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AUTACOIDES – HISTAMINA E SERATONINA

Autacóide: próprio remédio – produzido pelas células para remediar algum problema da própria célula.

- Autacóides são hormônios de ação local: Histamina; seratonina; eicosánoides; citocinas; cininas; óxido nítrico; angiotensina.

1.0 Histamina: Produzida pelos mastócitos e basófilos.


- Histidina (aminoácido) -> descarbonizar -> histamina -> eliminada pela urina (metabólito rápido)
- Existe, principalmente, em pulmão/ pele da face/ mucosa nasal/ estômago e vasos sanguíneos. (regiões que envolve
processos alérgicos/imunológicos).
- Controle da termorregulação (atua como um neutransmissor)
- Corpo gástrico: células enterocromafins liberam histamina p estimular células parietais a liberar H+

1.1 Armazenamento e liberação: Antígeno se liga a imunoglobulina (anticorpo do tipo IGE) presentes nos mastócitos e basófilos
> liberação de histamina e outros mediadores

1.2 Ações fisiológicas da histamina:

Bronconstricção – impede a entrada de novos microorganismos.


Dilatação das vênulas – Favorece a chegada das células do sistema imune
Contração e separação das células endoteliais – Edema

1.3: Subtipos de receptores: h1, h2, h3, h4

1.4 Papel mediador em processos inflamatórios:

H1 – dor e prurido

H2- vasodilatação; aumento da permeab capilar; edema. Efeito quimiotáxico (atração de células inflamatórias)

H3 – Liberação de peptídeos pelos nervos em resp à inflamação.

1.5 AÇÕES FARMACOLÓGICAS além do sistema imune:

• Sistema cardiovascular (H1 E H2): vasodilatação intensa – hipotensão acentuada.


- Dilatação dos vasos cerebrais
- Afastamento das células endoteliais dos capilates – aumento da permeabilidade – edema cerebral.
• Músculo liso: Contração
- Brônquios (mais sensíveis) -> broncoconstrição (h1) ação imunológica impedindo a entrada de micro-organismos
pelas vias aéreas.
• Secreções exócrinas: Secreção de H+ no estômago (receptores h2)

1.6 ANTAGONISTAS DA HISTAMINA:

• Bloqueio dos receptores da histamina ( h1 e h2)


• ANTI-HISTAMÍNICOS H1: seletivos para receptores h1 – ação sobre os brônquios sem alterar secreção gástrica nem
contratilidade do miocárdio. 18:04

Autacóides e Antagonistas
Agem na própria célula de origem (efeito autócrino) ou em células vizinhas (parácrino)
e englobam as seguintes substancias:

Autacóide – remédio próprio


Liberação da histamina: fase imediata > antígeno penetra na pele > auxilio de células
especializadas (th e t) > estimulo a linfócito (produzir anticorpos IgE especifico contra
composto alergênico/antígeno > IgE produzido se liga aos receptores Fc (nos
mastócitos e basófilos) > processo de sensibilização dos mastócitos (mastócitos
ativados) > células capazes de respondem rapidamente a uma segunda exposição a
esse antígeno > degranulação da célula > efeitos locais clássicos da alergia
Ações da histamina: vasodilatação (eritema e queda da pressão arterial)
Anti-histamínicos H1 x 2º geração (de primeira geração cruzam barreira
hematoencefálica)
✓ 2º Geração não cruza barreira
✓ Ex: 1º geração (difenidramina – provocam
sedação, taquicardia, aumento do apetite)
✓ Ex: 2º (sonolência, taquicardia, cefaleia)

Eicosanoides: classe de autacóides


✓ Derivados do ácido araquidônico (ácidos graxos
essenciais)
✓ Ácidos capazes de gerar respostas
fisiopatológicas (compostos potentes)
✓ Curta meia vida; produzindo por vários tipos de
célula (com exceção das hemácias)
✓ Principais: prostaglandina, prostaciclina, tromboxano e leucotrienos

Vias: acido araquidônico livre > utilizado por enzimas (substrato para cicloxigenase)
> produz prostaglandina, protaciclina e tromboxano OU via das lipoxigenase
(leucotrieno e tromboxano A4 e B4
FÁRMACOLOGIA GÁSTRICA

➢ Estômago: fundo (região superior do estômago que não possui proteção/muco) +


corpo + antro.
➢ Mecanismo de estímulo da secreção do ácido clorídrico pelas células parietais:
- Recebe estímulos de secreção da gastrina (célula G); histamina (célula
heterocromafin); acetilcolina (nervo vago).
- O ácido clorídrico é resultado da reação do Co2 + H2O (bomba de prótons libera a
proteína que secreta o H+).
➢ Camada protetora de muco: HCO (Ph = 7)
➢ Úlcera esofágica ( final do esôfago); úlcera gástrica; úlcera duodenal (parte inicial do
duodeno)
➢ Refluxo (estágios)
➢ Antiácidos – bases fracas:
promove neutralização, formando
sal.

Usados no tratamento da dispepsia e


alívio sintomático da úlcera péptica.

MENOS eficazes em úlceras gástricas


do q nas duodenais.

TIPOS: bicarbonato de sódio/cálcio;


hidróxido de alumino/magnésio.

1. ANTIÁCIDOS:
1.1 Hidróxido de magnésio (efeito laxante): Pó insolúvel que forma cloreto de
magnésio.
1.2 Hidróxido de alumínio (Efeito Constipante): Forma cloreto de alumínio no estômago
1.3 Bicarbonato: atua rapidamente; eleva o Ph – muito forte; absorvido pelo
gastrointestinal – pode provocar alcalose.
2.0 Antagonistas dos receptores H2: bloqueia ação que estimula a histamina na célula
parietal. > Os fármacos competem com a histamina

Altamente seletivos frente a H1 e H3. Inibem 60-70% da secreção total.

2.1 Tipos: Cimetidina, Ranitidina, Nizatidina, Famotidina.

- Disepsia não-ulcerosa; sangramento relacionado ao estresse

- Efeitos adversos: Diarreia, sonolência, dor muscular, constipação, redução da


contagem de plaquetas

3.0 Inibidores da bomba de prótons: São pró fármacos (administrados de forma


inativa); ativados em ambientes ácidos -> inibindo a bomba de prótons.

- Mais eficientes que os antagonistas dos recep. de H2.

- Rápida absorção/ administrados em jejum/ metab de primeira passagem


(fígado)/eliminação renal.

- Omeprazol, Esomeprazol, Lansoprazol...

Efeitos adversos: náuseas, vômitos, diarreia, constipação..

PROTETORES DA MUCOSA GÁSTRICA:

1.0 Sucralfato: composto que é um sal de sacarose ( pasta viscosa) -> polimeriza
(formando um gel) e liga-se às ulceras produzidas pelas lesões das mucosas gástrica.
2.0 Composto de busmuto: bismuto forma camada protetora que recobre úlceras.

3.0 Análogos de prostaglandinas:


3.1 Misoprostol (análogo PGE) – se liga a prostaglandina, estimulando a
produção de muco e reduzindo a secreção de HCL.
- Via oral c/ rápida absorção
- Eliminação via renal.
Contraindicações: NÃO DEVE SER UTILIZADO EM MULHERES GRÁVIDAS
(produz contração forçada)
Comentado [AP1]: OS DOIS UTILIZADOS JUNTOS,
ANULAM OS EFEITOS LAXANTE/CONSTIPANTE.
AINEs
AINEs
Aspectos gerais da inflamação
Ciclooxigenase
Principais anti-inflamatórios

AINEs
Anti-inflamatórios não-esteróides

Conjunto de fármacos que são utilizados devido a sua capacidade de promover


efeitos anti-inflamatórios, principalmente por atuar nos aspectos vasculares da
inflamação (vasodilatação e edema), possuem efeito analgésico e
antipiréticos

🍀Todos atuam como?


Bloqueando a enzima ciclo-oxigenase → diminuindo, assim, a produção de
prostaglandinas (autacoides) → inibindo inflamação, dor e febre

💡 Todos os AINEs atuam inibindo a síntese das PGs

⚕ ATUAM INIBINDO A PRODUÇÃO DE PROSTAGLANDINAS →


EFEITOS ANTINFLAMATÓRIOS, ANALGÉSICOS E
ANTIPIRÉTICOS

AINEs 1
Aspectos gerais da inflamação

💡 A inflamação é uma resposta normal de proteção às lesões teciduais


causadas
por trauma físico, agentes químicos ou microbiológicos nocivos. É a
tentativa do organismo de inativar ou destruir os organismos invasores,
remover os irritantes e preparar o cenário para o reparo tecidual. Quando
a recuperação está completa, normalmente o processo inflamatório
cessa. Entretanto, a inflamação também pode advir da ativação imprópria
do sistema imune, resultando em doenças imunomediadas

Slide

AINEs 2
O que é?

uma resposta protetora a invasores estranhos e tecidos necróticos

Os mediadores químicos causam que alterações? (3)

Vasculares

Aumento da permeabilidade vascular

Vasodilatação

Eventos celulares

Recrutamento e ativação de leucócitos

5 sinais clássicos da inflamação

Tumor

Rubor

Calor

Dor

Perda da função

AINEs 3
Mediadores químicos

✨ Assim, fármacos que podem bloquear a produção de prostaglandinas


demonstram efeitos anti-inflamatórios (reduz edema), antipiréticos
e analgésicos satisfatórios

Mecanismo da dor (descreva as três etapas)

1. Estímulo nocivo

liberação de mediadores (prostaglandinas, leucotrienos, histaminas,


etc)→ sensibilização de nociceptores (neurônios sensoriais primários)
pela diminuição do limiar de excitabilidade → potencialização da
percepção da dor

2. Transmissão

Informação de dor "vai" até a medula espinal, ativando os neurônios


secundários da via.

3. Percepção

AINEs 4
Experiência da dor (giro pós central → consciência)

Assim, os AINEs diminuem a experiência de dor por meio da


diminuição dos mediadores inflamatórios

Dipirona e paracetamol também podem atuar no mecanismo da dor, mas de


forma central (podem intensificar a neurotransmissão endocanabinóidea,
também) → efeito analgésico e antipirético, mas não possui efeito
antinflamatório

✅Opioides também podem diminuir essa percepção de dor (centralmente e na


medula) → possuem apenas efeitos analgésicos, não possuem efeitos
antipiréticos e antinflamatório

💊 Opioides
Mecanismo da febre

Infecção → macrófagos liberam IL1, IL6 e TNF (fator de necrose tumoral) →


quando reconhecidos pelo endotélio vascular do hipotálamo, desencadeia
produção de prostaglandinas

Prostaglandinas → atuam em neurônios termossensíveis do hipotálamo


(termostato hipotalâmico) → estímulo do aumento da termogênese (eixo

AINEs 5
hipotálamo-hipófise-tireóide)

✨ Bloqueio da produção de prostaglandinas → efeito antipirético

Isso justifica o uso de AINEs no combate à febre.

Geração hipotalâmica do calor 🤔


Contrações musculares +

Vasoconstrição periférica

Diminuição da sudorese

✨ Geração de calor + diminuição da perda de calor para o


ambiente.

Síntese de prostaglandinas (descreva)

AINEs 6
O estímulo da síntese de prostaglandinas se dá a partir de um determinadas
moléculas:

Bradicinina → fibroblastos

Histamina → endotélio

Antígeno-anticorpo → mastócitos

Lesão celular

Estímulo (ex.: histamina) → receptor específico no endotélio acoplado a


proteína Gq → ↑Ca++ citoplasmático → PLPA2 (fosfolipase a2) atua no
fosfolipídeo da membrana celular, convertendo o ác. araquidônico a
araquidonato livre → substrato para a enzima ciclooxigenase (COX) →
PGG2/PGH2, essas prostaglandinas irá ser substrato para diversas outras
enzimas, que gera

Tromboxano a2

Prostaglandina E2

Prostaciclina I2

PFD2

PGD2

AINEs 7
AINEs 8
Qual é o alvo dos AINEs? E o dos corticoides?

Tromboxano a2 → Agregação plaquetária

Prostaglandina E2 → Vasodilatação, hiperalgésica, febre

Prostaciclina (Prostaglandina I2) → Vasodilatação e hiperalgésica

Prostaglandina F2 → Contração do músculo liso

Prostaglandina D2 → Vasodilatação

AINEs 9
💡 As PGs e seus metabólitos, produzidos endogenamente nos tecidos,
atuam como sinalizadores locais que fazem o ajuste fino da resposta
de um tipo celular específico. Suas funções variam amplamente,
dependendo do tecido e das enzimas específicas daquela via e que
estão disponíveis naquele local específico

Ciclooxigenase
Essa enzima existe em duas isoformas COX-1 e COX-2

Quais são as principais diferenças entre as COX?

COX-1

É constitutiva (existe normalmente em alguns tecidos)

Presente nas

Plaquetas (agregação plaquetária)

Estômago (reduz secreção ácida)

Rins (liberação de renina e vasodilatação)

10-15% das prostaglandinas da inflamação são produzidas por ela → pouca


importância no processo inflamatório

COX-2

É indutiva (citocinas, estimulam sua produção) → expressão aumentada na


vigência de uma inflamação

85-90% das prostaglandinas da inflamação são produzidas por ela

✨ Assim, é nessa onde o AINE precisa atuar.

Embora esta também exista constitutivamente no endotélio vascular


(estresse por cisalhamento) e nos rins.

AINEs — mais de 50 fármacos diferentes comercializados

AINEs 10
A grande maioria são não seletivos - bloqueiam as COX-1 e COX-2

Todos, com exceção do AAS, inibem competitivamente e reversivelmente as


enzimas

✨ A principal diferença do AAS para os outros AINEs é o fato de ele


bloquear as COX de forma irreversível.

Mecanismo de ação dos AINEs


Bloqueio das ciclooxigenases

Bloqueio da COX-1 → Efeitos adversos

AINEs 11
O risco gastrointestinal motivou o desenvolvimento dos coxibes. O
que eles são?

AINEs seletivos para a COX-2

Seus efeitos adversos, no entanto, são


cardiovasculares/tromboembólicos (podendo levar o paciente à
morte, inclusive).

Um paciente com problemas cardiovasculares, portanto, pode ser


mais beneficiado pelo uso de AINEs não-seletivos.

Quais são os principais efeitos adversos ao uso de AINEs não-seletivos?

Aumento da acidez gástrica + redução dos mecanismos de proteção da


mucosa → erosão da mucosa do TGI → hemorragia digestiva alta,
podendo causar também perfuração

Gastrite e úlceras gástricas

A hemorragia vem não somente de seus reflexos na secreção do TGI,


mas também nas plaquetas.

Reações adversas aos AINEs

AINEs 12
Reações gastrointestinais aos AINEs não-seletivos

As prostaglandinas produzidas pela COX-1 possuem um efeito


gastroprotetor

Tanto a acetilcolina como a histamina induzem a produção e liberação


de ácido pela célula parietal

As PGs inibem a liberação de ácido pela célula parietal e induzem a


liberação de mucina e bicarbonato na célula epitelial

AINEs 13
Dessa forma se há um fármaco que inibe a COX-1, reduz a produção
de PGs retirando esse efeito gastroprotetor → irritação da mucosa →
gastrite → úlcera

AINEs 14
⚕ Ibuprofeno é considerado um dos mais seguros dos AINES não
seletivos, mesmo assim podem causar efeitos adversos no TGI
em 5 a 15% dos pacientes

Efeito do bloqueio seletivo da COX-2 sobre o sistema cardiovascular

Bloqueio da COX-2 no endotélio cardiovascular


-Inibição da produção de PGH2 e PGI2
-Vasodilatação

-Ação anti-agregante (modulando negativamente a agregação


plaquetária)

Por outro lado a COX-1 nas plaquetas estimulam tanto a agregação


plaquetária como a vasoconstrição

Bloqueio da COX-2 → aumento da atividade da COX-1 (tromboxano A2


→ vasoconstrição e produção de fatores da agregação plaquetária)

AINEs 15
⚕ Fármacos seletivos para COX-2 aumento o risco de eventos
trombóticos

Efeito renal dos AINEs

AINEs 16
A PGs oriundas tanto da COX-1 e COX-2, possui efeito vasodilatador
nas arteriolas renais (arteriolas aferentes). Com o bloqueio das COXs o
efeito vasodilatador das PGs não irá ocorrer, reduzindo o fluxo
sanguíneo no glomerulo renal, reduzindo, portanto a filtração e
formação de urina. Deixando sódio e água mais circulante na circulação
sanguínea → aumento da volemia → aumento da pressão arterial,
formação de edemas,... → isquemia medular → insuficiência renal
aguda ou crônica

Comparação da seletividade de diferentes AINEs para a COX-1 e COX-2 🖼

AINEs 17
Diclofenaco

pode aumentar pressão arterial

AINEs 18
Farmacocinética

Rapidamente absorvidos por via oral

Pico plasmático entre 1h-3h

Se ligam extensamente a albumina e distribuídos por todo o organismo

Meia-vida variável:

-AAS, ibuprofeno, diclofenaco e paracetamol (1-4h)


-Naproxeno (25h), meloxicam (20h), piroxicam (50h)

Metabolismo hepático e eliminação renal

Indicações terapêuticas

Tratamento da febre (associada a diversas doenças)

Dor (baixa/moderada intensidade)


-Dor pós-operatória
-Dor artrítica

-Cefaleia
-Dismenorreia

Tratamento da inflamação em geral, especialmente em distúrbios


musculoesqueléticos
-Artrite reumatóide
-Osteoartrite

-Lesão muscular
-Bursite

-Hérnia de disco (diclofenaco)

Principais anti-inflamatórios
AAS

AINEs 19
Acetila a enzima COX, inibindo de forma irreversível

AINEs 20
Utilizado na cardioproteção, com o intuito de reduzir a chance de um evento
cardiovascular relacionado a formação de trombos (prevenção secundária),
não é utilizado na prevenção primária, pois os riscos não superam os
benefícios→ Problemas no TGI

Cardioproteção justificada pela acetilação irreversível da COX-1, inibindo a


sua função de produzir TAX2 e inibindo a função plaquetária

AINEs 21
Não deve ser utilizado por crianças e adolescentes afetados por doenças
virais (influenza, catapora,...) pois o AAS pode aumentar o risco de
desenvolvimento da síndrome de Reyes, caracterizada por encefalopatia e
disfunção hepática

Ibuprofeno

AINEs 22
Diclofenaco

AINEs 23
Meloxicam

Nimesulida

Coxibes

AINEs 24
Paracetamol e dipirona

Não possui ação antinflamatória, acredita-se que tenha o envolvimento


de radicais livres → o local de processo inflamatório é um local de alto teor
de radicais livres que são capazes de inativar esses fármacos, não
conseguindo inibir as ciclo

Por outros lado conseguem inibir as ciclogenases no SNC promovendo


efeitos antipierticos e analgésicos

AINEs 25
Seu uso deve envolver cautela pois pode causar efeitos hepatotóxicos
(Metabolização (biotransformação))

Reduz a formação de leucócitos no nosso organismo (reações de


hipersensbilidade e agranulocitose)

AINEs 26
Glicocorticoides
Introdução
Corticosteroides endógenos
Principais corticoides usados na clínica
Farmacocinética
Reações adversas
O caso do deflazacorte
Complicações ao uso excessivo de glicocorticoides: síndrome de cushing
Interrupção do tratamento
Indicações dos glicocorticoides

Corticóides ou corticosteroides (esse termo engloba também os


mineralocorticoides, mas somente os glicocorticoides são usados no tratamento
para alergias, condições inflamatórias e agentes imunossupressores)

Introdução
O que são os glicocorticoides?

Hormônios esteroides produzidos pelas adrenais; os fármacos abordados,


assim sendo, emulam as ações dos cortisol.

Quais são as principais funções dos glicocorticoides?

Ações anti-inflamatórias

Antialérgicas

Imunossupressoras

💡 Trazem uma série de reações adversas, por isso devem ser


utilizados com cautela, principalmente quando utilizados por longo
períodos ou em altas doses
-Diabetes
-Hipertensão
-Osteoporeose
-Catarata
-Distúrbios do humor

Glicocorticoides 1
Fármacos mais utilizados:

Hidrocortisona → o próprio cortisol, quando utilizado de forma


farmacológica.

Betametasona

Dexametasona

Prednisona

Corticosteroides endógenos
Produzidos pela

Adrenal (seu córtex)

Quais são?

Aldosterona (mineralocorticoide) ← zona glomerulosa → estimula a


reabsorção de sódio e consequentemente água (balanço hidroeletrolítico)

Cortisol (glicocorticoide) ← zona fasciculada (5%) → importante ações no


metabolismo da glicose

Corticosterona (glicocorticoide) ← zona fasciculada (5%)

DHEA (desido-epian-androsterona) → pré-hormônio para a produção de


estrogênio e testosterona.

✨ Os fármacos glicocorticoides podem desencadear os efeitos dos


glicocorticoides endógenos. Assim, os riscos e benefícios devem
ser pesados para cada situação.

💡 Somente o cortisol e seus derivados sintéticos vão produzir o


efeito anti-inflamatório, antialérgico e imunossupressor

Glicocorticoides 2
Como o cortisol endógeno é produzido?

Eixo hipotálamo-hipófise-adrenal:

Hipotálamo produz CRH → hipófise produz ACTH → Suprarrenal


produz e libera cortisol

💡 O ciclo circadiano e o estresse podem estimular a liberação


de CRH

✨ Lembrar das alças de retroalimentação negativa → supressão da


produção endógena (O próprio cortisol pode inibir a liberação do
CRH e ACTH).

Pacientes que fazem uso prolongado com corticoides


(+2semanas) o fim da terapia deve ser feito de forma gradual,
permitindo que o eixo hipotálamo-hipófise-suprarrenal volte a
funcionar e não cause uma insuficiência suprarrenal aguda

Glicocorticoides 3
Como a aldosterona endógena é produzida?

A liberação de mineralocorticoides é regulada pela Ang II

Como o cortisol é conhecido? (Com base em sua função)

Cortisol → "hormônio do estresse"

Principais efeitos do corticosteroides

Glicocorticoides

Metabólicas

Hiperglicemia

Catabolismo proteico

Redistribuição de gordura

Balanço negativo do cálcio

Glicocorticoides 4
Estímulo de osteoclastos, diminuição da absorção do cálcio no
TGI (estômago?) e eliminação de cálcio na urina.

Risco de osteoporose.

Reguladoras

Diminuição da secreção de CRH e ACTH

Anti-inflamatórias, antialérgicas e imunossupressoras

Efeitos em todas as fases da inflamação.

Mineralocorticoides

Pensando nas alças de retroalimentação, que cuidado deve ser tomado ao


uso de fármacos que mimetizam os glicocorticoides endógenos? Que
síndrome pode ser induzida?

Glicocorticoides 5
É necessário fazer o desmame do medicamento, a fim de evitar a síndrome
da insuficiência adrenal aguda

Uso demasiado de glicocorticoide pode induzir a

Síndrome de Cushing

Qual o tipo de receptor do cortisol?

Nuclear

Receptor intracelular, citoplasmático;

HSP → proteínas de choque térmico → ancorar o receptor no citosol para


não escapar para o núcleo, quando o hormônio se liga ao receptor, esse
complexo se dissocia, liberando o receptor para se deslocar ao núcleo

A ação gênica dos glicocorticoides provoca o que? (influência sobre o


processo inflamatório)

Glicocorticoides 6
Aumento de substâncias anti-inflamatórias

Redução dos sinalizadores da inflamação (inibição da produção de


ciclooxigenase → diminuição dos níveis das prostaglandinas e dos
leucotrienos e inibição da produção de PLPA2 reduzindo a formação de
araquidonato e, consequentemente prostaglandinas e leucotrienos)

Predominantemente, redução de COX-2.

Glicocorticoides 7
💡 AINEs atuam apenas na COX, os glicocorticoides possuem uma
ação mais ampla, pois além de reduzir a expressão da COX,
aumenta a expressão da lipocortina 1 que reduz a ação da
fosfolipase A2

Outras ações anti-inflamatórias/imunossupressoras dos glicocorticoides

Glicocorticoides 8
São capazes de atuar em leucócitos (linfócitos T) inibindo a produção de
citocinas

Podem atuar também nos macrófagos inibindo a produção de citocinas

✨ Assim, o uso crônico de glicocorticoides torna a pessoa mais


susceptível a infecções oportunistas.

O que um glicocorticoide tópico pode causar?

Nos olhos → glaucoma

na pele → úlcera

eles prejudicam a produção de colágeno

Principais corticoides usados na clínica

Glicocorticoides 9
A prednisona é pró-fármaco da prednisolona; a conversão acontece no fígado.

Glicocorticoides 10
Divisão com relação a duração

Divisão com relação a potência anti-inflmatória (em comparação ao cortisol)

-Agentes de ação curta são pouco anti-inflamatório (hidrocortisona utilizado


em síndrome de adisson)
-Agente de ação intermediária são utilizados em usos crônicos, pois
apresenta poucos efeitos no eixo hipotálamo-hipofese
-Agente de ação longa possuem a maior ação anti-inflamatória, geralmente
utilizado para um processo agudo, por poucos periodos de tempo, pois
suprime de forma intensa o eixo

Qual a característica dos efeitos dos glicocorticoides de ação curta?

A capacidade de induzir efeitos glicocorticoideos e mineralocorticoideos

Agentes de ação intermediária

Ainda apresenta efeitos mineralocorticoideos, embora os glicocorticoideos


sejam predominantes

Agentes de ação longa

Não guardam ação mineralocorticoidea

Glicocorticoides 11
A ação glicocorticoidea é muito pronunciada.

Assim, os efeitos adversos são bem mais pronunciados.

Quais desses três tipos têm maior chance de suprimir o eixo hipotálamo-
hipófise-adrenal?

Os agentes de ação longa.

Para um tratamento longo (como 1 ano), qual tipo de glicocorticoide seria


mais preferível?

Os de ação intermediária, por causa de seu reduzido impacto no eixo


hipotalâmico

O uso em dias alternados é preferível, a fim de reduzir os efeitos adversos e


sobre a alça de retroalimentação)

Na resolução imediata de uma situação, é preferido que tipo?

Os de ação longa.

Farmacocinética
Administração oral, intramuscular, intravenosa, tópica (pele e olho) e retal

Se ligam a proteínas plasmáticas (albumina e proteína de ligação aos


corticoides)

Metabolizado no fígado e excretados na urina

São agentes altamente versáteis, podendo ser administrado por várias vias de
administração

Qual elemento químico é comum a todos os glicocorticoides tópicos?

Flúor (F) → isso faz com que esses fármacos tenham maior permeabilidade
na pele.

A hidrocortisona também pode ser utilizada de forma tópica, porém, esta


possui penetrabilidade menor.

Slide

Glicocorticoides 12
Reações adversas
Aumenta a produção hepática de glicose e reduz o uso da glicose por tecidos
periféricos

Hipertensão arterial →efeito mineralocorticoide e reatividade vascular

Retardo do crescimento → redução da produção de colágeno


Obs.: pode prejudicar a cicatrização da ferida cirúrgica

Galucoma

Distribuição centrípeta da gordura corporal

Aumento do apetite

Fenótipo de Cushing

Osteoporose

Aumento do risco de infecções

...

Slide

Glicocorticoides 13
✨ O hipocampo e o hipotálamo são muito sensíveis aos glicocorticoides 🤔
O caso do deflazacorte
Qual seu diferencial?

Menor risco de

Osteoporose

Perda de controle glicêmico (em pacientes diabéticos)

Sendo, por isso, conhecido como

"Amigo do osso"

✨ Ainda assim, possíveis complicações precisam ser observadas de perto,


em especial em pacientes de risco.

Glicocorticoides 14
Complicações ao uso excessivo de glicocorticoides:
síndrome de cushing

Glicocorticoides 15
O excesso de corticoides a longo prazo pode mudar o fenótipo do paciente

Interrupção do tratamento
Tratamento longo com altas dosagens causa supressão do eixo HHA

Retirada abrupta → insuficiência adrenal aguda (dor abdominal, febre,


hipoglicemia, hipotensão choque)

Desmame gradual para permitir o retorno da função HHA

💡 Com a administração crônica o HHA é inibido, diminuindo a liberação de


CRH e ACTH, parada de forma abrupta pode causar problemas graves e
até mesmo a morte

Risco de supressão do HHA

Uso de corticoide por mais de 2 semanas/paciente aspecto cushingnoide

Esquema de retirada

Glicocorticoides 16
Reduzir gradualmente até 5mg/dia de prednisona ou equivalente, mantendo
por 4 semanas e realizar teste de ACTH

Slide

Indicações dos glicocorticoides


Quais são os casos?

Processos alérgicos e inflamatórios

Inflamação crônica de origem autoimune

Várias outras condições (slide) 🖼

Glicocorticoides 17
💡 RISCO VS. BENEFÍCIO

Indicações 🖼

Glicocorticoides 18
Glicocorticoides 19
Antibióticos

Betalactâmicos: Penicilina e Cefalosporina

Princípios gerais da terapia antimicrobiana: CDC ½ de 100.000 prescrições são


desnecessárias
Penicilinas: (Penicilina G 1940) descobertas por
alexandre Fleming por meio de fungos (Penicilinum
Notato) que inibiam bacterias

✓ Gram +
✓ 50-100 cadeias paralelas de amnoaçucares
✓ Mecanismo bactericida: atuam inibindo a síntese da parede celular bacteriana,
interferindo na transpeptidação, tanto de bactérias gram-positivas quanto de gram-
negativas. Atua através das PBP (Penicilin Binding Protein), que são proteínas
presentes na membrana plasmática das bactérias, ligando-se a elas e impedindo
estabelecimento de ligações transpeptidásicas durante a síntese de peptideoglicano

Penicilinas Naturais ou Benzilpenicilinas

Essas são as Penicilinas G e Penicilina V

Penicilina G Benzatina

Um dos antibióticos mais famosos dessa classe

• Via de administração: Intramuscular (Benzetacil)


• Espectro de ação: basicamente, gram-positivos. Na prática existem 3 doenças
que o Benzetacil é a droga de escolha: Sífilis, Faringoamidgalite bacteriana, e
Impetigo Estreptocócico. Lembrar também da profilaxia de Febre Reumática.
Antibióticos

O benzetacil é uma droga de depósito com efeito por até 21 dias após a
aplicação.
• Dose usual: a penicilina benzatina é uma suspensão injetável, geralmente
dividida em 1,2milhão de unidades. No qual uma aplicação única é suficiente.
Nos casos de sífilis, o mínimo são duas aplicações de 1,2Milhão em cada
nádega.
• Exemplo de prescrição: Penicilina G Benzatina, 1,2milhão UI, IM, uma
aplicação, dose única.

Penicilina G Cristalina

A principal diferença é que a Cristalina é aplicação intravenosa, geralmente em


infecções mais graves, além de ter uma meia vida mais curta.

• Via de administração: Intravenosa


• Espectro de ação: basicamente, gram-positivos e espiroquetas (Treponema
palidum). É usada, por exemplo, em casos de leptospirose grave, tratamento
hospitalar de pneumonia em crianças, Endocardite bacteriana, infecção pelo
Neisseria meningiditis (gram-negativo).
Dose usual: a penicilina benzatina é uma suspensão injetável, geralmente
dividida em 1,2milhão de unidades. No qual uma aplicação única é suficiente.
Nos casos de sífilis, o mínimo são duas aplicações de 1,2Milhão em cada
nádega.

Penicilina G Procaína

A penicilina procaína também é de via intramuscular, com meia vida mais curta que a
benzatina, e é pouco utilizado na prática.

• Via de administração: Intramuscular


• Espectro de ação: basicamente, a mesma da benzatina

Penicilina V oral

Conhecida da pediatria, A penicilina V oral geralmente é utilizada para profilaxia de


infecções em paciente com anemia falciforme. Geralmente não é tão utilizada na
prática.

Penicilinas resistentes às penicilases


Também chamadas de isozazolil penicilinas, fazem parte desse grupo a oxacilina,
cloxacilina, dicloxacilina, meticilina e nefcilina. A mais (talvez a única) disponível no
Brasil é a Oxacilina.

O principal uso dessa droga é antibioticoterapia em infecções por Staphylococcus


aureus. Geralmente, os s. aureus são dividios em sensíveis a meticilina (MSSA) e
Antibióticos

resistente à meticilina (MRSA). A oxacilina é a droga de escolha em infecções por


MSSA! Mas e MRSA? Em outros posts a gente fala desse germe multirresistente!

• OXACILINA
• Via de administração: Intravenoso
• Apresentação: 500mg
• Espectro de ação: Staphylococcus aureus meticilina sensível
• Usos: infecções em que se suspeitam de infecção pelo s. aureus. Exemplos:
erisipela, celulite, dentre outras doenças em que há possibilidade de
disseminação hematológica (endocardite infecciosa) ou por contiguidade com a
pele (meningite por uso de DVP).
• Dose usual: 2g, IV, de 4/4horas

Aminopenicilinas
Os principais antibióticos desse grupo são: Amoxicilina e Ampicilina. Além de
cobertura gram-positiva (porém em menor eficácia se comparado aos penicilinas
naturais), as amino penicilinas tem seu espectro mais amplo para bactérias gram-
negativas, além de cobrir cocos (Streptococcus, enterococcus, Neisseria meningitidis) e
bacilos (Escheria coli, Listeria monocytogenes e Haemophilus influenzae).
Normalmente são associadas com inibidores da betalactamase, como o ácido
clavulânico e sulbactam, dessa forma estendendo seu espectro de ação.

Amoxicilina

Droga bastante utilizada na prática, com ou sem ácido clavulânico associado.

• Via de administração: oral ou intravenosa (só com acido clavulanico essa


última)
• Apresentação: comprimidos de 500 ou 875mg, pó para suspensão oral de
250mg/5ml (disponível no SUS)
• Usos: seus principais usos são: faringoamigdalite bacteriana, pneumonia
adquirida na comunidade, rinossinusite bacteriana e infecção por H. pylori.
• Dose usual: 500mg, VO, 8/8h ou 875mg, VO, 12/12h

Ampicilina

Essa droga, principalmente com Sulbactan associado, é utilizado bastante na prática

• Via de administração: intravenosa


• Apresentação: 500mg ou 1000mg
• Usos: gastroenterite aguda bacteriana (cobre Shigella), pneumonia em
crianças, Endocardite infecciosa, Pneumonia Adquirida na Comunidade,
Infecção por Strepcoccus do grupo B (canal de parto), Corioamnionite, dentre
outros
• Dose usual: 2g, IV, 4/4h
Antibióticos

Carboxipenicilinas e Ureidopenicilinas
Essas duas classes são compostas pelas Carboxipenicilinas (representadas por
Carbenicilina e Ticarcilina) e Ureído-Penicilinas (representadas por Mezlocilina,
Piperacilina e Azlocilina). Na prática, a mais utilizada é a Piperacilina, especial com
inibidor de betalactamase, Piperacilina-Tazobactam (Tazocin). Elas têm ação contra
pseudomonas.

• PIPERACILINA-TAZOBACTAM (Tazocin)
• Via de administração: intravenosa
• Apresentação: 2g ou 4g
• Espectro de ação: Possuem boa efetividade principalmente contra bactérias
Gram-negativas (enterobactérias, principalmente), em especial proteus,
enterobacter e Pseudomonas aeruginosa, que normalmente apresentam
resistência diante de outras penicilinas. O Tazocin também cobre gram
positivos.
• Usos: basicamente infecções hospitalares e infecções com risco de
pseudomonas
• Dose usual: 4g, IV, 6/6h

Inibidores de beta-lactamase
Os inibidores de beta-lactamase são utilizados em conjunto com algumas penicilinas.
Elas ampliam o espectro em casos de bactérias produtoras de betalactamase
(exemplo: estreptococo resistente):

• Amoxicilina-Clavulanato
• Ampicilina-Sulbactam
• Ticarcilina-Clavulanato
• Piperacilina-Tazobactam

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