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Generalidades em endocrinologia
⤷ Um mesmo hormônio pode participar de várias áreas de atuação, produzindo várias ações biológicas
diferente. Exemplo: ADH nos rins causa reabsorção de H2O com ajuda das aquaporinas, mas nos
vasos causa vasoconstrição.
Transporte hormonal
Os hormônios hidrossolúveis não requerem nenhum mecanismo especial de
transporte, pois conseguem se solubilizar no PLASMA, circulando livremente. Assim, são
transportados sob FORMA LIVRE (HL). Já os hormônios lipossolúveis requerem mecanismos
especiais de transporte formados por PROTEÍNAS PLASMÁTICAS TRANSPORTADORAS,
divididas em 2 tipos:
● Proteínas transportadoras específicas: apresentam sítios de saturação hormonal
com alta afinidade e elevada especificidade, capazes de identificar uma determinada
molécula e se ligar fortemente a ela (como um
pinguim, ama fortemente 1 para sempre). Essas
são proteínas menores e de baixo peso
molecular, mas que representam muito no
transporte de lipossolúveis, baixo Kd.
São as glicoproteínas hepatoglobulinas, como TBG (ligadora de
tiroxina, mais de T4), TBPA (tiroxinas, mais T3), CBG (cortisol),
TeBG (testosterona), SHBG (hormônios sexuais)
● Proteínas transportadoras inespecíficas: apresentam sítios
de ligação com baixa afinidade e especificidade reduzida pelo hormônio.
São capazes de se ligar a diferentes tipos de hormônios lipossolúveis, mas
com baixa atração, ligação frouxa. São proteínas de alto peso molecular,
mas que representam pouco no transporte, devido ao alto Kd.
São a albumina/pré-albumina.
OBS2: todo hormônio lipossolúvel é transportado pelos dois tipos de proteínas, mas são mais
transportados pela específica, devido ao menor Kd e à maior afinidade e especificidade.
OBS3: admite-se funcionalmente que seja a forma livre do hormônio lipossolúvel que exerça
atividade biológica, não a forma ligada. Portanto,
quando o hormônio é requisitado, a equação
desloca-se à esquerda, dissociando-se da
proteína transportadora e ficando na forma livre.
HL atua na célula, mas o hormônio fica mais tempo
ligado à proteína.
EFEITOS HORMONAIS
Via por meio da qual a substância hormonal alcançará sua célula alvo (estando próxima
ou à distância).
● Efeito ENDÓCRINO (a): O hormônio atingirá
uma célula alvo à distância através da corrente
sanguínea. Ex: insulina agindo no GLUT4 do
músculo.
● Efeito PARÁCRINO (b): o hormônio passa por
difusão ao líquido intersticial e atinge uma célula vizinha (células secretora e alvo
estão próximas). Ex: células delta do pâncreas produzindo somatostatina para inibir
as células alfa e beta, ou a própria ação que a insulina tem na inibição das células
alfa.
● Efeito AUTÓCRINO (d): simultaneamente, a célula é produtora e alvo,
hormônio precisa sair dela para voltar (sempre hormônios hidrossolúveis).
Mecanismo de feedback: célula endócrina secreta o hormônio no líquido
extracelular, há a interação com o receptor e retorna à própria célula que o
produziu.
● “Efeito intrácrino”: hormônio é produzido pela célula endosecretora e
nem é secretada ao meio interno (será que é hormônio mesmo?), age nos
receptores intracelulares, modificando as organelas ou agindo na membrana
celular. É o caso do andrógeno virando estrógeno, por exemplo.
● Efeito criptócrino: variação do parácrino, hormônio age na célula
vizinha em um circuito fechado delimitado pela membrana basal dos túbulos
no líquido intersticial (célula sertoli, seminíferos).
● Efeito justácrino: variação do parácrino, o hormônio apresenta uma cadeia linear de
aminoácidos ligada a ele, como uma haste. Quando é secretado, a haste fica
ancorada à membrana e o hormônio tem uma limitação para agir, alcançando apenas
a célula alvo vizinha no líquido intersticial e sendo injetado no seu receptor. A
eficiência, portanto, depende da distância da célula alvo e do tamanho da haste. Se a
haste quebrar, o hormônio segue livre, ela só direciona ele ao receptor da célula alvo
vizinha.
● Efeito neurócrino: variação do endócrino, os neurônios em contato com os capilares
transportam os hormônios pela despolarização do terminal, secretando esses
neurohormônios no sangue, como as catecolaminas e os neurohormônios
hipotalâmicos.