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FISIOLOGIA RENAL

Júlia Neves – 2023


Professora Raquel

AULA 1

Homeostasia: propriedade que o nosso organismo tem de manter condições quase constantes, compatíveis com a vida.
Tem diversos órgãos e tecidos que colaboram com a homeostase: sistema respiratório (trocas gasosas), sistema
gastrointestinal (absorção de nutrientes, captação de energia), fígado (produção de proteínas e lipídios), sistema
muscular esquelético (reserva e gasto energético), rins (eliminação dos produtos do metabolismo) etc.

Uma das principais funções renais consiste na regulação do balanço de água do organismo (também ocorre por meio do
suor).
Compartimentos corpóreos que acumulam líquido
- fluido IC (2/3)
- fluido EC (1/3): fluido intersticial (78% do fluido EC), plasma (22%), fluido
transcelular, espaço sinovial. Esses dois últimos são pequenos e não entram
nessa conta.

A nossa membrana plasmática delimita o FIC e FEC e permite a passagem


de substâncias e isso é essencial para a manutenção da homeostase.
A membrana do endotélio delimita o plasma e permite também a troca de
substâncias.

O nosso FIC está em equilíbrio com o interstício e plasma.


.
IPC.: gera edema
- permeabilidade do vaso
- diferença de pressão
- perda de proteínas: quando há comprometimento do endotélio o plasma pode passar por interstício, porque a perda da
albumina, que tem uma força osmótica muito grande, em direção ao interstício faz com que grande quantidade de água
saia com ela.

Diferenças entre FIC e FEC:


- FIC: muito potássio, magnésio (cofator enzimático), fosfato e íons orgânicos, pouco bicarbonato, proteínas (enzimas,
citoesqueleto, anticorpos, sinalização).
- FEC: muito sódio, cálcio, cloreto (“co-íon do sódio”), muito bicarbonato (molécula tampão).
Esses fluidos estão em equilíbrio, mas não de composição, visto que são diversos. Isso está relacionada a osmose. Cada
soluto tem uma capacidade diferente de atrair água (força osmótica). Quando somamos todas as moléculas do
compartimento IC e EC teremos o somatório das forças osmóticas e a osmolaridade final dentro e fora da célula e isso
que deve estar em equilíbrio.
A manutenção desse equilíbrio é importante para que não haja osmose que faz a célula inchar ou murchar, já que isso
torna as células não úteis.
Quem regula essa osmolaridade são os rins.

Obs.: Existe um diurético chamado manitol chamado de diurético osmótico, pois possui grande capacidade de reter
água, então quando passa pelos tubulos renais é capaz de manter a água com ele.

IPC.: formação de edema dentro e fora da célula -> falou que era só por curiosidade, mas não falou nada.
Obs.: hiponatremia e hipernatremia -> também disse que é por curiosidade
Precisa saber os valores de referência?

Funções
- balanço de água
- balanço de íons
- conservação de nutrientes
- excreção de metabólitos e drogas
- produtor de hormônio: renina (regulação da PA e hemodinâmica) e eritropoietina (participa na produção de hemácias)
- regulação do pH
- gliconeogênica
- produção de vitamina D ativa

Obs.: filtrar o plasma e produzir urina não são funções renais, são causa e consequência

Estrutura do Rim
- 2 rins
- formato de feijão
- 2/3 protegidos pela caixa torácica e o 1/3 é abaixo da caixa torácica.
- envolto por capsula fibrosa, não extensível e muito inervada -> o indivíduo sente
muita dor quando há lesão no rim e cálculo renal, porque a urina continua sendo
produzida mesmo com a obstrução. O que ocorre é que a urina não tem pra onde
se expandir e há expansão do órgão que pressiona a cápsula, que é inextensível e
altamente inervada.
- irrigado pela aorta abdominal que desemboca na artéria renal. Drenado pela veia
renal e desemboca na VCI.
- papilas (possui ductos de bellini que é a terminação do ducto coletor que goteja a
urina na pelve renal), cálices (maior e menor), pelve renal, ureter -> envolvidos por musculatura lisa, o que dá a essas
estruturas movimentos peristálticos e é dessa forma que a urina chega à bexiga.
- hilo renal: artéria, veia e ureter
- pirâmide renal.
- perdemos a lobação externa conforme crescemos, mas a lobação interna continua.

Estrutura Néfron
- unidade funcional do rim
- corpúsculo renal: unidade de filtração.
Composto por glomérulo e cápsula de
bowman. Existe uma parede externa e
interna (em contato com o capilar por
podócitos), cai o filtrado na região entre o
capilar e a parede interna e começa a migrar pro
túbulo proximal. No glomérulo temos as
células mesangiais.
- tubulo proximal: contorcido (córtex) e reto (inicia a inserção na medula).
Possui a borda em escova e mitocôndrias.
- alça de Henle: fina descendente, fina ascendente e espessa ascendente.
Inseridos na medula.
- túbulo distal: está em contato direto com o corpúsculo renal. O aparelho
justaglomerular e as células do tubulo distal são as células da mácula densa.
Essas são diferentes das outras células do túbulo distal, pois ficam em
contato íntimo com as células do corpúsculo renal.
- segmento de conexão
- ducto coletor: origem embrionária diferente do néfron, por isso alguns não consideram parte do néfron.
- mesangio intraglomerular e extraglomeurlar: é a matriz extracelular produzida pelas células mesangiais. Essas células
mesangiais possuem diferentes propriedades: são capazes de contrair (podendo regular a filtração glomerular, porque
aumenta ou diminui a luz dos capilares, já que os capilares estão em íntimo contato com a matriz produzida por ela).
Além disso, é capaz de fazer fagocitose, produz a matriz extracelular e dar suporte estrutural para as alças capilares.

- alguns néfrons são mais próximos ao córtex (corticais) e outros que são mais próximos da
medula (justamedulares). A diferença deles é o tamanho da alça de Henle, o mais longo pode
chegar a parte interna da medula e os mais superificiais muitas vezes nem chegam na porção
interna da medula externa.
Animais que vivem no deserto tem néfron justamedular, pois tem maior capacidade de
reabsorver água (função da alça de Henle).

Barreira de ultra-filtração (ou de filtração glomerular): É composta por


- endotélio: fenestras, possui carga negativa por possuir proteínas
aniônicas na sua membrana. Permite a passagem de tudo, menos células,
por isso dizemos que o rim filtra plasma e não sangue.
- membrana basal: 3 laminas, 2 raras e 1 densa no meio. Há uma fusão da
membrana basal do endotélio com a dos podócitos na embriogênese. Essa
membrana basal possui poros funcionais que permitem a passagem da
molécula. É carregada negativamente. A maior restrição da passagem de
moléculas é pelo tamanho.
- parede interna da capsula de bowman: possui podócitos. Os podócitos
possuem pedicélios que abraçam o vaso, então esses estão em íntimo
contato com o vaso e lâmina rara externa. O plasma passa entre os
prolongamentos, pelas fendas de filtração (maiores responsáveis pela
limitação da filtração por tamanho).

O sangue chega nos capilares pela arteríola aferente, ele sai do vaso,
passa pelo endotélio, chega na membrana basal e atravessa pelos
seus poros. Posteriormente, atinge atinge a porção interna das
membranas basais (podócitos) atravessando através das fendas,
chega no espaço de bowman, o espaço urinário. Finalmente ele entra
no tubulo principal.

Filtração do plasma:
Solutos chegam pela arteríola aferente, passam pelos capilares, uma
parte é filtrada, cai mo espaço urinário e cai no tcp. O que não é filtrado sai do corpúsculo pela arteríola eferente e volta
para a circulação sangüínea.
- seletividade: tamanho e carga. Se temos uma membrana basal, endotélio e podócitos com carga negativa há maior
dificuldade de ser filtrada essa carga. Da mesma forma, o sódio, muito pequeno, então passa livremente pela barreira de
filtração (é livremente filtrada), o que não ocorre com a albumina e proteínas de maior peso molecular que possuem
ultrapassam a barreira de filtração com maior dificuldade.

Processos que ocorrem no néfron: filtração, reabsorção (filtrado retornar pro sangue), secreção (entrar na luz tubular a
partir do sangue) e excreção.

Aparelho justaglomerular:
É a porção do néfron distal em contato com o corpúsculo renal
Componente vascular: arteríola aferente (porção terminal), eferente (porção inicial), mesângio extraglomerular.
Componente tubular: mácula densa (transição entre alça ascendente espessa de Henle e TCD). A mácula densa é uma
região especializada do túbulo distal adjacente ao hilo do glomérulo referente. Funciona como um sensor para o controle
da taxa de filtração glomerular.
O aparelho justaglomerular está envolvido na produção de renina e possui a função de regular a resistência arteriolar
glomerular e a filtração glomerular e controlar a síntese e a secreção de renina.
As células da mácula densa conseguem perceber uma baixa de cloreto de sódio dentro da luz tubular. Isso é um
indicativo de pressão baixa, porque está chegando pouco soluto e pouca água. Então, através do mesangio
extraglomerular conseguem comunicar as células da arteríola aferente para produzir e liberar renina pro meio EC.
Células granulares: células da arteríola aferente. Possuem granulo de renina e angiotensina 2. São essas que produzem
renina.

Néfron cortical: Artéria renal -> artéria interlobar -> artéria arqueada -> artéria interlobular -> arteríola aferente ->
capilares glomerulares -> arteríola eferente -> capilares peritubulares (envolve o tubulo proximal)
Néfron justamedular: (...) arteríola aferente -> capilar glomerular -> arteríola eferente -> vasos retos (é reto, não é como
os peritubulares que envolvem o tubulo proximal) esses acompanham a alça de henle.
No capilar peritubular e na vasa reta que o sangue começa a ficar venoso. Esses estão no interstício renal, no
parênquima do órgão.

Hemodinâmica Renal
Disse que não vai pedir conta. É para entender o raciocínio das fórmulas.

FLUXO SANGUÍNEO RENAL (FSR)


O rim recebe 20% do debito cardíaco, o que significa que o rim recebe 1/5 do sangue que sai do coração.
Isso significa que ele tem uma grande perfusão (quantidade de sangue que flui), o que revela a importância desse órgão.
90% que chega no rim vai pro córtex e 10% vai para a medula. Isso, porque o primeiro processo que ocorre para a
formação da urina é no corpúsculo renal, por meio da filtração.

Cálculo do FSR: É possível calcular o fluxo sanguíneo renal por meio da lei de Lavoisier e princípio de Fick. No sistema
fechado, é importante retirar o que foi inserido. Há a lei de conservação das massas (massa entrada = massa saída).
O rim temos uma porta de entrada (artéria) e duas de saída (veia e ureter). Podemos sair do rim na forma de sangue e
de urina. É isso que a fórmula abaixo demonstra.
Usa-se uma substancia quase 100% secretada pra dentro dos tubulos renais. Então o sangue vem da arteriola, uma parte
é filtrada e outra sai pela arteríola eferente. Teoricamente o que sai pela eferente volta pra circulação a não ser que seja
secretada. Se for 100% secretada, o sangue venoso tem bem menos da substancia, eliminando a concentração da veia na
fórmula. A concentração da artéria é a que demos pro paciente e com um exame de urina simples mede a concentração
na urina e o fluxo.
A substancia que se usa pra isso é o paraamino-hipirato de sódio (não é metabolizada, sintetizada, não é reabsorvida e é
90% secretada) uma substancia exógeno que precisa infundir no paciente (desvantagem).

FSR = fluxo sanguíneo renal


Cur = concentração da substancia na urina
FU = fluxo urinário
Ca = concentração da substancia na artéria
Cv = concentração da substancia na veia

Não é uma ação prática na medicina.

Dos 1200mL que chegam mo rim 600mL é plasma e 600mL é célula. Desse plasma, só 20% (entre 90-120mL por minuto)
é filtrado, o resto sai pela arteríola eferente e volta pra circulação e posteriormente esse volta. Todo sangue é filtrado,
mas isso ocorre aos poucos.

TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR (TFG)


Para medir a taxa de filtração glomerular, a molécula tem que ter os mesmos parâmetros do paraamino-hipirato de
sódio, o que significa: ser inerte, não ser toxica, não ser metabolizada, não ser reabsorvida, facilmente medida, ou seja,
deve ser eliminada da forma que foi filtrada.
Nesse caso, para medir a massa de saída é importante usar a lei de Fick e Lavoisier, ou seja, considera o nefron como
sistema fechado. A saída é medida na urina e a entrada ocorre pela filtração. Então, olha a massa de saída e de entrada,
porque quer saber quanto está sendo filtrado.

TFG
Cp = concentração no plasma (o que foi filtrado)
Cur = concentração na urina
FU = fluxo urinário

Para isso, usa-se duas moléculas:


- inulina: mais adequada, porém necessita ser infundida no indivíduo.
- Creatinina: é endógena e não precisa ser infundida. A desvantagem é que ela é secretada, então quando fizer uma
dosagem da urina dá um valor acima, ou seja, não oferece o valor preciso.

A TFG diminui com a idade.

Parâmetros para insuficiência renal:


- taxa de filtração glomerular
- quantidade de albumina na urina (marcador de lesão renal).
O indivíduo renal crômico não excreta o fármaco de forma eficiente e pode acumular o mesmo na corrente sanguínea,
por isso o renal crônico não pode tomar determinados medicamentos como a penicilina. Além disso, esses podem
sobrecarregar o rim.
Fração de filtração: dividir a taxa de filtracao/fluxo sanguineo. Do que ta chegando no sangue, indica o quanto de plasma
que está sendo filtrado. Normalmente o valor é 20%, como já foi dito.

Fatores limitantes da filtração


- barreira de filtração
- pressão de ultrafiltracao: a filtração do plasma é hemodinâmico e depende de pressões.
Há quatro pressões: (1) pressão hidrostática (pressão que o liquido exerce no vaso), (2) pressão oncótica (pressão da
proteína para puxar a água, dentro do vaso também), (3) pressão hdrostática (do plasma filtrado no espaço de bowman)
e (4) pressão oncótica na capsula de bowman.
- pressão hidrostatica no capilar: favorece a filtração
- pressão oncotica no capilar: desfavorece a filtração
- pressão hidrostatica no espaço de bowman: desfavorece a filtração, porque esse liquido exerce pressão no sentido
oposto
- pressão oncotica no espaço de bowman: favorece, pois tenta puxar a agua em direção a ela.
- pelo balanço de pressões descobre-se se haverá ou não filtração.
- Coeficiente de ultrafiltracao: Não influencia tanto na filtração glomerular em condições normais, está relacionada a
patologias. Relaciona a permeabilidade (k) com a superfície (s). Quanto maior a superfície, maior é a filtração. O
coeficiente consegue relacionar com a formula do balanço das pressões que favorecem e desfavorecem a filtração.
Obs.: em indivíduos normais esse coeficiente é constante.
- Gradiente de pressão nos vasos renais:
Pressão na artéria renal: pressão arterial normal
Pressão na arteríola aferente cai drasticamente
Capilar glomerular: cai suavemente. Ao longo do capilar a pressão hidrostática diminui, porque está havendo filtração,
então tira o fluido de dentro do vaso e jogando pro espaço urinário (de bowman)
Pressão na arteríola eferente: cai drasticamente

Essas pressões não são fixas, são moduladas.


A arteríola aferente e eferentes são pontos de regulação da taxa de filtração e vários hormônios regulam o calibre desses
hormônios para controlar a filtração. Um exemplo é a angiotensina II que faz vsocontração da aferente e eferente, sendo
esse hormônio liberado na baixa de PA e volemia.

REGULAÇÃO DO FSR E TFG


Phidrostática 1 = Phidrostática 2

Vasoconstrição = Phidrostática aumenta no 1 e aumenta no 2.


Vasoconstrição na arteríola aferente:
- aumenta Phid na arteríola aferente
- diminui a phid no glomérulo (após a vasoconstrição), o que diminui a filtração glomerular. Nesse caso, o FSR está
diminuído (entra menos sangue no rim).

Vasoconstrição na arteríola eferente:


- antes da vasoconstrição aumenta a phid, logo, aumenta a TFG e diminui o fluxo sanguíneo renal.

Obs.:Toda vasoconstrição diminui a entrada de novo sangue.


Obs.:Geralmente no princípio de lesão renal a taxa de filtração aumenta, como se o rim tentasse compensar o problema.
Após um tempo isso se torna insuficiente.
Vasodilatação: sangue escoa mais rapidamente, fazendo a pressão diminuir. Então diminui a quantidade de sangue antes
da vasodilatação, o que diminui a phid. Em contrapartida, após a vasodilatação, aumenta a phid, porque haverá aumento
do sangue numa espaço menor. A vasodilatação aumenta o fluxo, porque dá mais espaço pro sangue entrar.
Vasodilatação na eferente:
- phid no capilar glomerular diminui (antes da vasodilatação) -> filtração diminui

Vasodilatação na aferente:
- após a vasodilatação a phid aumenta, então a filtração aumenta.

AUTORREGULAÇÃO DO FSR E TFG

Taxa de filtração: preto


Fluxo sanguíneo renal: vermelho

Se tem uma pressão arterial de 80-180, a TFG e FSR quase não se


alteram, porque o rim consegue regular a entrada de sangue.
Pressão alta até 180: FSR normal, porque o rim impede a entrada desse
sangue por meio do mecanismo miogênico -> quando aumenta a
pressão na artéria renal, vaso distende para acomodar a pressão ->
ativação de canais de cálcio -> cálcio entra e gera contração muscular
-> contração da célula muscular -> calibre volta ao normal e regula a
quantidade de sangue que chega aos capilares (como se fosse um
esfincter).

AULA 2
Professora Raquel

As células dos túbulos renais são epiteliais polarizadas, não porque possuem carga positiva e negativa, mas porque
possuem uma membrana apical e basolateral bem definidas. O que define a membrana apical e basolateral são as
junções célula-célula. Por conta dessas junções, as proteínas da membrana apical não conseguem passar para a
basolateral e ficam confinadas ali, o oposto também é verdade.

Diferença do TCP para a alça fina descendente de Henle: microvilosidade e mitocôndia. O TCP tem muitas
microvilosidades, o que significa que o tubulo proximal possui grande reabsorção, sendo o principal sítio de reabsorção
do néfron. Além disso, no TCP há muitas mitocôndrias, o que indica transporte ativo.

Túbulo Proximal Convoluto


Presente no final da cápsula de bowman.
A microvilosidade fica voltada pra dentro, pra membrana apical.
Reabsorve 67% do que foi filtrado, se filtrar menos, reabsorve 67% dessa porção, se filtrar mais reabsorve 67%. É uma
questão proporcional.
Secreção também existe.

Reabsorção

BOMBA DE SÓDIO E POTÁSSIO


Transporte ativo primário
Presente na membrana basolateral
Gradiente elétrico gerado pela bomba de sódio e potássio: sai mais carga positiva do que entra. Isso facilita a saída de
carga negativa, pois o seu interior é mais negativo do que o exterior.
Gradiente de concentração: há retirada de sódio da célula e no plasma tem sódio, que é livremente filtrada, então o
fluido filtrado tem a mesma concentração de sódio do que o plasma.
Impulsiona o transporte de outras moléculas por conta do sódio.
A entrada de sódio na célula faz a membrana que estava negativa acumule cargas positivas, então começa a absorver
menos carga positiva e mais negativa. Após isso, a bomba de sódio retira e reveste esse gradiente. É uma coisa que vai se
repetindo.

TRANSPORTE ATIVO SECUNDÁRIO


- SGLT: Co-transportador sódio-glicose -> Sódio entra pelo gradiente gerado pela bomba de sódio e potássio e sai pela
bomba de sódio e potássio
- Co-transportador sódio-aa
- Co-transportador sódio-solutos orgânicos (lactato, fosfato)

PRIMEIRA FASE DE REABSORÇÃO DO TCP


Ocorre no início do TCP
É a reabsorção de sódio preferencialmente com solutos orgânicos (glicose, proteínas, aa, lactato,
fosfato, bicarbonato).
Nessa fase há um pouco de transporte passivo de cloreto (paracelular), pois há basicamente
reabsorção de sódio com solutos orgânico e o transporte de cloreto fica relativamente estável.
No tubulo proximal há também reabsorção de agua, sendo essa isotônica (na mesma proporção
que sai soluto sai água) isso deixa o cloreto da luz tubular concentrado para o início da segunda
fase de reabsorção.
Obs.: O tubulo proximal é o principal sítio de reabsorção de bicarbonato.

SEGUNDA FASE DO TRANSPORTE DO TUBULO PROXIMAL


Transporte transcelular e paracelular do cloreto
Nessa fase, o sódio é reabsorvido preferencialmente com cloreto

REABSORÇÃO DE ÁGUA
O túbulo proximal é o principal sítio de reabsorção de água de forma que existe a mesma proporção de água e soluto
nesse fluido que foi reabsorvido do que tem no plasma, por isso dissemos que é a reabsorção isotônica.
Água é reabsorvida por via transcelular (aquaporinas) e paracelular.

REABSORÇÃO DE PEPTÍDIOS E PROTEÍNAS


Esse transporte pode ou não ser acoplado ao sódio.

Peptídios, dioeptídios e oligopeptídios são acoplados no transporte ao sódio: na borda em escova há peptidases EC
assim como no interior da célula. Dessa forma esses poderão ser clivados em antes ou depois da entrada na célula.
Esses peptídeo entram na célula por transportador junto ao sódio, sendo esse altamente específico para cada aa.
Primeiro o sódio se liga ao transportador, que muda de conformação expondo sítios de ligação ao peptídio ou aa.
Quando o aa se liga, o transportador muda novamente de conformação e joga o sódio como o aa para dentro da célula.

Proteínas: há um complexo chamado megalina-cubilina (associação de duas proteínas) que tem a função do transporte
de proteínas, esse receptor é inespecífico.
Então, a proteína filtrada chega no TCP e se encaixa no receptor. Quando isso ocorre,
esse complexo é internalizado e vai para a via lisossomal. Então, inicia –se a entrada de
H+, que acidifica o lisossomo, mudando a conformação das proteínas e fazendo com que
o receptor de megalina se dissocie da ptn. Com isso, a megalina volta para a membrana
apical para captar outras proteínas. Enquanto isso, a proteína que foi solta vai para a
via de degradação.
Existem um outro canal chamado CLC5 , que é responsável por introduzir (?) cloreto e permitir que a entrada de
hidrogênio não seja dificultada pelo excesso de carga positiva. Dessa forma, permite que a região fique mais acidificada.
Caso haja mutação nesse canal, há proteinúria maciça, porque a megalina não se dissocia, logo, não capta mais proteínas
para reabsorção.

As proteínas mais filtradas são as menores que a albumina, mas as de alto peso molecular também sofrem esse
processo.
A presença maciça de proteína na urina (proteinúria) pode indicar lesão na barreira de filtração, que normalmente não
deixa passar muitas proteínas grandes, e também no tubulo principal que não consegue reabsorver a proteína filtrada de
forma eficiente. Se ha grande quantidade de proteína de alto peso molecular (albumina para cima), a principal lesão
deve ser na barreira de filtrarão. Se ha grande quantidade de proteína de baixo peso molecular, o pp problema
provavelmente está no TCP.
Nefropatia diabética: lesão de TCP porque a glicose é reabsorvida principalmente no TCP.
Quando há excesso de glicose, esse interage com proteínas, lipídios, nucleotídios, gerando os compostos glicados. Essas
moléculas possuem receptor de compostos de glicação avançada (AGEs e RAGE). Quando ha a ligação com o receptor,
ocorre o desencadeamento da resposta inflamatória, direcionando células imunes e macrófagos que desencadeiam uma
dano celular. Esse processo justifica a lesão na nefropatia diabética.

Parte inicial do tubulo proximal: SGLT2 -> baixa afinidade e alta capacidade de transporte. Transporte 90%.
Parte final do tubulo proximal: SGLT1 -> alta afinidade e baixa capacidade de transporte. Transporta 10% da glicose.
É interessante que o SGLT2 venha antes do SGLT1, visto que ele transporta maior quantidade e depois há o transportador
que capta o restante, pois é mais fino (já que tem maior afinidade).
Existem medicamentos anti-diabetogênicos que são usados para diminuir a a glicemia e são inibidores da SGLT2,
reduzindo a reabsorção de glicose. A longo prazo pode formar compostos glicados, lesando a estrutura tubular.
O diabético tem glicose na urina porque esses receptores são saturáveis.

Parte inicial do túbulo proximal: GLUT2


Parte final do túbulo proximal: GLUT1

Secreção

O que sai do capilar e segue para o tubulo renal para ser perdido na urina.
Isso ocorre com substâncias endógenas, exógenas.
Alguns medicamentos tem via de excreção renal, por isso os indivíduos que possuem doença renal crônica não podem
ingerir esses medicamentos. Esses dependem dessa secreção e a função renal precisa estar adequada, pois esse
indivíduo pode não conseguir secretar o fármaco e acumula a droga no organismo.

Alça de Henle
IPC.:
- túbulo proximal isotônico -> reabsorve agua, soluto
- descendente (seja tubulo proximal, seja alça de henle) -> permeável a agua
- ascendente (seja fino ascendente, seja tubulo distal) -> impermeável à água

Alça fina descendente

Não possui transporte ativo, não possui mitocôndria.


Transporte de soluto passivo e paracelular -> lembrando que a medula é hipertônica.
Sódio, cloreto e ureia: secretado
Água: reabsorvido
Isso significa que a luz tubular recebe soluto e a agua sai, então o segmento concentra o fluido da luz tubular.

Alça fina ascendente


.

Sódio e cloro: reabsorção -> saída da luz tubular


Ureia: secreção -> ureia vai pra luz tubular
Água: impermeável
Nesse caso, o saldo será retirada de soluto, logo, esse fluido se dilui.

Segmento espesso ascendente

Caso o TCP não reabsorva soluto suficiente, esse segmento compensa pelo aumento da reabsorção.
Metade do sódio é reabsorvido por via paracelular e metade por via transcelular.

Soluto: reabsorção
Água: impermeável
Isso gera diluição da luz tubular.

Transportador tríplice (NKCC): transporta sódio, cloreto e potássio. Só funciona com os três íons.
Esse é o transportador responsável pela grande reabsorção de sódio.

Reabsorção de sódio: bomba de sódio e potássio


Reabsorção de cloreto: canais de cloreto na membrana basolateral
Reabsorção de potássio: canais de potássio na membrana basolateral

Canal vazante de potássio: secreção de potássio. Esse é importante porque retroalimenta o tríplice.
Como joga muito potássio para dentro da célula tanto pela tríplice como pela bomba de sódio e potássio. Então, esse
potássio consegue sair pela basolateral (canal de potássio) e apical (canal vazante).
Por causa desse canal vazante de potássio, a voltagem dentro da luz tubular é positiva. Isso significa que essa é a
principal região de reabsorção dos íons divalente (cálcio, magnésio) por via paracelular.

O potássio, além de e ser reabsorvido (luz tubular -> célula -> interstício), ele também migra da célula para a luz tubular.
Isso significa que o potássio é reabsorvido e secretado nesse segmento, processo chamado de recirculação de potássio.
Cãimbra ocorre por deficiência de potássio.

Túbulo contorcido distal

Reabsorve 5-10% do sódio filtrado


Impermeável à água
Dilui o fluido da luz tubular.

A reabsorção de sódio ocorre por meio de um canal de sódio chamado ENAC (canal de sódio epitelial) – não é
transportador. Esse canal é alvo de alguns diuréticos.
Nessa região também há a recirculação do potássio.

Ducto coletor

Possui três tipos de células:


- célula principal
- célula intercalar alfa: secreta H+ (hidrogênio ATPase na membrana luminal) e reabsorve bicarbonato (transportador de
bicarbonato)
- célula intercalar beta: secreta bicarbonato e reabsorve H+.
As células intercalares alfa e beta estão envolvidas com a regulação de pH. Dependendo do pH do fluido ativa uma ou
outra célula.

As células do ducto coletor reabsorvem cerca de 3% do sódio filtrado.


Recirculação do potássio (ocorre isso em todo segmento ascendente)

A permeabilidade do ducto coletor a ureia e água depende do ADH (h. Antidiurético). Se o objetivo é reter água, o
objetivo é gerar reabsorção, então o ADH torna o ducto permeável à água, e na ausência do mesmo é impermeável. A
permeabilidade à ureia (pelo transportador UT), nesse caso, é relevante, visto que permite a reabsorção da água, pois
mantém a medula hipertônica.

Hipertonicidade da medula
Fatores que permite a hipertonicidade:

- Transportador tríplice: presente no segmento espesso ascendente, é responsável pela hipertonicidade da medula. Isso
ocorre porque esse permite a grande reabsorção, o que torna a medula hipertônica.

- Impermeabilidade da alça espessa de Henle à água: se ela fosse permeável, haveria reabsorcao de soluto e de água,
sem gerar hipertonicidade.

- a conservação dessa hipertonicidade ocorre pela ureia.


Alça fina ascendente e descendente: Alta concentração de ureia, pois há secreção nessas duas regiões.
Ramo espesso ascendente: impermeável à ureia
TCPD: impermeável à ureia
Ducto coletor: permeabilidade à ureia depende do ADH. Na presença do ADH o epitélio fica permeável e essa sai em
direção a medula, se acumula ali e depois é secretado na alça de henle. Esse é o ciclo renal da ureia, que permite que a
hipertonicidade da medula seja sempre conservada. Isso é importante para que ocorra a reabsorção de água.

Obs.:
TP: principal sítio de reabsorção de sódio do córtex
Segmento espesso ascendente: principal sítio de reabsorção de sódio na medula

Na medula temos um sistema contracorrente multiplicador para formar a hipertonicidade da medula.


- efeito unitário da hipertonicidade é o tríplice, porque ele é o formador.
- efeito multiplicador é dado pelo tamanho da alça de henle, pois quanto mais longa a alça de henle (maior segmento
espesso), maior será a reabsorção de água, pois haverá maior capacidade de concentrar mais a luz tubular fazendo com
que o ducto coletor consiga concentrar mais água . Lembrando que na porção descendente a gente concentra o fluido.

Alça curta: as vezes quase não tem fina ascendente, parte praticamente pra espessa ascendente.
Alça longa: alça fina descendente e ascendente longa e um espaço enorme de espessa ascendente. Como tem mais
espessa ascendente nesse do que no de alça curta, gera maior reabsorção de água.

Obs.: Existe um diurético que bloqueia o tríplice, porque haverá menor hipertonicidade da medula e, então, o ducto
coletor irá reabsorver menos água.

Regulação da Tonicidade do Fluido EC


Hormônio regulador: ADH
Osmolalidade: concentração de partículas osmoticamente ativa (partículas capazes de promover osmose). Mol/kg
Oamolaridade: mol/L

Obs.:
Regulação de tonicidade/osmolalidade: balanço de água
Regulação de volume: balanço de sódio

Tonicidade: numero de partículas osmoticamente ativas em um compartimento (osmolalidade), tonicidade é a


capacidade dessas partículas promoverem osmose.
Força tônica: depende da permeabilidade da membrana e do numero de partículas que é capaz de fazer a agua se
mover.
Tonicidade e osmolalidade: estão diretamente relacionadas.

Hemácia no meio isotônico: sem deslocamento de agua, porque a tonicidade e osmolalidade dentro e fora é a mesma.
Hemácia no meio hipertônico: agua tende a sair da célula pro meio mais soluto e a célula murcha
Hemácia no meio hipotônico: recebe agua porque tem mais soluto do que no compartimento de fora.

Fluido extracelular: interstício, plasma, tudo que está fora da célula. É importante manter a osmolalidade e tonicidade
dele constante para que as células não inchem ou murchem.

Quando há aumento da osmolalidade do plasma ou diminuição do volume do sangue ou da pressão arterial sentimos
sede. Uma das regulações da nossa osmolalidade plasmática é a sede para regular a osmolalidade. Então, se a
osmolalidade esta alta, é importante diluir o plasma e, para isso, é bom reter líquido por meio da sede e diminuir a
quantidade de urina (ativando ADH).

Sede x ADH
Se aumentar 1% a osmolalidade plasmática, inicia-se a secreção do hormônio ADH e depois ativa o centro da sede. O
mesmo pode ocorrer em relação à diminuição do volume plasmática, mas esse precisa ser modificado de 10-15%. Isso,
porque o estímulo da sede é mais sensível ao aumento da osmolalidade plasmática do que pela redução do volume
(pressão).

O ADH é sintetizado e liberado pela hipófise. Pode ser liberado em resposta a: (1) aumento da osmolalidade plasmática
por meio da sensibilização dos osmorreceptores do hipotálamo ou (2) diminuição do volume/pressão arterial, por meio
da sensibilização dos barorreceptores do átrio esquerdo e dos vasos pulmonares. Além disso, outros fatores que podem
estimular a liberação do ADH: drogas, fármacos, estresse, inervação simpática.
Narcóticos e nicotina aumenta a produção de ADH
Álcool (inibe diretamente a liberação do ADH) e cafeína: inibe a ação do ADH

Ação do ADH dos rins:


- glomérulo: contração das células mesangiais e diminui a taxa de filtração glomerular com o objetivo de passar menos
agua para a urina.
- alça espessa de henle: estimula a atividade do transportador tríplice, ou seja, aumenta a reabsorção de sódio, cloreto e
potássio deixando a medula mais hipertônica, o que leva a maior reabsorção de agua
- ducto coletor: aumento a permeabilidade do ducto coletor à água e ureia.
Obs.: as células mesangiais são as células que ficam no meio dos capilares e produzem MEC, citocinas, fatores de
crescimento, que são capazes de fagocitar, contrair e relaxar. Essas células sustentam os capilares, pois esses estao
entremeados na MEC que ela produz. Se houver contração dessa célula a luz do capilar é reduzida, diminuindo a
passagem do sangue que passa por ali e chega nos capilares glomerulares.

OUVIR O FINAL DESSA AULA

Diabetes Insipidus

AULA 3
Professora Raquel

Regulação do volume do FEC


- balanço de sódio
- regulação: sistema renina-antiotensina-aldosterona

A importância da regulação do volume é a manutenção da pressão sanguínea.

Conseguimos regular nosso volume do FEC, pela estimulação da renina, de algumas maneiras:
(1) inervação simpática:
Aumento da pressão na arteríola aferente -> inibição da secreção de renina.
Diminuição da pressão da arteríola aferente -> estímulo da secreção de renina.
O hipertenso tem uma atividade simpática exacerbada.
(2) receptores de estiramento presentes nas células justaglomerulars renais -> estão na arteríola aferente em intimo
contato com as células da macula densa. Então, quando temos aumento da pressão dentro dessa arteriola
aferente, temos uma diminuição da produção de renina. Quando temos diminuição da pressão, aumentamos a
produção de renina.
(3) sensibilidade das células da macula densa à carga de cloreto de sódio
que chega na luz tubular. Quando menor a carga de cloreto, maior a
liberação de renina. Quando maior a carga, menor a liberação de
renina.
A célula da macula densa tem transportador triplica. Quando ha muito
sódio, cloreto e potássio na luz tubular, esses serão transportados para
dentro da célula. Consequentemente, há inibição da via de COX-2, que
seria responsável pela produção de prostaglandinas. Essas se ligariam
no seu receptor da célula justaglomerular da arteríola aferente, estimularia um via de sinalização dependente de
AMPc que faria a liberação de renina por essas células. Na presença de cloreto de sódio essa via fica inibida e na
baixa presença de cloreto de sódio há estímulo dessa via.
Isso dignifica que a prostaglandina também estimula a liberação da renina.
(1) Queda de pressão -> aumenta tônus simpático + queda da pressão de perfusão renal + queda da carga de NaCl
na macula densa-> aumento da liberação de renina pelas células granulares do aparelho justaglomerular. Renina
converte angiotensinogênio em angiotensina I, que é convertida em angiotensina II pela ECA.
Ações da angiotensina II
- estimula a atividade de alguns transportadores: (1)aumenta a atividade do trocador sódio-H, presente no
túbulo proximal, ramo espesso ascendente e TCP. Isso faz com que mais sódio seja reabsorvido, (2) aumenta
atividade do ENaC (membrana do tubulo distal final), (3) bomba de sódio e potássio
- secreção de aldosterona: atua no ducto coletor, aumentando a atividade do canal de sódio e potássio e
estimula canais de sódio. Com isso, aumenta a reabsorção de sódio no ducto coletor. Consequentemente, o
fluido do ducto coletor fica mais diluído e a medula hipertonica. Esse aumento de osmolaridade plasmática
estimula a liberação de ADH, que promove a reabsorção de água e ureia.
- vasoconstrição de arteríola aferente e eferente (mais da eferente): aumento da filtração glomerular, pois a
pressão hidrostática antes da vasoconstrição aumenta, já que diminui o espaço pra saída do sangue, então
aumenta a pressão hidrostática no capilar glomerular. Então, oferece mais sódio pros túbulos renais e
potencializa a reabsorção de sódio, o que eh importante para que a medula renal fique mais hipertônica.
Também há liberação de ADH, o que aumenta a reabsorção de agua no ducto coletor.
- na medula diminui o fluxo de sangue dos vasos retos, que são a continuação da arteríola eferente (quando a
arteríola entra na medula se chama vasos retos). Quando isso ocorre, diminui a lavagem da medula, pu seja,
retira menos coisas da medula, fazendo com que essa continue concentrada. Alem disso, aumenta a
concentração de ureia na medula, pois não retira esse produto da medula.
Então SRAA: aumento da pressão.

(2) Aumento da pressão/volemia, libera-se o peptídeo natriurético atrial. Esse é armazenado nos miócitos atriais.
Então, no aumento da volemia, chega mais sangue no átrio, ele se dilata, as células musculares estiram e liberam
esse peptídeo. Ainda, inibe a liberação de renina.
- vasodilatação generalizada
- aumenta permeabilidade vascular a água -> saída do sangue do vaso
- vasodilatação do rim -> aumento fluxo sanguíneo
- aumento da filtração glomerular -> nesse caso não tem estimulo dos transportadores de sódio -> não tem
muita reabsorção de sódio -> filtrado formado não eh reabsorvido e é eliminado na urina.

AULA 4
Professora Raquel

Diuréticos
Atuam alterando o transporte de sódio

1) Diurético osmótico
local de ação: geralmente do TCP, mas também pode atuar na alça de Henle e ducto coletor
manitol e glicose -> aumento da osmolaridade no túbulo proximal. Esse sistema é compensado pela alça espessa
de Henle. Então, não é um diurético muito agressivo.
2) inibidores da anidrase carbônica
agem no TP
Não atuam no transporte de sódio, agem como inibidores da anidrase
carbônica. O bicarbonato funciona como tampão. Esse bicarbonato é
livremente filtrado. Na luz tubular, ele reage com hidrogenio e forma
acido carbonico e esse se dissocia em agua e co2 por meio da AC. Essa
agua é reabsorvida no tubulo proximal e o gas se difunde dentro da
celula. Dentro da celula ocorre o contrário, junta co2 com agua, forma
acido carbonico pela anidrase carbonica e por putra AC se dissocia em
H e bicarbonato. O bicarbonato eh reabsorvido e o hidrogenio é secretado, podendo se ligar a outros íons
bicarbonato e continuar o ciclo.
O hidrogênio é secretado por antitransporte com sódio. Entao, na inibicao da AC, ocorre inibicao dos processos
que acarreta na inibicaro da saída de hidrogênio e a entrada de sódio, acumulando sodio na luz do tubulo
proximar, o que aumena a osmolaridade e tem mais agua nessa regiao. Nao eh muito potente tambem, pois há
aumento da atividade do tríplice para compensar a falta de reabsorcao no tcp, deixando a medula hipertônica,
gerando a reabsorcao de agua.
3) diuréticos de alça
local de ação: alça espessa de Henle bloqueando o tríplice
Flurozemida
Bloqueia o transportador tríplice -> acumulo de sodio, cloreto e potassio -> medula não fica hipertônica -> baixa
reabsorcao de agua.
Diurético potente, pois o tríploce é responsável por cerca de 25% de sódio.
Sodio é um pouco reabsorvido no tubulo distal e ducto coletor, mas o potássio é perdido na urina. Entao, esses
doureticos perdem potassio, gerando hipopotassemia.
4) Diurético de tubulo distal
tiazídicos
agem no TD inicial
Bloqueiam o transporte de sodio e cloreto no tubulo distal. Mais sodio na luz tubular, fica hipertonica e aumenta
a concentracao de agua na luz tubular.
Não é muito potente, pois bloqueia 5-10% do sódio reabsorvido.
5) poupador de potássio
Agem no ducto coletor e bloqueiam a acao do ENaC, o que estimula uma via de sinalizacao que estimula o
antagonista à aldosterona, alem de diminuir a entrada de sodio e consequentemente a acao da bomba de sodio
e potassio.
Sao antagonistas do receptor de aldosterona. A aldosterona estomula bomba de sodio e potassio e a secrecao de
potassio, mas esse diuretico estimula uma via que bloqueia essa receptor. Entao, diminui atividade do sodio e
potassio e diminui a secrecao de potassio.

Regulação Renal do Equilíbrio Ácido-Básico

Nosso fluido extracelular tem pH de 7,4, já o intracelular é 7,0.


Dentro da célula é mais ácido porque o nosso metabolismo gera prótons. Além disso, ostema tampao (pp bicarbonato)
que nao deixa o pH acido. Isso é importante para a manutenção da atividade enzimatica, permeabilidade de membrana,
concentracao de íons.
7,35-7,45.

CO2: regulação pulmonar


Bicarbonato e hidrogênio: regulação renal

Solução tampão: modula a concentração de hidrogênio livre para manter o pH estavel.

O tamponamento dentro da celula eh menor do que fora, porque tem menos bicarbonato.
O PAPEL DO RIM na manutencao do pH está relacionado ao controle da reabsorcao de bicarbonato.
TCP: realiza cerca de 80% da reabsorcao de bicarbonato
Alca espessa: realiza cerca de 10% da reabsorcao de bicarbonato
Ducto coletor: regulacao final sa reaborcao ou nao de bicarbonato

Falmos que o rim participa da reabsorcao de bicarbonato e não da de drogenio, porque nosso metabolismo eh acido,
entao a tendencia é diminuir. Etnao em situacoes normais ele reabsorse bicarbonato.

TUBULO PROXIMAL
Esse hidrogenio,alem de vir do tubulo, tambem é oriundo do proprio
metabolismo IC.
Para cada bicarbonato que a gente reabsorve, um hidrogenio é
secretado. É proporcional.

ALÇA ESPESSA ASCENDENTE


Mesmo processo com transportadores diferentes.

DUCTO COLETOR
Três tipos de células:
- principal: reabsorcao de sodio. Cotransportador sodio bicarbonato e
hidrogenio ATPase.
- intercalares alfa: reabsorve bicarbonato e secreta hidrogenio
- intercalar beta: reabsorve hidrogenio e secreta bicarbonato

ACIDEZ TITULÁVEL
- tamponamento que ocorre na urina para evitar a sua acidez
Principal tampao: fosfato e amônia -> bicarbonato está sendo reabsorvido
Menos de 1% está na forma livre

Fosfato: Filtração de fosfato, uniao do fosfato com sodio virando fosfato de


sodio. Perde-se um sódio e fica 1 sodio, 2H e 1 fosfato. Entao, o fosfato
consegue “esconder” esse hidrogenio livre e manter o pH da urina. É uma
reacao de deslocamento e substituicao.
Amonia: o amonio é originado do metabolismo com a glutamina, de dentro da celula e
esse se associa ao hidrogenio dentro da celula e esse é secretado pro tubulo. Ha ainda a
associacao da amonia com o ion hidrogenio formando o ion amonio.
Ocorre principalmente no tubulo proximal.

DISTÚRBIOS DO EQUILÍBRIO ÁCIDO-BÁSICO

(1) ACIDOSE
Pode ter origem respiratória ou metabólica
- respiratória: altera pressão de CO2 -> muito CO2
- metabólica: altera o bicarbonato -> pouco bicarbonato
O rim pode aumentar a reabsorcao de bicarbonato e secrecao de H.
Se houver lesao renal, quem compensa é o pulmão -> precisa diminuir o CO2 -> hiperventilacao
Causas: infestao de acido, onsuficiencia renal, diarreia (perda de base, cetoacidose (formacao de cetona a partir
do metabolismo de lipidio e aa e isso passa a ser sua pp fonte de energia).

(2) ALCALOSE
- respiratório: pouco CO2
- metabólico: muito bicarbonato
O rim compensa por meio do aumento da secreção de hidrogenio e reabsorção de bicarbonato.
Pode também aumentar a quantidade de CO2 no sangue pela hipoventilacao.
Causas: perda de acido no vomito, adição de bases quando ingere antiácido.

Se a causa eh respiratória a compensação é metabólica.

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