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Isolamento do Limoneno

Transferir 30 ml de óleo de
laranja para balão de 250 ml

01) Destilação por arraste à vapor,


destilar todo material orgânico
(até que se destile apenas água)
02) Para assegurar que o destilado
apresente uma única fase, coletar
algumas gotas do destilado em tubo
de ensaio, se for observado duas
fases, continue destilando.

Destilado
( 2 fases)
03) Adicionar 30ml de n-hexano
04) Transferir para funil de separação
05) Lavar o frasco com pequenas porções
de n-hexano e adicionar ao funil.
06) Agitar o funil cuidadosamente, para
separação das fases

Fase aquosa Fase Orgânica


H2O, “limoneno” e (Limoneno , n-hexano e
traços de n-hexano traços de H20)

07) Extrair com 20 mL de n-


hexano, coletando no Recolher no
erlenmeyer (A), fase orgânica. Erlenmeyer (A)
Fase Orgânica contida
no Erlenmeyer (A) com
as três extrações.
Fase Orgânica Fase aquosa (Limineno, n-hexano e
(Limoneno, n-hexano e H2O, “limonemo” e traços de H20)
traços de H2O) traços de n-hexano

Repetir procedimento 07

08) Adicionar agente secante (Na2SO4) no erlenmeyer (A).


09) Guardar em geladeira o erlenmeyer arrolhado até a próxima aula.
SEMINÁRIO DE QUÍMICA
ORGÂNICA EXPERIMENTAL

EXTRAÇÃO E PURIFICAÇÃO DO LIMONENO

Evaldo César de Souza Mota


Sandro Moreno Barrionuevo
Milena Elias Teixeira
Ana Paula Álvares
Ricardo Martini
Allan Hollandy Hollanda
I-OBJETIVO:
Extrair o Limoneno do óleo de laranja e purificá-lo através da destilação fracionada.

II-INTRODUÇÃO:

Isolamento de compostos orgânicos voláteis de fontes naturais

Os componentes voláteis de plantas constituem uma enorme riqueza da


Química Orgânica que tem servido à humanidade como farmacologia, ingredientes de
perfumes, preservativos, temperos e várias outras utilidades. Os componentes voláteis
são geralmente isolados de plantas por destilação à vapor a pressão atmosférica. A
planta é normalmente dividida finamente ou misturada para liberar os componentes
voláteis de sua estrutura celular e o vapor é então introduzido para condensar os
componentes orgânicos voláteis com a água. Se a fonte é facilmente penetrada, como é
o caso com folhas, pétalas de flor e brotos, gramas e ervas, a destilação à vapor é usada
sem pretexto de materiais vegetais. A mistura de componentes orgânicos voláteis são
obtidos de plantas e são imiscíveis em água e conhecido como essências. Os odores das
plantas é devido à essências.
Essências têm sido isoladas de uma larga variedade de plantas, mas constituída
somente de uma pequena porcentagem da composição total da planta. Óleo de alcaravia,
por exemplo, é obtido das sementes de alcaravia, mas constituem somente 3 a 7% do
peso total da semente; óleo de rosa é obtido somente 0.04% de rendimento das pétalas e
brotos de rosas. Ambos, óleo de rosa e alcaravia, são usados em ingredientes de
perfume.
Os maiores constituintes das essências são os terpenos e outros derivados
oxigenados. Terpenos são estruturas compostas de unidades de isopreno combinado na
forma de “head-to-tail”. Limoneno, o qual é mais largamente distribuído cíclico terpeno
das plantas, é o principal ingrediente do óleo de laranja (90 a 95%) e é achado no óleo
de limão, óleo de alcaravia, e em muitas outras essências.

FÓRMULA DO LIMONENO:
III-TÉCNICAS UTILIZADAS NA EXPERIÊNCIA:

Destilação é o processo de vaporização de uma substância, condensação de


vapor e coleta do condensado em outro recipiente. Esta técnica é usada para a separação
de uma mistura quando os componentes têm pontos de ebulição diferentes. Este é o
principal método de purificação de um líquido. Existem quatro tipos de métodos de
destilação: destilação simples, destilação à vácuo ( destilação à pressão reduzida),
destilação fracionada e destilação por arraste à vapor.
Na experiência de extração e purificação do limoneno a partir do óleo de
laranja, serão utilizadas as técnicas de destilação fracionada e por arraste à vapor.

PONTO DE EBULIÇÃO:

Quando um líquido é aquecido, a pressão de vapor do líquido aumenta até se


igualar a pressão aplicada ( geralmente à pressão atmosférica). Nesse ponto, o líquido
entrará em ebulição. O ponto normal de ebulição é medido à 760 mmHg (1 atm).
Quando a pressão aplicada é menor que 1 atm, o vapor de pressão necessário para a
ebulição também é menor, e o líquido entra em ebulição numa temperatura menor.
O ponto de ebulição é alterado de acordo com a pressão, por isso é importante
que se conheça a pressão barométrica, se a destilação for realizada num nível
significativamente acima ou abaixo do nível do mar.
Devido à temperatura observada durante a destilação, pode ser diferente da
temperatura do ponto de ebulição do líquido, deve-se efetuar a correção do ponto de
ebulição, através da seguinte equação:

ΔT = 0.00012 (760 − Pobs )(Tobs + 273)

DESTILAÇÃO FRACIONADA:

Evidentemente, por repetidas destilações, combinando e recombinando


destilações fracionadas e condensadas, poderá separar uma mistura de benzeno e
tolueno em seus componentes puros. Contudo, o destilado poderá ser um componente
de um ponto de ebulição baixo, benzeno (puro), ou um componente de ponto de
ebulição elevado, o tolueno.
A destilação fracionada é simplesmente uma técnica para realizar uma série
completa destas pequenas separações em uma operação. Em princípio, uma coluna de
destilação fracionada proporciona uma grande superfície para o intercâmbio de calor,
nas condições de equilíbrio, entre o vapor ascendente e o condensado descendente. Isto
possibilita uma série completa de evaporações e condensações parciais ao longo da
coluna.
DESTILAÇÃO POR ARRASTE À VAPOR:

Fundamentos:
Esta destilação é uma técnica para a separação de substâncias insolúveis em
água e ligeiramente voláteis de outros produtos não voláteis, misturados à elas. O
arraste à vapor possibilita a purificação adequada de muitas substâncias com pontos de
ebulição elevados, frente à destilações de baixa temperatura. Esta técnica é
particularmente útil quando a substância em questão ferve acima de 100 graus, na
pressão atmosférica, e se decompõe em um ponto de ebulição abaixo deste. Nesses
casos, substitui para a destilação à vácuo.
Contudo, pode-se dizer que a destilação de uma mistura de líquidos imiscíveis
em quantidades relativas em peso dos líquidos que escorrem no coletor, são diretamente
proporcionais :

1- Às tensões de vapor dos líquidos à temperatura de destilação;


2- À seus pesos moleculares.

Logo, a mistura se destilará a uma temperatura constante, contanto que exista,


pelo menos, cada um dos componentes.
Isto constitue a base de uma purificação e de uma separação de substâncias
por arraste à vapor.

Aplicações:
Para que uma substância insolúvel destile em quantidade apreciável, deverá ter uma
tensão de vapor entre 5-10 milímetros a 100 graus. A destilação em corrente de
produtos resinosos também é muito útil na separação de compostos orgânicos
facilmente voláteis de :

1- Misturas aquosas que têm sais inorgânicos;


2- Outros compostos orgânicos que não são, apreciavelmente, voláteis em arraste à
vapor.

Se uma destilação por arraste à vapor, em fase insolúvel em água, está


formada por dois componentes, haverá duas fases distintas (uma aquosa e uma
orgânica), que destilarão segundo os princípios da destilação por arraste à vapor, numa
relação molar das duas fases no destilado e na mesma que existe entre as tensões de
vapor das duas fases. Então, os componentes da fase orgânica destilam,
respectivamente, segundo os princípios da destilação ordinária. Assim, o destilado é
mais rico que o resíduo do componente mais volátil.
A maioria dos compostos orgânicos que se arrastam à vapor não são
completamente insolúveis em água, especialmente na temperatura de destilação. Isto
diminui a eficácia calculada do processo. A adição de cloreto de sódio para saturar a
fase aquosa, pode diminuir a solubilidade do composto orgânico na fase aquosa e
diminuir, também, a tensão de vapor respectiva à tensão de vapor da fase orgânica.
IV-PARTE EXPERIMENTAL:

CUIDADOS A TOMAR COM AS SUBSTÂNCIAS:

n-hexano: pode provocar sintomas após excessível exposição como: delírios, náuseas,
dor de cabeça, fraquezas musculares, irritação nos olhos e nariz, dermatites, pneumonia
química, tonturas.

Limoneno: irrita a pele, é um sensibilizador e é explosivo.

PRIMEIROS SOCORROS:

Pulmões: Remova da exposição, descanse e mantenha aquecido.


Pele: Encharcar a pele com água e depois lave com sabão. Remover as roupas
contaminadas e arejá-las antes da reutilização. Todavia se o contato for muito
pronunciado procure atendimento médico.
Boca: Lave vigorosamente com água. Procure atendimento médico.
Olhos: Irrigar os olhos minunciosamente com água. Procurar cuidados médicos
nos casos severos.

DADOS:

Tabela 1: Constantes das substâncias envolvidas na reação.


Substância Fórmula Peso Ponto de Ponto de Densidade Solubilidade
molecular ebulição fusão (ºC) (g/cm3) em água
(g/mol) (ºC)

n-hexano C6H14 86,18 69 -100/ -95 0,660 Insolúvel


Sulfato de Na2SO4 142,04 ----- 800 2,7 Solúvel
Sódio
anidro

limoneno C10H16 136,24 175,5- ----- 0.8402 Insolúvel


176,5
água H2O 18,02 100 0 1,00 Solvente
universal
FLUXOGRAMA DO PROCEDIMENTO:

A) Destilação por arraste a vapor ( isolamento) :

Transferir 30 mL de óleo de laranja


para balão de 250 mL

Montar o sistema de arraste a vapor

Destilar todo o material orgânico


(até que se destile apenas água)

Coletar gotas do destilado em tubo de ensaio.


Se for observado duas fases continue destilando.
B ) Destilação Fracionada ( purificação) :

Montar um sistema de destilação


fracionada

Ligar a manta elétrica e elevar a


temperatura gradualmente quando
a mistura entrar em ebulição

Após o início, manter a


temperatura constante

Anotar a temperatura quando a


primeira gota for coletada e a cada
2 mL(primeira fração)

Ler a
temperatura a
cada 10 gotas
DISCUSSÃO:

Figura 1:Esboço do gráfico T x V.


TEMPERATURA (ºC)

fração 3

fração 2

fração 1

VOLUME (mL)

ANÁLISE:

Experiência:

• Após a destilação por arraste a vapor é adicionado o n-hexano pois o


limoneno é mais solúvel neste do que em água. Portanto ao adicionar o n-
hexano obtém-se maior quantidade de limoneno já isolado.

Gráfico:

• Observa-se, pelo gráfico, que na primeira fração a temperatura se mantém


constante pois têm-se apenas um componente ( n-hexano ) e este tem
temperatura de ebulição por volta de 69ºC e é menor que a do limoneno.
• A fração 2 apresenta uma grande variação de temperatura por se tratar de
uma mistura.
• Na terceira fração a temperatura se mantém constante pois trata-se do
limoneno que tem temperatura de ebulição por volta de 175ºC.
BIBLIOGRAFIA:

1.Brewster, R.O.; Vanderwef, C.: McEven, W.E. – Utilized Experiments in Organic


Chemistry, 4th edition, New York, D. Van Nostrand, 1977.

2. Pavia, D.L.; Lampman, G.M.; Jr. Kriz, G.S. – Introduction to Laboratory Techniques,
2nd edition, Philadelphia, Saunders College Publishing, 1995.

3. Doyle, M.P.; Mungall, W.S. – Experimental Organic Chemistry, New York, John
Wiley & Sons, Inc. 1980.
I-Introdução

Isolamento de compostos orgânicos voláteis de fontes naturais

Os componentes voláteis das plantas denominadas óleos essenciais,


são responsáveis por suas essências e aromas, muitos dos quais apreciados
desde a antiguidade. Os óleos essenciais são usados principalmente devido
a seus odores e aroma agradáveis em perfumes, e como aromatizantes em
alimentos.
Podem ser empregados também como medicamentos (cânfora e
eucalipto), como repelentes de insetos (citronela) e por sua ação anti-
bacteriana e anti-fungicida .
Os componentes voláteis são geralmente isolados de uma planta por
destilação a vapor sob pressão atmosférica.
A planta é moída ou triturada para liberação de seus componentes
voláteis de sua estrutura celular. Os óleos essenciais (imiscíveis em água)
co-destilam com a água à medida que o vapor é introduzido no sistema.
A técnica de destilação por arraste a vapor permite separar os
componentes voláteis de materiais não voláteis, a uma temperatura abaixo
de 1000, o que oferece o meio de isolamento de óleos essenciais, sem o
risco de decompô-los termicamente.
Os óleos essenciais tem sido isolados de uma grande variedade de
plantas, mas constituem somente uma pequena porcentagem da
constituição total da planta. O óleos de rosa, por exemplo, é obtido em
apenas 0,04% do peso das pétalas de rosas. O óleo de laranja, constitui não
mais do que 1% dos pesos das cascas de laranjas (variedade valença).
Os principais constituintes dos óleos essenciais são os terpenos e
seus derivados oxigenados. Pode-se imaginar os terpenos como contituídos
por duas ou mais unidades C5, conhecidas como unidades isoprënicas,
combinadas ‘cabeça-cauda’.

C C C C OU

UNIDADE ISOPRÊNICA

C C
C C C C
C C C C
(CABEÇA) (CAUDA) (CABEÇA) (CAUDA)
Usando linhas tracejadas para separar as unidades isoprênicas, pode-se ver
que o limoneno tem duas dessas unidades:

Uma forma enantiomérica do limoneno é responsável pelo odor da laranja e


o outro enantiômero pelo odor do limão.

II- Técnicas utilizadas na experiência .

Destilação é o processo de vaporização de uma substância,


condensação de vapor e coleta do condensado em outro recipiente. Esta
técnica é usada para separação de uma mistura quando os componentes tem
pontos de ebulição diferentes. Este é o principal método de purificação de
um líquido.Existem quatro tipos de métodos de destilação: simples, à vácuo
(destilação à pressão reduzida), fracionada e por arraste a vapor.
Na experiência de extração e purificação do limoneno a partir do
óleo de laranja, serão utilizadas as técnicas de destilação fracionada e
arraste a vapor.

Ponto de ebulição
Quando um líquido é aquecido, a pressão de vapor do líquido
aumenta até se igualar a pressão aplicada (geralmente a pressão
atmosférica). Neste ponto o líquido entrará em ebulição. O ponto normal de
ebulição é medido a 760mm de Hg (1 atmosfera). Quando a pressão
aplicada é menor que uma atmosfera, o vapor de pressão necessário para a
ebulição também é menor, e o líquido entra em ebulição numa temperatura
menor.
O ponto de ebulição é alterado de acordo com a pressão, por isso é
importante que se conheça a pressão barométrica, se a destilação for
realizada num nível significativamente acima ou abaixo do nível do mar.
Devido a temperatura observada durante a destilação, pode ser
diferente da temperatura do ponto de ebulição do líquido, deve se efetuar a
correção do ponto de ebulição, atavés da seguinte equação:
ΔT= 0,00012 (760-Pobs) (Tobs +273)

Destilação Fracionada
Utilizada na separação de líquidos miscíveis entre si, mesmo aqueles
de pontos de ebulição próximos.
Para entendermos a destilação fracionada utilizaremos o diagrama da
composição-temperatura do sistema benzeno-tolueno. (Figura 1)
Quando aquecemos uma solução de 20 moles% de benzeno (80
moles% de tolueno). A 101,60C corresponde ao ponto L1, o líquido entra
em ebulição. A composição do vapor resultante desta ebulição, nesta
temperatura, é de 38 moles% de benzeno (62 moles% de tolueno), ponto
V1, portanto consideravelmente mais rico em benzeno que a solução inicial.
Portanto jamais poderia separar totalmente, através de uma
destilação simples, uma mistura molar de 20% de benzeno e 80% de
tolueno. Porém, se condensássemos estes vapores e voltássemos a repetir a
destilação, teríamos o líquido correspondente ao ponto L2 e cujos vapores
corresponderiam ao ponto V2.
Se repetíssemos a condensação destes vapores, teríamos
progressivamente mais benzeno e menos tolueno até se chegar a completa
separação das duas substãncias.
Imaginemos, agora, um dispositivo que permita ao aparelho repetir
sucessivamente as destilações, de modo que os vapores contendo uma
mistura dos líquidos componentes do produto inicial voltem a ser
redestilados, e que somente seja permitido sair do aparelho, a uma dada
temperatura, o líquido mais volátil e puro- teremos assim um aparelho de
destilação fracionada.
Este aparelho é o mesmo da destilação simples com adaptação de um
dispositivo chamado coluna de fracionamento, disposto entre o
condensador e o balão que, neste caso, é simples não possuindo na sua
parte superior, o tubo de desprendimento.
A coluna de fracionamento consta de um tubo longo, adaptado pela
extremidade inferior ao balão, contendo na extremidade superior um tubo
de desprendimento lateral que deverá ser ajustado ao condensador. Pela
abertura superior é introduzido um termômetro, cujo bulbo deverá ficar à
altura da saída do tubo de desprendimento.
Internamente ao tubo longo, colocam-se pequenos cilindros de vidro
ou porcelana, dispostos irregularmente, que age como pequenos
condensadores de refluxo para mistura de vapores.
Há outros tipos de colunas de fracionamento, Vigreux (fig. B) que
tem uma série de fendas para aumentar a superfície interna; a de Yung (fig.
C) que possue uma espiral interna de vidro ou metal enrolado em torno de
uma haste, e finalmente a coluna de pratos (fig. D) que contém pequenas
prateleiras funcionando como condensadores de refluxo para a mistura de
vapores.

Destilação por arraste a vapor


Empregada para destilar substâncias que se decompõem nas
proximidades de seus pontos de ebulição e que são insolúveis em água ou
nos seus vapores de arraste.
Esta operação baseia-se no fato de que, numa mistura de líquidos
imiscíveis, o ponto de ebulição será a temperatura na qual a soma das
pressões parciais dos vapores é igual a da atmosfera, o que constitui uma
decorrência da lei das pressões parciais de Dalton.
Se, em geral, o arraste se faz com vapor de água, a destilação, a
pressão atmosférica, resultará na separação do componente de ponto de
ebulição mais alto, a uma temperatura inferior a 1000C.
Por outro lado, quando uma mistura de dois líquidos imiscíveis é
destilada, o ponto de ebulição da mistura permanece constante até que um
dos componentes tenha sido separado, já que a pressão total do vapor
independe das quantidades relativas dos componentes. O ponto de ebulição,
a partir daí, eleva-se rapidamente, até atingir o do líquido remanescente. O
vapor que se separa de tal mistura contém os componentes na mesma
proporção, que suas pressões de vapor relativas.
Por meio de cálculos simples e aplicando as leis dos gases, podemos
estabelecer a proporção dos vapores em função de seus pesos moleculares e
das suas pressões parciais.

P T = P A + PB
B (1)

E a composição do vapor:

Na Pa
= (2)
Nb Pb
onde:
Na e Nb são números de moles das substâncias da fase de vapor.

Como:
Wa Wb
Na = eNb =
Ma Nb
Onde:

W: massa em gramas da substância em dado volume da fase de vapor


M: massa molecular da substância

Então:
Wa MaNa MaPa
= = (3)
Wb MbNb MbPb

Ou seja, as massas relativas de dois componentes de uma mistura de


fase de vapor são idênticas as massas relativas do destilado, isto é, as
massas dos dois líquidos sendo recolhidos num recipiente são diretamente
proporcionais as suas pressões de vapor e a suas massas moleculares.
A equação (3) indica que, quanto menor MaPa tanto maior é o valor
de Wb e daí a grande aplicação da destilação de arraste a vapor nos
processos industriais para separação de compostos de elevada massa
molecular e de baixa pressão de vapor
O aparelho para destilação com arraste de vapor (fig.2) de um balão
de destilação comum, no qual se introduz um tubo longo de segurança. O
tubo de desprendimento lateral se comunica por uma tubulação de vidro,
em forma de “L” a um balão de duas bocas. Este, por sua vez, se conecta a
um refrigerante de Leibig.
O tubo de segurança destina-se a manter o equilíbrio da pressão
interna do sistema. No balão de destilação coloca-se o líquido que deverá
fornecer vapor para arraste, geralmente água. O aquecimento deste balão
(contendo pedras de ebulição em seu interior) pode ser feito por bico de
Búnsen ou por aquecedor elétrico.
No balão intermediário de duas saídas, coloca-se a mistura de
líquidos, da qual se vai destilar um ou mais componentes. O aquecimento
deste deverá ser feito apenas inicialmente, até que se estabeleça o equilíbrio
com a temperatura do vapor oriundo do primeiro balão, voltar a aquecê-lo
de modo a manter a continuidade da destilação
Nota:
1) Se quiser controlar a temperatura, substituir o balão de 2 bocas por
um de 3 bocas e colocar o termômetro na boca intermediária.
TEMPERATURA ( ºC)
FRAÇÃO 3

FRAÇÃO 2

FRAÇÃO 1

VOLUME DESTILADO (mL)


Figura 1: Esboço do gráfico da temperatura pelo
volume destilado para a destilação fracionada.

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