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PROPÓSITO
Compreender o papel da resposta inflamatória, do metabolismo ósseo e do remodelamento
ósseo, para que possamos
relacioná-los às principais propriedades farmacológicas dos
fármacos que atuam nestas regulações,
frequentemente alteradas nos distúrbios
osteoarticulares. Uma vez que estes distúrbios são muito incidentes
em nossa população, todo
profissional de saúde deve reconhecer nestes fármacos as suas principais indicações
clínicas,
os efeitos adversos, as contraindicações e as interações farmacológicas quando presentes,
para,
assim, garantir uma terapia medicamentosa mais segura e eficaz para o paciente.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
MÓDULO 2
MÓDULO 3
INTRODUÇÃO
O metabolismo osteoarticular compreende uma complexa regulação de diversos
componentes em nosso
organismo. Alterações em sinalizações e respostas celulares neste
metabolismo podem promover
inúmeros processos patológicos, que resultam em dores
articulares, limitações no funcionamento das
articulações, diminuição da massa óssea, fratura
óssea e, frequentemente, muita dor.
Dentre as indicações clínicas mais frequentes que abordaremos neste material, que envolvem
o
metabolismo osteoarticular, estão a osteoporose e a artrite reumatoide. No entanto, ao
longo dos
módulos, falaremos de indicações menos frequentes. Condições que estão
associadas ao processo
inflamatório, alterações no remodelamento ósseo e perda da massa
óssea. Neste material, entenderemos
quais respostas celulares podem estar alteradas, ou até
mesmo acentuadas, e, assim, compreender em
que situações os diferentes fármacos são
utilizados.
Lightspring/Shutterstock
O processo inflamatório, que tem por finalidade eliminar o estímulo lesivo celular, pode não ser
resolvido e
continuar a ocorrer de forma contínua, o que acontece frequentemente entre as
doenças artríticas,
caracterizadas por serem os distúrbios inflamatórios crônicos mais comuns
nos países desenvolvidos. Os
fármacos anti-inflamatórios são importantes na modulação ou
redução deste processo.
INFLAMAÇÃO
A inflamação é uma importante reação relacionada a inúmeras
alterações no metabolismo
osteoarticular. Entretanto, antes de estudarmos o mecanismo de ação dos principais
fármacos anti-inflamatórios, precisamos compreender como ocorre essa resposta inflamatória.
INFLAMAÇÃO
Resposta fisiológica de proteção às lesões teciduais causadas por trauma físico, agentes
químicos e
microbiológicos nocivos. Também pode ser estimulada por respostas imunes
inadequadas, como ocorre nas
doenças autoimunes. Portanto, a inflamação é a tentativa
do organismo de reparar o tecido após uma lesão.
A definição destes sinais cardinais (Calor, rubor, tumor, dor e perda de função.) ocorreu na
Antiguidade, por médicos gregos, e baseou-se apenas em
observações de processos
inflamatórios agudos em órgãos como pele, cavidade bucal e garganta. Desde então,
estes
sinais foram caracterizados como efeitos do processo inflamatório.
Fibras nervosas sensoriais que percebem a dor, isto é, que podem ser ativadas por vários
estímulos nocivos,
térmicos, mecânicos ou químicos. Os mediadores inflamatórios
liberados durante a lesão tecidual aumentam a
sensibilidade destas fibras e
potencializam a percepção da dor. Os nociceptores apresentam terminações
nervosas
localizadas na pele, em tecidos profundos e nas vísceras.
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Já entendemos que a resposta inflamatória é desencadeada por um estímulo lesivo. Para que
ela ocorra, faz-se
necessária a liberação de mediadores solúveis, também denominados de
eicosanoides.
VIA DA LIPOXIGENASE
VIA DAS ENZIMAS CICLO-OXIGENASES (COX)
VIA DA LIPOXIGENASE
Responsável por dar origem aos leucotrienos, que possuem ação de quimioatração de
leucócitos e aumentam a permeabilidade vascular.
COX-1
COX-2
COX-1
Expressa na maioria das células e dos tecidos, é caracterizada como constitutiva, ou seja, a
sua expressão não é
induzida pela resposta inflamatória. A COX-1 é muito importante, pois as
prostaglandinas produzidas por ela
contribuem com diversas funções fisiológicas, como a
citoproteção gástrica, autorregulação do fluxo sanguíneo
renal e no início do parto. Por outro
lado, por possuírem importantes contribuições homeostáticas, de
“manutenção”, a inibição de
COX-1 geralmente está associada a inúmeros efeitos deletérios ao organismo, como
lesões às
mucosas gastrointestinais, náuseas, vômitos, distúrbio da função renal, alterações
hemodinâmicas e
distúrbios da função uterina.
COX-2
São induzidas pelo processo inflamatório, por meio das citocinas pró-inflamatórias, pelo
estresse de
cisalhamento e pelos promotores de tumor. Logo, as prostaglandinas produzidas
pela COX-2 têm sua expressão
aumentada em decorrência do processo inflamatório.
Neste contexto, os fármacos anti-inflamatórios são importantes para frear este processo
crônico. Portanto,
após definirmos os principais protagonistas do processo inflamatório, é
possível entender como e por que
utilizamos os medicamentos anti-inflamatórios, que podem
ser classificados em esteroidais e não esteroidais.
ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS
(AINE)
Inicialmente, começaremos a discutir sobre os anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs), que
são importantes
medicamentos devido à grande utilização clínica e aos seus efeitos
analgésicos, antitérmicos e
anti-inflamatórios. Atualmente, existem mais de 50 AINEs
diferentes disponíveis no mercado mundial, que
compartilham do mesmo mecanismo de ação.
anitram/Shutterstock
ATENÇÃO
É importante salientarmos que a maioria dos AINEs inibe de forma não seletiva a
COX-1 e a
COX-2. Este conceito é importante, pois os AINEs que inibem preferencialmente a COX-2
apresentam
maior potencial anti-inflamatório do que a inibição da COX-1, enquanto os
principais efeitos indesejáveis
estão relacionados à inibição da COX-1. Quando os AINEs não
seletivos são utilizados em doenças
articulares, em altas doses e de uso contínuo, há aumento
destes efeitos adversos – sobretudo os que afetam
o trato gastrointestinal.
De acordo com esses conceitos, para facilitar o entendimento, começaremos agora a estudar
as principais
propriedades farmacológicas dos AINEs. Eles possuem diversas particularidades
que abordaremos ao longo deste
módulo, como a estrutura química, seletividade para as
isoformas da COX, as indicações clínicas,
os efeitos colaterais e as contraindicações.
De forma geral, a maioria dos AINEs é bem absorvida por via oral, com boa disponibilidade.
Ligam-se
extensamente às proteínas plasmáticas e distribuem-se amplamente por todo o
corpo, inclusive nas
articulações, proporcionando maior efeito local anti-inflamatório. Sofrem
biotransformação hepática e possuem
excreção renal. Por este motivo, muitas vezes, são
contraindicados em pacientes que possuem insuficiência
hepática e renal. A maioria dos
fármacos são biotransformados por enzimas do complexo do citocromo P450, e,
portanto, é
importante orientar o paciente no sentido de evitar a automedicação durante a terapia com os
AINEs, devido à possiblidade de interações medicamentosas.
PRINCIPAIS PROPRIEDADES
FARMACOLÓGICAS DOS AINES
O AAS foi o primeiro AINE sintetizado, derivado dos salicilatos, e é um dos AINEs mais
consumidos em todo o
mundo. Seu mecanismo de ação é uma exceção dentro dos AINEs,
pois atua como inibidor irreversível da COX-1,
além de inibir de forma reversível a COX-2.
O AAS é administrado por via oral, absorvido rapidamente e sofre rápida hidrólise, produzindo
salicilato.
Apresenta um tempo de meia-vida (T1/2) de 15 minutos, mas um tempo de ação
sebra/Shutterstock
As principais indicações clínicas de baixa dose do AAS são voltadas ao seu efeito
antiagregante para pacientes
com risco de infarto agudo do miocárdio (IAM), acidente vascular
encefálico (AVE), cardiopatas, angina
instável e trombose. Além disso, possui indicação
antipirética e analgésica no tratamento de dores leves a
moderadas (cefaleia, dismenorreia,
mialgias, artralgias, pós-parto, cirurgias odontológicas e procedimentos
ortopédicos).
Entretanto, mesmo com a utilização destes fármacos em doses baixas, pode estar associada à
irritação na mucosa
gástrica e até mesmo ao sangramento. Por isso, o AAS é contraindicado
em pacientes com úlcera péptica,
gastrite ou com sangramento gastrointestinal. Os pacientes
também podem desenvolver hemorragias devido aos
seus efeitos antiplaquetários. Desta
forma, o AAS também é contraindicado para pacientes que já utilizam
outra terapia
anticoagulante ou que possuem alterações na coagulação.
plaquetária,
considerando que o paciente já se encontra em um quadro de trombocitopenia
(dengue), o risco deste
paciente apresentar quadro hemorrágico pode aumentar
consideravelmente.
TROMBOCITOPENIA
EFEITOS ADVERSOS
Alguns indivíduos podem apresentar efeitos pulmonares, como o broncoespasmo, efeito
relacionado ao aumento da
síntese dos leucotrienos (promovem a broncoconstrição). O uso do
AAS também pode promover alterações renais e
hepáticas por onde são metabolizados e
eliminados. Outro efeito adverso raro, mas grave, é denominado
síndrome de Reye, em que
foi encontrada uma associação entre o uso de AAS em indivíduos diagnosticados com
Influenza e o aumento do risco de encefalite associado ao quadro de degeneração gordurosa
hepática. Este
mecanismo ainda permanece desconhecido.
AdresiaStock/Shutterstock
TROMBOCITOPENIA
Fonte:fonte.com.br
ATENÇÃO
DICLOFENACO
Embora seja classificado como inibidor não seletivo, o diclofenaco apresenta maior seletividade
à COX-2 em
relação à COX-1. Dessa forma, apresenta uma potente ação anti-inflamatória,
associada aos efeitos
antipiréticos e analgésicos.
Pode ser administrado pela via oral, retal, solução oftálmica ou em adesivo tópico. É
rapidamente absorvido
após administrado oralmente e encontra-se 99% ligado a proteínas
plasmáticas. Possui T1/2 curto de
aproximadamente 1-2 horas. Sofre intenso efeito de primeira
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Embora possua um T1/2 plasmática curto, ele se acumula no líquido sinovial, aumentando seu
efeito terapêutico.
Por isso, muitas vezes, são indicados para o tratamento em longo prazo da
artrite reumatoide, osteoartrite e
a espondilite anquilosante. Em decorrência de seus efeitos
analgésicos, são indicados para a dismenorreia
primária e enxaqueca.
EFEITOS ADVERSOS
Da mesma forma que a maioria dos AINEs, os principais efeitos adversos do diclofenaco são
relacionados ao
trato gastrointestinal (TGI), como sangramentos e ulcerações, além da
hepatotoxicidade, com o aumento das
transaminases. Para diminuir estes efeitos, atualmente
tem-se realizado a sua associação com o misoprostol
(derivado sintético da prostaglandina
PGE1) para proteção do TGI. O misoprostol reduz a secreção de ácido
gástrico e estimula a
AdresiaStock/Shutterstock
INDOMETACINA
EFEITOS ADVERSOS
Os efeitos colaterais mais comuns da indometacina também estão relacionados ao TGI, como
pancreatite, dor
epigástrica, anorexia, dispepsia, náusea, úlcera péptica, sangramento
gastrointestinal, e estão relacionados
aos pacientes que utilizam este fármaco (de 35 a 50%).
Outros efeitos colaterais são decorrentes ao efeito do
fármaco no SNC, como cefaleia,
tonturas, confusão mental. Por isso, não são indicados para idosos, pacientes
com epilepsia,
transtornos psiquiátricos ou doença de Parkinson. Outros efeitos colaterais mais raros também
podem ocorrer, como a neutropenia, trombocitopenia, anemia aplástica, erupções cutâneas,
prurido, urticária e
crises agudas de asma. Devem ser utilizados somente depois que outros
anti-inflamatórios menos tóxicos forem
ineficazes.
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IBUPROFENO
T1/2 mais
longo, entre 9 e 25 horas). Após a sua absorção, o ibuprofeno é distribuído
Estes fármacos possuem indicação clínica para o tratamento da artrite reumatoide, artrite
juvenil,
osteoartrite, tendinite, dor de dente e dismenorreia primária.
EFEITOS ADVERSOS
Os principais efeitos adversos estão relacionados ao TGI, mas também podem apresentar
trombocitopenia,
agranulocitose, erupções cutâneas, cefaleia, tonturas e prolongamento do
tempo de sangramento. São
contraindicados em pacientes com hipersensibilidade cruzada,
doenças gastrointestinais e insuficiência
hepática e renal.
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O ácido mefenâmico e meclofenamato são derivados dos fenamatos. Eles são inibidores não
seletivos da COX, com
eficácia semelhante ao AAS. São indicados para o tratamento de curta
duração da dor em tecidos moles, além
dos casos de artrite reumatoide, osteoartrite e
dismenorreia.
EFEITOS ADVERSOS
Os efeitos adversos mais frequentes são a elevação das transaminases hepáticas e as
alterações no TGI
(diarreia e desconforto gástrico). A anemia hemolítica autoimune pode
acontecer, mas não é frequente. São
contraindicados para crianças, grávidas e pacientes com
patologias no TGI e renal.
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ACETAMINOFENO OU PARACETAMOL
O acetaminofeno também atua como inibidor não seletivo da COX, embora possua maior
afinidade pela COX presente
no SNC. Desta forma, é capaz de promover os efeitos
analgésicos e antipiréticos, mas não é capaz de se ligar
às COX periféricas e promover os
efeitos anti-inflamatórios. Assim, o acetaminofeno é classificado dentro dos
AINEs, mas não
possui ação anti-inflamatória.
É rapidamente absorvido por via oral, mas, em comparação aos outros AINEs, possui ligação
fraca às proteínas
plasmáticas (20-50%). É indicado para o alívio da febre e dor de intensidade
leve a moderada (dores
dentárias, mialgia e cefaleias). É menos eficiente nas dores
inflamatórias e viscerais.
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EFEITOS ADVERSOS
Não possui efeitos adversos intensos em doses terapêuticas. Entretanto, a sua metabolização
em altas doses
está relacionada com a geração de um metabólito tóxico (NAPQI), que
necessariamente deve ser conjugado e
excretado no rim. Caso contrário, pode culminar em
quadros de hepatotoxicidade e necrose hepática. É
contraindicado em pacientes com
insuficiência hepática e renal. O paracetamol é um dos principais causadores
de intoxicação
medicamentosa, principalmente em crianças. Entretanto, em casos de intoxicação, podemos
utilizar a N-Acetilcisteína e a vitamina K para diminuir a absorção e reverter o risco de
sangramento destes
pacientes.
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DIPIRONA
Derivada dos pirazolônicos, possui efeito analgésico e antipirético, mas sem efeito anti-
inflamatório nas
doses usuais pela mesma diferença de afinidade pela COX descrita para o
paracetamol. Possuem inúmeras formas
de administração, dentre elas, comprimido, supositório
e injetável. É metabolizada no fígado e excretada no
rim. Dentre as inúmeras indicações, é
recomendada para o tratamento da febre, enxaqueca e dismenorreia.
EFEITOS ADVERSOS
Os principais efeitos adversos também são relacionados ao TGI, mas apresentam uma reação
adversa muito rara,
porém muito grave, que promove a depressão da medula óssea,
acompanhada de agranulocitose, púrpura,
trombocitopenia, anemia aplástica; por isso, a sua
utilização é abolida em diversos países. Assim, não são
indicadas aos indivíduos com
alterações no TGI e com discrasias sanguíneas.
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PIROXICAM
Derivado dos oxicam, compartilha características com o meloxicam. É potente inibidor não
seletivo da COX em
comparação aos outros AINEs. Embora o meloxicam iniba
preferencialmente a COX-2 em comparação a COX-1, não é
considerado inibidor seletivo. Em
altas concentrações, o piroxicam também inibe a ativação de neutrófilos
independentemente de
COX, diminui a produção de radicais de oxigênio, inibe a função dos linfócitos e a
colagenase
na cartilagem, característica de quadros de artrite.
Esse medicamento é absorvido por via oral, metabolizado no fígado e eliminado no rim. Por
apresentar um T1/2
mais longo e demorar alguns dias para alcançar o estado de equilíbrio
EFEITOS ADVERSOS
Aproximadamente 20% dos pacientes apresentam efeitos adversos, como alterações no TGI,
cefaleia, zumbidos,
edema, prurido, erupções cutâneas, aumento das transaminases, anemias,
dentre outros. O piroxicam é
contraindicado para lactantes.
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NIMESULIDA
A nimesulida é um importante inibidor não seletivo, mas preferencial da COX-2, e, desse modo,
apresenta
potente efeito anti-inflamatório, associado aos efeitos analgésicos e antipirético.
Possui um T1/2 de
aproximadamente 6 horas, é metabolizada no fígado e excretada
A seletividade dos coxibes proporcionou uma redução dos casos de sangramentos gástricos.
No entanto,
surpreendentemente, surgiram diversas evidências entre o uso dessa classe de
fármacos e o aumento de eventos
cardiovasculares, como IAM e o AVE – complicações
relacionadas à inibição da produção das prostaglandinas
cardioprotetoras derivadas da COX-2
e acúmulo de TxA2 derivados da COX-1 plaquetária.
aproximadamente 11 horas.
É metabolizado no fígado e, em casos de disfunção hepática, este
T1/2 pode aumentar. Podem apresentar
interações medicamentosas, pois sofre
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Estrutura química do celecoxibe.
EFEITOS ADVERSOS
Os principais efeitos adversos da utilização do celecoxibe são os eventos cardiovasculares,
hipertensão,
alterações gastrointestinais e renais. Também foi observado que o uso crônico
deste medicamento reduz a
densidade óssea e retarda a cicatrização e a consolidação óssea.
Ele é contraindicado em pacientes com alto
risco cardiológico.
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ATENÇÃO
ESTUDO DE CASO
Neste vídeo, o Professor Pedro Azevedo apresenta um estudo de caso sobre o uso
de anti-
inflamatórios não esteroidais em distúrbios articulares.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A) Os coxibes são anti-inflamatórios muito seguros, pois não atuam na COX-1, não provocam
lesão na mucosa gástrica nem apresentam risco cardiovascular e vêm substituindo os AINEs
tradicionais.
B) Diclofenaco.
C) Celecoxibe.
D) Piroxicam.
GABARITO
Os coxibes inibem a síntese das prostaglandinas pela COX-2 de forma seletiva, produzindo
potente efeito anti-inflamatório. Entretanto, embora haja a redução dos casos de sangramentos
gástricos e o papel da COX-1 seja mantido, foi observado o aumento de eventos
cardiovasculares, como infarto agudo do miocárdio e o acidente vascular encefálico devido à
redução das prostaglandinas cardioprotetoras derivadas da COX-2.
2. Paciente sexo feminino, 42 anos, relata dor e edema em suas articulações há quatro
meses. Após todos os exames clínicos, recebe de seu médico um diagnóstico
conclusivo de artrite reumatoide. O especialista prescreverá um fármaco anti-
inflamatório. Dentre os medicamentos a seguir, assinale a alternativa que não
compreende uma opção terapêutica para a paciente.
MÓDULO 2
GLICOCORTICOIDES
Os glicocorticoides possuem potente efeito anti-inflamatório, mas também
imunossupressor. Diferentemente dos
AINEs, são hormônios esteroides produzidos no córtex
da medula suprarrenal, e seus análogos sintéticos estão
entre os fármacos prescritos com
maior frequência. A utilização dos glicocorticoides contém importantes
implicações para
diversas condições clínicas, como:
Eva Almqvist/shutterstock
ARTRITE REUMATOIDE
Africa Studio/shutterstock
TRÂNSPLANTE DE ÓRGÃOS
gpointstudio/shutterstock
ASMA
PRIMEIRA ETAPA
A primeira etapa de regulação deste eixo é a dispensa do hormônio de liberação da
corticotropina (CRH) pelo
hipotálamo devido aos fatores estimulantes citados anteriormente.
SEGUNDA ETAPA
A liberação do CRH culmina na produção do hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) pela
adeno-hipófise.
TERCEIRA ETAPA
Por fim, o ACTH atua nas células da zona fasciculada do córtex da suprarrenal e induz a
produção de cortisol,
que é liberado de forma pulsátil para a corrente sanguínea. A presença
de níveis elevados de cortisol
diminui a síntese e a liberação de CRH e ACTH através de uma
regulação por retroalimentação
negativa.
Como este eixo é regulado pelo ritmo circadiano, a terapia com os glicocorticoides deve
mimetizar o ciclo
fisiológico. Pela manhã, temos um pico do ACTH e, em resposta a este
aumento, ocorre maior liberação
de cortisol. Desta forma, sugere-se fracionar a medicação
em uma dose maior pela manhã e o
restante ao longo do dia.
Conforme já exposto, este eixo HHA é extremamente importante para a produção do cortisol.
Entretanto, por meio
da regulação por retroalimentação negativa, muitas vezes, esse eixo é
suprimido devido à presença constante e
em altas doses de glicocorticoide, comum em
terapias farmacológicas crônicas, e, consequentemente, promove a
supressão da liberação de
CRH e ACTH. Essa supressão do eixo HHA está associada à atrofia do suprarrenal e à
ausência de todas as substâncias produzidas por ela.
EFEITOS ADVERSOS
Muitos pacientes que fazem uso crônico de glicocorticoides apresentam elevação dos níveis
plasmáticos de
glicose (aumento da gliconeogênese), resistência à insulina, que pode resultar
em diabetes melito. Os
pacientes também podem apresentar inibição da absorção de cálcio
mediada pela vitamina D e redução direta da
função dos osteoblastos, mecanismos que
contribuem para a perda óssea.
AdresiaStock/Shutterstock
Rang, 2016.
Síndrome de Cushing. Síndrome provocada
pela exposição excessiva a glicocorticoides.
Os efeitos menos frequentes estão descritos entre parênteses.
Além destes efeitos metabólicos, conforme citado acima, o cortisol também apresenta
múltiplas ações
anti-inflamatórias, que são amplamente implicadas na clínica.
O cortisol promove a redução da expressão de diversas citocinas inflamatórias (IL-1, IL-2, IL-6
e TNF-α),
reduz a produção e ativação de células T (Responsáveis pelos efeitos
imunossupressores.) , a liberação de
histamina, dos mediadores da inflamação, como o
fator
nuclear κB (NF-κB), e suprime a ativação dos leucócitos circulantes. Porém, de forma contrária,
promove
o aumento de IL-10 (citocina anti-inflamatória) e Anexina-1, que é fundamental pela
inibição da fosfolipase
A2.
Zerbor/Shutterstock
Baseado na importância dos efeitos que discutimos até agora, a terapia farmacológica com os
glicocorticoides
está indicada para duas finalidades principais. Os glicocorticoides exógenos
podem ser utilizados em doses
fisiológicas, como terapia de reposição nos casos de
insuficiência suprarrenal (Ex.: doença de Addison). Esta
terapia de reposição deve ser feita
com muita cautela, para não haver super disponibilização do cortisol,
indução à síndrome de
Cushing e supressão do eixo HHA. Além desta indicação clínica, com maior frequência, os
glicocorticoides podem ser administrados em doses farmacológicas para suprimir a inflamação
e as respostas
imunes associadas a certos distúrbios, como a artrite reumatoide.
ATENÇÃO
Whalen, 2016.
Relação entre a duração
da ação, potência anti-inflamatória e atividade retentora de
sal dos glicocorticoides naturais e
sintéticos mais utilizados. As atividades são todas
relativas ao cortisol (hidrocortisona), que
é considerado como 1.
Os glicocorticoides ainda podem ser classificados de acordo com o tempo de ação, que pode
ser curto,
intermediário ou longo. Os agentes de ação curta apresentam T1/2 tecidual de menos
de 12h, enquanto os de
ação longa possuem T1/2 de mais de 48h. Em geral, os glicocorticoides
DOENÇAS PULMONARES
Asma brônquica
PROCESSOS ALÉRGICOS
DOENÇAS HEMATOLÓGICAS
Leucemias, anemias
DOENÇAS GASTROINTESTINAIS
Sepse
DOENÇAS NEUROLÓGICAS
TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS
Artrites e bursites
A terapia crônica com os glicocorticoides deve ser constantemente monitorada por causa da
possibilidade da
supressão do eixo HHA e a não produção fisiológica do cortisol. Assim, a
interrupção abrupta da terapia
crônica com glicocorticoides está associada à redução drástica
do cortisol no organismo, resultando em uma
“crise adrenal aguda”, associada a diversos
efeitos colaterais, como hipotensão, choque, desidratação,
taquicardia, náusea, vômito,
anorexia, fraqueza e confusão mental.
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ATENÇÃO
Para o uso sistêmico agudo (duração inferior a sete dias), qualquer representante pode ser
administrado, pois
não se observam efeitos indesejáveis ou a supressão do eixo HHA. A partir
de sete dias, dependendo da dose
utilizada, já existe a possibilidade da supressão do eixo
HHA. Quando se faz necessário o prolongamento da
terapia com glicocorticoides, a utilização
em dias alternados pode reduzir a supressão do eixo HHA ou o
surgimento dos efeitos
adversos.
EFEITOS ADVERSOS
Como pontuado ao longo deste tópico, os efeitos adversos dos glicocorticoides frequentemente
ocorrem com doses
elevadas ou durante a terapia prolongada. Efeitos que estão associados
principalmente às alterações do
metabolismo. A terapia com os glicocorticoides é
contraindicada em inúmeras situações, como em pacientes com
úlcera péptica, tuberculose,
doença cardíaca, diabetes, osteoporose, glaucoma e durante a gravidez.
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ANTI-HISTAMÍNICOS
Os fármacos denominados anti-histamínicos são antagonistas específicos ao receptor de
histamina (H1) e
divididos em duas categorias:
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PRIMEIRA GERAÇÃO
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SEGUNDA GERAÇÃO
São bem absorvidos pelo trato gastrintestinal após administração oral e alcançam
concentrações plasmáticas
máximas entre duas e três horas. Também podem ser
administrados
topicamente. Sofrem metabolização hepática e
devem ter suas doses ajustadas
para pacientes com insuficiência hepática. Como são inibidores das enzimas
hepáticas do
citocromo P450, os anti-histamínicos também podem afetar o metabolismo de outros fármacos
que
utilizam o mesmo sistema. São eliminados na urina.
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EFEITOS ADVERSOS
Depressão do SNC (sonolência), cardiotoxicidade, visão embaçada, constipação e,
principalmente, boca seca.
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Embora a liberação de histamina seja evidentemente capaz de produzir muitos dos sinais e
sintomas
inflamatórios, os antagonistas da histamina não têm muita utilidade clínica sobre a
resposta inflamatória em
si, pois outros mediadores, como as prostaglandinas, são mais
importantes. Ainda assim, os anti-histamínicos
possuem indicação clínica para tratar condições
como alergia, prurido, náuseas, vômitos, cinetose e insônia.
Preparações tópicas podem ser
utilizadas para picadas de insetos.
Portanto, ainda que os anti-histamínicos possuam inúmeras aplicações clínicas, não existem
indicações da sua
utilização para o tratamento das inflamações osteoarticulares. Entretanto,
atualmente, o receptor H4
constitui um alvo molecular de estudos para o desenvolvimento de
novos fármacos, com o objetivo de bloquear
respostas inflamatórias induzidas pelos mastócitos
e eosinófilos, e, assim, novos fármacos no futuro poderão
ser utilizados no tratamento da artrite
reumatoide e outras patologias.
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FÁRMACOS ANTIRREUMÁTICOS
As alterações articulares são, muitas vezes, causadas por uma reação autoimune, que
envolvem inflamação, além
da proliferação do líquido sinovial e erosão da cartilagem e do
osso. Desta forma, alguns fármacos atuam
regulando estes processos.
Os fármacos mais frequentemente utilizados para reduzir a progressão da doença de base são
denominados
antirreumáticos modificadores da doença (ARMD) e os imunossupressores. Os
AINEs e os glicocorticoides
utilizados para artrite reumatoide possuem efeito mínimo ou
ausente relacionado à progressão da deformidade
articular, mas, se necessário, são
associados aos ARMD para aliviar os sintomas.
METOTREXATO
O metotrexato é antagonista do ácido fólico (inibe a produção de citocinas), possui atividade
citotóxica, imunossupressora e potente efeito antirreumático. Atualmente, tornou-se a base do
tratamento
de pacientes com artrite reumatoide. Foi observado que ele retarda o aparecimento
de novas erosões nas
articulações envolvidas.
SULFASSALAZINA
A sulfassalazina produz remissão na artrite reumatoide ativa. Ela também é usada para doença
inflamatória intestinal crônica. Pode atuar removendo metabólitos tóxicos do oxigênio
produzidos por
neutrófilos, mas o seu mecanismo de ação no tratamento da artrite reumatoide
permanece desconhecido.
Embora seja administrada por via oral, possui reduzida
biodisponibilidade. O início de sua atividade pode
demorar de 1 a 3 meses. Distúrbios
gastrointestinais, mal-estar e cefaleia são os efeitos adversos mais
comuns, mas também
podem ocorrer reações cutâneas, leucopenia e depressão da medula óssea, fazendo-se
necessário a monitorização hematológica durante a terapia. Podem ser utilizados comprimidos
revestidos
gastrorresistentes para reduzir estes efeitos.
PENICILAMINA
Acredita-se que sua ação em modificar a doença reumática está associada à redução da
síntese
da citocina IL-1 e à inibição da síntese do colágeno. No entanto, este mecanismo ainda
não está
estabelecido. Após administrada por via oral, somente 50% da dose é absorvida e
alcança concentrações
plasmáticas máximas em 1-2 horas. É preferencialmente eliminada na
urina. A ocorrência de efeitos adversos
é frequente, muitas vezes determinando a suspensão
do tratamento. Dentre eles, rashes e estomatites são os
mais comuns, mas podem apresentar
anorexia, febre, náuseas, vômitos e proteinúria. O monitoramento
hematológico também é
necessário no início da terapia. São contraindicados em pacientes com leucopenia ou
anemia
falciforme.
HIDROXICLOROQUINA E CLOROQUINA
São fármacos utilizados na prevenção e no tratamento da malária. Eles são indicados para
patologias articulares. No entanto, o mecanismo de ação para esta indicação permanece
desconhecido. Na
artrite reumatoide, são utilizados somente quando outros tratamentos
citados anteriormente tenham falhado.
Os efeitos antirreumáticos são tardios (6 semanas a 6
meses após o início do tratamento), e somente metade
dos pacientes respondem ao
tratamento. Podem apresentar efeitos adversos, como náusea, vômito, tonturas,
turvação da
visão e sintomas de urticária.
Além dos ARMD, são comumente utilizados para as patologias articulares os fármacos
imunossupressores, que, em sua grande maioria, atuam durante a fase de indução da resposta
imunológica.
Eles inibem a produção ou ação da IL-2, que reduz a indução e proliferação de
linfócitos T
(Ciclosporina, Tacrolimo), inibem a expressão de genes de citocinas, a
síntese de
purinas ou pirimidinas (Azatioprina) e a Leflunomida, que
possui efeito inibitório específico
sobre os linfócitos T ativados.
CICLOSPORINA E TACROLIMO
A ciclosporina pode ser administrada por via oral ou intravenosa, apresenta T1/2 plasmático de
AZATIOPRINA E LEFLUNOMIDA
A azatioprina é amplamente utilizada para imunossupressão, particularmente na artrite
reumatoide. O principal efeito indesejável é a depressão da medula óssea, além de náuseas,
vômitos,
erupções cutâneas e a hepatotoxicidade.
A leflunomida promove inibição dos linfócitos. É ativa por via oral e bem absorvida pelo trato
gastrointestinal. Apresenta T1/2 plasmática prolongada, e o metabólito ativo sofre circulação
ATENÇÃO
Geralmente, os ARMD são denominados como fármacos de segunda linha, pois são
indicados
apenas quando outras terapias, como os AINEs, falham. Entretanto, na clínica, a terapia com
os
ARMD é iniciada imediatamente ou até três meses após o diagnóstico, embora os efeitos
clínicos iniciais
sejam mais lentos. O tratamento deve ser ajustado individualmente para cada
paciente, considerando os
efeitos adversos potencialmente graves. A maioria desses fármacos
é contraindicado para gestantes.
Por fim, podemos utilizar nas patologias articulares, como a artrite reumatoide, os moduladores
de citocinas
(adalimumabe, etanercepte, infliximabe) que possuem como
alvo o TNF-α, além
do rituximabe e o abatacepte, que têm como alvo
receptores nos leucócitos, interferindo na
sinalização destas células. TNF-α é uma citocina pró-inflamatória
essencial durante a
patogênese da artrite reumatoide. Quando secretado no líquido sinovial, estimula a
síntese de
colagenase, causando a degradação da cartilagem, além de promover o estímulo da
reabsorção óssea
(que será discutida no módulo 3). Em casos de doença reumática e outros
tipos de artrite, como espondilite
anquilosante e artrite juvenil, estes fármacos podem ser
utilizados em associação ao metotrexato.
Nenhum destes fármacos pode ser administrado por via oral, e, portanto, a administração
geralmente é realizada
subcutânea ou por infusão intravenosa. Dependendo dos fármacos,
podem ser administrados a cada duas semanas
ou mensalmente. A resposta clínica
geralmente é observada duas semanas depois do início do tratamento, mas
alguns pacientes
podem não responder a esta terapia em razão de mecanismos ainda desconhecidos.
EFEITOS ADVERSOS
Os principais efeitos adversos estão relacionados à precipitação de uma doença latente, como
a tuberculose, ou
ao surgimento de infecções oportunistas.
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O medicamento é, então, substituído por celecoxibe, em uma dose de 200mg, duas vezes ao
dia. Com esse esquema,
ocorre resolução dos sintomas articulares e da pirose. Dois anos
depois, o paciente retorna com aumento dos
sintomas articulares. Nesse momento, as mãos,
os punhos, os cotovelos, os pés e os joelhos estão acometidos e
inchados, quentes e
dolorosos à palpação.
RESOLUÇÃO
Esse paciente teve bom controle dos sintomas durante um ano. Todavia, no momento, está
com exacerbação
prolongada, indicando, provavelmente, agravamento da doença (e não
apenas exacerbação temporária). Além dos
achados físicos e da determinação dos
reagentes de fase aguda, como velocidade de hemossedimentação ou
proteína C reativa,
seria aconselhável obter radiografias das mãos e dos pés para documentar a possível
ocorrência de lesão articular. Pressupondo o achado dessa lesão, a conduta apropriada deve
consistir em
associação de FARMD não biológicos (p. ex., metotrexato, sulfassalazina e
hidroxicloroquina) ou a adição de
um medicamento biológico, habitualmente um inibidor do
TNF. O acompanhamento deve ser feito entre 1 e 3
meses para avaliar a resposta e a
toxicidade. Os efeitos colaterais que exigem cautela consistem em risco
aumentado de
infecção, possível aparecimento de linfoma e, raramente, anormalidades hematológicas ou
das
provas de função hepática. É importante ressaltar a necessidade de acompanhamento
rigoroso, incluindo
mudança das medicações a cada 3 a 6 meses, até a obtenção do controle
total da doença.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. OS GLICOCORTICOIDES SÃO POTENTES AGENTES ANTI-
INFLAMATÓRIOS, MAS, EMBORA SEJAM ALTAMENTE EFICAZES, O
PERFIL DE EFEITOS ADVERSOS LIMITA A SUA UTILIZAÇÃO, EM GERAL,
PARA PERÍODOS CURTOS. O USO CRÔNICO DE GLICOCORTICOIDES
PODE ESTIMULAR DIFERENTES EFEITOS METABÓLICOS, EXCETO:
A) Osteoporose.
B) Hipoglicemia.
C) Redistribuição de gordura.
D) Atrofia muscular.
GABARITO
O uso crônico de glicocorticoides está associado a altos níveis séricos de glicose (aumento da
gliconeogênese), inibição da absorção de cálcio e redução da atividade osteoblática (pode
resultar em osteoporose), indução da lipólise com redistribuição da gordura e degradação de
proteínas, que pode culminar em atrofia muscular.
2. O paciente queixa-se de dor intensa no ombro, resultante de uma torção. Seu ombro
encontra-se edemaciado, quente e vermelho. O paciente já faz terapia com naproxeno
(AINEs), mas não está respondendo ao tratamento. Você opta por começar uma terapia
com dexametasona oral. Qual é a base que justifica maior eficácia do glicocorticoide
como um agente anti-inflamatório?
MÓDULO 3
Golan, 2018.
Remodelamento ósseo.
Os osteoblastos, então, começam a sintetizar e secretar o osteoide, além dos fatores IGF-1 e o
TGF-β. Enquanto
o osteoide é secretado, há a liberação da fosfatase alcalina, que hidrolisa
ésteres de fosfato, incluindo o
pirofosfato, o qual aumenta a concentração local de fosfato
inorgânico. De forma conjunta, essas ações
promovem a cristalização de sais de fosfato de
cálcio e a mineralização da matriz óssea, essenciais para a
resistência do osso. Ao mesmo
tempo em que os osteoblastos continuam a depositar matriz óssea, alguns acabam
envoltos e
“presos” por ela e passam a ser chamados de osteócitos. Os osteócitos possuem papel
importante no
equilíbrio do remodelamento, secretando esclerostina, que reduz a formação
óssea.
Brunton, 2019.
Formação de osteoclastos.
DG-Studio/Shutterstock
Ela é dependente da vitamina D no intestino e do PTH nos rins. O cálcio também pode ser
reabsorvido pelo osso
através da ação da vitamina D. Abordaremos com mais detalhes como
ocorrem essas e outras regulações ao longo
deste módulo.
Antes de entendermos como ela induz seus efeitos, precisamos identificar as suas principais
propriedades.
Triff/shutterstock
ERGOCALCIFEROL OU VITAMINA D2
Triff/shutterstock
COLECALCIFEROL OU VITAMINA D3
VOCÊ SABIA
StudioMolekuul/Shutterstock
Estrutura química do calcitriol.
A partir de agora, começaremos a integrar os mecanismos de ação dos hormônios já descritos,
como o calcitriol,
com os outros reguladores do metabolismo ósseo.
ATENÇÃO
Outro importante hormônio para a homeostasia do cálcio é a calcitonina, cujas ações são
opostas ao PTH. Ela é
produzida e liberada pela glândula tireoide. Sua principal ação é sobre o
osso. Ela se liga a um receptor
específico nos osteoclastos, inibindo-os e reduzindo a
reabsorção óssea e os níveis plasmáticos de cálcio
(efeito hipocalcêmico). Nos rins, ela reduz
a reabsorção de cálcio e do fosfato. Sua secreção é determinada
principalmente pela
concentração de cálcio no plasma. Observa-se aumento de calcitonina durante a fase de
crescimento, na gravidez e na lactação, quando os níveis de cálcio estão aumentados. Embora
a calcitonina
endógena tenha menos importância, a calcitonina exógena mostra-se útil no
tratamento de emergência de certas
formas de hipercalcemia, conforme discutiremos adiante
neste mesmo módulo.
web/Yduqs
web/Yduqs
À medida em que ocorre redução das concetrações séricas de cálcio, a elevação de PTH e
diminuição de calcitonina.
O fator de crescimento do fibroblasto 23 (FGF23) que citamos neste módulo é expresso em
muitas células,
inclusive nos osteócitos e nos osteoblastos. O FGF23 é secretado pelo osso em
resposta a um aumento sérico
de fosfato. Neste sentido, este fator possui importante papel na
redução da concentração plasmática de
fosfato, através da diminuição de sua reabsorção nos
rins. Ele também é capaz de inibir a produção de
calcitriol e de PTH, resultando em baixos
níveis circulantes de cálcio. Sua interação com o calcitriol e o
PTH está ilustrada na figura
Regulação dos minerais cálcio e fosfato através do paratormônio (PTH),
calcitriol
(vitamina D) e FGF23.
ATENÇÃO
DOENÇAS ÓSSEAS
Considerando essa complexa regulação do metabolismo ósseo que discutimos anteriormente,
qualquer desbalanço ou
alteração pode ser responsável por promover distúrbios nos ossos,
necessitando, assim, de terapias
farmacológicas específicas.
OSTEOPOROSE
Dentre esses distúrbios, a osteoporose é o mais comum, caracterizada pela diminuição da
massa
óssea e do conteúdo mineral com perda da arquitetura interna do osso, de modo que a
reabsorção exceda a
formação óssea. Na osteoporose, os ossos tornam-se frágeis, e os
pacientes têm maior risco de fraturas
após mínimos traumas.
OSTEOMALÁCIA E RAQUITISMO
Outras doenças ósseas que necessitam de terapia farmacológica incluem a osteomalacia e o
raquitismo (forma juvenil da osteomalacia), atribuídos à deficiência de vitamina D,
mineralização
insuficiente da matriz óssea, que resulta no amolecimento dos ossos.
DOENÇA DE PAGET
A doença de Paget apresenta distorção dos processos de reabsorção e remodelamento ósseo,
que
resulta na formação de um osso desorganizado, aumentado ou deformado, mas diferente
da osteoporose,
limita-se a um ou poucos ossos.
OUTRAS CONDIÇÕES METABÓLICAS QUE CAUSAM
ALTERAÇÕES ÓSSEAS
Na doença renal crônica, o comprometimento da função renal promove inúmeros efeitos, como
a
redução da síntese de calcitriol e redução da concentração de cálcio, excreção diminuída de
fosfato,
indução da secreção de PTH (comum no hiperparatireoidismo) e a indução da
reabsorção óssea. Outras
alterações que podem culminar na hipercalcemia também são
prejudiciais; são frequentes em pacientes com
neoplasia maligna sistêmica ou metástases
ósseas. O hipoparatireoidismo também constitui uma patologia
frequentemente encontrada
após a retirada cirúrgica da tireoide.
Neste contexto, fármacos que possam ser utilizados na prevenção e no tratamento dessas
alterações são
extremamente importantes, pois, em muitos casos, estes pacientes, a longo
prazo, podem sentir dor óssea e
ter ossos deformados ou fraturados. A partir de agora,
discutiremos as propriedades farmacológicas dos
fármacos disponíveis para o tratamento das
principais doenças ósseas apresentadas.
FÁRMACOS ANTIRREABSORTIVOS
São fármacos que reduzem a perda óssea, como bisfosfonatos, calcitonina, moduladores
seletivos
do receptor de estrógeno (SERMs), antagonistas do RANKL.
FÁRMACO ANABÓLICO
É o fármaco que aumenta a formação óssea: teripatida.
Para pacientes que já apresentam elevada perda de massa óssea ou já sofreram fraturas por
fragilidade osteoporótica, os agentes antirreabsortivos não constituem a terapia ideal. Essa
situação
levou ao desenvolvimento de agentes anabólicos ósseos, ou seja, fármacos que
realmente aumentam a massa
óssea e a resistência do osso, e não apenas impedem a sua
perda. Entretanto, como os processos de
reabsorção e formação óssea são estreitamente
integrados, a redução em um deles geralmente leva à redução
do outro por meio de
mecanismos ainda desconhecidos.
BISFOSFONATOS
Whalen, 2016.
Aumento da densidade mineral
óssea observada durante o tratamento com o
alendronato.
sebra/Panimoni/Lolostock/Shutterstock
ALENDRONATO
O alendronato por via oral é o bisfosfonato de escolha para a profilaxia e o tratamento da
osteoporose, administrado diariamente ou semanalmente, associados ao cálcio e à vitamina D.
RISEDRONATO
É uma alternativa para a prevenção e o tratamento da osteoporose pós-menopausa.
ÁCIDO ZOLEDRÔNICO
Também é uma opção terapêutica para tratar a osteoporose; pode ser administrado
anualmente por
infusão intravenosa, mas possui elevado custo.
PAMIDRONATO
Pode ser utilizado por infusão intravenosa na doença de Paget e na hipercalcemia associada a
neoplasias malignas.
EFEITOS ADVERSOS
Os principais efeitos adversos incluem alterações gastrointestinais, úlcera péptica e esofagite
local e, por
esse motivo, os pacientes são aconselhados a degluti-los com pelo menos 250ml
de água e a permanecer na
posição ortostática (em pé) durante os primeiros 60 minutos após a
administração. São contraindicados para
pacientes com esvaziamento esofágico tardio ou com
alterações no trato gastrointestinal. Ocasionalmente, pode
ocorrer dor nos ossos e diarreia.
Embora ocorra raramente, a administração intravenosa de zoledronato pode
causar
osteonecrose na mandíbula, insuficiência renal aguda ou hepatite.
AdresiaStock/Shutterstock
CALCITONINA
Nós já vimos que a calcitonina inibe a ação dos osteoclastos e, consequentemente, reduz a
reabsorção óssea,
produzindo efeitos hipocalcêmico e hipofosfatêmico.
A principal preparação disponível para uso clínico é a calcitonina sintética de salmão, que
apresenta uma T1/2 mais longa e maior afinidade pelo receptor de calcitonina humano. Ela é
capaz de reduzir a
reabsorção óssea, mas é menos eficaz do que os bisfosfonatos. A
administração do medicamente varia de acordo
com o tratamento.
INTRANASAL
Para a osteoporose pós-menopausa.
Apresenta T1/2 plasmático de 4-12 minutos, mas sua ação se mantém por várias horas. O
processo de depuração
ocorre principalmente nos rins.
TAQUIFILAXIA
EFEITOS ADVERSOS
Os principais efeitos adversos incluem náusea e vômito. Podem ocorrer rubor facial, sensação
de formigamento
nas mãos e gosto desagradável na boca. Efeitos adversos da administração
nasal incluem rinite e outros
sintomas nasais. Uma importante desvantagem da administração
prolongada de calcitonina é a taquifilaxia, que pode resultar na
dessensibilização do receptor.
Seu uso pode aumentar o risco de malignidades; desta forma, deve ser reservado
somente aos
pacientes que forem intolerantes a outras terapias mais seguras.
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Golan, 2018.
Estrutura química do 17β-estradiol e do raloxifeno.
EFEITOS ADVERSOS
Os efeitos colaterais incluem ondas de calor, câimbras nas pernas e edema periférico. De
forma semelhante ao
estrógeno, o raloxifeno aumenta o risco de tromboembolismo e, assim, é
contraindicado para adultos com
histórico de tromboembolismo. Além disso, diminui
ligeiramente os níveis de colesterol das lipoproteínas de
baixa densidade (LDL), porém não
aumenta nem reduz a incidência de doença cardíaca em mulheres na
pós-menopausa.
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ANTAGONISTAS DO RANKL
O denosumabe é administrado por injeção subcutânea a cada seis meses e possui indicação
clínica para a redução
de fraturas em mulheres com osteoporose pós-menopausa e reabsorção
óssea excessiva. Ele reduz fraturas
vertebrais em homens com hipogonadismo consequente
do tratamento para câncer de próstata e diminui a
reabsorção óssea em pacientes com artrite
reumatoide.
EFEITOS ADVERSOS
Sua utilização foi associada ao aumento do risco de infecções, reações dermatológicas,
hipocalcemia,
osteonecrose da mandíbula e fraturas atípicas. Por isso, só é indicada para
pacientes que não toleram ou não
respondem a outros tratamentos.
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RANELATO DE ESTRÔNCIO
Analisaremos agora o principal fármaco com efeito anabólico, que promove o aumento da
formação óssea.
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Estrutura química do ranelato de estrôncio.
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TERIPARATIDA
Como já abordado neste módulo, concentrações plasmáticas constantemente elevadas de PTH
(hiperparatireoidismo)
induzem a desmineralização óssea e a osteopenia. Por outro lado, a
exposição intermitente (baixas doses) das
células ósseas ao PTH promove o aumento da
formação óssea, efeito que é induzido pelos derivados do PTH.
EFEITOS ADVERSOS
Possui boa tolerância e reduzidos efeitos adversos graves. Dentre os mais comuns, estão
náusea, vertigem,
cefaleia, artralgia, hipercalcemia, hipotensão e câimbras nas pernas. Devido
a uma possível associação entre
o uso da teriparatida e o desenvolvimento de osteossarcoma,
o seu uso deve ser limitado a, no máximo, dois
anos de tratamento. Orienta-se administrar
bisfosfonatos ao final da terapia para prevenir a perda óssea
devido à retirada da teriparatida.
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Até este momento, descrevemos os fármacos antirreabsortivos e anabólicos, entretanto
existem outras terapias
voltadas principalmente para a homeostasia dos minerais ósseos.
Porém, muitas vezes, de forma indireta, estes
fármacos também atuam sobre o
remodelamento ósseo. Iniciaremos agora a descrição dos principais exemplos
desta classe.
PREPARAÇÕES DE VITAMINA D
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EFEITOS ADVERSOS
Como a vitamina D aumenta tanto o cálcio quanto o fosfato do plasma, é preciso monitorar
cuidadosamente os
níveis plasmáticos desses minerais durante o tratamento. Portanto, a
ingestão excessiva de vitamina D pode
desenvolver hipercalemia e, se ela persistir, os sais de
cálcio podem ser depositados nos rins, promovendo
calculose renal e insuficiência renal. O
paricalcitol, análogo da vitamina D, possui menor
potencial para causar hipercalcemia.
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SAIS DE CÁLCIO
Não podemos esquecer que, além de inúmeras funções fisiológicas reguladas pelo cálcio, eles
são essenciais
durante a mineralização da matriz óssea. Neste sentido, umas das principais
indicações clínicas dos sais de
cálcio inclui a reposição oral de cálcio durante a deficiência na
dieta (estado de hipocalcemia), incluindo o
uso do gluconato de cálcio e do lactato de cálcio.
Além disso, podem ser
utilizados em associação com os bisfosfonatos, a vitamina D ou
calcitonina para prevenção e tratamento da
osteoporose, hipoparatireoidismo, raquitismo
dependente de vitamina D ou má absorção. O gluconato de cálcio
também pode ser utilizado
em injeção intravenosa no tratamento de emergência da hipocalemia.
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Frequentemente, é prescrito o carbonato de cálcio, que deve ser administrado oralmente com
as refeições para
facilitar a sua dissolução e absorção. Também é indicado para os sintomas
hipocalcêmico mais leves em
combinação com a vitamina D. Além disso, por se ligar ao fosfato
da dieta no intestino e controlar os seus
níveis plasmáticos, ele também é utilizado para tratar
hiperfosfatemia.
EFEITOS ADVERSOS
Dentre os principais efeitos colaterais, encontram-se as alterações gastrointestinais, mas, de
forma geral, são bem tolerados.
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COMPOSTOS CALCIMIMÉTICOS
Estes compostos simulam o efeito de estímulo do cálcio sobre o receptor de cálcio presente
nas glândulas
paratireoides, responsáveis por regular a secreção de PTH. Ou seja, seu efeito é
diminuir a secreção do PTH e
reduzir a concentração de cálcio sérico.
Os efeitos máximos sobre o nível sérico de PTH são observados de 2 a 4 horas após a
administração oral.
Apresenta intensa metabolização hepática pelas enzimas do citocromo
P450 (atenção para as interações
medicamentosas), e seus metabólitos são eliminados na
urina. Possui um T1/2 de eliminação de 30 a
40 horas.
VOCÊ SABIA
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FOSFATO INORGÂNICO
O fosfato inorgânico é administrado como terapia para a hipofosfatemia causada por perda
renal de fosfato, má
absorção intestinal, remodelamento ósseo rápido, sepse e outros
distúrbios. As preparações de uso comum
consistem em fosfato de potássio e fosfato de
sódio. Se a hipofosfatemia for grave, pode-se administrar o
fosfato por via intravenosa, com
monitoramento do nível sanguíneo de cálcio.
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EFEITOS ADVERSOS
A superdosagem de fosfato oral provoca diarreia, enquanto a superdosagem do fosfato
intravenoso pode causar hipocalcemia.
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SEVELAMER
Este fármaco é uma resina trocadora de íons catiônicos não absorvível e liga-se ao fosfato
intestinal,
diminuindo, assim, a absorção do fosfato dietético. Liga-se também aos ácidos
biliares, levando à interrupção
da circulação entero-hepática e redução da absorção de
colesterol. Sua principal utilização clínica é para o
tratamento da hiperfosfatemia em pacientes
com doença renal crônica submetidos a hemodiálise. Ele é capaz de
diminuir a incidência de
episódios de hipercalcemia, que pode resultar em calcificação. Não possui efeito
consistente e
clinicamente significativo sobre o PTH.
EFEITOS ADVERSOS
As principais reações adversas encontradas são vômito, náusea, dispepsia, diarreia e acidose
metabólica.
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ESTUDO DE CASO
Neste vídeo, o Professor Pedro Azevedo apresenta um estudo de caso sobre o
diagnóstico de
osteoporose pós-menopausa.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A) Teriparatida.
B) Calcitonina.
C) Denosumabe.
D) Alendronato.
GABARITO
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao fim deste material, podemos afirmar que identificamos as principais propriedades
farmacológicas das
terapias atualmente utilizadas para as alterações nas articulações e no
metabolismo ósseo, dentre elas a
artrite reumatoide e a osteoporose. Abordamos os principais
mecanismos de ação, as características
farmacocinéticas, os eventos adversos e outras
peculiaridades. No entanto, não podemos esquecer que novos
estudos e novas pesquisas são
realizados continuamente. O conhecimento é diariamente renovado e acrescido.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
BARRETT, K. E. Fisiologia médica de Ganong. 24. ed. Porto Alegre: AMGH, 2014.
BRASILEIRO FILHO, G. Bogliolo |Patologia Geral. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2019.
KATZUNG, B. G.; TREVOR, A. J. Farmacologia básica e clínica. 13. ed. Porto Alegre:
AMGH, 2017.
RANG, H. P. et al. Rang & Dale Farmacologia. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016.
WHALEN, K.; FINKEL, R.; PANAVELIL, T. A. Farmacologia ilustrada. 6. ed. Porto Alegre:
Artmed, 2016.
CONTEUDISTA
Pedro Leite Azevedo
CURRÍCULO LATTES