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NÃO ESTEROIDAIS E
ESTEROIDAIS
Vanessa Rodrigues – Residente (R3) em Reumatologia PUC - SP 1
INFLAMAÇÃO
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INFLAMAÇÃO
◦ O que é inflamação?
◦ A palavra inflamação é derivada do “estado de se estar inflamado”. Inflamar
significa “colocar fogo” o que implica na cor vermelha, na possibilidade de
aquecimento e na geração de dor.
◦ A resposta inflamatória é um mecanismo benéfico, dinâmico, complexo e
fisiológico pelo qual o organismo se defende contra infecções e tenta reparar
danos teciduais ou perda de função apresentando como objetivo principal a
promoção da resolução de um desequilíbrio da homeostase.
◦ O processo inflamatório agudo pode ser definido como um conjunto de
alterações bioquímicas e celulares que ocorrem em resposta a estímulos
inespecíficos, tais como infecções ou danos teciduais.
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INFLAMAÇÃO
◦ As reações inflamatórias locais são caracterizadas por aumento do fluxo
sanguíneo e da permeabilidade vascular, seguida de dilatação venular e
acúmulo de células do processo inflamatório.
◦ Resultado: rubor (hiperemia), tumor (edema), calor (aumento da temperatura
local) e dor, descrito por Cornelius Celsus, no início da era Cristã.
◦ O quinto sinal da inflamação, que é a perda da função do tecido ou órgão
lesado, associado a reações crônicas foi descrito posteriormente por Virchow
no século XIX.
◦ Os sinais cardinais são sinais clínicos característicos do processo inflamatório
agudo.
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INFLAMAÇÃO
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INFLAMAÇÃO
◦ Os componentes de um processo inflamatório:
◦ Vasculares e celulares, mediadores derivados de células e da ativação
plasmática.
◦ As alterações vasculares iniciam-se imediatamente e se desenvolvem durante
as primeiras horas após o estímulo inflamatório. Consistem em vasodilatação,
aumento do fluxo sanguíneo, aumento da permeabilidade vascular e exsudação
de plasma.
◦ Em condições normais: baixa permeabilidade a macromoléculas. As proteínas
plasmáticas circulam muito lentamente entre sangue e tecidos e retornam ao
sangue através dos vasos linfáticos.
◦ Esta situação muda dramaticamente durante o processo inflamatório. A
microcirculação se torna permeável a macromoléculas e fluídos vindos do
sangue, causando edema tecidual. 6
INFLAMAÇÃO
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INFLAMAÇÃO
◦ Os eventos celulares são marcados pela saída das células circulantes da luz do vaso e a
migração de leucócitos para o sítio inflamatório. Esse fenômeno segue algumas fases,
como captura, rolamento dos leucócitos pelo endotélio, adesão firme e transmigração.
◦ Recrutamento de outras células para o local da inflamação e são capazes de produzir
vários mediadores inflamatórios e/ou nociceptivos, como histamina, serotonina, os
Eicosanoides – como as prostaglandinas (PGs), os leucotrienos (LTs), fator de ativação
plaquetária (PAF), citocinas, quimiocinas, fator de necrose tumoral (TNF-a),
interleucinas (IL) – como a IL--1b e numerosas proteases...
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INFLAMAÇÃO
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GERAÇÃO DO ÁCIDO ARAQUIDÔNICO
Ácido Araquidônico
• O ácido Araquidônico é o precursor comum dos
eicosanoides.
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AINES
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MANEJO DA DOR EM REUMATOLOGIA
◦ Tipos de DOR: OBJETIVOS
◦ Tratar a dor;
◦ MECÂNICA: Dor que piora com o ◦ Controlar a inflamação e
movimento e melhora com o repouso; ◦ Limitar a progressão estrutural da
doença.
Preferir ANALGÉSICOS ESCOLHA DO FÁRMACO
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FARMACOLOGIA ESSENCIAL DOS
AINES
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FARMACOLOGIA ESSENCIAL DOS
AINES
◦ 2 tipos de COX:
◦ 1- Expressa na maioria dos tecidos e está envolvida na citoproteção gástrica,
homeostase vascular, agregação plaquetária e regulação da função renal.
◦ 2- Presente no cérebro, rins, ossos, endotélio e sistema reprodutor feminino,
induzida por fatores de transcrição em estados inflamatórios ou de estresse
tecidual. 18
* Variante da COX – 1, expressa no córtex cerebral e no coração: COX – 3 –
Pode constituir um alvo de ação potencial do Acetaminofeno.
◦ AAS: Seletivo para COX – 1;
◦ iCOX – 2: Preserva a citoproteção gástrica.
◦ RESUMO:
◦ Estímulo lesivo - fosfolipase A2 libera AA.
◦ COX 1/2: Enzima que transforma o AA em mediadores inflamatórios.
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PROSTAGLANDINAS
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PRINCIPAIS CLASSES DE AINES
SALICILATOS
◦ Incluem: AAS e seus derivados:
Derivados do ácido salicílico Dose
AAS (Aspirina® ) 325-650 mg 4-6x/d / antiplaq.: 75-100 mg
Diflunisal 250-500 mg 2-3x/d (1,5 g)
Salsalato 1.500 mg 2x/d (3 g)
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SALICILATOS – MECANISMO DE AÇÃO:
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SALICILATOS - EFEITOS ADVERSOS:
◦ Gastropatia e nefropatia;
◦ Hiper-reatividade das vias aéreas induzida pela
aspirina em indivíduos asmáticos (a denominada asma
sensível à aspirina);
◦ Síndrome de Reye: Caracterizada por encefalopatia
hepática e esteatose hepática em crianças pequenas. A
terapia com aspirina durante o curso de uma infecção
viral febril tem sido implicada como etiologia potencial
da lesão hepática.
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SALICILATOS - INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS:
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SALICILATOS - INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS:
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DERIVADOS DO ÁCIDO PROPIÔNICO
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DERIVADOS DO ÁCIDO PROPIÔNICO - EFEITOS
FARMACOLÓGICOS/INDICAÇÕES
◦ Analgésicos;
◦ Antipiréticos e
◦ Antiinflamatórios.
◦ Artrite reumatoide;
◦ Osteoartrite;
◦ Espondilite anquilosante;
◦ Gota e
◦ Dismenorreia primária.
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DERIVADOS DO ÁCIDO PROPIÔNICO – EFEITOS ADVERSOS
◦ GI;
◦ Trombocitopenia;
◦ Agranulocitose;
◦ Erupções cutâneas;
◦ Cefaleia;
◦ Tonturas e
◦ Prolongamento do tempo de sangramento.
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DERIVADOS DO ÁCIDO PROPIÔNICO –
CONTRAINDICAÇÕES:
◦ Hipersensibilidade cruzada;
◦ Doença gastrointestinal e
◦ Insuficiências hepática e renal.
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DERIVADOS DO ÁCIDO PROPIÔNICO - INTERAÇÕES
MEDICAMENTOSAS
◦ Outros AINES;
◦ IECA;
◦ Álcool;
◦ Pode aumentar o risco de efeitos adversos renais com: Ciclosporina;
◦ Pode aumentar a ação de: antidiabético oral; Digoxina; Lítio;
◦ Pode aumentar o risco de agranulocitose e depressão da medula óssea com:
Metotrexato;
◦ Pode aumentar a intolerância à luz com: medicamento fotossensibilizante;
◦ Pode aumentar o risco de sangramento com: anticoagulante oral, Heparina,
agente trombolítico, Ácido Valpróico;
◦ Pode ter sua ação aumentada por: Probenecida. 32
DERIVADOS DO ÁCIDO FENÂMICO
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DERIVADOS DO ÁCIDO ACÉTICO
◦ Inibem a COX;
◦ Promovem a incorporação do ácido araquidônico não-esterificado em
triglicerídios;
◦ O Diclofenaco é um anti-inflamatório mais potente do que a indometacina e o
Naproxeno. Também diminui as concentrações intracelulares de ácido
araquidônico ao alterar o transporte celular dos ácidos graxos;
◦ O Cetorolaco é primariamente empregado pelas suas propriedades analgésicas
fortes, particularmente para pacientes no pós-operatório.
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DERIVADOS DO ÁCIDO ACÉTICO – INDICAÇÕES
EFEITOS ADVERSOS
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DERIVADOS DO ÁCIDO ACÉTICO – CONTRAINDICAÇÕES
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
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DERIVADOS DO INDOL
EFEITOS FARMACOLÓGICOS
◦ Doenças GI;
◦ Psiquiátricas;
◦ Epilepsia;
◦ Parkinson e
◦ Insuficiência hepática e renal.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
INDICAÇÕES
◦ Analgésico – antipirético.
◦ Utilizado em crianças em infecções virais (incluindo a catapora) pois não
provoca a Síndrome de Reye. Pode ser usado em pacientes com gota.
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DERIVADOS DO PARAMINOFENOL
- EFEITOS FARMACOLÓGICOS
CONTRAINDICAÇÕES
◦ Hipersensibilidade;
◦ Insuficiências hepática.
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DERIVADOS DO PARAMINOFENOL
- EFEITOS COLATERAIS
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DERIVADOS DO PARAMINOFENOL
- INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
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DERIVADOS DA PIRAZOLONA
INDICAÇÕES
◦ *Analgésico e antipirético usado artrite reumatoide (exacerbação aguda);
espondilite anquilosante (episódio agudo); gota (episódio agudo); osteoartrose
(exacerbação aguda).
CONTRAINDICAÇÕES
◦ Hipersensibilidade;
◦ Porfiria hepática aguda intermitente;
◦ Deficiência congênita da glicose-6-fosfato-desidrogenase (G6PD) (risco de
hemólise). 45
DERIVADOS DA PIRAZOLONA – EFEITOS ADVERSOS
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DERIVADOS DO ÁCIDO ENÓLICO – OXICANS
EFEITOS FARMACOLÓGICOS:
◦ Analgésicos;
◦ Antipiréticos e
◦ Antiinflamatórios. 47
DERIVADOS DO ÁCIDO ENÓLICO (OXICANS) – INDICAÇÕES
CONTRAINDICAÇÕES
◦ Doença do TGI;
◦ Alteração na coagulação.
EFEITOS ADVERSOS
◦ Gastrointestinais e aumento das transaminases;
◦ Cefaleia, zumbidos;
◦ Edema, prurido, erupções cutâneas;
◦ Anemias, trombocitopenia, leucopenia e eosinifilia.
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DERIVADOS DO ÁCIDO ENÓLICO (OXICANS) – INTERAÇÕES
MEDICAMENTOSAS
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INIBIDORES DA COX -
2
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INIBIDORES DA COX - 2
DERIVADOS DA FENOXIMETANOSSULFANILIDA
Derivados da Dose
Fenoximetanossulfanilida
Nimesulida (Nisulid®) 100 mg 2x/d
INDICAÇÕES
◦ Hipersensibilidade;
◦ Insuficiências hepática e renal.
EFEITOS ADVERSOS
COXIBES
Fenilacetatos Dose
* Lumiracoxibe (Prexige®) 100-400 mg 1x/d (400 mg)
Sulfonamidas Dose
Celecoxibe (Celebra®) 100-200 mg 1-2x/d (400 mg)
* Parecoxibe (Bextra®) 20-40 mg 1-4x/d (80 mg)
Valdecoxibe (Bextra®) 40 mg 1x/d (80 mg)
Sulfonas Dose
* Etoricoxibe (Arcoxia®) 30-120 mg 1x/d (120 mg)
* Rofecoxibe (Vioxx®) 12,5-50 mg 1x/d (50 mg)
CONTRAINDICAÇÕES:
◦ Insuficiência hepática/renal. 56
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INIBIDORES DA COX - 2
REAÇÕES ADVERSAS DOS PRINCIPAIS MEDICAMENTOS
INIBIDORES DA COX – 2:
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INIBIDORES DA COX - 2
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
◦ Lítio;
◦ Anti-hipertensivos;
◦ Fluconazol e Cetoconazol.
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ANTIINFLAMATÓRIOS
ESTEROIDAIS
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Esquema – Cortisol liberado para a corrente sanguínea:
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GLICOCORTICOIDES
PRINCIPAIS FUNÇÕES DOS GLICOCORTICOIDES:
• Regulação da homeostase;
• Regulação eletrolítica;
• Regulação do metabolismo intermediário.
CICLO CIRCADIANO
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GLICOCORTICOIDES
MECANISMO DE AÇÃO
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EFEITOS DOS GLICOCORTICOIDES
NAS CÉLULAS INFLAMATÓRIAS:
◦ No caso de células inflamatórias, os glicocorticoides
interagem com outro receptor que expressa citocinas pró- inflamatórias:
NF-kB. A ligação do glicocorticoide com o NF-kB promove a perda da
função deste – desestimulando, portanto, os mediadores inflamatórios.
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EFEITOS DOS GLICOCORTICOIDES
NO METABOLISMO INTERMEDIÁRIO (METABOLISMO DE
CARBOIDRATOS E PROTEÍNAS):
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EFEITOS DOS GLICOCORTICOIDES
NO METABOLISMO DO CÁLCIO:
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SÍNDROME DE CUSHING
• Transplante de órgãos;
• Reações alérgicas;
• Anemia hemolítica;
• Lúpus eritematoso;
• Edema cerebral;
• Insuficiência adrenal aguda e crônica;
• Cardite reumática;
• Hiperplasia adrenal congênita;
• Inflamações oculares;
• OA (uso intra-articular) e
• Síndrome nefrótica. 69
GLICOCORTICOIDES
MECANISMO DE AÇÃO:
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GLICOCORTICOIDES
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO:
◦ Oral;
◦ Parenteral;
◦ Tópica;
◦ Oftálmica;
◦ Inalatória;
◦ Intra – articular.
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GLICOCORTICOIDES
CLASSIFICAÇÃO
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GLICOCORTICOIDES
CONTRAINDICAÇÕES
◦ Hipersensibilidade...
EFEITOS ADVERSOS
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GLICOCORTICOIDES
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
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PULSOTERAPIA COM METILPREDNISOLONA:
DESMAME DE CORTICOSTEROIDE
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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