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Tutoria 2 – Sistema Endócrino – Thalia Martins – Tutor: Me.

Lucas Salomão

1) Debater a anatomia do eixo hipotálamo hipofisário, tireóide, estrutura


química e síntese dos hormônios correlacionando os seus mecanismos
de ação celular.

Anatomia Hipotálamo – Hipófise

O hipotálamo é constituído por: O hipotálamo é constituído basicamente por


núcleos de substância cinzenta, embora alguns feixes nervosos o atravessem.
Algumas estruturas anatômicas fazem parte do hipotálamo inferiormente, como
o quiasma óptico, o túber cinéreo, o infundíbulo e os corpos mamilares.

Hipófise: lobo anterior (adeno-hipófise), lobo posterior (neuro-hipófise) e


infundíbulo (haste que liga a hipófise ao hipotálamo).
Anatomia Tireóide

A tireóide se constitui por: Lobo esquerdo, lobo direito, istmo e lobo piramidal
(pode estar ausente).

Guyton
Estrutura Química dos Hormônios
Existem 3 classes gerais de hormônios:
1. Proteínas e peptídeos
2. Esteroides (3 anéis ciclo-hexila e um anel ciclopentila combinados em
uma única estrutura).
3. Derivados do aminoácido tirosina

Hormônios polipeptídicos e proteicos


Esses hormônios são armazenados em vesículas secretoras até que sejam
necessários. A maioria dos hormônios do nosso corpo são desse tipo.
Síntese: Os hormônios proteicos e peptídicos são sintetizados na extremidade
rugosa do retículo endoplasmático das diferentes células endócrinas, da
mesma maneira que a maioria das outras proteínas. Geralmente, são
sintetizados primeiro como proteínas maiores, que não são biologicamente
ativas, e clivados para formar pró-hormônios menores no retículo
endoplasmático. Estes são então transferidos para o aparelho de Golgi, para
acondicionamento em vesículas secretoras. Nesse processo, as enzimas nas
vesículas clivam os pró-hormônios, a fim de produzir os hormônios menores
biologicamente ativos e fragmentos inativos.

Hormônios Esteroides.
Esse hormônios em geral são sintetizados a partir do colesterol e não são
aramzenados. A estrutura química dos hormônios esteroides é semelhante à
do colesterol.

Síntese: Na maioria dos casos, eles são sintetizados a partir do próprio


colesterol. São lipossolúveis e consistem em três anéis ciclo-hexila e um anel
ciclopentila, combinados em única estrutura.

Hormônios derivados do aminoácido tirosina


Hormônios aminados são derivados da tirosina.

Síntese: os hormônios da tireoide e da medula adrenal, são formados pela


ação de enzimas nos compartimentos citoplasmáticos das células glandulares.
Os hormônios da tiroide são sintetizados e armazenados na glândula tireoide e
incorporados a macromoléculas da proteína tireoglobulina. A epinefrina e a
norepinefrina são formadas na medula adrenal, que normalmente secreta cerca
de quatro vezes mais epinefrina do que norepinefrina. As catecolaminas
ocupam as vesículas pré-formadas que são armazenadas até serem
secretadas.

Silverthorn
Um esquema final divide os hormônios em três principais classes químicas:
hormônio peptídico/proteico, hormônios esteroides e hormônios derivados de
aminoácidos/amínicos. Os hormônios peptídicos/proteicos são compostos de
aminoácidos unidos. Os hormônios esteroides são todos derivados do
colesterol. Os hormônios derivados de aminoácidos, também chamados de
hormônios amínicos, são modificações em um único aminoácido, triptofano ou
tirosina.

Hormônios peptídeos ou proteicos


Os hormônios peptídicos/proteicos variam desde pequenos peptídeos de
apenas três aminoácidos até grandes proteínas e glicoproteínas.

Síntese: O peptídeo inicial originado de um ribossomo é uma proteína grande e


inativa, conhecida como pré-pró-hormônio. Os pré-pró-hormônios contêm uma
ou mais cópias de um hormônio peptídico, uma sequência-sinal que direciona a
proteína ao lúmen do retículo endoplasmático rugoso e outras sequências de
peptídeos que po- dem ou não possuir atividade biológica.
À medida que o pré-pró-hormônio inativo se move através do retículo
endoplasmático, a sequência-sinal é removida, criando uma molécula menor,
ainda inativa, chamada de pró-hormônio. No aparelho de Golgi, o pró-hormô-
nio é empacotado em vesículas secretoras junto com enzimas proteolíticas,
que cortam o pró-hormônio, originando hormônios ativos e outros fragmentos.

Hormônios esteroides
Os hormônios esteroides possuem estrutura química similar por- que são todos
derivados do colesterol.
Síntese: As células que secretam hormônios esteroides possuem uma grande
quantidade de retículo endoplasmático liso, a organela na qual os esteroides
são sintetizados. Os esteroides são lipofílicos e se difundem facilmente através
de membranas, essa propriedade também indica que as células que secretam
esteroides não podem armazenar esses hormônios em vesículas secretoras.
Em vez disso, elas sintetizam seu hormônio quando ele é necessário. Quando
um estímulo ativa a célula endócrina, precursores no citoplasma são
rapidamente convertidos em hormônio ativo.

Hormônios aminícos
Hormônios derivados de aminoácidos, ou amínicos, são molécu- las pequenas
criadas a partir do triptofano ou da tirosina, ambos contendo anéis carbônicos
em seus grupos R (radical).

Síntese: O hormônio da glândula pineal, melatonina, é derivado do triptofano


mas os outros hormônios derivados de aminoácidos – as catecolaminas e os
hormônios tireoideanos – são sintetizados a partir da tirosina.
2) Discutir a classificação química dos hormônios, comparando seu
mecanismo de secreção, armazenamento, transporte, liberação e
localização dos seus receptores.

Guyton e Silverthorn

Mecanismos de secreção
Hormônios peptídicos
A secreção dos hormônios (bem como os fragmentos inativos) ocorre quando
as vesículas secretoras se fundem com a membrana celular e o conteúdo
granular é expelido para o líquido intersticial ou diretamente na corrente
sanguínea por exocitose. (Guyton)

As vesículas se movem para a membrana celular e liberam o seu conteúdo por


exocitose dependente de cálcio.Todos os fragmentos peptídicos criados a partir
do pró-hormônio são liberados juntos no líquido extracelular, em um processo
denominado cossecreção. (Silverthorn)

Hormônios esteroides
Como os esteroides são muito lipossolúveis, uma vez sintetizados, eles
simplesmente podem se difundir através da membrana celular e entram no
líquido intersticial e, depois, no sangue. (Guyton)

Os esteroides são lipofílicos e se difundem facilmente através de membranas,


tanto para fora da sua célula secretora quanto para dentro das células-alvo.
Quando um estímulo ativa a célula endócrina, precursores no citoplasma são
rapidamente convertidos em hormônio ativo. A concentração do hormônio no
citoplasma aumenta, e os hormônios movem-se para fora da célula por difusão
simples. (Silverthorn)

Hormônios amínicos
A secreção hormonal ocorre quando as aminas são clivadas da tireoglobulina e
os hormônios livres são então liberados na corrente sanguínea. (Guyton)

Silverthorn não fala o modo de secreção.

Mecanismos de armazenamento
Hormônios peptídicos
As vesículas são armazenadas no citoplasma e muitas ficam ligadas à
membrana celular até que o produto da sua secreção seja necessário. (Guyton)
As vesículas secretoras contendo os peptídeos são armaze- nadas no
citoplasma da célula endócrina até que a célula receba um sinal que estimule a
secreção. (Silverthorn)

Hormônios esteroides
Embora na maioria das vezes exista muito pouco armazenamento de hormônio
em células endócrinas produtoras de esteroides, grandes depósitos de ésteres
de colesterol em vacúolos do citoplasma podem ser rapidamente mobilizados
para a síntese de esteroides após o estímulo. (Guyton)

Os esteroides são lipofílicos e se difundem facilmente através de membranas,


tanto para fora da sua célula secretora quanto para dentro das células-alvo.
Essa propriedade também indica que as células que secretam esteroides não
podem armazenar esses hormônios em vesículas secretoras. Em vez disso,
elas sintetizam seu hormônio quando ele é necessário. (Silverthorn)

Hormônios amínicos
Os hormônios da tiroide são sintetizados e armazenados na glândula tireoide.
As catecolaminas ocupam as vesículas pré-formadas que são armazenadas
até serem secretadas. (Guyton)

Silverthorn não fala o modo de armazenamento.

Mecanismos de transporte
Hormônios peptídicos e catecolaminas
Os hormônios hidrossolúveis (peptídeos e catecolaminas) são dissolvidos no
plasma e transportados de seus locais de síntese para tecidos-alvo, onde se
difundem dos capilares, entram no líquido intersticial e, finalmente, chegam às
células-alvo. (Guyton)

Os hormônios peptídicos são solúveis em água e, por- tanto, geralmente se


dissolvem com facilidade no líquido extra- celular ao serem transportados por
todo o corpo. (Silverthorn)
As catecolaminas (adrenalina, noradrenalina e dopamina) são neuro-hormônios
que se ligam a receptores na membrana das células, assim como ocorre com
os hormônios peptídicos. (Silverthorn)
Hormônios esteroides e tireoidianos
Hormônios esteroides e da tireoide diferentemente circulam no sangue, em
grande parte, ligados às proteínas plasmáticas. Em geral, menos de 10% dos
hormônios esteroides ou tireoidianos existem livres em solução no plasma. No
entanto, os hormônios ligados a proteínas não conseguem se difundir
facilmente pelos capilares e ganhar acesso às suas células-alvo, sendo,
portanto, biologicamente inativos até que se dissociem das proteínas
plasmáticas. (Guyton)

Os hormônios esteroides não são muito solúveis no plasma e em outros


líquidos corporais. Por essa razão, a maioria das moléculas de hormônios
esteroides encontrados no sangue estão ligadas a proteínas carreadoras.
Alguns hormônios possuem carreadores específicos, como a globulina ligadora
de corticosteroides. Outros simplesmente ligam-se a proteínas plasmáticas
inespecíficas, como a albumina. A ligação de hormônios esteroides a proteínas
carreadoras também bloqueia sua entrada nas células-alvo. O complexo
esteroide-carreador permanece fora da célula, uma vez que as proteínas
carreadoras são lipofóbicas e não podem se difundir através da membrana.
Apenas moléculas do hormônio não ligado podem se difundir para dentro da
célula-alvo. À medida que o hormônio na forma não ligada deixa o plasma, os
carreadores obedecem à lei da ação das massas e liberam o hormônio para
que a razão no plasma entre a forma não ligada do hormônio e a ligada perma-
neça constante. (Silverthorn)

Os hormônios da tireoide, produzidos pela glândula tireoide, comportam-se


como hormônios esteroides, com receptores intracelulares que ativam genes.
(Silverthorn)
Localização de Receptores
As localizações para os diferentes tipos de receptores de hormônios, em geral,
são as seguintes:
1. Na membrana celular ou em sua superfície. Os receptores de membrana são
específicos, principalmente para os hormônios proteicos, peptídicos e
catecolamínicos.
2. No citoplasma celular. Os receptores primários para os diferentes hormônios
esteroides são encontrados principalmente no citoplasma.
3. No núcleo da célula. Os receptores para os hormônios da tireoide são
encontrados no núcleo e acredita-se que sua localização está em associação
direta com um ou mais dos cromossomos. (Guyton)

Os receptores proteicos das células-alvo podem ser encontrados no núcleo, no


citosol ou na membrana celular como proteínas integrais. O local onde o sinal
químico se liga ao seu receptor depende muito de se a molécula sinalizadora é
lipofílica ou lipofóbica (Silverthorn)
3) Explicar o controle da liberação hormonal e o papel do sistema
Hipotálamo-Hipofisário na regulação das funções endócrinas.

Controle da liberação hormonal (Silverthorn)

Reflexo Endócrino Simples


Alguns hormônios possuem estímulos claros que iniciam sua liberação, outros
hormônios possuem estímulos menos óbvios ou são secretados
continuamente, em geral acompanhando o rítmo circadiano.

As vias de controle reflexo mais simples do sistema endócrino são aquelas em


que uma célula endócrina detecta um estímulo diretamente e responde
secretando o seu hormônio. A célula endócrina atua como um sensor e como
um centro integrador. O hormônio é o sinal de saída e a resposta geralmente
serve como um sinal de retroalimentação negativa que desliga o reflexo.

Ex: hormônio da paratireoide.

Reflexo Neural (neuro-hipófise)


os neuro-hormônios são sinais químicos liberados para o sangue por um
neurônio. O sistema nervoso humano produz três principais grupos de neuro-
hormônios: (1) catecolaminas, produzidas por neurônios modificados da
medula da glândula suprarrenal, (2) neuro-hormônios hipotalâmicos secretados
pela neuro-hipófise e (3) neuro-hormônios hipotalâmicos que controlam a
liberação de hormônios da adeno-hipófise.
A neuro-hipófise é o local de armazenamento e liberação de dois neuro-
hormônios: ocitocina e vasopressina. Os neurônios que produzem a ocitocina e
a vasopressina estão agrupados em áreas do hipotálamo, conhecidas como:
núcleo paraventricular e núcleo supraóptico. (Um agrupamento de corpos
celulares de neurônios no sistema nervoso central é chamado de núcleo.) Cada
neuro-hormônio é produzido em tipos celulares separados, e a síntese e o
processamento seguem o padrão dos hormônios peptídicos. Uma vez no
sangue, os neuro-hormônios viajam até os seus alvos.
Os dois neuro-hormônios da neuro-hipófise são compostos de nove
aminoácidos cada. A vasopressina, também chama- da de hormônio
antidiurético ou ADH, atua sobre os rins para regular o balanço hídrico do
corpo. Nas mulheres, a ocitocina liberada pela neuro-hipófise controla a ejeção
de leite durante a amamentação e as contrações do útero durante o trabalho de
parto e a expulsão do feto.

Reflexo Neural (adeno-hipófise)


a adeno-hipófise é uma glândula endócrina muito importante que secreta não
um, mas seis hormônios fisiologicamente importantes: prolactina, tireotrofina,
adrenocorticotrofina, hormônio do crescimento, hormônio folículo- -estimulante
e hormônio luteinizante. A secreção de todos os hormônios da adeno-hipófise é
controlada por neuro-hormônios hipotalâmicos. As vias de regulação podem se
tornar um tanto complexas, uma vez que alguns neuro-hormônios
hipotalâmicos alteram a secreção de diversos hormônios da adeno-hipófise. Os
neuro-hormônios hipotalâmicos que controlam a liberação dos hormônios da
adeno-hipófise são geralmente identificados como hormônios liberadores ou
hormônios inibidores. Os hormônios que controlam a secreção de outros
hormônios são denominados hormônios tróficos. Os hormônios da adeno-
hipófise controlam o metabolismo, o crescimento e a reprodução, todos
processos muito complexos. a prolactina, controla a produção de leite
(lactação) nas mamas femininas. O hormônio do crescimento afeta o
metabolismo de diversos tecidos, além de estimular a produção hormonal pelo
fígado. A prolactina e o hormônio de crescimento são os únicos dois hormônios
da adeno-hipófise que possuem hormônios hipotalâmicos inibidores. O
hormônio folículo-estimulante e o hormônio luteinizante, conhecidos
coletivamente como gonadotrofinas, foram originalmente assim denominados
em razão de seus efeitos sobre os ovários, mas ambos atuam também sobre
os testículos. O hormônio estimulante da tireoide controla a síntese e a
secreção hormonal da glândula tireoide. O hormônio adrenocorticotrófico atua
em certas células do córtex da glândula suprarrenal para controlar a síntese e a
liberação do hormônio esteroide cortisol.

Retroalimentação
Nos eixos hipotálamo-adeno-hipófise, a forma dominante de retroalimentação é
a retroalimentação negativa de alça longa, em que o hormônio secretado pela
glândula endócrina periférica “retroalimenta” a própria via inibindo a secreção
dos seus hormônios hipotalâmicos e adeno-hipofisários. Em vias com dois ou
três hormônios em sequência, o hormônio seguinte na sequência normalmente
retroalimenta para suprimir o(s) hormônio(os) que controla(m) a sua secreção.
A grande exceção à via de retroalimentação negativa de alça longa são os
hormônios ovarianos, estrogênio e progesterona, em que a retro-alimentação é
alternada entre positiva e negativa. Também pode haver retroalimentação de
alça ultracurta na hipófise e no hipotálamo, onde um hormônio atua como um
sinal autócrino ou parácrino para influenciar a célula que o secreta.
Guyton

O Feedback Negativo Impede a Hiperatividade dos Sistemas


Hormonais.
Embora as concentrações plasmáticas de muitos hormônios flutuem em
resposta a vários estímulos que ocorrem durante todo o dia, todos os
hormônios estudados até aqui parecem ser estritamente controlados. Na
maioria dos casos, esse controle é exercido por mecanismos de feedback
negativo que asseguram o nível apropriado de atividade hormonal no tecido-
alvo. Depois que o estímulo causa liberação do hormônio, condições ou
produtos decorrentes da ação do hormônio tendem a suprimir sua liberação
adicional. Em outras palavras, o hormônio (ou um de seus produtos) exerce
efeito de feedback negativo para impedir a hipersecreção do hormônio ou a
hiperatividade no tecido-alvo. A variável controlada não costuma ser a secreção
do hormônio, mas o grau de atividade no tecido-alvo. Portanto, somente
quando a atividade no tecido-alvo se eleva até nível apropriado, os sinais de
feedback para a glândula endócrina serão suficientemente potentes para
lentificar a secreção do hormônio. A regulação dos hormônios por feedback
pode ocorrer em todos os níveis, incluindo a transcrição gênica e as etapas de
tradução envolvidas na síntese de hormônios e etapas envolvidas no
processamento de hormônios ou na liberação dos hormônios armazenados.

Papel do sistema hipotálamo-hipofisário na regulação das funções


endócrinas.
As conexões eferentes do hipotálamo com a hipófise permitem que ele module
o sistema endócrino e o equilíbrio hormonal do organismo. Regulação do
sistema endócrino: todos os hormônios produzidos pela adenohipófise são
regulados por substâncias ativas provenientes do hipotálamo, principalmente
do núcleo arqueado e outras regiões do hipotálamo tuberal. Assim, o
hipotálamo influencia o funcionamento da tireoide, o crescimento, a função
reprodutiva, as glândulas suprarrenais, dentre outros.

4) Discutir sobre os hormônios tireoidianos e repercussão fisiológica


sobre o organismo em geral.

A tireoide, é uma das maiores glândulas endócrinas. Essa glândula secreta


dois hormônios principais, a tiroxina e a tri-iodotironina, usualmente chamados
T4 e T3 respectivamente. Ambos aumentam intensamente o metabolismo do
organismo. A secreção tireoidiana é controlada, principalmente, pelo hormônio
tireoestimulante, secretado pela hipófise anterior. A tireoide também secreta
calcitonina, hormônio importante para o metabolismo do cálcio. 93% dos
hormônios metabolicamente ativos, secretados pela tireoide, consistem em
tiroxina, e 7% são tri-iodotironina. Entretanto, quase toda a tiroxina é, por fim,
convertida em tri-iodotironina nos tecidos, de modo que ambas são
funcionalmente importantes. As funções desses dois hormônios são
qualitativamente iguais, mas diferem na velocidade e na intensidade de ação. A
tri-iodotironina é cerca de quatro vezes mais potente que a tiroxina, mas está
presente no sangue em menor quantidade e persiste por um tempo muito curto.
A maior parte da tireoglobulina não é liberada para a circulação; sendo
necessário clivar a tiroxina e a tri-iodotironina da molécula de tireoglobulina;
em seguida, ambos esses hormônios livres são liberados. Ao serem liberadas
no sangue, mais de 99% da tiroxina e tri-iodotironina se combinam
imediatamente às diversas proteínas plasmáticas sintetizadas pelo fígado. Elas
se combinam, principalmente, com a globulina de ligação de tiroxina e muito
menos com a pré-albumina de ligação de tiroxina e albumina. Devido à alta
afinidade das proteínas plasmáticas de ligação dos hormônios tireoidianos,
essas substâncias - em particular, a tiroxina são liberadas de forma lenta para
as células teciduais. Ao penetrar as células, a tiroxina e a tri-iodotironina se
ligam, novamente, a proteinas intracelulares; a ligação da tiroxina é mais forte
que a da tri-iodotironina. Portanto, são de novo armazenadas, mas dessa vez
nas próprias células-alvo, e são usadas, lentamente, ao longo de dias ou
semanas.

Repercussão fisiológica sobre o organismo


1.Os hormônios tireoidianos aumentam a transcrição de um grnde número de
genes.
2.Os hormônios tireoidianos aumentam a atividade metabólica celular.
3.Estimulação do metabolismo de carboidratos
4.Estimulaçã do metabolismo das gorduras.
5.Necessidade aumentada de vitaminas.
6.Redução o peso corporal.
7.Aumento do fluxo sanguíneo e do débito cardíaco.
8.Aumento da motilidade gastrointestinal.

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