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SÃO PAULO
2009
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SÃO PAULO
2009
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Prof. Dr. Marcos Roberto Bonfadini
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Prof. Mse. Carlos Magno B. Lopes
Comentários:_________________________________________________________
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Dedico este trabalho aos meus pais, que sempre buscaram me oferecer todas as
condições para que fosse possível o cumprimento de minhas atividades escolares e
acadêmicas e aos meus irmãos, cuja amizade e companheirismo me ajudaram em
várias fases do decorrer da minha vida
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AGRADECIMENTOS
Ao meu orientador, Prof. Dr. Marcos Roberto Bonfadini, que, em todos os meses de
desenvolvimento deste trabalho, mostrou grande dedicação, empenho e
competência para que o mesmo pudesse ser concluído.
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RESUMO
A busca por prazos cada vez menores e exigências qualitativas cada vez mais altas
é constante em todas as empresas que buscam a excelência nos projetos que
oferecem. Devido às exigências do mercado quanto a prazos e eficiência, surgiu a
necessidade de novas metodologias de trabalho que possibilitem a garantia de
qualidade de um dado projeto, dentro do prazo reduzido exigido pelo mercado. Uma
saída atualmente aceita é a automatização através de banco de dados e
vizualizadores 3D que integram dados provenientes das disciplinas envolvidas no
projeto geral. Estes vizualizadores contribuem também para a interação destas
disciplinas resultando em soluções que respeitem os prazos impostos e que sejam
confiáveis e consistentes.
Este trabalho foi realizado utilizando-se como estudo de caso o projeto de infra-
estrutura do “Terminal Especializado de São José do Norte – RS”, que utilizou a
metodologia de modelos digitais 3D com resultados satisfatórios, tanto qualitativos,
quanto com relação ao cumprimento dos prazos solicitados pelo cliente para o setor
de Infra-Estrutura Civil.
ABSTRACT
The search for short time and higher quality is constant in all the companies that seek
excellence in their projects. Due to market requirements related to time and
efficiency, came the need for new working methods that enable quality assurance of
a particular project within the reduced time requested by the market. One current
solution accepted is the automation using database and 3D review softwares, that
integrates data from envolved disciplines in the general project. These review
softwares also contributes for the interation of these disciplines resulting in solutions
that respect the stipulated times and be reliable and consistent.
This work was realizated using as case study the infrasctructure project of “Terminal
Especializado de São José do Norte – RS”, that uses the Building Information
Modeling methodology with satisfactory results, both qualitative and the compliance
with the deadlines requested by the client to the Civil Infrastrucutre sector.
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
VR Virtual
SUMÁRIO
p.
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 1
2 OBJETIVOS ......................................................................................................... 2
4 JUSTIFICATIVA ................................................................................................... 4
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 34
1. INTRODUÇÃO
Para que as metas de prazos e qualidade, cada vez mais exigentes, possam ser
cumpridas, as empresas começaram a adotar a utilização a metodologia BIM
(Building Information Modeling) como ferramenta de trabalho. Porém, sem um
treinamento ideal dos participantes do projeto, muitas vezes ao invés de auxiliar, o
modelo passa a ser um problema a mais para que o projeto possa ser concluído
dentro do prazo.
2. OBJETIVOS
3. MÉTODO DE TRABALHO
4. JUSTIFICATIVA
Justifica-se essa pesquisa pelo fato de seu tema, mesmo que utilizado em grande
escala pelas grandes empresas de engenharia, não ser muito conhecido no meio
acadêmico. Observa-se nas grades curriculares dos diversos cursos de Engenharia
Civil a ausência de disciplinas que apresentem a utilização de novos recursos ou
novas metodologias para auxiliar na elaboração dos projetos de engenharia.
Essa pesquisa também pode ser justificada em função de que os assuntos tratados
possam auxiliar profissionais e estudantes da área, de forma que esta sirva de
referência inicial para o entendimento da metodologia BIM, uma vez que há
escassez de referências bibliográficas nacionais sobre o tema.
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A metodologia BIM é bastante recente, visto que os primeiros softwares que auxiliam
no cumprimento do sistema foram produzidos em meados do ano 2000.
Em função desta sistemática, o modelo 3D torna-se útil durante todo o ciclo de vida
da planta, desde a fase de projetos conceituais, básicos e detalhados até, quando
necessário, da fase de desativação da planta.
Apesar das informações contidas nas diversas disciplinas dos projetos de infra-
estrutura civil interagirem entre si, na metodologia convencional o desenvolvimento
das atividades seguem os seguintes passos:
1°- Recebimento das informações da topografia;
2°- Definição dos platôs e taludes que delimitam o site de terraplenagem;
3°- Elaboração do projeto geométrico de pavimentação com base em um lay-out do
empreendimento;
4°- Elaboração dos traçados e dimensionamento das redes de infra-estrutura do
empreendimento (água potável, drenagem pluvial, esgoto externo etc.)
5.6.1 Terraplenagem
Esta é a única fase dos projetos de infra-estrutura, onde o uso da metodologia BIM
resulta em um aumento da quantidade de horas gastas para a elaboração dos
projetos. Este aumento de tempo é função das informações contidas nos projetos
geométricos de arruamento serem em sua grande maioria típicas, facilitando, em
metodologia convencional, à sua inserção. Já na metodologia BIM, se faz necessária
a alimentação de informação a todos os objetos, independente destes serem iguais,
por exemplo: uma das funções do projeto geométrico de arruamento é locar todos os
pontos altos e baixos, indicando em cada um destes pontos as elevações de topo de
guia e fundo de sarjeta. Na metodologia convencional, são inseridos textos nas
posições de locação dos pontos, de forma que se faz possível “copiar” a informação
e “colá-la” no local de interesse. Já na metodologia BIM, este processo não é
possível, pois independentemente das informações serem as mesmas, elas estão
atribuídas a objetos diferentes perante o banco de dados do projeto.
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Figura 5.7– Identificação de Interferências Físicas em três dimensões (esq.) e planta (dir.)
Fonte: A percepção de interferências espaciais através de desenhos 2D e modelos 3D por
profissionais de projeto de Edifícios (2007)
- Edifício Administrativo;
- Restaurante;
- Armazém;
- Casa de Bombas.
Pode-se notar que até em função dos edifícios a serem construídos, o escopo do
projeto é mais de 50% composto por atividades referentes à engenharia Civil, sendo
que as atividades restantes são referentes à engenharia Elétrica e Estudos
Ambientais. Em função desta característica o projeto evoluiu em um ritmo razoável,
pois não haviam tantas interfaces com outros departamentos. A maioria das
atividades foi concentrada nos setores pertencentes à Engenharia Civil (Implantação
Civil, Arquitetura, Estruturas de Concreto e Estruturas Metálicas). A Tabela 6.1, a
seguir, identifica de maneira resumida as atividades e seus respectivos setores
responsáveis.
Tabela 6.1 – Relação das atividades envolvidas no projeto do Terminal Portuário de São José
do Norte
Atividade Setor Responsável
Definição do plano diretor do Implantação Civil
empreendimento
Projetos de Terraplenagem Implantação Civil
Projetos de Arruamento e Pavimentação Implantação Civil
Projetos de Sistemas Subterrâneos Implantação Civil
Projetos arquitetônicos de todos os Arquitetura
edifícios
Projeto de estruturas de todos os Estruturas de concreto e estruturas
edifícios metálicas
Estudos Ambientais Meio-Ambiente
Projetos de distribuição de energia Eng. Elétrica
Projetos de iluminação Eng. Elétrica
Fonte: PÖYRY(2009)
Em contra partida, a partir da fase de PB, se iniciaram as criações dos modelos tri-
dimensionais, que por sua vez alimentariam o modelo 3D geral do empreendimento.
Assim como indicado na Tabela 6.1, cada disciplina é responsável por uma série de
modelos. Ou seja, ficava a cargo de cada disciplina a responsabilidade de
atualização dos modelos, para que a consistência e coerência de informações
inscritas no modelo 3D geral do empreendimento fossem mantidas.
Com base nos dados acima, a metodologia BIM, na fase de PB foi executada, dentro
do setor de Implantação Civil, segundo os passos a seguir:
INÍCIO
Levantamento
Layout
Topográfico
AMBIENTE 3D
Definição dos Platôs
(locação planimétrica e
altimétrica)
Geometria final de
Terraplenagem SIM
Extração dos
desenhos e dos
quantitativos
Verificação dos
desenhos
Possui erros
NÃO
Documento
Emitido
FIM
Figura 6.5 – Fluxograma de atividades para elaboração dos projetos de terraplenagem
Fonte:Procedimento
Fonte:Procedimento para Elaboração
para Elaboração de projetos
de projetos de Terraplenagem
de Sistemas dada
Subterrâneos Pöyry Tecnologia(2009)
Pöyry Tecnologia(2009)
25
Definição das
INÍCIO áreas a serem
PA’s e PB’s de
atendidas e Geometria final de
pavimentação
suas terraplenagem
respectivas
Layout populações.
Existem S
interferência
N
Documento
Definição da geometria final e
Emitido
elaboração do projeto
FIM
Com a fase de PB encerrada, deu-se início ao PE. Nesta fase, não foi necessária a
criação de mais modelos, entretanto foram realizadas atualizações dos modelos já
existentes com informações de caráter executivo (locação dos platôs, declividades
das ruas, locação das redes enterradas etc).
Em função do que foi descrito acima, a fase de Projeto Executivo, que normalmente
leva um tempo considerável para ser concluída, com o auxilio da metodologia BIM, o
ganho de tempo no cronograma foi de cerca de 30% do tempo que se levaria para
elaborar o projeto em metodologia convencional.
7.1 Terraplenagem
Tabela 7.1 – Comparativo entre tempo demandado para a execução das atividades para os
empreendimentos da Portocel e Terminal de São José do Norte
Atividade Tempo Demandado (dias)
Portocel Terminal de SJN
Elaboração do Traçado 5 5
Elaboração das Plantas 20 22
Elaboração de Seções 10 2
Lista de quantidades 5 1
Fonte: PÖYRY (2008)
30
Tabela 7.2 – Comparativo entre tempo demandado para a execução das atividades de
arruamento e pavimentação para os empreendimentos da Portocel e Terminal de São José do
Norte
Atividade Tempo Demandado (dias)
Portocel Terminal de SJN
Elaboração do Traçado 14 14
Elaboração das Plantas 7 15
Elaboração de Seções 3 4
Lista de quantidades 2 1
Fonte: PÖYRY (2009)
Tabela 7.3 – Comparativo entre tempo demandado para a execução das atividades de sistemas
subterrâneos para os empreendimentos da Portocel e Terminal de São José do Norte
Atividade Tempo Demandado (dias)
Portocel Terminal de SJN
Elaboração do Traçado 40 34
Elaboração das Plantas 14 10
Elaboração de Seções 7 7
Lista de quantidades 14 8
Fonte: PÖYRY
8. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
Dessa forma, conclui-se que a utilização da metodologia BIM, para todo o projeto,
torna-se confiável, a partir do momento em que todos os departamentos e setores
envolvidos no projeto estiverem, de fato, utilizando corretamente o fluxo de
atividades ditado pela metodologia. Para que este processo seja, de fato, utilizado
de forma correta, recomenda-se que sejam criadas normas e procedimentos para a
utilização da metodologia e para garantir o bom uso das mesmas, o departamento
de Qualidade precisa acompanhar o desenvolvimento do projeto. Dessa forma,
provavelmente, haverão ganhos de produtividade e qualidade no ciclo de vida do
projeto.
34
REFERÊNCIAS