Você está na página 1de 16

Departamento de Química – FFCLRP

Universidade de São Paulo

Fundamentos de Química Experimental

Experimento 6
Cristalização e recristalização

Docente responsável:
Prof. Dr. Antônio Eduardo Miller Crotti
ASPIRINA OU ÁCIDO ACETIL SALICÍLICO

É um medicamento sintético produzido em larga


escala.
Todo mundo conhece as propriedades
analgésicas e anti- piréticas da aspirina, e novas
propriedades e usos estão constantemente sendo
relatadas.
É muito raro encontrar alguém que nunca tenha
feito uso da aspirina.
Óleo de
Caule do Salgueiro
Hortelã-pimenta

Salicina Salicilato de Metila

Hidrólise e Hidrólise
oxidação

Felix Holfmann

Ácido salicílico

Acetilação

Aspirina

Ácido acetil salicílico


INTRODUÇÃO

O experimento desta aula trata-se da última etapa industrial de obtenção da aspirina: a


acetilação do ácido salicílico.
INTRODUÇÃO
Ácido salicílico: reação de fenol + dióxido de carbono.
Fenol: preparado a partir do benzeno ( uma das sete matérias-primas
principais da indústria química orgânica)

As preparações são realizadas em várias etapas, normalmente não se consegue transformar


diretamente uma matéria-prima no produto final desejado.
PREPARAÇÕES OU SÍNTESES
Reações químicas realizadas com o objetivo de preparar uma substância química
envolvem procedimentos muito elaborados.
•Solvente
Facilita o contato entre as moléculas dos reagentes, facilita o controle da velocidade da
reação (concentração), introduz um meio de propriedades físicas definidas (exemplo:
refluxo em benzeno).Necessidade de remover o solvente do produto, mais tarde.

•Catalisador
Reações lentas necessitam da presença de um catalisador para atingirem uma
velocidade aceitável. Remoção no final do procedimento.

•Velocidade das Reações


Velocidade aumenta com o aumento da temperatura e da concentração Assim deve-se
ter um controle destas variáveis a fim de se obter o produto final desejado. Favorecer
uma reação em detrimento a outra secundária.
PREPARAÇÕES OU SÍNTESES

• Reações Secundárias
Mesmos reagentes podem originar vários produtos diferentes.
Ex. Polimerização.
Deve-se:
1) Controlar a reação: reduzir a temperatura, adicionar substâncias que retirem
radicais livres, usar grande excesso de reagente.
2) Purificar o produto: presença de produtos secundários.

• Excesso de um reagente
Velocidade de uma reação é função da concentração dos reagentes.
Utiliza-se excesso de um reagente mais barato ou mais acessível
Remoção no final do procedimento.
• Rendimento
Avalia a eficiência de um procedimento
É a relação entre a quantidade de um produto que efetivamente se obtém e a quantidade que
seria possível obter pela relação estequiométrica, expressa em %.
Tem sentido calcular o rendimento de uma reação em relação a um reagente que esteja sendo
usado em excesso?
Ex. Preparação do benzoato de etila.
12,0 g de ácido benzóico; 50,0 g etanol absoluto; 2 mL ácido sulfúrico
Obtenção 1,3 g de produto. Qual o rendimento da reação?
PONTO DE FUSÃO
Composto com alto grau de pureza apresentam intervalo de fusão de 0,5 a 1,0 ºC. Intervalo
de fusão: diferença entre a temperatura em que se observa o início da desagregação
(temperatura de degelo) dos cristais e a temperatura em que a amostra se torna
completamente líquida (temperatura de fusão).

Quanto maior o grau de impureza maior o intervalo de fusão.

SOLUBILIDADE
“Solventes polares dissolvem substâncias polares e solventes apolares dissolvem substâncias
apolares”.

Forças intermoleculares são mais fortes em substâncias que têm moléculas polares.
Moléculas apolares: forças de van der Waals.

Quando se vai dissolver um sólido em um líquido, é necessário que


ocorram as seguintes transformações:

(1) Separação das moléculas do sólido umas das outras; essa transformação requer energia.

(2) Separação das moléculas do solvente umas das outras, para que as moléculas do soluto
entrem no espaço assim aberto; essa transformação também requer energia.

(3) Ligação das moléculas dissolvidas do soluto com as moléculas do solvente; essa
transformação libera energia.
Além das energias mencionadas, há ainda a considerar a entropia, que é sempre favorável à
formação da solução. O balanço de todas essas energias e entropia é que determinará se vai ou não
haver dissolução.
Soluto polar e solvente polar: as transformações (1) e (2)
requerem muita energia, mas a transformação (3) também
libera muita energia. Com a ajuda da entropia, a dissolução é
frequuentemente favorecida.

Soluto apolar e solvente apolar: as transformações (1) e


(2) requerem pouca energia e a transformação (3) também
libera pouca energia. Com a ajuda da entropia, a
dissolução também é frequentemente favorecida.
Além das energias mencionadas, há ainda a considerar a entropia, que é sempre favorável à
formação da solução. O balanço de todas essas energias e entropia é que determinará se vai ou não
haver dissolução.

Soluto polar e solvente apolar: a transformação (1) requer


muita energia; como a energia liberada pela transformação
(3) não é grande (não há ligação forte entre moléculas
polares e moléculas apolares), não há compensação para a
energia requerida pela transformação (1); mesmo com
ajuda da entropia, a dissolução geralmente não é
favorecida.

Soluto apolar e solvente polar: neste caso é a transformação (2) que requer muita energia, para a
qual não há suficiente compensação na transformação (3). A dissolução é geralmente desfavorecida.

Considerar a possibilidade de ocorrer uma reação química entre o solvente e o soluto.


Técnicas Experimentais

➢ Cristalização

➢ Filtração à vácuo

➢ Lavagem de precipitado

➢ Secagem de precipitados

➢ Medição de ponto de fusão


Determinação do ponto de fusão

(1) Aquecer o líquido rapidamente até uma


temperatura de 10 a 15 oC abaixo do ponto
de fusão;
A partir daí, aquecer o banho lentamente, a
uma velocidade de 2 a 3 oC/min;

(2) Quando for atingida uma temperatura


de 3 oC abaixo do ponto de fusão, aqueça o
banho a uma velocidade de
aproximadamente 1 oC /min até que o
sólido tenha se fundido;

(3) Normalmente nota-se, no início da


fusão, uma pequena movimentação no
sólido e, no final, os cristais se transformam
em líquido transparente.
Tubo de Thiele
Determinação do ponto de fusão
PARTE EXPERIMENTAL

1- Preparação da Aspirina: ácido salicílico, anidrido acético e ácido fosfórico.

2 – Teste de solubilidade: ácido acetil-salicílico e solventes disponíveis ( benzeno,


tetracloreto de carbono, acetato de etila,acetona, e álcool etílico).

3- Determinação do ponto de fusão:

Ácido benzóico recristalizado no experimento anterior

Mistura de ácido benzóico e β-naftol.

Aspirina preparada no experimento.

4 – Amostra desconhecida: determinar ponto fusão.

Você também pode gostar