0 20 40 80
Ru
a
Ru

FIGURA 6.13  Localização do reservatório RSU-1 no córrego Sumaré

170
ÁGUA PRETA E SUMARÉ

g
ro i
Ipe
a
Ru

rva
ne
í

Mi
a
Ru
RSU-2
2300 m²

t és
e
a Ca
Ru
as
v
pe

Av. Sumaré
m
a Ca
Ru

Ru
a Joã
o
Av. Sum aré

Ra
m alh
o
rva

Córrego Sumaré
ne
Mi
a
Ru

Ru
a Ba
rti
ra
m
0 20 40 80

FIGURA 6.14  Localização do reservatório RSU-2 no córrego Sumaré

171
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA

Ru
a Ba
rti
ra

t és
e
Caa
Ru

a h
R oc
da
co
r an
.F
Dr
a
Ru
RSU-3
4400 m²
tés
e
aCa
Ru

m aré
Av. Su

Ru
a Ca
iu bí

í
aré
Su m

i

Go
a
ego

Sum

n.
Mi
r
Cór

Av.

a
Ru

m
0 20 40 80

FIGURA 6.15  Localização do reservatório RSU-3 no córrego Sumaré

172
ÁGUA PRETA E SUMARÉ

aré
Sum
Ru

Av.
a Mi
n.
Ga
t és

stã
o
e

Me
Ca

sq
a

u
Ru

ita

Ru
a Pr
Pç. Irmãos of.
Karm am Jo ão
Ar
ru
da
RSU-4
2700 m²

i

Go
aré

n.
Mi
Córrego Sum

a
Ru
eyfus
r
dré D

m
n
Rua A

0 20 40 80

FIGURA 6.16  Localização do reservatório RSU-4 no córrego Sumaré

173
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA

6.5  VISTAS E PERSPECTIVAS A FIGURA 6.18 indica a perspectiva do


DAS MEDIDAS PROPOSTAS reservatório de armazenamento fechado
NAS ALTERNATIVAS (RAP-3) na Praça Rio dos Campos. Sobre
o reservatório foi mantida uma praça, in-
Na sequência, são apresentadas as vistas e corporando critérios urbanísticos e pai-
perspectivas das áreas onde foram propos- sagísticos com a criação de via comparti-
tas as medidas de controle de cheia nas ba- lhada para pedestres, ciclistas e veículos
cias dos córregos Água Preta e Sumaré. leves. A FIGURA 6.19 representa o corte da
Foram simuladas as perspectivas de seção transversal do reservatório, onde
quatro medidas de controle de cheias, é possível observar o volume disponível
sendo dois reservatórios de armazena- para reservação de água durante os pe-
mento, um parque linear com reservação e ríodos de cheias.
uma abertura de canal. A perspectiva da FIGURA 6.20 ilustra o
As perspectivas foram elaboradas visan- reservatório de armazenamento fecha-
do a melhoria do espaço urbano, paisagem do (RSU-4) na Praça Irmãos Karmam. Essa
e meio ambiente, a partir de critérios ur- imagem foi produzida mantendo as espé-
banísticos e paisagísticos que vislumbrem cies arbóreas mais antigas da praça. Dessa
a integração harmônica das infraestrutu- forma, a área do reservatório ocupa uma
ras de controle de cheias com o meio am- das pistas da Avenida Sumaré. Os critérios
biente urbano. urbanísticos e paisagísticos adotados pro-
A FIGURA 6.17 ilustra a perspectiva do piciam o lazer da população, a dissemina-
parque linear PAP-2, localizado nas proxi- ção de infraestrutura de drenagem susten-
midades da Rua Bayardo. O parque possui tável e o controle de cheias propriamente
múltiplas funções, dentre as quais estão o dito. A FIGURA 6.21 apresenta o corte da
lazer, a recreação, o controle de cheias, a seção transversal do reservatório, ilustran-
conservação ambiental e a convivência da do a área disponível para reservação.
população com as águas urbanas, o que
propicia a percepção dos cidadãos sobre
o meio físico.

174
Nascente do Córrego Água Preta (R. Bárbara Heliodora)
FIGURA 6.17 Perspectiva do parque linear (PAP-2)
nas proximidades da Rua Francisco Bayardo
FIGURA 6.18 Perspectiva do reservatório de
armazenamento (RAP-3) na Praça Rio dos Campos
0 5 10 20

FIGURA 6.19 Corte do


reservatório de armazenamento
(RAP-3) na Praça Rio dos Campos
FIGURA 6.20 Perspectiva do reservatório de
armazenamento (RSU-4) na Praça Irmãos Karmam
0 5 10 20

FIGURA 6.21 Corte do reservatório


de armazenamento (RSU-4)
na Praça Irmãos Karmam
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA

6.6  MEDIDAS COMPLEMENTARES 6.7  MEDIDAS NÃO ESTRUTURAIS

Recomenda-se a realização de nova inspe- A concepção das medidas não estrutu-


ção nas galerias existentes e o cadastra- rais se apoia na adequação da convivên-
mento dos pontos de restrição identifica- cia da população com as cheias, ou seja,
dos, tais como: visam reduzir os danos das inundações a
partir de leis, regulamentos, planos e pro-
• Interferências – tubulações que atra- gramas, tais como o disciplinamento do
vessam a galeria reduzindo sua capa- uso e ocupação do solo, a implementação
cidade de escoamento; de sistemas de alerta e o desenvolvimen-
• Singularidades – Trechos com redução to de planos de contingência para atuar
de seção ou declividade, e confluências; em emergências.
• Danos estruturais – Trincas e fissuras, O Caderno de Bacia Hidrográfica ressal-
armadura exposta, e colapso estrutural. ta a importância do zoneamento de inun-
dações, como parte do processo de con-
Tais problemas devem ser objeto de um trole de cheias no Município de São Paulo.
projeto de recuperação e otimização das Ao introduzir o zoneamento de inun-
galerias existentes, condição necessária dações, devem ser abordadas ações com-
para um bom desempenho das outras me- plementares, como o desenvolvimento do
didas propostas. plano de contingência e a expansão do
sistema de alerta para todas as áreas do
Município.

186
Fotos das galerias dos córregos Água Preta e Sumaré (Enger, 2002 e 2003)
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA

6.7.1  ZONEAMENTO DAS ÁREAS • Áreas com ocupação parcialmente


INUNDÁVEIS restrita, cabendo a definição dos ti-
pos de usos e edificações compatí-
O zoneamento de inundação trata da regu- veis com a situação de cada área, por
lamentação das áreas inundáveis através meio de decreto;
de sua incorporação à Lei de Parcelamen- • Áreas com total restrição à ocupação,
to, Uso e Ocupação do Solo. cabendo a sua utilização apenas para
A regulamentação das áreas inundáveis, parques lineares, campos de esportes
conforme já apontado no Plano Municipal não impermeabilizados etc., conforme
de Gestão do Sistema de Águas Pluviais de definido em decreto.
São Paulo – PMAPSP, pode ocorrer a par-
tir do zoneamento dos fundos de vale, de Como exemplo, foram estimadas as zo-
acordo com o risco hidrológico. nas de inundação gerada, pela chuva de
O zoneamento das áreas de inundação período de retorno de 100 anos, na condi-
funciona como um elemento técnico a ser ção atual do sistema de drenagem urbana.
observado na especificação do conjunto A regulamentação do zoneamento de uso
de regras para a ocupação das áreas de dessas áreas pode ser definida em função
risco, visando minimizar as perdas mate- do uso original.
riais e humanas resultantes das inunda- Ao considerar as restrições à ocupação,
ções. Assim sendo, sugere-se como dire- a legislação deve dar orientação aos pro-
trizes de uso e ocupação do solo, a serem prietários da região para a adaptação dos
inseridas na lei de zoneamento, critérios espaços. Para isso, são estabelecidos crité-
gerais como: rios para construções à prova de enchen-
• Áreas livres de risco de inundação, tes, conforme segue15:
não ensejando qualquer tomada de • Estabelecimento de um piso com nível
decisão adicional, além da legislação superior à linha d’água estimada;
em vigor; • Prever o transporte de material de va-
lor para pisos superiores e a habitação

15. SILVA, C. V. F. Planejamento do uso e ocupação do solo urbano integrado ao mapeamento de áreas com risco de
inundação. 2013. 166 f. Dissertação (mestrado em Engenharia) – Escola Politécnica da Universidade de São Paulo,
São Paulo, 2013.

188
ÁGUA PRETA E SUMARÉ

por até três meses também nos pisos • Estruturalmente, as construções de-
superiores; vem ser projetadas para resistir à
• Vedação, temporária ou permanente, pressão hidrostática, a empuxos, a
de aberturas como portas, janelas e momentos e a erosão;
dispositivos de ventilação; • Para os pavimentos de edificações
• Elevação de estruturas existentes; com risco de inundação, prever o es-
• Construção de novas estruturas sobre coamento através da estrutura, evi-
pilotis; tando o desmoronamento de paredes.
• Construção de pequenos diques cir-
cundando as estruturas; A FIGURA 6.22 indica as zonas de uso
• Realocação ou proteção individual de que devem passar por regulamentação
artigos que possam ser danificados; junto à Lei de Parcelamento, Uso e Ocupa-
• Realocação de equipamentos elétri- ção do Solo. Às zonas originais indicadas
cos para os pisos superiores e desli- na figura, deve ser mantido o tipo de uso e
gamento do sistema de alimentação acrescentada a condição de restrição.
durante o período de cheias; A regulamentação dos usos em zonas
• Uso de material resistente à submer- com restrições deve prever o desenvol-
são ou contato com a água; vimento do Plano de Contingência para
• Estanqueidade e reforço das paredes atuar em situações de emergência.
de porões e pisos sujeitos à inundação; A incorporação do zoneamento de áreas
• Ancoragem de paredes contra desliza- inundáveis fundamenta o desenvolvimen-
mentos; to de políticas públicas urbanas relaciona-
• Prever os efeitos das enchentes nos das ao planejamento e à gestão de siste-
projetos de esgotos pluviais e cloacais; mas de drenagem.

189
FIGURA 6.22  Zonas de inundação passíveis de regulamentação
nas bacias dos córregos Água Preta e Sumaré

lia
Auré
o Rua
e ad ra si a
nt P ed Ve spa
r Pe a de Rua
ito B ic
He a
a Ru Rua Féli x
Ru D el l
aR
osa

Rua Rifaina
Rua

do
D r. A

t ea
u g
Rocha

ba
P en
. Sinésio
Rua Min do

ajaí
Rua
co Azeve

r
. Francis R

ito
aul
Rua Eng

C
He

á
Rua

uiar
a
Ru

G
Rua

Rua
Convenção

s
as t o
ro
ano

B
ove

res
Rede Hídrica

cul
Rua

avá
oB
Ru

H er
P aris

T
Rua

fon

Rua
Rua
Bacias do Água Preta e Sumaré C ayo

f. Al
w aá

Pro

Quadra Viária

H av

Av.
aíb
Rua Ru

Rua

C aj
D iana

ral
Linha Férrea

Rua
e
Fed
Rua

ital
Aim
ber

C ap
ê

Rua
Rua
Api
najé
s

uita
o
co

ua P Rua

sq
R Api

Me
ac ás

tão
Rua

G as
I per
j aú

o
Gra Rua ig
.
ua Min C amp
eva
Rua
R

Rua s
C aeté
A v. s
Pa ul
o VI
SISTEMA DE PROJEÇÃO UTM
uda

DATUM HORIZONTAL: Sirgas 2000 (Fuso 23) Rua


C
Arr

Rua
o

Dr.
a ld

ão

Rua Fra
Min nc
f. Jo

FONTE: Mapa Digital da Cidade - MDC (2004),


. Arn

. God
Mapa Hidrográfico do Município (2019) e Lei de
Pro

ói
Av. Dr

ubí

Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo (2016)


Rua

C ai

Rua
Rua

Rua
C ar Mo
dos nte
od Ale
eA g re
lme
em

ida
Hom
Dr.
Rua

m
±

0 125 250 500


Zoneamento Urbano

Praça/Canteiro ZEPAM

ano
ZC ZER-1

ZCOR-1 ZEU
Av. Mal.

Rua Fáb

ZCOR-3 ZM
T

ia
ito

ZEIS-2 ZOE
Rua Co

Rua
D r. M ZEM ZPR
iran
riolano

da d
gus e Aze
to d ve
eM do
iran
Rua Clé

da
ale

Pom
peia
m. V

lia
es e

Br.
do B
D

an a
Rua

nal
s

Av.
Alve

Pom
peia


ira

Rua

Tie
rre

C oto
o


Chic
. Fe

Rio
Min

d e.

Rua
Rua

T ucu
Rua

na
Aire

ua C ta
ara Água Pre
Córrego
ncio

íbas B o er
la s
Av. Nico
a
táli
enâ

ra I
V
Rua

e st

Rua
D iana
Pa l
R ua
tira

Ru
B ar

a
Te
o
Rua

i
al h

xe
Av i ra
am

.A
nt
oR

ár
eS

i tica
Joã

b
ous

n a Có
Rua

Ta rr

eg
ua
s

o
uria

o Vice nte

Su
R

m
T

ar
Rua

é
n
Av. Pres. Castelo Branco
i so

Ed

Rua
as
Av. Marq. de

D ona
m

G
ho

Rua erm
aine
.T

Min Bu r
Av

C ae e rva cha
tés rd
co
az z o

d aR
och
at ar

a
oM

uru

ogre sso
Av. Orde m e Pr
Rua Tagip
c
lo

ncis
ru
Me

i cu

ra
de

Itap

Av. F
Rua
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA

6.7.2  PLANO DE CONTINGÊNCIA CGE, emite avisos para as demais uni-


dades operacionais do Município e
O plano de contingência para eventos chu- aciona instâncias de mobilização de
vosos intensos deve apresentar as medi- recursos humanos e materiais. Atua
das a serem tomadas pelo Município atra- em estreita ligação com a alta admi-
vés de suas unidades técnicas, definindo nistração municipal e com os órgãos
as atribuições de cada órgão para atender de segurança pública. Em casos de ca-
às emergências. Esse documento deve ser lamidade, incumbe-se de notificar as
desenvolvido com a finalidade de organi- instâncias superiores e a Defesa Civil
zar e integrar as ações necessárias para o estadual. Também vinculado ao moni-
controle de eventos extremos. toramento e repasse de informações
O Município de São Paulo dispõe de sobre as ocorrências da cidade de São
vasta experiência no gerenciamento de Paulo, destaca-se o Centro de Controle
contingências resultantes de episódios de Operacional Integrado (CCOI).
chuvas intensas. A estrutura de gerencia- • Secretaria Municipal de Coordenação
mento de emergências para atuar no aten- das Subprefeituras (SMSP). Ao identi-
dimento das ocorrências de inundações é ficar emergências, mobiliza recursos
composta pelas seguintes instituições: humanos e materiais alocados nas
subprefeituras para o atendimento de
• Centro de Gestão de Emergências ocorrências previamente avaliadas pe-
(CGE), órgão vinculado à Secretaria las equipes precursoras de campo. As
Municipal de Infraestrutura Urbana e subprefeituras costumam ser aciona-
Obras (SIURB). Atua na interpretação das através de suas coordenações de
dos dados hidrometeorológicos e na projetos e obras, que mantêm equipes
previsão de chuvas que possam cau- permanentes capacitadas para atuar
sar alagamentos, inundações ou trans- no atendimento das necessidades de-
bordamentos de córregos ou rios. correntes dos alagamentos, inunda-
• Coordenadoria Municipal de Defesa ções e ocorrências de desastres em
Civil, vinculada à Secretaria Municipal razão de chuvas intensas.
de Segurança Urbana (SMSU). Moni- • Secretaria Municipal de Habitação
tora a ocorrência de problemas com (SEHAB). Identificadas necessidades de
base nas previsões e observações do relocação ou transferência temporária

192
ÁGUA PRETA E SUMARÉ

de bens e pessoas afetados pelas inun- Cabe destacar a necessidade de insta-


dações, a SEHAB proporciona soluções lação dos Núcleos de Defesa Civil (NUDEC),
que podem ser adotadas para preser- órgão vinculado à Defesa Civil, que consiste
var a segurança e o bem-estar das po- em um grupo comunitário organizado para
pulações atingidas pelas inundações. participar das atividades de defesa civil
• Secretaria Municipal de Assistência So- como voluntário. O NUDEC deve ser implan-
cial (SMADS). Atua diretamente na as- tado nas áreas de risco de inundações e tem
sistência da população quando neces- por objetivo organizar e preparar a comuni-
sário, compreendendo medidas como a dade local a agir na ocorrência dos eventos.
alocação temporária de desabrigados e A articulação entre as instituições envol-
a prestação de assistência com recursos vidas nas ações emergenciais do Município
para a preservação da saúde pública. de São Paulo é representada na FIGURA 6.23.

SMSU/
CCOI
SMSP/
CET Defesa
Civil
SIURB/
CGE

NUDEC SEHAB

SMADS

FIGURA 6.23  Articulação institucional em situações de emergência

193
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA

6.7.3  MONITORAMENTO EM TEMPO 6.7.3.1  SISTEMA DE ALERTA DE


REAL E PREVISÕES INUNDAÇÕES DE SÃO PAULO (SAISP)

O monitoramento em tempo real propi- O SAISP é um sistema operado pela Fun-


cia uma avaliação do desempenho per- dação Centro Tecnológico de Hidráulica
manente dos equipamentos do sistema (FCTH). O monitoramento hidrológico do
de drenagem urbana. Esse monitoramento SAISP é feito pela Rede Telemétrica de Hi-
constitui-se por meio do estabelecimento drologia da Bacia do Alto Tietê, que contém
de uma rede de transmissão de dados plu- as estações de monitoramento do DAEE e
viométricos e fluviométricos às centrais de da PMSP; pelo Radar Meteorológico de São
processamento e informação. Paulo, do Departamento de Águas e Ener-
As informações obtidas pelo sistema de gia Elétrica do Estado de São Paulo (DAEE);
monitoramento em tempo real possibili- e pelo Radar Meteorológico de alta resolu-
tam prever situações críticas e acionar os ção da FCTH, localizado no Parque da Ciên-
meios humanos e materiais de proteção a cia e Tecnologia (CienTec), da Universidade
eventos extremos. de São Paulo (USP).
A previsão e o alerta de inundação com- O Sistema gera a cada cinco minutos bo-
põem-se da aquisição de dados em tempo letins sobre as chuvas. Os alertas de chu-
real, da transmissão de informações para vas são mensagens enviadas pelos opera-
um centro de análise e da previsão em dores e meteorologistas do SAISP, e elas
tempo atual com modelo matemático, aco- têm como objetivo manter os usuários in-
plada a um plano de contingências e de formados sobre a chuva observada e suas
defesa civil que envolve ações individuais consequências para a cidade de São Paulo.
ou coletivas para reduzir as perdas duran- Os principais produtos do SAISP são:
te as inundações.
O Município de São Paulo é equipado • Mapas de chuva observada na área do
com um sistema de alerta de inundações, Radar de Ponte Nova;
conforme apresentado a seguir. • Leituras de postos das Redes Telemé-
tricas do Alto Tietê;
• Mapas com previsões de inundações
na cidade de São Paulo.

194
ÁGUA PRETA E SUMARÉ

#
*

)
" (
!
#
*
)
"
!
(
(
! ("
! )
(
! (
! ) "
" )
) !
" (
)
" (
! )!
" ( !(
)"
" )
"
"
)
)
" )
)
"
)"
" ) (! ( !
! ( )
"
)
"
)
")
" )!
" (!
( (
!
)
"
(
!
)"
" )!
)" ( )
" )!
"(
)
" )
"
)
" (
! "
)
(
! ) "
" )"
)" (
!
)
" ()
!(
!
(
!
)
" (!
! (
_
^ )
"
)
"(
!
)
" ) "
" )
)!
"(
)
" (
!
)
"
)
" (
! ( (
!
)
" !
)
" )
" )
"
)
"
(
! (!
! )
"
("
) " ("
)!
"
(
!) !
"
(
( !
! (
)
(
! _
^
)
(
!
) "
"
)
"
)
"
)")"
)
)
"
)"
") )
)
"
"
)
"
) "
" )
#
* )
")"
")
)
"
) "
" ) )
"
)"
") Hidrografia
)
"
Bacia do Alto Tietê

Município de São Paulo


#
*
#
*

#
*
_
^ Radar Meteorológico
#
*
Postos da Rede Telemétrica
"
) DAEE
(
! PMSP
#
* EMAE

0 5 10 20
km
±
FIGURA 6.24  Postos da rede telemétrica do SAISP

O mapa da FIGURA 6.25 mostra a chuva Radar meteorológico


observada pelo radar com os pontos de aler- Toda vez que uma chuva é observada na
ta emitidos pela rede telemétrica no evento imagem do radar meteorológico, é envia-
chuvoso ocorrido no dia 4 de abril de 2019. da uma mensagem com uma breve descri-
ção sobre sua intensidade, sua localização
e seu deslocamento.

195
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA

Rede telemétrica é transmitir as informações relacionadas


Além do alerta de chuvas, também são en- à hidrometeorologia para diversas secre-
viadas mensagens em tempo real sobre os tarias municipais, órgãos e interessados,
níveis dos rios. como Defesa Civil, CET, Corpo de Bombei-
Na área da Região Metropolitana de São ros, subprefeituras, munícipes e os mais
Paulo, é de extrema importância conhecer variados veículos da imprensa, incluin-
o comportamento da chuva no solo e suas do os principais jornais, revistas, portais
consequências para os rios. Os principais de notícias na internet e emissoras de
córregos e rios da RMSP são monitorados, rádio e TV.
sendo estabelecidos quatro níveis de criti- Em parceria com a Coordenadoria Mu-
cidade: “atenção”, “alerta”, “emergência” e nicipal de Defesa Civil (COMDEC), no pe-
“extravasamento”. Sempre que o nível de ríodo chuvoso, que compreende os meses
água no rio muda de estado, tanto na su- de outubro a março, o CGE opera o Plano
bida como na descida, é enviado um aler- Preventivo Chuvas de Verão (PPCV), reali-
ta informando o estado em que o rio está. zado em parceria com outros órgãos, para
O gráfico apresentado na FIGURA 6.27 prevenir os efeitos danosos provocados
indica o nível do Rio Tietê durante a pas- pelas fortes chuvas registradas no perío-
sagem da onda de cheia no evento do do. Nesse trabalho, o CGE exerce a fun-
dia 11 de março de 2019 e seus níveis de ção de notificar e manter informados os
criticidade. órgãos participantes sobre as condições
meteorológicas previstas, o acumulado
das chuvas, entre outros.
6.7.3.2  CENTRO DE GERENCIAMENTO O CGE opera o sistema integrado de in-
DE EMERGÊNCIA (CGE) formações associadas à comunicação em
tempo integral com as equipes da Compa-
Órgão da Prefeitura de São Paulo respon- nhia de Engenharia de Tráfego (CET), Defe-
sável pelo monitoramento das condições sa Civil, Secretaria Municipal das Subpre-
meteorológicas na capital. O papel do CGE feituras, Corpo de Bombeiros, entre outros.

196
ÁGUA PRETA E SUMARÉ

FIGURA 6.25  Mapa de chuva observada e alertas da telemetria

197
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA

FIGURA 6.26  Área de cobertura do radar meteorológico do DAEE

722

720
Extravasamento
Nível - FLU (m)

Emergência
718 Alerta
Atenção

716
Nível do rio

714

FIGURA 6.27  Nível do Posto Rio Tietê – Ponte do Piqueri

198
ÁGUA PRETA E SUMARÉ

6.8  MEDIDAS DE CONTROLE a partir da sedimentação, adsorção, filtra-


NA FONTE ção e biodegradação. Fundamentalmente,
os dispositivos propostos pelas medidas
Dentre as medidas de controle de cheias estruturais de controle na fonte reprodu-
estruturais, estão incluídas as de contro- zem os processos hidrológicos naturais de
le na fonte, que são aquelas que apresen- infiltração, filtração, retenção e detenção
tam a nova visão de convivência com as do escoamento superficial.
cheias urbanas, propondo a redução e o Esses dispositivos podem ser implanta-
tratamento do escoamento superficial ge- dos em lotes, praças, parques e ao longo
rado pela urbanização. de ruas e avenidas, podendo ser classifica-
O papel das medidas de controle na dos conforme as tipologias apresentadas
fonte é o de atenuar os impactos da urba- na TABELA 6.4.
nização sobre a quantidade e a qualidade O Manual de Drenagem e Manejo de
das águas urbanas. Águas Pluviais (PMSP, 2012) apresenta os
Essas medidas contêm dispositivos que critérios de seleção das medidas de con-
atuam na redução dos volumes escoa- trole na fonte e dá diretrizes para o pré-di-
dos, introduzem alternativas que se inte- mensionamento das estruturas.
gram harmoniosamente com a paisagem No que tange à aplicabilidade das me-
e, também, tratam da poluição difusa, me- didas de infiltração, é apresentado na
lhorando a qualidade da água que escoa FIGURA 6.28 um mapa que, em função da
para os canais. declividade e geologia da bacia, mostra
O controle da quantidade se baseia o potencial de implantação dessas me-
na retenção/detenção, na infiltração, no didas nas bacias dos córregos Água Preta
transporte e na captação da água superfi- e Sumaré.
cial. O controle da qualidade da água se dá

199
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA

TABELA 6.4  Tipologia das principais medidas de controle na fonte


(PMSP, 201216; UACDC, 201017 e MPCA, 201918)

Medida Descrição

Jardim de chuva
(biorretenção)
Função: filtração, infiltração e detenção

São estruturas simples constituídas por depressão pouco profunda e


revestidas com uma camada de substrato (solo preparado para plantio) e
plantas. Possuem alta eficiência na remoção de poluentes e contribuem
para a valorização do espaço urbano com o incremento de áreas verdes

Canteiro pluvial
(biorretenção) Função: filtração, infiltração e detenção

Estruturas de biorretenção semelhantes aos jardins de chuva. São


estruturas geralmente mais profundas, que podem apresentar uma
configuração linear, sendo possível a implantação ao longo de vias e
passeios. Essas estruturas também possuem alta eficiência na remoção
de poluentes e contribuem para a valorização do espaço urbano

Biovaleta
Função: condução, filtração e detenção

Esses dispositivos correspondem a estruturas simples, sendo necessárias apenas


escavações, de maneira a conformar depressões com uma direção preponderante
de escoamento. É também um dispositivo de biorretenção, pois, enquanto
conduz o escoamento superficial, realiza o tratamento das águas pluviais

Telhado verde
Função: filtração e detenção

Outro tipo de biorretenção composto por uma camada drenante (colchão


drenante) sob uma camada de substrato vegetado. Além de reter e filtrar as águas
das chuvas, poderá criar um espaço de lazer e contemplação. Essas estruturas
também contribuem para a regulação das temperaturas internas do edifício

16. PMSP (Prefeitura do Município de São Paulo). Manual de drenagem e manejo de águas pluviais. São Paulo: SMDU, 2012.
17. UACDC (University of Arkansas Community Design Center). Low Impact Development, a design manual for urban
areas. Fayetteville, Arkansas: UACDC, 2010.
18. MPCA (Minnesota Pollution Control Agency). Green Infrastructure for stormwater management – Minnesota
Stormwater Manual, 2019. Disponível em: <https://stormwater.pca.state.mn.us>. Acesso em: 9 jun. 2019.

200
ÁGUA PRETA E SUMARÉ

TABELA 6.4  Tipologia das principais medidas de controle na fonte


(PMSP, 201216; UACDC, 201017 e MPCA, 201918)

Medida Descrição

Trincheiras de infiltração
Função: filtração e infiltração

Valas de infiltração com material poroso sobre solo permeável são implantadas na
superfície ou em pequenas profundidades, e têm por objetivo recolher as águas
pluviais de afluência perpendicular a seu comprimento. Podem ser instaladas ao
longo do sistema viário ou, ainda, junto a estacionamentos, praças e parques

Poço de infiltração
Função: filtração e infiltração

Dispositivo de infiltração das águas pluviais bastante semelhantes


às trincheiras de infiltração. Trata-se de um poço escavado no solo e
preenchido com material poroso, como pedregulhos e cascalhos, e revestido
com manta geotêxtil. É um sistema com estrutura pontual e vertical,
sendo ideal para áreas urbanizadas por ocuparem pouco espaço

Pavimento permeável
Função: filtração e infiltração

Pavimentos dotados de revestimentos superficiais permeáveis ou


semipermeáveis. Possibilita a redução da velocidade do escoamento
superficial, a retenção temporária e a infiltração, quando possível, das
águas pluviais. Esses dispositivos podem ser estanques e funcionar
como reservatórios de amortecimento de água pluviais

Cisterna
Função: detenção/retenção

Estruturas de armazenamento implantadas em lotes, conectadas aos


telhados, que armazenam volumes de água da chuva. Esses volumes
podem ser esvaziados ou utilizados no período sem chuvas. O uso
concomitante dessas estruturas para fins de reúso e abatimento de
cheias deve ser considerado durante seu dimensionamento

Microrreservatório Função: detenção/retenção

Estrutura semelhante às cisternas, propiciam o armazenamento das


águas pluviais em lotes. A implantação desse sistema disseminou-se, no
Município de São Paulo para atender a Lei nº 12.526/2007, que estabelece
a obrigatoriedade de captação e retenção de águas pluviais, coletadas
por telhados, coberturas, terraços e pavimentos descobertos, em lotes,
edificados ou não, com área impermeabilizada superior a 500m²

201
FIGURA 6.28  Potencial de implantação de medidas de controle
na fonte nas bacias dos córregos Água Preta e Sumaré

Convenção

Rede Hídrica

Bacias do Água Preta e Sumaré

Quadra Viária

Linha Férrea

Planície Aluvial

Potencial de implantação de
medidas de controle na fonte
Alto

Médio

Baixo

aré
Córrego Sum

SISTEMA DE PROJEÇÃO UTM


DATUM HORIZONTAL: Sirgas 2000 (Fuso 23)

FONTE: Mapa Digital da Cidade - MDC (2004),


Mapa Hidrográfico do Município (2019) e FCTH
(2019)

m
±

0 125 250 500



Tie
Rio
ta
a Pr e
Á gu
go
rre

CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA

Para estabelecer essas áreas, foram consi- a aplicabilidade dessas medidas é redu-
deradas três classes potenciais de implan- zida, porém não inviável, sendo necessá-
tação de medidas de controle: rias, na realidade, adaptações como: im-
permeabilização do fundo da estrutura,
• Alto potencial: áreas com declividade fazendo com que ela funcione como um
entre 0 e 5% fora da planície aluvial; reservatório, ou implantação de medidas
• Potencial médio: áreas com declivida- escalonadas, de modo a manter a declivi-
de entre 5% e 30% fora da planície e dade em até 5%.
áreas com declividade entre 0 e 30% A efetividade no uso dessas medidas
dentro da planície aluvial; depende da participação da população e
• Baixo potencial: áreas com declivida- da fiscalização constante do crescimento
de maior que 30%. da cidade e da ocupação de áreas de for-
ma irregular, bem como da aplicação das
As classes potenciais levam em consi- legislações e normas vigentes.
deração dois importantes requisitos para A aplicação das medidas aqui relacio-
a implantação de medidas de controle in- nadas, conjuntamente com os sistemas de
filtrantes: declividades entre 0 e 5% e ní- drenagem tradicionais, conduz a uma ges-
veis baixos do lençol freático. Nos locais tão sustentável da drenagem urbana no
que não se enquadram nessas condições, Município de São Paulo.

204
7
Etapas de implantação
das alternativas
Este capítulo apresenta o efeito das obras propostas implantadas em
etapas. Um método para mensurar o efeito das medidas de controle pro-
postas são as manchas de inundação.
As obras propostas foram dimensionadas tendo em vista o controle
do escoamento superficial e a redução das inundações para o nível de
segurança hidrológica de 100 anos.
A TABELA 7.1 apresenta os efeitos das alternativas em termos de área
inundada e número de lotes atingidos para a condição atual (sem in-
tervenção) e, também, 1ª e 2ª etapas de implantação de obras quando
submetidas à chuva de projeto de 100 anos.
A FIGURA 7.1 mostra as manchas de inundação para a condição atual
e após a implantação das obras prioritárias da 1ª Etapa das Alternati-
vas 1, 2 e 3, quando submetidas a uma chuva com Tr 5 anos. Observa-se
que há uma redução significativa da mancha de inundação se a situa-
ção atual é comparada com as situações propostas nas primeiras eta-
pas das alternativas. Lembrando que a 1ª etapa protege as áreas críticas
das bacias, frequentemente atingidas pelas inundações. Nessa análise

205
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA

foi utilizada a chuva de Tr 5 anos visando chuva com Tr de 100 anos. Observa-se que
compatibilizar os resultados obtidos na 1ª há uma redução da mancha de inundação
Etapa de obras com o plano de metas atual quando implantadas as obras previstas
da PMSP. para a 1ª Etapa das três alternativas. Após
A FIGURA 7.2, FIGURA 7.3 e FIGURA 7.4 a implantação das obras propostas para a
apresentam as manchas para cada etapa 2ª Etapa, não são visualizadas manchas
de implantação de obras quando subme- de inundação para as Alternativas 1, 2 e 3
tidas à chuva de Tr 100 anos para as Alter- quando submetidas a uma chuva de Tr de
nativas 1, 2 e 3, respectivamente. As figuras 100 anos, como esperado.
ilustram o comportamento das manchas Destaca-se que, para eventos hidrológi-
quando implantadas as obras previstas cos com Tr maior que 100 anos, ocorrerão
para a primeira etapa e submetidas a uma inundações.

TABELA 7.1  Efeitos das Alternativas 1, 2 e 3 sobre as bacias


Impactos
Etapa Alternativa
Área inundada (km²) Lotes atingidos

Atual Sem intervenção 0,56 1.281

Obras complementares Obras da OUCAB 0,53 1.270

Alternativa 1 0,27 660

1ª etapa Alternativa 2 0,30 683

Alternativa 3 0,27 569

Alternativa 1 – –

2ª etapa (final) Alternativa 2 – –

Alternativa 3 – –

206
Sem intervenção – com chuva de Tr = 5 anos Alternativa 1 – 1ª etapa, com chuva de Tr = 5 anos

Alternativa 2 – 1ª etapa, com chuva de Tr = 5 anos Alternativa 3 – 1ª etapa, com chuva de Tr = 5 anos

FIGURA 7.1  Áreas sujeitas a inundações – cenário sem intervenção, com as


obras complementares e com as obras da 1ª etapa das três alternativas
Sem intervenção – com chuva de Tr = 100 anos

Alternativa 1 – 1ª etapa, com chuva de Tr = 100 anos Alternativa 1 – 2ª etapa, com chuva de Tr = 100 anos

FIGURA 7.2  Áreas sujeitas a inundações – cenário sem intervenção, com


as obras complementares e com as obras da 1ª e 2ª etapas da Alternativa 1
Sem intervenção – com chuva de Tr = 100 anos

Alternativa 2 – 1ª etapa, com chuva de Tr = 100 anos Alternativa 2 – 2ª etapa, com chuva de Tr = 100 anos

FIGURA 7.3  Áreas sujeitas a inundações – cenário sem intervenção, com


as obras complementares e com as obras da 1ª e 2ª etapas da Alternativa 2
Sem intervenção – com chuva de Tr = 100 anos

Alternativa 3 – 1ª etapa, com chuva de Tr = 100 anos Alternativa 3 – 2ª etapa, com chuva de Tr = 100 anos

FIGURA 7.4  Áreas sujeitas a inundações – cenário sem intervenção, com


as obras complementares e com as obras da 1ª e 2ª etapas da Alternativa 3
8
Custo estimado
Uma estimativa preliminar de custo foi realizada no intuito de avaliar a
viabilidade de implantação das alternativas propostas.
Os valores foram estimados com base na relação de valores de obras
implantadas pela PMSP e de valores de desapropriação estimados pelo
Núcleo de Desapropriações e Áreas Públicas da SIURB.
A TABELA 8.1, a TABELA 8.2 e a TABELA 8.3 apresentam os custos esti-
mados das Alternativas 1, 2 e 3. Foram indicadas todas as ações previs-
tas nas etapas de cada alternativa, destacando os valores estimados em
desapropriações, quando existente.

211
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA

TABELA 8.1  Custo estimado das medidas de controle da Alternativa 1

Custo de Custo de
Custo
Etapa Local Intervenção Dimensão implantação desapropriação*
total (R$)
(R$) (R$)

Reservatório Rio dos


36.000 m³ 36.000.000,00 980.000,00 36.980.000,00
Campos – RAP-3
Reforço de galeria – Rua Pedro
270 m 2.102.000,00   2.102.000,00
Lopes/Rua Mutuparana
Água Reforço de galeria –
261 m 2.400.000,00   2.400.000,00
Preta Av. Pompeia/Rua Havaí

Etapa Aumento de seção –
529 m 6.500.000,00   6.500.000,00
Rua Francisco Bayardo
Aumento de seção –
216 m 2.000.000,00   2.000.000,00
Rua Havaí/Saramenha
Reservatório Caiubi – RSU-3 36.000 m³ 36.000.000,00 22.600.000,00 58.600.000,00
Sumaré
Reservatório Karmam – RSU-4 31.000 m³ 31.000.000,00 – 31.000.000,00
Reservatório Ribeiro
55.000 m³ 55.000.000,00 20.000.000,00 75.000.000,00
de Barros – RAP-2
Reservatório Pompeia – RAP-4 16.000 m³ 16.000.000,00 11.120.000,00 27.120.000,00
Água
Preta Aumento de seção – Rua Dr.
375 m 2.950.000,00   2.950.000,00
Francisco Figueiredo Barreto
Aumento de seção –
431 m 6.750.000,00   6.750.000,00
Travessa Roque Adolio
Reforço de galeria (deságue
2ª 1053 m 105.800.000,00   105.800.000,00
paralelo ao Água Preta)
Etapa
Reservatório Minerva – RSU-2 27.000 m³ 27.000.000,00 8.500.000,00 35.500.000,00
Reservatório Auro – RSU-1 60.000 m³ 60.000.000,00 – 60.000.000,00
Sumaré Reforço de galeria da Rua 281 m 5.650.000,00 5.650.000,00
Aimberê até a Rua Iperoig
Reforço de galeria – a jusante
388 m 3.630.000,00 3.630.000,00
do reservatório Caiubi
Reforço de galeria – a jusante
270 m 3.240.000,00 3.240.000,00
do reservatório Irmãos Karmann
TOTAL 402.022.000,00 63.200.000,00 500.222.000,00

Valores com data base de dezembro/2018.


*Custo médio de desapropriação estimado pelo Núcleo de Desapropriações e Áreas Públicas da SIURB.

212
ÁGUA PRETA E SUMARÉ

TABELA 8.2  Custo estimado das medidas de controle da Alternativa 2

Custo de Custo de
Custo
Etapa Local Intervenção Dimensão implantação desapropriação*
total (R$)
(R$) (R$)

Reservatório Praça Rio


39.000 m³ 39.000.000,00 980.000,00 39.980.000,00
dos Campos – RAP-3
Galeria de reforço – Rua Pedro
256 m 2.000.000,00   2.000.000,00
Lopes/Rua Mutuparana
Água Galeria de reforço – Av.
258 m 2.350.000,00   2.350.000,00
Preta Pompeia/Rua Havaí
1ª Aumento de seção – Rua
Etapa 529 m 6.500.000,00   6.500.000,00
Francisco Bayardo
Aumento de seção – Rua
216 m 2.000.000,00   2.000.000,00
Havai + Rua Saramenha
Reservatório Caiubi – RSU-3 48.000 m³ 48.000.000,00 22.600.000,00 70.600.000,00
Sumaré Reservatório Praça Irmãos
35.000 m³ 35.000.000,00 – 35.000.000,00
Karmam – RSU-4
Reservatório Venâncio
80.000 m³ 80.000.000,00 57.000.000,00 137.000.000,00
Aires – RAP-1
Reservatório Pompeia – RAP-4 18.000 m³ 18.000.000,00 11.120.000,00 29.120.000,00

Água Reservatório Ribeiro


72.000 m³ 72.000.000,00 20.000.000,00 92.000.000,00
Preta de Barros – RAP-2
Aumento de seção – Rua Dr.
431 m 6.750.000,00   6.750.000,00
Francisco Figueiredo Barreto
Aumento de seção –
375 m 2.950.000,00   2.950.000,00
2ª Travessa Roque Adolio
Etapa Reservatório Minerva – RSU-2 36.000 m³ 36.000.000,00 8.500.000,00 44.500.000,00
Reservatório Auro Soares de
62.000 m³ 62.000.000,00 – 62.000.000,00
Moura Andrade – RSU-1
Reforço de galeria da Rua
Sumaré Aimberê até a Rua Iperoig 281 m 5.650.000,00 5.650.000,00

Reforço de galeria – a jusante do


270 m 3.240.000,00 3.240.000,00
reservatório Irmãos Karmann
Reforço de galeria – a jusante
388 m 3.630.000,00 3.630.000,00
do reservatório Caiubi
TOTAL 425.070.000,00 120.200.000,00 545.270.000,00

Valores com data base de dezembro/2018.


*Custo médio de desapropriação estimado pelo Núcleo de Desapropriações e Áreas Públicas da SIURB.

213
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA

TABELA 8.3  Custo estimado das medidas de controle da Alternativa 3


Custo de
Custo de Custo
Etapa Local Intervenção Dimensão desapropriação*
implantação (R$) total (R$)
(R$)
Reservatório Praça Rio
44.000 m³ 44.000.000,00 980.000,00 44.980.000,00
dos Campos – RAP-3
Parque linear Havaí/Saramenha 8.000 m³ 9.670.000,00 10.000.000,00 19.670.000,00
Água
Parque linear Francisco Bayardo 7.000 m³ 9.180.000,00 15.000.000,00 24.180.000,00
Preta
Galeria-reservatório –
247 m 6.059.000,00   6.059.000,00
General Góis Monteiro

Galeria-reservatório – Mundo Novo 368 m 9.010.000,00   9.010.000,00
Etapa
Reservatório Minerva – RSU-2 36.000 m³ 36.000.000,00 8.500.000,00 44.500.000,00
Reservatório Irmãos Karmam – RSU-4 41.000 m³ 41.000.000,00 – 41.000.000,00
Sumaré Galeria-reservatório –
556 m 13.623.000,00   13.623.000,00
Varginha/Paulo VI
Galeria-reservatório –
287 m 7.031.000,00   7.031.000,00
Pç. Dr. Silas Botelho
Reservatório Venâncio Aires – RAP-1 60.000 m³ 60.000.000,00 57.000.000,00 117.000.000,00
Reservatório Ribeiro de Barros – RAP-2 74.000 m³ 74.000.000,00 20.000.000,00 94.000.000,00
Galeria-reservatório –
754 m 18.464.000,00   18.464.000,00
Água Bárbara Heliodora
Preta Galeria-reservatório –
338 m 8.270.000,00   8.270.000,00
Ribeiro de Barros
Galeria de reforço na Rua Pedro Lopes 256 m 2.614.000,00   2.614.000,00
Reservatório Pompeia – RAP-4 12.000 m³ 12.000.000,00 11.120.000,00 23.120.000,00
Reservatório Caiubi – RSU-3 51.000 m³ 51.000.000,00 22.600.000,00 73.600.000,00
Reservatório Auro Soares de
26.000 m³ 26.000.000,00 – 26.000.000,00
Moura Andrade – RSU-1
Reforço de galeria da Rua
281 m 5.650.000,00   5.650.000,00
Aimberê até a Rua Iperoig

Galeria-reservatório – Tagipuru 309 m 12.963.000,00   12.963.000,00
Etapa
Galeria-reservatório –
205 m 5.014.000,00   5.014.000,00
Matarazzo/Dr. Costa Júnior
Galeria-reservatório – Da. Ana Pimentel 204 m 4.993.000,00   4.993.000,00
Sumaré Galeria-reservatório – Melo Palheta 319 m 7.813.000,00   7.813.000,00
Galeria-reservatório – Turiassú 421 m 10.323.000,00   10.323.000,00
Galeria-reservatório –
456 m 11.173.000,00   11.173.000,00
Cayowaá/Aimberê
Galeria-reservatório – Apiacás 370 m 9.058.000,00   9.058.000,00
Galeria-reservatório – Caetés 157 m 3.850.000,00   3.850.000,00
Galeria-reservatório – Prof.
230 m 5.627.000,00   5.627.000,00
Pedro da Cunha/Caiubi
Reforço de galeria a jusante do
100 m 1.200.000,00   1.200.000,00
reservatório Irmãos Karmam

TOTAL 505.585.000,00 145.200.000,00 650.785.000,00

Valores com data base de dezembro/2018.


*Custo médio de desapropriação estimado pelo Núcleo de Desapropriações e Áreas Públicas da SIURB.

214
ÁGUA PRETA E SUMARÉ

A TABELA 8.4 mostra o resumo dos cus- • Parques lineares com equipamentos
tos totais estimados e em cada etapa das de lazer, paisagismo e abertura de
alternativas estudadas. canal;
Para a composição desses custos, foram • Galerias-reservatórios: galeria em
considerados os seguintes tipos de inter- con­creto armado, método de constru-
venções: ção a céu aberto.

• Reservatório: fechado em concreto – É importante ressaltar que as estima-


paredes diafragma atirantadas – com tivas apresentadas são avaliações preli-
bombeamento; minares de custos, que devem ser deta-
• Galerias de apoio, aumento de seção e lhados durante a elaboração dos projetos
prolongamento de galeria: galeria em quando estes forem contratados.
concreto armado, método de constru-
ção a céu aberto;

TABELA 8.4  Custo estimado por etapas das alternativas estudadas

Etapa
Total
Alternativa
Obras complementares 1ª 2ª (milhões R$)
(milhões R$) (milhões R$) (milhões R$)

Alternativa 1 35,0 139,6 325,6 500,2

Alternativa 2 35,0 158,4 386,8 580,3

Alternativa 3 35,0 210,1 440,7 685,8

Valores com data base de dezembro/2018.

215
9
Desempenho das
intervenções
O desempenho individual de cada medida de controle de cheia foi veri-
ficado considerando a redução da mancha de inundação quando a in-
fraestrutura é submetida a uma chuva de 100 anos de recorrência.
A redução da área de inundação é um dos indicadores empregados
no planejamento das ações da Prefeitura de São Paulo. Os indicadores
são índices que traduzem de modo sintético a evolução do desempenho
do sistema de drenagem e manejo de águas pluviais e, desse modo, são
capazes de auxiliar o processo de gestão através de sua aplicabilidade
na avaliação e no acompanhamento dos planos, programas, projetos e
outras medidas de controle da drenagem.
A área da mancha de inundação na configuração da rede atual para
uma chuva de Tr 100 anos nas bacias dos córregos Água Preta e Sumaré
é de 0,56 km².
Para essa verificação, foi realizada a simulação do desempenho de
cada uma das intervenções, sendo elas:

217
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA

• Aumento de seção na galeria do Água O objetivo dessa análise é confrontar a


Preta entre a Avenida Francisco Mata- redução da área da mancha de inundação
razzo e a Linha Férrea resultante da implantação de cada inter-
• Implantação do reforço de galeria do venção a partir da mancha atual.
Sumaré da Linha Férrea até o desem- Na página seguinte, temos o impacto iso-
boque no Rio Tietê lado de cada obra para a chuva de 100 anos
• Galerias de apoio no médio Sumaré (FIGURA 9.1).
• Parque linear Francisco Bayardo (PAP-2) O pré-dimensionamento das interven-
• Parque linear Havaí (PAP-1) ções, tais como os volumes dos reserva-
• Reforço de galeria na Rua Venâncio tórios, dos parques lineares e das seções
Aires de galerias, foi efetuado considerando a
• Reforço de galeria no Sumaré implantação de todas as obras para prote-
• Readequação na conexão entre galerias ção de 100 anos, ou seja, as obras operam
• Reservatório RAP-1 – Venâncio Aires em conjunto e não de forma isolada. De tal
• Reservatório RAP-2 – Ribeiro de Barros modo, a redução da mancha proporciona-
• Reservatório RAP-3 – Praça Rio dos da por combinações dessas medidas não
Campos será necessariamente igual à soma das re-
• Reservatório RAP-4 – Pompeia duções proporcionadas por cada medida
• Reservatório RSU-1 – Rua Auro Soares de forma individual.
de Moura Andrade A TABELA 9.1 indica o desempenho das
• Reservatório RSU-2 – Minerva intervenções propostas considerando a
• Reservatório RSU-3 – Caiubi redução da inundação em relação à man-
• Reservatório RSU-4 – Praça Irmãos cha atual (560.000  m²). Destaca-se que,
Karmam apesar da duplicação da galeria de jusan-
• Galeria-reservatório no Alto Água Preta te do Sumaré apresentar a maior redu-
• Galeria-reservatório no Alto Sumaré ção da mancha em comparação as demais
• Galeria-reservatório no Baixo Sumaré medidas, ela não foi incorporada à 1ª eta-
• Galeria-reservatório no Médio Água pa das alternativas por não proteger uma
Preta área de risco alto ou muito alto da bacia
• Galeria-reservatório no Médio Sumaré (vide FIGURA 4.4).

218
Reforço de galeria do Sumaré a jusante

Descrição
Duplicação da galeria Sumaré
ao longo das avenidas Pompeia
e Nicolas Boer (1.053 m)

Área de redução da mancha


de inundação
0,214 km²

Custo estimado da medida


R$ 105.800.000,00

Galeria-reservatório do Alto Sumaré

Descrição
Implantação de galerias-reservatórios
nas ruas Varginha (281 m), Paulo VI
(329 m) e Falcão Vermelho (219 m)

Área de redução da mancha


de inundação
0,017 km²

Custo estimado da medida


R$ 26.300.000,00

FIGURA 9.1  Características das intervenções


Parque linear Francisco Bayardo (PAP-2)

Descrição
Implantação de parque linear
com 4 restrições de seção, área
de 7.500 m² e capacidade de
reservação de 7.000 m³

Área de redução da mancha


de inundação
0,017 km²

Custo estimado da medida


R$ 24.180.000,00

Reforço de galeria do Sumaré

Descrição
Implantação de galeria de apoio
na Avenida Sumaré, entre a
Praça Irmãos Karmann e a Rua
Wanderley (272 m) e entre as ruas
Caiubi e João Ramalho (387 m)

Área de redução da mancha


de inundação
0,019 km²

Custo estimado da medida


R$ 6.870.000,00

FIGURA 9.1  Características das intervenções (continuação)


Parque linear Havaí (PAP-1)

Descrição
Implantação de parque linear
com 7 restrições de seção, área
de 16.500 m² e capacidade de
reservação de 8.000 m³

Área de redução da mancha


de inundação
0,019 km²

Custo estimado da medida


R$ 19.670.000,00

Reservatório RAP-3 – Praça Rio dos Campos

Descrição
Reservatório de armazenamento
com área de 3.036 m² e capacidade
de reservação de 44.000 m³

Área de redução da mancha


de inundação
0,041 km²

Custo estimado da medida


R$ 44.980.000,00

FIGURA 9.1  Características das intervenções (continuação)


Reforço de galeria na Rua Venâncio Aires

Descrição
Prolongamento de galeria a montante
do túnel na Rua Venâncio Aires (403 m)

Área de redução da mancha


de inundação
0,038 km²

Custo estimado da medida


R$ 7.500.000,00

Reservatório RAP-4 – Pompeia

Descrição
Reservatório de armazenamento
com área de 1.316 m² e capacidade
de reservação de 18.000 m³

Área de redução da mancha


de inundação
0,042 km²

Custo estimado da medida


R$ 29.120.000,00

FIGURA 9.1  Características das intervenções (continuação)


Galeria-reservatório no Médio Água Preta

Descrição
Implantação de galerias-reservatórios
nas ruas Bárbara Heliodora (754
m) e Ribeiro de Barros (338 m)

Área de redução da mancha


de inundação
0,041 km²

Custo estimado da medida


R$ 26.734.000,00

Reservatório RAP-1 – Venâncio Aires

Descrição
Reservatório de armazenamento
com área de 9.070 m² e capacidade
de reservação de 80.000 m³

Área de redução da mancha


de inundação
0,046 km²

Custo estimativo da medida


R$ 137.000.000,00

FIGURA 9.1  Características das intervenções (continuação)


Aumento de seção de galeria no Água Preta

Descrição
Substituição de galerias para aumento
de seção nas ruas Francisco Bayardo
(529 m), Havaí e Saramenha (216 m),
Travessa Roque Adolio (375 m) e Rua
Dr. Francisco Figueiredo Barreto (431 m)

Área de redução da mancha


de inundação
0,044 km²

Custo estimado da medida


R$ 18.200.000,00

Reservatório RAP-2 – Ribeiro de Barros

Descrição
Reservatório de armazenamento
com área de 4.878 m² e capacidade
de reservação de 55.000 m³

Área de redução da mancha


de inundação
0,046 km²

Custo estimativo da medida


R$ 75.000.000,00

FIGURA 9.1  Características das intervenções (continuação)


Readequação na conexão entre galerias

"
)
Descrição
Readequação na geometria da conexão
entre a galeria antiga do córrego Água
Preta e o túnel do córrego Sumaré (25 m)

Área de redução da mancha


de inundação
0,054 km²

Custo estimativo da medida


R$ 900.000,00

Reservatório RSU-4 – Praça Irmãos Karmann

Descrição
Reservatório de armazenamento
com área de 2.949 m² e capacidade
de reservação de 41.000 m³

Área de redução da mancha


de inundação
0,057 km²

Custo estimativo da medida


R$ 41.000.000,00

FIGURA 9.1  Características das intervenções (continuação)


Reforço de galeria no Sumaré

Descrição
Prolongamento de galeria a montante
do túnel até a Rua Ciro Costa (281 m)

Área de redução da mancha


de inundação
0,055 km²

Custo estimativo da medida


R$ 5.650.000,00

Galeria-reservatório no Médio Sumaré

Descrição
Implantação de galerias-reservatórios
nas ruas Cayowaá/Aimberê (456 m),
Apiacás (370 m), Caetés (157 m) e
Caiubi/Prof. Pedro da Cunha (230 m)

Área de redução da mancha


de inundação
0,060 km²

Custo estimativo da medida


R$ 29.708.000,00

FIGURA 9.1  Características das intervenções (continuação)


Galeria-reservatório no Alto Água Preta

Descrição
Implantação de galeria-reservatório
nas ruas Mundo Novo (368 m) e
General Góis Monteiro (247 m)

Área de redução da mancha


de inundação
0,030 km²

Custo estimativo da medida


R$ 15.069.000,00

Reservatório RSU-3 – Caiubi

Descrição
Reservatório de armazenamento
com área de 3.665 m² e capacidade
de reservação de 51.000 m³

Área de redução da mancha


de inundação
0,062 km²

Custo estimativo da medida


R$ 73.600.000,00

FIGURA 9.1  Características das intervenções (continuação)


Galeria-reservatório no Baixo Sumaré

Descrição
Implantação de galeria-reservatório
nas ruas Tagipuru (309 m), Francisco
Matarazzo/Dr. Costa Júnior (205 m),
Da. Ana Pimentel (204 m), Melo
Palheta (319 m) e Turiassú (421 m)

Área de redução da mancha


de inundação
0,062 km²

Custo estimativo da medida


R$ 41.106.000,00

Reservatório RSU-2 – Minerva

Descrição
Reservatório de armazenamento
com área de 2.263 m² e capacidade
de reservação de 36.000 m³

Área de redução da mancha


de inundação
0,082 km²

Custo estimativo da medida


R$ 44.500.000,00

FIGURA 9.1  Características das intervenções (continuação)


Reservatório RSU-1 – Rua Auro Soares de Moura Andrade

Descrição
Reservatório de armazenamento
com área de 7.882 m² e capacidade
de reservação de 62.000 m³

Área de redução da mancha


de inundação
0,092 km²

Custo estimativo da medida


R$ 62.000.000,00

FIGURA 9.1  Características das intervenções (continuação)


CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA

TABELA 9.1  Desempenho das intervenções propostas

Alternativa Redução da Custo da


Intervenção
correspondente inundação (m²) intervenção (R$)

Duplicação da galeria Sumaré a jusante Alternativa 1 214.000 105.800.000,00

Reservatório RSU-1 – Rua Auro


Alternativa 2 92.000 62.000.000,00
Soares de Moura Andrade

Reservatório RSU-2 – Minerva Alternativa 3 82.000 44.500.000,00

Reservatório RSU-3 – Caiubi Alternativa 3 62.000 73.600.000,00

Galeria-reservatório no Baixo Sumaré Alternativa 3 62.000 41.106.000,00

Galeria-reservatório no Alto Água Preta Alternativa 3 30.000 15.069.000,00

Galeria-reservatório no Médio Sumaré Alternativa 3 60.000 29.708.000,00

Reservatório RSU-4 – Praça Irmãos Karmam Alternativa 3 57.000 41.000.000,00

Reforço de galeria no Sumaré Obras complementares 55.000 5.650.000,00

Readequação na conexão entre galerias Obras complementares 54.000 900.000,00

Reservatório RAP-2 – Ribeiro de Barros Alternativa 3 46.000 75.000.000,00

Reservatório RAP-1 – Venâncio Aires Alternativa 2 46.000 137.000.000,00

Aumento de seção de galeria no Água Preta Alternativa 2 44.000 18.200.000,00

Reservatório RAP-4 – Pompeia Alternativa 2 42.000 29.120.000,00

Reservatório RAP-3 – Praça Rio dos Campos Alternativa 3 41.000 44.980.000,00

Galeria-reservatório no Médio Água Preta Alternativa 3 41.000 26.734.000,00

Reforço de galeria na Rua Venâncio Aires Obras complementares 38.000 7.500.000,00

Parque linear Havaí (PAP-1) Alternativa 3 19.000 19.670.000,00

Reforço de galeria do Sumaré Alternativa 2 19.000 6.870.000,00

Parque linear Francisco Bayardo (PAP-2) Alternativa 3 17.000 22.989.000,00

Galeria-reservatório no Alto Sumaré Alternativa 3 17.000 24.180.000,00

230
10
Considerações finais
O Caderno de Bacia Hidrográfica tem como objetivo propor uma série de
alternativas para o controle de cheias tendo em vista fornecer subsídios
para futuras discussões que venham a ocorrer na Prefeitura de São Pau-
lo quanto ao planejamento, à contratação de novos estudos e à gestão
das bacias do Município.
As propostas de controle de cheias partem de um diagnóstico deta-
lhado da bacia e de estudos específicos, como o mapa de inundações, o
risco de inundação e as áreas críticas.
As alternativas propostas foram desenvolvidas em nível de viabilida-
de, e, desse modo, constituem propostas a serem discutidas em nível de
projeto básico e/ou executivo.
As medidas de controle estudadas abordaram soluções estruturais,
como reservatórios, canalizações, parques lineares e túneis. São citadas
medidas não estruturais, como o zoneamento das áreas inundáveis no
processo de controle de cheias no Município de São Paulo, a partir do
qual estudos específicos devem ser desenvolvidos. O mapa do potencial
de implantação de medidas infiltrantes foi produzido tendo em vista o

231
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA

incentivo à adoção das medidas sustentá- alternativas propostas protegem as bacias


veis de controle de cheias na fonte. para Tr 100 anos.
Uma análise de custo preliminar foi rea- A concepção das alternativas partiu da
lizada no intuito de fornecer elementos minimização das inundações, em primei-
para o planejamento das ações. ra etapa, nas áreas apontadas pelo estudo
Para as bacias hidrográficas dos córre- com risco muito alto. Isso justifica a con-
gos Água Preta e Sumaré, foram avaliadas centração de obras na primeira etapa a
três alternativas. A Alternativa 1 é com- montante da Rua Palestra Itália.
posta de sete reservatórios de armazena- O desenvolvimento deste Caderno foi
mento, galerias de apoio e ampliações de coordenado tecnicamente pela Secreta-
seção de galerias dispersas pelos córre- ria Municipal de Infraestrutura e Obras
gos das bacias. A Alternativa 2 compreen- (SIURB), a qual propiciou a articulação
de oito reservatórios de armazenamento, institucional das seguintes secretarias:
galerias de apoio e ampliações de seção Secretaria Municipal do Verde e do Meio
de galerias nas bacias estudadas. A Alter- Ambiente (SVMA), Secretaria Municipal de
nativa 3 propõe a implantação de oito re- Habitação (SEHAB), Secretaria Municipal
servatórios, galerias de apoio, galerias-re- de Urbanismo e Licenciamento (SMUL) e
servatórios e dois parques lineares. As três Subprefeitura da Lapa.

232
Glossário
Alagamento
Acúmulo de água nas vias da cidade decorrente da deficiência ou ine-
xistência do sistema de microdrenagem.

Chuva de projeto
Determinação do volume de chuva e de sua distribuição temporal e es-
pacial, sobre uma bacia hidrográfica, necessária para desenvolvimento
de um projeto de drenagem. A essa chuva associa-se um determinado
risco hidrológico, comumente chamado de período de retorno.

233
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA

Dano licas necessárias para escoar e contro-


Definição da severidade ou intensida- lar as cheias. Em áreas urbanas, é um
de da lesão resultante de um acidente sistema fundamental para a mobilida-
ou evento adverso. Os danos causados de, preservação da integridade do pa-
por desastres classificam-se em: da- trimônio, proteção da saúde e defesa
nos humanos, materiais, econômicos e da vida da população. O sistema de
ambientais19. macrodrenagem é interligado ao sis-
tema de microdrenagem, por isso os
Dique dois sistemas devem ser projetados
Estrutura de contenção em margens de em conjunto. Dentre as obras hidráu-
rios e de lagos, com a finalidade de evi- licas da macrodrenagem, destacam-se:
tar o extravasamento da água. canais, reservatórios, diques, bombea-
mento de áreas baixas etc.
Escoamento superficial direto
Parcela da água precipitada que não in- Microdrenagem
filtra no solo e que escoa superficial- O sistema de microdrenagem consis-
mente até alcançar os corpos d’água. O te num conjunto de obras hidráulicas
mesmo que runoff, em Inglês. necessário para escoar o excesso de
chuva nas calçadas e ruas. Dentre es-
Inundação sas obras, destacam-se: guias e sarje-
Transbordamento de água da calha de tas, captações (bocas de lobo e de leão)
rios, lagos e reservatórios, provocado etc., e a rede de galerias de águas plu-
por chuva intensa e em áreas não habi- viais. A principal função da microdrena-
tualmente submersas. gem é manter o sistema viário livre do
escoamento superficial e evitar alaga-
Macrodrenagem mentos que possam atingir imóveis e
O sistema de macrodrenagem é forma- equipamentos urbanos.
do por um conjunto de obras hidráu­

19. BRASIL. Glossário de Defesa Civil – Estudos de Riscos e Medicina de Desastres. Brasília. Ministérios do Planeja-
mento e Orçamento, 1998.

234
ÁGUA PRETA E SUMARÉ

Parque linear (em paralelo), de acordo com seu po-


São áreas verdes implantadas nas mar- sicionamento em relação ao canal que
ginais de córregos e rios projetadas contribui para o reservatório.
para recompor o leito maior de cheias. O reservatório in line é posicionado
Em geral, possuem outras funções urba- ao longo do canal. Possui, em geral, uma
nas, como recuperação de cobertura ve- estrutura de barramento dotada de um
getal, áreas de lazer com usos múltiplos descarregador de fundo e extravasor. A
e retardamento de cheias. capacidade do descarregador é limita-
da à capacidade do trecho de canal a
Período de retorno jusante. O extravasor funciona como um
É o período médio de tempo (em anos) dispositivo de segurança para vazões
em que um evento natural pode ocorrer. superiores à vazão de projeto.
Seu inverso corresponde à probabili­ O reservatório off line é implantado
dade de o evento ocorrer a cada ano. paralelamente ao canal e recebe a va-
Por exemplo, uma chuva de 100 anos zão excedente por um vertedor lateral.
ocorre em média uma vez a cada 100 O nível da soleira do vertedor é definido
anos. A cada ano a probabilidade do em função do nível máximo admitido no
evento ocorrer é 1/100. canal, e as suas dimensões são determi-
nadas em função da vazão excedente a
Pôlder ser lançada no reservatório. A descarga
Obra hidráulica empregada para pro- do reservatório lateral pode ser feita por
teger áreas baixas marginais de canais, gravidade, através de válvulas de reten-
em geral composta por dique, reserva- ção que se abrem quando o nível do ca-
tório de armazenamento, rede de dutos nal diminui. Pode também ser esvaziado
e bombas. por bombeamento.
Quando permanece seco na estia-
Reservatório de armazenamento gem, o reservatório é chamado de reser-
Estrutura que acumula temporariamen- vatório (ou bacia) de detenção. Quan-
te parte da cheia com a função de amor- do mantém um volume permanente de
tecer as vazões e reduzir os riscos de água (lago), é chamado de reservatório
inundações a jusante. Os reservatórios (ou bacia) de retenção.
podem ser in line (em linha) ou off line

235
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA

Risco Zoneamento de inundação


É a probabilidade de ocorrer um dano. Medida não estrutural de controle de
Essa probabilidade é estimada em fun- cheias que mapeia as áreas inundáveis
ção dos fatores que interferem na ocor- em função do risco. Essas áreas podem
rência do dano. No caso de chuvas ter o seu uso e ocupação disciplinados
intensas, por exemplo, ele pode ser es- pelo Plano Diretor Estratégico da cidade.
timado em função do risco hidrológico
(não controlável) e pela exposição ao
risco (controlável).

236

Você também pode gostar