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O excesso do cortisol (por meio de remédios) O efeito metabólico mais importante do cortisol é
promove a atrofia da glândula adrenal. Para a seu efeito protetor contra a hipoglicemia. O
adrenal voltar a produzir o cortisol é necessário glucagon pancreático é secretado em resposta à
fazer o desmame do medicamento para não redução da glicose no sangue. Na ausência de
ocorrer o efeito rebote. Isso acontece com todos os cortisol, o glucagon é incapaz de responder
hormônios que possuem via de retroalimentação adequadamente a um desafio hipoglicêmico.
negativa. Como o cortisol é necessário para a plena
atividade do glucagon e das catecolaminas, diz-se
que ele tem um efeito permissivo em relação a Hipocortisolismo (doença de Addison):
estes hormônios.
• Insuficiência adrenocortical primária
Os receptores de cortisol são encontrados em o Hipossecreção de todos dos hormônios
todos os tecidos do corpo. Todos os efeitos esteroides suprarrenais
metabólicos do cortisol têm o objetivo de prevenir o Decorrente de um efeito próprio da
a hipoglicemia. O efeito global do cortisol é glândula
catabólico. o Aumento do ACTH e baixo cortisol
o Hiperpigmentação da pele
• Insuficiência adrenocortical secundária (falha
na hipófise)
o Baixa produção de ACTH e baixa
produção de cortisol
o Hipossecreção do cortisol, somente
o Não apresenta hiperpigmentação
ALDOSTERONA
A aldosterona é um hormônio esteroide
sintetizado no córtex suprarrenal. Assim como
outros hormônios esteroides, a aldosterona é
secretada no sangue e transportada por uma
proteína carreadora até seu alvo.
A aldosterona controla o equilíbrio de sódio no
rim. A pressão sanguínea baixa estimula a
secreção da aldosterona. O decréscimo da pressão
sanguínea ativa uma via complexa que resulta na
Hipercortisolismo (síndrome de Cushing): liberação de um hormônio, a angiotensina II, que
• Pode ocorrer por excesso de produção estimula a secreção de aldosterona.
endógena (tumores) ou administração exógena A angiotensina II é o sinal usual que controla a
(fármacos, como a dexametasona) liberação da aldosterona. A ANG II é um
• Face de lua cheia, gordura abdominal com componente do sistema renina-angiotensina-
estrias e osteoporose aldosterona (SRAA). Uma via complexa com
• Hipersecreção exagera os efeitos do hormônio várias etapas para a manutenção da pressão do
• Sinais de hipercortisolismo: sangue. A via SRAA inicia quando as células
o Hiperglicemia granulares justaglomerulares nas arteríolas
• Causas: aferentes de um néfron secretam uma enzima
o Problemas no córtex da glândula chamada renina. Ou seja, a aldosterona participa
o Problemas na hipófise: hipersecreção da via responsável pela secreção da renina pelos
secundária rins.
o Tumor na hipófise
Principal função da aldosterona:
o Hipercortisolismo iatrogênico
▪ Ocorre secundariamente ao • Ações na reabsorção de sódio (principal ação
tratamento com cortisol da aldosterona)
exógeno o Aumento da reabsorção ativa de sódio
nos túbulos distais e nas células
principais dos ductos coletores do
néfron
o Ação nas glândulas sudoríparas e • Se ligam em diferentes receptores alfa e beta,
salivares, estimulando o transporte com ações diferentes em cada receptor
ativo de sódio para o plasma • Aumenta a proteólise
ANDROGÊNICOS • Aumenta a glicogênese e glicogenólise
hepáticas
• Hormônios sexuais masculinos
• Secreção estimulada pela ACTH
• Glândula adrenal fetal: secreta grande
quantidade de DHEA, convertido em
estrogênio pela placenta
• Infância: concentrações reduzidas até os 7
anos (adrenarca): convertido em androgênios
ativos, os quais estimulam o crescimento de
pelos axilares e pubianos em meninos e
meninas, antes da ativação de esteroidogênese
gonadal
MEDULA ADRENAL
A medula suprarrenal é um tecido neuroendócrino
especializado que está associado ao sistema
nervoso simpático. A medula suprarrenal
desenvolve-se a partir do mesmo tecido
embrionário que os neurônios simpáticos, e é uma
estrutura neurossecretora. Pode-se dizer que a
medula adrenal é um gânglio simpático
modificado.
A medula adrenal constitui cerca de 10% da
glândula adrenal e é formada por células
cromafins. As células cromafins, corpos celulares
sem axônio, secretam o neuro-hormônio
adrenalina diretamente no sangue. As células
cromafins tem funcionamento análogo aos
neurônios simpáticos ganglionares. Juntos,
constituem as vias efetores finais do sistema
nervoso simpático, também chamado de sistema
simpatomedular.
A medula adrenal libera o hormônio adrenalina
(ou epinefrina) e noroadrenalina (norepinefrina)
na corrente sanguínea. A adrenalina e
noroadrenalina pertencem a classe química das
catecolaminas, derivadas do aminoácido tirosina e
se ligam em receptores presentes na membrana
celular.
Ação das catecolaminas:
• Ações biológicas rápidas, cerca de 10
segundos no caso da adrenalina
• Funções importantes na resposta de estresse,
na regulação da pressão sanguínea arterial e no
controle do metabolismo intermediário
Tireoide 4. A adição de um segundo iodo cria a di-
iodotirosina (DIT)
A glândula tireoide é uma glândula em formato de 5. Uma MIT e uma DIT se unem e formam a
borboleta que repousa sobre a traqueia, na base da tri-iodotironina (T3)
garganta. Ela é uma das maiores glândulas 6. Duas DIT se unem e formam a
endócrinas do corpo humano, pesando de 15 a tretaiodotironina (T4)
20g. Recebe inervação simpática e parassimpática. 7. T3 e T4 são liberador na circulação
A glândula tireoide possui dois diferentes tipos • Apenas o T3 e T4 são liberados na
celulares: corrente sanguínea, a MIT e a DIT
• Células C (ou células parafoliculares): permanecem no coloide. Para que haja
secretam um hormônio regulador de cálcio, essa liberação de hormônios, a
chamado de calcitonina tireoglobulina sofre hidrólise.
• Células foliculares: secretam os hormônios da • T3 e T4 tem característica hidrofóbica e,
tireoide (T3 e T4). para isso, necessitam se ligar à uma
proteína transportadora.
A síntese dos hormônios da tireoide ocorre nos
folículos tireoidianos (estruturas esféricas cujas
paredes são compostas por uma camada única de
células epiteliais). O centro oco de cada folículo é
preenchido com uma mistura de glicoproteínas,
denominada coloide.
As células foliculares que cercam o coloide
sintetizam uma glicoproteína, chamada de
tireoglobulina.
Sintomas:
• Hipertireoidismo: secreção excessiva dos
hormônios da glândula tireoide.
o Pele quente, suada e intolerância ao
PRINCIPAIS FISIOPATOLOGIAS DA
TIREOIDE calor
o Perda de peso
• Hipotireoidismo primário
o Irritabilidade e insônia
o Falência da glândula tireoide em si
o Aumento da frequência cardíaca
o Dieta alimentar pobre em iodo
o Tremores abundantes
o A ausência de retroalimentação
o Pensamento acelerado, insônia
negativa aumenta a secreção de TSH e
o Exoftalmia
resulta em bócio
• Hipotireoidismo: hipossecreção dos
• Hipotireoidismo secundário
o Defeito no eixo hipotálamo-hipófise, hormônios da glândula tireoide
o Intolerância ao frio
que leva à hipossecreção de TSH ou
o Ganho de peso
TRH
o Unhas quebradiças, queda de cabelos e
• Hipertireoidismo primário
o Superprodução de T3 e T4 por pele fina e seca
o Mixedema: edema na região dos olhos
alterações na tireoide (tumor
o Reflexos lentos, sensação de fadiga,
hiperssecretor)
• Hipertireoidismo secundário: sono
o Bradicardia o Saída: principalmente pelos rins e
o Crescimento lento e baixa estatura (em pouco nas fezes
crianças)
o Cretinismo: capacidade mental 3 hormônios regulam as concentrações de Ca no
diminuída (em crianças) corpo
• Paratormônio (PTH): tira o cálcio dos ossos e
RESUMO: leva para o LEC (líquido extracelular)
• Calcitriol (vitamina D3): tira o cálcio dos
ossos e leva para o LEC
• Calcitonina: leva o cálcio para o osso
PARATORMÔNIO
• Liberado na paratireoide
• Função: aumentar as concentrações
plasmáticas de cálcio
• Estímulo para liberação: diminuição das
concentrações plasmáticas de cálcio
• Local de ação: ossos, intestino e rins
• Regulação: retroalimentação negativa
• O paratormônio aumenta o cálcio plasmático
REGULAÇÃO DA HOMEOSTASE DO de 3 formas:
CÁLCIO o Mobilização de cálcio dos ossos
o Aumento da reabsorção renal de cálcio
• A maior parte do cálcio do corpo (99%) o Aumento indireto da absorção
está localizada nos ossos. intestinal de cálcio pela sua influência
na vitamina D3